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Trabalho Em Grupo
Maputo,Julho 2021
Escoamentos Incompressíveis
Nos escoamentos incompressíveis, p e V são as duas variáveis principais de interesse, e
por isto são necessárias duas equações de conservação: continuidade e quantidade de
movimento linear.
Escoamento compressível implica em grandes variações da massa específica num
campo de escoamento. Os efeitos de compressibilidade surgem devido a grandes
variações de velocidade, que por sua vez originam grandes variações de pressão,
levando a grandes variações da massa específica e da temperatura. grandes V
grandes p grandes r e grandes T Uma vez que duas variáveis adicionais
aparecem (r e T), duas equações adicionais são necessárias: equação de conservação de
energia (1a. lei da termodinâmica) e uma equação de estado.
Incógnitas: V ; p ; r ; T
Equações: continuidade quantidade de movimento linear energia equação de estado No
presente curso vamos utilizar as seguintes aproximações:
•regime permanente
• gás ideal e utilizaremos a análise integral
egime Permanente
O desempenho em regime permanente é medido a partir da capacidade de um sistema
seguir referências padrões (salto, rampa, parábola) e a rejeitar assintoticamente sinais de
perturbação também padrões.
A ferramenta matemática utilizada na análise do regime permanente é o Teorema do
Valor Final, que diz que o valor da saída do sistema quando (valor da saída em
regime permanente) é dada pelo seguinte limite:
transferência1.2 entre e .
Consideremos o diagrama da figura:
Figure 1.10: desempenho em regime permanente
Neste sistema estamos interessados pelos efeitos, em regime permanente, sobre a saída
ou seja,
Seguimento de referência
Em sistemas de controle em malha fechada, é desejável que a saída do sistema em
regime permanente seja igualada ao sinal de referência (entrada). Entretanto, em alguns
casos esta igualdade não é atingida e temos o que chamamos de erro em regime
permanente:
A velocidade dos aviões até o início da segunda guerra mundial era inferior a da
velocidade do som. Dessa forma, a literatura sobre aerodinâmica tratava de escoamentos
incompressíveis.
Para diferenciar líquidos de gases, a idéia mais comum que surge é a de que, a grosso
modo, o gás é capaz de preencher todo o recipiente em que se encontra, enquanto que o
líquido forma uma interface, chamada de menisco. Nem sempre essa definição é
suficiente. Imaginemos um recipiente fechado, com paredes rígidas, cheio de líquido.
Nesta situação, não se observa um menisco e, além disso, é possível adicionar calor ao
recipiente, de modo à provocar a mudança da fase líquida para a gasosa, sem que seja
observada uma interface.
Uma forma de diferenciar estes fluidos está justamente na variação de seu volume com
o aumento da pressão aplicada. Assim, para um dado aumento na pressão, temos:
Gases: grande variação no volume quando submetido à pressão
Líquidos: pequena variação no volume quando submetido à pressão.
Para quase todos os escoamentos de líquidos a variação do volume é tão pequena que
pode ser desprezada. Mas porque podemos fazer tal afirmação? Como podemos saber o
comportamento da matéria, para avaliar a variação de seu volume?
Para qualquer substância, podemos traçar um gráfico Pressão-Volume-Temperatura,
conhecido como superfície P-V-T. Os estados da matéria podem ser identificados na
superfície desse gráfico. Há substâncias que se contraem ao se solidificar e outras que
expandem, mas na região de líquido, pode-se observar que um aumento significativo da
pressão leva a uma redução de volume desprezível.
Líquidos são considerados fluidos incompressíveis, pois possuem variação de volume
específico desprezível (e de massa específica) enquanto gases são considerados fluidos
compressíveis, pois a variação de seu volume específico (e de sua massa específica) é
considerável quando sujeitos à aplicação de uma pressão.
É importante que tenhamos a compreensão do que se trata o estudo de escoamentos
compressíveis. Desta forma, podemos nos questionar, iremos estudar:
Escoamentos Compressíveis ou Fluidos Compressíveis?
É importante que tenhamos a compreensão do que se trata o estudo de escoamentos
compressíveis. Desta forma, podemos nos questionar, iremos estudar:
Escoamento de fluidos compressíveis?
OU
Escoamentos compressíveis?
Escoamento de Fluidos Compressíveis e Escoamentos Compressíveis não são,
necessariamente, a mesma coisa.
