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CHQAO

Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO

GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa

Redação Pedagógica
Frieda Marti

Revisão
Alessandra Muylaert Archer

Projeto Gráfico
Romulo Freitas Gestão do material e do patrimônio : apostila 1 GMP /
coordenação didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Diagramação ; redação pedagógica: Frieda Marti ; projeto gráfico: Romulo Freitas
Luiza Serpa ; diagramação: Luiza Serpa ; coordenação de conteudistas: Fernando
Velôzo Gomes Pedrosa ; conteudista: Ismar Santos da Cunha ; revisor
Coordenação de Conteudistas
técnico: Marcos Figueiredo ; produção: Pontifícia Universidade Católica
Fernando Velôzo Gomes Pedrosa do Rio de Janeiro ; realização: EsIE – Escola de Instrução Especializada
Conteudista [do] Exército Brasileiro. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2014.

Ismar Santos da Cunha Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais – CHQAO.


120 p. : il. (color.) ; 21 cm.
Revisão Técnica
Inclui bibliografia
Marcos Figueiredo
1. Administração pública – Brasil. 2. Administração de material
- Brasil. 3. Propriedade pública – Brasil. I. Pedrosa, Stella M. Peixoto
Produção de Azevedo. II. Marti, Frieda. III. Cunha, Ismar Santos da. IV. Pontifícia
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central Educação
a Distância. V. Brasil. Exército. Escola de Instrução Especializada.
Realização
EsIE – Escola de Instrução Especializada CDD: 351.81
Exército Brasileiro
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

Gestão de material e patrimônio


Unidade 1
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL
APRESENTAÇÃO
O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO),
conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os sub-
tenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas para o
Quadro Auxiliar de Oficiais.

A disciplina Gestão do Material e do Patrimônio possui carga horária


total de 90 horas.

Os objetivos gerais desta disciplina são:

• Distinguir as atribuições inerentes às áreas administrativas de material e


patrimônio;

• Confeccionar a documentação referente ao controle patrimonial e de


material;

• Evidenciar a capacidade de agir atendo-se a detalhes significativos;

• Evidenciar a capacidade de desenvolver atividades de forma sistemática


e eficiente.

Nesta apostila será apresentada a Unidade Didática I – Administração


de Material, cujos objetivos, determinados pelo Planejamento de Disciplina
(PLADIS) e desenvolvido pela Seção de Ensino da Escola de Instrução Especia-
lizada do Exército Brasileiro (EsIE), estão especificados por capítulo.

Boa leitura!
conteudista

Ismar Santos da Cunha é Tenente-Coronel do Serviço de Intendência. É


bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras
(AMAN) e mestre em operações militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (ESAO). Possui graduação em Direito pela Universidade Gama
Filho (UGF), pós-graduação em Comércio Exterior (Importação e Exportação)
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pós-graduação em
Processo Civil pelo Instituto de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), pós-
-Graduação em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (PUC Minas), extensão em Docência do Ensino Superior pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS), possui cursos na área
do Direito Internacional e Direito Internacional dos Conflitos Armados pela
Escola Superior de Guerra (ESG) e é mestrando em Direito Ambiental pelo
Centro Universitário de Ensino de São Paulo – Unidade de Ensino Lorena
(UNISAL). Possui experiência na área de ensino superior no meio acadêmico
civil, tendo atuado como Professor de Direito, ministrando as disciplinas de
Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Civil e Direito Penal e sendo
Coordenador do Curso de Direito. Atuou na área administrativa de várias
unidades do Exército como Aprovisionador, Encarregado do Setor de Mate-
rial, Encarregado do Setor Financeiro, membro de Comissão de Licitação e
Chefe do Centro de Apoio Logístico. Participou de vários congressos, seminá-
rios e palestras que permitiram complementar seus conhecimentos nas áreas
jurídica e administrativa e, atualmente, desempenha a função de Professor
de Direito da Academia Militar das Agulhas Negras.
Índice

1. Introdução 09
2. Generalidades, Administração Militar, Atos e Fatos
Administrativos, Agentes da Administração 11
2.1 Generalidades 11
2.2 Administração militar 12
2.3 Atos e fatos administrativos 14
2.3.1 Atos administrativos 14
2.3.2 Fatos administrativos 35
2.4 Agentes da administração: funções, atribuições e responsabilidades 35
2.4.1 Agentes da administração 36
2.4.2 Cargo, funções, atribuições e responsabilidades 36
3. Recebimento e exame de material: entrada na Unidade
Administrativa e classificação 55
3.1 Recebimento 55
3.2 Conferência 56
3.2.1 Material adquirido no comércio 57
3.2.2 Material distribuído pelos órgãos provedores
ou de manutenção 58
3.2.3 Material recolhido para manutenção 59
3.2.4 Material transferido, doado, cedido ou permutado
por outro órgão 60
3.3 Classificação dos materiais 60
3.3.1. O sistema de Classificação Militar 60
3.3.2 Sistema de Classificação por Catalogação 61
4. Provimentos: armamento, arreamento, equipamentos
e material de acampamento 65
4.1 Órgãos integrantes da cadeia logística de suprimento 65
4.2 Provimento de armamento 69
4.2.1 Levantamento das necessidades 69
4.2.2 Obtenção de material 70
4.2.3 Distribuição de material 72
4.3 Provimento de arreamento 75
4.3.1 Arreamento de montaria para oficiais e praças 75
4.3.2 Arreamento para salto 76
4.3.3 Arreamento para adestramento 76
4.3.4 Arreamento para polo 77
4.3.5 Levantamento das necessidades 77
4.3.6 Obtenção do material 77
4.3.7 Distribuição do material 78
4.4 Provimento de equipamentos e material de acampamento 78
4.4.1 Levantamento das necessidades 79
4.4.2 Obtenção do material 79
4.4.3 Distribuição do material 80
5. Inclusão em carga e registro: material permanente e demais
tipos de material 81
5.1 Documentação necessária 81
6. Descarga e substituição de material; motivos gerais.
Artigos controlados 83
6.1 Descarga de material 83
6.1.1 Da inservibilidade 84
6.1.2 Da perda ou extravio 85
6.1.3 Do roubo ou furto 86
6.1.4 Dos outros motivos 86
6.2 Desrelacionamento de material 87
6.3 Destinação do material descarregado 88
6.3.1 Material distribuído pelos OP 88
6.3.2 Material de emprego militar de valor histórico 89
6.3.3 Material adquirido pela própria Unidade Administrativa (UA) 89
6.4 Substituições 89
7. Recolhimento: providências; alienação de material RAE / NARMNT 91
7.1 Sistemática de recolhimento de material 91
7.1.1 Material recolhido ao Almoxarifado ou outros depósitos das UA 92
7.1.2 Material recolhido aos órgãos provedores 92
7.1.3 Material recolhido aos órgãos de manutenção 92
7.2 Alienação de material 93
7.3 Classes de material 94
8. Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP) 97
9. Normas Administrativas Relativas à Manutenção (NARMNT) 99
10. Normas Administrativas relativas ao Material de Comunicações
Estratégicas, Eletrônica, Guerra Eletrônica e Informática (NARMCEI) 101
11. Normas para o Controle de Equídeos no Exército Brasileiro (NORCE) 103
12. Normas para o Controle de Caninos na Força Terrestre (NORCCAN) 105
13. Normas para o Transporte Logístico de Superfície (NOTLOG) 107
14. Administração do material pertencente a uma UA 109
14.1 Termo de Recebimento e Exame de Material (TREM) 109
14.2 Termo de Exame e Averiguação de Material (TEAM) 109
14.3 Guia de Remessa 110
14.4 Guia de Recolhimento 110
14.5 Pedido de Material 111
14.6 Pedido de Descarga de Material 112
15. Bibliografia 115
1 INTRODUÇÃO

O Exército Brasileiro é uma instituição permanente, fundamentada na hierar-


Efetividade: a ênfase quia e na disciplina, que tem como missão constitucional a defesa externa do
está nas expectativas dos
país, a garantia da lei e da ordem e a realização de diversas ações subsidiárias.
envolvidos e se estas foram
alcançadas.
Esse grande número de atribuições sob a responsabilidade do Exército requer
Eficiência: a ênfase está de todos os seus integrantes bastante zelo no trato dos bens colocados à dis-
nos meios que serão utilizados
posição de seus órgãos, desde um pedido de aquisição até a sua destinação,
para o alcance dos resultados
(é fazer corretamente). passando pelo recebimento, armazenagem, distribuição, utilização, controle e
manutenção, a fim de que o preparo e o emprego da Força sejam caracteriza-
Eficácia: a ênfase está dos pela [efetividade], isto é, pela conjugação da [eficiência] e da [eficácia],
nos resultados a serem alcan-
marca das mais modernas gestões.
çados (é fazer a coisa certa).

Para que se alcance o máximo de efetividade e, desta forma, a administração


Material: É tudo o que de [material] contribua para um elevado poder de combate da Força, todos
se reveste de matéria. Ex:
os agentes da Administração devem realizar todos os atos fundamentados em
artigos, itens, gêneros alimen-
tícios, equipamentos, etc. regras jurídicas e nos princípios administrativos explícitos e implícitos, dentre
os quais podemos destacar o da supremacia do interesse público, o da indis-
ponibilidade, o da legalidade, o da moralidade, o da impessoalidade, o da
Patrimônio: É o con- publicidade e o da eficiência; sem jamais esquecer de que todo o [patrimônio]
junto de todos os bens, direi-
sob a jurisdição da instituição são públicos, não se admitindo que haja uma
tos e obrigações de posse de
uma unidade administrativa. má administração desses recursos, sob pena de responsabilização nas esferas
penal, administrativa e civil.

Gestão: Significa o No tocante a esses princípios, pode-se afirmar que, na [gestão] do material per-
mesmo que administração
tencente ao Exército, todos os seus integrantes devem saber que, de acordo com:
ou gerenciamento.
• O princípio da supremacia do interesse público - esses bens, quan-
do envolvidos em um conflito entre o interesse coletivo e o interesse in-
dividual deverá prevalecer, em relação aos mesmos, o interesse coletivo;

• O princípio da indisponibilidade - os bens não podem ser disponibi-


lizados conforme a simples vontade do administrador público, alienando
um material que esteja afetado por sua destinação;

• O princípio da legalidade - a gestão do material e patrimônio deve


ser realizada de acordo com o autorizado e determinado pela legislação;

• O princípio da moralidade - orienta que o bem público deve ser geri-


do com cuidado e honestidade;

9
gestão de material e patrimônio - u1
• O princípio da publicidade - exige a transparência e a publicação dos
respectivos atos administrativos para torná-los válidos e eficazes;

• O princípio da impessoalidade - a gestão visa o bem comum e não a


satisfação de interesses pessoais dos administradores;

• O princípio da eficiência - denota que a administração desses bens pú-


blicos deve ser realizada com presteza, perfeição e rendimento funcional.

A Administração Militar deve realizar a gestão do material


através de modernas ferramentas administrativas, realizando
a gestão do conhecimento por meio da tecnologia da informa-
ção e elaborando projetos, a fim de fomentar o empreendedo-
rismo em seus quadros.

10
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2 Generalidades, Administração Militar, Atos
e Fatos Administrativos, Agentes da Administração

Objetivos específicos

• Distinguir a diferença entre ato e fato administrativo;


• Identificar as funções, atribuições e responsabilidade dos agentes de
administração.

Suprimento: é a ati- 2.1 Generalidades


vidade logística encarregada
da previsão e provisão do A administração de material inclui inúmeras atividades que viabilizam, especial-
material, englobando a deter-
minação das necessidades, a mente, as funções logísticas de [suprimento] e de manutenção, integrantes da
obtenção, o recebimento, a logística militar terrestre.
armazenagem, a distribuição
e o controle. Assim sendo, a administração de material no Exército é mais abrangente
do que a logística de material. A logística preocupa-se com o [provimento] do
Provimento: é o ato ou material, ou seja, com o fluxo de suprimento, sendo composto de quatro ati-
efeito de fornecer, abastecer
vidades básicas: a determinação das necessidades, a obtenção, a distribuição e
ou suprir as Organizações
Militares (OM). o controle. A administração de material, realizada no âmbito dos quartéis
do Exército Brasileiro, além dessas atividades, possui as seguintes subfunções
Descarga: é o fato típicas: a aceitação, o exame, a averiguação, o controle de estoque, a classifi-
administrativo que retira
cação de material, a inclusão de material em carga, a [descarga], o [desrela-
do patrimônio de uma UA
(Unidade Administrativa) cionamento], o recolhimento, a manutenção e a padronização.
determinado material perma-
nente que a ela pertence por Para realizar uma eficiente administração do material, é importante conhecer
motivos diversos.
os conceitos fundamentais das atividades básicas da logística de material,
descritas a seguir:

Desrelacionamento: é A determinação das necessidades de material é obtida através do levan-


a exclusão do material de con-
sumo dos registros contábeis tamento das necessidades das diversas classes de suprimento, que é alcançado
da UA por motivo de distri- por meio de diretrizes do Estado-Maior do Exército (EME), programas internos
buição ou por outros motivos
como inservibilidade, roubo, de trabalho, projetos, [pedidos] de material, consolidação de quadros, preen-
furto, extravio, perda etc. chimento de fichas modelo 18 e 20 etc.

11
gestão de material e patrimônio - u1
Para outras informações so- A obtenção de material é a atividade logística que visa a identificação das
bre a promoção do ensino, da fontes de suprimento e tornar disponíveis o suprimento necessário para as
pesquisa e na produção do co-
nhecimento dentro do campo OM, conforme as suas necessidades, compreendendo as fases de recebimento,
das ciências administrativas, catalogação e armazenagem de material.
consulte www.anpad.org.br
A distribuição é a atividade logística, que tem como objetivo final a entrega
do material necessário às OM para que possam executar as suas atividades.
Pedido: é a solicitação Integram a distribuição, as tarefas de loteamento, a expedição, o transporte, a
formal a um órgão da cadeia entrega propriamente dita e a aplicação final ou a alienação do suprimento.
logística de materiais ou
serviços, segundo normas
O controle é o ato de fiscalizar e acompanhar a execução de qualquer
específicas.
atividade de suprimento, a fim de que não se permita o desvio de propósito
preestabelecido.

Todas as Unidades Administrativas (UA) do Exército Brasileiro, distribuídas


por todo o território nacional são responsáveis pela administração do material,
sendo os seus integrantes, militares e civis, incumbidos dos inúmeros encargos
previstos na legislação pertinente.

Existe uma interligação entre a logística de suprimento e


a de manutenção. Embora os objetos das atividades sejam
distintos, ou seja, a logística de suprimento visa à provisão
do material e a logística de manutenção visa à reparação do
material, em ambas as atividades há a necessidade de uma
adequada administração de material, inclusive com os órgãos
de manutenção participando da cadeia de suprimento.

A ficha modelo 18 é o docu-


mento preenchido pela UA 2.2 Administração militar
e remetido à Região Militar
(RM), a fim de solicitar ma- A expressão administração militar pode exprimir mais de um significado,
terial permanente necessário,
em razão da grande diversidade de atividades que compõe a missão das Forças
não previsto no Quadro de
Dotação de Material (QDM) Armadas e do grande número de Organizações Militares (OM) e de militares
da OM. que realizam as referidas atividades.
A ficha modelo 20 é o docu-
mento elaborado pela RM no O termo pode indicar o conjunto de organizações militares e de agentes públi-
qual são consolidadas as in-
formações contidas nas Fichas cos que realizam as atividades administrativas de gestão dos recursos humanos,
Modelo 18 das OM subordi- materiais, patrimoniais, orçamentários e financeiros alocados a cada uma das
nadas e remetido ao Órgão de
Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), a fim de que possam cum-
Apoio Setorial (OAS) para as
providências cabíveis.

12
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
prir a sua missão constitucional de defesa da pátria, de garantia dos poderes
constitucionais, Executivo, Legislativo e Judiciário, de garantia da lei e da
ordem e outras missões subsidiárias.

O Exército, atualmente, possui 654 OM e todas possuem encargos administra-


tivos referentes ao material.

A Administração Militar, escrita com iniciais maiúsculas, com-


põe a administração direta ou indireta da União. Ela integra
a estrutura do Ministério da Defesa sob o comando supremo
da Presidente da República Federativa do Brasil, composta de
diversos órgãos subordinados aos Comandos da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica, formando a administração direta.

A Administração Militar também é formada por pessoas administrativas vincu-


ladas aos comandos militares, tais como empresas públicas, fundações públi-
cas etc. Essas entidades formam a administração indireta.

No âmbito do Comando do Exército, as organizações militares que reali-


zam atividades administrativas são denominadas UA, que podem ser autôno-
mas, ou seja, podem realizar integralmente todas as atividades de gestão de
bens da União ou de terceiros, ou semiautônomas, isto é, ficam vinculadas
a uma UA autônoma para fins administrativos específicos, podendo realizar
determinadas atividades administrativas.

No âmbito da estrutura administrativa militar, voltada para a administra-


ção de material, ainda existem os órgãos gestores e os provedores responsá-
veis, respectivamente, pela superintendência, isto é, direção, e pela execução
das atividades de suprimento, manutenção e controle dos mais diversos mate-
riais de interesse da instituição.

Os diversos órgãos e entidades integrantes da Administração necessitam de Para obter mais informações
sobre temas e tecnologias de
pessoas para realizar as inúmeras atividades pertinentes. Essas pessoas são de-
vanguarda na área de logística,
nominadas agentes da administração e cada um deles possui encargos especí- incluindo artigos e trabalhos
ficos relativos à administração do material. acadêmicos sobre o assunto,
além da possibilidade de con-
tar com a opinião de profis-
Em seu sentido objetivo, o termo administração militar deve ser escrito com
sionais da área, visite <www.
iniciais minúsculas e traduz a própria atividade administrativa militar de gestão sitedalogistica.com.br>

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gestão de material e patrimônio - u1
Consulte o site <www.sebrae. dos recursos humanos, materiais, orçamentários e financeiros alocados a cada
com.br/momento/quero-
uma das Forças Armadas, a fim de que possam cumprir a sua missão constitu-
-melhorar-minha-empresa/
utilize-as-ferramentas/logis- cional de defesa da pátria, de garantia dos poderes constitucionais, da garan-
tica-e-distribuicao>. O site tia da lei e da ordem e outras missões subsidiárias.
disponibiliza importantes
ferramentas de controle de
estoque, armazenagem e dis-
tribuição de suprimento que
são utilizadas nas grandes em- 2.3 Atos e fatos administrativos
presas, a fim de melhorar a
sua logística e que podem ser As diversas atividades que ocorrem nas UA voltadas para a administração do
implementadas nas OM do EB,
com objetivo de melhorar a
material são realizadas por meio das ações de seus agentes, a fim de bem gerir
administração do seu material. os bens da União sob responsabilidade do EB.

2.3.1 Atos administrativos

A Administração Militar para a consecução de seus objetivos manifesta a sua


vontade por meio de seus agentes. Denomina-se essa manifestação de vonta-
de “ato administrativo”.

O ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico e visa a produção de


efeitos jurídicos, a fim de atender ao interesse público.

A gestão dos materiais pertencentes a uma UA é sempre reali-


zada por meio de atos administrativos.

2.3.1.1 Classificação dos atos administrativos

A classificação dos atos administrativos pode ser realizada de acordo com o


entendimento de cada doutrinador, não havendo uma padronização. Entre-
tanto, há um entendimento comum que deve ser estudado, a fim de que se
conheça, de uma maneira geral, as várias espécies de atos administrativos que
poderão ser realizados no âmbito das UA.

Os atos administrativos podem ser classificados:

a) Quanto ao critério dos destinatários

• Atos gerais ou normativos - São aqueles que regulam uma quantidade


indeterminada de pessoas que se encontram na mesma situação jurídica,
ou seja, aqueles que são expedidos sem destinatários determinados. Por

14
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
exemplo: Decretos Regulamentares, instruções normativas, RAE, RISG,
RDE, editais, NGA etc.

• Atos individuais ou concretos - São os que se preordenam para


regular situações jurídicas concretas. Vale dizer, têm destinatários individu-
alizados, definidos, mesmo coletivamente. Por exemplo: uma licença para
construção; um decreto expropriatório, demissão, exoneração, sanção dis-
ciplinar, nomeação, designação de pessoas para formar uma comissão etc.

Ao contrário dos atos normativos, os atos individuais ou concretos po-


dem ser impugnados diretamente pelos interessados quanto à legalida-
de, quer na via administrativa, quer através da via judicial.

b) Quanto ao objeto

• Atos de império - São os que se caracterizam pelo poder de coerção de-


corrente do poder de império (ius imperii), não intervindo a vontade dos
administrados para sua prática. São, portanto, todos aqueles atos que a
Administração, unilateralmente, pratica usando de sua supremacia sobre
o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento. Por
exemplo: os atos de polícia, tais como a apreensão de bens e o embargo
de obra, os decretos de regulamentação, as inspeções de material etc.

• Atos de gestão - São aqueles através dos quais o Poder Público atua no
mesmo plano jurídico dos particulares quando se volta para a gestão da
coisa pública (ius gestionis), sobressaindo, frequentemente, a vontade
de particulares. Neles, a Administração não se utiliza da sua suprema-
cia sobre os destinatários. Reclamam, na maioria das vezes, soluções
negociadas, não dispondo o Estado da garantia da unilateralidade que
caracteriza sua atuação. Por exemplo: os negócios contratuais de aquisi-
ção ou alienação de bens.

Não tendo a coercibilidade dos atos de império, os atos de gestão


reclamam, na maioria das vezes, soluções negociadas, não dispondo o
Estado da garantia da unilateralidade que caracteriza sua atuação.

Nesta classificação, Meirelles (2002, p. 145) cita, além daqueles já


apresentados, os chamados “atos de expediente”, aqui entendidos
Compra: é a aquisição
como “todos aqueles que se destinam a dar andamento aos processos de bens, cedidos volunta-
e papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando–os para riamente pelo proprietário
mediante pagamento de
a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade competente”. Por importância ajustada, à vista
exemplo: confecção de contrato de [compra] de material a ser assinado ou a prazo.

15
gestão de material e patrimônio - u1
pela autoridade competente; parte do Encarregado do Setor de Material
informando o recebimento de material, parte solicitando descarga de
material etc.

c) Quanto ao regramento

• Atos vinculados - São os atos produzidos sem margem de escolha,


pois a legislação já predetermina o seu teor, se atendidas às especifica-
ções aí fixadas. A prática deste ato está vinculada à lei. São, portanto,
como o próprio nome demonstra, aqueles que o agente pratica repro-
duzindo os elementos que a lei previamente estabelece.

Ao agente, nesses casos, não é dada liberdade de apreciação da con-


duta, porque se limita, na verdade, a repassar para o ato o comando
estatuído em lei. Isso indica que nesse tipo de ato não há qualquer
subjetivismo ou valoração, mas apenas a averiguação de conformidade
entre o ato e a lei.

Nos atos vinculados não há o mérito administrativo, isto é, o administrador


não pode decidir conforme a conveniência ou de acordo com a oportuni-
dade, a fim de buscar a satisfação do interesse público, ou seja, não pode
escolher, respectivamente, como e quando realizar o ato administrativo.

Como exemplo, têm-se a instauração de Inquérito Policial Militar nos


casos roubo, furto, perda ou extravio de Material de Emprego Militar
(MEM), habilitação em licitação, licença para construir, matrícula em
estabelecimento de ensino etc.

• Atos discricionários - Nestes é a própria lei que autoriza o agente


a proceder a uma avaliação de conduta, obviamente tomando em
consideração a inafastável finalidade do ato. São aqueles resultantes
de alguma escolha efetuada pela autoridade administrativa. A prática
deste ato está condicionada à conveniência e oportunidade, ou seja,
ao mérito administrativo.

O mérito administrativo não pode, em tese, ser avaliado pelo Poder Judi-
ciário, contudo, esta marca presente nos atos discricionários não estam-
pa uma liberdade absoluta de agir para o administrador.

A avaliação que se permite ao administrador fazer tem que estar em con-


formidade com o fim legal, ou seja, aquele alvo que a lei, expressa ou im-
plicitamente, busca alcançar. Não havendo tal conformidade, o ato não é
licitamente produzido, pois estará vulnerando o princípio da legalidade,

16
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
hoje erigido à categoria de princípio administrativo, conforme descrito
no artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de
outubro de 1988 (CRFB/88).

Para exemplificar pode-se citar a ordem do Agente Diretor para que se


distribua maior quantidade de material de limpeza a uma Seção da UA,
tendo em vista a visita de uma autoridade, a escolha dos integrantes
de uma Comissão de Exame e Averiguação de Material (CEAM) ou a
implantação de um escritório de projetos na UA etc.

d) Critério da sua formação

• Ato simples - É o resultante da manifestação de vontade de um único


órgão, unipessoal ou colegiado. Não importa o número de pessoas que
participam da formação do ato; o que importa é a vontade unitária que
expressam para dar origem, afinal, ao ato colimado pela Administração.
Por exemplo: despacho de um chefe de seção, decisão de uma Comissão
de Licitação etc.

• Ato complexo - Forma-se pela conjugação de vontades de mais de um


órgão administrativo. O essencial para considerar o ato complexo é a
existência do concurso de vontades de órgãos diferentes para a formação
de um ato único. Por exemplo: a investidura de um funcionário é um ato
complexo consubstanciado na nomeação feita pelo Chefe do executivo e
complementado pela posse e exercício dados pelo chefe da repartição em
que vai servir o nomeado; a investidura do Ministro do Superior Tribunal
Militar (STM) se inicia pela escolha do Presidente da República; passa,
após, pela aferição do Senado Federal e culmina com a nomeação.

• Ato composto - É o resultante da vontade única de um órgão, mas que


depende da verificação por parte do outro para se tornar exequível. Ex.:
homologação de processo de descarga de material de uma UA pela RM.

e) Quanto ao seu alcance

• Atos internos - São os destinados a produzir efeitos dentro da Admi-


nistração Pública, incidindo, normalmente, sobre os órgãos e agentes
da administração que os expediram. Não produzem efeitos em relação
a estranhos. Por exemplo: publicação em Boletim Interno (BI) nomeando
uma comissão para realizar exame e averiguação de material - CEAM.

• Atos externos - Nesta categoria encontram-se os atos administrativos


que alcançam os administrados, os contraentes e, em certos casos, os

17
gestão de material e patrimônio - u1
Venda: é uma espécie próprios servidores. Tais atos somente entram em vigor depois de divul-
do gênero alienação, por meio
gados pelo órgão oficial, dado o interesse público no seu conhecimen-
do qual ocorre a título onero-
so a transferência de proprie- to. A publicidade é medida que se impõe tanto à administração direta
dade a outro interessado. quanto à indireta. Por exemplo: publicação de um edital de licitação
para [venda] de material inservível.

2.3.1.2 Espécies de atos administrativos

Os atos administrativos podem ser agrupados da seguinte forma: normativos,


ordinatórios, enunciativos, negociais e punitivos.

a) Normativos

São aqueles que determinam uma conduta aos seus destinatários, objetivando
a correta aplicação da lei e o bem-estar social. Destacamos os seguintes:

• Decreto - Ato administrativo geral ou individual da competência exclusi-


va dos chefes de Poder Executivo. Hierarquicamente, está abaixo das leis.

Quando o decreto objetiva colocar em vigor um Regulamento (ato admi-


nistrativo que tem por objetivo explicar a lei, dar condições de que sejam
aplicados os dispositivos da lei, que necessitem ser explicados) é denomi-
nado Decreto Regulamentar.

O Decreto Regulamentar conterá normas gerais e abstratas dirigidas a


todos aqueles que se encontram na mesma situação.

O Decreto será individual quando surtir um efeito concreto, como, por


exemplo, a desapropriação.

É essencial que o Poder Executivo, ao expedir decretos regulamentares


não invada as reservas da lei, ou seja, aquelas matérias que só podem
ser disciplinadas por lei.

Além disto, os decretos, regulamentares ou não, não podem contrariar


a lei, porque se assim o fizerem, serão ilegais, já que, hierarquicamente,
eles estão abaixo da lei.

• Resolução - Ato administrativo normativo expedido pelas altas au-


toridades do Executivo, mas não pelo chefe do Poder Executivo, que
só deve expedir decretos ou pelos presidentes de tribunais, de órgãos
legislativos e de colegiados administrativos, para disciplinar matéria da
respectiva competência.

18
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
b) Ordinatórios

São os atos administrativos que visam disciplinar o funcionamento da adminis-


tração pública e a conduta funcional de seus agentes. São os seguintes:

• Portaria - Ato Administrativo pelo qual as autoridades de qualquer nível


da Administração Pública, desde que inferior ao chefe do Executivo,
expedem orientações aos respectivos subordinados, designam servidores
para o desempenho de certas funções ou, ainda, determinam a abertura
de sindicância, inquérito policial militar, Inquérito Técnico, Conselho de
Justificação e Conselho de Disciplina. Quando expedida por Ministro de
Estado, é denominada Portaria Ministerial.

• Alvará - Fórmula segundo a qual a administração pública expede au-


torização para a prática de um ato ou licença para o exercício de certa
atividade ou direito dependente de policiamento administrativo.

• Aviso - Fórmula utilizada pelos Ministros, notadamente os Comandan-


tes militares, para prescreverem orientação aos respectivos subordinados
sobre assuntos de seus Ministérios. Não se confunde com a publicação
resumida dos editais de licitação também normalmente denominada
aviso.

• Instrução - Fórmula mediante a qual os superiores expedem normas


gerais de caráter interno, que prescrevem o modo de atuação dos subor-
dinados em relação a um serviço.

• Circular - Fórmula mediante a qual os superiores transmitem ordens aos


seus subordinados, com o caráter de uniformização do comportamento
em casos concretos.

• Ordem de Serviço - Determinação dirigida pelos superiores aos seus


subordinados, responsáveis por determinados serviços públicos, orien-
tando-os no que diz respeito à realização dos mesmos.

• Ofício - Meio pelo qual os agentes públicos realizam comunicações


escritas de caráter administrativo ou social.

• Despacho - Meio pelo qual a autoridade administrativa manifesta suas


decisões em documentos de natureza administrativa, submetidos à sua
apreciação, tais como requerimentos e processos.

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gestão de material e patrimônio - u1
c) Enunciativos

São atos administrativos em que a administração pública enuncia uma situ-


ação existente da qual tem conhecimento por meio dos seus agentes ou dos
seus arquivos sobre um determinado assunto. Podem ser os seguintes:

• Certidão - Cópia de atos ou fatos constantes em documentos em poder


da Administração Pública. Segundo o Código Civil brasileiro, quando au-
tenticada, tem o mesmo valor do original. O fornecimento de certidões
é obrigação constitucional das repartições públicas, conforme o artigo
5º, XXXIV, b, da CRFB/88.

• Atestado - Ato Administrativo por meio do qual a administração pú-


blica afirma a existência ou veracidade de um fato de que tenha conhe-
cimento por seus órgãos. A certidão comprova fatos permanentes; o
atestado, situações transitórias, passíveis de alteração.

• Parecer - Manifestação opinativa pela qual os órgãos técnicos consulti-


vos da Administração ou pessoas especializadas expressam o seu enten-
dimento sobre questões de cunho técnico ou jurídico submetidas a sua
apreciação. Por ter caráter opinativo não vincula a administração pública
ao seu conteúdo, salvo se for convertido em procedimento normativo
(Parecer Normativo), quando, ao ser aprovado pela autoridade compe-
tente, é convertido em norma de procedimento interno, tornando-se
obrigatório a todos os órgãos subordinados à autoridade administrativa
que lhe conferiu a normatividade. Ex: Parecer Técnico realizado em um
material avariado.

d) Negociais

São aqueles que encerram um conteúdo tipicamente negocial, do interesse da


administração pública e do administrado. Podem ser os seguintes:

• Licença - Ato administrativo vinculado, definitivo e de interesse do par-


ticular pelo qual a Administração Pública, diante de todas as exigências
da lei, faculta ao particular o desempenho de uma atividade. Por exem-
plo: licença para construir uma casa.

• Autorização - Ato administrativo discricionário, precário, que pode ser


cassado a qualquer momento pela administração pública, e de interes-
se particular, em que a administração pública faculta ao particular que
tenha interesse a utilização de certos bens ou o exercício de uma ativida-
de. Por exemplo: porte de arma; pesquisa e exploração de minerais etc.

20
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Permissão - Ato administrativo discricionário, precário e de interesse
público, pelo qual a administração pública faculta ao particular, a título
gratuito ou oneroso, a execução de serviços do interesse da coletividade
ou a utilização de um bem público nas condições por ela estabelecidas.

A administração pública defere a pretensão do interessado nesses atos


administrativos negociais através de um instrumento que é, na verdade,
um outro tipo de ato administrativo denominado alvará, apresentado an-
teriormente nesta classificação, referente aos atos ordinatórios, ou termo.

Convém salientar que nem todas as permissões podem ser outorgadas


discricionariamente. Há casos em que se é necessário a abertura de pro-
cedimento licitatório.

Como exemplo de permissão, podemos citar a permissão de uso de


um auditório de determinada OM por uma empresa para realização de
palestras para seus funcionários.

• Aprovação - Ato administrativo discricionário pelo qual a administra-


ção pública faculta a prática de certo ato jurídico ou concorda com o já
praticado para lhe dar eficácia, se conveniente e oportuno. Por exemplo:
pronunciamento do Conselho da República sobre a intervenção federal,
estado de defesa e estado de sítio (CRFB/88).

• Homologação - Ato administrativo unilateral, vinculado e de controle,


realizado a posteriori, através do qual a administração pública concorda
com o ato jurídico praticado, por estar conforme os requisitos legais
que legitimam a sua edição. Por exemplo: ato do Tribunal de Contas que
aprecia as concessões iniciais, outorgadas pelo Executivo, de aposenta-
dorias, reformas ou pensões, a homologação de um processo licitatório
realizada pelo Ordenador de Despesas, a homologação de uma descarga
de material realizada pelo Cmt RM etc.

• Visto - Ato administrativo de mero expediente, vinculado e unilateral,


pelo qual a autoridade competente atesta a legitimidade formal de outro
ato. No visto, não há exame de mérito do seu conteúdo, o que o distingue
da aprovação, da autorização e da homologação. Por exemplo: a exigên-
cia do visto do chefe imediato para o encaminhamento de requerimento
de servidor subordinado seu à apreciação de autoridade de superior ins-
tância. O visto tem apenas a finalidade de conhecimento e controle, não
equivale à concordância ou deferimento do conteúdo do requerimento.

21
gestão de material e patrimônio - u1
e) Punitivos

Aqueles que objetivam materializar uma sanção imposta pela administração


pública. Podem ser, dentre outros, os seguintes:

• Multa - Toda imposição pecuniária a que se sujeita o administrado


como meio de compensar um dano presumido, decorrente da prática de
uma infração administrativa.

• Interdição de atividade - Ato pelo qual a administração veda a alguém


a prática de atos sujeitos ao seu controle ou que incidam sobre seus bens.

Deve ser precedida de processo regular e do respectivo auto de interdi-


ção, que possibilite a defesa do interessado.

• Destruição de coisas - Ato pelo qual a administração pública inutili-


za, de modo sumário, alimentos, substâncias, objetos ou instrumentos
imprestáveis, nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei.

Como ato típico de polícia administrativa, é, em regra, urgente, dispensan-


do processo prévio, embora exija sempre o auto de apreensão e de destrui-
ção, que esclarecerá os motivos da medida drástica tomada e identificará
as coisas destruídas, para oportuna apreciação da legalidade dos atos.

2.3.1.3 O Exército Brasileiro e os atos administrativos

A Administração Pública Civil e a Militar estão em perfeita sintonia, conforme


as definições descritas nas Instruções Gerais (IG) para os Atos Administrati-
vos do Exército (EB10-IG-01.003), aprovadas pela Portaria nº 771, de 07 de
dezembro de 2011, do Comandante do Exército, que estabelece as “Instruções
Gerais para os Atos Administrativos do Exército”.

A partir do seu artigo 7º, são definidos os atos administrativos de interesse do


Exército, nos seguintes termos:
Art. 7º Atos administrativos normativos são aqueles
que contêm uma determinação geral, visando à correta
aplicação da lei, sendo seu objetivo imediato explicitar a
norma legal a ser observada pela Administração e pelos
administrados.

Art. 8º Atos administrativos ordinatórios são os que visam


a disciplinar o funcionamento da Administração e a con-
duta funcional de seus agentes.

Art. 9º Atos administrativos negociais são os que visam


à concretização de negócios jurídicos públicos ou à

22
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
atribuição de certos direitos e vantagens aos interessados,
produzindo efeitos concretos e individuais para seus des-
tinatários e para a Administração que os expede.

Art. 10. Atos administrativos enunciativos são todos


aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a
atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determina-
do assunto, sem se vincular ao seu enunciado.

Pode-se verificar que se trata da mesma organização que usualmente se dá às


espécies de atos administrativos. Apenas os atos administrativos punitivos não
foram mencionados nas IG.

Quanto aos administrativos em espécie, as referidas


IG os especificam, a partir do artigo 11, conforme
abaixo descrito:

Art. 11. São atos normativos de interesse do Exército, que


são de COMPETÊNCIA EXCLUSIVA da União e do Poder
Legislativo:

I - LEI – ato normativo emanado do Poder Legislativo,


destinado a regular determinada matéria;

II - MEDIDA PROVISÓRIA (MP) – ato normativo com força


de lei, que pode ser baixado pelo Presidente da República
em caso de relevância e urgência;

III - DECRETO – ato administrativo de competência do


Presidente da República, destinado a prover situações
gerais ou individuais, abstratamente previstas, de modo
expresso ou implícito, na lei;

IV - PORTARIA NORMATIVA (PN) – expedida pelo Ministro


de Estado da Defesa, para disciplinar a aplicação de leis,
decretos e regulamentos ou para estabelecer diretrizes e
dispor sobre matéria de sua competência específica;

V - INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN) – expedida pelos secre-


tários do Ministério da Defesa e pelo Chefe do Estado-
-Maior Conjunto das Forças Armadas, em virtude de
competência regimental ou delegada, para estabelecer
instruções e procedimentos de caráter geral necessários
à execução de leis, decretos e regulamentos, ou comple-
mentares a instruções, a portarias normativas e instruções
normativas; e

23
gestão de material e patrimônio - u1
VI - ORIENTAÇÃO NORMATIVA (ON) – expedida pelo Che-
fe de Gabinete do Ministro da Defesa e demais Órgãos In-
tegrantes do MD, em virtude de competência regimental
ou delegada, para estabelecer procedimentos operacio-
nais necessários à execução de leis, decretos e regulamen-
tos ou para detalhar procedimentos e situações peculiares
do próprio Órgão ou Unidade, nas hipóteses de reserva
expressa de competência normativa ou de ausência de
portaria normativa ou instrução normativa.

Art. 12. São atos enunciativos e negociais de interesse e


regulados pelo Exército:

I - APOSTILA – averbação feita abaixo de textos ou no


verso de decretos e portarias pessoais, para que seja corri-
gida flagrante inexatidão material do texto original, desde
que essa correção não venha a alterar a substância do ato
já publicado, sendo que no âmbito do Exército também
há apostila para confirmação das promoções dos oficiais.
Caso essa correção seja publicada no Diário Oficial da
União, a sua denominação será RETIFICAÇÃO;

II - ATESTADO – firmado por uma autoridade, na esfera


de suas atribuições, sobre algo de que tenha conheci-
mento, ou quando requerido, afirmando ou negando a
existência de um fato ou direito;

III - CERTIDÃO – descreve de maneira clara e precisa os


fatos consignados em registros oficiais, fornecida por
autoridade competente, a requerimento do interessado
ou ex officio, quando solicitada por autoridade adminis-
trativa ou judicial;

IV - CONTRATO – documento que registra o acordo de


vontades, firmado livremente pelas partes, para criar
obrigações e direitos recíprocos;

V - CONVÊNIO – documento que registra o acordo firma-


do por entidades públicas e/ou privadas, para realização
de objetivos de interesse comum dos partícipes. Poderá ser
definido também como INSTRUMENTO DE PARCERIA; e

VI - PARECER – é a manifestação de um órgão técnico


sobre assunto submetido à sua consideração e pode
fazer parte de um processo para o qual apresenta uma
solução, justificando-a por meio de dispositivos legais e
informações, podendo ser utilizado suporte eletrônico (o

24
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
documento é arquivado/enviado por rede de computa-
dores ou por meio físico de transporte de dados, outros,
porém continua sendo um parecer), sempre que houver
meios físicos adequados.

Art. 13. São atos ordinatórios de interesse e regulados


pelo Exército:

I - PORTARIA – ato ordinatório expedido pelo Comandan-


te do Exército e outras autoridades para instituir políticas,
planos, programas, projetos e demais atividades, bem
como para dispor sobre a organização e o funcionamen-
to de órgãos e serviços e, ainda, para praticarem outros
atos de sua competência; e

II - DESPACHOS:

a) Despacho Decisório – proferido pelo Comandante


do Exército, com a finalidade de proferir decisão sobre
requerimento submetido a sua apreciação ou ordenar a
execução de serviços; e

b) Despacho - ato de autoridade competente, exarado em


documento a ela dirigido ou em folha anexa ao mesmo,
fundamentado na legislação vigente. Caso o documento
em questão seja eletrônico, permite-se que o despacho
tenha suporte semelhante, podendo ser:

- final – quando põe termo à questão;

- interlocutório ou parcial – quando não resolve definiti-


vamente a questão; e

- ordinatório – quando concerne ao andamento de um


processo.

Parágrafo único. Portaria Pessoal é aquela que provê


situações particulares de um ou alguns interessados, sem
estabelecer qualquer norma geral:

I - tais são as portarias de provimento e vacância (nome-


ação, promoção, transferência, reversão, recondução,
agregação, exoneração, demissão, passagem para a
reserva remunerada, designação e outros); e

II - também utilizada para a concessão de prêmios e


condecorações.

25
gestão de material e patrimônio - u1
2.3.1.4 Requisitos dos atos administrativos

Requisitos são os elementos obrigatórios e essenciais, necessários à for-


mação do ato administrativo. A falta de qualquer desses requisitos pode
conduzir à invalidade do ato administrativo.

Cinco são os requisitos para a formação do ato administrativo: competência,


finalidade, forma, motivo e objeto.

a) Competência

A competência é o poder atribuído a um determinado agente da Administra-


ção, originário de texto expresso contido na Constituição, na lei ou em normas
administrativas, para o exercício de suas funções. Pode ser delegada ou avoca-
da, desde que haja previsão normativa.

O ato praticado por agente incompetente ou além das limitações legais é inváli-
do, configurando-se o chamado abuso de poder, da espécie excesso de poder. A
competência é um requisito de ordem pública e, portanto, não pode ser transfe-
rida ou prorrogada pela vontade dos interessados. Todavia, pode ser delegada e
avocada, desde que as normas reguladoras da Administração permitam.

Tem-se como exemplo de competência o que ocorre nas OM operacionais com


Bases Administrativas, nas quais o Comandante da OM poderá delegar ao Co-
mandante da Base Administrativa as funções de Ordenador de Despesas. Caso
não haja a dita delegação, este Comandante Administrativo não terá compe-
tência para exercer as funções de Ordenador de Despesas.

b) Finalidade

A finalidade do ato administrativo deve estar em consonância com a finalidade


da lei, que visa sempre o interesse público, única meta a ser atingida mediante
o ato administrativo.

A alteração da finalidade expressa na lei ou implícita no ordenamento da Ad-


ministração caracteriza desvio de poder ou desvio de finalidade, dando ensejo
à invalidação do ato.

Assim, todo ato administrativo, seja vinculado ou discricionário, deverá estar


sempre balizado pela lei e direcionado ao interesse coletivo. É o objetivo ime-
diato do ato administrativo.

26
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
c) Forma

A Forma é o revestimento exterior do ato. Geralmente, a forma do ato admi-


nistrativo é a escrita, embora existam, também, atos consubstanciados em
ordens verbais, como ocorre com as instruções do superior ao inferior hierár-
quico, e até mesmo sinais convencionais, como as determinações da polícia do
Exército, em casos de urgência e sinalizações de trânsito.

O ato administrativo não escrito só é admitido em casos especialíssimos, a


saber: em casos de urgência, de transitoriedade da manifestação de vontade
administrativa, de irrelevância do assunto para a Administração.

Nos demais casos, a forma escrita é de rigor e, do contrário, resultará na inva-


lidade do ato.

Importa salientar que enquanto no Direito Privado, que trata eminentemente


do Direito Civil e do Direito Empresarial, todos os atos podem ser praticados
sem forma específica, no Direito Público a regra é a prática do ato administra-
tivo dentro da forma estabelecida em lei ou regulamento.

Nos processos administrativos, por exemplo, a forma é uma exigência decor-


rente do princípio do devido processo legal.

d) Motivo (ou causa)

O motivo é a situação de fato ou de direito através da qual é deflagrada a


manifestação de vontade da Administração.

Classifica-se o motivo em motivo de fato e motivo de direito, levando-se em


conta o tipo de situação por força da qual o ato é praticado.

• Motivo de direito é a situação de fato, eleita pela norma legal como


ensejadora da vontade administrativa.

• Motivo de fato é a própria situação de fato ocorrida no mundo empíri-


co, sem descrição na norma legal.

Se a situação de fato já está delineada na norma legal, ao agente nada mais


cabe senão praticar o ato tão logo seja ela configurada. Atua ele como executor
da lei em virtude do princípio da legalidade. Nestes casos caracteriza-se a produ-
ção de ato administrativo vinculado por haver estrita vinculação do agente à lei.

Diferente é a situação quando a lei não delineia a situação fática, mas ao


contrário, transfere ao agente a verificação de sua ocorrência atendendo a

27
gestão de material e patrimônio - u1
critérios de caráter administrativo (conveniência e oportunidade). Nesse caso é
o próprio agente que elege a situação fática geradora da vontade, permitindo,
assim, maior liberdade de atuação, embora sem afastamento dos princípios
administrativos. Desvinculado o agente de qualquer situação de fato prevista
na lei, sua atividade se reveste de discricionariedade, redundando na prática de
ato administrativo discricionário.

O motivo de direito conduz à produção do ato administrativo vinculado, ao pas-


so que o motivo de fato leva à produção do ato administrativo discricionário.

Não há que se confundir motivo com motivação. A motivação é a exposição


da situação de direito e de fato que determina ou autoriza a realização do
ato administrativo. Em outras palavras, é a justificativa do pronunciamento
tomado, o modo expresso e textual da situação de fato que levou o agente à
manifestação de vontade.

A indicação do motivo, via de regra, é obrigatória, dispensada apenas em ca-


sos especiais como, por exemplo, na exoneração de servidor público nomeado
para cargo de confiança. Neste caso, a motivação está implícita. A quebra da
confiança determina a exoneração do servidor.

Segundo Carvalho Filho (2006, p. 99), é a “situação de fato ou de direito que


gera a vontade do agente quando pratica o ato administrativo”. Isto significa
que o administrador, autor do ato administrativo, deve justificar a existência do
motivo, fundamentando-o em normas administrativas.

A Lei n.º 9.784/99, em seu artigo 50, incisos de I a VIII, §§1º, 2º e 3º, descreve
os atos que devem ser obrigatoriamente motivados:

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados,


com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,
quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou


seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade: de processo


licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de oficio;

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e
relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou con-


validação de ato administrativo.

§ 1º. A motivação deve ser explícita, clara e congruente,


podendo consistir em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres, informações, deci-
sões ou propostas, que, neste caso, serão parte integran-
te do ato.

§ 2º. Na solução de vários assuntos da mesma natureza,


pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fun-
damentos das decisões, desde que não prejudique direito
ou garantia dos interessados.

§ 3º. A motivação das decisões de órgãos colegiados e


comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata
ou de termo escrito.

e) Objeto

O Objeto é o conteúdo do ato administrativo. Por exemplo, a compra de gêne-


ros alimentícios. Em outras palavras, é a própria manifestação de vontade da Ad-
ministração. Para ser válido, o ato deve possuir objeto lícito e moralmente aceito.

Segundo Medauar (2007, p. 135), “significa o efeito prático pretendido com a


edição do ato administrativo ou a modificação por ele trazida ao ordenamento
jurídico”. O objeto, portanto, consiste na aquisição, resguardo, transferência,
modificação, extinção ou declaração de direitos.

Como exemplo, tome-se o caso de uma licença para construção que tem por
objeto permitir que o interessado possa edificar de forma legítima; o objeto de
uma multa é punir o transgressor de norma administrativa; na nomeação, o
objeto é admitir o indivíduo no serviço público etc.

É o objetivo imediato do ato administrativo.

2.3.1.5 Atributos dos atos administrativos

Os atos administrativos, por serem emanados do Poder Público, trazem


consigo determinados atributos, distintos dos atos jurídicos privados, dando-
-lhes características próprias e condições peculiares de atuação. A seguir serão
apresentados e descritos o rol dos atributos do ato administrativo.

29
gestão de material e patrimônio - u1
a) Presunção de legitimidade

Todo ato administrativo nasce com presunção de legitimidade em decorrência


do princípio da legalidade ao qual a Administração está adstrita.

Os atos praticados pelos agentes detentores de parcela do Poder Público, pre-


sumivelmente estão em conformidade com a lei, pois são de interesse público.
Este requisito não depende de lei expressa, já que deflui da própria natureza
do ato administrativo emanado de agente integrante da estrutura do Estado.
Enquanto não sobrevier o pronunciamento de nulidade, mesmo que eivado de
vícios, os atos administrativos são considerados válidos e, portanto, exigíveis,
tanto para a Administração quanto para os particulares sujeitos ou beneficiá-
rios de seus efeitos.

Assim, enquanto não declarada a ilegalidade do ato administrativo, este vai


produzindo normalmente os seus efeitos e sendo considerado válido, seja no
revestimento formal, seja no seu próprio conteúdo.

b) Autoexecutoriedade

Como efeito da presunção de legitimidade, tem-se a autoexecutoriedade, que


admite que o ato seja imediatamente executado e seu objeto também imedia-
tamente alcançado, independente de qualquer outorga do Judiciário.

Conforme Carvalho Filho:

(...) fundamento jurídico é a necessidade de salvaguardar


com rapidez e eficiência o interesse público, o que não
ocorreria se a cada momento tivesse que submeter suas
decisões ao crivo do Judiciário”. Além do mais, nada justi-
ficaria tal submissão, uma vez que assim como o Judiciá-
rio tem a seu cargo uma das funções estatais – a função
jurisdicional, a Administração também tem a incumbên-
cia de exercer função estatal – a função administrativa
(2006, p. 134 e 135).

Também resulta na inversão do ônus da prova em detrimento de quem alegar


não ser o ato administrativo legítimo, isto é, a comprovação da sua ilegalidade
cabe a quem a afirme.

A autoexecutoriedade não existe em todos os atos administrativos, estando


presente somente nas duas categorias de atos administrativos, a seguir:

30
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Aqueles com tal atributo conferido por lei. É o caso do fechamento de
restaurante pela vigilância sanitária;

• Atos praticados em situações emergenciais, cuja execução imediata é in-


dispensável para a preservação do interesse público. Exemplo: dispersão
pela polícia de manifestação que se converte em onda de vandalismo
(MAZZA, 2012).

