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PRÓTESE TOTAL 1.

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REGISTRO DA RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR (21/01/2022)
RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR – relacionado ao restabelecimento da posição da
mandíbula em relação à maxila nos planos vertical e horizontal (posição da mandíbula em
relação à base do crânio).
- Plano vertical: dimensão vertical de oclusão (estabelecida no plano de cera,
abrigando espaço para o posicionamento dos dentes artificiais);
- Plano horizontal: relação cêntrica (reproduzível em qualquer pessoa, independente
da presença de dentes).
DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO (DVR): é a posição da mandíbula numa posição de
descanso postural, com os músculos elevadores e depressores da mandíbula num estado
mínimo de atividade. É a distância entre o násio e o gnátio = DVR.
ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE (EFL): é o espaço criado entre os dentes quando a mandíbula
está em repouso. Varia em média de 2 a 3mm.
DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO (DVO): é determinada através do fechamento da
mandíbula, partindo da DVR até a máxima intercuspidação. DVR – EFL = DVO.
Métodos de obtenção da DVO: fazemos associação entre os métodos:
A) MÉTRICO: ou de Willis. O DVR será a distância do canto externo do olho até a
comissura labial ou distância do subnasal ao gnátio (medida com o compasso de Willis). DVR
– 3 ou 4mm = DVO. Só coincide para 13% dos indivíduos.
B) FISIOLÓGICO: para obter o DVO, registra-se a altura do terço inferior em repouso – 3
ou 4mm (EFL). Solicitar que o paciente faça movimentos de deglutição.
C) ESTÉTICO: com os planos de cera na boca do paciente, deve-se obter a harmonia do
terço inferior da face com as demais partes do corpo.
D) FONÉTICO: pronuncia de palavras com sons sibilantes como “Mississipi” ou “sessenta
e seis” para observar o espaço funcional de pronúncia. É o método mais confiável (só
possível de ser realizado na conferência final da DVO, com os dentes em posição). Observa
se há alguma interferência, se houver, as alterações deverão ser feitas no plano de cera
inferior.
RELAÇÃO CÊNTRICA: é uma posição crânio-mandibular em que os côndilos estão
situados na posição mais ântero-superior em relação a cavidade glenoide, com os discos na
correta interposição. É a posição de eleição para reabilitações complexas.
Métodos de obtenção da RC:
A) Manipulação: técnica de Peter Dawson. Paciente em posição deitada. Levar a
mandíbula para a posição mais retruída com o auxílio de uma ou duas mãos do operador.
Cuidado de manter a base de prova inferior apoiada sobre o rebordo. O paciente deve estar
em completo repouso da mandíbula.
B) Fisiológico: levantamento da língua (ponta da língua no palato), fechar a boca e pede
para o paciente deglutir. Funciona melhor associada a outros métodos.
C) Mecânicos: Jig de Lucia (dispositivo em resina acrílica confeccionado em boca), tiras de
Long ou Leaf Gauge (desprogramam a musculatura). Tem como finalidade impedir os
contatos dos dentes posteriores, levando a mandíbula para uma posição mais retruída.
Utilizado em pacientes que tem dentes.
D) Gráficos: dispositivos especiais para determinar as trajetórias dos movimentos
mandibulares. Registradores intra ou extra-orais.
REGISTRO OCLUSAL: no caso de pacientes edentados, a RC é a posição de eleição para a
reconstrução oclusal, pois é a única alternativa reproduzível.
- Posição horizontal e vertical na base de prova e nos planos de cera. Pode ser feito
pelo aquecimento de espátula, grampos (grampos de grampeador, unindo o plano
superior e inferior) e pasta zincoenólica.

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