O interesse está no estudo do regime de escoamento. Quando nos referimos a
escoamentos compressíveis, portanto, estamos nos referindo aos escoamentos em que a
compressibilidade do fluido é levada em consideração.
Assim, o interesse é em “Escoamento em que há variação significativa ou notável da
massa específica do fluido”.
Para diversas situações práticas, a variação do volume dos gases é relativamente
pequena, podendo também ser desprezada. Essa situação depende do regime do
escoamento.
Escoamentos com velocidade muito menor do que a velocidade do som são
considerados escoamentos a baixas velocidades. A variação do volume específico
desses escoamentos também é muito pequena, podendo ser desprezada.
Aos escoamentos que tem variação de volume específico desprezível, chamamos de
escoamentos incompressíveis.
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sendo:
: número de Mach local. É a razão entre a velocidade no ponto e a velocidade do som
para aquela condição. Varia de ponto a ponto no escoamento.
: velocidade da corrente livre. É a velocidade do escoamento longe do corpo.
: velocidade do som na corrente livre. Também é uma propriedade termodinâmica.
Com base no número de Mach, os seguintes regimes são caracterizados:
: escoamento subsônico incompressível.
Para essa condição, mesmo escoamento de gases podem ser tratados como
incompressíveis. As propriedades variam continuamente no escoamento, as linhas de
corrente são suaves, retas e paralelas, e começam a se defletir a montante (antes) do
corpo.
Para aplicações em aerodinâmica, o regime subsônico é identificado como
possuindo
Exemplo são as Esteiras de Von Karman.
: escoamento subsônico compressível
Escoamentos de gases nessas condições levam a mudanças na massa específica
consideráveis, mas não há a formação de ondas de choque.
Ex. Bugatti Veyron, a 431Km/h ( ): a estagnação (desaceleração) do
escoamento na frente do veículo leva a um aumento da massa específica e da pressão.
: escoamento transônico
O escoamento é subsônico, mas quando atravessa uma superfície aerodinâmica (ex.
aerofólio) é acelerado em determinadas regiões à velocidades maiores do que a do som,
resultando em regiões localmente supersônicas. Na maioria dos casos essa região de
escoamento local supersônico termina com uma onda de choque através do qual há
descontinuidade e mudanças significativas nas propriedades do escoamento.
Com Mach próximo de 1, o perfil de choque se move para o final do aerofólio e uma
segunda onda de choque aparece à montante do aerofólio. Na frente dessa onda de
choque, as linhas de corrente são retas e paralelas, com um número de Mach
supersônico uniforme. Ao passar pela região de choque quase normal ao escoamento, o
escoamento se torna subsônico, mas um extenso escoamento supersônico se forma
novamente conforme o escoamento se expande pela superfície do aerofólio.
Há, portanto, uma região mista de escoamento supersônico e subsônico. Para efeitos
práticos, a região transônica é considerada para .
: escoamento supersônico
A aeronave Bell X-1, pilotada pelo capitão da força aérea dos Estados Unidos Charles
Escoamentos Incompressíveis
Os escoamentos incompressíveis são aqueles que sofrem desprezivelmente a ação
da compressão dos fluidos no escoamento.
Para um fluido ideal ser incompressível ele deve ser isocórico, ou seja, o divergente da
velocidade deve ser igual a zero.
O arranjo das variáveis, isto é, a localização relativa das variáveis na malha computacional, tem seu
principal nas posições relativas entre as componentes do vetor velocidade e a pressão. Como já menci
anteriormente o arranjo utilizado pela biblioteca csfl-lib-1.0 é o co-localizado, tendo esta nomenclatura pe
de todas as variáveis usarem o mesmo volume de controle. Assim, utiliza-se um único volume para re
todas as integrações. Detalhes sobre os efeitos do uso do arranjo co-localizado podem ser encontrados em
Método para Tratamento do Acoplamento Pressão-Velocidade (SIMPLEC)
Antes de iniciarmos a descrição do método utilizado pela biblioteca csfl-lib-1.0, vale
lembrar o mecanismo físico que deve ser observado no desenvolvimento de algoritmos
para tratar deste acoplamento. A solução correta de um problema de transporte de
quantidade de movimento será obtida quando o campo de pressões introduzido nas
equações de Navier-Stokes gerar velocidades que satisfaçam a equação da continuidade.