Em algumas hipóteses, o ato administrativo fica despido desse atributo, o


que obriga a Administração a recorrer ao Judiciário. Cite-se, por exemplo, a
cobrança de multa ou a desapropriação. Ambas as atividades impõem que a
Administração ajuíze a respectiva ação judicial.

Vale ressaltar que a autoexecutoriedade não deixa o administrado sem pro-


teção jurídica, pois sempre será possível a apreciação judicial. As medidas
judiciais utilizadas são o mandado de segurança (preventivo ou repressivo) e
o habeas corpus, com pedido de liminar. Se ocorrer o dano, o administrado
lesado poderá constituir o Poder Público na obrigação de indenizar.

Ressalta Carvalho Filho (2006, pg. 107) que “no direito privado, são raras as
hipóteses em que se permite ao particular executar suas próprias decisões. No
direito público, porém, é admitida a execução de ofício das decisões adminis-
trativas sem intervenção do Poder Judiciário”.

c) Imperatividade (ou coercibilidade)

A imperatividade, também conhecida como poder extroverso do Estado, é


o atributo de ato administrativo unilateral que cria para o particular uma obri-
gação, independentemente de sua anuência. Não está presente em todos os
atos, tais como os enunciativos e negociais, que os dispensam. Todavia, os atos
que consubstanciam um provimento ou uma ordem administrativa (atos nor-
mativos, ordinatórios ou punitivos) nascem sempre com a imperatividade, com
força impositiva própria do Poder público, e que obriga o particular ao seu fiel
atendimento, sob pena de se sujeitar à execução forçada pela Administração
(atos autoexecutórios) ou pelo Poder Judiciário (atos não-executórios).

Para Carvalho Filho (2006, p. 106), “imperatividade, ou coercibilidade, signifi-


ca que os atos administrativos são cogentes, obrigando a eles todos quantos
se encontrem em seu círculo de incidência (ainda que o objetivo a ser por ele
alcançado contrarie interesses privados)”.

Como exemplo, têm-se a desapropriação por intermédio de decreto expropriatório.

31
gestão de material e patrimônio - u1
2.3.1.6 Extinção dos atos administrativos

O ciclo vital de um ato administrativo encerra-se de diversas maneiras. Embora


a extinção devesse ocorrer pelo cumprimento de seus efeitos, evidentemente
existem outras formas anômalas pelas quais ocorre a extinção.

Serão abordadas suas principais modalidades, em conformidade com a visão


doutrinária de alguns dos principais estudiosos do tema, como Carvalho Filho,
Di Pietro e Mazza.

a) Extinção natural

A extinção natural é a que ocorre pelo cumprimento normal dos efeitos do


ato. O cumprimento de seus efeitos pode ser exemplificado no caso do cum-
primento da obrigação assumida por uma OM de Engenharia, ao término da
construção de uma estrada federal.

b) Extinção subjetiva

A extinção subjetiva “ocorre com o desaparecimento do sujeito que se benefi-


ciou do ato”. Por exemplo: o cessionário que vem a falecer.

c) Extinção objetiva

A extinção ocorre quando, depois de praticado o ato, desaparece seu objeto.


Por exemplo: a interdição de um estabelecimento que se extingue por ter se
incendiado.

d) Caducidade

A caducidade caracteriza-se quando ocorre a perda dos efeitos jurídicos de um


ato em virtude de norma jurídica superveniente contrária a que respaldava a
prática do ato. Por exemplo: uma permissão para uso de um bem público per-
tencente a uma UA, que passa a ser proibida quando lei superveniente proíbe
o seu uso por particulares.

e) Renúncia do interessado

Em algumas circunstâncias, a legislação pertinente admite ao particular a fa-


culdade de extinguir a relação jurídica produzida pelo Ato Administrativo, por
meio de uma manifestação unilateral de vontade. Por exemplo: o militar que
pede exoneração do cargo.

32
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
f) Rescisão por inadimplemento

Nos casos em que o inadimplemento culposo pode ser imputado ao particular,


a Administração, como regra, pode rescindir, por ato unilateral de vontade. Por
exemplo: contrato de prestação de serviços, culposamente não cumprido pela
empresa contratada.

g) Força maior e caso fortuito

Quando o inadimplemento ocorre por fatos “insuscetíveis de previsão” ou de


“consequências incalculáveis” o ato pode extinguir-se. Por exemplo: um forne-
cimento impossibilitado de ser finalizado por profundas alterações ocorridas
em decorrência de uma catástrofe natural.

h) Anulação

É a declaração de invalidado de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita


pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. Baseia–se, portanto, em
razões de legitimidade ou legalidade, diversamente da revogação que se funda
em motivos de conveniência ou de oportunidade e, por isso mesmo, é privativa
da Administração.

A Administração, reconhecendo que praticou um ato contrário à lei, tem o


dever de anulá-lo. Se não o fizer, pode o interessado pedir ao Judiciário que
declare a sua invalidade, por meio de anulação.

O pronunciamento de nulidade opera efeitos [ex tunc], retroagindo às origens Ex tunc: expressão de
origem latina que signi-
do ato, desfazendo todos os vínculos entre as partes e obrigando-as à reposi-
fica dizer que a decisão é
ção das coisas ao status quo ante. retroativa à origem do ato
anulado, desconsiderando
São exemplos: uma anulação de ato que homologou a descarga de um mate- tudo o que o foi realizado a
partir do mesmo.
rial por ter sido identificado que o parecer técnico foi realizado por profissional
não habilitado e uma anulação de inclusão de um material no patrimônio da
UA, por não ter sido elaborado o Termo de Recebimento e exame de material.

O Agente Diretor não deve deixar de anular os atos ilegais tempestivamente,


mesmo que tenham sido por ele praticados, sob pena de poder ser responsabi-
lizado por sua omissão, além de ocasionar prejuízos à gestão de material.

i) Revogação

Revogação é a supressão de um ato administrativo legítimo e eficaz, realizada


privativamente pela Administração, por ter se tornado inconveniente e inopor-
tuno ao interesse público, ou seja, por não mais atender ao interesse público.

33
gestão de material e patrimônio - u1
A revogação é realizada pela Administração, e somente por ela, por não mais
lhe convir sua existência.

Ex nunc: expressão de Produz efeitos [ex nunc], ou seja, seus efeitos operam a partir do presente,
origem latina que significa di- porque desfazem atos dotados de legalidade. O ato de revogação é irretroati-
zer que a decisão não retroage
à origem do ato anulado, só vo, pois incide sobre ato legal que produziu efeitos válidos; assim, a revogação
vale a partir dali. não atinge efeitos já produzidos pelo ato revogado, que permanecem no mun-
do jurídico, cessando os efeitos deste do momento da revogação para o futuro.

Note-se que, em relação a essas duas últimas modalidades de extinção dos


atos administrativos, o poder da administração pública é mais amplo do que
o da Justiça. Sempre que verificada a necessidade de sua supressão, a Admi-
nistração poderá revogá-los, por questões de oportunidade e conveniência,
ou anulá-los, por questão de ilegalidade. Em contrapartida, o Poder Judiciário
só pode anulá-los por questões de ilegalidade. Assim, a Administração con-
trola seus atos em toda a sua plenitude, sob os aspectos da oportunidade,
conveniência, justiça, conteúdo, forma, finalidade, moralidade e legalidade,
enquanto o controle do Judiciário se restringe ao exame da legalidade, ou seja,
da conformação do ato com o ordenamento jurídico que a Administração se
subordina para sua prática.

j) Cassação

Ocorre a cassação quando atos originalmente legítimos tornam-se ilegais na


sua execução, podendo, assim, serem cassados. Por exemplo: a cassação de
patente de um produto farmacêutico por ter se mostrado lesivo ao usuário;
um alvará de licença para construir, expedido legalmente, mas cassado por ter
descumprido na execução da obra licenciada.

k) Contraposição

A edição posterior de ato administrativo esvazia o conteúdo do ato preceden-


te, por contraposto que é. A contraposição existirá sempre que determinado
ato administrativo extinguir ato precedente, independentemente de expressa
revogação. Por exemplo: o ato de nomeação de um militar. Seu contrapos-
to direto vem a ser o ato de exoneração desse mesmo militar. Essa situação
denota, sem sombra de dúvida, que o segundo ato, em razão de seu objeto,
esvaziou o conteúdo do primeiro.

34
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2.3.2 Fatos administrativos

Os efeitos jurídicos decorrentes dos atos administrativos típicos realizados


pelos integrantes de uma UA resultam em fatos administrativos que podem
ser descritos como a atividade material do órgão, ou seja, indicam tudo o
que retrata uma alteração dinâmica na Administração Militar. Por exemplo: a
compra de um material, a descarga de um MEM, a demissão de um militar etc.

Nem todo fato administrativo resulta de um ato administrati-


vo ou de um conjunto de atos administrativos.

Há fatos administrativos que, embora também sejam voluntários, são con-


sequências de condutas administrativas, isto é, de ações da Administração não
formalizadas por atos administrativos, como, por exemplo, uma alteração do
local de determinado depósito, e há outros que resultam de situações de ordem
natural, como os fenômenos da natureza. Podemos exemplificar, citando uma
tempestade que destelhou a reserva de material de determinada subunidade.

Sempre que se fizer referência a um fato administrativo, deve-se ter a noção


de que ocorreu um evento dinâmico da Administração causado por evento
voluntário ou natural.

2.4 Agentes da Administração: funções, atribuições


e responsabilidades

Os agentes da Administração são todos agentes públicos, militares e civis, res-


ponsáveis por quaisquer procedimentos referentes à gestão dos bens pecunia-
riamente mensuráveis pertencentes a uma UA.

Todos os agentes da Administração possuem atribuições específicas atinentes à


administração de material, conforme previsto no Decreto nº 98.820, de 24 de
maio de 1990 (Regulamento de Administração do Exército – RAE/R3).

Alguns integrantes das UA, mesmo não ocupando os cargos ou funções dire-
tamente ou indiretamente ligadas às atividades administrativas, poderão ter
responsabilidades relacionadas à gestão do material.

35
gestão de material e patrimônio - u1
2.4.1 Agentes da administração

São agentes da Administração, diretamente ou indiretamente responsáveis


pela gestão do material e do patrimônio:

• Agente Diretor.

• Agentes Executores Diretos:

- Fiscal Administrativo;

- Encarregado do Setor de Contabilidade (contador);

- Encarregado do Setor de Finanças (tesoureiro);

- Encarregado do Setor de Material (almoxarife);

- Encarregado do Setor de Aprovisionamento (aprovisionador).

• Agentes executores indiretos:

- Comandante de subunidade;

- Chefe de serviços;

- Oficiais em geral;

- Oficial de dia;

- Subtenente;

- Encarregados de depósitos, de oficinas ou de material.

Qualquer pessoa física a que se tenha atribuído competência para exercer ativi-
dade administrativa de acordo com a legislação em vigor.

Os agentes da Administração, para que possam realizar suas funções, poderão


ter auxiliares, designados pelo Agente Diretor, conforme previsão do Quadro de
Cargos Previstos (QCP) da UA, sendo considerados agentes executores indiretos.

2.4.2 Cargo, funções, atribuições e responsabilidades

O artigo 3º da Lei nº 8.112/90 definiu o cargo público como “o conjunto de


atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que de-
vem ser cometidas a um servidor”.

Em uma UA, existem vários cargos previstos em QCP, tais como: comandante,
sub-comandante, fiscal administrativo, almoxarife, aprovisionador, entre ou-
tros. Cada cargo possui um rol de funções que podemos, nesse caso, denomi-
nar encargos ou atribuições.

36
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Todo cargo possui funções, e não existe um cargo sem encargos e responsabili-
dades. Entretanto, há funções que não têm vinculação a quaisquer cargos.

Dentre os agentes executores de atividades administrativas, há, por exemplo, a


de agente diretor, que é uma das funções previstas para o cargo de Cmt OM.

Há a função de oficial-de-dia que não está ligada especificamente a nenhum


cargo. Nesse caso, essa função possui, no que tange à função administrativa,
vários encargos e responsabilidades.

Existe, também, entre os agentes executores indiretos, a indicação de que to-


dos os oficiais e subtenentes têm responsabilidades administrativas, sendo que
estes não são cargos nem funções. O primeiro é gênero, cujas espécies são os
vários postos previstos na legislação castrense, o segundo é uma praça.

Por último, há, ainda, a previsão de que quaisquer pessoas físicas, além das
descritas no rol do artigo 21 do RAE, podem receber competência para realizar
atividades administrativas, sendo-lhes atribuídas responsabilidades.

Conforme Carvalho Filho (2006, p. 514), “a função pública é a atividade em si


mesma”, ou seja, função é sinônimo de atribuição e corresponde às inúmeras
tarefas que constituem o objeto dos serviços prestados pelos servidores públicos.

2.4.2.1 Atribuições dos agentes da administração

São atribuições dos agentes da administração referentes à administração de


material e patrimonial:

a) Agente diretor

O comandante, chefe ou diretor de OM, quando está exercendo, de uma ma-


neira geral, as atividades administrativas da UA, é denominado Agente Diretor
(AD), sendo que, no exercício específico da administração patrimonial denomi-
na-se Ordenador de Despesas (OD).

A função de Agente Diretor pode ser delegada, integralmente ou parcial-


mente, nas unidades comandadas ou chefiadas por Oficial General, devendo
a autoridade delegante fiscalizar o trabalho do agente delegatário, a fim de
verificar se a função está sendo desempenhada conforme suas ordens e a
legislação vigente.

37
gestão de material e patrimônio - u1
O AD é o responsável por todos os atos e fatos administrati-
vos da UA e desempenha as suas funções através dos agentes
executores diretos e indiretos, que o auxiliam na execução de
todas as atividades administrativas da unidade.

Entre os principais encargos previstos para o AD no tocante à administração de


material e patrimonial, pode-se destacar:

• Supervisão de todas as atividades administrativas da UA;

• Assinatura dos documentos relacionados à sua atividade;

• Conferência dos documentos elaborados pelos agentes da administração;

• Fiscalização da escrituração patrimonial;

• Verificação das passagens de funções, a fim de manter a escrituração


dos bens distribuídos em ordem e atualizada:

• Publicação da situação patrimonial por ocasião da passagem de coman-


do, chefia ou direção;

• Verificação da exata situação patrimonial, até trinta dias da assunção do


comando, chefia ou direção e consequente publicação do apurado;

• Determinação das compras, serviços e alienações;

• Manutenção dos documentos comprovatórios dos atos e fatos adminis-


trativos arquivados conforme a previsão legal;

• Determinação dos ressarcimentos e sanções referentes aos prejuízos


causados à Fazenda Nacional;

• Instauração de sindicância, inquérito técnico e inquérito policial militar


para apuração de responsabilidades dos gestores de material da OM;

• Determinação do afastamento do cargo ou impedimento para o exer-


cício da função dos responsáveis por prejuízos causados à Fazenda
Nacional;

• Remessa ao Escalão Superior de documentos relativos ao patrimônio


da OM;

• Remessa à Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx) de


vinculação do rol dos responsáveis pela administração da OM e ime-
diatamente as substituições de OD ao Centro de Controle Interno do
Comando do Exército (CCIEx) e à ICFEx.

38
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A função de OD também pode ser delegada pelo Cmt/Ch/Dir de OM, em regra,
nas unidades comandadas, chefiadas ou dirigidas por Oficial General, nas uni-
dades possuidoras de Base Administrativa ou nas unidades não possuidoras de
Base Administrativa quando, justificadamente e devidamente autorizado pela
Secretaria de Economia e Finanças (SEF), não puder desempenhar essa função
devido às complexidades e particularidades da UA, observando-se em todos os
casos a compatibilidade hierárquica entre os agentes da Administração.

b) Agentes executores diretos

Os agentes executores diretos são os agentes da administração da UA que,


auxiliados por outros militares ou servidores civis, ou seja, adjuntos, auxiliares
e outros agentes, são responsáveis pela coordenação e controle das atividades
administrativas e, também, pelo assessoramento do agente diretor.

• Fiscal administrativo

Em relação à administração patrimonial e do material, o fiscal administrati-


vo é responsável pelo assessoramento do agente diretor e do ordenador de
despesas, cabendo-lhe:

- O seu planejamento, coordenação e controle;

- O estudo, para apreciação do AD, de toda a documentação per-


tinente;

- A fiscalização dos registros contábeis;

- A retirada de dúvidas dos demais agentes subordinados;

- A prestação de informação ao AD sobre quaisquer irregularidades


que verificar, a fim de que se evite danos e/ou prejuízos à Fazenda
Nacional;

- A publicação do movimento de entrada e de saída do [material Material permanente:


é todo bem (artigo, equipa-
permanente] e de consumo;
mento ou conjunto operacio-
- A orientação e supervisão do recebimento e exame de material; nal ou administrativo) que
tem durabilidade prevista su-
- A solicitação de técnicos ou peritos para exame qualitativo de perior a dois anos e que, em
material; razão de seu uso, não perde
a sua identidade física nem
- A assistência, se possível, do fornecimento de material às seções e se incorpora a outro bem.
Destina-se ao uso contínuo e
subunidades; deve ser incluído em carga.
- O diligenciamento para que informações sobre o patrimônio sejam
enviadas com presteza e perfeição aos escalões administrativos;

39
gestão de material e patrimônio - u1
- A informação e realização de pareceres sobre os assuntos de sua
competência;

- A informação ao AD, tempestivamente, sobre o registro dos bens


patrimoniais e o estado de conservação dos materiais;

- O pleno conhecimento das variações patrimoniais, a fim de reali-


zar apresentações sempre que solicitado;

- A orientação à descrição dos atos e fatos administrativos que


devem ser publicados em Boletim Interno (BI).

O fiscal administrativo é o principal assessor do Cmt OM no tocante aos


cuidados com o meio ambiente, cabendo-lhe, em relação à administração
do material da UG o gerenciamento de projetos que visem evitar danos ao
meio ambiente, havendo a necessidade de conferir especial atenção ao des-
tino das sobras, dos resíduos e do material descarregado, cujo destino seja
o descarte, a não contaminação do lençol freático, do mar, dos rios e dos
lagos, ao corte de árvores e à preservação dos animais de todas as espécies.

Para se obter mais informa- O Exército Brasileiro tem se preocupado com o meio ambiente, elaborando
ções sobre regulamentação
várias regras para que se evitem prejuízos ao meio ambiente, sendo bas-
ambiental do Exército Brasilei-
ro, consulte a Portaria nº 386, tante importantes para a administração do material, principalmente em
do Cmt Ex, de 09 de junho de relação à destinação das sobras, dos resíduos e de outros materiais cujo
2008 (IG 20-10), que versa
sobre o Sistema de Gestão Am- descarte pode causar danos ambientais.
biental no Âmbito do Exército
Brasileiro (SIGAEB) e a Porta- • Encarregado do Setor de Contabilidade
ria nº 001-DEC, de 26 de se-
tembro de 2011 (IR 50-20), O Setor de Contabilidade está previsto em algumas OM, como, por exem-
que regulamenta o SIGAEB. plo, na AMAN, e o seu chefe é o agente responsável pelos registros contá-
beis referentes ao patrimônio.

• Encarregado do Setor de Finanças

O encarregado do Setor de Finanças tem a responsabilidade de informar


ao fiscal administrativo, conforme determinado pela ICFEx, uma relação de
todo o material permanente e de consumo pago pela UA.

• Encarregado do Setor de Material

O encarregado do Setor de Material é o responsável, em regra, pela


Contratação de serviço: execução das atividades de aquisição, alienação de material e de [con-
é a formalização da prestação
tratação de serviços] de reparações do material da UA, bem como pela
de um determinado serviço, a
ser pago em dinheiro. administração do material, a seu cargo, segundo a legislação em vigor,
cabendo-lhe especificamente:

40
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
- A contabilidade do material sob a sua gestão;

- A elaboração de pedidos de aquisição de material e de prestação


de serviços ao fiscal administrativo;

- A prestação de informações ao fiscal administrativo periodicamen-


te, conforme determinação da ICFEx, o movimento de entrada e
de saída de material dos depósitos do almoxarifado;

- A distribuição de material às seções e subunidades da UA, confor-


me ordem do AD ou autorização do fiscal administrativo;

- A identificação do material a ser distribuído pelo almoxarifado às


seções e subunidades da UG;

- O recebimento do material destinado à UG, adquirido diretamen-


te no comércio ou fornecido pelos órgãos provedores ou de ma-
nutenção, salvo os gêneros de subsistência, que serão recebidos
pelo aprovisionador;

- A manutenção atualizada de uma relação de todo o material dis-


tribuído sem responsável direto e permanente;

- O acondicionamento do material a ser remetido às seções e subuni-


dades da UA ou a outra OM, confeccionando as respectivas guias;

- A prestação de informação a respeito da matéria-prima consumi-


da nos serviços executados nas oficinas.

Os encargos de almoxarife são pertinentes aos gestores de


quaisquer depósitos das UA, no que lhes for cabíveis.

• Encarregado do Setor de Aprovisionamento

O encarregado do Setor de Aprovisionamento é o responsável pela aquisi-


ção de gêneros, alienação de material e contratação de serviços do setor,
bem como pela administração de todo o material sob sua responsabilida-
de, competindo-lhe o recebimento, estocagem e distribuição de gêneros
alimentícios, receber todo o material destinado ao setor e controlar os
gêneros existentes nos depósitos.

Atualmente, cresce de importância a implementação de medidas visando a


segurança alimentar nas UA, cabendo ao aprovisionador a execução de
atos permitindo que todos os integrantes do órgão tenham alimentação

41
gestão de material e patrimônio - u1
saudável, preparadas e servidas através de materiais e instalações apropria-
dos, de pessoal capacitado e de modernas técnicas de gerenciamento.

É importante ressaltar que o COLOG, através da DAbst, está promovendo a


segurança alimentar no âmbito das UA, através da concessão da certifica-
ção às OM que cumpram determinados requisitos, sendo que essas unida-
des, uma vez certificadas, receberão mais recursos para executar projetos
de melhoria do serviço de aprovisionamento.

c) Agentes executores indiretos

Os agentes executores indiretos são agentes da Administração que, por força


da posição hierárquica, cargo ou função, são essenciais para a boa administra-
ção do material e patrimonial da UA.

• Comandante de subunidade

O comandante de subunidade é o responsável pela execução de todas


as atividades administrativas desse setor, cabendo-lhe manter o arquivo
da documentação, a escrituração e todas as informações administrativas
atualizadas, informar ao escalão superior todas as iniciativas administrativas
realizadas, proceder à fiscalização do material e da respectiva escrituração,
determinar o correto controle do material distribuído aos seus detentores
diretos, a fim de que não haja alterações por ocasião de sua passagem de
cargo, coordenar os registros contábeis da SU, não permitir que o material
de carga da SU seja retirado do local, salvo se for para instrução, informar
ao Fiscal Administrativo o estado do material da SU, bem como apresentar
ao comandante substituto a relação referente à situação do material, por
ocasião da transmissão do comando da SU.

• Chefes de serviços

Os chefes de serviços são os responsáveis pela execução das atividades de


saúde, de veterinária e outras especiais, e pela administração dos respec-
tivos setores.

• Oficiais em geral

Os oficiais em geral, quando integrantes de comissões, de grupos de traba-


lho, de representação ou de outras missões relacionadas à administração,
são responsáveis pela gestão administrativa e patrimonial da UA, cumulati-
vamente com seus encargos originais.

42
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Oficial de dia

O oficial de dia é responsável, em regra, fora do horário de expediente:

- Pela segurança das dependências, nas quais possuam materiais,


de acordo com as NGA da UA;

- Pela comunicação ao subcomandante, através de parte especial,


sobre ocorrências de natureza administrativa, fazendo as ingerên-
cias imediatas, no caso de interesse da Fazenda Nacional;

- Pela saída de animais e veículos que não possuam autorização do


Fiscal Administrativo;

- Pelo recebimento de materiais, se for o caso.

É muito comum o recebimento, por exemplo, de pão, pelo oficial de dia


nas dependências do Serviço de Aprovisionamento antes do horário de
início do expediente.

• Subtenente

O subtenente é o principal auxiliar do comandante de subunidade na admi-


nistração de material da SU, sendo o [detentor direto] do material incluído Detentor direto: é o
agente que responde pela
no patrimônio, cabendo-lhe:
guarda, manutenção e escri-
- Manter atualizadas as ordens e a legislação referentes ao material turação de bens patrimoniais.

distribuído às SU, a fim de que a escrituração e a contabilidade


estejam conforme as regras em vigor;

- Zelar pela distribuição de material necessário às diversas ativida-


des da SU;

- Realizar os pedidos de material e serviços de manutenção ao Al-


moxarife depois da autorização do Fiscal Administrativo;

- Manter todo o material da SU em perfeitas condições de uso e de


armazenagem;

- Informar ao comandante de subunidade danos e faltas de quais-


quer materiais sob a sua responsabilidade;

- Propor ao Cmt SU aquisições, [transferências], inclusões em Transferência: rema-


nejamento de materiais entre
carga, descargas e medidas de conservação, a fim de melhorar as
organizações militares.
condições materiais da subunidade;

- Providenciar o inventário das praças baixadas à enfermaria e o


recolhimento dos materiais a esta distribuídos;

43
gestão de material e patrimônio - u1
- Tomar providências para as reparações dos materiais;

- Receber os materiais destinados à SU, opondo sua assinatura nas


respectivas guias;

- Distribuir material, mediante recibo, às frações da SU;

- Transmitir aos sargentos e cabos instruções sobre o controle de


material;

- Prestar informações ao aprovisionador e ao oficial de dia sobre as


necessidades para alimentação do pessoal e dos animais da SU
que não possam realizar as refeições nos horários previstos, por
motivo de exercícios longe do aquartelamento ou nos casos de
manobra e de campanha;

- Assinar os vales de rações das praças arranchadas e de forragea-


mento dos animais;

- Assegurar que nenhum material saia da UA, salvo para instrução;

- Recolher todo o material distribuído às praças que tenham


residência na OM, logo após vinte e quatro horas de ausência
das mesmas, devendo lacrar seus armários, a fim de preservar os
objetos pessoais;

- Realizar a passagem da carga sob a sua responsabilidade direta por


ocasião de substituição, acusando todas as alterações existentes;

- Responder todas as informações solicitadas que estejam no âmbi-


to de sua competência.

• Encarregados de depósitos, de oficinas ou de material

O encarregado de depósito, de oficina ou de material é auxiliar dos coman-


dantes de subunidade ou chefes de seção, de acordo com o organograma
da OM, e detentor direto da carga distribuída, cabendo-lhe:

- A execução de toda a escrituração de controle;

- A guarda dos materiais estocados;

- A manutenção dos equipamentos;

- A administração de todas as atividades de seu setor.

• Qualquer pessoa física

Sempre que uma pessoa física receber a incumbência de realizar qualquer


atividade inerente à administração de material ou patrimonial, conforme a

44
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
legislação vigente, será considerado um agente executor, passando a ser
responsabilizado por todos os atos e fatos referentes à sua função.

Além das atribuições previstas no RAE, compete, também, aos agentes da


administração da UA, de acordo com o artigo 51 do RISG:

a) Ministrar a instrução relativa aos diversos ramos de


suas especialidades, de conformidade com os programas
de instrução da unidade;

b) Dirigir o pessoal auxiliar das dependências internas a


seu cargo e orientá-lo na execução dos trabalhos a ele
distribuídos;

c) Exercer, durante o serviço, ação disciplinar sobre o pes-


soal das dependências que dirijam, apurando as faltas e
participando-as à autoridade a que estiverem diretamente
subordinados.

2.4.2.2 Atribuições dos auxiliares dos agentes da administração

As principais atribuições dos auxiliares dos agentes da administração são:

• Conhecer bem a legislação que prevê os encargos de seus chefes ou


comandantes, a fim de assessorá-los da melhor maneira possível;

• Cumprir as normas referentes à administração de material e patrimonial;

• Receber materiais e documentos, opondo sua assinatura, de acordo com


autorização recebida;

• Cumprir a determinação de seus comandantes ou chefes;

• Manter a escrituração e o arquivamento da documentação arrumados e


atualizados.

2.4.2.3 Passagem de cargo e função

A atividade administrativa da UG não pode sofrer solução de continuidade


quando ocorrer substituição de agentes, sendo que o agente investido em
cargo com função de chefia é o responsável pelos bens móveis e imóveis, e
recursos e valores recebidos.

Cabe ressaltar que os regulamentos existentes no âmbito do Exército descre-


vem os procedimentos necessários para a passagem de função. Entretanto,
como já visto, o termo mais preciso deve ser passagem de cargo e/ou de
função, já que outro militar receberá a competência para exercício do cargo

45
gestão de material e patrimônio - u1
que contém as suas respectivas funções ou uma função sem um correspon-
dente cargo ou até uma função delegada, como é o caso da função de orde-
nador de despesas.

Os procedimentos para passagem de cargo e função devem seguir as orienta-


ções a seguir:

• Nas substituições por prazo superior a 30 dias há transmissão de carga e


encargos.

• Nas substituições por prazo inferior a 30 dias ou férias não há trans-


missão de carga. Nesse caso, os bens móveis ficarão sob a responsabili-
Detentor indireto: dade de [detentor indireto], sob supervisão do substituto, sem necessi-
agente ou auxiliar designado
dade de transmissão.
em boletim interno da UA,
que responde perante seu • As substituições serão realizadas segundo as prescrições do Regulamento
chefe, pela guarda, manuten-
ção de bens patrimoniais e Interno e dos Serviços Gerais (RISG/R1) e das Instruções Gerais para a Rea-
pela execução da escritura- lização de Substituições Temporárias no âmbito do Comando do Exército.
ção. Ex: serviços gerais, Gd
Quartel, etc. • A transmissão de responsabilidade por bens móveis (material permanen-
te e/ou consumo) deve ser iniciada através da obtenção das informações
geradas pelo Sistema de Controle Físico (SISCOFIS), referentes ao respec-
tivo setor, seguindo-se o exame quantitativo e qualitativo do material.

• Concluída a conferência dos lançamentos do SISCOFIS e do material, o


substituto participará, por escrito, ao Fiscal Administrativo o que foi apu-
rado, com a concordância integral ou parcial do substituído, para que
seja publicada em Boletim Interno da OM e adotadas as providências
por eventuais alterações.

• O substituto é considerado investido do cargo quando participar ao Fisc


Adm ou agente diretor que assumiu as respectivas funções.

• A passagem de função de ordenador de despesas será efetivada através de


relatórios elaborados de acordo com as instruções pertinentes ao assunto.

Os prazos para passagem de cargo e função são:

• Almoxarife e encarregado de depósito (D Sup/B Sup): até 20 dias úteis;

• OD, fiscal administrativo, Cmt SU, tesoureiro e aprovisionador: até oito


dias úteis;

• ST Enc Mat SU: até 20 dias úteis;

• Demais frações: até quatro dias úteis.

46
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
As orientações para passagem de cargo e função são:

• A contagem dos prazos será iniciada no dia útil subsequente à publica-


ção no BI da OM.

• Com acúmulo de funções cada prazo será concedido separadamente.

• O agente diretor poderá prorrogar o prazo de, no máximo, metade do


prazo original.

• Se mesmo com prorrogação o prazo não for cumprido, a passagem da


função será realizada por uma comissão.

• Nos casos de afastamento súbito de agente detentor de bens do patri-


mônio, a transmissão de material e valores deverá ser realizada por uma
comissão composta de três membros, nomeada em Boletim Interno da
OM, logo após ser o fato conhecido.

2.4.2.4 Segregação de funções e cargos

Deve-se ter especial atenção com a segregação de determinados cargos e


funções da UA, a fim de que a acumulação deles por um mesmo agente não
comprometa a eficiente gestão do material. Assim, não poderão ser acumula-
das entre si:

• As funções de agente diretor/OD com os demais agentes executores


diretos da UA;

• As funções que constam no Rol de Responsáveis (agente diretor/OD,


fiscal administrativo, encarregado de setor financeiro e encarregado do
setor de pessoal);

• Os cargos de tesoureiro, almoxarife e aprovisionador;

• As funções de chefe ou membro da SALC ou Seção de Compras com os


demais agentes executores diretos da UA, salvo com o encarregado do
Setor de Pessoal.

2.4.2.5 Responsabilidades

Todos os integrantes das UA têm o dever de zelar pelos diversos materiais


existentes, desde o recruta, que deve tratar com cuidado o material individual
que lhe é distribuído para uso ou com o material de uso coletivo que deverá
realizar a manutenção, até o seu Agente Diretor, principal responsável pela
gestão dos respectivos bens.

47
gestão de material e patrimônio - u1
Os agentes da administração, no exercício das atividades administrativas refe-
rentes à gestão do material das UA, poderão ser responsabilizados nas esferas
penal, administrativa e civil, cumulativamente ou não, caso cometam
irregularidades que causem prejuízos à Fazenda Nacional.

Além dos militares, pessoas não vinculadas à Administração Militar também


poderão ser responsabilizadas por danos e desvios causados aos bens da União
sob a responsabilidade do EB.

As atribuições conferidas pelo detentor direto a outro agen-


te ou a auxiliar não o eximem de responsabilidade, caso não
exerça o devido controle e nem determine que sejam sanadas
as alterações que venham a ser constatadas.

A apuração das responsabilidades deve ser sempre realizada através do devido


processo legal, concedendo-se aos acusados o contraditório e a ampla defesa,
conforme o artigo 5º, LV, CRFB/88.

O agente diretor tem o dever de apurar as responsabilidades pelos retrocita-


dos prejuízos e de determinar os respectivos ressarcimentos, conforme tipifica-
do no artigo 84 do Decreto-Lei nº 200/67.

Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não


foi prestada, ou que ocorreu desfalque, desvio de bens
ou outra irregularidade que resulte prejuízo para a Fazen-
da Pública, as autoridades administrativas, sob pena de
co-responsabilidade e sem embargo dos procedimentos
disciplinares, deverão tomar imediatas providências para
assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a tomada
de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao
Tribunal de Contas.

Os procedimentos para a apuração e ressarcimento serão desenvolvidos me-


diante instauração de Sindicância (EB10-IG-09.001/2012), de Inquérito Poli-
cial Militar (IPM), de Processo Administrativo (Lei 9784/99) ou de Tomada
de Contas Especial (TCE-Lei 8.443/92 e Portaria nº 008-SEF/2003), de acordo
com a respectiva legislação e o previsto nestas Normas.

48
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
a) Responsabilidade penal

Havendo indícios de crime militar, conforme tipificado no Código Penal Militar


(CPM), o comandante da OM deverá instaurar um Inquérito IPM para apuração
dos fatos, devendo remeter o referido procedimento à Justiça Militar, mesmo
que se tenha apurado a inexistência de delito.

A apuração do ilícito penal através do IPM não prevê as garantias da am-


pla defesa e do contraditório para o indiciado, sendo que o réu fará jus
a esses direitos constitucionais por ocasião de sua participação no processo
penal que será desenvolvido no âmbito do Poder Judiciário à luz do Código de
Processo Penal Militar (CPPM).

Se o agente da Administração ou um civil for considerado culpado pelo come-


timento de um crime militar referente à administração do material será respon-
sabilizado penalmente, estando sujeito às sanções previstas no CPM.

Pode-se citar como exemplos:

• O roubo de uma arma;

• O furto de um computador;

• O dano causado em uma viatura.

A absolvição criminal poderá afastar as responsabilidades civil e administrativa


quando ficar decidida a inexistência do fato ou a não autoria imputada
ao acusado. Já a absolvição por falta de provas ou ausência de dolo não
exclui a culpa administrativa e civil.

b) Responsabilidade administrativa

A responsabilidade administrativa resulta da violação de normas internas


pelo servidor sujeito a estatuto e disposições complementares estabelecidas em
lei, decreto ou qualquer outro provimento regulamentar da função pública.

O agente da Administração poderá ser responsabilizado administrativamente,


em decorrência do poder disciplinar conferido à administração pública, quan-
do cometer uma transgressão disciplinar na gestão do material. Nesse caso,
teremos a responsabilidade administrativa disciplinar.

As transgressões disciplinares e as sanções disciplinares referentes aos militares


do EB estão previstas no Regulamento Disciplinar do Exército (RDE) e devem
ser apuradas através do devido processo legal, através de sindicâncias, a fim de
que se possa realizar os procedimentos referentes ao respectivo ressarcimento.

49
gestão de material e patrimônio - u1
Além das punições previstas no artigo 24 do RDE, por cometimento de transgres-
sões disciplinares discriminadas no Anexo I do RDE, o agente da administração
poderá ser, cumulativamente, responsabilizado administrativamente através
das seguintes sanções administrativas previstas no artigo 111, do Regulamento
de Administração do Exército (RAE/R3):

1) imediato afastamento do cargo, quando, com base em


provas documentais, tornar-se incompatível com a função,
por ter cometido ações prejudiciais aos interesses da Fa-
zenda Nacional, por desídia, condescendência ou má-fé;

2) suspensão imediata do cargo ou encargo, pelo prazo


que se fizer necessário à apuração da irregularidade e
normalização do serviço quando deixar de cumprir, den-
tro de 8 (oito) dias úteis, as exigências para corrigir faltas
verificadas nas suas prestações de contas de recursos,
valores e outros bens;

3) desconto das importâncias pagas indevidamente;

4) desconto das importâncias desviadas para constituírem


caixas ilegais, revertendo ainda o saldo destas ao Estado,
como receita da União;

5) desconto das importâncias relativas as concessões ou


liberalidade feitas à conta de recursos públicos;

6) desconto das importâncias que se refiram a quaisquer er-


ros que deram origem a prejuízos ao Estado ou a terceiros.

Pode-se citar como exemplos de transgressão disciplinar referentes à administra-


ção de material, de acordo com o que descreve o item nº 22, do Anexo I do RDE:

• O dano ou o extravio de um item de suprimento por negligência ou


desobediência das regras ou normas de serviço;

• A falta de zelo com o material da Fazenda Nacional.

Havendo necessidade de instauração de uma TCE, todos que comprovadamente


tenham causado prejuízos aos materiais pertencentes à União poderão ser sancio-
nados através do seguinte rol de sanções administrativas, a serem aplicadas em
decorrência de irregularidades comprovadas pelo TCU, conforme a Lei 8.443/92:

• Multa;
• Cobrança judicial da dívida;
• Arresto de bens;

50
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Declaração de inidoneidade do particular para licitar ou contratar com a
Administração;
• Declaração de inabilitação para o exercício de cargo ou função pública;
• Inclusão no Cadin (Cadastro Informativo dos créditos não quitados do
setor público federal);
• Inclusão no cadastro a ser enviado à Justiça Federal para figurar na lista
de inelegíveis.

c) Responsabilidade civil

Dentre as três esferas de responsabilização às quais os agentes públicos ou


pessoas sem vínculos com a administração estão sujeitos quando causam
prejuízos ao material sob administração do EB, a responsabilidade civil é a mais
complexa, pois se traduz no dever do agente da administração ou de terceiro
indenizar à União pelos danos causados ao material em decorrência de sua
gestão, de sua utilização ou de quaisquer outras infrações.

Esse dever de ressarcir aos cofres públicos será imputado ao infrator se ele agir
com culpa ou dolo, mediante o devido processo legal, que ofereça ao indiví-
duo a ampla defesa e o contraditório.

Se a apuração dos fatos for realizada por meio de sindicância e ficar prova-
do o prejuízo à Fazenda Nacional, deve-se obter do sindicado, durante o
processo, o reconhecimento da dívida, mediante assinatura do Termo de
Reconhecimento de Dívida, e a respectiva autorização para desconto em
contracheque ou, na impossibilidade do referido desconto, o comprometi-
mento de realizar a indenização de outra maneira.

Caso o sindicado não recolha o valor devido no prazo estipulado, a UA de-


terminará, independentemente do reconhecimento da dívida, o desconto no
contracheque do militar, conforme a legislação em vigor.

No caso da apuração da responsabilidade por prejuízo superior ou igual a


R$ 1.000,00 (um mil reais) ter sido procedida através de IPM e não for pos-
sível o reconhecimento da dívida com a Fazenda Nacional durante o pro-
cedimento administrativo, será necessária a instauração de um processo
administrativo, elaborado em conformidade com a Lei 9.784/99, a fim de
que se possibilite ao responsável o exercício da ampla defesa e do contradi-
tório e à Administração o direito à respectiva cobrança e, mais uma vez, a
obtenção da assinatura do Termo de Reconhecimento de Dívida.

51
gestão de material e patrimônio - u1
Se o valor do prejuízo causado ao erário público for inferior a R$ 1.000,00 (um
mil reais), não deverá ser instaurado processo administrativo, em decorrência
do IPM, e nem deverá ser encaminhada documentação para inscrição em Dívi-
da Ativa da União caso haja negativa de ressarcimento, cabendo à UA deten-
tora do material envidar todo esforço possível para o ressarcimento à União.

Caso se esgotem todas as medidas administrativas internas para apuração e


ressarcimento do prejuízo relacionado ao material, sem que se tenha obtido
êxito, excepcionalmente, poderá ser instaurada uma TCE, conforme previsto na
Lei 8.443/92:

Art. 8° Diante da omissão no dever de prestar contas, da


não comprovação da aplicação dos recursos repassados
pela União, na forma prevista no inciso VII do art. 5° des-
ta Lei, da ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros,
bens ou valores públicos, ou, ainda, da prática de qual-
quer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte
dano ao Erário, a autoridade administrativa competente,
sob pena de responsabilidade solidária, deverá imedia-
tamente adotar providências com vistas à instauração
da tomada de contas especial para apuração dos fatos,
identificação dos responsáveis e quantificação do dano.

A TCE é um processo administrativo que gera título executivo extrajudicial,


através do qual se concede ao acusado a ampla defesa e o contraditório, a fim
de apurar os fatos, identificar os responsáveis e quantificar o dano. Sua instau-
ração tem as seguintes condicionantes:

• Constatação de irregularidade com dano ao erário.

• Valor do dano igual ou superior a R$ 75.000,00.

• Identificação dos responsáveis.

• Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado.

O processo de TCE não deve ser instaurado nos seguintes casos:

• Em substituição a procedimentos disciplinares destinados a apurar infra-


ções administrativas;

• Para a obtenção de ressarcimento de valores pagos indevidamente a


servidores;

• Prejuízo causado por terceiros por descumprimento de cláusula contra-


tual (Súmula TCU n.º 187).

52
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Após transcorridos dez anos entre a data provável de ocorrência do dano
e a primeira notificação dos responsáveis pela autoridade administrativa;

• Valor atualizado monetariamente menor que R$ 75.000,00;

• Quando houver a apresentação e a aprovação da prestação de contas.

• A TCE permite o ressarcimento dos prejuízos causados ao erário através


da cobrança judicial da dívida, de acordo com a Lei 8.443/92.

d) Irresponsabilidade

São considerados casos de força maior, que isentam as pessoas de responsabi-


lidade em relação ao estado dos materiais, imputando-se a responsabilidade à
União nos casos de:

• Incêndio, desmoronamento, inundação, submersão, tormenta, terremo-


to e sinistros terrestres, aéreos, fluviais e marítimos;

• Estragos produzidos por animais daninhos;

• Epidemias e moléstias contagiosas;

• Estragos produzidos em armas ou em qualquer outro material, por ex-


plosão ou acontecimento imprevisível;

• Acidente ou inutilização em serviço ou instrução, comprovado em sindi-


cância, parecer técnico ou inquérito;

• Saque ou destruição pelo inimigo, destruição ou abandono forçado pela


aproximação deste;

• Inutilização decorrente de operações de ações da defesa civil e defesa


interna.

• Material contaminado por moléstia contagiosa.

53
gestão de material e patrimônio - u1
3 Recebimento e exame de material: entrada
na Unidade Administrativa e classificação

Objetivos específicos

• Discriminar os procedimentos relativos ao recebimento e exame de


material;
• Classificar o material.

As UA recebem diversos tipos de materiais para realizar as inúmeras atividades


necessárias para cumprir os objetivos institucionais.

3.1 Recebimento

Recebimento, em sentido estrito, é o fato administrativo através do qual o


material é entregue à UA sem que haja nesse momento a sua aceitação.

A partir do recebimento do material transfere-se a responsabilidade pela sua


conservação e guarda ao órgão recebedor, a fim de que possa proceder a sua
necessária conferência e exame qualitativo, quando for o caso.

O recebimento dos materiais, em regra, ocorre no Setor de Material da OM


(almoxarifado), salvo quando os bens não devam ou não possam ser ali estoca-
dos ou recebidos. Neste caso, a entrega deverá ocorrer em outro local previa-
mente designado.

Em termos práticos, podem-se exemplificar, entre outras, as exceções retroci-


tadas como os casos de recebimento de gêneros alimentícios, que devem dar
entrada no Setor de Aprovisionamento, e dos artigos de manutenção destina-
dos à atividade fim dos Batalhões Logísticos, que devem ser recebidos pelos
Pelotões de Suprimentos das Companhias Logísticas de Manutenções.

55
gestão de material e patrimônio - u1
Em todas as situações, quaisquer que sejam os locais de re-
cebimento, o registro de entrada do material será sempre no
almoxarifado, em estoque interno ou de distribuição.

Os documentos necessários para o recebimento de materiais são:

Cessão: modalidade de • Nota fiscal, fatura e nota fiscal/fatura;


movimentação de material
do acervo, com transferência • Guia de remessa, guia de fornecimento, guia de produção e guia de
gratuita de posse temporária recolhimento;
ou definitiva de troca de res-
ponsabilidade, entre órgãos • Nota de transferência;
da administração pública.
• Termo de [doação], termo de [cessão] e processo relativo à [permuta].

Os materiais podem ser recebidos em decorrência de compra, distribuição,


recolhimento, transferência, produção interna, doação, cessão e permuta.

O responsável pelo recebimento dos materiais, imediatamente


após o seu recebimento, deverá informar ao fiscal administrati-
vo da UA a entrega, a fim de que seja procedida a sua aceitação
e, caso seja necessário, um exame qualitativo dos mesmos.

3.2 Conferência

Doação: modalidade de Os materiais que dão entrada nas UA têm características distintas e origens
movimentação de material
diversas e também são destinados à consecução de inúmeros objetivos. Podem
do acervo, com transferência
gratuita de propriedade da ser de consumo ou permanente, podem advir de uma aquisição realizada
administração pública para os pela própria OM, diretamente ou através de uma licitação, para a sua própria
órgãos/entidades indicadas e
vice-versa na forma prevista utilização, para manutenção do material de outras OM ou para distribuição;
na legislação vigente. podem ter sido distribuídos pelos órgãos provedores; podem ter sido recolhi-
dos para manutenção ou para alienação e podem ter sido transferidos, doa-
dos, cedidos ou permutados por outros órgãos.

Permuta: é um acordo Em todos esses casos, a conferência dos materiais, por ocasião do recebimen-
de vontades, através do qual
to, é operação importantíssima para que seja realizada a aceitação, mediante
uma das partes é obrigada a
dar algo em troca de algu- a assinatura da nota fiscal, guia de recebimento/recolhimento, guia de forneci-
ma coisa, que não seja em mento ou outro documento hábil, materializando-se a quitação.
dinheiro.
De acordo com a origem do material, deve-se sempre proceder a uma confe-
rência rigorosa atendendo aos seguintes aspectos:

56
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3.2.1 Material adquirido no comércio

Os seguintes procedimentos devem ser seguidos em relação aos materiais


adquiridos no comércio:

• Antes de abrir os volumes deve-se verificar se as indicações contidas nas


notas de entrega, endereços, quantidades, marcas etc. constantes dos
volumes conferem devidamente.

• Obtida a certeza de que os volumes mencionados nas notas fiscais são


aqueles que estão sendo conferidos, abrem-se os volumes na presença
do representante da empresa fornecedora, que poderá ser o entregador
ou outra pessoa devidamente credenciada;

• Confronto de tipos – o agente responsável pela conferência do material


deve certificar-se de que o material encomendado é o que está sendo re-
cebido, através da verificação de que o discriminado no Termo de Contrato
ou na Nota de Empenho (NE) é o que está sendo entregue pelo fornecedor.

• Conferência propriamente dita, quanto à quantidade (quebras e fal-


tas); quanto à qualidade (apresentação boa ou má); e quanto ao peso
(certo e errado).

• Outros aspectos, tais como o tipo de NF emitida, o prazo de validade da


NF, violações de embalagens ou caixas, dependendo da situação, podem
ser verificados e confrontados.

• Observações:

- Se houver constatação de falta ou defeito, deve-se, imediatamen-


te, comunicar esse fato ao representante da empresa ou, na falta
deste, ao entregador. No verso do canhoto declaram-se os motivos
porque o recebimento total não foi acusado e comunicam-se as
razões ao fornecedor, documentando-se a ocorrência.

- Os materiais, em regra, podem ser aceitos pelo próprio encarre-


gado do setor de material ou por outra pessoa competente para
o ato. No caso de gêneros alimentícios, serão aceitos no Setor de
Aprovisionamento.

- Após o recebimento e aceite do material, o almoxarife ou outro


encarregado de depósito deverá, imediatamente, informar ao fiscal
administrativo o seu recebimento.

- Caso o material necessite de um exame qualitativo para a sua acei-


tação, o responsável pelo recebimento deverá imediatamente par-

57
gestão de material e patrimônio - u1
ticipar ao Fiscal Administrativo a sua entrada nos depósitos, a fim
de que seja designado um agente para aceitá-lo ou ser nomeada
uma Comissão de Recebimento e Exame de Material (CREM) para
realizar a aceitação. Ex: materiais recebidos dos órgãos provedores,
materiais de complexidade técnica, materiais de alto custo.

- O agente designado para aceitação do material ou a CREM nome-


ada para realizar a aceitação do material terá o prazo de oito dias
para, respectivamente, apresentar a parte de recebimento ou o
TREM, sendo que a Comissão deverá ser composta por três oficiais,
incluindo, em princípio, o almoxarife e o futuro detentor direto do
material.

- Quando as empresas fornecedoras fazem a entrega das mercado-


rias, devem ser acompanhadas por nota fiscal, sendo que, para
serem aceitas, devem estar devidamente preenchidas, conforme o
discriminado na nota de empenho (NE).

- Deve-se verificar se a nota fiscal corresponde ao objeto contata-


do, ou seja, se é nota para venda de mercadorias e se está dentro
do prazo de validade e, também, se foi emitida após a data
constante da NE.

- Somente após realizada a aceitação das mercadorias e verificada


a correção do documento fiscal deve-se realizar a liquidação da
despesa, através do carimbo e assinatura do Encarregado do Setor
de Material no verso da nota fiscal.

- Após realizada a liquidação da nota fiscal, esta deverá ser imedia-


tamente remetida ao Setor Financeiro para pagamento.

- Se o material tiver sido adquirido no comércio por outra UA, a


aceitação deverá ser realizada de forma provisória, a fim de que o
almoxarife daquela unidade possa realizar a liquidação da despesa
e efetivar o respectivo pagamento.

- Após a conferência, o almoxarifado/depósito deverá tempestivamen-


te realizar o registro de inclusão do material recebido no SISCOFIS.

3.2.2 Material distribuído pelos órgãos provedores ou de manutenção

Os vários itens de suprimento são distribuídos pelos órgãos provedores ou de


manutenção às UA, como já acima descrito, e merecem rigor no recebimento

58
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
e nos procedimentos necessários à aceitação, ou seja, conferência e exame
qualitativo, devendo-se proceder da seguinte maneira:

• Os almoxarifes e os demais encarregados de depósitos, como por exem-


plo, o Cmt Pel Sup/Cia Log Mnt, após receberem o material, deverão
informar imediatamente ao Fiscal Administrativo ou, conforme o caso,
ao Chefe do Centro de Apoio Logístico (COAL), ou ao Chefe do Centro
de Operações de Suprimento (COS), o recebimento, a fim de que seja
nomeada uma CREM para proceder à aceitação, através de conferência
e exame qualitativo, se for o caso.

• Após a referida comissão aceitar o material, deverá quitar a guia de re-


messa ou de fornecimento recebida, através de colocação dos nomes de
seus integrantes no verso com as respectivas assinaturas.

• Caso haja problemas no material recebido, a comissão deverá lavrar um


Termo de Recebimento e Exame de Material (TREM), lançando-se nele
todas as alterações verificadas, quer sejam quantitativas ou qualitativas.

• Após realizar a aceitação do material com ou sem alteração, a comis-


são deverá enviar a guia e o TREM ao Fiscal Administrativo, ao Chefe
do Centro de Operações de Apoio Logístico, ou ao Chefe do Centro de
Operações de Suprimento para que seja remetida aos respectivos órgãos
responsáveis pela provisão para as providências cabíveis.

3.2.3 Material recolhido para manutenção

Os órgãos de manutenção, B Log, Parques Regionais e Arsenais de Guerra, re-


cebem inúmeros materiais para realizar as necessárias manutenções e também
alienações de bens inservíveis, devendo atentar para os seguintes aspectos:

• Todos os materiais que são recolhidos para manutenção ou alienação


deverão estar acompanhados das respectivas guias de recolhimento.

• Os responsáveis pelo recolhimento, antes de levar o material para rece-


bimento nas respectivas oficinas ou depósitos dos órgãos de manuten-
ção, deverão passar nas seções responsáveis pela operação logística de
manutenção, como, por exemplo, no COAL nos B Log, para as orienta-
ções pertinentes.

• Os Chefes das oficinas ou depósitos receberão os materiais e efetivarão


a aceitação, através de conferência, lançando as alterações no verso da
respectiva guia, se for o caso.

59
gestão de material e patrimônio - u1
3.2.4 Material transferido, doado, cedido ou permutado por outro órgão

As UA podem receber materiais, também através da transferência, doação,


cessão ou permuta, ressaltando-se o que se segue:

• O material transferido, doado, cedido ou permutado deverá ser acompa-


nhado da respectiva guia ou outro documento hábil, a fim de que seja
recebido pela UA destinatária.

• Esses materiais deverão ser recebidos no Setor de Material para a respec-


tiva aceitação (conferência).

• Dependendo do tipo de material, deverá ser designado um agente ou


nomeada uma comissão para realizar o exame qualitativo do material.

• Após a realização do recebimento e aceitação do material, as guias ou


outros documentos hábeis deverão ser entregues, devidamente quita-
das, às UA que remeteram o material.

3.3 Classificação dos materiais

A classificação dos materiais baseia-se em sistemas, a fim de viabilizar a sua


eficiente administração.

O Exército Brasileiro adota dois sistemas: o Sistema de Classificação Militar e o


Sistema de Classificação por Catalogação.

3.3.1. O Sistema de Classificação Militar

Com o objetivo de agrupar todos os itens de materiais conforme a finalidade


de emprego, os materiais são organizados em classes.

a) Classes do suprimento

• Classe I - Material de Subsistência (inclusive ração animal);

• Classe II - Material de Intendência (inclusive fardamento, equipamento,


móveis, utensílios, material de acampamento, material de expediente,
material de escritório, publicações e arreamento);

• Classe III - Combustíveis e Lubrificantes;

• Classe IV - Material de Construção;

• Classe V - Armamento e Munição (inclusive QBN);

60
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Classe VI - Material de Engenharia e de Cartografia;

• Classe VII - Material de Comunicações, Guerra Eletrônica, Eletrônica e


Informática;

• Classe VIII - Material de Saúde (humana e veterinária);

• Classe IX - Material Naval, de Motomecanização e de Aviação;

• Classe X - Materiais não incluídos nas demais classes.

Observações:

• Quando o material for de utilização exclusiva da Marinha, do Exército ou


da Aeronáutica, aos números das classes seguirão, respectivamente, as
letras M, E ou A, para melhor identificação.

• No caso do Sup Cl V, quando se fizer necessária a distinção do tipo de


artigo a que se refere, serão utilizadas as abreviaturas: Sup Cl V(Armt)
para o armamento e Sup Cl V(Mun) para a munição.

• As peças e conjuntos de reparação empregados na reparação ou recu-


peração de equipamentos, instalações e materiais, embora incluídos
nas respectivas classes de suprimento, devido às suas peculiaridades,
poderão constituir-se em exceções a algumas dessas prescrições, sendo
objeto de normas específicas.

A grande quantidade de materiais utilizados pelos vários


órgãos da Administração Militar faz com que sejam enqua-
drados em várias classificações para permitir uma eficiente
gestão. O termo Classe é utilizado nas atividades relativas à
administração do material e pode significar que um determi-
nado bem pertence a um universo que reúne vários itens com
características comuns e com a mesma destinação, ou pode
também descrever a situação na qual o material se encontra,
ou seja, o seu estado de uso e conservação.

3.3.2 Sistema de Classificação por Catalogação

O sistema de classificação por catalogação é baseado na classificação dos itens


em grupos e classes.

A catalogação deve ser desenvolvida no sentido de ser obtida a identificação


de cada item do material de forma precisa, racional e padronizada, de modo a

61
gestão de material e patrimônio - u1
proporcionar uma linguagem única, particularmente visando o planejamento
das atividades da Função Logística de Suprimento e evitando omissão, duplici-
dade ou dúvidas quanto às características de qualquer artigo.

O sistema possui um banco de dados capaz de identificar cada item catalo-


gado, através do fornecimento dos seguintes dados: código, nomenclatura,
descrição, modificações, componentes intercambiáveis, fabricantes, usuários e
outras informações adicionais.

A catalogação é um importantíssimo instrumento empregado pelos sistemas


de gerenciamento logístico com o propósito de permitir, no menor tempo
possível, a identificação do item de suprimento procurado, sua localização e
quantidades disponíveis em estoque.

As instruções e normas sobre o Sistema de Catalogação do Exército regulam


o assunto no âmbito do Comando do Exército. O Brasil adotou, por adesão, o
sistema OTAN de catalogação.

3.3.2.1 Sistema de Material do Exército (SIMATEx)

É o Sistema adotado oficialmente pelo Exército Brasileiro para planejamento,


coordenação e controle de suprimento, manutenção, recuperação e adminis-
tração de material das diversas classes.

O SIMATEx é, em última análise, um sistema informatizado, destinado a forne-


cer os dados necessários à logística de material, em todos os escalões, visando
apoiar as atividades de preparo e emprego da Força Terrestre.

As OM deverão manter as informações referentes ao seu


material sempre atualizadas no SIMATEx, a fim de que o fluxo
logístico não sofra qualquer solução de continuidade, inclu-
sive no caso de transição da Estrutura Militar de Paz para a
Estrutura Militar de Guerra.

3.3.2.2 Sistema de Catalogação do Exército (SICATEx)

É o subsistema do SIMATEx composto de pessoal e material, inclusive de infor-


mática, do Exército, destinado a processar e consolidar os dados logísticos dos
itens de suprimento de interesse da Força, na atividade de catalogação.

62
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Todos os itens de suprimento e seus respectivos fabricantes
deverão ter seus dados catalogados no SICATEx, sendo essa a
única forma de se atribuir, oficialmente, a esse item, um Nú-
mero de Estoque do Exército (NEE).

Os NEE gerados pelo SICATEx possuem 13 (treze) dígitos e o seu princípio de


formação está baseado no Sistema OTAN de Catalogação (SOC), ou seja, os
quatro dígitos iniciais representam o código da classe do item, sendo os dois
primeiros o grupo que está inserida aquela classe, os dois seguintes represen-
tam o índice de procedência de catalogação e os sete últimos dígitos não têm
significado inerente, mas é atribuído para um único item de suprimento dentro Para obter mais informações
sobre o SIMATEx e o SICATEx,
do país codificador. Os nove últimos dígitos também representam o número
consulte a Unidade 3 (Apli-
de identificação do item que é invariável. O Brasil, por fazer parte do SOC na cação nas Organizações) da
condição Tier2 (participação plena), recebeu o IPC 19 para identificar os itens apostila 3 da disciplina Gestão
de Tecnologias da Informação.
produzidos no país.

Os NEE, mesmo com 13 (treze) dígitos, que não estão incluídos no Banco de
Dados do SICATEx, não têm nenhuma validade e não podem ser empregados
em qualquer atividade de suprimento.

Fica vedada a distribuição de itens de suprimento que não pos-


suam o Número de Estoque do Exército (NEE) na base de dados
do SICATEx, salvo os casos excepcionais, a critério do Chefe do
EME, conforme a Portaria nº 083-EME, de 7 Ago 2000.

A inclusão dos dados do item de suprimento no SICATEx permitirá à OM reali-


zar o controle físico de todo o seu material, por meio do SIMATEx, bem como
identificar o material e seus verdadeiros fabricantes para os planejamentos nas
atividades de mobilização.

63
gestão de material e patrimônio - u1
4 Provimentos: armamento, arreamento,
equipamentos e material de acampamento

Objetivos específicos

• Distinguir os órgãos provedores;


• RAE/NARMNT.

É fundamental que todos os agentes executores e seus auxiliares tenham


conhecimento da sistemática de aquisição, armazenamento e distribuição das
diversas classes de material, desde os órgãos de direção geral, passando pelos
órgãos provedores, até chegarem às UA para que se possam realizar todos os
pedidos adequadamente e gerenciar sua utilização, conforme o preconizado
nas regras vigentes.

Remonta: atividade O EB apresenta uma estrutura composta por vários órgãos com responsabi-
logística que tem por atribui-
lidades específicas, a fim de fazer chegar a todas as organizações militares o
ção a produção e provimen-
to de efetivos animais, de material necessário para a realização de seus objetivos.
acordo com as necessidades
do Exército.

4.1 Órgãos integrantes da cadeia logística


de suprimento

Fazem parte da cadeia logística de suprimentos do Exército Brasileiro os se-


guintes órgãos:

Veterinária: ativida- • Estado-Maior do Exército (EME) – É o órgão de direção geral (ODG)


de logística que tem por
responsável pela determinação das necessidades globais de material.
atribuição superintender
as atividades relativas ao • Comando Logístico (COLOG) - É o órgão de direção setorial (ODS)
suprimento e manutenção
de animais, ao controle de responsável pela determinação das necessidades, pelas obtenções e pe-
zoonoses, à inspeção de las distribuições dos materiais das classes I, II, III, V, IX, X (materiais não
alimentos e ao suprimento
incluídos em outras classes), [Remonta] e [Veterinária].
e manutenção dos materiais
relacionados a essas ativida- • Diretoria de Abastecimento (DAbst) – É o órgão de apoio setorial
des no âmbito do Exército.
(OAS) que participa da determinação das necessidades, da obtenção
de todos os itens completos e da provisão dos recursos necessários ao

65
gestão de material e patrimônio - u1
serviço de manutenção dos materiais das classes I, II, III (combustível), V
(munições e explosivos), X (materiais não incluídos em outras classes),
Remonta e Veterinária, além da coordenação e controle em nível global,
distribuindo e remanejando o material de sua gestão.

• Diretoria de Material (DMat) – É o OAS responsável pelas aquisições e


serviços necessários às atividades logísticas de suprimento e manutenção
referentes aos materiais das classes III (lubrificantes), V (armamento),
apenas Material de Emprego Militar (MEM) e IX (material motomeca-
nizado), apenas MEM, e pelo ciclo de vida (inclusive manutenção) dos
itens gerenciados pela DAbst e pela aquisição dos seus componentes.

• Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx) – É o OAS


responsável por todo o material da classe IX (aviação) e de qualquer
outro relacionado especificamente à Aviação do Exército.

• Base de Apoio Logístico do Exército (BaApLogEx) – É o grande co-


mando de apoio logístico do COLOG incumbido de prever e prover, no
campo do apoio logístico, serviços e itens de suprimento necessários ao
EB e enquadra diversas unidades de apoio logístico, como o Batalhão de
Manutenção de Armamento, o Depósito Central de Armamento,
o Depósito Central de Munição e o 1º Depósito de Suprimento.

A BaApLogEx é um órgão operacional e atua, também, em missões de


paz, participando de aquisições, armazenamento, distribuição, transpor-
te, manutenção e contratação de serviços; e na coordenação do desem-
baraço alfandegário de importação e exportação de material de interesse
do Exército Brasileiro.

• Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército


(CComGEEx) – É o OAS subordinado ao Departamento de Ciência e Tecno-
logia (DCT/ODS), responsável, por meio de sua Divisão Logística, pelas
atividades de suprimento e manutenção do material da Classe VII (comu-
nicações, guerra eletrônica, eletrônica e informática), somente MEM.

Anteriormente, a gestão do material Cl VII era dividida entre a extinta


Diretoria de Material de Comunicações, Eletrônica e Informática (DMCEI)
e o Departamento Logístico (DLog).

A responsabilidade pela gestão do material Cl VII que é adquirido atra-


vés de recursos do Plano de Apoio Administrativo (PAA) permanece com
a Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO).

66
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Departamento de Engenharia e Construção (DEC) – É o ODS res-
ponsável pela gestão do material Classe IV (material de construção) e VI
(material de engenharia e cartografia), através da Assessoria de Gestão de
Material de Engenharia (Assessoria 4), que passará suas atuais atribuições
à Diretoria de Material de Engenharia (DME/OAS), em fase de implantação.

• Diretoria de Saúde (DS) – É o OAS subordinado ao Departamento


Geral de Pessoal (DGP/ODS) responsável pela gestão do material Classe
VIII (material de saúde/humana e veterinária).

• Comando de Região Militar (Cmdo RM) – É o órgão de apoio regio-


nal (OAR) que participa, a nível regional, do levantamento das neces-
sidades e da obtenção dos materiais, e coordena e controla, em nível
regional, a distribuição e o nivelamento do material.

• Batalhões de Suprimento (BSup) e Depósitos de Suprimento (DSUP)


– São os órgãos provedores (OP) da estrutura logística de suprimento.
São unidades de apoio regional responsáveis pelo recebimento e armaze-
namento do material destinado ao provimento, mantendo-o em perfeitas
condições de utilização e de acordo com as normas de segurança vigentes,
e pela distribuição dos materiais, de acordo com os Planos Regionais de
Distribuição e ordens de fornecimento da D Abst, D Mat e dos Cmdo RM.

As Normas Administrativas Relativas ao Armamento (NARA), aprovadas pela


Portaria nº 19 – COLOG, de 04 de novembro de 2009, definem muito bem o
que seja um órgão provedor, conforme descreve o seu artigo 4º, XXIII:

XXIII - Órgão Provedor (OP) – Componente do sistema de


apoio logístico que tem a seu cargo a responsabilidade
da satisfação das necessidades de uma ou mais classes de
material das organizações por ele apoiadas. É a instalação
de suprimento tipo Batalhão ou Depósito de Suprimento
(B/DSup), destinada, basicamente, à armazenagem dos
níveis de estoque prescritos pelo ODS, para distribuição
aos elementos a apoiar, envolvendo as atividades de rece-
bimento, armazenagem, distribuição e controle.

Conforme o artigo 13 das NARSUP, os OP têm as seguintes denominações e


áreas de responsabilidades:

I - 1º DSup para OM localizadas na área de jurisdição da


1ª RM;

67
gestão de material e patrimônio - u1
II - DCArmt - Depósito Central de Armamento, respon-
sável pelo armazenamento de Sup Cl V (armamento e
equipamento), hipotecado à DS, a quem está ligado
por canal técnico. Funciona, também, como depósito
regional da 1ª RM;

III - DCMun - Depósito Central de Munição, responsável


pelo armazenamento de Sup Cl V (munição), hipotecado
à DS, a quem está ligado por canal técnico. Funciona,
também, como depósito regional da 1ª RM;

IV - 21º DSup para OM localizadas na área de jurisdição


da 2ª RM, para as Cl I, II e VIII;

V - 22º DSup - para OM localizadas na área de jurisdição


da 2ª RM, para as Cl V, VI, VII e IX;

VI - 3º BSup, DSSM, DSSA para OM localizadas na área


de jurisdição da 3ª RM;

VII - 4º DSup para OM localizadas na área de jurisdição


da 4ª RM;

VIII - 5º BSup para OM localizadas na área de jurisdição


da 5ª RM;

IX - 6º DSup para OM localizadas na área de jurisdição da


6ª RM;

X - 7º DSup para OM localizadas na área de jurisdição da


7ª RM;

XI - 8º DSup para OM localizadas na área de jurisdição da


8ª RM;

XII - 9º BSup para OM localizadas na área de jurisdição


da 9ª RM;

XIII - 10º DSup para OM localizadas na área de jurisdição


da 10ª RM;

XIV - 11º DSup para OM localizadas na área de jurisdição


da 11ª RM; e

XV - 12º BSup e 17ª BaLog para OM localizadas na área


de jurisdição da 12ª RM.

68
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Arsenais de guerra, parques regionais de manutenção, bata-
lhões e bases logísticas – são organizações militares de manutenção
(OM Mnt) que desempenham importante papel na administração do
material necessário às suas atividades logísticas.

• Organizações Militares (OM) – são os órgãos usuários que rece-


bem o material das diversas classes, tendo a responsabilidade de bem
administrá-los.

4.2 Provimento de armamento

O armamento é classificado como material da Classe V (Armt) e é considerado


item crítico. O material Classe V (Armt) é composto por vários itens considera-
dos permanentes e de consumo, controlados ou não controlados, sendo que o
material permanente controlado pode ser de uso individual ou de uso coletivo.

O provimento de armamento consiste nas atividades de levantamento das


necessidades, obtenção e distribuição do suprimento Classe V (Armt), a fim
de que a operacionalidade das OM possa permitir o cumprimento da missão
constitucional da Força.

4.2.1 Levantamento das necessidades

O levantamento das necessidades é uma atividade complexa, que deve ser


muito bem planejada, a fim de que todas as fases subsequentes possam ocor-
rer de maneira satisfatória.

As necessidades de suprimento de material Classe V (Armt) são baseadas:

• Nos Pedidos de Suprimento para Recompletamento e Manutenção;

• Nos Quadros de Necessidades de Recursos para o Contrato de


Objetivos Logísticos (QNRCOL);

• No Quadro de Necessidades de Recursos para Gestão Centraliza-


da (QNRGC) e

• Em Diretrizes emanadas pelo EME.

69
gestão de material e patrimônio - u1
Troca: aquisição de Os pedidos para recompletamento e manutenção devem ser consolidados pela
bens e serviços cedidos,
OM Mnt de 2º e 3º escalões, por meio dos pedidos das OM apoiadas e de suas
voluntariamente, mediante
ressarcimento por meio de próprias necessidades, e encaminhadas à RM, que verificará a sua disponibili-
outros bens e serviços. dade para realizar a respectiva ordem para fornecimento, sendo que, inexistin-
do em estoque o material, elaborará o Pedido de Suprimento para Recomple-
tamento e Manutenção a ser encaminhado para a DMat, não devendo haver
Contribuição: tributo,
periódico ou eventual, volun- repetição de pedido de material ainda não fornecido.
tário ou compulsório, visando
a um determinado fim militar, O QNRCOL é o documento elaborado pelo Departamento de Ensino e Cultura do
podendo ou não comportar Exército (DECEx) e pelas RM, referentes, respectivamente, às necessidades conso-
ressarcimento posterior.
lidadas dos estabelecimentos de ensino e das OM Mnt 2º e 3º escalões referentes
ao contrato de objetivos logísticos (COL), e remetido à DMat, a fim de que, após
Requisição: imposição
do fornecimento de materiais aprovação do Plano de Distribuição de Recursos para o Contrato de Objetivos
ou serviços, mediante ordem Logísticos (PDRCOL) pelo Diretor de Material, seja confeccionado o Quadro de
escrita e assinada por auto-
Distribuição de Recursos para o Contrato de Objetivos Logísticos (QDRCOL).
ridade competente, sendo o
pagamento, normalmente,
realizado posteriormente. O QNRGC é a consolidação das necessidades de recursos, a partir do qual a
DMat, de maneira centralizada, atende, além das Diretrizes do EME, aos
projetos de manutenção do Exército, sob sua gestão, às necessidades dos Ar-
Desenvolvimento: senais de Guerra, aos pedidos emergenciais e especiais; compõe a reserva da
especificação, o projeto, o
teste e a produção dirigidos DMat e do COLOG, realiza compras e adquire itens completos para [troca]
ao atendimento de uma direta e reposição de estoque.
necessidade específica.

4.2.2 Obtenção de material


Empréstimo: aquisição
de bens cedidos, voluntaria- O material Cl V (Armt) pode ser obtido de três principais fontes, a saber: dos
mente, pelo proprietário, sem estoques dos BSup e DSup, dos itens de suprimento em excesso nas UA e do
ônus para o utilizador, que
comércio (nacional ou internacional) por meio dos seguintes métodos:
deverão ser restituídos após
cessadas as necessidades de • doação;
sua utilização, no mínimo, no
estado em que se encontra- • compra;
vam ao serem emprestados.
• contratação de serviço;
• [contribuição];
Arrendamento mer- • pedido;
cantil (leasing): operação na
qual uma das partes cede o • [Requisição];
uso de um ou mais bens, me-
diante o pagamento pela outra • [desenvolvimento];
de prestações periódicas, • [empréstimo];
sendo usual que, ao final do
contrato, o arrendatário tenha • [arrendamento mercantil] (leasing);
opção de compra dos bens.
• transferência.

70
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4.2.2.1 Processos de obtenção

A obtenção do material Classe V (Armt) pode ser realizada de forma centrali-


zada ou descentralizada.

O COLOG é o órgão responsável pelas aquisições centralizadas, através da


DMat, e as descentralizadas são as efetuadas pelos órgãos provedores, OM de
manutenção e, em situação extraordinária, pelas OM, devendo-se, em todos os
casos, obedecer à lei específica que regula a matéria e às normas de Licitações
e Contratos (Lei 8.666/93).

No caso de aquisições centralizadas, o material adquirido será entregue pelas


empresas vencedoras dos certames licitatórios, em regra, ao DCArmt, que
realizará a distribuição aos OP para posterior fornecimento às OM ou, excep-
cionalmente, os fornecedores entregarão o material diretamente às OM.

As aquisições externas são procedidas através da Comissão do Exército Brasilei-


ro em Washington (CEBW), devendo o processo de obtenção ser acompanha-
do pela DMat, e suas diretrizes estão descritas em Portarias do Comandante do
Exército e da Secretaria de Economia e Finanças (SEF).

As aquisições descentralizadas serão realizadas por meio de recursos orçamen-


tários descentralizados pela DMat aos OP ou às OM, devendo todas as medi-
das administrativas pertinentes serem tomadas pelos órgãos que receberam as
respectivas provisões de créditos.

Se a aquisição descentralizada ocorrer com a finalidade de reposição de nível de


reserva da DMat, a OM que receber o material deverá remeter cópia do Termo
ou Parte de Recebimento à DMat, conforme previsto no RAE e no Anexo F das
Normas Administrativas Relativas ao Armamento (NARA), em até vinte dias.

4.2.2.2 Recebimento do material

O recebimento do suprimento Classe V (Armt) pode ser realizado pelos órgãos


OP ou pelas OM e deve ser feito conforme o descrito no item 3 desta apostila
e, particularmente, levando-se em consideração as especificações técnicas do
material determinadas pela DMat.

Tratando-se de recebimento oriundo de aquisições centralizadas, deve-se


obedecer ao contido nas Normas Complementares para Licitações e Con-
tratos no Âmbito do Departamento Logístico (NORLICO), sendo que, caso o

71
gestão de material e patrimônio - u1
material seja importado, além das NORLICO, deve-se observar o estabelecido
em Portaria do Cmt Ex, e a DMat acompanhará o respectivo recebimento,
seja pelo OP ou por OM designada.

Caso o recebimento seja referente à doação de outro órgão, deverá existir


autorização do COLOG para a sua efetivação.

4.2.2.3 Catalogação do material

Todo o material Cl V (Armt) deve ser catalogado no SIMATEX para fins de


controle e gerenciamento, a fim de que se possa atender às crescentes necessi-
dades em face da limitação de recursos.

4.2.2.4 Armazenagem do material

Após o regular recebimento, todos os órgãos deverão manter estocados o


material Cl V (Armt) em perfeitas condições, de acordo com as Normas Técni-
cas específicas em vigor, a fim de ficar em condições de distribuir ou utilizar o
suprimento.

O DCArmt é o órgão central de armazenagem e distribuição do Cl V (Armt) às


RM, que tem os BSup e os DSup existentes na área regional, para atender às
demandas das suas respectivas OM.

Só poderá ficar armazenado nos OP, além do material de 1ª


classe, o material de 2ª classe em condições de uso, recolhido
e/ou aguardando ordem para posterior distribuição.

A DMat é o órgão responsável pelo controle do nível de reserva do suprimento


Cl V (Armt), que é estocado e hipotecado nos OP, e as RM são responsáveis
pelos níveis operacional e de segurança, estocados nos OP.

As OM Mnt devem manter um estoque mínimo de peças de alta mortalidade,


a fim de poder suprir as necessidades de manutenção de 2º escalão de suas
OM apoiadas.

4.2.3 Distribuição de material

A distribuição do armamento poderá ser realizada pelo EME, pela D Mat ou


pelas RM.

72
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A DMat é responsável pela distribuição e controle dos itens completos da Cl V
(Armt) que compõem o nível de reserva hipotecado nos OP, através da RM, às
OM, Brigadas e Divisões de Exército, conforme o estabelecido no Plano Diretor
do Exército (PDE) e nas dotações previstas em Portarias expedidas pelo EME.
O Depósito Central de Armamento é o órgão responsável pela estocagem do
material hipotecado, assim como o depósito regional da 1ª RM.

O recompletamento dos Quadros de Distribuição de Material (QDM), segundo


Portaria específica do EME, será feito de acordo com as prioridades estabeleci-
das no PDE e segundo a disponibilidade dos estoques.

As RM são responsáveis pela distribuição dos materiais estocados nos OP e que


compõem os Níveis Operacional e de Segurança.

A distribuição dos [suprimentos] que compõem o Nível de Segurança será Suprimentos: quando
realizada pelas RM, em coordenação com a D Mat. empregado de maneira gené-
rica, tem o mesmo signifi-
cado que artigos, materiais
A distribuição de itens completos (material permanente) inicia-se através da
e itens.
publicação do ato em Boletim Interno do órgão responsável, cabendo aos
escalões subordinados difundir as determinações da distribuição publicada.

O documento que inicia o processo de distribuição de itens de consumo aos


OP é a Ordem de Fornecimento, expedida pela D Mat, e/ou a Ordem de Forne-
cimento Regional, expedida pelas RM.

A RM emitirá a Ordem de Fornecimento Regional quando a Ordem de Forneci-


mento, da D Mat, não especificar a destinação do material fornecido.

A DMat, quando for determinado, emitirá Ordem de Fornecimento para o


início do processo de distribuição de item completo da Classe V/Armt, confir-
mando-a posteriormente em Boletim Interno do COLOG, devendo tal fato ser
consignado na Ordem de Fornecimento expedida.

4.2.3.1 Expedição de material

A expedição do material Cl V (Armt) consiste na emissão das Guias de Forneci-


mento pelos OP e OM Mnt e a saída do respectivo material de seus depósitos.

4.2.3.2 Processos de distribuição

Após a expedição, ocorre a entrega do material, que poderá ser realizada da


seguinte forma, de acordo com o manual C100-10 – Logística Militar Terrestre:

73
gestão de material e patrimônio - u1
(2) São os seguintes os processos de distribuição de supri-
mento utilizados:

(a) na instalação de suprimento;

(b) na unidade; e

(c) por processos especiais.

(3) Distribuição na instalação de suprimento - É o proces-


so em que a organização apoiada vai, com seus próprios
meios de transporte, receber o suprimento na instalação
de suprimento do escalão que apóia.

(4) Distribuição na unidade - É o processo em que o


escalão que apóia leva, com seus meios de transporte, o
suprimento até a organização apoiada.

(5) Distribuição por processos especiais - São processos


organizados pelo escalão que apóia, com seus próprios
meios, em função de necessidades específicas das opera-
ções. São os seguintes:

(a) comboio especial - É um comboio organizado para dis-


tribuir suprimento em determinada região, proposta pela
OM apoiada. É empregado quando a organização militar
não está na direção geral das operações e realiza uma
operação de pequena profundidade e, provavelmente, de
pequena duração. Pode ser utilizado para todas as classes
de suprimento, principalmente para as classes I, III e V;

(b) posto de suprimento móvel - Consiste em um posto


de suprimento montado em viaturas, meios ferroviá-
rios ou embarcações fluviais, que se desloca por lanços,
acompanhando a OM apoiada e ocupando locais por
esta propostos. É empregado quando há possibilidade
de interrupção das vias de transporte, em operações de
grande profundidade e grande duração. A segurança do
P Sup Mv é responsabilidade do escalão que apóia. Pode
ser utilizado para todas as classes de suprimento, princi-
palmente para as classes I, III e V;

(c) reserva móvel - É o processo em que a organização


militar apoiada recebe um determinado número de
viaturas ou embarcações fluviais com suprimento. É
empregado nas operações profundas em que não há
segurança nas vias de transporte. A segurança da Res Mv
é responsabilidade do escalão apoiado. Constitui-se em

74
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
uma forma de cerrar o apoio de suprimento para a OM
apoiada. É empregado para as classes I, III e V, especial-
mente para as duas últimas;

(d) suprimento por via aérea - É o processo em que se uti-


liza o transporte aéreo para a realização do suprimento. É
indicado, principalmente, nas seguintes situações:

1) transposição de obstáculos de vulto;

2) operações profundas, que exijam deslocamentos lon-


gos e rápidos;

3) inexistência de uma rede de estradas adequadas para


suportar a tonelagem necessária;

4) interdição ou redução da capacidade de tráfego das


estradas;

5) isolamento de tropas amigas, principalmente por ação


do inimigo; e

6) urgência na realização do suprimento.

4.2.3.3 Transporte do material

O COLOG é responsável pelas diretrizes referentes aos procedimentos adminis-


trativos para o transporte do material Classe V (Armt), podendo ser realizado
pelos próprios meios do EB (orgânico) ou por empresa contratada ou por meio
militar da Marinha ou da Força Aérea.

4.3 Provimento de arreamento

Considera-se arreamento o material destinado ao encilhamento de cavalos no


âmbito do Exército, necessário às atividades de montaria, salto, adestramento
e polo de oficiais e praças.

O arreamento [reiuno] é classificado como Material de Intendência e tem a Reiuno: fornecido pelo
seguinte composição: Estado e especialmente pelo
Exército para uso dos solda-
dos (farda, botas etc.)
4.3.1 Arreamento de montaria para oficiais e praças

• Manta de pano alvadio;


• Chebraica da unidade, para os 1º, 2º e 3º RCG;
• Sela reiuna;

75
gestão de material e patrimônio - u1
• Cabeçada reiuna: freio e bridão para oficial e freio para praça;
• Barrigueira;
• Rédea;
• Peitoral;
• Gamarra;
• Látego;
• Loros;
• Estribos: em latão prateado para oficial e de metal amarelo (latão) para
praça;
• Embocadura;
• Porta espada.

4.3.2 Arreamento para salto

• Manta de pano alvadio;


• Sela militar de salto;
• Cabeçada tipo inglesa para bridão ou freio e bridão;
• Rédea;
• Barrigueira;
• Peitoral;
• Gamarra para salto;
• Loros;
• Estribos em latão prateado e
• Embocadura.

4.3.3 Arreamento para adestramento

• Manta de pano alvadio;


• Sela militar de salto modificada (ou sela de adestramento);
• Cabeçada tipo inglesa para bridão ou freio e bridão;
• Rédea reiuna para freio e bridão;
• Barrigueira;
• Loros;
• Estribos e
• Embocadura.

76
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4.3.4 Arreamento para Polo

• Manta de pano alvadio ou manta especial;


• Sela militar inglesa;
• Cabeçada tipo inglesa para bridão ou freio e bridão;
• Rédea;
• Barrigueira;
• Peitoral;
• Gamarra para polo;
• Látego;
• Loros;
• Estribos e
• Embocadura.

4.3.5 Levantamento das necessidades

As necessidades de arreamento são determinadas pelo COLOG, através da


DAbst, com o objetivo de atender às OM possuidoras de animais cavalares
utilizados em cerimoniais militares, em representações esportivas, em instru-
ções nos Estabelecimentos de Ensino, em serviços, em patrulhamentos e em
missões de garantia da lei e da ordem.

As OM possuidoras de cavalos devem elaborar seus pedidos do suprimento


de arreamento, através do canal de comando, às DAbst, que consolidarão os
pedidos para a realização de aquisições ou a descentralização de recursos aos
OP ou excepcionalmente às OM.

4.3.6 Obtenção do material

Os diversos itens que compõem o arreamento podem ser obtidos de três prin-
cipais fontes, a saber: dos estoques dos BSup e DSup, dos itens de suprimento
em excesso nas UA possuidoras de equídeos e do comércio (nacional ou inter-
nacional) por meio dos seguintes métodos:

• Doação;
• Compra;
• Contratação de serviço;
• Contribuição;

77
gestão de material e patrimônio - u1
• Pedido;
• Requisição;
• Empréstimo e
• Transferência.

4.3.6.1 Processo de obtenção

Material de consumo: A aquisição do [material de consumo] e permanente classificado como de ar-


é todo bem (item, peça, ar-
reamento é, em regra, realizada de forma centralizada pelo COLOG, através da
tigo ou gênero alimentício)
que se destina à aplicação, DAbst, podendo ocorrer compras descentralizadas pelos OP ou, excepcional-
utilização ou transformação e mente, pelas OM com recursos recebidos do ODS, atendendo às especificações
que, quando utilizado, perde
suas características indivi- técnicas padronizadas estabelecidas pelo Exército Brasileiro e aos princípios e
duais e isoladas, podendo regras que regem as licitações e contratos.
ser considerado material de
consumo de duração elevada
quando permanece mais de 4.3.7 Distribuição do material
dois anos mantendo as suas
características próprias. Deve A distribuição do arreamento é realizada, em regra, diretamente pelas em-
ser relacionado.
presas vencedoras dos certames licitatórios às OM possuidoras de equinos,
podendo ser feita pelos órgãos provedores, sob controle da DAbst, após a
expedição das Ordens de Fornecimentos elaboradas pelas respectivas RM ou
pelo próprio OAS.

As Organizações Militares como Coudelaria de Rincão, EsEqEx, a AMAN, a


EsSA, os Regimentos de Cavalaria de Guarda e os Colégios Militares devem
receber o arreamento de acordo com as especificações técnicas em vigor e
outras normas estabelecidas pelo ODS.

Após essas OM receberem o material com o respectivo aceite, devem reme-


ter cópia da Nota Fiscal com o recebimento provisório ou a Guia de Remessa
quitada, conforme tenha sido realizada a distribuição, respectivamente, pelo
fornecedor ou pelo OP.

4.4 Provimento de equipamentos e material


de acampamento

Os equipamentos e material de acampamento ou campanha são classificados


como de Classe II, Material de Intendência, sendo os seguintes itens os princi-
pais integrantes da cadeia de suprimento do referido material:

78
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Aquecedores de barraca e de imersão;
• Barracas e toldos;
• Capacetes de fibras;
• Equipamento individual (cintos, suspensórios, estojos diversos, etc.);
• Equipamentos de banho e de lavanderia;
• Fogões, mesas, bancos e camas de campanha;
• Lampiões de campanha.

4.4.1 Levantamento das necessidades

As necessidades de equipamentos e material de acampamento são determi-


nadas pelo COLOG, através da DAbst, levando-se em consideração o Quadro
de Dotação de Material (QDM) de cada OM e os pedidos realizados pelas UA
referentes aos materiais não previstos no QDM.

As OM devem realizar o pedido de material não previsto em QDM por meio do


preenchimento da Ficha Modelo 18 e encaminhá-lo às respectivas RM.

As RM ao receberem as Fichas Modelos 18 e não havendo possibilidade de for-


necer o material necessário, através do material estocado nos OP, consolidarão as
necessidades não atendidas através do preenchimento da Ficha Modelo 20, que
deverá ser remetida à DAbst para consolidação das necessidades e providências no
tocante à obtenção de recursos ou de outras formas de obtenção dos materiais.

4.4.2 Obtenção do material

Os equipamentos e material de acampamento, considerados permanentes ou


de consumo, podem ser obtidos de três fontes principais: dos estoques dos
BSup e DSup, dos itens de suprimento em excesso nas UA e do comércio (na-
cional ou internacional) por meio dos seguintes métodos:

• Doação;
• Compra;
• Contratação de serviço;
• Contribuição;
• Pedido;
• Requisição;

• Empréstimo e
• Transferência.

79
gestão de material e patrimônio - u1
4.4.2.1 Processo de obtenção

As aquisições de equipamentos e de material de acampamento são realizadas,


em regra, pelo COLOG, através da DAbst, de forma centralizada, podendo ser
feitas pelo OP ou, excepcionalmente pelas OM, de forma descentralizada, com
recursos recebidos do COLOG, obedecendo-se às especificações técnicas exigi-
das e às normas de execução de licitações e contratos.

4.4.2.2 Armazenagem do material

Esses materiais encontram-se estocados nos depósitos dos OP (armazéns) até


que seja emitida ordem da DAbst ou das RM para distribuição.

4.4.3 Distribuição do material

O seu fornecimento às OM ocorre, em princípio, de forma automática, con-


forme as diretrizes traçadas pela DAbst, através dos OP, levando-se em conta a
dotação de cada unidade.

A sua distribuição dá-se conforme os Planos Regionais de Distribuição e inicia-


-se através de uma Ordem de Fornecimento expedida pela D Abst ou RM aos
OP, que executarão o determinado por meio da elaboração de uma guia de
fornecimento e pela entrega dos respectivos itens à UA na instalação de supri-
mento do órgão provedor ou transportando o material até a unidade.

A UA, para realizar o recebimento do material provisionado, deverá proceder


conforme o descrito no Capítulo 3 desta apostila.

Os equipamentos e material de acampamento devem ser armazenados nos


almoxarifados das UA ou distribuídos para utilização, nos quais se incluem os
materiais guardados nas reservas de materiais das subunidades das UA.

A Portaria Nr 051 EME, de 10 de agosto de 1993, estabelece a Listagem dos


Conjuntos de Material de Intendência de Campanha e as Respectivas Normas
de Distribuição.

80
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
5 Inclusão em carga e registro: material
permanente e demais tipos de material

Objetivo específico

• Distinguir a documentação referente à inclusão de material em carga.

A inclusão em carga de material permanente, o relacionamento do material


de consumo e os consequentes registros contábeis no patrimônio das UA
decorrem de:

• Recebimento de material dos OP;


• Aquisições de bens móveis e imóveis realizadas diretamente pelas mesmas;
• Transferência de material de outra UA;
• Doações;
• Permutas;
• Cessão;
• Fabricação;
• Recuperação;
• Excessos.

5.1 Documentação necessária

Para inclusão em carga ou relacionamento, a UA deverá ter os seguintes dados


para inclusão no SIMATEx:

• Publicação em BI;
• Nr e data do termo de recebimento;
• Nr do documento que autorizou a despesa (PDR);
• Origem do material – NEE (catalogação);
• Quantidade e nomenclatura;
• Preços unitários;
• Nr e data do documento de entrega GF/NF;
• Alterações assinaladas.

81
gestão de material e patrimônio - u1
6 Descarga e substituição de material;
motivos gerais. Artigos controlados

Objetivos específicos

• Identificar as causas de inservibilidade do material;


• Distinguir a documentação relativa à descarga de material;

O processo de descarga de material ocorre em circunstâncias específicas e está


sob a orientação de normas e etapas que devem ser seguidas à risca e com
atenção. A seguir serão apresentadas e listadas em detalhe essas circunstân-
cias, normas e etapas.

6.1 Descarga de material

A descarga de material consiste em excluir dos registros patrimoniais e con-


tábeis das UA os materiais permanentes das diversas classes por motivos de:
inservibilidade para o fim a que se destina, não sendo possível sua reparação,
recuperação ou transformação, perda ou extravio, roubo ou furto e outros mo-
tivos, tendo como consequência, além da respectiva diminuição patrimonial, a
responsabilidade pela destinação desse material.

O processo de descarga inicia-se por meio de parte do detentor do material ou


por ordem do AD.

Tratando-se de material não controlado, o detentor direto do material tem a


responsabilidade de solicitar ao Fiscal Administrativo da UA o pedido de des-
carga, que encaminhará, após ter juntado o seu parecer, o pedido ao agente
diretor para as providências cabíveis.

Em todo o caso, as descargas dos materiais das UA só poderão ser realizadas


de acordo com as situações nas quais se encontrem, por meio dos seguintes
documentos:

83
gestão de material e patrimônio - u1
• Parecer elaborado pelo fiscal administrativo;
• Parecer Técnico (PT);
• Termo de Exame e Averiguação de Material (TEAM);
• Sindicância;
• Inquérito Policial Militar (IPM);
• Inquérito Técnico (a sindicância será dispensada);
• Ordem de recolhimento para manutenção de 3º ou 4º Esc.

6.1.1 Da inservibilidade

Sendo considerado inservível, ocorrerá a descarga do material permanente,


quando o material preencher, simultaneamente, as condições a seguir:

• For de tempo de duração indeterminado ou tiver atingido o tempo míni-


mo de duração previsto;

• For de valor atual inferior a cinco MVR (Maior Valor de Referência); ou


outro índice que venha a substituí-lo;

Material controlado: • Não for [material controlado].


São os artigos de alto custo,
os altamente técnicos, os que Nesse caso, cabe ao agente diretor a determinação da descarga, através de
apresentam periculosidade
despacho no verso do Parecer do Fiscal Administrativo, devendo-se proceder a
no manuseio, os escassos no
mercado interno ou externo publicação em boletim interno da UA.
(material crítico) e os que
exigem medidas especiais O processo de descarga deverá ser remetido para a RM para fins de homologação.
para sua obtenção, produção,
industrialização e comércio Caso a inservibilidade do material se enquadre em qualquer uma das situações
(material estratégico). Estes
artigos terão sua distribuição a seguir, deverá ser nomeada uma Comissão de Exame e Averiguação (CEAM):
controlada pelo Órgão Gestor
• Não tiver atingido o tempo mínimo de duração;
responsável pelo suprimento.
A classificação de um artigo • For de valor atual superior a 5 (cinco) MVR, ou outro índice que venha a
como controlado poderá
ser temporário e obedecer substituí-lo;
à conjuntura do momento; • For controlado.
por essa razão, as relações de
artigos controlados deverão
ser mantidas atualizadas. Se o material não tiver o tempo mínimo de duração, a descarga será ordenada
pelo agente diretor através de despacho no verso do termo elaborado pela
Comissão (TEAM) e a homologação do processo será realizada pela RM.

No caso do material ser controlado, a solicitação de descarga deverá estar


acompanhada, além do TEAM, de Parecer Técnico, devendo ser encaminhada

84
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
à DMat, por intermédio da RM, para fins de parecer e remessa à DAbst para a
referida autorização, segundo as condições estipuladas por cada órgão gestor.

A CEAM deverá realizar o exame e a averiguação do material que consistem,


respectivamente, na verificação do estado do material, principalmente, se ele
é susceptível ou não de reparação ou recuperação e na averiguação da causa
dos estragos, dano, inutilização etc., a fim de ser o prejuízo imputado aos
detentores, usuários ou à União, conforme o caso.

O Agente Diretor deverá nomear uma Comissão em BI da UA, que desempe-


nhará suas atividades durante um trimestre, sendo que terá o prazo de oito
dias, prorrogáveis por mais oito, se for o caso, e a critério da autoridade nome-
ante, para a elaboração do TEAM.

Se a causa da inservibilidade for falta de cuidado com o material, deverá ser


instaurada uma sindicância para apuração dos fatos e responsabilidades e, se a
inservibilidade advir de indícios de crime, deverá ser instaurado um IPM.

A inservibilidade também poderá ser causada por quebras. Se as quebras


forem motivadas pela ocorrência de sinistros, ação de animais daninhos,
exposição prolongada à luz solar ou à umidade, devidamente justificadas, em
princípio, poderão ser admissíveis nos OP. Nesse caso, a RM deve homologar
a descarga sem maiores problemas, após o recebimento do TEAM, cópia da
Ficha Estoque e, se for ocaso, Laudo do Exame de Reinspeção.

Na hipótese de ocorrerem quebras nas OM, deverão proceder à descarga em


conformidade com o anteriormente descrito.

As quebras são passíveis de ocorrer nos locais e/ou pelas causas descritas a seguir:

• Na armazenagem;
• No transporte;
• Por deterioração;
• Por sinistros (incêndios, chuvas, ventos, inundações etc.).

6.1.2 Da perda ou extravio

Haverá descarga por perda ou extravio, quando se tratar de material que pre-
encha simultaneamente as condições a seguir:

• For de tempo de duração indeterminado ou tiver atingido o tempo míni-


mo de duração previsto;

85
gestão de material e patrimônio - u1
• For de valor atual inferior a cinco MVR (Maior Valor de Referência); ou
outro índice que venha a substituí-lo;

• Não for material controlado;

• For indicação do responsável pelo ressarcimento dos danos à União,


através de parte do detentor direto ou de causa que justifique a imputa-
ção do prejuízo à União.

Deverá ser instaurada sindicância quando não estiver caracterizada a responsa-


bilidade pelo ressarcimento do prejuízo que justifique sua imputação à União
ou a simultaneidade das condições acima descritas.

Em regra, o processo de descarga deverá ser remetido à RM para fins de ho-


mologação.

Se ocorrer a perda ou extravio de material controlado, a solicitação de descar-


ga deverá ser remetida à RM, que encaminhará todo o processo de descarga
à DMat para parecer, que por sua vez o remeterá à DAbst para autorização,
devendo o respectivo processo ser acompanhado de solução de sindicância ou
de IPM, se for o caso.

6.1.3 Do roubo ou furto

Nos casos de roubo ou furto, ocorrerá a descarga, desde que, uma vez conclu-
ído o IPM, seja publicada a sua solução em BI, com despacho sobre a necessi-
dade de descarga do AD.

O processo de descarga de material não controlado deverá ser remetido à RM


para fins de homologação.

Se o material for controlado, a autorização da descarga deverá ser realizada


pela DAbst, após o parecer da D Mat.

Nesse caso, a UA deverá solicitar a descarga remetendo o respectivo processo,


acompanhado da solução do IPM à RM, que o enviará à D Mat.

6.1.4 Dos outros motivos

A descarga do material também deverá ocorrer após haver autorização ou


determinação do escalão superior, para que haja:

• Recolhimento ao OP;

86
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Transferência para nivelamento de estoque;
• Alienação, de acordo com as regras vigentes.

Dentre esses motivos, podemos citar a inservibilidade do material, ou seja,


quando este atende a uma ou mais das situações discriminadas a seguir, de
acordo com parecer de órgão técnico competente ou de comissão nomeada
pelo órgão gestor do material:

• Ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso não estiver sendo


aproveitado por não mais atender às finalidades para as quais se destinava;

• Obsoleto - aquele que apresente condições de desempenho abaixo dos


padrões mínimos requeridos;

• Recuperável - quando sua recuperação for possível e orçar em até cin-


quenta por cento de seu valor de mercado;

• Antieconômico - quando sua manutenção e operação apresentarem re-


lação benefício/custo desfavorável, ou apresente desempenho precário,
em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;

• Irrecuperável - quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se
destina devido à perda de suas características ou em razão da inviabili-
dade econômica de sua recuperação;

• Resíduos, aparas e retalhos de oficinas e de outras procedências;

• Desativado.

6.2 Desrelacionamento de material

O desrelacionamento de MEM consiste em excluir dos registros contábeis da


UG os itens e valores referentes ao material de consumo e deve seguir os mes-
mos procedimentos descritos para a descarga.

Entretanto, o desrelacionamento do material de consumo também poderá


ocorrer quando houver distribuição dos itens de suprimento pelo almoxarifado
ou outros depósitos para utilização de vários setores da UA ou para aplicação
na manutenção.

Esse desrelacionamento se formalizará a partir de uma parte elaborada pelo


almoxarife ou chefe de outros depósitos ao fiscal administrativo periodicamen-
te, a fim de que seus auxiliares realizem os respectivos lançamentos contábeis
no Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI).

87
gestão de material e patrimônio - u1
6.3 Destinação do material descarregado

Todo material descarregado deverá ter um destino, devidamente publicado, de


acordo com o seu estado e decisão dos agentes diretores ou órgãos competen-
tes, conforme o caso, podendo ser cedido, alienado, inutilizado ou abandonado.

A cessão do material descarregado, cuja causa da inservibilidade fez com que ele
tenha sido classificado como ocioso ou recuperável, poderá ser realizada a favor
de outro órgão que dele necessite, através de um Termo de Cessão, salvo se o
destinatário for uma autarquia, fundação pública ou integrante do Poder Legis-
lativo ou do Poder Judiciário. Para esses órgãos poderá ser utilizada a doação.

Caberá ao órgão gestor responsável pelo material a autorização para a cessão,


sendo que, se o material for controlado, a autorização para a cessão deverá ser
solicitada ao Comando do Exército por meio do ODS gestor do material.

A inutilização ou o abandono do material descarregado, cuja causa da


inservibilidade tenha sido a irrecuperabilidade, ocorrerá quando se verificar
a inconveniência ou impossibilidade de alienação, mediante Termos de
Inutilização ou de Justificativa de Abandono, e serão determinados pelo órgão
gestor do material, aproveitando-se as partes economicamente viáveis, que
serão incorporadas ao patrimônio.

O Comando do Exército é responsável pela autorização da inutilização ou do


abandono do material controlado, que será procedida por intermédio do ODS
gestor do material.

6.3.1 Material distribuído pelos OP

No caso dos materiais distribuídos pelos OP, a competência para a determi-


nação do destino do material a ser descarregado ou desrelacionado será do
órgão responsável por sua homologação ou por sua autorização.

Se o material não for controlado, a sua destinação deverá estar expressa na


homologação realizada pela respectiva RM.

Tratando-se de material controlado, a destinação do material deverá ser sugeri-


da pela Diretoria de Abastecimento.

88
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
6.3.2 Material de emprego militar de valor histórico

Os MEM que possam ser enquadrados como de valor histórico, após terem
sido descarregados e havido a emissão dos respectivos pareceres sobre o
valor histórico deles, a serem emitidos pela Diretoria de Patrimônio Histórico e
Cultural do Exército (DPHCEx), deverão ser transferidos por meio de cessão ou
doação para uma OM que possua espaço cultural, no qual seja pertinente a
presença do material.