Na construção de qualquer algoritmo, a realimentação adequada do processo é
fundamental para se obter uma boa velocidade de convergência. No caso do
acoplamento em questão, o residual de massa, computado através da equação da
continuidade, é o dado fundamental para indicar a maneira como o novo campo de
pressões deve ser alterado. Ao mesmo tempo, este novo campo de pressões deve,
juntamente com as mais recentes velocidades, satisfazer as equações do movimento.
Existem diversas maneiras de ir “ajustando” as variáveis durante o processo iterativo até
obter-se a solução do problema, quando então todas as equações de conservação
envolvidas estarão satisfeitas.
O método de acoplamento utilizado pela biblioteca csfl-lib-1.0, por conseguinte, o
descrito neste manual, chama-se SIMPLEC, também conhecido como
SIMPLE Consistente (Semi IMPlicit Linked Equations).
O SIMPLEC é baseado no método de Chorin [1] e tem como procedimento escrever a
pressão como a soma da melhor estimativa da pressão disponível, P*, mais uma correção
P' que é calculada de maneira a satisfazer a equação da continuidade, ou seja:
(7.3.1)
(7.3.2)
(7.3.3)
Se um campo de pressões P* é introduzido nas Eqs. (7.3.2) e (7.3.3),
encontramos:
em:
Desprezando-se os termos entre chaves, obtemos a equações de correção das
velocidades dadas por:
Vale frisar que da equação (7.3.10) é a somatória dos vizinhos que fazem
fronteira com o volume de controle P, isto é, os volumes W, E, N e S.
Resta, agora, obter uma equação para determinar P’ tal que, quando substituído nas Eqs.
(7.3.9), origine velocidades u e v que satisfaçam a equação da Conservação da Massa.
Iniciaremos este processo escrevendo as Eqs. (7.3.9) nas interfaces dos volumes de
controle.
Face leste:
(7.3.11a)
(7.3.11b)
Face oeste:
(7.3.12a)
(7.3.12b)
Face norte:
(7.3.13a)
(7.3.13b)
Face sul:
(7.3.14a)
(7.3.14b)
Deve-se observar que algumas simplificações foram feitas nas Eqs. (7.3.11) a (7.3.14):
e ainda nas interfaces, calculados pelo software, são aproximados como sendo:
(7.3.15a)
(7.3.15b)
(7.3.16a)
(7.3.16b)
(7.3.16c)
(7.3.16d)
Após algumas mudanças algébricas nas Eqs. (7.3.16), temos as equações de correção
das velocidades contravariantes, dadas por:
(7.3.17a)
(7.3.17b)
(7.3.17c)
(7.3.17d)
onde a e g são componentes do tensor métrico dados pelas Eqs. (3.4) e (3.5).
(7.3.18)
obtendo-se uma equação de Poisson para P', na forma:
(7.3.19)
onde os coeficientes são dados por:
(7.3.20a)
(7.3.20b)
(7.3.20c)
(7.3.20d)e
(7.3.21)
Tendo finalmente obtido P’, as velocidades contravariantes Ue, Uw, Vn e Vs são
corrigidas através das Eqs. (7.3.17), podendo a correção das velocidades cartesianas no
centro dos volumes ser feita de duas formas:
(7.3.23a)
(7.3.22b)
onde:
Uc = velocidade contravariante normal a x constante no centro do volume
Vc = velocidade contravariante normal a h constante no centro do volume
(7.3.23a)
(7.3.23b)
Para as condições de contorno a biblioteca csfl-lib 1.0 faz uso dos chamados volumes fictícios, mostrados na Fig. 8.1
volumes que não fazem parte do domínio físico do problema, sendo utilizados para que todos os volumes do domíni
físico, inclusive os de fronteira, possam ser interpretados como volumes internos. Isto facilita a discretização da equa
geral de conservação.
(8.1)
Condições Térmicas:
o Temperatura prescrita;
o Fluxo prescrito;
o Convecção.
Condições de Escoamento:
Conclusão
Neste trabalho concluímos que Escoamento compressível implica em grandes
variações da massa específica num campo de escoamento. Os efeitos de
compressibilidade surgem devido a grandes variações de velocidade, que por sua vez
originam grandes variações de pressão, levando a grandes variações da massa
específica e da temperatura.