6.3.3 Material adquirido pela própria UA

Em regra, o destino do material, nesse caso, deverá estar descrito no despacho


do Agente Diretor que determinou a descarga.

Tratando-se de material inservível, ou seja, não sendo possível a sua reparação,


recuperação ou transformação, poderá ocorrer a venda.

A venda, de acordo com avaliação do preço do material, deverá ser procedida


através de licitação, em regra na modalidade leilão, conforme o procedimento
previsto na Lei 8.666/93.

Caso o material tenha sido adquirido com recursos provenientes de destaques,


convênios e termos de cooperação, o destino do material inservível deverá
seguir as instruções específicas do ODS gestor.

6.4 Substituições

As substituições dos materiais fornecidos pelos OP, em regra, advêm de descargas


realizadas e são feitas pelos respectivos órgãos mediante pedido feito pelas UA.

Não deverão ser solicitadas substituições de material cujo


provimento seja automático, exceto se ocorrerem fatos im-
previstos que as justifiquem devido à excepcionalidade do
caso concreto.

89
gestão de material e patrimônio - u1
7 Recolhimento: providências;
alienação de material RAE/NARMNT

Objetivos específicos

• Descrever a sistemática de recolhimento de material;


• Identificar as classes de material.

O recolhimento dos materiais consiste na sua entrega ao Setor de Material ou a


outros depósitos da UA por inúmeros motivos e para as respectivas providências.

A situação na qual se encontra o material e a sua origem, isto é, se está indis-


ponível, excedente, obsoleto, inservível etc. ou se foi fornecido pelos órgãos
provedores ou adquirido no comércio, determinará como se processará esse
recolhimento, a fim de que possa ser recolhido para uma OM de manutenção,
aos órgãos provedores, e consertado por empresas civis ou alienado.

7.1 Sistemática de recolhimento de material

Todo material, para ser recolhido, deverá estar acompanhado da respectiva


guia de recolhimento (GR) devidamente preenchida, em duas vias, com as
seguintes informações:

• Quantidade e espécie de materiais;

• Data do recebimento;

• Tempo mínimo de duração;

• Causa do recolhimento;

• Outros esclarecimentos julgados necessários.

Os Encarregados do Setor de material ou de outros depósitos, após a confe-


rência dos materiais e da documentação que o acompanha, deverão quitar a
2ª via da GR e devolvê-la ao pessoal que entregou os referidos bens.

91
gestão de material e patrimônio - u1
7.1.1 Material recolhido ao almoxarifado ou outros depósitos das UA

Como já descrito, em regra, todo material, seja qual for o destino que deva ter,
precisa ser recolhido ao almoxarifado ou a outros depósitos para que todas as
medidas necessárias sejam tomadas, ou seja, conserto ou trocas em empresas
civis, recolhimento aos órgãos provedores, recolhimento aos órgãos de manu-
tenção e alienação.

Esses materiais deverão ser recebidos pelo almoxarife ou por chefes de depósi-
tos ou por seus auxiliares, a fim de que possam seguir os destinos adequados.

7.1.2 Material recolhido aos órgãos provedores

Após estar devidamente autorizada, a OM deverá recolher o material aos


órgãos provedores, devendo ser recebidos por uma Comissão, que lavrará um
Termo de Abertura, Exame, Avaliação e Classificação.

O material classificado como sendo de 1ª ou 2ª classes poderá ser estocado no


OP e redistribuído às UA.

7.1.3 Material recolhido aos órgãos de manutenção

Os MEM inservíveis passíveis de reparação ou recuperação, em regra, deverão


ser recolhidos aos órgãos de 2º, 3º e 4º escalões, corretamente montados,
limpos e acompanhados de seus manuais, catálogos e livros registros para as
providências cabíveis.

As manutenções de 2º escalão cabem, em regra, aos batalhões logísticos e às


OM de Engenharia e de Comunicações para os seus materiais orgânicos; as
manutenções de 3º escalão serão realizadas pelos Parques Regionais de Manu-
tenção e a de 4º escalão pelos Arsenais de Guerra ou por OM vocacionadas.

As manutenções de 2º e 3º escalões, e a de 4º escalão realizadas por OM


vocacionadas são gerenciadas pela DMat e as manutenções de 4º escalão exe-
cutadas pelos Arsenais de Guerra são gerenciadas pela Diretoria de Fabricação,
através da coordenação entre o COLOG e o DCT.

O recolhimento do material que necessitar de manutenção de 2º e 3º escalões


deverá ser devidamente autorizado pela RM e a de 4º escalão pela DF, sendo
que, dependendo do motivo da inservibilidade, terá que ser acompanhado de
TEAM, sindicância, PT e IT.

92
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Determinados MEM são regidos por normas específicas e suas manutenções são
realizadas de acordo com as referidas regras, como nos casos dos materiais de
Aviação do Exército, a cargo da DMAvEx; de Veterinária, a cargo da D Abst; da
Classe IV (Construção): todos os materiais; da Classe VI (Engenharia): cartografia
e fotogrametria; da Classe VII (Guerra Eletrônica e Informática): todos os mate-
riais, exceto os que são integrantes dos Sistemas de armas táticos e do SISTAC; e
todos os materiais cuja aquisição tenha seus recursos previstos no PAA.

O material cuja classificação seja de 3ª classe deverá ser recolhido ao órgão de


manutenção para reciclagem ou aproveitamento da matéria-prima, conforme
determinação do órgão homologador.

7.2 Alienação de material

O termo alienação significa a maneira através da qual se transfere o domínio


de um bem a terceiros.

A alienação dos materiais, no âmbito das UA, poderá ocorrer por meio de ven-
da, doação e permuta e sempre após sua descarga e respectiva classificação.

Os materiais podem ser classificados, no tocante à alienação, em: inalienáveis,


alienáveis somente pelos OP e alienáveis.

Não podem ser alienados os materiais de valor histórico e cul-


tural, salvo excepcionalmente, sendo necessária a preservação
dessas características e cumprimento da legislação pertinente;
os materiais inservíveis que não possam ser transferidos do EB
(por exemplo: fardamento) e os materiais inservíveis conside-
rados perigosos, prejudiciais à saúde pública ou que possam
revelar algum segredo militar.

Os materiais classificados como inalienáveis e alienáveis somente pelos OP de-


verão ser imediatamente transferidos para esses órgãos, após as UA receberem
a ordem de transferência do escalão superior, sendo responsabilidade dos ODS
a publicação e atualização das relações desses materiais e do OP a condução
do processo de descarga.

93
gestão de material e patrimônio - u1
No caso de material alienável somente pelos OP, o processo de alienação deve-
rá ser devidamente autorizado pelas RM.

Tratando-se de material inservível cuja matéria-prima seja inaproveitável pelo


EB, de resíduos de oficina, bem como de materiais adquiridos pelas UA sem
possibilidade de reparo ou transformação, as unidades poderão realizar a ven-
da mediante licitação, conforme prescreve a Lei 8.666/93, devendo depositar
os valores auferidos em conta da gestão do Fundo do Exército, através de Guia
de Recolhimento da União (GRU).

7.3 Classes de material

Os materiais pertencentes às UA podem ser das seguintes classes, de acordo


com o seu estado ou destinação:

a) Quanto ao estado do material:

• Material de 1ª classe – é o material em bom estado e sem uso;

• Material de 2ª classe – é o material já usado, podendo ser reutilizado


após revisado e reparado, se for o caso;

• Material de 3ª classe - é o material inservível, cuja matéria-prima oferece


condições de aproveitamento pelo Exército;

• Material de 4ª classe – é o material inservível, cuja matéria-prima não


oferece condições de aproveitamento pelo Exército.

b) Quanto à destinação do material:

• Material de aplicação – é o material de consumo que se destina a per-


mitir o funcionamento de máquinas, equipamentos e aparelhos diversos
(bobinas, tomadas, fios, resistências, etc.).

• Material desativado – é o material que deixa de ser adotado pelo EB, em


decorrência da 4ª Reunião Decisória conduzida pelo EME, em virtude
de sua obsolescência ou defasagem tecnológica e por não atender às
condicionantes operacionais e aos ROB vigentes.

• Material obsoleto – é o material em desuso, existente sob o contro-


le do Exército, que apesar disso não é adotado e/ou empregado em
decorrência de análise e parecer do COLOG sobre sua defasagem
tecnológica e cuja modernização ou aperfeiçoamento é técnica e/ou
economicamente inviável.

94
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Material inservível – é o material que não atende às finalidades para
as quais é destinado; apresenta condições de desempenho abaixo dos
padrões mínimos requeridos e cuja recuperação é antieconômica.

• Material hipotecado – material destinado a estabelecer um nível de se-


gurança adequado para enfrentar situações de emergência.

• Material de transformação – é o material de consumo destinado à con-


fecção de qualquer artigo.

95
gestão de material e patrimônio - u1
8 Normas Administrativas
Relativas ao Suprimento (NARSUP)

Objetivos específicos

• Identificar os títulos constantes das NARSUP;


• Interpretar as NARSUP.

As Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP), Portaria nº 09,


de 27 de junho de 2002, do DLog, foram elaboradas com o objetivo de pa-
dronizar os procedimentos administrativos referentes à logística do material
de emprego militar sob gestão do antigo D Log, atual COLOG, através da
DAbst, responsável pelo provimento de material das classes I, II, III (combustí-
vel), V (munições e explosivos), X (materiais não incluídos em outras classes),
Remonta e Veterinária, e da DMat, responsável pela gestão dos materiais das
classe III (lubrificantes), V (Armt) e IX (motomecanizado).

As NARSUP revogaram inúmeras Portarias e outros documentos esparsos que


tratavam diferenciadamente as diversas classes de suprimento, dificultando o
gerenciamento desses materiais.

Com a criação do COLOG houve modificação da estrutura lo-


gística de suprimento, passando as antigas DS e DMnt a serem
denominadas, respectivamente, DAbst e DMat e, inclusive,
ocorrendo a criação da BaApLogEx.

Nas NARSUP é possível encontrar vários anexos referentes a modelos de do-


cumentos necessários à operacionalização das rotinas e quatro títulos com os
seguintes capítulos:

• Generalidades;
• Administração de suprimentos;
• Inspeções;

97
gestão de material e patrimônio - u1
• Disposições genéricas e específicas;
• Vários modelos de documentos.

É fundamental que os agentes da administração e seus auxiliares tenham


pleno conhecimento dessas normas, a fim de poder gerir eficientemente os
materiais por elas regulados, não esquecendo que a dinâmica de moderniza-
ção da administração do material, no âmbito da Força, exige uma constante
atualização dos seus quadros no tocante aos inúmeros documentos esparsos
produzidos pelos órgãos gestores, que complementam as referidas NARSUP de
acordo com as especificidades dos materiais.

98
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
9 Normas Administrativas
Relativas à Manutenção (NARMNT)

Objetivos específicos

• Identificar os títulos constantes das NARMNT;


• Interpretar as NARMNT.

As Normas Administrativas Relativas à Manutenção (NARMNT), Portaria nº 10,


de 27 de junho de 2002, do DLog, têm a finalidade de consolidar e padronizar
os atos necessários à manutenção do MEM sob gestão do COLOG, através da
DMat, antiga DMnt, para que a logística de manutenção torne-se mais rápida,
mais perfeita e com maior rendimento.

As NARMNT possuem anexos e seis títulos contendo:

• Capítulos sobre generalidades – contêm importantes definições necessárias


ao conhecimento de todos os responsáveis pela manutenção dos MEM.

• Capítulos sobre a manutenção, propriamente dita, de todo material sob


gestão do COLOG.

• Capítulos sobre o controle da manutenção.

• Capítulos sobre seções de manutenção, indenizações do suprimento de


manutenção e disposições finais.

É fundamental que os agentes da administração e seus auxi-


liares tenham pleno conhecimento dessas normas, a fim de
poderem gerir eficientemente a manutenção dos materiais
por ela regulados.

A manutenção dos MEM é primordial para a operacionalidade do EB e, com o


crescente investimento na produção e na aquisição de novos produtos de defesa,
cresce a responsabilidade de todos os responsáveis pela atividade logística de
manutenção, para que sejam utilizados processos modernos de reparação, em
consonância com as modernas tecnologias, privilegiando-se a manutenção pre-
ditiva, a utilização da tecnologia da informação, a contínua capacitação dos qua-
dros e a elaboração de regras que dificultem a operacionalização das atividades.

99
gestão de material e patrimônio - u1
10 Normas Administrativas relativas ao Material
de Comunicações Estratégicas, Eletrônica,
Guerra Eletrônica e Informática (NARMCEI)

Objetivos específicos

• Identificar os títulos constantes das NARMCEI;


• Interpretar as NARMCEI.

As Normas Administrativas relativas ao Material de Comunicações Estratégicas,


Eletrônica, Guerra Eletrônica e Informática (NARMCEI), Portaria nº 005, de 13 de
fevereiro de 2002, da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), foram elabo-
radas com a finalidade de padronizar e agilizar os procedimentos referentes à
administração do material de comunicações estratégicas, eletrônica, guerra ele-
trônica e informática (Classe VII) sob gestão da extinta DMCEI, atual CComGEEx.

As NARMCEI devem ser utilizadas para o gerenciamento do material de


comunicações estratégicas, eletrônica, guerra eletrônica e informática, salvo o
material de comunicações integrante do SISTAC - Sistema Tático de Comunica-
ções (material para emprego operacional), o material de informática integrante
do SISTAC e dos Sistemas de Armas Táticos, e o material, cuja aquisição tenha
seus recursos previstos no PAA.

As referidas normas são constituídas por anexos e sete capítulos versando


sobre: generalidades, processo para aquisição de material, órgãos da cadeia
de suprimento, material de comunicações estratégicas, eletrônica e informáti-
ca (hardware), manutenção, material de informática (software) e material de
guerra eletrônica (GE).

101
gestão de material e patrimônio - u1
11 Normas para o Controle de Equídeos
no Exército Brasileiro (NORCE)

Objetivos específicos

• Identificar os títulos constantes das NORCE;


• Interpretar as NORCE.

As Normas para o Controle de Equídeos no Exército Brasileiro (NORCE), Por-


taria nº 003, de 22 de abril de 2009, do COLOG, visam a administração de
equinos no âmbito do Exército.

As NORCE estão divididas em 15 capítulos que versam sobre: legislação bási-


ca, finalidade, conceituações, identificação do equídeo, provisão, inclusão em
Carga: conjunto de [carga], recebimento, movimentação, exclusão da carga, animal distribuído,
bens móveis permanentes ou
equino alojado, anemia infecciosa equina, reprodução de equídeos, documen-
de consumo sob responsabi-
lidade de agente da adminis- tação e prescrições diversas.
tração para consecução de
objetivos. A Coudelaria de Rincão, EsEqEx, a AMAN, a EsSA, os Regimentos de Cavalaria
de Guarda e os Colégios Militares são as OM possuidoras de equinos no EB.

Apesar de haver poucas OM que possuem animais cavalares, é importante o


pleno conhecimento das NORCE, a fim de que todos os agentes e auxiliares
possam estar em condições de desempenhar as atividades administrativas per-
Semoventes: termo tinentes à gestão desses [semoventes].
jurídico que se aplica aos
bens que não são móveis O COLOG, através da DAbst, é o órgão responsável pelo gerenciamento dos
nem imóveis, mas que tam-
equídeos no âmbito da Força, inclusive pela normatização dos procedimentos
bém constituem patrimônio.
O termo aplica-se a animais pertinentes, devendo o administrador atentar para todas as publicações que
como equinos, bovinos, suí- visam modificar ou complementar as NORCE.
nos, caprinos, ovinos etc.

103
gestão de material e patrimônio - u1
12 Normas para o Controle de Caninos
na Força Terrestre (NORCCAN)

Objetivos específicos

• Identificar os títulos constantes das NORCCAN;


• Interpretar as NORCCAN.

As Normas para o Controle de Caninos na Força Terrestre (NORCCAN), Portaria


n° 08, de 22 de julho de 2003, do DLog, versam sobre a gestão dos caninos
no EB, atualmente sob responsabilidade do COLOG através da DAbst.

As NORCCAN possuem dois títulos denominados generalidades e controle


de caninos, sendo que, no título generalidades, há capítulos sobre: legislação
básica, finalidade, conceituações, utilização do “cão de guerra”, raças, iden-
tificação do canino e provisão; e, no segundo título, capítulos que abordam:
recebimento, inclusão em carga, exclusão da carga, movimentação, reprodu-
ção de caninos, documentação e prescrições diversas.

O termo “cão de guerra”é usado para cão de emprego militar, cuja atividade
vai, desde a função de cão policial, como patrulhamento, policiamento de pes-
soal, guarda de instalações militares, detector ou farejador de drogas e explosi-
vos etc., até o treinamento para emprego em ações de combate.

Atualmente, o Exército Brasileiro possui 300 cães em suas Seções de Cães de


Guerra, que devem obedecer às NORCCAN, a fim de bem administrar os referi-
dos semoventes.

105
gestão de material e patrimônio - u1
13 Normas para o Transporte
Logístico de Superfície (NOTLOG)

Objetivos específicos

• Identificar os títulos constantes da NOT LOG;


• Interpretar a NOT LOG.

As Normas para o Transporte Logístico de Superfície (NOTLOG), Portaria nº


01, de 15 de abril de 2002, do DLog, foram regras criadas para padronizar e
agilizar a administração do transporte logístico de superfície, ou seja, o plane-
jamento, a orçamentação, a programação, a execução, o controle e a avaliação
do transporte de material e de animais pertencentes à União, bem como do
pessoal empregado na atividade.

Com a transformação do DLog em COLOG e extinção da DT Mob, o transporte


logístico de superfície está atualmente a cargo do COLOG, sendo a Divisão de
Transporte (Div Trnp) do Gabinete de Planejamento e Gestão (GPG)/COLOG
responsável pela sua gestão.

As NOTLOG foram estruturadas em seis títulos, que tratam de:

• Disposições preliminares;
• Transporte logístico de superfície;
• Planejamento do transporte logístico de superfície;
• Execução dos transportes;
• Responsabilidades;
• Atribuições;
• Prescrições diversas.

107
gestão de material e patrimônio - u1
14 Administração do material
pertencente a uma UA

Objetivo específico

• Distinguir Termos de Recebimento e Exame de Material, Termos de


Exame e Averiguação de Material, Guias de Recebimento, Guias de
Recolhimento, modelos de pedidos e de descarga de material.

14.1 Termo de Recebimento e Exame de Material (TREM)

O TREM é o documento elaborado pela comissão de recebimento e exame de


material, devidamente nomeada pelo agente diretor e publicada em BI da UA
para a realização do recebimento e exame dos materiais recebidos do escalão
superior, diretamente dos órgãos provedores ou através de empresas contrata-
das, ou adquiridos com recursos próprios, através do qual são descritas todas
as alterações encontradas referentes ao estado de conservação e condições de
funcionamento desses materiais.

A comissão deve descrever detalhadamente a identificação do material, suas


avarias, faltas, inclusive indícios de violação e os defeitos encontrados durante
a realização dos testes, por ocasião do recebimento dos materiais.

No caso do material ter sido recebido do escalão superior, a 1ª via do TREM


deverá ser remetida para a DAbst, a 2ª via para a RM e a 3ª via deverá perma-
necer arquivada na UA que expediu o documento.

Se não houver alterações no material recebido, este deverá ser incluído em


carga por determinação do agente diretor.

14.2 Termo de Exame e Averiguação de Material (TEAM)

O TEAM é o documento confeccionado por uma comissão de exame e


averiguação do material, detentora de conhecimento técnico, cuja finalidade
é a verificação precisa do estado do material e se ele pode ser considerado

109
gestão de material e patrimônio - u1
definitivamente inservível para os fins a que se destina, ocasionando a sua
descarga, ou é passível de reparação ou recuperação.

O Termo deverá ser elaborado quando o material inservível não tiver atingido
o tempo mínimo de duração ou for de valor atual superior a cinco MVR, ou
outro índice que venha a substituí-lo ou for controlado.

A comissão, nomeada pelo agente diretor em BI da UA, deverá descrever, no


documento, a análise de custos do material examinado, fazendo constar o pre-
ço atual do material novo, o valor de mercado do material usado e os custos
de recuperação do material, o seu parecer, através do qual, detalhadamente,
informará sobre a conveniência da recuperação ou se a recuperação é antieco-
nômica e, de maneira conclusiva, indicará a conveniência da recuperação do
material e a sua destinação.

É importante ressaltar que a comissão deverá descrever no TEAM informações


sobre o exame do material, ou seja, o estado geral do material, no tocante as
suas avarias, bem como os custos de recuperação, fundamentada em PT.

14.3 Guia de remessa

A guia de remessa é o documento que deve ser elaborado pelas UA para que
acompanhe o material quando este for circular entre OM para fins de transfe-
rência ou quando os órgãos de manutenção o restituírem às OM apoiadas ou
quando os órgãos provedores o remeterem aos seus destinatários.

A guia de remessa é elaborada em quatro vias:

• A 1ª fica com a OM de destino, e acompanha o material;

• A 2º via segue para a OM de destino, devendo retornar à OM expedido-


ra, após quitada;

• A 3ª via é remetida à RM;

• A 4ª fica arquivada na OM expedidora.

14.4 Guia de Recolhimento

Guia de recolhimento é o documento que deverá ser confeccionado pela UA


para acompanhar o material quando destinado ao órgão de manutenção ou
retorna ao OP.

110
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A guia de remessa também é elaborada em quatro vias:

• A 1ª via fica com a OM de destino, acompanha o material;

• A 2ª segue para a OM de destino, devendo retornar à OM expedidora,


após quitada;

• A 3ª é remetida pela OM expedidora à RM;

• A 4ª via fica arquivada na OM expedidora.

14.5 Pedido de material

Os pedidos de material no âmbito das UA devem ser feitos pelos interessa-


dos, conforme o modelo do ANEXO A, de acordo com as suas necessidades,
ao fiscal administrativo, em regra, através de suas respectivas seções ou subu-
nidades, a fim de que seja fornecido pelo almoxarife, podendo versar sobre a
necessidade de material de consumo ou de material permanente.

A responsabilidade pela correta especificação dos itens pedidos é das pessoas


interessadas pelos respectivos suprimentos.

Os pedidos de materiais existentes nos almoxarifados deverão ser realizados


por meio do SISCOFIS, que disponibiliza aos agentes devidamente cadas-
trados a existência do material e sua quantidade para fins de solicitações, os
quais serão separados e distribuídos aos interessados após a aquiescência do
fiscal administrativo.

Tratando-se de material permanente, que dificilmente fica estocado no Setor


de Material, ou de material de consumo não existente no almoxarifado, deverá
ser pedido com a correta especificação e, havendo possibilidade de aquisição,
deverão ser adquiridos, de preferência por uma Seção de Aquisições, Licitações
e Contratos (SALC), após autorização do Ordenador de Despesas, expressa na
Parte Requisitória.

O material necessário à UA, não previsto em QDM e sem possibilidade de


aquisição, deverá ser incluído na Ficha Modelo 18 e ser remetida à RM para
providências.

Os materiais necessários às UA para manutenção de seus MEM podem ser pedi-


dos, conforme o caso, ao OP ou ao órgão de manutenção. Sendo o pedido re-
metido ao órgão de manutenção, este deverá ser dirigido, em regra, ao COAL/
Blog, e se for remetido ao órgão provedor, deverá dar entrada no COS/OP.

111
gestão de material e patrimônio - u1
14.6 Pedido de descarga de material

O pedido de descarga de material deverá ser realizado pelo seu detentor dire-
to, conforme modelo do ANEXO B, e remetido ao fiscal administrativo da UA
que, conforme o caso, adotará as medidas administrativas cabíveis.

DIEx n° 001 - Setor


EB:
DIEx64000.041098/2013-61
Anexo A – MODELO DE PEDIDO DE MATERIAL
n° 001 - Setor
Resende, RJ,xx de xxxx de 2013
EB: 64000.041098/2013-61
DIEx n°Resende, RJ,xx de xxxx de 2013
001 - Setor
Do
EB: 64000.041098/2013-61
Sr
DoOrdenador de Despesas do xxxx
Resende, RJ,xx de xxxx de 2013
Assunto: requisição do serviço
Sr Ordenador de Despesas do xxxx
Ref.: Art. requisição
Assunto: 13 das IG 12-02
do serviço
Do
Ref.: Art. 13 das
Sr Ordenador de IG 12-02 do xxxx
Despesas
Assunto:
Nos termosrequisição
do contido do serviço
no Art. 13 das IG 12-02 (Port Min nº 305, de 24 maio 95), solicito-vos
providências
Ref.: Art. 13no sentido de aprovar a realização do serviço, abaixo especificado.
Nos termos do das IG 12-02
contido no Art. 13 das IG 12-02 (Port Min nº 305, de 24 maio 95), solicito-vos
providências no sentido
1. Solicito aquisição de:de
(X)aprovar a realização
Mat Consumo do Permanente
( ) Mat serviço, abaixo especificado.
( ) Serviço
2. Especificações
Nos termos do contido no Art. 13 das IG 12-02 (Port Min nº 305, de 24 maio 95), solicito-vos
1. Solicito aquisição de: (X) Mat Consumo ( ) Mat Permanente ( ) Serviço
providências no sentido de aprovar a realização do serviço, abaixo especificado.
2. Especificações
1. Solicito aquisição de: (X) Mat Consumo ( ) Mat Permanente ( ) Serviço
2. Especificações
Especificação Qtde PREGÃO ITEM UASG V. UNIT V. TOTAL CENTRO DE CUSTO
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. xxx xx,00 x.xxx,00 xxx
Especificação Qtde PREGÃO ITEM UASG V. UNIT V. TOTAL CENTRO DE CUSTO
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. xxx xx,00 x.xxx,00 xxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. xxx xx,00 x.xxx,00 xxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Especificação xxx
Qtde PREGÃO ITEM UASG xx,00
V. UNIT x.xxx,00
V. TOTAL xxx
CENTRO DE CUSTO
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. xxx xx,00 x.xxx,00 xxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. xxx xx,00 x.xxx,00 xxx
Obs: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx..
Obs: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
3. Data Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx..
para entrega: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
4. Justificativa: Anualmente, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
3. Data para entrega: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Obs: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx..
4. Justificativa: Anualmente, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Xxxxxxx
3. DataXxxxxxxx – Posto
para entrega: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Cargo
4. Justificativa: Anualmente, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Xxxxxxx Xxxxxxxx – Posto
Cargo
Despacho do Almoxarife: possui material no Almx: ( ) Sim ( X ) Não
Xxxxxxx Xxxxxxxx – Posto
Despacho do Almoxarife: possui material no Almx: ( ) Sim ( X ) Não
Obs.:________________________________________________________________________________
Cargo
Em: _____/_____/_____.
Obs.:________________________________________________________________________________
Despacho do Almoxarife: possui material no Almx: ( ) Sim ( X ) Não
Em: _____/_____/_____.
XXXXXXX XXXXXXX XXXXX – Maj
Obs.:________________________________________________________________________________
Encarregado do Setor de Material do XXXXXXXXX
Em: _____/_____/_____.
XXXXXXX XXXXXXX XXXXX – Maj
Encarregado do Setor de Material do XXXXXXXXX
XXXXXXX XXXXXXX XXXXX – Maj
Encarregado do Setor de Material do XXXXXXXXX

112
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
DESPACHO INICIAL DO OD

1. Autorizo o início dos procedimentos licitatórios e determino a abertura do processo


administrativo correspondente.

2. O Setor de Aquisições, Licitações e Contratos (SALC) tome as providências cabíveis,


de acordo com as normas vigentes.

Em: _____/_____/_____.

XXXXX XXXXX XXXXXXX – CEL


Ordenador de Despesas/NOME OM

PROPOSTA DO CHEFE DA SALC:

1. Em conformidade com a legislação vigente, proponho o início do processo adminis-


trativo relativo a:
Dispensa: Art 24 da Lei nº 8.666/93, inciso _________ .

Inexigibilidade: Art 25 da Lei nº 8.666/93 Caput Inciso I Inciso II

Inciso III Convite Tomada de preço

Concorrência Pregão Eletrônico

Adesão à Ata de Registro de Preço do Pregão (SRP nº _____________, UASG


________________ ). Comprovada a vantagem de sua utilização: Art 7º, 8º e 11 do
Dec nº 3.913/01.

2. Para fins dos Art 14 e 38, da lei 8.666, de 21 de junho de 1993, proponho o
emprego dos recursos especificados a seguir :

NC: DATA: VALOR TOTAL: R$


PTRES: PI: ND: SUBITEM: GESTÃO:
EMPENHAR PARA: CNPJ:

Em: _____/_____/_____.
XXXX XXXXX XXXX – Maj
Chefe da SALC / NOME OM
DESPACHO FINAL DO OD :

De acordo: Sim Não

Em: _____/_____/_____.
XXXXX XXXXX XXXXX – CEL
ORDENADOR DE DESPESAS/NOME OM
( FIM DO ANEXO A – MODELO DE PEDIDO DE MATERIAL )

113
gestão de material e patrimônio - u1
ANEXO B – MODELO DE PEDIDO DE DESCARGA DE MATERIAL

DESCARGA DE MATERIAL PERMANENTE

Parte nº _____ / _____


ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS
Resende, RJ, ____ de ____ / ____ / ____

Do (Nome do Detentor Direto)

(Nome da Dependência) Ao Sr Fiscal Administrativo


Solicito-vos a descarga do MATERIAL CLASSE II – INTENDÊNCIA abaixo relacionado, nos termos do Art 85 do R-3 (RAE).

VALOR R$ VALOR
DATA DO
(aquisição - LÍQUIDO
ESPECIFICAÇÃO DOS ARTIGOS RECEBIMENTO TEMPO DE QNT
SISCOFIS) CONTÁBIL OBS
Dia DURAÇÃO Unt

Unitário
Mês Ano Total
*
CC 12 – Aparelhos e Utensílios O referido
Domésticos material
- Ficha 021103 – NEE 721013000260 – tornou-se
Aspirador de pó, para 110 volts (marca inservível
ELETROLX) para o fim
Patrimônio Nr 000000........................... 23 09 87 01 0,01 0,01 a que se
...... IND destina.
ou xx xx xx xx x,xx x,xx (Ou outro
Patrimônio Nr 000000 a motivo
222222........;......... que
ou ainda xx xx xx xx x,xx x,xx justifique
Patrimônio Nr 000000 a 222222, 333333 o pedido
a 333339 e 444444 a 444449................ de
.......... descarga).

(ASSINATURA) (ASSINATURA)
(ASSINATURA)
___________________________Nome e _________________________
___________________________
posto do Ch Ch da 4ª Seção da Dependência
Nome e posto/Grad do Detentor Direto
Dependência (Se houver)

AMAN – FISC ADM DO FISCAL ADMINISTRATIVO DESPACHO: 1. Concordo com o parecer do Fisc Adm devendo
PARECER o material, constante desta parte, ser descarregado da Carga
Nº ______/FA AO SR AGENTE DIRETOR Geral desta Academia e ________________ de acordo com o
Nr ____, do § ____, do Art. 88, sendo os prejuízos imputados
a ______________________ de conformidade com o Nr ____
1. Enquadra-se no Nr _____, do § 1º, do Art. 85 e Nr do § ____, do Art ____, tudo do R/3 (RAE)/90.
____, do § ____, do Art. 88 tudo do R3 (RAE)/90. 2. __________________________________
____________________________________
2. Encaminhamento a essa chefia, de acordo com o ____________________________________
prescrito no Art. 87, do R3 (RAE)/90. 3. Publique-se, em _____________________
4. Arquive-se na Fisc Adm.
QUARTEL EM AGULHAS QUARTEL EM AGULHAS NEGRAS
NEGRAS
____________ _____ / _____ / _____ ________________
_____ / _____ / _____ FISC ADM AGENTE DIRETOR
OBS: - Deverá ser confeccionada Parte de Descarga para cada gestão de material; o mesmo deve ocorrer com Material NEE
NP.
- Todas as folhas do documento deverão conter os campos para o despacho.
- * Preenchimento sob responsabilidade da Fiscalização Administrativa.
Permanece o modelo conforme
- Inciso II Art 65, e Art 115 das IG - EB10-IG-01.001
- Art 91 do ERA
( FIM DO ANEXO B - MODELO DE PEDIDO DE DESCARGA DE MATERIAL)

114
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
15 Bibliografia

Referências Bibliográficas

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do


Brasil. 36ª ed. Brasília: Câmara do Deputados, Edições Câmara, 2012.

______. Código Penal Militar. Brasília: EGGCF, 1969.

______. Código de Processo Penal Militar. Brasília: EGGCF, 1969.

______. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a orga-


nização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Admi-
nistrativa e dá outras providências. Diário Oficial da República. Poder Executivo,
Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/
del0200.htm>. Acesso em: 03 jul 2013.

______. Decreto nº 98.820, de 12 de janeiro de 1990. Regulamento de Ad-


ministração do Exército (R 3). Brasília: EGGCF, 1990.

______. Decreto nº 4.346, de 26 de agosto de 2002. Regulamento Discipli-


nar do Exército (R-4). Brasília: EGGCF, 2002.

______. Exército Brasileiro. Portaria nº 083-EME, de 07 de agosto DE 2000.


Aprova a Diretriz para a Implantação do SIMATEx. Brasília: EGGCF, 2000.

______. Instruções Gerais para os Atos Administrativos do Exército


(EB10-IG-01.003). Brasília: EGGC, 2011.

______. Instruções Gerais para a Destinação de Material de Emprego


Militar de Valor Histórico do Comando do Exército (IG 20-15). Brasília:
EGGCF, 2011.

______. Instruções Gerais para a Elaboração de Sindicância no Âmbito


do Exército Brasileiro (EB10-IG-09.001). Brasília: EGGCF, 2012.

______. Instruções Gerais para a Gestão de Materiais Inservíveis do


Comando do Exército (IG 10-67). Brasília: EGGCF, 2010.

______. Instruções Gerais para o Sistema de Gestão Ambiental no Âm-


bito do Exército (IG 20-10). Brasília: EGGCF, 2008.

115
gestão de material e patrimônio - u1
______. Instruções Reguladoras para o Sistema de Gestão Ambiental
no Âmbito do Exército (IR 50 - 20). Brasília: EGGCF, 2011.

______. Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992. Dispõe sobre a Lei Orgânica


do Tribunal de Contas da União e dá outras providências. Diário Oficial
da República. Poder Executivo, Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/leis/L8443.htm>. Acesso em: 21 ago 2013.

______. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Regula o processo admi-


nistrativo no âmbito da Administração Pública Federal. Diário Oficial da
República. Poder Executivo, Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L9784.htm>. Acesso em: 15 jul 2013.

_______. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37,


inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e
contratos da Administração Pública e dá outras providências. Diário
Oficial da República. Poder Executivo, Brasília, DF. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666.htm>. Acesso em: 16 jul 2013.

______. Manual de Campanha C 100-10 – Logística Militar Terrestre. 2ª


ed. Brasília: EGGCF, 2003.

MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 11ª ed. São Paulo:


Revista dos Tribunais, 2007.

______. Normas Administrativas Relativas ao Armamento. Brasília:


EGGCF, 2009.

______. Normas Administrativas Relativas à Manutenção. Brasília: EGG-


CF, 2002.

______. Normas Administrativas Relativas ao Material de Comunica-


ções Estratégicas, Eletrônica, Guerra Eletrônica e Informática. Brasília:
EGGCF, 2002.

______. Normas Administrativas Relativas ao Suprimento. Brasília:


EGGCF, 2002.

______. Normas para o Controle de Caninos na Força Terrestre. Brasília:


EGGCF, 2003.

______. Normas para o Controle de Equídeos no Exército Brasileiro.


Brasília: EGGCF, 2009.

116
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
______. Normas para o Transporte Logístico de Superfície. Brasília: EGG-
CF, 2002.

______. Portaria nº 008 -SEF, de 23 de dezembro de 2003. Aprova as Nor-


mas para a Apuração de Irregularidades Administrativas. Brasília:
EGGCF, 2003.

_______. Portaria Nr 051 EME, de 10 Ago 93. Estabelece a Listagem dos


Conjuntos de Material de Intendência de Campanha e as Respectivas
Normas de Distribuição. Brasília: EGGCF, 1993.

______. Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (R-1). Brasília: EGGCF,


2003.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 16ª


ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 14ª ed. São Paulo:
Atlas, 2002.

MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. São Paulo:


Saraiva, 2012.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 27ª ed. São Pau-
lo: Malheiros, 2002.

117
gestão de material e patrimônio - u1
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância

Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos

Coordenação de Avaliação e Acompanhamento


Gianna Oliveira Bogossian Roque

Coordenação de Criação e Desenvolvimento


Claudio Perpetuo

Coordenação de Design Didático


Sergio Botelho do Amaral

Coordenação de Material Didático


Stella Maria Peixoto de Azevedo Pedrosa

Coordenação de Tecnologia da Informação


Renato Araujo

Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio

Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO

GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa

Redação Pedagógica
Frieda Marti

Revisão
Camila Welikson

Projeto Gráfico
Romulo Freitas Gestão do material e do patrimônio : apostila 2 GMP /
coordenação didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Diagramação ; redação pedagógica: Frieda Marti ; projeto gráfico: Romulo Freitas
Luiza Serpa ; diagramação: Luiza Serpa ; coordenação de conteudistas: Fernando
Velôzo Gomes Pedrosa ; conteudista: Ismar Santos da Cunha ; revisor
Coordenação de Conteudistas
técnico: Marcos Figueiredo ; produção: Pontifícia Universidade Católica
Fernando Velôzo Gomes Pedrosa do Rio de Janeiro ; realização: EsIE – Escola de Instrução Especializada
Conteudista [do] Exército Brasileiro. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2014.

Ismar Santos da Cunha Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais – CHQAO.


114 p. : il. (color.) ; 21 cm.
Revisão Técnica
Inclui bibliografia
Marcos Figueiredo
1. Administração pública – Brasil. 2. Administração de material
- Brasil. 3. Propriedade pública – Brasil. I. Pedrosa, Stella M. Peixoto
Produção de Azevedo. II. Marti, Frieda. III. Cunha, Ismar Santos da. IV. Pontifícia
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central Educação
a Distância. V. Brasil. Exército. Escola de Instrução Especializada.
Realização
EsIE – Escola de Instrução Especializada CDD: 351.81
Exército Brasileiro
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

Gestão de material e patrimônio


Unidade 2
Administração Patrimonial

Unidade 3
CONCEITOS SOBRE ARMAZENAGEM
APRESENTAÇÃO
O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO),
conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os sub-
tenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas para o
Quadro Auxiliar de Oficiais.

A disciplina Gestão do Material e do Patrimônio possui carga horária


total de 90 horas.

Os objetivos gerais desta disciplina são:

• Distinguir as atribuições inerentes às áreas administrativas de material e


patrimônio;

• Confeccionar a documentação referente ao controle patrimonial e de


material;

• Evidenciar a capacidade de agir atendo-se a detalhes significativos;

• Evidenciar a capacidade de desenvolver atividades de forma sistemática


e eficiente.

Nesta apostila serão apresentadas a Unidade Didática II – Administração


Patrimonial e a III – Conceitos sobre Armazenagem, cujos objetivos,
determinados pelo Planejamento de Disciplina (PLADIS), desenvolvido pela
Seção de Ensino da Escola de Instrução Especializada do Exército Brasileiro
(EsIE), estão especificados por capítulo.

Boa leitura!
conteudista

Ismar Santos da Cunha é Tenente-Coronel do Serviço de Intendência. É


bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras
(AMAN) e mestre em operações militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (ESAO). Possui graduação em Direito pela Universidade Gama
Filho (UGF), pós-graduação em Comércio Exterior (Importação e Exportação)
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pós-graduação em
Processo Civil pelo Instituto de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), pós-
-Graduação em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (PUC Minas), extensão em Docência do Ensino Superior pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS), possui cursos na área
do Direito Internacional e Direito Internacional dos Conflitos Armados pela
Escola Superior de Guerra (ESG) e é mestrando em Direito Ambiental pelo
Centro Universitário de Ensino de São Paulo – Unidade de Ensino Lorena
(UNISAL). Possui experiência na área de ensino superior no meio acadêmico
civil, tendo atuado como Professor de Direito, ministrando as disciplinas de
Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Civil e Direito Penal e sendo
Coordenador do Curso de Direito. Atuou na área administrativa de várias
unidades do Exército como Aprovisionador, Encarregado do Setor de Mate-
rial, Encarregado do Setor Financeiro, membro de Comissão de Licitação e
Chefe do Centro de Apoio Logístico. Participou de vários congressos, seminá-
rios e palestras que permitiram complementar seus conhecimentos nas áreas
jurídica e administrativa e, atualmente, desempenha a função de Professor
de Direito da Academia Militar das Agulhas Negras.
UNIDADE II – ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL

1 Introdução 11
2 Classificação dos títulos contábeis, ativo permanente e
ativo circulante: bens imóveis, bens móveis e estoque inter-
no - almoxarifado 13
2.1 Classificação dos Títulos Contábeis 13
2.2 Relação de Contas 19
2.2.1 Classe Ativo (1) 21
2.2.2 Classe Passivo (2) 21
2.2.3 Classe Despesa (3) 22
2.2.4 Classe Receita (4) 47
2.2.5 Classe Resultado Diminutivo do Exercício (5) 48
2.2.6 Classe Resultado Aumentativo do Exercício (6) 48
2.2.7 Estrutura do Plano de Contas em nível de Classe / Grupo 48
2.3 Tabela de Eventos 49
2.3.1 Classe de Evento 50
2.3.2 Tipo de Utilização 50
2.4 Indicadores contábeis 51
3 Registro contábil da variação patrimonial e nota de
lançamento 53
3.1 Registro contábil da variação patrimonial 53
3.2 Nota de Lançamento 58
3.2.1 Registro de bens móveis permanentes 58
3.2.2 Registro de bens móveis de consumo 58
3.2.3 Registro de Bens Imóveis 76
3.3 Conformidade da Gestão Patrimonial 82
4 Bibliografia 85
UNIDADE III – CONCEITOS SOBRE ARMAZENAGEM
1 Armazenamento de material 89
1.1 Principais materiais de consumo e permanente utilizados
pelo EB 90
1.2 Principais órgãos gestores de material 92
1.3 Cuidados gerais com os materiais armazenados 95
2 Métodos de armazenagem dos materiais de intendência e
de subsistência 97
2.1 Métodos de armazenagem dos materiais de intendência 99
2.2 Métodos de armazenagem do material de subsistência 99
2.2.1 Tipos de armazenagem de gêneros alimentícios 99
3 Entrada e saída de suprimentos 105
3.1 Entrada de suprimentos 105
3.1.1 Trabalhos de descarga 106
3.1.2 Recebimento dos materiais pelos depósitos 106
3.2 Saída de suprimentos 109
3.2.1 Exigências regulamentares no controle da entrada dos
suprimentos 109
3.2.2 Trabalho de carga 109
4 Bibliografia 111
Gestão de material e patrimônio
Unidade 2
Administração Patrimonial
1 introdução

Orçamento Público: É Na atualidade, não basta possuir dinheiro para realizar uma boa administração
um ato pelo qual se prevê a
e atender às diversas demandas existentes no Exército Brasileiro (EB). É funda-
arrecadação de receitas e se
autoriza a sua aplicação em mental que todos os seus agentes possuam a perfeita noção sobre a essência
despesas discriminadas, duran- do significado de gestão pública, que deve ser o comprometimento de todos
te certo período, de forma a
evidenciar a política econômi- para que o [orçamento público] seja empregado da melhor maneira possível
co-financeira e o programa de em prol da sociedade brasileira.
trabalho do governo.

A gestão do patrimônio consiste, em regra, no registro tem-


pestivo e no controle de toda a movimentação de bens, direi-
tos e obrigações que ocorrem nas Unidades Gestoras (UG).

Diante desse entendimento, o administrador militar, seja ele um Executor Dire-


Efetividade: Significa a to, um Executor Indireto ou um Auxiliar, deve ter pleno conhecimento das suas
satisfação, o êxito na prática
funções e da importância das mesmas, pois o seu trabalho “na ponta da linha”
do que é feito. Simplificando,
ser efetivo é realizar aquilo é fundamental para tomadas de decisões dos escalões superiores. Por exem-
que foi feito (eficiência) da plo, se não se atualiza no sistema a informação de que uma viatura, um fuzil,
maneira certa (eficácia).
um rádio etc. não pertencem mais ao patrimônio da UG, devido às descargas
Eficácia: É a ação
realizada não só da maneira já realizadas, o Estado-Maior do Exército (EME) não tem condições de planejar
certa, mas preocupada com novas obtenções e descentralizações de recursos para repor o Material de Em-
os resultados, independente
do esforço e tempo que isso
prego Militar (MEM), já que, para o EME, os suprimentos não estão faltando.
pode levar. A eficácia está
ligada ao processo de escolha, Os profissionais que, nos diversos quartéis do EB, espalhados por todo o territó-
de tomada de decisão. rio nacional, desempenham os encargos atinentes à gestão patrimonial devem
Eficiência: é a ação buscar sempre a atualização e o autoaperfeiçoamento, a fim de que a adminis-
realizada de maneira certa.
Está ligada em como as coisas tração do patrimônio do EB seja realizada com [eficiência], [eficácia] e [efetivi-
devem ser feitas. dade], sobretudo, para que a Força alcance a máxima operacionalidade possível.

11
gestão de material e patrimônio - u2
2 Classificação dos títulos contábeis, ativo
permanente e ativo circulante: bens imóveis,
bens móveis e estoque interno - almoxarifado

Objetivos específicos

• Classificar bens imóveis e móveis;


• Classificar o estoque interno-almoxarifado.

Esse capítulo apresenta e faz uma introdução aos conceitos básicos de patri-
mônio público, de contabilidade aplicada à administração pública e à legis-
lação vigente sobre o tema. Os principais sistemas “eletrônicos” usados pelo
EB para administrar e gerir os bens imóveis e móveis também serão descritos,
assim como os procedimentos para classificação dos mesmos.

2.1 Classificação dos Títulos Contábeis

A administração do patrimônio das Unidades Administrativas (UA) do EB cons-


titui-se na atividade de controle de todos os seus bens, direitos e obrigações
por meio de técnicas de registro dos atos e fatos emanados dos gestores
através do uso da contabilidade pública.

O Conselho Federal de Contabilidade define Patrimônio Público como:

(...) o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangí-


veis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,
recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do
setor público, que seja portador ou represente um fluxo
de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de
serviços públicos ou à exploração econômica por entida-
des do setor público e suas obrigações (Resolução CFC nº.
1.128/08).
Para consultar vários assuntos
atualizados sobre contabili- A contabilidade pública tem como principal objeto o patrimônio e possui
dade pública visite a página
do Ministério da Fazenda em princípios e regras que permitem ao administrador acompanhar todos os
www.tesouro.gov.br. movimentos da gestão pública.

13
gestão de material e patrimônio - u2
Segundo Kohama (2006, p.49), “a contabilidade é um instrumento que pro-
porciona à Administração Pública as informações necessárias à melhor condu-
ção do negócio público”.

A principal norma da Contabilidade, no que diz respeito à administração


pública, é a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estabelece diversos
procedimentos contábeis, que vão desde o registro contábil até a avaliação de
ativos, passivos e mutações correspondentes.

Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para


elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
de acordo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b,
da Constituição Federal (Art. 1º, Lei 4.320/64).

A Lei nº 4320 é a mais importante regra jurídica para se realizar a classifica-


ção dos materiais permanentes e de consumo previstos no Plano de Contas
da União. Também devem ser utilizados, por ocasião das referidas classifica-
ções, nos casos omissos, o Manual de Despesa Nacional, que explica, mais
claramente, alguns critérios específicos para bens de consumo e permanente,
citando exemplos, e a Portaria Interministerial nº 163 de 04 de maio de
2001, que trata do detalhamento da despesa pública, a qual traz a codificação
para diferenciar o material permanente do de consumo.

Para melhor compreensão da abrangência da contabilidade pública, entende-


-se conveniente citar o texto do artigo 85 da Lei n.° 4.320/64, que dispõe:

[...] os serviços de contabilidade serão organizados de


forma a permitirem o acompanhamento da execução
orçamentária, o conhecimento da composição patrimo-
nial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o
levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpre-
tação dos resultados econômicos e financeiros.

A Administração Pública Federal buscou a sistematização dos registros contá-


beis, fundamentada na legislação pertinente, através do desenvolvimento de
um banco de dados ligado em rede de computadores que viabilizasse a gestão
patrimonial de todos os seus órgãos, ensejando um melhor controle interno e
externo dos materiais e uma maior agilidade na tomada de decisões, devido à
importância de gerir recursos que são públicos.

14
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Os agentes da Administração devem saber que a divergência
de R$ 0,01 (um centavo) encontrada no patrimônio de suas
UG é seríssimo e pode representar, por exemplo, problemas
com uma viatura ou com um fuzil.

Existem três sistemas utilizados pelo EB para a gestão patrimonial de suas UA:

a. Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG);

b. Sistema de Material do Exército (SIMATEX);

c. Sistema Integrado de Administração e Finanças do Governo Federal


(SIAFI).

a) SIASG

Conforme mencionado no site eletrônico do Governo Federal (www.governo


eletronico.gov.br), SIASG é o sistema informatizado de apoio às atividades
operacionais do Sistema de Serviços Gerais – SISG. Nele são realizadas as
operações das compras governamentais dos órgãos integrantes do SISG (Ad-
ministração Pública Federal direta, autárquica e fundacional). O Sistema inclui
a divulgação e a realização das licitações, a emissão de notas de empenho, o
registro dos contratos administrativos, a catalogação de materiais e serviços e
o cadastro de fornecedores. As Forças Armadas não são integrantes do SISG,
contudo podem utilizar o SIASG por meio de adesão formal integral ou parcial
para utilização do sistema. O Exército utiliza o SIASG de forma plena.

O SIASG possui como um de seus subsistemas o SICAF (Sistema de Cadas-


tramento Unificado de Fornecedores), em que o gestor público consulta a
situação do fornecedor do qual possui pretensão aquisitiva, observando dessa
forma se o mesmo está em regularidade com a documentação obrigatória
referente, principalmente, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
à Receita Federal, à Dívida Ativa da União e ao Instituto Nacional de Segurida-
de Social (INSS). No caso de irregularidade documental, ou seja, se a empresa
estiver com certidão vencida ou com algum outro impedimento legal, não é
dada sequência ao processo licitatório.

O sistema armazena e disponibiliza também um catálogo de materiais e servi-


ços com seus respectivos códigos para fins de padronização na formulação de
documentos nas unidades da Administração Pública. Ele possui registros de pre-
ços que possibilitam a consulta dos editais licitatórios das entidades por meio
do respectivo número da Unidade Administrativa de Serviços Gerais (UASG).

15
gestão de material e patrimônio - u2
O Código da UASG é sugerido, segundo definições do Manual do SIASG:

UASG – Número composto de 6 dígitos que identifica


a Unidade Administrativa de Serviços Gerais. Por meio
de equipamentos conectados ao SIASG, os usuários das
diversas UASG integrantes do Sistema, registram seus
documentos e efetuam consultas on-line (Manual de
orientação para cadastramento e Habilitação de usuário
no sistema integrado de Administração de serviços gerais
– SIASG, p.5).

Dessa forma, de posse do número da UASG, pode-se ter acesso ao certame da


entidade que efetuou determinada licitação para obtenção de materiais.

A principal tarefa executada por esse sistema, em relação ao patrimônio das


UG, é a realização da fase de empenho da despesa, onde o operador do sistema
informa a estrutura da requisição de material no terminal operacional do SIASG,
Nota de Empenho: É o procedendo dessa forma à geração da [Nota de Empenho] (NE) e ao lança-
documento que permite re-
gistrar o comprometimento mento dos contratos realizados, cujos valores estejam acima de R$ 80.000,00 e
de despesa, bem como os ca- não haja entrega imediata dos materiais, ou seja, o material não é entregue em
sos em que se faça necessário
o reforço ou a anulação desse até trinta dias ou, sendo de qualquer valor, haja obrigações do fornecedor após
compromisso. a entrega do material, realização da obra ou prestação do serviço.

b) SIMATEX

O SIMATEX é um sistema de acompanhamento do SIAFI, de forma mais


detalhada, em relação ao controle do material, capaz de expor as contas do
Balanço Patrimonial: [Balanço Patrimonial] na forma sintética, e a discriminação completa dos
Demonstrativo contábil
materiais de todas as classes, por meio de seu subsistema denominado Sistema
que apresenta, num dado
momento, a situação estática de Controle Físico (SISCOFIS).
do patrimônio da entidade
em termos de ativo, passivo e O SIMATEX efetua o registro completo dos materiais, tanto de consumo quan-
patrimônio líquido.
to permanente, contemplando a identificação, classificação, inclusão e catalo-
gação dos mesmos, através de seu subsistema de catalogação (SISCATEx).

A atividade de catalogação encontra boa definição nas Normas Administrativas


Relativas ao Material de Comunicações Estratégicas, Eletrônica, Guerra Eletrô-
nica e Informática (NARMCEI):

É a atividade que compreende a simbolização (ou


codificação) do material, a organização, confecção,
publicação, distribuição, regulamentação do manuseio

16
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
e a permanente atualização dos boletins e catálogos
de suprimento do EB. Engloba as ações de especificar,
Nota de Lançamento
padronizar, atribuir número de estoque, fixar catego- de Sistema: Documento que
ria, unidade de fornecimento, número de código da permite registrar eventos con-
empresa e índice de mortalidade, identificar a origem tábeis de forma automática.
e a procedência e fixar a equivalência de cada item de Ordem Bancária: É o
documento que permite
suprimento considerado (BRASIL, 2002, p. 9).
registrar o pagamento de
compromissos, bem como a
Esse sistema acompanha o material a partir da fase do seu pagamento até a transferência de recursos en-
sua descarga ou desrelacionamento por meio da [Nota de Lançamento de tre UG, liberação de recursos
para fins de adiantamento,
Sistema] (NS) geradora da [Ordem Bancária], que serve como base de suprimento de fundos, cota,
lançamento no SIMATEX, propriamente dito. repasse, sub-repasse e afins.

Existe tratamento diferenciado para o material de consumo e


para o material permanente, no que diz respeito ao registro
no sistema abordado, sendo que, para ambos, a base para o
registro propriamente dita é a nota de sistema consultada por
meio do SIAFI.

O material de consumo é incluído no SIMATEX e registrado pelo almoxa-


rifado ou por outros depósitos devidamente autorizados. Imediatamente
após essa ação, ele é colocado em estoque, onde aguardará ser retirado.

Já o material permanente é registrado no SIMATEX pela Fiscalização Admi-


nistrativa, que determina através de Boletim Interno, o responsável pelo bem
(indicado pelo Encarregado de Material).

A sistemática para a posse dos bens de consumo e permanente é dada da


seguinte forma:

• Material de consumo – através de um ponto eletrônico (computador),


o usuário autorizado da UA, por meio de uma senha, acessa o SISCOFIS,
faz seu pedido e submete-o à autorização do Fiscal Administrativo e ao
Almoxarife, para possibilitar a retirada física dos itens do depósito.

• Material permanente – tem sua inclusão no registro analítico do


Balanço Patrimonial, cuja visualização só é permitida ao operador da
Fiscalização Administrativa.

A retirada do material do Almoxarifado acontece somente após a


nomeação do responsável em Boletim Interno (BI) e do devido recebi-
mento, o que acarretará em uma transferência de carga.

17
gestão de material e patrimônio - u2
c) SIAFI

O SIAFI é o principal sistema utilizado pelo EB para o uso da contabilidade


pública como instrumento para a gestão de seu patrimônio, tendo o SIASG e o
SIMATEX como suportes importantes para a sua utilização.

É um sistema criado para o registro contábil e para a consulta, acessado


através da internet em página da Rede SERPRO, por meio de senha individu-
al recebida das Inspetorias de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx),
certificando-se, dessa maneira, a identificação precisa do agente e suas ações
ou consultas administrativas.

No tocante à consulta, por meio do SIAFI é possível visualizar dados contábeis


executados na forma orçamentária, oriundos dos registros emanados pelos
agentes da Administração, que dão origem aos demonstrativos financeiros,
como, por exemplo, dados do Balanço Patrimonial – somente contas analíti-
cas, Razão Analítica, Créditos Disponíveis, Diário, Nota de Empenho, Nota de
Lançamento, Nota de Sistema e Ordem Bancária.

A principal consulta feita nesse sistema, precedente da aquisição de materiais,


é a consulta sobre o crédito disponível, designação do próprio sistema para
o recurso orçamentário destinado à UA para ser gasto. Essa informação é obti-
Nota de Movimenta- da por meio de uma [Nota de Movimentação de Crédito] (NC), acompa-
ção de Crédito: É o docu-
nhada de uma mensagem que determina a finalidade para qual o valor deve
mento gerado no SIAFI para
registrar a movimentação ser utilizado, o prazo de empenho e a natureza da despesa.
interna e externa de recursos
orçamentários (créditos) e Nas UG são realizados, por meio do SIAFI, os seguintes importantes registros
suas anulações.
contábeis dos materiais permanentes e dos materiais de consumo formadores
de seu patrimônio, sejam os mesmos referentes ao suprimento recebido dos
Órgãos Provedores (OP) ou ao material adquirido pela própria UA:

• inclusões;

• exclusões;

• reclassificações;

• classificação dos títulos contábeis.

A classificação dos títulos contábeis é realizada fundamentalmente através do


Plano de Contas da União, que pode ser consultado no SIAFI, através da
transação > CONCONTA.

18
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Para que se possa realizar uma adequada administração patrimonial é indispen- Para obter mais informações
e atualizações sobre os mais
sável conhecer o documento “Plano de Contas da União”. Ele inclui como nú-
diversos assuntos referentes
cleo fundamental as contas contábeis e seus respectivos títulos, assim como à administração patrimonial
os mecanismos de lançamento para a realização do movimento patrimonial. no âmbito do EB, consulte
a página da 11ª ICFEx em
www.11icfex.eb.mil.br.
O Plano de Contas é adotado por todas as unidades integrantes do SIAFI, sob
a modalidade de uso total e permite padronizar os registros contábeis dos
atos e fatos administrativos, proporcionando aos agentes da Administração a
obtenção de informações claras e precisas referentes ao patrimônio da UG.

São partes integrantes do Plano de Contas e formam o tripé que apoia o SIAFI:
a Relação de Contas, a Tabela de Eventos e os Indicadores Contábeis.

O usuário do SIAFI deve estar sempre atualizado quanto à uti-


lização do Plano de Contas, pois ocorrem muitas modificações
de Eventos e Contas que devem ser empregados na realização
dos registros contábeis da UG.

Em face dessa dinâmica da gestão patrimonial, as ICFEx informam as referidas


modificações às UG através de mensagens COMUNICA, que devem ser consul-
tadas diariamente no SIAFI, e de Boletins Informativos (BInfo).

2.2 Relação de Contas

As contas contábeis dividem-se em contas do ativo, passivo e redutoras (ou


retificadoras). Estas são contas do ativo com saldo credor, como por exem-
plo, as provisões do ativo, as duplicatas descontadas, ou contas do passivo com
saldo devedor, como por exemplo, juros a vencer. As contas redutoras são dis-
criminadas através do sinal asterisco (*) e em contas-correntes, identificadas
pelo sinal igual (=) e que necessitam de tratamento em nível individualizado.

Em regra, as contas do ativo são devedoras e as do passivo


são credoras. Entretanto, nas contas redutoras (ou retificado-
ras) essa característica está invertida.

19
gestão de material e patrimônio - u2
Pode-se, ainda, dividir as contas em escrituradas, ou seja, admitem registros,
e não escrituradas, ou seja, não admitem registros. As escrituradas podem
ser registradas em quaisquer dos seus níveis, com exceção dos três primeiros
níveis, e subdividem-se em sintéticas, não exigem detalhamento específico
denominado conta-corrente, e analíticas, que exigem conta-corrente.

As contas contábeis estão estruturadas em sete níveis de desdobramento e


são classificadas e codificadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise
da situação patrimonial, conforme apresentado no quadro 1 a seguir:

Conta- corrente Código


1º nível – classe X
2º nível – grupo X
3º nível – subgrupo X
4º nível – elemento X
5º nível – subelemento X
6º nível – item XX
7º - nível – subitem XX
Quadro 1 – Níveis de desdobramento de contas contábeis

O primeiro nível de desdobramento representa a classificação máxima na agre-


gação das contas nas seguintes classes:

• Ativo – inclui contas correspondentes aos bens e direitos, em ordem


decrescente de grau de liquidez, demonstrando a aplicação dos
recursos;

• Passivo – compreende contas relativas às obrigações, em ordem


decrescente de grau de exigibilidade, evidenciando origens dos
recursos aplicados no ativo;

• Despesa – inclui contas representativas dos recursos despendidos na


gestão, a serem computados na apuração do resultado;

• Receita – inclui contas representativas dos recursos auferidos na ges-


tão, a serem computados na apuração do resultado;

• Resultado do Exercício (-) – inclui contas representativas de variações


diminutivas, resultantes ou independentes da execução orçamentária,
a serem computadas na apuração do resultado;

• Resultado do Exercício (+) – inclui contas representativas das varia-


ções positivas da situação líquida do patrimônio e da apuração do
resultado respectivo.

20
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O segundo nível de desdobramento das contas corresponde aos grupos, que
possuem as seguintes classificações e definições conforme as respectivas classes
as quais pertencem:

2.2.1 Classe Ativo (1)

A classe Ativo está subdividida nos grupos:

• Ativo Circulante (1.1) – Compreende as disponibilidades de numerário,


os recursos a receber, as antecipações de despesa, bem como outros
bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do
exercício seguinte.

• Ativo Realizável a Longo Prazo (1.2) – São os bens e direitos realizá-


veis normalmente após o término do exercício seguinte.

• Ativo Permanente (1.4) – Representa os investimentos de caráter per-


manente, as imobilizações, bem como despesas diferidas que contribui-
rão para a formação do resultado de mais de um exercício.

• Ativo Compensado (1.9) – Compreende contas com função precípua


de controle, relacionadas aos bens, direitos, obrigações e situações não
compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, pos-
sam vir a afetá-lo, inclusive as relativas a atos e fatos relacionados com a
execução orçamentária e financeira.

As contas de ativo são debitadas pelo aumento e creditadas


pela diminuição.

2.2.2 Classe Passivo (2)

A classe Passivo (2) está subdividida nos grupos:

• Passivo Circulante (2.1) - Compreende os depósitos, os restos a pagar,


as antecipações de receita, bem como outras obrigações pendentes ou
em circulação, exigíveis até o término do exercício seguinte.

• Exigível a Longo Prazo (2.2) - São as obrigações exigíveis normalmen-


te após o término do exercício seguinte.

• Resultado de Exercícios Futuros (2.3) - Compreende as contas repre-


sentativas de receitas de exercícios futuros, bem como das despesas a
elas correspondentes.

21
gestão de material e patrimônio - u2
• Patrimônio Líquido (2.4) - Representa o capital autorizado, as reservas
de capital e outras que forem definidas, bem como o resultado acumu-
lado não destinado.

• Passivo Compensado (2.9) - Compreende contas com função precípua


de controle, relacionadas aos bens, direitos, obrigações e situações não
compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, pos-
sam vir a afetá-lo, inclusive as relativas a atos e fatos relacionados com a
execução orçamentária e financeira.

As contas do passivo são creditadas pelo aumento e debitadas


pela diminuição.

2.2.3 Classe Despesa (3)

Define-se como despesa pública o conjunto de dispêndios do Estado ou de


outra pessoa de direito público para o funcionamento dos serviços públicos.
Nesse sentido, a despesa é parte do orçamento, ou seja, é aquela em que se
encontram classificadas todas as autorizações para gastos com várias atri-
buições e funções governamentais. Em outras palavras, as despesas públicas
formam o complexo da distribuição e emprego das receitas para custeio de
diferentes setores da administração.

2.2.3.1 Classificação da despesa

Para a classificação da despesa quanto à sua natureza, é necessário analisar


a categoria econômica, o grupo a que pertence, a sua modalidade de
aplicação (se ela vai ser realizada diretamente ou por meio de transferência
a outro organismo ou entidade dentro ou fora do orçamento) e o seu objeto
final do gasto.

Para isso, deve ser usado o conjunto de tabelas (as discriminações das catego-
rias, grupos, modalidades, elementos e subitens apresentados mais adiante),
onde cada título é associado a um número. A agregação desses números, na
sequência a seguir indicada, constituirá o código referente à classificação da
despesa quanto à sua natureza:

22
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
5º e 6º DÍGITOS
2º DÍGITO Indicam o
Indica o Grupo Elemento de
Despesa

1º DÍGITO
Indica a
Categoria
Econômica

7º e 8º DÍGITOS
3º e 4º DÍGITOS
Indicam o
Indicam a
Subelemento
Modalidade de
ou Subitem da
Aplicação
Despesa

As despesas podem ser desdobradas nas seguintes categorias econômicas:

• Despesas correntes – as de pessoal e encargos sociais, juros e encar-


gos da dívida interna e externa e outras despesas correntes, observadas
as conceituações existentes nos dispositivos legais e normas pertinentes
em vigor;

• Despesas de capital – as de investimentos, inversões financeiras, amor-


tização da dívida interna, amortização da dívida externa e outras despesas
de capital, observadas as conceituações legais pertinentes em vigor.

As despesas podem ser desdobradas nos seguintes grupos:

1 Pessoal e Encargos Sociais


São despesas de natureza salarial decorrentes do efetivo exercício de cargo, em-
prego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos proventos
de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de respon-
sabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a
entidades fechadas de previdência, bem como soldo, gratificações e adicionais,
previstos na estrutura remuneratória dos militares, e ainda, despesas com o
ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com a contratação temporária
para atender a necessidade de excepcional interesse público, quando se referir à
substituição de servidores, e despesas com a substituição de mão-de-obra cons-
tantes dos contratos de terceirização quando se tratar de categorias funcionais
abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, exceto nos
casos de cargo ou categoria em extinção, em atendimento ao disposto no Art.
18, § 1º, da Lei Complementar no 101, de 2000.

23
gestão de material e patrimônio - u2
2 Juros e Encargos da Dívida
São despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de ope-
rações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública
mobiliária.

3 Outras Despesas Correntes


São despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias,
contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, despesas com
a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse
público, quando não se referir à substituição de servidores de categorias funcio-
nais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, além de
outras despesas da categoria econômica “Despesas Correntes” não classificáveis
nos demais grupos de natureza de despesa.

4 Investimentos
São despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aqui-
sição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

5 Inversões Financeiras
Despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisi-
ção de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e
com a constituição ou aumento do capital de empresas.

6 Amortização da Dívida
São despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atuali-
zação monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou
mobiliária.

As despesas podem ser desdobradas nas seguintes modalidades de aplicação:

20 Transferências à União
São despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, me-
diante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entida-
des da administração indireta.

30 Transferências a Estados e ao Distrito Federal


São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União
ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entida-
des da administração indireta.

40 Transferências a Municípios
São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou
dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta.

24
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
50 Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entida-
des sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

60 Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos


São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entida-
des com fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

70 Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais


Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades
nacionais, criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação.

80 Transferências ao Exterior
São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos
e entidades governamentais pertencentes a outros países, a organismos interna-
cionais e a fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles que tenham
sede ou recebam os recursos no Brasil.

90 Aplicações Diretas
São aplicações, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriun-
dos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos
Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo.

99 A Definir
Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo, ficando vedada a execu-
ção orçamentária enquanto não houver sua definição.

As despesas podem ser desdobradas nos seguintes elementos:

01 Aposentadorias e Reformas

03 Pensões

04 Contratação por Tempo Determinado

05 Outros Benefícios Previdenciários

06 Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso

07 Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência

08 Outros Benefícios Assistenciais

09 Salário-Família

10 Outros Benefícios de Natureza Social

11 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

12 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar

25
gestão de material e patrimônio - u2
13 Obrigações Patronais

14 Diárias - Civil

15 Diárias - Militar

16 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil

17 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar

18 Auxílio Financeiro a Estudantes

19 Auxílio-Fardamento

20 Auxílio Financeiro a Pesquisadores

21 Juros sobre a Dívida por Contrato

22 Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

23 Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária

24 Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

25 Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita

26 Obrigações decorrentes de Política Monetária

27 Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares

28 Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos

30 Material de Consumo

32 Material de Distribuição Gratuita

33 Passagens e Despesas com Locomoção

34 Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização

35 Serviços de Consultoria

36 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física

37 Locação de Mão-de-Obra

38 Arrendamento Mercantil

39 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

41 Contribuições

42 Auxílios

43 Subvenções Sociais

45 Equalização de Preços e Taxas

26
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
46 Auxílio-Alimentação

47 Obrigações Tributárias e Contributivas

48 Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas

49 Auxílio-Transporte

51 Obras e Instalações

52 Equipamentos e Material Permanente

61 Aquisição de Imóveis

62 Aquisição de Produtos para Revenda

63 Aquisição de Títulos de Crédito

64 Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado

65 Constituição ou Aumento de Capital de Empresas

66 Concessão de Empréstimos e Financiamentos

67 Depósitos Compulsórios

71 Principal da Dívida Contratual Resgatado

72 Principal da Dívida Mobiliária Resgatado

73 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada

74 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada

75 Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por


Antecipação da Receita

76 Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado

77 Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado

81 Distribuição de Receitas

91 Sentenças Judiciais

92 Despesas de Exercícios Anteriores

93 Indenizações e Restituições

94 Indenizações e Restituições Trabalhistas

95 Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo

96 Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado

99 A Classificar

27
gestão de material e patrimônio - u2
A despesa dos materiais de consumo é classificada nos seguintes subelementos:

Subelementos da despesa referente aos materiais de consumo

01 Combustíveis e Lubrificantes Automotivos


Registra o valor das despesas com combustíveis para motores a combustão inter-
na de veículos rodoviários, tratores em geral, embarcações diversas e grupos ge-
radores estacionados ou transportáveis, e todos os óleos lubrificantes destinados
aos sistemas hidráulicos, hidramáticos, de caixa de transmissão de força e graxas
grafitadas para altas e baixas temperaturas. Aditivos - álcool hidratado - fluido
para amortecedor - fluido para transmissão hidráulica - gasolina - graxas - óleo
diesel - óleo para cárter - óleo para freio hidráulico e outros.

02 Combustíveis e Lubrificantes de Aviação


Registra o valor das despesas com combustíveis e lubrificantes destinados a
qualquer tipo de aeronave. Aditivos - gasolina - graxas - óleos e fluidos em geral
- querosene e outros.

03 Combustíveis e Lubrificantes para outras Finalidades


Registra o valor das despesas com combustíveis e lubrificantes para outras finalida-
des que não se enquadram em itens anteriores. Carbureto - carvão mineral - carvão
vegetal - lenha - querosene comum - combustíveis e lubrificantes de uso ferroviário
e outros.

04 Gás e Outros Materiais Engarrafados


Registra o valor das despesas com gás de uso industrial, de tratamento de água,
de iluminação, de uso médico, bem como gases nobres para uso em laboratório
cientifico, tais como: acetileno - carbônico fréon - hélio - hidrogênio - liquefeito
de petróleo - nitrogênio - oxigênio e outros. Registra, ainda, o valor das despesas
com gás, pó químico, água pressurizada e outros materiais utilizados na recarga
de extintores de incêndio.

05 Explosivos e Munições
Registra o valor das despesas com as cargas de projeção utilizadas em peças
de artilharia, mísseis guiados e não guiados, cápsulas ou estojos para recarga e
explosivos de uso militar e paramilitar. Balas e similares - estopim - explosivos,
tais como: artefatos explosivos - artigos pirotécnicos - cápsulas de detonação -
dinamite - espoleta - fogos de artifício - granada - pólvora e outros.

06 Alimentos para Animais


Registra o valor das despesas com alimentos destinados a gado bovino, equino,
muar e bufalino, caprinos, suínos, ovinos, aves de qualquer espécie, como tam-
bém para animais silvestres em cativeiro (jardins zoológicos ou laboratórios) e ou-
tros. Alfafa - alpiste - capim verde - farelo - farinhas em geral - fubá grosso - milho
em grão - ração balanceada - sal mineral - suplementos vitamínicos e outros.

28
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
07 Gêneros de Alimentação
Registra o valor das despesas com gêneros de alimentação ao natural, beneficia-
dos ou conservados. Açúcar - adoçante - água mineral - bebidas - café - carnes
em geral - cereais - chás - condimentos - frutas - gelo - legumes - refrigerantes -
sucos - temperos - verduras e outros.

08 Animais para Pesquisa e Abate


Registra o valor das despesas com animais para pesquisa e abate. Incluem-se
nesta classificação os peixes e mariscos, todas as espécies de mamíferos, abelhas
para estudos, pesquisa e produção de mel, assim como qualquer outro animal
destinado a estudo genético ou alimentação. Boi - cabrito - cobaias em geral -
macaco - rato - rã e outros.

09 Material Farmacológico
Registra o valor das despesas com medicamentos ou componentes destinados à
manipulação de drogas medicamentosas.

10 Material Odontológico

Registra o valor das despesas com materiais utilizados com pacientes na área
odontológica, bem como os utilizados indiretamente pelos protéticos na con-
fecção de próteses diversas. Agulhas - amálgama - anestésicos - broca - cimento
odontológico - espátula odontológica - filmes para raios-X - platina - seringas -
sugador e outros.

11 Material Químico

Registra o valor das despesas com todos os elementos ou compostos químicos


destinados à fabricação de produtos químicos, análises laboratoriais, bem como
aqueles destinados ao combate de pragas ou epizootias. Ácidos - inseticidas -
produtos químicos para tratamento de água - reagentes químicos - sais - solven-
tes - substâncias utilizadas para combater insetos, fungos, bactérias e outros.

12 Material de Coudelaria ou de Uso Zootécnico

Registra o valor das despesas com materiais utilizados no arreamento de animais


destinados a montaria, com exceção da sela, como, também, aqueles destinados
ao adestramento de cães de guarda ou outro animal doméstico. Argolas de me-
tal - arreamento - barrigueiras - bridões - cabrestos - cinchas - cravos - escovas
para animais - estribos - ferraduras - mantas de pano - material para apicultura -
material de ferragem e contenção de animais - peitorais - raspadeiras e outros.

13 Material de Caça e Pesca

Registra o valor das despesas com materiais utilizados na caça e pesca de ani-
mais. Anzóis - cordoalhas para redes chumbadas - iscas - linhas de nylon - más-
caras para visão submarina - molinetes - nadadeiras de borracha - redes - roupas
e acessórios para mergulho - varas e outros.

29
gestão de material e patrimônio - u2
14 Material Educativo e Esportivo

Registra o valor das despesas com materiais utilizados ou consumidor direta-


mente nas atividades educativas e esportivas de crianças e adultos. Apitos - bolas
- bonés - botas especiais - brinquedos educativos - calções - camisas de malha
- chuteiras - cordas - esteiras - joelheiras - luvas - materiais pedagógicos - meias
- óculos para motociclistas - patins - quimonos - raquetes - redes para prática
de esportes - tênis e sapatilhas - tornozeleiras - touca para natação - cartilhas
informativas e outros.

15 Material para Festividades e Homenagens

Registra o valor das despesas com materiais de consumo utilizados em festivida-


des e homenagens, incluindo artigos para decoração e buffet. Arranjos e coroas
de flores - bebidas - doces - salgados - placas comemorativas (exceto as placas
para distribuição gratuita) e outros.

16 Material de Expediente

Registra o valor das despesas com os materiais utilizados diretamente nos traba-
lhos administrativos, nos escritórios públicos, nos centros de estudos e pesqui-
sas, nas escolas, nas universidades etc. Agenda - alfinete de acho - almofada
para carimbos - apagador - apontador de lápis - arquivo para disquete - bandeja
para papéis - bloco para rascunho - bobina papel para calculadoras - borracha
- caderno - caneta - capa e processo - carimbos em geral - cartolina - classifica-
dor - clipe - cola - colchete - corretivo - envelope - espátula - estêncil - estilete -
extrator de grampos - fita adesiva - fita para maquina de escrever e calcular - giz
- goma elástica - grafite - grampeador - grampos - guia para arquivo - guia de
endereçamento postal - impressos formulários em geral - intercalador para fichá-
rio - lacre - lápis - lapiseira - limpa tipos - livros de ata, de ponto e de protocolo
- papéis - pastas em geral - percevejo - perfurador - pinça - placas de acrílico -
plásticos - porta-lápis - registrador - régua - selos para correspondência - tesoura
- tintas - toner - transparências - etiquetas e outros.

17 Material de Processamento de Dados

Registra o valor das despesas com suprimentos de TI, inclusive peças para repo-
sição. Cartuchos de tinta - capas plásticas protetoras para micros e impressoras
- CD-ROM virgem - disquetes - leitora/smartcard - mouse e teclado (reposição)
- mouse pad - peças e acessórios para computadores e periféricos - recarga de
cartuchos de tinta - toner para impressoras a laser - cartões magnéticos - reposi-
ção de leitora/token pen-drive e outros.

18 Materiais e Medicamentos para uso Veterinário

Registra o valor das despesas com materiais e medicamentos para uso veteriná-
rio. Vacinas - medicamentos.

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
19 Material de Acondicionamento e Embalagem

Registra o valor das despesas com materiais aplicados diretamente nas preser-
vações, acomodações ou embalagens de qualquer produto. Arame - barbante
- caixas plásticas, de madeira, papelão e isopor - cordas - engradados - fitas de
aço ou metálicas - fitas gomadoras - garrafas e potes - linha - papel de embru-
lho - papelão - sacolas - sacos e outros.

20 Material de Cama, Mesa e Banho

Registra o valor das despesas com materiais utilizados em dormitórios coletivos,


residênciais, hotéis, restaurantes etc. Cobertores - colchas - colchonetes - fronhas
- guardanapos - lençóis - toalhas - travesseiros e outros.

21 Material de Copa e Cozinha

Registra o valor das despesas com materiais utilizados em refeitórios de qualquer


tipo, cozinhas residenciais, de hotéis, de hospitais, de escolas, de universidades,
de fabricas etc. Abridor de garrafa - açucareiros - artigos de vidro e plástico -
bandejas - coadores - colheres - copos - ebulidores - facas - farinheiros - fósforos
- frigideiras - garfos - garrafas térmicas - paliteiros - panelas - panos de cozinha -
papel alumínio - pratos - recipientes para água - suportes de copos p/ cafezinho
- tigelas - velas - xicaras e outros.

22 Material de Limpeza e Produtos de Higienização

Registra o valor das despesas com materiais destinados à higienização pessoal,


de ambientes de trabalho, de hospitais etc. Álcool etílico - anticorrosivo - apare-
lho de barbear descartável - balde plástico - bomba p/ inseticida - capacho - cera
- cesto p/ lixo - creme dental - desinfetante - desodorizante - detergente - escova
de dentes - escova p/ roupas e sapatos - espanador - esponja - estopa - flanela
- inseticida - lustra-móveis - mangueira - naftalina - pá para lixo - palha de aço
- panos p/ limpeza - papel higiênico - pasta para limpeza de utensílios - porta-
-sabão - removedor - rodo - sabão - sabonete - saco p/ lixo - saponáceo - soda
cáustica - toalha de papel - vassoura e outros.

23 Uniformes, Tecidos e Aviamentos

Registra o valor das despesas com uniformes ou qualquer tecido ou material


sintético que se destine à confecção de roupas, com linhas de qualquer espécie
destinadas a costuras e outros materiais de consumo empregados direta ou in-
diretamente na confecção de roupas. Agasalhos - artigos de costura - aventais -
blusas - botões - cadarços - calçados - calças - camisas - capas - chapéus - cintos
- elásticos - gravatas - guarda-pós - linhas - macacões - meias - tecidos em geral
- uniformes militares ou de uso civil - zíperes e outros.

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gestão de material e patrimônio - u2
24 Material para Manutenção de Bens Imóveis/Instalações

Registra o valor das despesas com materiais de consumo para aplicação, ma-
nutenção e reposição de qualquer bem público. Amianto - aparelhos sanitários
- arames liso e farpado - areia - basculante - boca de lobo - boia - brita - brocha
- cabo metálico - cal - cano - cerâmica - cimento - cola - condutores de fios - co-
nexões - curvas - esquadrias - fechaduras - ferro - gaxetas - grades - impermea-
bilizantes - isolantes acústicos e térmicos - janelas - joelhos - ladrilhos - lavatórios
- lixas - madeira - marcos de concreto - massa corrida - niple - papel de parede
- parafusos - pias - pigmentos - portas e portais - pregos - rolos solventes - sifão
- tacos - tampa para vaso - tampão de ferro - tanque - tela de estuque - telha
- tijolo - tinta - torneira - trincha - tubo de concreto - válvulas - verniz - vidro -
aquecedores a gás e outros.

25 Material para Manutenção de Bens Móveis

Registra o valor das despesas com componentes, peças, acessórios e sobressa-


lentes para aplicação, manutenção e reposição em bens móveis em geral. Cabos
- cilindros p/ máquinas copiadoras - compressor p/ ar condicionado - esferas p/
máquina datilográfica - mangueira p/ fogão - margaridas - peças de reposição
de aparelhos e máquinas em geral - materiais de reposição para instrumentos
musicais e outros.

26 Material Elétrico e Eletrônico

Registra o valor das despesas com materiais de consumo para aplicação, manu-
tenção e reposição dos sistemas, aparelhos e equipamentos elétricos e eletrôni-
cos. Benjamins - bocais - calhas - capacitores e resistores - chaves de ligação -
circuitos eletrônicos - condutores - componentes de aparelho eletrônico - diodos
- disjuntores - eletrodos - eliminador de pilhas - espelhos para interruptores - fios
e cabos - fita isolante - fusíveis - interruptores - lâmpadas e luminárias - pilhas e
baterias - pinos e plugs - placas de baquelite - reatores - receptáculos - resistên-
cias - starts - suportes - tomada de corrente e outros.

27 Material de Manobra e Patrulhamento

Registra o valor das despesas com materiais de consumo utilizados em campa-


nha militar ou paramilitar, em manobras de tropas, em treinamento ou em ação
em patrullhamento ostensivo ou rodoviário, em campanha de saúde publica etc.
Binóculo - carta náutica - cantil - cordas - flâmulas e bandeiras de sinalização
- lanternas - medicamentos de pronto-socorro - mochilas - piquetes - sacolas -
sacos de dormir - sinaleiros e outros.

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
28 Material de Proteção e Segurança

Registra o valor das despesas com materiais de consumo utilizados diretamente


na proteção de pessoas ou bens públicos, para socorro de pessoas e animais ou
para socorro de veículos, aeronaves e embarcações assim como qualquer outro
item aplicado diretamente nas atividades de sobrevivência de pessoas, na selva,
no mar ou em sinistros diversos. Botas - cadeados - calçados especiais - capace-
tes - chaves - cintos - coletes - dedais - guarda-chuvas - lona - luvas - mangueira
de lona - mascaras - óculos - cabina de papelão e outros.

29 Material para Áudio, Vídeo e Foto

Registra o valor das despesas com materiais de consumo de emprego direto em


filmagem e revelação, ampliações e reproduções de sons e imagens. Aetze espe-
cial p/ chapa de papel - álbuns p/ retratos - alto-falantes - antenas - artigos para
gravação em acetato - filmes virgens - fitas virgens de áudio e vídeo - lâmpadas
especiais - material p/ radiografia, microfilmagem e cinematografia - molduras -
papel p/ revelação de fotografias - pegadores - reveladores e outros.

30 Material para Comunicações

Registra o valor das despesas com materiais utilizados em comunicações, assim


como os componentes, circuitos impressos ou integrados, peças ou acessórios
de reposição, chips e partes de equipamentos de comunicação. Materiais para
instalações: radiofônicas, radiotelegráficas, telegráficas e outros.

31 Sementes, Mudas de Plantas e Insumos

Registra o valor das despesas com qualquer tipo de semente destinada a ao


plantio e mudas de plantas frutíferas ou ornamentais, assim como todos os
insumos utilizados para fertilização. Adubos - argila - plantas ornamentais - bor-
bulhas - bulbos - enxertos - fertilizantes - mudas envasadas ou com raízes nuas
- sementes - terra - tubérculos - xaxim e outros.

32 Suprimento de Aviação

Registra o valor das despesas com aquisição de materiais empregados na ma-


nutenção e reparo de aeronaves. Acessórios - peças de reposição de aeronaves
- sobressalentes e outros.

33 Material para Produção Industrial

Registra o valor das despesas com matérias-primas utilizadas na transformação,


beneficiamento e industrialização de um produto final. Borracha - couro - maté-
rias-primas em geral - minérios e outros.

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gestão de material e patrimônio - u2
34 Sobressalentes para Máquinas e Motores de Navios
e Embarcações

Registra o valor das despesas com a aquisição de material utilizado na manu-


tenção e reparo de máquinas e motores de navios, inclusive da esquadra e de
embarcações em geral.

35 Material Laboratorial

Registra o valor das despesas com todos os utensílios usados em análises


laboratoriais. Almofarizes - bastões - bicos de gás - cálices - corantes - filtros
de papel - fixadoras - frascos - funis - garras metálicas - lâminas de vidro p/
microscópio - lâmpadas especiais - luvas de borracha - metais e metaloides p/
análise - pinças - rolhas - vidraria: balão volumétrico - becker - conta-gotas -
erlemeyer - pipetas - provetas - termômetros - tubos de ensaio - material de
laboratório didático e outros.

36 Material Hospitalar

Registra o valor das despesas com todos os materiais de consumo utilizados na


área hospitalar ou ambulatorial. Agulhas hipodérmicas - algodão - cânulas - ca-
téteres - compressa de gaze - drenos - esparadrapo - fios cirúrgicos - lâminas p/
bisturi - luvas - seringas - termômetro clínico - e outros.

37 Sobressalentes de Armamento

Registra o valor das despesas com aquisição de material utilizado na manuten-


ção e reparo de armamento. Material de manutenção e armamento - peças de
reposição e outros.

38 Suprimento de Proteção ao Voo

Registra o valor das despesas com peças de reposição de radares e sistemas de


comunicação.

39 Material para Manutenção de Veículos

Registra o valor das despesas com materiais para aplicação e manutenção de


veículos rodoviários, viaturas blindadas e tratores em geral. Água destilada -
amortecedores - baterias - borrachas - buzina - cabos de acelerador - cabos de
embreagem - câmara de ar - carburador completo - coifa - colar de embreagem
- condensador e platinado - correias - disco de embreagem - ignição - junta
homocinética - lâmpadas e lanternas p/ veículos - lonas e pastilhas de freio -
mangueiras - material utilizado em lanternagem e pintura - motor de reposição
- para-brisa - para-choque - platô - pneus - reparos - retentores - retrovisores -
rolamentos - tapetes - válvula da marcha-lenta e termostática - velas e outros.

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
40 Material Biológico

Registra o valor das despesas com amostras e outros itens de materiais biológi-
cos utilizados em estudos e pesquisas cientificas em seres vivos e inseminação
artificial. Meios de cultura - sêmen e outros.

41 Material para Utilização em Gráfica

Registra o valor das despesas com todos os materiais de consumo de uso gráfi-
co, tais como: chapas de off-set - clichês - cola - espirais - fotolitos - logotipos
- papel - solventes - tinta - tipos e outros.

42 Ferramentas

Registra o valor das despesas com todos os tipos de ferramentas utilizados em


oficinas, carpintarias, jardins etc. Alicate - broca - caixa p/ ferramentas - canivete
- chaves em geral - enxada - espátulas - ferro de solda - foice - lâmina de serra -
lima - machado - martelo - pá - picareta - ponteira - prumo - serrote - tesoura de
podar - trena e outros.

43 Material para Reabilitação Profissional

Registra o valor das despesas com materiais utilizados em programas de reabili-


tação profissional. Bastões - bengalas - joelheiras - meias elásticas e assemelha-
dos - óculos - órteses - pesos - próteses - instrumentos de trabalho e implemen-
tos profissionais.

44 Material de Sinalização Visual e Outros

Registra o valor das despesas com materiais utilizados para identificação - si-
nalização visual - endereçamento e outros. Placas de sinalização em geral - tais
como - placas indicativas para o setores e seções - placas para veículos - plaque-
tas para tombamento de material - placas sinalizadoras de trânsito - cones sinali-
zadores de trânsito - crachás - bótons identificadores para servidores e outros.

45 Material Técnico para Seleção e Treinamento

Registra o valor das apropriações das despesas com materiais técnicos utilizados
em processos de seleção e treinamento pela própria [unidade gestora] ou para Unidade Gestora: É a
distribuição não gratuita, tais como: apostilas e similares - folhetos de orientação Unidade orçamentária ou
- livros - manuais explicativos para candidatos e outros. administrativa investida do
poder de gerir recursos orça-
46 Material Bibliográfico mentários e financeiros, pró-
prios ou sob descentralização.
Registra o valor das despesas com material bibliográfico tais como: jornais -
revistas - periódicos em geral - anuários médicos - anuário estático - livros em
geral e outros, podendo estar na forma de CD-ROM e materiais bibliográficos
para bibliotecas públicas, conforme manual SIAFI código 02.11.35.

35
gestão de material e patrimônio - u2
48 Bens Móveis não Ativáveis

Registra o valor das despesas com aquisição de bens móveis de natureza perma-
nente não ativáveis, ou seja, aqueles considerados como despesa operacional,
para fins de dedução de imposto de renda, desde que atenda às especificações
contidas no artigo 301 do RIR (Regulamento de Imposto de Renda). Esta conta
é utilizada exclusivamente pelas unidades regidas pela Lei 6.404/76 (Lei das
Sociedades Anônimas).

49 Bilhetes de Passagem

Registra o valor das despesas com aquisição de bilhetes de passagem para guar-
da em estoque.

50 Bandeiras, Flâmulas e Insígnias

Registra o valor das despesas com aquisição de bandeiras, flâmulas e insígnias, a


saber: brasões, escudos, Armas da República, Selo Nacional e outros.

51 Discotecas e Filmotecas não Imobilizável

Registra o valor das despesas com discos, CD e coleções de fitas gravadas com
músicas e fitas cinematográficas de caráter educativo, científico e informativo,
cuja defasagem contábil ocorra em um prazo máximo de dois anos e que atenda
os parâmetros excludentes de material permanente. Disco educativo - fita de
áudio e vídeo com aula de caráter educativo, microfilme e outros.

52 Material de Caráter Secreto ou Reservado

Registra o valor das despesas com materiais de caráter sigiloso constantes em


regulamento do órgão.

53 Material Meteorológico

Registra o valor das despesas com material meteorológico, tais como: radiosson-
das - balão de látex e outros.

54 Material para Manutenção e Conservação de Estradas e Vias

Registra o valor das despesas com materiais para reparos, recuperações e adap-
tações de estradas, ferrovias e rodovias.

55 Selos para Controle Fiscal

Registra o valor das despesas com aquisição de selos/chancelas para controle


fiscal. Selos de controle de cigarros, de bebidas etc.

57 Material de Marcação da Fauna Silvestre

Registra o valor das despesas com materiais utilizados na identificação individual


(marcação) dos espécimes de espécies silvestres em criadores, mantenedores
e jardins zoológicos. Mamíferos: tatuagens, brincos, microchip; aves: anilhas,
braçadeira / brinco de asa, microchip; repteis: lacres e microchip.

36
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
58 Sobressalente para Máquinas e Equipamentos para
Produção Industrial

Registra o valor das despesas com a aquisição de material utilizado na manuten-


ção e reparo de máquinas e equipamentos industriais.

59 Material para Divulgação

Registra o valor das despesas com aquisição de material para divulgação insti-
tucional ou promocional do governo e de interesse público. Banner - painéis ilus-
trativos para divulgação de eventos - faixas promocionais - placas e outros.

84 Integração de Dados de Estados e Municípios

Registra o valor das despesas decorrentes da integração dos balancetes dos


Estados e Municípios.

89 Material de Consumo - Repartições no Exterior

Registra o valor das despesas com aquisição de material de consumo utilizados


na manutenção de embaixadas, consulados, vice-consulados, missões diplomáti-
cas e outras repartições sediadas no exterior.

91 Variação Cambial Negativa

Registra o valor das despesas com variação cambial, incidente sobre obrigações,
decorrentes de cláusula contratual ou de equivalência de moedas na rotina de
suprimento de fundos.

96 Material de Consumo - Pagamento Antecipado

Registra o valor das apropriações das despesas referentes ao pagamento anteci-


pado, com material de consumo, para posterior prestação de contas.

A despesa dos materiais permanentes é classificada nos seguintes subelementos:

Subelementos da despesa referente aos materiais permanentes

02 Aeronaves
Registra o valor das despesas com qualquer tipo de aeronave de asa fixa ou asa
rotativa. Avião - balão - helicóptero - planador - ultraleve e outros.

04 Aparelhos de medição e orientação


Registra o valor das despesas com todos os aparelhos de medição ou contagem.
Quando estes aparelhos forem incorporados a um equipamento maior serão os
mesmos considerados componentes. Amperímetro, aparelho de medição me-
teorológica, balanças em geral, bússola e calibrador de pneus - condutivímetro
- cronômetro - espectrofotômetro - hidrômetro - magneto metro - nanômetro
- medidor de gás - mira-falante - níveis topográficos - osciloscópio - paquímetro
- pirômetro - planímetro - psicrômetro - relógio medidor de luz sonar - sonda
taquímetro telêmetro - teodolito turbímetro navegador GPS e outros.

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gestão de material e patrimônio - u2
06 Aparelhos e Equipamentos de Comunicação
Registra o valor das despesas com todo material considerado permanente,
portátil ou transportável, de uso em comunicações, que não se incorporem em
instalações, veículos de qualquer espécie, aeronaves ou embarcações. Antena pa-
rabólica - aparelho de telefonia - bloqueador telefônico - central telefônica - de-
tector de chamadas telefônicas - fac-símile - fonógrafo - interfone - PABX - rádio
receptor - rádio telegrafia - rádio telex - rádio transmissor - secretária eletrônica
- tele-speaker e outros.

08 Aparelhos e Equipamentos de Utensílios Médicos,


Odontológicos, Laboratoriais e Hospitalares
Registra o valor das despesas com qualquer aparelho, utensílio ou equipamento
de uso médico, odontológico, laboratorial e hospitalar que não se integrem a
instalações ou a outros conjuntos monitores. No caso de fazerem parte de insta-
lações ou outros conjuntos, deverão ser considerados componentes. Afastador -
alargador - aparelho de esterilização - aparelho de Raio- X - aparelho de trans-
fusão de sangue - aparelho infravermelho - aparelho para inalação - aparelho de
ultravioleta - balança pediátrica - berço aquecido - biombo - boticão - cadeira de
dentista - cadeira de rodas - câmara de infravermelho - câmara de oxigênio - câ-
mara de radioterapia - carro maca - centrifugador - destilador - eletroanalisador
- eletrocardiográfico - estetoscópio - estufa - maca - medidor de pressão arterial
(esfignomanômetro) - megascópio - mesa para exames clínicos - microscópio -
tenda de oxigênio termocautério e outros.

10 Aparelhos e Equipamentos para Esportes e Diversões


Registra o valor das despesas com instrumentos, aparelhos e utensílios destina-
dos a qualquer modalidade de esportes e diversões de qualquer natureza, desde
que não integrados a instalações de ginásios de esportes, centros esportivos,
teatro, cinema etc. Arco baliza - barco de regata - barra - bastão - bicicleta
ergométrica - carneiro de madeira - carrossel - cavalo - dardo - deslizador - disco
- halteres - martelo - peso - placar - remo - vara de salto e outros.

12 Aparelhos e Utensílios Domésticos


Registra o valor das despesas com aquisição de eletrodomésticos em geral e
utensílios domésticos, com durabilidade superior a dois anos, utilizados em órgãos
públicos, tais como: aparelhos de copa e cozinha - aspirador de pó - batedeira
- botijão de gás - cafeteira elétrica - chuveiro ou ducha elétrica - circulador de ar
- conjunto de chá/café/jantar -escada portátil - enceradeira - exaustor - faqueiro
- filtro de agua - fogão - forno de micro-ondas - geladeira - grill -liquidificador -
máquina de lavar louça - máquina de lavar roupa -máquina de moer café - máqui-
na de secar pratos - secador de prato - tábua de passar roupas - torneira elétrica
- umidificador de ar - aparelho de ar condicionados (tipo de embutir, portátil e
split) e outros.

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
14 Armamentos
Registra o valor das despesas com todas as armas de porte, portáteis e transpor-
táveis, de tiro tenso. Todas as armas portáteis transportáveis autopropulsionadas,
de tiro curvo, centrais de tiro, rebocáveis ou motorizadas, rampas lançadoras de
foguetes motorizadas e outros apetrechos bélicos. Fuzil - metralhadora - pistola
- revólver e outras.

18 Coleções e Materiais Bibliográficos


Registra o valor das despesas com coleções bibliográficas de obras científicas,
românticas, contos e documentários históricos e outros, mapotecas, dicionários,
enciclopédias, periódicos encadernados etc. Álbum de caráter educativo - cole-
ções e materiais bibliográficos informatizados - dicionários - enciclopédia - ficha
bibliográfica - jornal e revista (que constitua documentário) - livro - mapa -
material folclórico - partitura musical - publicações e documentos especializados
- repertório legislativo e outros.

19 Discotecas e Filmotecas
Registra o valor das despesas com discos, CD e coleções de fitas gravadas com
musicas e fitas cinematográficas de caráter educativo, cientifico e informativo.
Disco educativo - fita de áudio e vídeo com aula de caráter educativo, microfilme
e outros.

20 Embarcações

Registra o valor das despesas com todas as embarcações fluviais, lacustres ou


marítimas, exceto os navios graneleiros, petroleiros e transportadores de passa-
geiros que são considerados como bens imóveis. Canoa - casa flutuante - chata
- lancha - navio - rebocador - traineira e outros.

22 Equipamentos de Manobra e Patrulhamento

Registra o valor das despesas com todos os materiais permanentes utilizados em


manobras militares e paramilitares, assim como aqueles utilizados em qualquer
patrulhamento ostensivo. Barraca - bloqueios - cama de campanha - farol de
comunicação - mesa de campanha - paraquedas - pistola de sinalização - sirene
de campanha e outros.

24 Equipamento de Proteção, Segurança e Socorro

Registra o valor das despesas com todos os materiais permanentes utilizados


na proteção e segurança de pessoas ou bens públicos, como também qualquer
outro utilizado para socorro diverso ou sobrevivência em qualquer ecossiste-
ma. Alarme - algema - arma para vigilante - barraca para uso não militar - boia
salva-vida - cabine para guarda (guarita) - cofre - extintor de incêndio - para-
-raios - sinalizador de garagem - porta giratória - circuito interno de televisão,
catracas e outros.

39
gestão de material e patrimônio - u2
26 Instrumentos Musicais e Artísticos

Registra o valor das despesas com todos os instrumentos de cordas, sopro ou


percussão, como, também, outros instrumentos utilizados pelos artistas em
geral. Clarinete - guitarra - pistão - saxofone - trombone - xilofone e outros.

28 Máquinas e Equipamentos de Natureza Industrial

Registra o valor das despesas com qualquer máquina, aparelho ou equipamen-


to empregado na fabricação de produtos ou no recondicionamento de outros.
Balcão frigorífico - betoneira - exaustor industrial - forno e torradeira industrial
- geladeira industrial - máquina de fabricação de laticínios - máquina de fabrica-
ção de tecidos e outros.

30 Máquinas e Equipamentos Energéticos

Registra o valor das despesas com máquinas, aparelhos e equipamentos não in-
corporáveis a instalações, destinados a geração de energia de qualquer espécie.
Alternador energético - carregador de bateria - chave automática - estabilizador
- gerador - haste de contato - nobreak - poste de iluminação - retificador - trans-
formador de voltagem - trilho - truck - tunga - turbina (hidrelétrica) e outros.

32 Máquinas e Equipamentos Gráficos

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, aparelhos e equipamentos


utilizados em reprografia ou artes gráficas. Aparelho para encadernação - copia-
dora - cortadeira elétrica - costuradora de papel - duplicadora - grampeadeira -
gravadora de extenso - guilhotina - linotipo - máquina de off-set - operadora de
ilhoses - picotadeira - teleimpressora e receptadora de páginas e outros.

33 Equipamentos para Áudio, Vídeo e Foto

Registra o valor das despesas com aquisição de equipamentos de filmagem,


gravação e reprodução de sons e imagens, bem como os acessórios de durabi-
lidade superior a dois anos. Amplificador de som - caixa acústica - data show
- eletrola - equalizador de som - filmadora - flash eletrônico - fone de ouvido -
gravador de som - máquina fotográfica - microfilmadora - microfone - objetiva
- projetor.- rádio - rebobinadora - retroprojetor - sintonizador de som - tanques
para revelação de filmes - tapedeck - televisor - tela para projeção - toca discos -
videocassete e outros.

34 Máquinas, Utensílios e Equipamentos Diversos

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, aparelhos e equipamen-


tos que não estejam enquadrados nos demais grupos específicos. Aparador de
grama - bebedouro - carrinho de feira - container - furadeira - maleta executiva
- urna eleitoral - ventilador de coluna e de mesa e outros.

40
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
35 Equipamentos de Processamento de Dados

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, aparelhos e equipamen-


tos utilizados em processamento de dados de qualquer natureza, exceto quan-
do for aquisição de peças destinadas à reposição diretamente ao equipamento
ou mesmo para estoque. Caneta ótica - computador - controladora de linhas
- urna eletrônica - disco e fita magnéticos - impressora - kit multimídia - lei-
tora - micro e minicomputadores de mesa - digitalizadora - modem - monitor
de vídeo - placas - processador - scanner - teclado para micro - leitora/token -
leitora/smartcard e outros.

36 Máquinas, Instalações e Utensílios de Escritório

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, aparelhos e utensílios utili-
zados em escritório e destinados ao auxilio do trabalho administrativo. Aparelho
rotulador - apontador fixo (de mesa) - caixa registradora - carimbo digitador de
metal - compasso - estojo para desenho - globo terrestre - grampeador (exceto
de mesa) - máquina autenticadora - máquina de calcular - máquina de contabili-
dade - máquina de escrever - máquina franqueadora - normógrafo - pantógrafo
- quebra-luz (luminária de mesa) - régua de precisão - régua T - relógio protoco-
lador e outros.

38 Máquinas, Ferramentas e Utensílios de Oficina

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, ferramentas e utensílios


utilizados em oficinas mecânicas, marcenaria, carpintaria e serralheria, não
incluindo ferramentas que não façam parte de um conjunto, nem tão pouco
materiais permanentes utilizados em oficinas gráficas. Analisador de motores -
arcos de serra - bomba para esgotamento de tambores - compressor de ar - con-
junto de oxigênio - conjunto de solda - conjunto para lubrificação - desbastadei-
ra - desempenadeira - elevador hidráulico - esmerilhadeira - extrator de precisão
- forja - fundidora para confecção de broca - laminadora - lavadora de carro
- lixadeira - macaco mecânico e hidráulico - mandril - marcador de velocidade
- martelo mecânico - níveis de aço ou madeira - pistola metalizadora - polidora
- prensa - rebitadora - recipiente de ferro para combustíveis - saca-pino - serra
de bancada - serra mecânica - talhas - tanques para água - tarraxa - testadora -
torno mecânico - vulcanizadora e outros.

39 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

Registra o valor das despesas com equipamentos destinados à instalação,


conservação e manutenção de sistemas hidráulicos e elétricos. Bomba d’água
- bomba de desentupimento - bomba de irrigação - bomba de lubrificação -
bomba de sucção e elevação de água e de gasolina - carneiro hidráulico - desi-
dratadora - máquina de tratamento de água - máquina de tratamento de esgoto
- máquina de tratamento de lixo - moinho - roda d’água e outros.

41
gestão de material e patrimônio - u2
40 Máquinas e Equipamentos Agrícolas e Rodoviários

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, tratores e equipamentos


utilizados na agricultura, na construção e conservação de estradas. Arado - car-
regadora - ceifadeira - compactador - conjunto de irrigação - conjunto moto-
-bomba para irrigação - cultivador - desintegrador - escavadeira - forno e estufa
de secagem ou amadurecimento - máquinas de beneficiamento - microtrator -
misturador de ração - moinho agrícola - motoniveladora - motosserra - pasteuri-
zador - picador de forragens - plaina terraceadora - plantadeira - pulverizador de
tração animal ou mecânica - rolo compressor - roçadeira - semeadeira - silo para
depósito de cimento - sulcador - trator de roda e esteira e outros.

42 Mobiliário em Geral

Registra o valor das despesas com móveis destinados ao uso ou decoração inte-
rior de ambientes. Abajur - aparelho para apoiar os braços - armário - arquivo
de aço ou madeira - balcão (tipo atendimento) - banco - banqueta - base para
mastro - cadeira - cama - carrinho fichário - carteira e banco escolar - charter
negro - cinzeiro com pedestal - colchão - criado mudo - cristaleira - escrivaninha
- espelho - moldura - estante de madeira ou aço - estofado - flipsharter - guar-
da-louça, guarda-roupa, mapoteca, mesa, penteadeira, poltrona, porta-chapéus,
prancheta para desenho - quadro de chaves - quadro imantado - quadro para
editais e avisos - relógio de mesa/parede/ponto - roupeiro - sofá - suporte para
TV e vídeo - suporte para bandeira (mastro) - vitrine e outros.

44 Obras de Arte e Peças para Exposição

Registra o valor das despesas com objetos de valor artístico e histórico desti-
nados à decoração ou exposição em geral (em museus, galerias, hall, prédios pú-
blicos e outros). Alfaias em louça - documentos e objetos históricos - esculturas
- fotos históricas - gravuras - molduras - peças em marfim e cerâmica - pedestais
especiais e similares - pinacotecas completas - pinturas em tela - porcelana -
tapeçaria - trilhos para exposição de quadros e outros.

46 Semoventes e Equipamentos de Montaria

Registra o valor das despesas com animais para trabalho, produção, reprodução
ou exposição e equipamentos de montaria. Animais não destinados a laborató-
rio ou corte - animais para jardim zoológico - animais para produção, reprodu-
ção e guarda - animais para sela e tração - selas e outros.

48 Veículos Diversos

Registra o valor das despesas com veículos não contemplados em subitens espe-
cíficos. Bicicleta - carrinho de mão - carroça - charrete - empilhadeira e outros.

42
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
49 Equipamento e Material Sigiloso e Reservado

Registra o valor das apropriações das despesas com equipamentos e material


permanentes - despesas de caráter sigiloso e reservado.

50 Veículos Ferroviários

Registra o valor das despesas com veículos empregados em estradas de ferro.


Locomotiva - prancha - reboque - tender - vagão para transporte de carga ou
passageiros e outros.

51 Peças não Incorporáveis a Imóveis

Registra o valor das despesas com materiais empregados em imóveis e que


possam ser removidos ou recuperados. Biombos - carpetes (primeira instalação)
- cortinas - divisórias removíveis - estrados - persianas - tapetes - toldo - grades -
mastro para fixação de antena de rádio.

52 Veículos de Tração Mecânica

Registra o valor das despesas com veículos de tração mecânica, tais como: am-
bulância - automóvel - basculante - caçamba - caminhão - carro-forte - consul-
tório volante - furgão - lambreta - micro-ônibus - motocicleta - ônibus - rabecão
- vassoura mecânica - veículo coletor de lixo e outros.

54 Equipamentos, Peças e Acessórios Aeronáuticos

Registra o valor das despesas com equipamentos, peças e acessórios aeronáuti-


cos, tais como: hélice - microcomputador de bordo - turbina e outros.

56 Equipamentos, Peças e Acessórios de Proteção Ao Voo

Registra o valor das despesas com equipamentos, peças e acessórios de proteção


ao voo, tais como: radar - rádio e outros.

57 Acessórios para Veículos

Registra o valor das despesas com acessórios para veículos que possam ser de-
sincorporados, sem prejuízo dos mesmos, para aplicação em outro veículo, tais
como: ar condicionado - capota - rádio/toca-fitas e outros.

58 Equipamentos de Mergulho e Salvamento

Registra o valor das despesas com equipamentos destinados às atividades de mer-


gulho e salvamento marítimo. escafandro - jet-ski - tanque de oxigênio e outros.

60 Equipamentos, Peças e Acessórios Marítimos

Registra o valor das despesas com equipamentos, peças e acessórios marítimos,


tais como: instrumentos de navegação - instrumentos de medição do tempo -
instrumentos óticos - instrumentos geográficos e astronômicos - instrumentos e
aparelhos meteorológicos e outros.

43
gestão de material e patrimônio - u2
83 Equipamentos e Sistema de Proteção e Vigilância Ambiental

Registra o valor das despesas com equipamentos e sistema de proteção e vigilân-


cia ambiental.

87 Material de Consumo de Uso Duradouro

Registra o valor das apropriações das despesas com materiais de consumo con-
trolados como de uso duradouro.

A seguir, são apresentados exemplos da classificação de despesas com mate-


rial de consumo e com material permanente, de maneira detalhada. Esses
exemplos representam a maior quantidade de despesas realizadas em uma UA,
em relação aos materiais de consumo e materiais permanentes.

a) 3.3.90.30.16:

3 → despesas correntes (categoria econômica)

3 → outras despesas correntes (grupo de despesa)

90 → aplicações diretas (modalidade de aplicação)

30 → material de consumo (elemento de despesa)

16 → material de expediente (subelemento de despesa)

b) 4.4.90.52.58:

4 → despesas de capital (categoria econômica)

4 → investimentos (grupo de despesa)

90 → aplicações diretas (modalidade de aplicação)

52 → equipamentos e material permanente (elemento de despesa)

58 → equipamentos de mergulho e salvamento (subelemento de


despesa)

44
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2.2.3.2 Estágios da Despesa

Há uma série de estágios pelos quais as despesas passam. Esses estágios po-
dem ser definidos como empenho, liquidação e pagamento.

a) 1° Estágio – empenho

A Lei 4.320/64 define o empenho como “o ato emanado de autoridade com-


petente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de
implemento de condição”.

A mesma lei em seu Art. 58 descreve em seus §§ 2º e 3º, respectivamente, que


“será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa
determinar” e que “é permitido o empenho global de despesas contratuais e
outras sujeitas a parcelamento”. Logo, o empenho poderá ser normal (para
montante de despesa exata conhecida), estimativo (para quando não se
puder prever as quantidades certas e exatas que serão contratadas), e global
(para quando puder haver pagamentos parcelados).

Ao emitir um empenho, o [Ordenador de Despesas] (OD) deve deduzir seu Ordenador de Des-
valor da dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso pesas: Qualquer autoridade
cujos atos resultem emissão
assumido, não podendo, jamais, o valor exceder o saldo da dotação. de empenho, autorização
de pagamento, suprimento
O empenho será formalizado no documento denominado Nota de Empenho, ou dispêndio de recursos
no qual constará o nome do credor, a especificação e importância da despesa, da União ou pelos quais
responda.
bem como os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária
e ao acompanhamento da programação financeira.

b) 2° Estágio – liquidação

A liquidação da despesa compreende o 2º estágio da despesa e é caracterizada


pela entrega da obra, bens, materiais ou serviços, objeto do contrato, ou seja,
é verificado se o contrato foi efetivamente cumprido pelo fornecedor.

A Lei 4.320/64, em seu Art. 63, define que a liquidação da despesa “consiste
na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito”.

É importante ressaltar que a liquidação da despesa, em geral, é realizada pelo


Almoxarife ou por outros chefes de depósitos, da UG, materializando-se por
um carimbo e assinatura no verso da nota fiscal.

Imediatamente depois de realizada a liquidação, a nota fiscal deve ser remetida


para o Setor Financeiro para pagamento. Assim que a nota fiscal, devidamente

45
gestão de material e patrimônio - u2
liquidada e preenchida é recebida pelo Setor financeiro deve ser realizada a
contabilização da despesa.

A contabilização da despesa, através de seu registro contábil, é realizada nas


UG pelo Encarregado do Setor Financeiro ou auxiliar de seu Setor, por meio
do SIAFI, no Subsistema de Contas a Pagar e a Receber (CPR). Nesse momen-
to, o patrimônio da UA sofre alterações devido ao recebimento dos materiais,
criando-se uma obrigação em relação ao pagamento que deverá ser efetivado.

A contabilização dos fatos modificativos é idêntica à con-


tabilização dos fatos permutativos, com exceção do último
lançamento que se refere à entrada dos bens ou direitos no
ativo ou do registro das obrigações no passivo decorrentes da
despesa orçamentária.

É comum o termo liquidação ser empregado de maneira equi-


vocada no âmbito da gestão patrimonial, por ocasião da rea-
lização da despesa, causando dúvidas e, até mesmo, erros. A
liquidação não consiste no seu pagamento, mas sim, na Admi-
nistração atestar, em documento hábil, se a obrigação contraí-
da pelo fornecedor foi plenamente cumprida, isto é, se a em-
presa entregou o material, realizou a obra ou prestou o serviço.

c) 3° Estágio – pagamento

O pagamento da despesa compreende o terceiro estágio da despesa e consiste


no despacho exarado por autoridade competente, Ordenador de Despesas ou
substituto legal, determinando que a despesa seja paga.

Se a despesa ocorrer por meio de recursos do Fundo do Exército (FEx), deno-


minado UG Secundária, o pagamento será imediatamente realizado, porém,
caso a despesa tenha sido feita com recursos da UG Primária, o pagamento
deverá ser efetuado após o recebimento do numerário, que será desembolsado
automaticamente pela Diretoria de Contabilidade (DCont).

Para o cumprimento do terceiro estágio da despesa, a Unidade Gestora, atra-


vés de seu Setor Financeiro, deverá emitir o documento Bancária (OB).

46
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2.2.4 Classe Receita (4)

Receita pública é todo recurso obtido pelo Estado para atender às despesas
públicas, devendo ser computado na apuração do resultado do exercício.

As receitas públicas desdobram-se nas seguintes categorias econômicas:

• Receitas Correntes (4.1) - Compreendem as receitas tributárias,


contribuições patrimoniais, industriais, agropecuárias, serviços e outras
de natureza semelhante, bem como as provenientes de transferências
correntes, observadas as conceituações legais pertinentes em vigor.

Nas UG, são comuns as receitas correntes provenientes da exploração


econômica de bens da União, tais como: Cessão de Uso, Permissão de
Uso, Locação, Aluguel, Arrendamento e Concessão de Direito Real de
Uso Resolúvel.

Essas receitas, em regra, devem ser depositadas no FEx, denominado UG


Secundária, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), sendo
que, através desses recursos a OM pode realizar aquisições após solicitar
e receber o respectivo crédito.

• Receitas de Capital (4.2) - Correspondem à constituição de dívidas,


conversão em espécie de bens e direitos, amortizações, utilização de
saldos de exercícios anteriores ou de reservas e outras de natureza seme-
lhante, bem como as provenientes de transferências de capital, observa-
das as normas legais pertinentes em vigor.

2.2.4.1 Estágios da Receita

As receitas passam por quatro estágios, que podem ser definidos como pre-
visão, lançamento, arrecadação e recolhimento.

• Previsão – é a estimativa do que se espera arrecadar durante o exercício.

• Lançamento – é a identificação do devedor ou da pessoa do contri-


buinte. A Lei 4.320/64 define o lançamento da receita como o ato da
repartição competente que verifica a procedência do (2° estágio) crédito
fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

• Arrecadação – é o momento em que o contribuinte recolhe ao agente


arrecadador o valor do seu débito.

• Recolhimento – é o momento em que o agente arrecadador recolhe o


produto arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal.

47
gestão de material e patrimônio - u2
2.2.5 Classe Resultado Diminutivo do Exercício (5)

O Resultado Diminutivo do Exercício inclui os seguintes grupos:

• Resultado Orçamentário (5.1) - Corresponde às despesas, interferên-


cias passivas (financeiras) e as mutações patrimoniais passivas resultan-
tes da execução orçamentária (fatos permutativos).

• Resultado Extraorçamentário (5.2) - Abrange as despesas extraor-


çamentárias, as interferências passivas (financeiras e patrimoniais) e os
decréscimos patrimoniais de bens, direitos e obrigações independentes
da execução orçamentária (fatos modificativos).

2.2.6 Classe Resultado Aumentativo do Exercício (6)

O Resultado Aumentativo do Exercício inclui os seguintes grupos de contas:

• Resultado Orçamentário (6.1) - Representa as receitas, interferências


ativas (financeiras) e as mutações patrimoniais ativas resultantes da exe-
cução orçamentária (permutativas).

• Resultado Extra-Orçamentário (6.2) - Abrange as receitas extraor-


çamentárias, as interferências ativas (financeiras e patrimoniais) e os
acréscimos patrimoniais (de bens, direitos e obrigações) independentes
da execução orçamentária (fatos modificativos).

• Resultado Patrimonial (6.3) - É uma conta transitória utilizada no


encerramento do exercício para demonstrar a apuração do resultado
patrimonial do exercício que poderá resultar num superávit (quando as
variações ativas forem maiores do que as passivas) ou déficit (quando as
variações ativas forem menores do que as passivas).

2.2.7 Estrutura do Plano de Contas em nível de Classe / Grupo

O quadro 2, a seguir, representa um resumo das classes de contas do plano


de contas da União, indicando a posição do ativo circulante, do ativo perma-
nente, das despesas e das receitas, ressaltando-se que as contas do ativo são
devedoras e as do passivo são credoras.

48
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
1 ATIVO 2 PASSIVO

2.1 circulante
1.1 circulante
2.2 exigível a longo prazo
1.2 realizável a longo prazo
2.3 resultado de exercícios futuros
1.4 permanente
2.4 patrimônio líquido
1.9 compensado
2.9 compensado

3 DESPESA 4 RECEITA

3.3 despesas correntes 4.1 receitas correntes

3.4 despesas de capital 4.2 receitas de capital

5 RESULTADO DO EXERCÍCIO (-) 6 RESULTADO DO EXERCÍCIO (+)

6.1 resultado orçamentário


5.1 resultado orçamentário
6.2 resultado extraorçamentário
5.2 resultado extraorçamentário
6.3 resultado patrimonial

Quadro 2 – Classes de contas do plano de contas da União

2.3 Tabela de Eventos

Os Eventos são os instrumentos utilizados para automatizar o processo de


escrituração dos fatos administrativos ocorridos na UG, através do SIAFI, sendo
formados por seis algarismos que indicam:

XXYYZZZ → XX – Classe de evento

→ YY – Tipo de utilização

→ ZZZ – Código sequencial

Os eventos e o seu detalhamento podem ser encontrados pelos agentes respon-


sáveis pelos registros contábeis no SIAFI, através da transação > CONEVENTO
(consulta evento).

49
gestão de material e patrimônio - u2
2.3.1 Classe de Evento

O quadro 3, a seguir, tem por finalidade discriminar as classes dos eventos,


que são utilizadas para realização de lançamentos contábeis, indicando as
respectivas finalidades, bem como os respectivos documentos gerados no
ambiente do SIAFI.

CLASSE FINALIDADE DOCUMENTO BÁSICO

10 Previsão de Receitas NL ou NS

20 Dotação de Despesa ND

30 Movimentação de Crédito NC

40 Empenho da Despesa NE

50 Aprop, Ret, Liq e outros NL ou NS

51 Apropriação de Despesa NL ou NS

52 Retenção de Obrigações NL ou NS

53 Liquidação de Obrigações NL ou NS

NL, NS, OB, DF, GP, DR,


54 / 58 Registros Diversos
GR, PF, GF e RA

55 Apropriação de Direitos NL ou NS

56 Liquidação de Direitos NL ou NS

61 Liquidação de Restos a Pagar NL ou NS

70 Transferências Financeiras NL, NS, OB e PF

80 Receitas NL, NS e RA

Quadro 3 – Eventos: classe/finalidade/documentos

2.3.2 Tipo de Utilização

A utilização dos eventos é gerada, em regra, automaticamente no sistema de


contas a pagar e a receber (CPR), utilizado pelo setor financeiro. Os eventos
são usados manualmente, principalmente na elaboração de NL para apropria-
ção de materiais na fiscalização administrativa. Não há necessidade de decorá-
-los, pois eles podem ser consultados no SIAFI.

Alguns exemplos de tipos de utilização:

50
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
a. Quanto ao roteiro

1. Evento principal (30.0.063)

2. Evento complementar (40.3.444)

b. Quanto ao usuário

1. Evento do gestor (54.0.450)

2. Evento do sistema (40.1.091)

c. Quanto à situação

1. Evento normal (80.0.887)

2. Evento de estorno (54.5.127)

d. Tabela de tipo de Utilização dos Eventos

Roteiro Principal Complementar

Usuário Gestor Sistema Gestor Sistema

Situação Normal Estorno Normal Estorno Normal Estorno Normal Estorno

Tipo Tipo 0 Tipo 5 Tipo 1 Tipo 6 Tipo 2 Tipo 7 Tipo 3 Tipo 8

2.4 Indicadores contábeis

Os indicadores contábeis são ferramentas do SIAFI utilizadas para restringir ou


minimizar a ocorrência de erros de registros contábeis.

Deve-se utilizar a transação > CONINDICONT (consulta indicadores contábeis)


para se obter informações sobre os indicadores utilizados na contabilidade,
sendo bastante importantes para a administração da UG os Indicadores de
Tabela de Eventos e os Indicadores da Tabela do Plano de Contas.

51
gestão de material e patrimônio - u2
3 Registro contábil da variação
patrimonial e nota de lançamento

Objetivo específico

• Descrever a finalidade da Nota de Lançamento.

O registro e a informação contábil possuem características e processos espe-


cíficos. O gerenciamento desses registros e o levantamento das informações
contábeis são realizados por meio de sistemas informatizados. A seguir, serão
apresentados as características e o processo de registro contábil efetuados no
Exército Brasileiro.

3.1. Registro contábil da variação patrimonial

De acordo com a Portaria STN nº 437/2012, são características do registro e da


informação contábil:

a) Comparabilidade – os registros e as informações


contábeis devem possibilitar a análise da situação patri-
monial de entidades do setor público ao longo do tempo
e estaticamente, bem como a identificação de semelhan-
ças e diferenças dessa situação patrimonial com a de
outras entidades;

b) Compreensibilidade – as informações apresentadas


nas demonstrações contábeis devem ser entendidas pelos
usuários. Para esse fim, presume-se que estes já tenham
conhecimento do ambiente de atuação das entidades do
setor público. Todavia, as informações relevantes sobre
temas complexos não devem ser excluídas das demons-
trações contábeis, mesmo sob o pretexto de que são de
difícil compreensão pelos usuários;

c) Confiabilidade – o registro e a informação contábil


devem reunir requisitos de verdade e de validade que
possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no
processo de tomada de decisão;

53
gestão de material e patrimônio - u2
d) Fidedignidade – os registros contábeis realizados e as
informações apresentadas devem representar fielmente o
fenômeno contábil que lhes deu origem;

e) Imparcialidade – os registros contábeis devem ser


realizados e as informações devem ser apresentadas de
modo a não privilegiar interesses específicos e particulares
de agentes e/ou entidades;

f) Integridade – os registros contábeis e as informações


apresentadas devem reconhecer os fenômenos patri-
moniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas
quaisquer partes do fato gerador;

g) Objetividade – o registro deve representar a reali-


dade dos fenômenos patrimoniais em razão de critérios
técnicos contábeis preestabelecidos em normas ou com
base em procedimentos adequados, sem que incidam
preferências individuais que provoquem distorções na
informação produzida;

h) Representatividade – os registros contábeis e as in-


formações apresentadas devem conter todos os aspectos
relevantes;

i) Tempestividade – os fenômenos patrimoniais devem


ser registrados no momento de sua ocorrência e divulga-
dos em tempo hábil para os usuários;

j) Uniformidade – os registros contábeis e as informa-


ções devem observar critérios padronizados e contínuos
de identificação, classificação, mensuração, avaliação e
evidenciação, de modo que fiquem compatíveis, mesmo
que gerados por diferentes entidades. Esse atributo per-
mite a interpretação e a análise das informações, levan-
do-se em consideração a possibilidade de se comparar a
situação econômico-financeira de uma entidade do setor
público em distintas épocas de sua atividade;

k) Utilidade – os registros contábeis e as informações


apresentadas devem atender às necessidades específicas
dos diversos usuários;

l) Verificabilidade – os registros contábeis realizados e


as informações apresentadas devem possibilitar o reco-
nhecimento das suas respectivas validades;

54
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
m) Visibilidade – os registros e as informações contábeis
devem ser disponibilizados para a sociedade e expressar,
com transparência, o resultado da gestão e a situação
patrimonial da entidade do setor público.

Os lançamentos contábeis são efetuados no SIAFI em quatro grandes sistemas


independentes de contas:

• Sistema orçamentário

• Sistema financeiro

• Sistema patrimonial

• Sistema de compensação

O sistema a ser focado nesse capítulo é o sistema patrimonial, no qual se re-


gistram os fatos não financeiros ou extracaixa, tais como: bens móveis, bens
imóveis e estoques.

Entretanto, é importante ressaltar a importância do sistema de compensação


para gestão patrimonial, pois nele estão representados os atos praticados pelos
administrados que não afetam o patrimônio de imediato, mas que poderão vir a
afetá-lo. Compreende, apenas, as contas com a função precípua de controle.

Deve-se dispensar especial atenção ao ativo circulante e ao ativo perma-


nente, já que nos mesmos são realizados os registros dos valores dos bens
móveis, do estoque interno de almoxarifado e dos bens imóveis, que são as
contas de maiores movimentos e que sofrem os mais rígidos controles dos ór-
gãos de controle interno e externo, por representarem a grande gama de atos
e fatos administrativos da vida vegetativa das UA.

Os valores dos bens móveis, que dizem respeito ao material permanente em


uso ou em estoque, e dos bens imóveis são registrados no ativo permanen-
te; e os valores do estoque interno de almoxarifado, que correspondem
ao material de consumo armazenado para atender às necessidades da UA,
constam do ativo circulante.

Periodicamente, devem ser elaborados Relatórios Mensais de Almoxarifado


(RMA), Relatórios Mensais de Bens Móveis (RMBM) e Relatórios Mensais de
Bens Imóveis (RMBI), que devem estar de acordo como os registros contábeis,
devendo-se dar especial atenção às seguintes contas contábeis:

55
gestão de material e patrimônio - u2
A classificação numérica das • 1.1.3.1.4.01.01 – Estoque interno;
contas contábeis pode ser en-
contrada no Plano de Contas • 1.1.3.1.8.01.00 – Material de consumo;
da União em: https://www.
• 1.4.2.1.2.92.01 – 1.4.2.1.2.92.02 – 1.4.2.1.2.92.03 – Bens móveis em
tesouro.fazenda.gov.br/pt/
plano-de-contas Almoxarifado

• 1.4.2.1.1.10.XX – Bens Imóveis de Uso Especial

O controle do material de consumo, permanente e dos bens imóveis está a


cargo da Fiscalização Administrativa e é feito, principalmente, através de:

• Inclusões de bens no Patrimônio das UG;

• Saídas de Bens do Patrimônio das UG;

• Movimentações Internas de Bens – Distribuição para uso e Recolhimen-


tos ao Almoxarifado;

• Registro do Recolhimento e Devolução de Bens para Manutenção em


OM de Manutenção;

• Controle de estoques – Fiel depositário – Órgão Provedor;

• Material de revenda – Consumo;

• Reclassificação de material (Regularização contábil de bens);

• Bens móveis em poder de outra OM;

• Unificação patrimonial;

• Inventários;

• Relatórios.

Esse controle deve ser realizado de acordo com o RAE (Regulamento de Admi-
nistração do Exército) e das seguintes orientações específicas:

1. O Encarregado do Setor de Material (almoxarifado, aprovisionamento e


outros depósitos) deverá participar, de imediato, a entrada de bens na
UG e semanalmente a saída dos bens consumidos.

2. O Fiscal Administrativo deverá consolidar as alterações referentes aos


bens patrimoniais e publicá-las no Boletim (Aditamento Administrativo)
da UG semanalmente.

3. A inclusão em carga do material permanente e a escrituração do mate-


rial de consumo deverão ser feitas com preço unitário e todas as especi-
ficações que permitam a sua fácil identificação, obedecida a nomencla-
tura regulamentar existente.

56
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4. A ordem para inclusão em carga do material permanente ou para
escrituração do material de consumo será exarada pelo Agente Diretor,
conforme os termos apresentados pelas comissões ou as Partes dadas
pelos agentes que receberem o material; essa ordem será publicada em
Boletim Interno da OM.

5. A movimentação patrimonial (entrada e saída de bens) no SIAFI, me-


diante emissão de Nota de Lançamento (NL), deverá ser realizada
imediatamente após a publicação em boletim. A UG deverá evitar a
ocorrência de longos períodos entre a publicação em boletim e
o registro contábil no SIAFI.

6. A UG deverá confirmar com a OM remetente o envio dos materiais


transferidos patrimonialmente no SIAFI e, com base nessas informações,
solicitar a agilização na remessa dos mesmos para posterior apropriação
dos valores contabilizados dentro de um prazo de até 30 dias.

A transferência de material de consumo ou permanente não recebido


e, com isso, ainda não apropriado pela UG remetente, no prazo acima
descrito, gera inconsistência, que é verificada através da existência de
saldo nas contas contábeis 19.991.01.01- Bens de Estoque a Receber
ou 19.991.02.01- Bens Móveis a Receber Por Oportuno, salienta-se que
a permanência da aludida inconsistência enseja conformidade contábil
com restrição para ambas as UG.

7. A UG deverá confirmar o recebimento dos materiais transferidos com


as OM destinatárias e, com base nas guia de fornecimento, orientá-las
a realizar a apropriação dos valores transferidos patrimonialmente no
SIAFI no prazo de até 30 dias.

A transferência de material de consumo para UG supridas ou de Manu-


tenção e, ainda, não apropriado pelas UG de destino gera inconsistên-
cia, que é verificada através da existência de saldo nas contas contábeis
19.991.01.02- Bens de Estoque Enviados ou 19.991.02.02-Bens de
Móveis Enviados.

Ressalta-se, ainda, que a permanência da aludida inconsistência também


enseja conformidade contábil com restrição para ambas UG.

8. A escrituração das fichas de registros contábeis ou registros no SIMATEx,


referente ao relacionamento do material de consumo, inclusão em carga
e descarga de material permanente, deve ser realizada após a publicação
em Boletim. É importante destacar que não é mais obrigatório que os

57
gestão de material e patrimônio - u2
depósitos preencham as “Fichas de Prateleira”, haja vista a implantação
do SISCOFIS, logo, para fins de conferência, basta a consulta no sistema
e a impressão da respectiva ficha gerada pelo mesmo.

9. A Fiscalização Administrativa, juntamente com o detentor do material


em carga, deve envidar esforços no sentido de compatibilizar o escritu-
rado no SISCOFIS com o físico existente. Cabe destacar que as altera-
ções porventura existentes com o material que possam ensejar dano ao
erário, devem ser apuradas.

10. O Ordenador de Despesas (OD) deverá envidar esforços no sentido de ser


exercido um rigoroso controle sobre a administração patrimonial da UG,
a fim de mantê-la em dia e de que haja, a todo instante, a compatibiliza-
ção entre o SIAFI, o SIMATEX e a existência física dos bens em estoque.

3.2 Nota de Lançamento

A Nota de Lançamento (NL) é um documento elaborado pelo agente ope-


rador do SIAFI, que serve para registrar fatos tanto de natureza orçamentária
quanto extraorçamentária.

Ela é utilizada pelo agente operador do SIAFI, da Fiscalização Administrativa,


para os registros contábeis relativos às unificações patrimoniais, reclassifica-
ções, inclusões, exclusões, relacionamentos e desrelacionamentos dos mate-
riais das diversas classes de suprimento recebidos dos Órgãos Pro-
vedores e também para realizar as unificações patrimoniais, reclassificações,
exclusões e desrelacionamneto dos materiais adquiridos pela própria UA,
além de outros atos e fatos administrativos.

A contabilização dos fatos modificativos é idêntica à con-


tabilização dos fatos permutativos, com exceção do último
lançamento que se refere à entrada dos bens ou direitos no
ativo ou do registro das obrigações no passivo decorrentes da
despesa orçamentária.

As NL para registro das movimentações de material de consumo e permanente


são elaboradas pela Fiscalização Administrativa, por meio de agente cadastra-
do com o respectivo perfil para efetuar essas operarações no SIAFI.

58
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Para isso, os agentes devem acessar o sistema e digitar a Transação >NL (Nota
de Lançamento por Evento) na linha de comando e teclar enter.

Imediatemente depois de teclar enter, aparece um Formulário (Figura 1) para


entrada de dados da NL , cujos espaços deverão ser preenchidos com os devidos
Eventos, Inscrições, Classificações e Valores e outras informações necessárias.

Figura 1 – Nota de Lançamento por evento


Fonte: SIAFI 2013
Disponível em <http://www. acesso.serpro.gov.br/ > Acesso em dez. 2013

3.2.1 Registro de bens móveis permanentes

3.2.1.1 Inclusão no patrimônio

A inclusão do material no patrimônio da UA deve ser feita pela fiscalização


administrativa e por meio do SIAFI.

Para fazer essa inclusão, o operador deve acessar o SIAFI e utilizar a transação
>NL.

As telas a seguir (figuras 2 e 3) são exemplos de Notas de Lançamento utiliza-


das para inclusão de material no patrimônio:

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540580 142129201 623120110 0,01

Figura 2: NL para inclusão de material em carga, exceto por Aquisição Orçamentária ou Transferência de outra UG

59
gestão de material e patrimônio - u2
Observação:

O evento 54.0.580 pode ser utilizado para inclusão em carga de material per-
manente por todos os motivos previstos no Art. 72 do R/3, exceto por aquisi-
ção orçamentária (CPR) ou transferências de outra UG registradas no SIAFI.

O campo Class 2 poderá ser uma das opções que comecem com 62312.01.XX
(consultar >CONCONTA).

No exemplo foi contabilizada a entrada de material encontrado em excesso.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540451 1421292XX 0,01

Figura 3: NL para inclusão de material em carga por transferência de outra UG

Observação:

A inclusão do material com o evento 54.0.451 só é possível se a UG, que des-


carregou por transferência, emitir NL com evento 54.0.450, gerando saldo na
conta 14212.94.00 da UG que transferiu e na conta 19991.02.YY de ambas.

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição).

3.2.1.2 Descarga de material permanente

As telas a seguir (figuras 4 e 5) são exemplos de Notas de Lançamento utiliza-


das para realizar a descarga de material permanente do patrimônio.

A descarga de material permanente no SIAFI ocorre por um dos motivos rela-


cionados no art. 85, do RAE.

Para a efetivação da descarga, o material deverá ser antes reco-


lhido ao Almoxarifado e registrado na conta 14212.93.02 (Bens
móveis a reparar), seguindo os passos descritos na figura 2.

60
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540127 142129203 523120116 0,01

Figura 4: NL para descarga de material permanente, exceto recolhimento/transferência (de propriedade)

Observação:

A CLASS 2 poderá ser qualquer uma das contas 52312.01.XX relacionadas


(>CONCONTA). No exemplo foi realizada uma descarga de material por inser-
vibilidade.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540451 1421292XX 0,01

Figura 5: NL para descarga de material permanente por transferência para outra UG

Observação:

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição).

Para o recebimento, seguir os procedimentos do item 2.1.1.1.2.

3.2.1.3 Movimentação interna

A distribuição interna de bens móveis se caracteriza pela entrega do suprimen-


to às frações e/ou dependências internas da UG para o USO.

Os procedimentos administrativos para a distribuição interna estão descritos


nos Art. 81 ao 84 do RAE.

As figuras 6 e 7 são exemplos de Notas de Lançamento utilizadas para movi-


mentação interna do patrimônio:

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 142123500 142129201 0,01

Figura 6: NL para movimentação de material permanente do estoque interno para uso

61
gestão de material e patrimônio - u2
Observação:

No exemplo acima, foi movimentado um material de informática do estoque


interno do Almoxarifado para uso em uma dependência da UG (14212.35.00)
- >CONCONTA (14212.00.00)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 1421292XX 142123500 0,01

Figura 7: NL para movimentação de material permanente do “uso” para o Almoxarifado

Observação:

No exemplo acima, foi movimentado um material de informática de uma


dependência da UG (Uso-14212.35.00) para o Almox (14212.92.XX)
>CONCONTA (14212.00.00/14212.92.00).

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 03 (estoque interno – manutenção e/ou


descarga)

3.2.1.4 Compra Centralizada de Material Permanente

A compra centralizada de material permanente é a situação em que uma UG


realiza a aquisição do material e emite as NE para que outra UG receba o ma-
terial. Consequentemente, a UG que realiza a execução orçamentária deverá
realizar a execução financeira (pagamento do credor), enquanto que a UG que
recebe o material deverá incluí-lo no seu patrimônio. Por exemplo: A DMat
realiza a aquisição de viatura e o 11º D Sup realiza o seu recebimento para uso
próprio ou para distribuir para outra UG.

A figura 8 ilustra um exemplo de NL para recebimento de material permanente.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540451 CNPJ 1421292XX 0,01

Figura 8: NL para recebimento de material permanente

62
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Observação:

CNPJ do fornecedor

XX poderá ser 01 (para Uso da UG-Estoque interno) ou 02 (distribuição-Esto-


que de distribuição)

3.2.1.5 Bens da UG em poder de terceiros

Para que seja possível controlar e gerenciar os materiais que estão em poder de
terceiros, há dois tipos de contas, apresentadas e descritas a seguir:

a. [conta contábil]: 19911.00.00 – Registra o valor referente à responsabi- Conta Contábil: É a


lidade de terceiros por títulos, valores e bens concedidos pela UG. célula básica de informação
do SIAFI. Assim, as contas
b. conta contábil: 19912.00.00 – Registra o valor referente a responsabili- contábeis, que juntas repre-
dades da UG junto a terceiros por títulos, valores e bens recebidos. sentam a “relação de contas”,
modelam os atos e fatos
3.2.1.5.1 Material permanente em manutenção administrativos registrados
no SIAFI.

a) Envio de material permanente para uma UG de Mnt

As figuras 9, 10 e 11 ilustram o passo a passo para a apropriação de material


permanente enviado a um órgão de manutenção. As etapas apresentadas
indicam os lançamentos ordenados que devem ser realizados para o envio de
material para uma UG de manutenção.

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 1421292XX 14212XX00 0,01

Figura 9: NL para transferência do uso para o almoxarifado de bens móveis a reparar

Observação:

O material que estava em uso (14212.XX.00) foi recolhido ao Almoxarifado


para manutenção (14212.92.03 – Bens móveis a reparar) - XX refere-se ao tipo
de material em uso (>CONCONTA 14212.00.00)

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que remete Mat p/ Mnt)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG de Mnt)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540451 CNPJ 199112000 0,01

Figura 10: NL para remessa do material para a UG de Manutenção, para fins de manutenção (registrar o contro-
le da responsabilidade).

63
gestão de material e patrimônio - u2
UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG de Mnt)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que remeteu Mat Mnt)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540937 199122000 0,01

Figura 11: NL para remessa (devolução) do material da UG de Manutenção, depois de efetuada a manutenção,
dando baixa no controle da responsabilidade.

Observação:

Caso a UG de Mnt não registre a devolução no SIAFI, a UG que enviou o mate-


rial para Mnt poderá efetuá-lo utilizando o evento 540158.

b) Transferência de bens móveis a reparar para o Uso

A transferência de bens móveis é realizada por meio da NL ilustrada a seguir


na figura 12:

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 14212XX00 142129203 0,01

Figura 12: NL para transferência de bens móveis.

Observação:

XX refere-se ao tipo de material em uso (>CONCONTA 14212.00.00)

c) Envio de material permanente da UG, para fins de manutenção em


uma empresa ou órgão público, que não seja UG do SIAFI.

As NL ilustradas nas figuras 13, 14, e 15 são utilizadas para envio de material
permanente para manutenção que não seja UG do SIAFI.

Para realizar a transferência do uso para o almoxarifado de bens móveis a


reparar, é necessário seguir os procedimentos das NL descritas anteriormente
no item 3.2.1.5.1.

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540774 CNPJ 142129203 199112000 0,01

Figura 13: NL para remessa do material para a empresa civil

64
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

545774 CNPJ 142129201 199112000 0,01

Figura 14: NL para recebimento do material manutenido da empresa civil

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 14212XX00 142129203 0,01

Figura 15: NL para transferência de bens móveis do estoque interno para o Uso: seguir procedimentos da figura
12 (NL para transferência de bens móveis).

d) Procedimentos referentes ao material permanente em manutenção


ou descarga (resumo):

• O detentor deverá recolher o material ao Almoxarifado por meio de Guia


de Recolhimento (GR).

• O Encarregado de Material deverá encaminhar uma via da GR para a


Fiscalização Administrativa, que publica em Boletim Administrativo (BA)
e classifica na Conta Contábil 14212.92.03 (Bens Móveis a Reparar).

• Deverá ser realizada descarga do material de acordo com o Capítulo VII -


Da Descarga, do RAE.

• A UG deverá enviar o material para uma OM de Manutenção por meio


de uma GR ou para uma empresa civil por meio de documento similar a
GR, sendo uma via deste documento entregue.

3.2.1.6 Material em poder de OM sem autonomia administrativa

Este procedimento deve ser usado para a realização do controle do material


permanente para OM que não possui autonomia administrativa, como por
exemplo, as Aditâncias, Força de Paz do Haiti etc.

As informações detalhadas sobre os procedimentos dos lan-


çamentos no SIAFI de bens da UG em poder de terceiros,
encontram-se no BINFO 005/02 – 11ª ICFEx (Of nº 045- A/2, de
13 Mai 02).

65
gestão de material e patrimônio - u2
a) Contas Correntes para o controle individual

O controle de material permanente ou de consumo em poder de órgãos sem


autonomia administrativa e que estão vinculados a uma UA autônoma (OM
vinculada) deve se dar da seguinte forma:

• Criar a inscrição genérica do tipo “BM” (bens móveis) - CÓDIGO com 07


(sete) dígitos para o controle das OM vinculadas (Ex.:1ªICFEX);

• Colocar o Nome da OM no TÍTULO (Ex.:1ª Inspetoria de Contabilidade e


Finanças do Exército);

• Inserir resumo do fato na DESCRIÇÃO. Ex.:regularização contábil de bens


móveis em poder da 1ª ICFEx.

b) NL para movimentação interna do material em uso (14212.XX.00) para o


Almoxarifado (14212.92.01), para posterior reclassificação na OM vin-
culada: seguir os procedimentos da Figura 16 (NL para movimentação de
material permanente do estoque interno para uso).

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540774 BMXXXXX 142129201 199111800 0,01

Figura 16: NL para distribuição do material permanente para a OM vinculada

Conta Corrente: É uma O material permanente será controlado pela [conta corrente] criada de acordo
espécie de conta contábil que com o item acima.
necessita de tratamento em
nível individualizado com có-
digos variáveis de acordo com
Os bens serão classificados nas contas 14212.93.00 – BENS MÓVEIS EM PO-
a necessidade do registro, tais DER DE OUTRA UNIDADE OU TERCEIROS e 19911.18.00 – MERCADORIAS E
como CNPJ, CPF, exercício, BENS EM PODER DE TERCEIROS.
domicílio bancário e UG.
3.2.1.7 Recebimento de material descarregado por transferência
com alteração

Para realizar a descarga de material permanente por transferência é necessá-


rio seguir o procedimento ilustrado na figura 5 (NL para descarga de material
permanente por transferência para outra UG).

A NL para o recebimento do material (essa informação também deve ser obser-


vada em relação ao material de consumo) deverá ser lançada pela UG assim
que o material transferido der entrada nos depósitos. A NL deve ser lançada
sempre pelo valor total da NL de transferência, ainda que o material não

66
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
tenha sido analisado pelo encarregado do depósito ou pela Comissão de Rece-
bimento, ou seja, mesmo sem a verificação das possíveis alterações. O proce-
dimento para lançamento dessa NL está descrito no item 3.2.1.2 (Descarga de
material permanente).

Após a conferência (recebimento efetivo) do material, as alterações encon-


tradas poderão ser estornadas, de acordo com a Parte de Recebimento do
material pelo Encarregado de Depósito ou o Termo de Recebimento e Exame
de Material (TREM) da Comissão.

As figuras 17 a 20 a seguir ilustram as NL a serem lançadas para o estorno de


material e referem-se às situações indicadas em cada quadro representativo do
formulário do SIAFI, referente à elaboração de NL.

UG/GESTAO EMITENTE: (UG que recebeu)

FAVORECIDO: (UG que transferiu)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

545451 1421292XX 2,00

Figura 17: NL para estorno do material não recebido por encontrar-se com alteração.

Observação:

Com base no documento de recebimento (Parte/TREM), deve ser feito o estorno


do material não recebido (com alteração), pelos motivos descritos no documen-
to. Uma cópia desse Termo deverá ser enviada à UG que transferiu o material.

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição).

UG/GESTÃO EMITENTE: (UG que transferiu)

FAVORECIDO: (UG que iria receber)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

545450 1421292XX 2,00

Figura 18: NL para estorno do lançamento (material encontrado com alteração)

67
gestão de material e patrimônio - u2
Observação:

A UG que transferiu o material deverá emitir NL com o valor do material não


recebido.

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540267 UG 1421292XX 0,01

Figura 19: NL de registro para apuração do fato (material encontrado com alteração)

Observação:

A UG deve proceder à apuração das causas das falhas entre a transferência e


o recebimento, transferindo o saldo da conta 1421292XX - Bens móveis em
almoxarifado para a conta 14212.90.00 - Bens em Processo de Localização.

Na Inscr 1 deverá informar a UG que apontou as alterações do não recebimento.

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição).

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540352 UG 142129000 523120103 0,01

Figura 20: NL da baixa do material com alteração

Observação:

Adotadas as providências administrativas cabíveis para apuração das alterações


apontadas no TREM, a UG deverá providenciar a baixa do bem pelo motivo
apurado no processo administrativo.

Na CLASS 2 foi utilizada a conta 521312.01.03 que demonstra que o material


foi baixado do patrimônio pelo motivo de perda. (>CONCONTA 52312.00.00)

3.2.1.8 Unificação patrimonial de material permanente

Unificação patrimonial significa a transferência de saldos da UG 167XXX para


a 160XXX, conforme o saldo existente na conta 14212.92.XX, uma vez que
as movimentações extraorçamentárias de patrimônio devem ocorrer na UG
160XXX. A figura 21 ilustra o formulário para a elaboração de uma NL de
movimentação patrimonial.

68
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
UG/GESTAO EMITENTE: 167XXX / 00001

FAVORECIDO : 160XXX / 00001

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540783 1421292XX 0,01

Figura 21: NL para movimentação patrimonial.

Observação:

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição)

3.2.2 Registro de bens móveis de consumo

Os registros do material de consumo devem ser realizados por meio de lan-


çamentos de entrada ou de saída dos mesmos em estoques internos ou em
estoques de distribuição das UG.

3.2.2.1 Contas de estoque

A contabilização dos materiais de consumo no ativo varia de acordo com a


finalidade que a Administração pretende dar ao bem. As principais contas de
estoque existentes no Plano de Contas da União de uso da UG são:

11311.00.00 PRODUTOS ACABADOS

11312.00.00 CONSTRUÇÕES CIVIS

11313.00.00 ESTOQUES PARA ALIENAÇÃO

11313.01.00 ESTOQUES - PROGRAMAS PRÓPRIOS

11313.02.00 ESTOQUES ESPECIAIS

11313.03.00 ESTOQUES PÚBLICOS

11313.04.00 ESTOQUES EM ARMAZÉNS DE TERCEIROS

11313.05.00 ESTOQUES PARA DOAÇÃO E/OU PERMUTA

11314.00.00 ESTOQUES DE DISTRIBUIÇÃO

11315.00.00 ESTOQUES DE PRODUTOS PARA PESQUISA E ENSINO

11316.00.00 ESTOQUES DE PRODUÇÃO

11316.02.00 PRODUTOS EM ANDAMENTO

69
gestão de material e patrimônio - u2
11317.00.00 IMPORTAÇÕES EM ANDAMENTO

11318.00.00 ESTOQUES INTERNOS - ALMOXARIFADO

11319.00.00 ESTOQUES DIVERSOS

11330.00.00 MATERIAIS EM TRÂNSITO

11333.00.00 MATERIAL DE CONSUMO

3.2.2.2 Contas de estoque mais utilizadas pelas UG

Os tipos de estoque mais utilizados pelas UG do Exército são:

• Atividade de produção de bens ou de serviços:

o 11311.00.00 PRODUTOS ACABADOS

o 11316.00.00 ESTOQUES DE PRODUÇÃO

• Atividades de distribuição para outra UG (realizadas pelos Ór-


gãos Provedores):

o 11314.00.00 ESTOQUES DE DISTRIBUIÇÃO (material de consumo)

o 14212.92.02 ESTOQUES DE DISTRIBUIÇÃO (material permanente)

• Necessidades de estoque para consumo ou Uso interno - UG


em geral:

o 11318.00.00 ESTOQUES INTERNOS – ALMOXARIFADO (Mat Consumo)

o 14212.92.01 ESTOQUE INTERNO (Mat permanente)

• Atividades de transferências de material entre UG:

o 11333.00.00 MATERIAL DE CONSUMO

o 14212.94.00 BENS MÓVEIS EM TRÂNSITO

o 19991.00.00 BENS E VALORES EM TRÂNSITO

3.2.2.3 Contas de variações patrimoniais

Existem dois grupos de contas que realizam as variações patrimoniais:

• Variação Aumentativa

o 62312.00.00 INCORPORAÇÃO DE BENS MÓVEIS – contabiliza a


variação aumentativa do patrimônio.

70
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Variação Diminutiva

o 52312.00.00 BAIXA DE BENS MÓVEIS – contabiliza a variação


diminutiva do patrimônio.

3.2.2.4 Entrada de material de consumo por diversos motivos (Exceto


por Aquisição Orçamentária ou Transferência entre UG)

Quando houver entrada de material em estoque por qualquer motivo, exceto


aquisições orçamentárias (via CPR) e transferências entre UG, a UG poderá utili-
zar o exemplo ilustrado nas figuras 22 e 23.

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540569 XX 113180100 6231202WW 0,01

Figura 22: NL de entrada no estoque para uso interno da UG (doação, sobras e retorno de material requisitado
e não consumido)

Observação:

XX é o subitem da despesa (SI).

WW de acordo com o plano de contas no SIAFI (consultar a conta contábil


62312.02.00 na transação “>CONCONTA”)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540948 XX 623120204 0,01

Figura 23: NL de entrada no estoque para distribuição para outras UG

Observação:

XX é o SI da despesa.

No exemplo acima, na CLASS 1 foi utilizada a conta que demonstra que houve
uma variação aumentativa do patrimônio com a entrada de material doado.
(>CONCONTA 62312.00.00)

3.2.2.5 Transferência de material de consumo entre UG

Para realizar a transferência de material de consumo entre UG, é necessário


lançar as NL ilustradas nas figuras 24 ou 25.

71
gestão de material e patrimônio - u2
UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540443 XX 113180100 0,01

Figura 24: NL para saída do estoque interno da UG que transfere.

Observação:

XX é o SI da despesa.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540446 XX 0,01

Figura 25: NL para saída do estoque de distribuição da UG que transfere.

Observação:

XX é o SI da despesa.

3.2.2.6 Recebimento (entrada) de material de consumo transferido


por outra UG

Para realizar o recebimento de material de consumo transferido por outra UG,


é necessário lançar as NL ilustradas nas figuras 26 ou 27.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540444 XX 113180100 0,01

Figura 26: NL para recebimento de material no estoque para uso interno da UG.

Observação:

XX é o SI da despesa.

No exemplo acima, na Class 1 foi utilizada a conta que demonstra que o mate-
rial será classificado no estoque interno (Almox).

72
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540448 XX 0,01

Figura 27: NL para recebimento de material no estoque de distribuição.

Observação:

XX é o SI da despesa.

3.2.2.7 Compras centralizadas de material de consumo

É a situação em que uma UG realiza a aquisição e emite as NE para que outra


UG receba o material. Consequentemente, a UG que realizou a execução
orçamentária deverá realizar a execução financeira (pagamento do credor),
enquanto que a UG que recebe o material deverá incluí-lo no seu patrimônio.
Por exemplo: A DAbst realiza a aquisição de fardamento e o 1º DSup realiza o
seu recebimento.

As NL ilustradas nas figuras 28 e 29 devem ser lançadas para essas ocorrências.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que compra)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540054 XX (CNPJ) 0,01

Figura 28: NL para recebimento de material no estoque para uso interno da UG.

Observação:

XX é o SI da despesa

Insc 2 informa o CNPJ do fornecedor

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que compra)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540055 XX (CNPJ) 0,01

Figura 29: NL para recebimento de material no estoque de distribuição.

73
gestão de material e patrimônio - u2
Observação:

XX é o SI da despesa
Insc 2 informa o CNPJ do fornecedor

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

545443 XX 0,01

Figura 30: NL para estorno de transferência de material de consumo

Usar os eventos 54.5.443 (estoque para uso interno) ou 54.5.446 (estoque


para distribuição para UG).

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540464 XX 523120218 0,01

Figura 31: NL para baixa de material de consumo por diversos motivos

Observação:

XX é o SI da despesa.

No exemplo acima, na CLASS 1 foi utilizada a conta que demonstra que o ma-
terial deu baixa do patrimônio por inservibilidade (>CONCONTA 52312.02.00)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540463 XX 523120218 0,01

Figura 32: NL para transferência do estoque de distribuição para o interno

Observação:

XX é o SI da despesa

3.2.2.8 Material de Uso Duradouro - recebimento e reclassificação

As instruções a seguir referem-se ao tratamento do recebimento de material de


uso duradouro, como por exemplo, material bibliográfico, quando o mesmo é
transferido por outra UG.

a) Recebimento de material bibliográfico

Os materiais bibliográficos são adquiridos e transferidos utilizando-se as contas con-


tábeis 11318.01.00 – material de consumo e 33390.30.46 - material bibliográfico.

74
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Quando do recebimento, deverá ocorrer a reclassificação para conta contábil
14212.87.00 - Material de Uso Duradouro, de acordo com Manual do SIAFI
02.11.35.

O recebimento pode ocorrer em diversos casos, como por exemplo, aquisição,


transferência, doação etc.

A figura a seguir ilustra as NL para realização de transferência.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540444 46 113180100 0,01

540465 46 0,01

Figura 33: NL para transferência

b) Recebimento de material de Intendência (Classe II) - Ofício nº 17-


Dir/DCont, de 06 Ago 07 (BINFO 09/2007, da 11ª ICFEx)

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540444 XX (CNPJ) 113180100 800,00

Figura 34: NL para recebimento do OP

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540465 XX 523120218 200,00

Figura 35: NL para distribuição de material (Intendência) do Almoxarifado para uso interno (Seções/SU)

XX é o SI da despesa (20, 23 ou 27).

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540440 XX 142129203 142128700 0,01

Figura 36: NL para recolhimento de material (Intendência) para Almoxarifado para processo de descarga.

75
gestão de material e patrimônio - u2
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540440 XX 142129203 142128700 0,01

Figura 37: NL para descarga do material de Intendência após verificação de sua inservibilidade e despacho do OD

No exemplo acima, na CLASS 2 foi utilizada a conta que demonstra que


o material deu baixa do patrimônio por inservibilidade (>CONCONTA
52312.01.00).

3.2.2.9 Unificação patrimonial de material de consumo

Unificação patrimonial significa reunir todos os bens patrimoniais na UG prin-


cipal, 160XXX.

No que se refere à transferência dos saldos das contas de material de consumo


da UG Secundária para UG Primária, por meio de NL (figura 37), são utilizados
os seguintes eventos: 54.0.778, 54.0.780 e 54.0.781

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540780 113180100 0,01

Figura 37: NL para unificação patrimonial de material de consumo

Observação:

XX é o SI da despesa

Na CLASS 1 foi utilizada a conta que demonstra que o material de consumo será
contabilizado no estoque interno Almox, de acordo com o evento 54.0.780.

3.2.3 Registro de Bens Imóveis

Os bens imóveis sob a gestão do Comando do Exército devem estar registrados


no SIAFI, nas RM, e contabilizados na conta 142111.10.XX – IMÓVEIS DE USO
ESPECIAL, onde XX é o subitem que enquadra o tipo de destinação do imóvel
(Macrofunção 02.11.07 – Imóveis de propriedade da União).

Os imóveis são implantados no SPIUnet (Sistema de Gerenciamento dos Imó-

76
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
veis de Uso Especial da União), sendo de responsabilidade do Chefe da Seção
de Patrimônio Regional a execução, acompanhamento, emissão de inventário e
o controle desses bens.

As UG ao receberem créditos na ND 449051- Obras e Instalações, em gestão


diferente da UG Principal, deverão primeiramente realizar a unificação patrimo-
nial, com evento 54.0.784, dos valores das despesas executadas, após o que,
poderão realizar os lançamentos previstos anteriormente.

Por ocasião da liquidação da despesa, deverão utilizar a conta 14211.91.00 –


Obras em Andamento, quando a obra for realizada por execução indireta (do
Art. 6º, VIII, da Lei 8.666/93).

No caso das UG que executam obras diretamente (Art. 6º, VII, da Lei 8.666/93),
por ocasião da liquidação da despesa, deverão utilizar as contas 14211.80.00
- Estudos e Projetos, 14211.91.00 - Obras em Andamento e 14211.96.00 -
Almoxarifado de Obras, para registro do fato administrativo correspondente.

Somente os Batalhões de Engenharia de Construção, em princípio, utilizam a


modalidade de “obra por execução direta”, bem como as obras vinculadas a
recursos de convênios, como construção, manutenção de estradas, rodovias,
pontes, de responsabilidade de qualquer uma das esferas administrativas, de-
verão apropriá-las na conta 14211.91.00 (serviços) e/ou 14211.96.00 (material
aplicado nas obras), enquanto a obra estiver em andamento. Quando termina-
da, deverá ser baixada por meio de NL com o evento 54.0.477, tendo em vista
se tratar de bem de uso comum do povo, não cabendo assim, o registro de
acréscimo patrimonial, quando houver.

As Comissões Regionais de Obra (CRO) e Serviços Regionais de Obras (SRO)/RM,


também, em princípio, utilizam a conta 14211.80.00 para contabilizar as despe-
sas com material de expediente e serviços de fiscalizações relacionados às obras.

As apropriações realizadas na conta 14211.96.00 – Almoxarifado de Obras


deverão ser reclassificadas na conta 14211.91.00 – Obras em Andamento,
utilizando o evento 54.0.834.

Nas demais situações, quando terminada a obra ou parcela, as UG deverão,


obrigatoriamente, seguir uma das duas rotinas abaixo descritas:

• Quando a obra não gerar aumento do valor do bem imóvel, o valor corres-
pondente deve ser baixado, por meio de NL, utilizando o evento 54.0.477.

77
gestão de material e patrimônio - u2
• Quando a obra gerar aumento do valor do bem imóvel, transferir o valor
correspondente para o comando da RM de vinculação da UG, por meio
de NL, utilizando o evento 54.0.771, constando no campo observação
as informações esclarecedoras sobre a obra realizada e o registro imobi-
liário patrimonial - RIP do bem imóvel que teve seu valor acrescido.

O evento 54.0.771 resultará em saldo na conta 14211.98.00 - Bens Imóveis a


Classificar, na RM, sendo esta uma conta de registro temporário que deverá ter
seu saldo baixado com brevidade.

A RM deverá apropriar/baixar o saldo transferido por meio de NL, utilizando o


evento 54.0.477. Após a regularização no SIAFI, deverá atualizar os valores no
SPIUnet.

3.2.3.1 Cadastramento da Inscrição Genérica (IM)

Para o controle patrimonial dos imóveis é obrigatório o registro da inscrição


genérica “IM” (Individualização de Imóveis), sendo expressamente proibida a
utilização da IG “999”.

O cadastramento da inscrição/conta-corrente IM em algumas contas contábeis


de Imóveis (14211.XX.00) de nossas UG vinculadas deve ser a seguinte:

Por meio da transação >ATUGENER implantar a Inscrição Genérica IM, da


seguinte forma:

• Após a abertura da tela específica, no vídeo do SIAFI, digitar no campo


intitulado “TIPO” a sigla IM;

• No campo intitulado “CÓDIGO”, transcrever nos dois primeiros dígitos


o código numérico correspondente à Região Militar (01 a 12); nos dois
dígitos seguintes (3º e 4º) transcrever uma das siglas seguintes: OC, OM,
RC ou RI; os três dígitos finais estão reservados para o número individua-
lizado do Imóvel em construção ou construído (numeração sequencial);

• No campo intitulado “TÍTULO”, especificar de forma reduzida o nome da


obra a ser construída; e

• No campo intitulado “DESCRIÇÃO”, informar obrigatoriamente de forma


detalhada, as especificações da obra, área etc., ou seja, tudo que possa
esclarecer questionamentos dos Controles Interno e Externo, inclusive o
número do Convênio, quando for o caso.

78
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3.2.3.2 Significado de Siglas

O significado das siglas a serem transcritas no 3º e 4º dígitos do campo “CÓ-


DIGO” são as seguintes:

OC = “Obras de Cooperação” - Sigla onde estarão inseridas todas as obras


decorrentes de recursos orçamentários recebidos de outros órgãos, por meio
de convênios, quando o concedente dos recursos é integrante do SIAFI (Desta-
ques);

OM = “Obras Militares” - Sigla onde estarão inseridas todas as obras decor-


rentes de recursos orçamentários do Cmdo Ex gerenciados ou não pela DOM;

PT = Imóveis em Poder de Terceiros - São as Cessões de Imóveis a Terceiros,


respaldados por Termo de Comodato aprovado pela Diretoria de Patrimônio;

RC = Obras decorrentes de “Recursos de Convênios” - Execução de obras onde


o concedente não seja integrante do SIAFI (Estados, Municípios etc.), ou seja,
quando a SEF descentraliza o crédito e o concedente repassa o numerário;

RI = Obras Executadas com “Recursos Internos” - Recursos provisionados pelo


Fundo do Exército, os quais se subdividem em 03 (três) tipos:

• Recursos financeiros captados pelas UG, necessitando apenas de crédito


sem subrepasse;

• Recursos gerenciados pelo DEC; e

• Recursos autorizados pelo Cmt do Exército.

Sequencial de numeração dentro da sigla RI:

• Numeração (centena) iniciada com os dígitos 1,3,5, ou 7 para obras


autorizadas pelo Cmt Ex. Por exemplo: Obras determinadas pelo Cmt Ex
em UG sediada na 10ª RM: IM 10RI1XX (ou 3XX; 5XX; 7XX);

• Numeração (centena) iniciada com os dígitos 2,4,6 ou 8 para obras com


recursos financeiros captados pela própria UG (necessidade apenas de
crédito sem subrepasse). Por exemplo: Obra com recursos próprios da
UG sediada na 1ª Região Militar: IM1RI2XX (ou 4XX; 6XX; 8XX);

• Numeração (centena) iniciada com o número 9 para obras gerenciadas


pelo DEC com recursos da gestão 16904. Por exemplo: Obra com essa
especificação em UG jurisdicionada a 7ª Região Militar: IM07RI9XX;

79
gestão de material e patrimônio - u2
• Numeração (centena) iniciada com o número 0XX (de 001 à 099), den-
tro da sigla RI, se constituirá como “Reserva” do Fundo do Exército, a
qual só será utilizada com autorização da SEF.

É importante destacar que para as outras siglas (OC, OM e RC) qualquer


numeração no formato centena XXX poderá ser utilizada, sequencial por obra
construída ou em construção.

As orientações anteriormente descritas têm como fonte as seguintes mensa-


gens do SIAFI

• nr 1998/522489 e 519670 da DIACO/COAVO/SFC, de 10 e 11 Nov 98,


respectivamente;

• MSG SIAFI NR 1998/523687, de 11 Nov 98, da SEF;

• MSG SIAFI nr 98/129679, de 03 Abr 98, da SEF;

• Msg SIAFI 2002/629214, de 09 Out 02, da D Cont;

• e Of nr 067 /A-2/SEF, de 23 Nov 98, da SEF.

As figuras 38 a 44 a seguir ilustram as NL referentes à unificação patrimonial


referentes a obras realizadas no âmbito do EB.

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540834 IMXXXXXXX 142119100 1.000,00

Figura 38: NL para transferência de Almoxarifado de Obras para Obras em Andamento

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540477 IG 52311XXYY 14211YY00 100.000,00

Figura 39: NL para baixa pela UG das contas de Obras que não caracterizarão aumento patrimonial

Observação:

O campo Insc 1 preencher com IG da Obra (IM)

YY poderá ser 80, 91 ou 96

XXYY – conforme plano de contas (>CONCONTA)

80
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540771 IG 52311XXYY 142119100 80.000,00

Figura 40: NL de transferência para a RM para inclusão no SPIUnet (caracterizado pelo aumento patrimonial)

Observação:

XXYY – conforme plano de contas (>CONCONTA)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540477 IG 523110400 14211YY00 1.000,00

540569 XX 113180100 623120207 1.000,00

Figura 41: NL para transferência de sobras de material de obras para o estoque interno da UG

Observação:

XX é o subitem da despesa

YY poderá ser 80, 91, 92 ou 96

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540477 IG 52311KK00 142119800 1.000,00

Figura 42: NL para apropriação/baixa pela RM do valor Bens Imóveis a Classificar

Observação:

IG é a inscrição genérica do imóvel (IMXXXXXXX)

KK será preenchido de acordo com o plano de contas

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540769 IG 999 14211XX00 13.000,00

Figura 43: NL para regularização da IG “999”

Observação:

XX será preenchido de acordo com o plano de contas

81
gestão de material e patrimônio - u2
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540784 IG 14211XX00 523110500 13.000,00

Figura 44: NL para unificação patrimonial

Observação:

XX poderá ser 80, 91, 92 ou 96

3.3 Conformidade da Gestão Patrimonial

Todos as ações realizadas pelos agentes da Administração com o objetivo de


efetuar os registros contábeis, referentes à gestão patrimonial da UG, devem
Conformidade Diária: ser, diuturnamente, devidamente fiscalizadas pelo OD, através da [Conformi-
Consiste na ratificação pelo
dade Diária] e por um agente designado, através da Conformidade dos Regis-
OD dos atos de gestão pra-
ticados, no que se refere aos tros de Gestão a ser efetuada no próprio SIAFI.
aspectos formal e contábil
dos documentos integran- A finalidade da Conformidade dos Registros de Gestão é a certificação dos
tes do relatório extraído do
registros dos atos e fatos administrativos, da execução patrimonial, orçamen-
SIAFI, definindo a respon-
sabilidade de acordo com a tária e financeira incluídos no SIAFI e da existência de documentos que com-
legislação vigente. provem todas as operações realizadas e que, futuramente, possam resguardar
os atos do OD, quando da diligência dos Órgãos de Controle Interno e Exter-
no. Ainda, deve permitir a confrontação da documentação que deu suporte às
operações registradas.

Para que essa Conformidade conquiste a efetividade desejada, a UG deve


possuir uma Seção de Conformidade de Registros de Gestão (Suporte Docu-
mental) devidamente montada e chefiada por um Oficial conhecedor de todas
as atividades inerentes à função, de maneira que tenha condições de, além de
poder analisar os registros contábeis à luz dos documentos recebidos, possa,
também, exigir que todas as seções da UG enviem para Seção de Conformida-
de de Registros de Gestão todos os documentos pertinentes para arquivo.

A Conformidade deverá ser registrada em até quarenta e oito horas após a


data prevista para o registro da Conformidade Diária, ou seja, setenta e
duas horas após a emissão do documento, observado o prazo de fechamento
no calendário da UG.

82
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Caso não tenha sido registrada a conformidade diária, deverá ser registrada
conformidade documental com restrição (código 907). O prazo considera ape-
nas os dias úteis não incluindo como tais os feriados municipais e militares.

A efetivação da Conformidade de Registros de Gestão é realizada após a aná-


lise dos documentos do SIAFI e a impressão do relatório, através da transação
ATUCONFREG.

83
gestão de material e patrimônio - u2
4 bibliografia

Referências bibliográficas

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC nº 1.128, de 21


de fevereiro de 2008. Aprova as Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público
(NBC) T 16.1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação.

______. Lei 4320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de


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Brasília, DF. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm.
Acesso em 05 de outubro de 2013.

______. ______. Normas Administrativas Relativas ao Material de Co-


municações Estratégicas, eletrônica, Guerra Eletrônica e Informática
(NARMCEI). Brasília: EGGCF, 2002.

______. Ministério da Fazenda e Ministério de Planejamento, Orçamento e


Gestão. Portaria Interministerial nº 163, de 04 de maio de 2001. Dispõe
sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras providên-
cias. Brasília: DOU, 2001.

______. ______.______. Portaria Conjunta nº 03, de 14 de outubro de 2008.


Aprova os Manuais de Receita Nacional e de Despesa Nacional e dá
outras providências. Brasília: D.O.U, 208.

85
gestão de material e patrimônio - u2
______. Ministério da Fazenda. Manual do SIAFI. Brasília, 2012.

.______. ______. Portaria nº 437 -STN, de 12 de julho de 2012. Plano de


Contas Aplicadas ao Setor Público. Brasília: D.O.U., 2012.

______. ______. Manual de orientação para cadastramento e Habili-


tação de usuário no sistema integrado de Administração de serviços
gerais – SIASG. Brasília: D.O.U., 2006.

KOHAMA, Heilio. Balanços Públicos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

Sugestões de Leitura

ANGÉLICO, J. Contabilidade pública. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 1995.

______. Exército Brasileiro. Decreto nº 98.820, de 12 de janeiro de 1990. Re-


gulamento de Administração do Exército (R 3). Brasília: EGGCF, 1990.

______. ______. Portaria nº 003 - SEF, de 17 de janeiro 89. Instruções Re-


guladoras do Sistema de Administração Financeira, Contabilidade e
Auditoria do Ministério do Exército (IR 12-15). Brasília: EGGCF, 1989.

______. Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Instruções para


Elaboração do Programa de Dispêndios Globais – PDG (Manual técni-
co de orçamento). Brasília: D.O.U., 2012.

PIRES, J. B. S. Contabilidade pública: teoria e prática. 5. ed. Brasília: Fran-


co e Fortes, 1998.

86
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Gestão de material e patrimônio
Unidade 3
CONCEITOS SOBRE ARMAZENAGEM
1 Armazenamento de material

Objetivos específicos

• Distinguir os principais tipos de materiais do Exército;


• Distinguir os principais órgãos gestores de material.

A armazenagem, ou armazenamento, não pode mais ser considerado, no


Exército Brasileiro (EB), apenas como uma atividade de guarda de material.
Muito mais do que isso: atualmente, o armazenamento deve ser uma atividade
realizada no mais alto nível, a fim de que a gestão dos recursos públicos seja
caracterizada pela efetividade e possa suprir as necessidades de todas as Orga-
nizações Militares (OM).

O armazenamento deve ser responsável pelo recebimento, cuidados e


entrega pontual do suprimento correto, na hora correta, na quantidade
correta, em condições adequadas e ao menor custo possível.

Por exemplo, não adianta haver grandes estoques de gêneros alimentícios, de


fardamento ou de equipamentos se, no momento em que forem distribuídos,
não puderem ser utilizados devido à má conservação, comprometendo a ope-
racionalidade da tropa e causando enormes prejuízos ao erário público.

Todos os militares que labutam nas atividades de armazenagem devem ter ple-
na noção de que os seus serviços, prestados nos almoxarifados ou em outros
depósitos, são fundamentais para que a Força possa cumprir, plenamente, a
sua missão constitucional.

O armazenamento de material pode ser considerado uma tarefa da fase de


obtenção ou uma das atividades da fase de distribuição da administração
de material, pois, conforme descreve o Manual de Logística Militar Terrestre (C
100-10), “entre a obtenção e a distribuição, há uma certa intermutabilidade
de conceitos, segundo o escalão em que se realiza a fase; o que é obtenção
para um escalão, constitui distribuição para o escalão superior.”

89
gestão de material e patrimônio - u3
A armazenagem consiste nas atividades de guarda, localização, segurança e
preservação de todo o suprimento das diversas Classes de material existentes,
realizadas nos almoxarifados ou em outros depósitos das Unidades Administrativas
(UA), a fim de que se possa atender adequadamente às necessidades internas ou
externas existentes, ou seja, às demandas da própria OM ou de OM apoiadas.

Para que a armazenagem atenda às expectativas de uma gestão caracterizada


pela efetividade, existem vários cuidados a serem tomados pelos agentes da
administração, sendo necessário que todos os responsáveis, além de terem mui-
to zelo pelo material armazenado, saibam distinguir os principais tipos e especi-
ficidades dos materiais utilizados pelo EB e os órgãos gestores desses materiais.

Os sites www.estudandologis- Para se distinguir os principais tipos de materiais utilizados pelo EB é neces-
tica.com.br e www.adminis-
sário conhecer o Sistema de Classificação Militar dos materiais e saber
tradores.com.br abordam di-
versos assuntos referentes ao identificar a atividade que está sendo realizada, pois as responsabilidades
armazenamento de material. referentes aos suprimentos são distintas, caso sejam destinados à manuten-
ção da vida vegetativa, atividade-meio ou à instrução, adestramento e ao
emprego da Força, atividades-fim.

1.1 Principais materiais de consumo e permanente


utilizados pelo EB

Os principais materiais de consumo e permanente utilizados pelo Exérci-


to Brasileiro são:

Classe I - Material de subsistência:

Gêneros alimentícios, inclusive Ração Operacional, e material para copa e cozinha.

Classe II - Material de intendência:

Bandeiras, equipamentos (equipamento individual, material de GLO, material


de acampamento e material de alojamento), fardamento, insígnias, material de
acondicionamento e embalagem, material de expediente, material de escritório,
material de limpeza, material de processamento de dados, material de proteção
e segurança, material de sinalização visual e outros, material para áudio, vídeo
e foto, material para manutenção de bens móveis, material esportivo, móveis,
produtos de higienização, publicações (material bibliográfico) e utensílios.

90
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Classe III - Combustíveis e lubrificantes:

Exemplos: gasolina, óleo diesel e óleo neutro para lubrificação de armamento


(ONLA) e outros óleos lubrificantes.

Classe IV - Material de construção:

Material para manutenção de bens imóveis/instalações, material elétrico e pe-


ças não incorporáveis a imóveis. Ex: areia lavada, brita, cimento.

Classe V – Armamento e munição:

Exemplos: fuzis, pistolas, projéteis, granadas, mísseis, foguetes explosivos e


instrumentos ópticos.

Classe VI - Material de Engenharia e de Cartografia:

Exemplos: bússolas e geradores de energia elétrica.

Classe VII - Material de comunicações, guerra eletrônica, eletrônica


e informática:

Equipamento de processamento de dados, material de processamento de


dados e material eletrônico. Exemplos: cartucho de tinta para impressoras,
computadores, impressoras, rádios e telefones.

Classe VIII - Material de Saúde (humana e veterinária):

Material farmacológico, material hospitalar e material odontológico. Exemplos:


bisturis, remédios e vacinas.

Classe IX - Material naval, de motomecanização e de aviação:

Acessórios para veículos e aeronaves de asas rotativas, ferramentas, material


para manutenção de veículos e de aeronaves de asas rotativas e veículos e
aeronaves de asas rotativas diversos.

Classe X - Materiais não incluídos nas demais classes:

Exemplos: material químico.

91
gestão de material e patrimônio - u3
Os maiores volumes de materiais administrados no âmbito do
EB são os das Classes I e II, principalmente os gêneros alimen-
tícios e o fardamento.

1.2 Principais órgãos gestores de material

A responsabilidade pela gestão dos materiais das diversas classes de supri-


mento depende, como já foi ressaltado, da atividade realizada pela UA, que
poderá ser enquadrada em atividade-meio ou atividade-fim, e que definirá
Órgão Gestor: órgão
o [Órgão Gestor] responsável pelo levantamento das necessidades, obtenção
técnico - normativo incum-
bido de superintender as e distribuição do suprimento.
atividades ligadas ao supri-
mento, à manutenção e ao A atividade-meio, em regra, engloba o material necessário à manutenção
controle específico de mate-
da vida vegetativa das OM e a atividade-fim reúne, em regra, o suprimento
riais de interesse do Exército,
colocados sob sua gestão. necessário para os encargos operacionais das OM, principalmente no que diz
respeito aos materiais de emprego militar.

Um material, de consumo ou permanente, cuja utilização seja


característica da atividade-meio pode ser da responsabilidade
de um órgão que, em tese, está vocacionado para as ativida-
des finalísticas, a fim de cumprir os objetivos propostos.

Por exemplo, se houver necessidade de aquisição de material de expediente


para as atividades de instrução de determinado estabelecimento de ensino,
o responsável por esse material será o órgão criado para gerir o ensino no EB
(atividade-fim), isto é, o Departamento de Ensino e Cultura do Exército (DECEx)
e não a Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO), que é Órgão Gestor típico
das atividades administrativas e que mais utiliza o referido suprimento.

Há, também, materiais como, por exemplo, combustível, gêneros alimentícios


e fardamento, que são utilizados diariamente, tanto na atividade-meio, quanto
nas atividades-fim e são sempre geridos por um único órgão.

Em consequência, a descentralização dos recursos para a aquisição e a ma-


nutenção dos materiais das diversas classes de suprimento está vinculada, em
princípio, ao órgão responsável pelas atividades retrocitadas e não pela simples

92
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
característica do material, salvo em alguns casos, nos quais o material é tanto
utilizado nas atividades-meio como nas atividades-fim, como é a situação dos
gêneros alimentícios e do fardamento.

Os principais órgãos gestores de material são apresentados a seguir:

• Material Classe I (Material de Subsistência) – O Órgão Gestor do


Material Classe I é a Diretoria de Abastecimento (DAbst), integrante
do Comando Logístico (COLOG).

• Material Classe II (Material de Intendência) – O Órgão Gestor do


Material Classe II é a DAbst/COLOG, salvo o material utilizado nas
atividades-meio, referente à manutenção da vida vegetativa das OM
(apoio administrativo), que é gerido pela DGO, através do [Plano de
Apoio Administrativo - (PAA)]. Plano de Apoio Admi-
nistrativo (PAA): instrumento
• Material Classe III (combustíveis e lubrificantes) – O órgão gestor dos através do qual o EB organiza
combustíveis é a DAbst/COLOG e a Diretoria de Material (DMat), tam- a sua atuação para atender,
exclusivamente, às necessi-
bém órgão integrante do COLOG, Órgão Gestor dos Óleos e Lubrificantes. dades da vida administrativa
interna (atividade-meio) do
• Material Classe IV (material de construção) – O Órgão Gestor do
cotidiano de suas OM. O PAA
Material Classe IV é o Departamento de Engenharia e construção é instrumentalizado através
(DEC), através da Assessoria de Gestão de Material de Engenharia (As- de recursos orçamentários da
Ação 2000 (Administração
sessoria 4), que passará suas atuais atribuições à Diretoria de Mate- da Unidade), sob Gestão da
rial de Engenharia (DME), em fase de implantação, salvo o material Diretoria de Gestão Orçamen-
tária (DGO), órgão integrante
utilizado nas atividades-meio, referente à manutenção da vida vegetativa
da Secretaria de Economia e
das OM (apoio administrativo), que é gerido pela DGO, através do PAA. Finanças (SEF).

• Material Classe V (armamento e munição) – O órgão gestor do arma-


mento é a DAbst/COLOG; a DMat/COLOG é o órgão gestor da munição.

• Material Classe VI (material de engenharia e de cartografia) – O


órgão gestor do Material Classe VI é o Departamento de Engenharia
e construção (DEC), através da Assessoria de Gestão de Material de
Engenharia (Assessoria 4), que passará suas atuais atribuições à Direto-
ria de Material de Engenharia (DME), em fase de implantação, salvo
o material utilizado nas atividades-meio, referente à manutenção da
vida vegetativa das OM (apoio administrativo), que é gerido pela DGO,
através do PAA.
No caso dos geradores, sendo os mesmos fixos, de qualquer potência, não
componentes de MEM, a responsabilidade pela gestão é do DEC, porém,
se forem móveis de quaisquer tipos, o Órgão Gestor é a DMat/COLOG.

93
gestão de material e patrimônio - u3
• Material Classe VII (Material de Comunicações, Guerra Eletrô-
nica, Eletrônica e Informática) – O Comando de Comunicações e
Guerra Eletrônica do Exército (CComGEEx), órgão integrante do Depar-
tamento de Ciência e Tecnologia (DCT), por meio de sua Divisão Logís-
tica, é o Órgão Gestor do material Classe VII, referente aos materiais de
comunicações, de Guerra Eletrônica, Eletrônica, inclusive aos de cine,
vídeo, foto e som, e informática.
No caso do material de informática e eletrônicos utilizados nas ativida-
des-meio, referente à manutenção da vida vegetativa das OM (apoio
administrativo), ou seja, dos microcomputadores, das impressoras ou
afins, dos suprimentos de material de informática (material de proces-
samento de dados), dos aparelhos de apoio a escritórios, materiais de
áudio, vídeo e foto, a gestão fica a cargo da DGO, através do PAA.
Caso o material de informática seja relativo a microcomputadores,
impressoras e afins para cartografia, o Órgão Gestor é a Diretoria de
Serviço Geográfico (DSG), também órgão integrante do DCT.
Se os materiais de informática forem microcomputadores, impressoras
e afins para o desenvolvimento de Sistemas de Comando e Controle, os
Órgãos Gestores poderão ser o Centro Integrado de Telemática do Exér-
cito (CITEx), órgão integrante do DCT, o Centro de Desenvolvimento de
Sistemas (CDS), órgão integrante do DCT, o DSG/DCT ou o CComGEEx/
DCT, de acordo com o objeto.
Grandes Unidades Por último, se os materiais de informática forem microcomputadores,
(GU): A GU é a organização
impressoras e afins para os Sistemas Corporativos de Telemática Militar,
militar com capacidade de
atuação operacional indepen- o Órgão Gestor é CITEx/DCT.
dente, básicas para a combi- Em relação às centrais telefônicas e aos aparelhos telefônicos de carac-
nação de Armas e integradas
por unidades de combate, de terísticas civis, destinados às [Grandes Unidades (GU)] e aos [Grandes
apoio ao combate e de apoio Comandos (G Cmdo)], desde que corporativos, ou seja, para atender a
logístico. Ex: Brigadas de
Infantaria e de Cavalaria. mais de uma OM, o Órgão Gestor dos mesmos é o CITEx/DCT. Os demais
são geridos pelo CComGEEx/DCT.

• Material Classe VIII (Material de saúde /humana e veterinária) – O


Grandes Comandos
(G Cmdo): É a denominação Órgão responsável pela gestão Material Classe VIII é a Diretoria de Saú-
genérica dada a qualquer de (DSAU), Órgão integrante do Departamento Geral do Pessoal (DGP).
comando da Força Terrestre,
privativo de oficial-general.
Tratando-se de equipamentos odontológicos e de material de saúde de
Ex: Comando Militar de Área. campanha, o Órgão Gestor responsável é a DAbst/COLOG.

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Material Classe IX (motomecanização e de aviação) – O órgão
Gestor dos materiais motomecanizados é a Diretoria de Material
(DMat), salvo o material utilizado nas atividades-meio, referente à ma-
nutenção da vida vegetativa das OM (apoio administrativo), que é gerido
pela Diretoria de Gestão e Orçamento (DGO), através do Programa de
Apoio Administrativo (PAA).
O Órgão Gestor do material de aviação é a Diretoria de Material de
Aviação do Exército (DMAvEx).

• Materiais utilizados no preparo da Força para emprego em


situações extraordinárias ou em atividade de Garantia da Lei e
da Ordem (GLO) – Nos casos de preparo da tropa, para o emprego
em situações extraordinárias ou em atividades de GLO, o Órgão Gestor
responsável pelas aquisições dos diversos materiais necessários é o Co-
mando de Operações Terrestres (COTER), sendo que a manutenção
preventiva e a corretiva dos suprimentos ficará a cargo dos respectivos
órgãos, normalmente responsáveis pelos referidos materiais.

1.3 Cuidados gerais com os materiais armazenados

Entre outros cuidados, recomenda-se aos gestores que os materiais das diver-
sas classes de suprimento devem ser:

• Resguardados contra furto ou roubo e protegidos contra a ação de peri-


gos mecânicos e ameaças climáticas, bem como de animais daninhos;

• Estocados de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido


inventário;

• Concentrados em locais adjacentes, a fim de facilitar a movimentação e


inventário;

• Conservados nas embalagens originais e abertos somente quando hou-


ver necessidade de fornecimento parcelado ou por ocasião da utilização;

• Protegidos por acessórios de estocagem, de forma que jamais sejam


estocados em contato direto com o piso;

• Arrumados de maneira que não prejudique o acesso às partes de emer-


gência e aos extintores de incêndio ou à circulação de pessoal especiali-
zado para combater incêndio;

95
gestão de material e patrimônio - u3
• Estocados em lugar de fácil acesso e próximo das áreas de expedição,
tratando-se de bens com grande movimentação e afastados das áreas
de expedição se for item com pequena movimentação;

• Arrumados de forma que as suas descrições estejam voltadas para o


lado do acesso do setor de armazenagem, a fim de que haja uma rápida
e fácil identificação;

• Empilhados, a fim de que o arejamento, a segurança e a altura das


pilhas não afetem sua qualidade pelo efeito da umidade e da pressão
decorrente. Deve-se observar uma distância de 70 cm aproximadamente
do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes.

Apesar de serem muitas vezes empregados como sendo sinô-


nimos, os termos armazenagem e estocagem tecnicamente
são distintos, isto é, armazenagem significa guardar adequa-
damente os materiais em depósitos e estocagem significa
manter uma quantidade de mercadorias disponíveis para
suprir às necessidades de uso.

96
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2 Métodos de armazenagem dos materiais
de intendência e de subsistência

Objetivos específicos

• Identificar os diversos métodos de armazenagem dos materiais.


• Determinar a escolha do tipo de armazenamento em função das carac-
terísticas dos materiais.

Os métodos de armazenamento descritos a seguir deverão ser adotados pelas


UA do EB, levando-se sempre em consideração as características, as quantida-
des e a demanda do material, a fim de manter a operacionalidade da Força.

2.1 Métodos de armazenagem dos materiais


de intendência

O material de intendência é composto por uma grande e diversificada quan-


tidade de itens de suprimento, que formam a Classe II do Sistema de Classifi-
cação Militar, destacando-se o fardamento e os equipamentos como itens que
merecem bastante atenção no tocante ao armazenamento, não deixando os
demais artigos de merecerem o devido cuidado quanto a sua armazenagem.

Os materiais de intendência são armazenados nos armazéns dos Órgãos Prove-


dores (OP) e nas OM, em setores de materiais (almoxarifados) ou nas reservas
de materiais das suas subunidades.

O fardamento e os equipamentos (equipamento individual, material de GLO, ma-


terial de acampamento e material de alojamento) possuem métodos de armaze-
nagem específicos, sendo submetidos a um maior controle dos órgãos gestores.

O armazenamento do fardamento e dos equipamentos deve obedecer às ins-


truções descritas a seguir:

97
gestão de material e patrimônio - u3
• A disposição dos artigos deverá obedecer à data de fabricação, sendo
que os produtos de fabricação mais antiga deverão ser posicionados
para serem distribuídos em primeiro lugar (“primeiro que entra é o pri-
meiro que sai” - PEPS) - ou primeiro que vence primeiro que sai - PVPS.

• Todos os artigos devem estar adequadamente identificados e protegidos


Intempéries: fenô- contra roedores ou quaisquer tipos de [intempéries].
menos da natureza, como
chuvas e ventos. • As caixas contendo um mesmo item deverão ser empilhadas, organiza-
das em lotes, por ano de fabricação.

• Deverá ser realizado, no mínimo uma vez por ano, um balanço da carga
dos depósitos, aproveitando-se para contar os artigos ainda embalados
pelos fornecedores e realizar um remanejamento das pilhas.

• Deverá haver periodicamente a inspeção do material, a conferência física


dos artigos e a verificação dos prazos de validade dos lotes.

• Deverão ser tomadas todas as providências para evitar a danificação


do material, quer pela ação de animais daninhos ou por ocorrência de
sinistros.

• Deverão ser mantidos nos depósitos, em locais adequados, os instru-


Substância higros- mentos de medida de temperatura, pressão e umidade, as [substâncias
cópica: substância que tem
higroscópicas], os extintores e outros equipamentos de combate a
como propriedade a capaci-
dade de absorver umidade. incêndio, em perfeitas condições de uso.

Somente o material de 1ª classe e o material de 2ª classe, em condições de


uso, poderão ser armazenados nos OP.

Os equipamentos das subunidades utilizados em instrução, adestramentos,


manobras ou no emprego da tropa somente poderão retornar para a guarda
na reserva de material após estarem devidamente manutenidos, ou seja, lim-
pos, secos e lubrificados, se for o caso.

O subtenente, responsável pela reserva de material da subunidade, deve elabo-


rar um Plano de Manutenção detalhado e exequível, referente aos equipamen-
tos, a fim de estarem sempre em perfeitas condições de uso, seguindo o pres-
crito no Manual Técnico - Manutenção de Material de Intendência (T 10-203).

98
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2.2 Métodos de armazenagem do material Alimento perecível:
de subsistência artigo, cuja conservação é
difícil em ambiente normal,
requerendo maiores cuidados
O material de subsistência corresponde a um conjunto de artigos que forma para se evitar a deterioriza-
a Classe I do Sistema de Classificação Militar, cabendo maior destaque aos ção, sendo que o período de
conservação pode variar de
Gêneros Alimentícios, embora haja outros itens importantes, como os mate-
72 horas a três meses, depen-
riais de copa e cozinha. dendo do material. Ex: batata,
café, cebola, ovos etc.
Os gêneros alimentícios [perecíveis] e [não perecíveis] são armazenados nos
OP, em seus armazéns frigorificados ou não, dependendo do tipo de produto,
Alimento não pere-
e nos Serviços de Aprovisionamento das OM.
cível: artigo que suporta a
armazenagem em ambientes
A armazenagem dos gêneros alimentícios deve ser feita através de métodos de normais, por período maior
armazenamento que proporcionem instalações de armazenamento e câmaras do que três meses. Ex: açúcar,
farináceos, grãos, leite em
frigoríficas em excepcionais condições sanitárias e materiais em condições de
pó, sal etc.
consumo, visando, sobretudo, a segurança alimentar, a fim de que jamais haja
comprometimento da saúde da tropa.

2.2.1 Tipos de armazenagem de gêneros alimentícios Para obter mais informações


sobre segurança alimentar
Há três tipos de armazenagem de gêneros alimentícios. O armazenamento visite o site do Ministério do
Desenvolvimento Social em
dos alimentos pode ser sob congelamento, no qual os itens são armazenados
www.mds.gov.br.
à temperatura de 0ºC (zero) ou menos, sob refrigeração, no qual os itens são
armazenados em temperatura de 0ºC a 10ºC e a seco, no qual os itens são
armazenados à temperatura ambiente.

A escolha do tipo mais adequado vai depender das recomendações ou espe-


cificações dos fabricantes, existentes nos rótulos, ou dos critérios de utiliza-
ção do suprimento.

a. Métodos para manter as condições sanitárias das instalações de armaze-


nagem em alto nível:

• A construção deve ser sólida, de modo a permitir proteção contra


as intempéries;

• A construção deve permitir uma ventilação natural e ampla (lateral e


superior com regulagem);

• Deve haver circuladores de ar para aumentar a ventilação;

• O piso deve ser sólido, impermeabilizado e em nível superior ao terreno;

• Deve haver telas de proteção contra a entrada de animais (insetos


e aves);

99
gestão de material e patrimônio - u3
• Deve-se adotar outros dispositivos para impedir a entrada de animais
e/ou insetos, como, por exemplo, o ultrassom;

• As canaletas e ralos no interior do armazém devem estar em perfei-


tas condições;

• O pé direito deve ter, no mínimo, 6,0 m;

• O formato deve ser retangular e com o mínimo de pilastras;

• Deve haver plataformas para carga e descarga de viaturas protegidas


por cobertura;

• A área útil deve ser compatível com a quantidade e o volume dos


itens previstos para armazenagem;

• A largura dos corredores deve ser compatível para as manobras dos


equipamentos usados na manipulação dos suprimentos;

• Os estrados devem ser adequados ao peso das pilhas, a fim de facili-


tar a ventilação e a limpeza;

• Deve haver material para as ações de expurgo (lonas plásticas e


medicamentos);

• Deve haver local próprio para guarda do material de limpeza do


depósito;

• As áreas interna e externa circunvizinhas do armazém devem ter con-


dições de limpeza compatíveis;

• As instalações elétricas e hidráulicas (especialmente as calhas) devem


estar em bom estado de conservação e adequadas às necessidades;

• Deve haver planejamento para desinsetização e desratização periódicos;

• Deve haver treinamento e proteção adequada para os operadores


que executam as ações de Controle de Pragas;

• Deve haver telas de proteção ou qualquer outro tipo de vedação


nas aberturas (para ventilação), nos escoadouros e nos bueiros para
impedir a entrada de pássaros e roedores;

b. Métodos para manter as condições sanitárias das câmaras frigoríficas em


alto nível:

• A sua estrutura deve ser sólida, impermeável, com isolamento térmico


e revestimento adequado;

• O piso deve ser impermeabilizado, resistente e antiderrapante;

100
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• As portas devem possuir boa vedação e revestimento externo com as
ferragens cromadas;

• Deve haver sistema de escoamento das águas do degelo;

• Os equipamentos de refrigeração devem ser adequados à capacidade


da câmara frigorífica;

• Deve haver compressores em reserva para atender situações imprevistas.

• Deve existir antecâmara, cortina de ar frio e equipamentos de verifica-


ção de temperatura, da umidade relativa e da velocidade do ar, bem
como o respectivo Programa de Controle;

• Deve haver iluminação fria;

• Deve haver espaço suficiente para pesagem e manipulação de supri-


mento e para guarda de equipamentos e utensílios;

• Deve haver plataforma coberta para carga e descarga;

• Deve haver câmaras suficientes que possibilitem a transferência dos


suprimentos, em proveito da melhor conservação, da temperatura e
das medidas higiênicas necessárias; Sanitização: higieni-
zação realizada através de
• Deve haver estrados adequados às baixas temperaturas e alta umidade. produtos químicos clorados,
iodados ou quartenários de
• Deve haver fechadura que permita a abertura pela parte interna amônio.
(segurança);

• Deve haver planejamento para as operações de limpeza e higienização


das câmaras, inclusive para os equipamentos;

• Deve haver planejamento para [sanitização] das paredes e/ou das


câmaras moduladas;

• Deve haver instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias e de esgoto


existentes suficientes e em condições adequadas de conservação;

• O pessoal que trabalha nas câmaras frigoríficas deve ser submetido a


exame médico periódico e instruído sobre como operar no interior das
câmaras;

• Deve haver grupos geradores suficientes para manter a continuidade


de frio em situações de falta de energia elétrica.

c. Métodos de armazenagem dos gêneros alimentícios:

• A disposição dos produtos deverá obedecer à data de fabricação,


sendo que os produtos de fabricação mais antiga deverão ser posi-
cionados para serem consumidos em primeiro lugar (“primeiro que

101
gestão de material e patrimônio - u3
entra é o primeiro que sai” - PEPS - ou “primeiro que vence primeiro
que sai” - PVPS;

• Todos os produtos devem estar adequadamente identificados e pro-


tegidos contra contaminação;

• Os alimentos não devem ficar armazenados junto a produtos de lim-


peza, químicos, de higiene e perfumaria;

• É desaconselhável a entrada de caixas de madeira dentro da área de


armazenamento e manipulação;

• Os alimentos ou recipientes com alimentos não devem ficar em con-


tato direto com o piso, e sim apoiados sobre estrados ou prateleiras
das estantes, devendo ser respeitado o espaçamento mínimo que
garanta a circulação de ar (10 cm);

• Os alimentos que necessitem de transferência de suas embalagens


originais devem ser acondicionados de forma que sejam mantidos
protegidos, devendo ser acondicionados em contentores descartáveis
ou de outro tipo adequado para guarda de alimentos, devidamente
higienizados;

• Deve ser realizado o tombamento das pilhas para os artigos (cereais)


que estejam armazenados por tempo superior a 90 (noventa) dias;

• As pilhas devem ser corretamente organizadas, inclusive quanto à


distância da altura do pé direito (abaixo 1,50 m) e das paredes;

• O transporte de carnes deve ser realizado em viaturas isotérmicas ou


frigoríficas, de modo a impedir a quebra na “cadeia de frio”;

• Os artigos devem ser armazenados dentro das distâncias previstas


entre pilhas, paredes, tetos e baterias de frio;

• Devem ser observadas as seguintes temperaturas quando a armaze-


nagem ocorrer sob refrigeração:

- Pescados e seus produtos manipulados crus: até 4º C por 24 horas;


- Carne bovina, suína, aves e outras e seus produtos manipulados
crus: até 4º C por 72 horas;
- Hortifrutigranjeiros: até 10º C por 72 horas;
- Alimentos pós-cocção: até 4º C por 72 horas;
- Pescados pós-cocção: até 4º C por 24 horas;

102
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
- Sobremesas, frios e laticínios manipulados: até 8º C por 24 horas,
até 6º C por 48 horas ou até 4º C por 72 horas; e
- Maionese e misturas de maionese com outros alimentos: até 4º C
por 48 horas ou até 6º C por 24 horas.
• Quando houver necessidade de armazenar diferentes gêneros ali-
mentícios em um mesmo equipamento de refrigeração, os alimentos
prontos para o consumo devem estar dispostos nas prateleiras supe-
riores; os semi-prontos e/ou pré-preparados nas prateleiras do meio;
e os produtos crus nas prateleiras inferiores, separados entre si e dos
demais produtos.

Caso haja suspeita de enfermidade transmitida por alimento,


deve-se guardar uma amostra, para ser posteriormente ana-
lisada. A amostra deve ser armazenada em utensílios desin-
fetados com álcool 70%, fervidos por 10 a 15 minutos ou
flambados, ou qualquer outro método de desinfecção próprio
para esta finalidade. A quantidade mínima de amostra deve
ser 100g, a ser armazenada por 72 horas sob refrigeração até
4º C ou sob congelamento a -18º C. Os líquidos só podem ser
armazenados por 72 horas, sob refrigeração até 4º C.

• No caso de haver apenas uma geladeira ou câmara na seção de apro-


visionamento ou armazém, o equipamento deve estar regulado para
o alimento que necessitar temperatura mais baixa;

• A espessura do gelo formado nas paredes do freezer ou congelador


doméstico não deve ultrapassar 1,0 cm, devendo o mesmo ser remo-
vido por meio de espátulas próprias.

103
gestão de material e patrimônio - u3
3 Entrada e saída de suprimentos

Objetivos específicos

• Citar as providências do gestor dos armazéns.


• Identificar as exigências regulamentares no controle dos suprimentos.
• Identificar os trabalhos de carga e descarga de material.

Os gestores dos armazéns e dos depósitos das UA são responsáveis pelo


controle de todo o material que entra e sai nessas instalações, a fim de que os
suprimentos sejam armazenados com o máximo de qualidade e conforme as
diretrizes estabelecidas no EB.

3.1 Entrada de suprimentos

Para que se proceda à entrada dos artigos nos depósitos, para serem des-
carregados e armazenados, as seguintes medidas deverão ser tomadas pelos
gestores:

a. Providências do gestor dos armazéns

• Escolha do espaço e remanejamento dos artigos, caso seja neces-


sário;

• Previsão de pessoal e de equipamentos necessários para a movi-


mentação e;

• Outras medidas que se fizerem necessárias.

b. Exigências regulamentares no controle da entrada dos suprimentos

• Os materiais devem estar acompanhados da Nota Fiscal e da Nota


de Empenho;

• Nota de entrega ou documento de entrada;

• Cópia do laudo de exame do material.

105
gestão de material e patrimônio - u3
3.1.1 Trabalhos de descarga

Os trabalhos de descarga devem ser realizados de acordo com um planejamen-


to rápido e simplificado, considerando-se: o meio de transporte, o material a
ser recebido, o volume da carga, a localização dos lotes a serem ocupados,
o espaço necessário para a armazenagem em função do volume e da carac-
terística do suprimento, a melhor maneira para manejar a carga (trabalho de
pesagem e possibilidade de movimentação contínua entre o meio de transporte
e a pilha do material), equipamento e pessoal necessário para os trabalhos de
descarga, pesagem, transporte interno e empilhamento; e estrados necessários.

As descargas devem ocorrer sem interrupções e sob proteção do sol e de


intempéries, principalmente se as operações forem referentes aos gêneros
alimentícios, sujeitos facilmente à deteriorização.

3.1.2 Recebimento dos materiais pelos depósitos

Os seguintes aspectos devem ser observados especificamente para o recebi-


mento dos gêneros alimentícios:

• A data de fabricação e validade de cada item;

• Se as embalagens estão limpas, íntegras, conforme as particularidades


de cada alimento;

• Se os alimentos não estão em contato com papel não adequado (recicla-


do, jornais, revistas e similares), papelão ou plástico reciclado;

• Se o entregador está com uniforme adequado e limpo, avental, sapato


fechado, proteção para o cabelo ou mãos (rede, gorro ou luvas) quan-
do necessário;

• Se na rotulagem existente em cada artigo consta o nome e composição


do produto, o lote, a data de fabricação e validade, o número de regis-
tro no órgão oficial, o CGC, o endereço do fabricante e do distribuidor,
as condições de armazenamento e a quantidade (peso);

• Se as temperaturas dos materiais estão adequadas, devendo ser registra-


das no ato do recebimento;

106
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Se os produtos perecíveis cumprem os seguintes critérios de temperatu-
ra para fins de recebimento: se forem congelados, deverão apresentar
a temperatura de - 18ºC (com tolerância de até -12ºC); quando forem
resfriados, a tolerância de temperatura para recebimento deverá ser de
6º a 10º C ou conforme especificação do fabricante, e para os produtos
refrigerados, aceita-se o recebimento de até 6º C com tolerância a 7º C.

No caso do material de intendência, são previstas as seguintes medidas es-


pecíficas, de acordo com as Normas Administrativas Relativas ao Suprimento
(NARSUP):

Art. 125. São disposições específicas da Cl II, quanto ao


recebimento de material de intendência:

I - por ocasião do recebimento de materiais entregues pe-


las empresas fornecedoras, os BSup/DSup deverão retirar,
aleatoriamente, do(s) lote(s) recebido(s), imediatamente
após a entrada do material no depósito, uma amostra e
encaminhá-la, no mais curto prazo possível, à Diretoria
de Suprimento, informando, por meio de mensagem fax,
o seguinte: o artigo, o número da licitação, a quantidade
recebida, o nome da empresa fornecedora, o número e
data da Nota de Empenho, o número e data do Contrato
e o número e data da Nota Fiscal;

II - de posse das amostras dos BSup/DSup, a Diretoria de


Suprimento realizará a comparação dessas amostras com
as recebidas por ocasião do certame licitatório e com as
amostras-padrão recebidas das empresas, já analisadas
pelo LAMI/2, dando parecer sobre a sua conformidade;

III - no caso do artigo apresentar divergências na compa-


ração, as amostras recebidas dos OP serão remetidas ao
LAMI/2, para exames laboratoriais, sendo o parecer de
conformidade baseado no resultado do laudo recebido
do LAMI/2;

IV - caso as amostras sejam consideradas conforme,


a Diretoria de Suprimento as restituirá aos respectivos
BSup/DSup;

V - nos casos em que, após a análise pelo LAMI/2, a


amostra do material for considerada não conforme, a DS
informará aos BSup/DSup, cabendo, após o recebimento

107
gestão de material e patrimônio - u3
da informação de não conformidade, solicitar, por escrito,
à empresa interessada que efetue a retirada do material
no prazo máximo de 8 (oito) dias, contados da data da
comunicação, esclarecendo que se não o fizer, incorre-
rá em multa contratual calculada sobre o valor da nota
fiscal, por dia que exceder o prazo fixado;

VI - competirá ao Cmt ou Ch de cada OP o acionamen-


to oportuno, por escrito, dos fornecedores, visando ao
cumprimento dos cronogramas de entrega do material,
elaborados pela DS, participando à mesma o não cumpri-
mento do prazo estabelecido;

VII - os OP encaminharão à DS, imediatamente após o


recebimento da informação de que o artigo foi conside-
rado conforme e da remessa da NF e da Declaração de
Recebimento ao DLog, de acordo com o estabelecido no
parágrafo único do art. 33, uma mensagem Fax con-
tendo as seguintes informações sobre o recebimento do
material: número da licitação, artigo, quantidade rece-
bida, quantidade de volumes recebidos, quantidade de
volumes violados, empresa, número e data da nota de
empenho, número e data do contrato, número e data do
TREM e documento que remeteu a 1ª via da Nota Fiscal
ao DLog e sua data;

VIII - os BSup/DSup não deverão liquidar e encaminhar as


notas fiscais ao DLog, antes de serem informados sobre a
conformidade das amostras remetidas para a DS;

IX - os materiais que não puderem ser remetidos para


comparação via malote ou cujo custo da remessa seja
elevado ou aqueles determinados pela DS, deverão ser
examinados pela Comissão de Exame e Recebimento de
Material, com base nas suas especificações técnicas; caso
haja dificuldade para avaliar o material, poderá ser reme-
tida uma amostra para análise no LAMI/2.

108
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3.2 Saída de suprimentos

Para que se proceda a saída dos artigos dos depósitos, a fim de serem distri-
buídos, as seguintes medidas deverão ser tomadas pelos gestores para que os
materiais entrem nos depósitos:

a. Providências do gestor dos armazéns

• Repartição dos materiais;

• Pesagem dos materiais;

• Previsão de pessoal e equipamentos;

• Outras medidas que se fizerem necessárias.

3.2.1 Exigências regulamentares no controle da entrada


dos suprimentos

A saída de suprimento de um depósito está condicionada à emissão da guia de


fornecimento ou de outro documento equivalente.

3.2.2 Trabalho de carga

Os trabalhos de carga devem ser realizados de acordo com um planejamento


rápido e simplificado, considerando-se: o meio de transporte, o material a ser
entregue, o volume da carga, a localização dos lotes a serem desocupados, o
espaço necessário em função do volume e da característica do suprimento, a
melhor maneira para manejar a carga (trabalho de pesagem e possibilidade
de movimentação contínua entre a pilha do material e o meio de transporte),
equipamento e pessoal necessário para os trabalhos de desempilhamento,
transporte interno, pesagem e carga.

As cargas devem ocorrer sem interrupções e sob proteção do sol e de intempé-


ries, principalmente se as operações forem referentes aos gêneros alimentícios,
sujeitos facilmente à deteriorização.

109
gestão de material e patrimônio - u3
4 bibliografia

Referências Bibliográficas

______. Manual de Campanha C 100-10 – Logística Militar Terrestre. 2ª


ed. Brasília: EGGCF, 2003.

______. Manual Técnico T 10-201 – Armazenagem de Suprimento Clas-


se I. 2ª Ed. Brasília: EGGCF, 1989.

______. Normas Administrativas Relativas ao Suprimento. Brasília: EGG-


CF, 2002.

Bibliografia complementar

ARAUJO, Jorge Sequeira de. Almoxarifados: administração e organização.


9ª ed. São Paulo: Atlas, 1985.

BRASIL. Decreto nº 98.820, de 12 de janeiro de 1990. Regulamento de Ad-


ministração do Exército (R 3). Brasília: EGGCF, 1990.

______. Manual Técnico T 10-203 – Manutenção de Material de Inten-


dência. Brasília: EGGCF, 1993.

_______. Exército Brasileiro. Portaria Nr 051 EME, de 10 de agosto de 1993.


Estabelece a Listagem dos Conjuntos de Material de Intendência de
Campanha e as Respectivas Normas de Distribuição. Brasília: EGGCF,
1993.

______. Portaria nº 010-D LOG, de 20 de Julho de 2005. Aprova as Normas


para Inspeção de Alimentos e Bromatologia para a Força Terrestre.
Brasília: EGGCF, 2005.

______. Normas Administrativas Relativas ao Armamento. Brasília: EGG-


CF, 2009.

______. Normas Administrativas Relativas à Manutenção. Brasília: EGG-


CF, 2002.

111
gestão de material e patrimônio - u3
______. Normas Administrativas Relativas ao Material de Comunica-
ções Estratégicas, eletrônica, Guerra Eletrônica e Informática. Brasília:
EGGCF, 2002.

______. Orientações aos Agentes da Administração 2013. Brasília, DF.


Disponível em: <http://www.dgo.eb.mil.br/manuais/Orientacoes%20aos%20
Agentes%20da%20Administracao.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2013.

______. Ministério da Defesa. Portaria nº 854/SELOM, de 04 de Julho de 2005.


Aprova o Regulamento Técnico de Boas Práticas em Segurança Ali-
mentar nas Organizações Militares. Disponível em: <www.sgex.eb.mil.br/
be_ostensivo/BE2005/be2005pdf/be28-05.pdf>. Acesso em: 28 ago 2013.

112
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância

Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos

Coordenação de Avaliação e Acompanhamento


Gianna Oliveira Bogossian Roque

Coordenação de Criação e Desenvolvimento


Claudio Perpetuo

Coordenação de Design Didático


Sergio Botelho do Amaral

Coordenação de Material Didático


Stella Maria Peixoto de Azevedo Pedrosa

Coordenação de Tecnologia da Informação


Renato Araujo

Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio

Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO

GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa

Redação Pedagógica
Frieda Marti

Revisão
Camila Welikson

Projeto Gráfico
Romulo Freitas Gestão do material e do patrimônio : apostila 3 GMP /
coordenação didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Diagramação ; redação pedagógica: Frieda Marti ; projeto gráfico: Romulo Freitas ;
Clara Ishikawa diagramação: Clara Ishikawa ; coordenação de conteudistas: Fernando
Velôzo Gomes Pedrosa ; conteudista: Ismar Santos da Cunha ; revisor
Coordenação de Conteudistas
técnico: Marcos Figueiredo ; produção: Pontifícia Universidade Católica
Fernando Velôzo Gomes Pedrosa do Rio de Janeiro ; realização: EsIE – Escola de Instrução Especializada
Conteudista [do] Exército Brasileiro. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2014.

Ismar Santos da Cunha Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais – CHQAO.


64 p. : il. (color.) ; 21 cm.
Revisão Técnica
Inclui bibliografia
Marcos Figueiredo
1. Administração pública – Brasil. 2. Administração de material
- Brasil. 3. Propriedade pública – Brasil. I. Pedrosa, Stella M. Peixoto
Produção de Azevedo. II. Marti, Frieda. III. Cunha, Ismar Santos da. IV. Pontifícia
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central Educação
a Distância. V. Brasil. Exército. Escola de Instrução Especializada.
Realização
EsIE – Escola de Instrução Especializada CDD: 351.81
Exército Brasileiro
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

Gestão de material e patrimônio


Unidade 4
CONTROLE DE MATERIAL

Unidade 5
O SISTEMA APLICATIVO DE MATERIAL DO EXÉRCITO
APRESENTAÇÃO
O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO),
conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os sub-
tenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas para o
Quadro Auxiliar de Oficiais.

A disciplina Gestão do Material e do Patrimônio possui carga horária


total de 90 horas.

Os objetivos gerais desta disciplina são:

• Distinguir as atribuições inerentes às áreas administrativas de material e


patrimônio;

• Confeccionar a documentação referente ao controle patrimonial e de


material;

• Evidenciar a capacidade de agir atendo-se a detalhes significativos;

• Evidenciar a capacidade de desenvolver atividades de forma sistemática


e eficiente.

Nesta apostila serão apresentadas a Unidade Didática IV – Controle de


Material e a Unidade Didática V – O Sistema Aplicativo de Material do
Exército, cujos objetivos, determinados pelo Planejamento de Disciplina (PLA-
DIS), desenvolvido pela Seção de Ensino da Escola de Instrução Especializada
do Exército Brasileiro (EsIE), estão especificados por capítulo.

Boa leitura!
conteudista

Ismar Santos da Cunha é Tenente-Coronel do Serviço de Intendência. É


bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras
(AMAN) e mestre em operações militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (ESAO). Possui graduação em Direito pela Universidade Gama
Filho (UGF), pós-graduação em Comércio Exterior (Importação e Exportação)
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pós-graduação em
Processo Civil pelo Instituto de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), pós-
-Graduação em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (PUC Minas), extensão em Docência do Ensino Superior pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS), possui cursos na área
do Direito Internacional e Direito Internacional dos Conflitos Armados pela
Escola Superior de Guerra (ESG) e é mestrando em Direito Ambiental pelo
Centro Universitário de Ensino de São Paulo – Unidade de Ensino Lorena
(UNISAL). Possui experiência na área de ensino superior no meio acadêmico
civil, tendo atuado como Professor de Direito, ministrando as disciplinas de
Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Civil e Direito Penal e sendo
Coordenador do Curso de Direito. Atuou na área administrativa de várias
unidades do Exército como Aprovisionador, Encarregado do Setor de Mate-
rial, Encarregado do Setor Financeiro, membro de Comissão de Licitação e
Chefe do Centro de Apoio Logístico. Participou de vários congressos, seminá-
rios e palestras que permitiram complementar seus conhecimentos nas áreas
jurídica e administrativa e, atualmente, desempenha a função de Professor
de Direito da Academia Militar das Agulhas Negras.
UNIDADE IV – CONTROLE DE MATERIAL

1. estocagem 11
1.1 Controle de material 11
1.2 princípios básicos de estocagem 13
1.2.1 classificação de estoques 13
1.2.2 controle de estoques 15
1.2.3 Princípios e técnicas de movimentação de material 13
1.2.4 Equipamentos de Estocagem 21
1.2.5 Equipamentos para Movimentação de Estoque 29
1.2.6 Segurança nas atividades de movimentação 29
e manuseio dos materiais

2. Bibliografia 31

UNIDADE V – O SISTEMA APLICATIVO DE MATERIAL DO EXÉRCITO

1. introdução 35
2. Sistema de Controle Físico (SISCOFIS) 37
2.1 Principais recursos disponíveis no SISCOFIS 39
2.2 Principais vantagens do SISCOFIS 40
2.3 Estrutura do SISCOFIS 40
2.3.1 Conexão 43
2.3.2 Segurança 44
2.3.3 Acesso 44
2.4 Relação do SISCOFIS com o SIAFI e SISPATR 46
3. SISCOFIS Módulo OM 49
3.1 Implantação de materiais 50
3.1.1 Implantação de material de consumo ou permanente
adquirido no comércio 50
3.1.2 Implantação de material de consumo ou permanente 51
oriundo da cadeia de fornecimento
3.2 Formulário de conexão ao sistema 52
3.3 Preenchimento do formulário principal 52
3.3.1 Cadastramento inicial de material de consumo 55
e permanente
3.3.2 Entrada de material de consumo 55
3.3.3 Entrada de material permanente 57
4. BIBLIOGRAFIA 61
Gestão de material e patrimônio
Unidade 4
CONTROLE DE MATERIAL
1 Estocagem

Objetivos específicos

• Descrever as formas de classificação de estoques.


• Descrever o método de controle de estoques e sua utilização na previ-
são de demanda de suprimentos
• Identificar os pricípios e técnicas de movimentação de material.

A filosofia da estocagem moderna, que está vigente entre as empresas em


todo o mundo, é a utilização do sistema just in time, ou seja, é adotada a ideia
de que se deve administrar um mínimo de estoque de materiais, quando não
se opte, inclusive, pela sua eliminação quando possível.

Apesar de serem, muitas ve- Esse pensamento deve ser bem dimensionado quando tratamos de Exército
zes, empregados como sendo
Brasileiro (EB), pois o just in time está intimamente ligado à venda da produção
sinônimos por muitos auto-
res, os termos armazenagem e visando lucro, que não é a atividade típica do EB. Entretanto, alguns ensinamen-
estocagem, tecnicamente são tos podem ser colhidos desse sistema e adaptados ao controle quantitativo
distintos, embora interliga-
dos. Isto é, armazenagem sig- do material utilizado pela Força Terrestre (FT), ou seja, a estocagem deve sempre
nifica guardar adequadamen- buscar a otimização do material armazenado para que se evite desperdícios ou
te os materiais em depósitos
e estocagem significa manter
faltas e, consequentemente, não haja prejuízos à operacionalidade da FT.
uma quantidade de mercado-
rias disponíveis para suprir às
demandas.
1.1 Controle de Material

O controle de todo o material no âmbito do EB, muito mais do que uma previ-
são normativa, é uma atividade imprescindível para que todas as suas Unidades
Administrativas (UA) tenham as melhores condições de realizar suas missões
com os suprimentos necessários, sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo.

Sem um efetivo controle de material, é inevitável a ocorrência de aplicação


inadequada dos recursos, o que comprometerá o cumprimento da missão
constitucional da FT, devido a perdas, faltas ou desperdícios.

11
gestão de material e patrimônio - u4
O controle do material não é O controle do material deve ser realizado pelos Órgãos de Apoio Setorial (OAS),
realizado apenas por meio das
pelos Cmdo RM, pelos OP e pelas OM, e consiste em ações e ferramentas que
tarefas inerentes à estocagem,
ou seja, o controle do mate- garantem, por meio de registros e relatórios, a obtenção de informações preci-
rial é gênero, do qual a esto- sas referentes à identificação, existência, quantidade, localização, condições e
cagem é uma espécie.
histórico dos itens de suprimento, desde a sua primeira inclusão no patrimônio,
até a sua descarga ou desrelacionamento final, por quaisquer motivos.

As ações de controle poderão ser diretas ou indiretas. As ações diretas são


realizadas por meio de:

a. Exames - são ações de controle destinadas a verificar se a qualidade do


item de suprimento está de acordo com as normas técnicas, podendo ser:

• Especializados - quando realizados por profissionais habilitados e


auxiliados por equipamentos;

• Sumários - quando realizados visualmente por profissionais com


conhecimento específico sobre o material a examinar.

b. Conferências - são ações de controle destinadas a verificar o aspecto


quantitativo, comprovando a existência física do material das UA. Nor-
malmente são realizadas por meio de inventário de estoques que podem
ser periódicos (semanais, quinzenais, mensais etc.), ou rotativos (feito
permanentemente por meio de amostragens).

c. Inspeções - são ações de controle periódicas destinadas a verificar o de-


sempenho do pessoal nos diversos níveis de atividade e/ou desempenho
do material nas suas diversas situações.
Para obter mais informações d. Visitas técnicas - têm como objetivo verificar in loco, periodicamente,
sobre gestão da cadeia logís-
a execução da atividade logística de suprimento, coletando dados que
tica para a melhoria dos ser-
viços prestados, leia o texto possam servir como subsídios para a melhoria dos processos relacionados
disponível em http://www. à aquisição, estocagem e distribuição de suprimento aos OP e às OM.
lume.ufrgs.br/bitstream/
handle/10183/24236/ As ações indiretas de controle de material são realizadas por meio da aná-
000599061.pdf
lise de documentos, que contém suas informações contábeis, estatísticas,
inventários e normas procedimentais.

De acordo com o Art 102, § 7º, das Normas Administrativas Referentes ao Supri-
mento (NARSUP), os documentos mais utilizados no controle de material são:

I. Guias (Anexos E e F);

II. Termo de Recebimento e Exame de Material (Anexo K);

III. Inquérito Técnico (Anexo às NARMNT);

IV. Parecer Técnico (Anexo às NARMNT);

12
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
V. Termo de Exame e Averiguação de Material (Anexo às NARMNT);

VI. Mapa de Controle de Material de Engenharia (Anexo I);

VII. Relatório de Desempenho de Material (RDM - Anexo J);

VIII. Boletim de Existência de Armamento (BEA-Anexo M);

IX. Boletim de Existência de Munição (BEM –Anexo N); e

X. Outros previstos no R-3.

No que diz respeito aos aspectos quantitativos dos produtos armazenados,


necessários à operacionalidade da Força, o controle de material é realizado por
meio da estocagem.

1.2 Princípios Básicos de Estocagem

Estocagem é a atividade da administração de material responsável pelo contro- Para obter mais informações
sobre gestão de estoques, leia
le quantitativo e pela movimentação dos materiais armazenados em quaisquer
o texto disponível em http://
espécies de depósitos existentes nas UA do EB. fateczl.edu.br/TCC/2009-1/
tcc-238.pdf .
A estocagem tem como objetivo imediato a manutenção da quantidade corre-
ta dos itens de suprimento necessários às UA, através da utilização de métodos
de controle e de princípios e técnicas de movimentação de materiais, a fim
de que haja o perfeito emprego dos recursos públicos e um elevado nível de
operacionalidade da FT.

Segundo Ballou (2006, p. 277), “gerenciar estoques é também equilibrar a Nota de Movimentação de
disponibilidade dos produtos ou serviço ao consumidor, por um lado, com Estoque (NME): é o docu-
mento utilizado para registrar
custos de abastecimento que, por outro lado, são necessários para um deter- a movimentação de estoque
minado grau dessa disponibilidade”. nos Órgãos Provedores (OP),
motivada por outros fatos que
não podem ser registrados
1.2.1 Classificação de estoques nas guias de entrada, guias de
fornecimento, guias de reco-
Os estoques podem ser classificados em cinco categorias (BALLOU, 2006), lhimento ou guias de remessa
(NARSUP, 2002).
apresentadas e descritas a seguir:

a) Estoque no Canal

Os estoques no canal são todos os materiais armazenados entre os elos do


canal de suprimento, a fim de reduzir o tempo de provimento das necessida-
des, devido à morosidade da movimentação dos artigos, das longas distâncias
e da existência de muitos elos.

13
gestão de material e patrimônio - u4
Dentro da estrutura do EB há vários exemplos de estoques no canal, como os
do Depósito de Subsistência de Santo Ângelo (DSSA), do Depósito de Sub-
sistência de Santa Maria (DSSM) e das próprias Bases Logísticas (BaLog) que
foram criadas a fim de garantir a quantidade necessária de suprimentos às
OM, tendo em vista as grandes distâncias entre os Batalhões e Depósitos de
Suprimentos e as OM apoiadas.

b) Estoque de Especulação

Os estoques de especulação são matérias-primas ou produtos críticos


armazenados com o objetivo de evitar a dependência do fornecimento dos
itens necessários para a produção ou distribuição em momentos de maior
demanda ou de emergência, devido à possibilidade de faltas ou ao aumento
dos preços dos mesmos.

A administração de um estoque de especulação requer disponibilidade de


recursos financeiros, pois a sua manutenção tem alto custo, sendo a sua cria-
ção uma exceção diante da moderna filosofia de gerenciamento que requer
um estoque mínimo.

Os estoques reguladores do governo, que abastecem o mercado quando há


um aumento excessivo dos preços ou faltas de produtos essenciais para a po-
pulação são exemplos de estoques de especulação.

Em relação ao EB, a aplicação em um estoque de especulação pode ser jus-


tificada para determinados itens críticos importados, como os suprimentos
para a aviação, já que a falta destes suprimentos impossibilitaria o cumpri-
mento das missões.

c) Estoque Regular (cíclico)

Os estoques regulares ou cíclicos são os materiais armazenados nos arma-


zéns dos OP e nos depósitos dos almoxarifados e aprovisionamentos das OM,
destinados ao atendimento das necessidades normais das UA durante o tempo
previsto para os sucessivos reabastecimentos.

No tocante à estrutura administrativa do EB, os Estoques de Distribuição dos OP


e das OM de Manutenção e os Estoques Internos das OM são estoques regula-
res, devendo ser bem gerenciados para manterem a disponibilidade dos artigos.

14
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
d) Estoque de Segurança

O estoque de segurança é um acréscimo ao estoque normal a fim de aten-


der a uma situação emergencial que cause um médio aumento da demanda
ou médio atraso na reposição dos materiais.

De acordo com as Normas Administrativas referentes ao Suprimento (NAR-


SUP), estoque de segurança:

É a quantidade de suprimento, além da que constitui o


nível operacional, necessária para garantir a continuidade
das operações na eventualidade de pequenas interrup-
ções da reposição ou flutuação imprevisível nas necessi-
dades de suprimento. É calculado para o efetivo máximo
previsto para o período (BRASIL, 2002, p. 15).

Todo o material armazenado que estiver na condição de Hipo-


tecado constitui-se em um estoque de segurança para atender
a situações emergenciais.

e) Estoque Obsoleto (Morto ou Evaporado)

Estoque obsoleto é um conjunto de materiais deteriorados ([quebras]) ou Quebras: são as perdas


ultrapassados, devido a um armazenamento prolongado, que deve ser guarda- ocorridas nos estoques de
suprimento (NARSUP, 2002).
do para que se tomem as medidas administrativas cabíveis.

Conforme prescreve o Art 52, § 1º, das NARSUP:

As quebras, em princípio, somente serão admissíveis nos


OP, quando os suprimentos tornarem-se inservíveis moti-
vados pela ocorrência de sinistros, ação de animais dani- Quebras de Armazenagem são
nhos, exposição prolongada à luz solar ou à umidade. Na as decorrentes da desidratação
do suprimento armazenado e
hipótese de ocorrerem nas OM, estas deverão proceder
das operações de estocagem e
de conformidade com o previsto no Regulamento de de suprimento, inclusive pe-
Administração do Exército (R/3) (BRASIL, 2002, p. 35). quenos acidentes de manuseio,
em consequência de embala-
gens furadas ou danificadas. A
1.2.2 Controle de estoques quebra será apurada no final
da distribuição de um lote,
Esta atividade visa à reposição das necessidades de suprimentos para manter: quando então, se houver, será
a diferença entre a quantidade
• Os níveis de suprimento previstos; total distribuída e a que consti-
tui o lote (NARSUP, 2002).
• A otimização física dos materiais armazenados, decorrente da simplifica-
ção de variedades, reutilização e recuperação;

15
gestão de material e patrimônio - u4
• A movimentação dos itens considerados ociosos, obsoletos ou recuperáveis;

• A alienação dos artigos antieconômicos e irrecuperáveis.

Os estoques devem ser objeto de constantes revisões e análises para identifica-


ção de itens que estejam:

• Ativos – requisitados regularmente em um dado período estipulado


pelo órgão e

• Inativos – não movimentados no período estipulado pelo órgão e com-


provadamente desnecessários para utilização no mesmo.

Os setores responsáveis pelo controle de estoques (Armazéns, Almoxarifados,


Aprovisionamentos e outros Depósitos), com base nos resultados obtidos,
em face da revisão e análise efetuadas, promovem o levantamento dos itens,
realizando pesquisas junto às unidades apoiadas (no caso dos OP) ou junto às
Seções e Subunidades (no caso das OM) com a finalidade de constatar se há
ou não necessidade desses itens naqueles setores.

Estas atividades também são responsáveis pelo registro sistemático de todas as


informações que envolvem um item de suprimento. O registro é feito a fim de
Dispositivo de alerta: permitir o fácil acesso aos dados pretendidos, devendo conter [dispositivos de
são ferramentas gerenciais de alerta] para as situações não desejadas.
TI, que permitem, através de
sons, cores ou outros sinais
Um controle de estoques precisa satisfazer às seguintes condições:
disponibilizados em softwa-
re específico, a informação
• Ter fácil acesso às informações, por meio de um banco de dados confiável;
tempestiva aos gestores de
que há necessidade de aquisi- • Permitir a atualização, no menor tempo possível, entre a ocorrência do
ção ou distribuição de itens
críticos ou não, a fim de que fato e o registro.
haja a reposição dos estoques
para suprir as necessidades Compete aos setores de controle de estoques:
prementes.
• Determinar método e grau de controles a serem adotados para cada item;

• Manter os instrumentos de registro de entradas e saídas atualizados;

• Promover consistências periódicas entre os registros efetuados no setor


de controle de estoques com os dos depósitos e a consequente existên-
cia física do material na quantidade registrada;

• Identificar o intervalo de aquisição para cada item e a quantidade de


ressuprimento;

• Emitir os pedidos de compra do material rotineiramente adquirido e


estocável;

• Manter os itens estocados em níveis compatíveis com a política traçada


pela UA;

16
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Identificar a necessidade de retirada física dos itens inativos (devido à
obsolescência, à danificação ou à perda das características normais de uso
e comprovadamente inservíveis) dos depósitos subordinados a esse setor.

A gestão indevida do estoque de materiais não rende o que deveria quando há


faltas de suprimentos e quando a quantidade armazenada ultrapassa o ne-
cessário, gerando um estoque desnecessário e comprometendo, assim, outras
áreas das UA.

Pequenos descuidos nas aplicações, controles ou programa-


ções de estoques podem ocasionar falta de operacionalidade
da FT ou desperdício dos recursos públicos, causando prejuí-
zos ao erário público.

1.2.2.1 Níveis de Suprimento

Consideram-se níveis de suprimento as quantidades de artigos das diversas


Classes de Material, expressas em dias, quantidade de itens ou unidades de
medida, que podem estar armazenadas nos depósitos dos OP e das OM para
distribuição, tendo em vista as necessidades de consumo.

Os níveis de suprimento, em regra, são determinados pelo Estado-Maior do


Exército (EME) e devem ser consultados nos Quadros de Distribuição de Mate-
rial (QDM) ou na legislação específica pertinente, podendo também ser estabe-
lecidos pelos Órgãos Gestores dos materiais.

No tocante aos níveis de suprimento das OM, os OP podem propor aos Cmdo
RM alterações de suas quantidades, levando em conta as peculiaridades exis-
tentes e, principalmente, a necessidade da permanente renovação dos itens, a
fim de que os mesmos estejam sempre em condições de utilização.

De acordo com as quantidades de material estocado e segundo o Art 8º das


NARSUP, há os seguintes níveis de suprimento:

XLVIII - Nível de Estocagem (Ni Estq) – É a quantidade


de suprimento autorizada a ser estocada para manter
as operações correntes e para atender às necessidades
imprevistas. Corresponde à soma dos níveis operacional
e de segurança. É expressa em dias de suprimento ou em
unidades de medidas;

17
gestão de material e patrimônio - u4
XLIX - Nível Máximo (Ni Max) – É a quantidade máxima
de suprimento que um comando poderá ter em seu
poder, para atender a todas as suas necessidades, visando
às operações e possíveis interrupções no fluxo de supri-
mento. Corresponde à soma do nível de estocagem com
as quantidades de suprimento a receber pelo comando
considerado, em dias de suprimento. Pode ser expresso
em quantidade de suprimento;

L - Nível Operacional (Ni Op) É a quantidade de supri-


mento necessária para manter as operações no intervalo
de tempo entre dois pedidos ou entre a chegada de duas
remessas consecutivas;

LI - Nível de Reserva (Ni Res) – É a quantidade de supri-


mento cuja estocagem é autorizada tendo em vista uma
situação especial;

LII - Nível de Segurança (Ni Seg) – É a quantidade de


suprimento, além da que constitui o nível operacional,
necessária para garantir a continuidade das operações na
eventualidade de pequenas interrupções da reposição ou
flutuação imprevisível nas necessidades de suprimento. É
calculado para o efetivo máximo previsto para o período
(BRASIL, 2002, p.15) .

Não se deve confundir nível de estocagem com nível de supri-


mento. O nível de suprimento tem como finalidade atender às
necessidades de consumo, visando a manutenção das opera-
ções correntes e o atendimento das necessidades imprevistas.
O nível de segurança corresponde ao estoque mínimo, ou seja,
a quantidade mínima de material que deve estar armazenada.

1.2.2.2 Principais causas da má gestão dos estoques

A má gestão dos estoques, além de poder causar grandes danos ao erário


público, pode comprometer a operacionalidade das OM.

É importante que os gestores dos depósitos estejam atentos à legislação per-


tinente e ao constante planejamento, a fim de que seja cumprindo o princípio
administrativo da eficiência.

18
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
As principais causas da má gestão de estoques são:

• Falta de uma política ou a má política de controle de estoque, prin-


cipalmente no que diz respeito ao investimento em Tecnologia da
Informação (TI).

• Precária habilidade tecnológica dos sistemas de informação da empresa,


gerando a diferença entre a logística medíocre e a excelente;

• Falta de pessoal qualificado;

• Compras indevidas (falta de planejamento e especulação);

• Desconhecimento das reais necessidades de consumo;

• Armazenagem inadequada (desperdício);

• Dependência de um único fornecedor;

• Falta de inspeção rigorosa no recebimento de materiais.

1.2.2.3 Medidas para redução ou eliminação da necessidade de estoque

Em consequência de uma má gestão é comum existir nos depósitos das UA


grande quantidade de material estocado sem serventia ou em quantidade
muito além da necessária.

Portanto, os administradores devem ter uma preocupação constante para que


essas situações não ocorram, devendo existir estoques extremamente necessá-
rios, principalmente de [itens críticos] das diversas classes de suprimento. Itens críticos: são
aqueles imprescindíveis, ou
Para reduzir ou eliminar a necessidade de estoque é necessário: seja, não podem faltar. Sem
eles a infantaria não pode ir
• Racionalizar o processo de distribuição (levantamento de acordo com para guerra, a cavalaria não
se move etc.
reais necessidades);

• Reduzir os desperdícios na distribuição e aquisição;

• Realizar a manutenção preventiva em todos os setores;

• Ter conhecimento de que todos devem acreditar no sistema e evitar


estoques nas seções da UA;

• Ampliar a rede de fornecedores, mesmos materiais a custo mais baixo;

• Ter controle efetivo da utilização dos materiais e realizar o levantamento


das necessidades por parte dos diversos chefes.

19
gestão de material e patrimônio - u4
1.2.2.4 Métodos de controle dos estoques

Generalizar a forma de efetuar o controle dos estoques é quase impossível. Ele


deve ser feito de maneira diferente para cada artigo, de acordo com o grau de
importância, valor relativo e dificuldades no ressuprimento.

A utilização de métodos de controle de estoque serve para que o gestor dos


depósitos possa planejar a melhor maneira de atender, tempestivamente, às
demandas ilimitadas das UA, face aos recursos limitados.

Ordem de Fornecimento (O O controle de estoques pode ser realizado, principalmente, através de:
Forn) é o documento que
os Órgãos Gestores dos res- • Registro dos pedidos de fornecimento;
pectivos materiais e/ou os
Comandos das Regiões Mi- • Acompanhamento periódico das fichas de controle de estoques, por
litares (Cmdo RM) utilizam meio do Sistema de Controle Físico (SICOFIS);
para autorizar o OP a for-
necer determinado material • Verificação do relatório mensal de estoques, por meio do SICOFIS e
para uma Organização Mili-
tar (OM) apoiada. • Análise da solicitação de compras.

1.2.2.5 Reposição do estoque

O acompanhamento dos níveis de estoque e as decisões de quando e quan-


to comprar ocorrem em função do:

• Consumo médio mensal (C) – média aritmética do consumo (ou


demanda) nos últimos 12 meses.

• Tempo de aquisição (T) – período decorrido entre a emissão do pe-


dido de compra e o recebimento do material no almoxarifado (relativo,
sempre, à unidade/mês), ou seja, é a soma entre o tempo de processo
de compra e o tempo de entrega pelo fornecedor.

Para os itens que envolvam valores elevados ou que sejam de importância vital
para a UA, deve-se observar o intervalo de aquisição para que não ocorram
Ruptura de estoque: faltas e, consequentemente, a [ruptura do estoque].
quando a quantidade em
estoque chega a zero, após As fórmulas listadas a seguir são usadas na reposição de estoque desses tipos
consumido todo estoque de
de itens.
segurança.

• Intervalo de aquisição (I) – É o período compreendido entre duas


aquisições normais e sucessivas.

• Estoque Mínimo ou de segurança (Emin) – É a menor quantidade


de material a ser mantida em estoque, capaz de atender a um consu-
mo superior ao estimado para determinado período ou para atender à

20
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
demanda normal em caso de atraso na entrega da nova aquisição.
É aplicável somente aos itens indispensáveis às atividades da UA. Obtém-
-se multiplicando o consumo médio mensal por uma fração (f) do tem-
po de aquisição que deve, em princípio, variar de 0,25 de T a 0,50 de T:

E min = C x f

• Estoque Máximo (Emax) – É a maior quantidade de material admissí-


vel em estoque, suficiente para consumo durante certo período, deven-
do-se considerar a área de armazenamento, disponibilidade financeira,
imobilização de recursos, intervalo e tempo de aquisição, perecimento,
obsoletismo etc.
Obtém-se somando ao estoque mínimo o produto do consumo médio
mensal pelo intervalo de aquisição:

E max = E min + (C x I)

ou

E max = E min + Q

• Ponto de pedido (Pp) – É o nível de estoque que, ao ser atingido,


determina a imediata emissão de um pedido de compra, visando re-
completar o estoque máximo. Obtém-se somando o estoque mínimo ao
produto do consumo médio mensal pelo tempo de aquisição:

Pp = E min + (C x T)

• Quantidade a ressuprir (Q) – É o número de unidades que devem ser


adquiridas para recompor o estoque máximo. Obtém-se multiplicando o
consumo médio mensal pelo intervalo de aquisição:

Q=CxI

1.2.3 Princípios e técnicas de movimentação de material

Os movimentos dos estoques, em regra, são causados pelas entradas e saídas


de suprimentos referentes aos recebimentos e às distribuições ou por outros
fatos, como as quebras e remanejamentos, devendo estar registrados nas
Guias de Entrada, Guias de Fornecimento, Guias de Recolhimento, Guias de
Remessa ou Notas de Movimentação de Estoque.

Um aspecto importante que muitas vezes passa despercebido dentro das UA,

21
gestão de material e patrimônio - u4
principalmente nos OP, é o fluxo dessa movimentação de materiais, mas que
se for bem administrado pode ser um fator diferencial, que gera ganhos e
redução de custos na gestão dos recursos públicos.

Todas as vezes que movimentos desnecessários são feitos, há perda de tempo,


produtividade, qualidade e risco de haver quebras.

Acredita-se que, ao se observar atentamente o fluxo existente nas UA, é possí-


vel promover alguma redução de movimentos desnecessários.

Sendo assim, é recomendável que, antes de se determinar um novo processo


ou mesmo revisar os existentes, os Agentes da Administração devem atentar
para os princípios e técnicas de movimentação de material.

Os princípios não são normas rígidas, entretanto, ajudam na definição de um


fluxo mais contínuo do serviço, evitando, portanto, movimentos desnecessários.

1.2.3.1 Princípios de movimentação de material

A seguir estão enunciados, sob a forma de princípios, as técnicas fundamen-


tais que orientam a movimentação de materiais. Estes princípios resultaram da
experiência prática e aplicação do bom senso, oferecendo resultados positivos.

• Princípio do planejamento - É necessário determinar o melhor méto-


do do ponto de vista econômico, para a movimentação de materiais,
considerando-se as condições particulares de cada operação.

• Princípio do sistema integrado – É necessário planejar um sistema que


integre o maior número de atividades de movimentação, coordenando
todo o conjunto de operação

• Princípio do fluxo de materiais - É fundamental planejar o fluxo contínuo


e progressivo dos materiais.

• Princípio da simplificação – É necessário procurar sempre reduzir, combi-


nar ou eliminar movimentação e/ou equipamentos desnecessários.

• Princípio da gravidade - A força motora mais econômica é a gravidade.

• Princípio da utilização dos espaços (Princípio da verticalização) - O apro-


veitamento dos espaços verticais contribui para o descongestionamento
das áreas de movimentação e a redução dos custos da armazenagem.

• Princípio do tamanho da carga [unitização] - A economia em movi-


mentação de materiais é diretamente proporcional ao tamanho da
carga movimentada.

22
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Princípio da segurança - A produtividade aumenta conforme as condi- Unitização: agrupar
vários volumes pequenos
ções de trabalho tornam-se mais seguras. ou grandes em um único
• Princípio da mecanização (automação) - Usar equipamento de movi- volume, ou seja, tratar o total
de volumes envolvidos em
mentação mecanizada, ou automatizada, sempre que possível e viável. cada unitização como apenas
um volume.
• Princípio da seleção de equipamento - Na seleção do equipamento de
movimentação, considerar todos os aspectos do material a ser movimen-
tado, o movimento a ser realizado e o(s) método(s) a ser(em) utilizado(s).

• Princípio da padronização - Padronizar métodos, bem como tipos e


tamanhos dos equipamentos de movimentação e das cargas utilizadas.

• Princípio da flexibilidade - Procurar sempre equipamentos versáteis, pois


o seu valor é diretamente proporcional a sua flexibilidade.

• Princípio do peso morto - Quanto menor for o peso próprio do equipa-


mento móvel, em relação a sua capacidade de carga, mais econômicas
serão as condições operacionais.

• Princípio do tempo ocioso - Reduzir tempo ocioso ou improdutivo


tanto do equipamento, quanto da mão-de-obra empregada na mo-
vimentação de materiais.

• Princípio da movimentação - O equipamento projetado para movimen-


tar materiais deve ser mantido em movimento.

• Princípio da manutenção - Planejar a manutenção preventiva e corretiva


de todos os equipamentos de movimentação.

• Princípio da obsolescência - Substituir os métodos e equipamentos de


movimentação obsoletos quando métodos e equipamentos mais eficien-
tes vierem a melhorar as operações.

• Princípio do controle - Empregar o equipamento de movimentação de


materiais para melhorar o controle de produção, controle de estoques e
preparação de pedidos.

• Principio da capacidade - Usar equipamentos de movimentação para


auxiliar a atingir a plena capacidade de produção.

• Princípio de desempenho - Determinar a eficiência do desempenho da mo-


vimentação de materiais em termos de custo por unidade movimentada.

1.2.3.2 Métodos de avaliação na movimentação de estoque

Os métodos de avaliação de estoque têm como objetivo a contabilização dos


custos de estocagem, referentes à entrada e à saída dos itens de suprimento

23
gestão de material e patrimônio - u4
nos depósitos. A seguir serão descritos os principais métodos de avaliação
utilizados no gerenciamento de estoques.

a) PEPS ou FIFO

Com base nesse método, dá-se saída no custo da seguinte maneira: o pri-
meiro que entra é o primeiro que sai (PEPS) ou First In First Out (FIFO).
À medida que ocorrem as distribuições é dada baixa no estoque a partir das
primeiras entradas, o que equivaleria ao raciocínio de que primeiro são distri-
buídas as primeiras unidades compradas/recebidas, ou seja, a primeira unidade
a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada no processo de distribuição.

Dentro desse procedimento, o estoque é representado pelos preços mais


recentes pagos, apresentando, dessa forma, uma relação bastante significativa
com o custo de reposição. Obviamente, com a adoção desse método, o efeito
da flutuação dos preços sobre os resultados é significativo e as saídas são con-
frontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais razões
pelas quais alguns contadores mostram-se contrários a esse método. Entretan-
to, não é objeto do procedimento em si, e sim o conceito do resultado quando
se objetiva lucro, que não é o caso das UA do EB.

O PEPS é o método adotado pelo EB nos diversos tipos de depósitos, apresen-


tando as seguintes vantagens:

• Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos controles


de maneira lógica e sistemática;

• O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos usados


nas saídas;

• O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e


ordenada, representa uma condição necessária para o perfeito controle
dos materiais, especialmente quando estes estão sujeitos à deterioração,
decomposição, mudança de qualidade etc.

b) UEPS ou LIFO

O UEPS (o último a entrar é o primeiro a sair) ou LIFO (Last In First Out)


é um método de avaliação da movimentação de estoque muito discutida. O
custo do estoque é determinado como se as unidades mais recentes adicio-
nadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades distribuídas
(primeiras a sair).

24
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e
é avaliado ao custo destas unidades. Segue-se que, de acordo com o método
UEPS, o custo dos itens saídos tende a refletir o custo dos itens mais recente-
mente comprados (comprados ou recebidos, e assim, os preços mais recentes).
Também permite reduzir os lucros líquidos relatados por uma importância
que, se colocada à disposição dos acionistas, poderia prejudicar as operações
futuras de uma empresa.

O método UEPS não alcança a realização do objetivo básico porque são debi-
tados contra a receita os custos mais recentes de aquisições e não o custo total
de reposição de todos os itens utilizados.

As vantagens e desvantagens da técnica UEPS são:

• É uma forma de se custear os itens consumidos de maneira sistemática


e realista;

• Nas indústrias sujeitas às flutuações de preços, o método tende a mini-


mizar os lucros das operações;

• Em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras mais re-


centes são apropriados mais rapidamente às produções reduzindo o lucro;

• O argumento mais generalizado em favor do UEPS é o de que procura


determinar se a empresa apurou, ou não, adequadamente, seus custos
correntes em face da sua receita corrente. De acordo com o UEPS, o es-
toque é avaliado em termos do nível de preço da época em que o UEPS
foi introduzido.

c) Média Ponderada Móvel

A Média Ponderada Móvel (MPM) é o método de avaliação de movimentação


de estoques mais utilizado pelas empresas atualmente.

De acordo com MAEHR (2001. p. 165), “os custos unitários são calculados me-
diante combinação dos custos do estoque inicial com os custos incorridos no
período. Esse método é considerado o de mais fácil aprendizagem e de mais
fácil aplicação na prática”.

Por exemplo, um estoque inicial tem um saldo de 20 (vinte) unidades, em 15


de janeiro de 2013, a um valor unitário de R$ 20,00 (vinte reais), totalizando
um valor total de R$ 400,00 (quatrocentos reais).

25
gestão de material e patrimônio - u4
No dia 10 de abril de 2013, foram adquiridas mais 30 (trinta) unidades,
totalizando um saldo final de 50 (cinquenta) unidades e um valor total de R$
1.300,00 (hum mil e trezentos reais). Como o método utilizado tem o objetivo
de fazer uma média do valor unitário que consta em estoque, é efetuado o
cálculo do valor total das unidades em estoque (R$ 1.300,00), dividido pela
quantidade total de unidades (50 unidades), chegando assim a um valor unitá-
rio de R$ 26,00 (vinte e seis reais).

No dia 30 de abril de 2013, ocorreu uma saída de 10 (dez) unidades do esto-


que. Como, neste método, a cada aquisição se altera o valor unitário, será este
valor já alterado que será utilizado para calcular o valor total de sua saída. Sen-
do assim, as 10 (dez) unidades que saíram terão um valor unitário de R$ 26,00
(vinte e seis reais), totalizando um valor total de saída de R$ 260,00 (duzentos
e sessenta reais), restando em estoque 40 (quarenta) unidades, a um valor
unitário de R$ 26,00 (vinte e seis reais), e um valor total de R$ 1.040,00 (hum
mil e quarenta reais).

O mesmo procedimento deverá ser empregado nas próximas operações, ou seja,


a cada entrada será somado o valor total dos itens e dividido pala quan-
tidade total de unidades, chegando-se, assim, a um novo valor unitário.

d) Custo de Reposição

O Custo de Reposição é um método de avaliação da movimentação dos es-


toques que tem como fundamento a elevação dos custos a curto prazo,
pois atualiza o preço dos produtos comprados ou produzidos no momento
da avaliação dos mesmos, considerando as variações do preço de custo ou de
mercado desses materiais armazenados.

Quando se utiliza esse método, os artigos que estão armazenados há vários


meses têm seus preços atualizados de acordo com os praticados no mercado
no momento da respectiva avaliação.

Dessa forma, as reposições dos estoques serão realizadas considerando o refe-


rido aumento no custo unitário de cada artigo necessário.

1.2.4 Equipamentos de estocagem

A movimentação dos materiais, (entrada e saída dos diversos tipos de artigos


armazenados) deve ser realizada de forma otimizada, a fim de que se utilize o
mínimo de mão-de-obra e se proceda de forma organizada, segura e rápida.

26
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Atualmente, os equipamentos mais modernos que permitem uma eficiente
estocagem do material armazenado são:

a) Paletização

A utilização dos processos paletizados tem sido intensa na economia moderna.


Iniciou-se como solução de movimentação de materiais na logística militar, no
período das Grandes Guerras Mundiais.

Na área comercial, o processo inicial deu-se nos portos, onde a movimenta-


ção de carga manual foi gradativamente sendo substituída pela movimenta-
ção mecânica.

O processo paletizado teve sua criação de forma sistêmica com a mecanização


dos sistemas de movimentação mecanizada realizada por empilhadeiras. A movi-
mentação mecânica cada vez mais foi superando a manual, permitindo agilidade
nas operações de carga e descarga, reduzindo o tempo das embarcações para-
das, gerando economia e evitando desperdícios dos equipamentos de transporte.

Após a utilização nos portos, esses processos passaram a ser utilizados na


indústria em geral e na de bens de consumo, em particular, tornando-se um im-
portante equipamento de movimentação e armazenagem de cargas unitizadas.

Paletes ou estrados são plataformas destinadas a suportar cargas, permitindo


a movimentação por meio de garfo, onde os produtos podem ser unitizados.
Os paletes têm como função a movimentação de grande escala. A palavra
palete é uma adaptação do termo inglês pallet.

Os paletes são dispositivos de unitização de cargas criados para dinamizar a


movimentação mecânica nos depósitos e tendem agilizar os meios de trans-
portes no momento de carregamento e descarga.

b) Contêineres

Contêiner ou cofre de carga é um recipiente construído de material resistente,


o suficiente para suportar uso repetitivo, que tem como finalidade o transporte
de grandes volumes de mercadorias com segurança, inviolabilidade e rapidez,
permitindo fácil carregamento e descarregamento, é adequado à movimentação
mecânica e ao transporte a grandes distâncias por diferentes equipamentos.

27
gestão de material e patrimônio - u4
Existem os seguintes tipos de contêineres:

• Contêiner de teto aberto (Open Top) – Utilizado para cargas pesadas em


sua totalidade, com encerado para cobertura na parte de cima do mes-
mo. Muito utilizado para máquinas e equipamentos que são maiores que
as dimensões da porta do contêiner e são colocadas pela parte superior;

• Contêiner térmico (aquecido ou refrigerado) – Utilizado para produtos que


requerem temperatura constante durante seu transporte para não alterar
a qualidade e/ou apresentação. Muito comum para produtos perecíveis;

• Contêiner ventilado – Evita a condensação do ar em seu interior. Utiliza-


do para transporte de frutas, legumes, animais vivos etc;

• Contêiner seco – Utilizado para cargas secas; contêiner normal;

• Contêiner tanque – Utilizado para cargas líquidas a granel;

• Contêiner para granéis sólidos, como cereais, pós, farinhas, açúcar, etc.

c) Estante

As estantes devem ser utilizadas para a armazenagem de pequenos artigos,


podendo ter acessórios como divisores, retentores, gavetas e painéis laterais e
de fundo. Possibilitam a montagem de mais de um nível, com pisos interme-
diários e são ideais para armazenar materiais leves, manuseáveis sem a ajuda
de qualquer equipamento e com volume máximo de 0,5 m3, sendo bastante
utilizadas nos depósitos das OM.

As estantes de grande comprimento devem ser utilizadas para cargas leves


que possuem um tamanho relativamente grande para serem colocadas nas
estantes convencionais.

Cabe destacar as seguintes características das estantes:

• Visa fácil manuseio e pouca verticalização;


• Utilizada tanto em ambiente grande, quanto em pequenos espaços;
• Objetiva rapidez na movimentação com pouca mão-de-obra disponível;
• Não requer equipamentos.
d) Mezanino

O mezanino é uma estrutura, geralmente de aço ou ferro, ideal para ser utili-
zado no armazenamento de suprimento destinado à manutenção dos MEM,
sendo grande a sua utilidade nos OP, Arsenais de Guerra, Parques Regionais de
Manutenção e Batalhões Logísticos.

28
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O mezanino proporciona rapidez entre o estoque e o usuário e requer pouca
mão-de-obra e pouco equipamento para sua utilização.

1.2.5 Equipamentos para movimentação de estoque

Existe uma grande variedade de equipamentos para a movimentação de esto-


que, podendo ser manuais, mistos ou totalmente automatizados/mecanizados.
A escolha de cada um deles deverá ocorrer em função das características do
material e dos equipamentos de estocagem, sendo que os equipamentos
mistos proporcionam maior rapidez e eficiência.

a) Equipamentos manuais:

• Carrinhos de duas rodas;


• Prateleiras de quatro rodas.
b) Equipamentos mistos:

• Empilhadeira mecânica;
• Elevadores;
• Guinchos;
• Guindastes;
• [trucks] industriais. Trucks: veículos pesa-
dos projetados p/ carregar
c) Equipamentos totalmente automatizados/mecanizados ou puxar cargas. Por exem-
plo, o caminhão vagão é uma
São equipamentos de manuseio controlados por computador, códigos de espécie de truck.
barras e tecnologia de escaneamento para retirada e estocagem de materiais,
como por exemplo, o RFID.

O RFID é um acrônimo do nome Radio-Frequency Identification em inglês que,


em português, significa Identificação por Rádio Frequência. Trata-se de um
método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e ar-
mazenando dados remotamente através de dispositivos chamados de tags RFID.

Uma tag ou etiqueta RFID é um transponder, ou seja, um pequeno objeto


que pode ser colocado em uma pessoa, animal, equipamento, embalagem ou
produto, dentre outros. Ele contém chips de silício e antenas que lhe permite
responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora.

29
gestão de material e patrimônio - u4
1.2.6 Segurança nas atividades de movimentação
e manuseio dos materiais

Os cuidados com a segurança de todo o pessoal envolvido nas atividades de


movimentação e manuseio dos materiais das diversas classes de suprimento é
fundamental para o sucesso da estocagem.

Devem existir regras bem definidas e com ampla divulgação sobre as medi-
das de segurança adotadas em todos os depósitos do EB para a realização da
movimentação e manuseio dos suprimentos, e uma fiscalização constante para
verificação de seu cumprimento.

Jamais compensará conseguir o cumprimento de quaisquer missões se houver


um dano, por menor que seja, causado a um militar ou civil que trabalha nessa
atividade ou a terceiros.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece regras referentes às ta-


refas de movimentação e manuseio dos materiais na atividade de estocagem,
que devem ser seguidas pelo EB devem nortear a elaboração de suas respecti-
vas regras internas.

Art. 182. O Ministério do Trabalho estabelecerá normas


sobre:
I- as precauções de segurança na movimentação de ma-
teriais. nos locais de trabalho, os equipamentos a serem
obrigatoriamente utilizados e as condições especiais a
que estão sujeitas a operação e a manutenção desses
equipamentos, inclusive exigência de pessoal habilitado;
II- as exigências similares relativas ao manuseio e à arma-
zenagem de materiais, inclusive quanto às condições de
segurança e higiene relativa aos recipientes e locais de
armazenagem e os equipamentos de proteção individual;
III- a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permi-
tida nos equipamentos de transporte, dos avisos de proibi-
ção de fumar e de advertência quanto à natureza perigosa
ou nociva à saúde das substâncias em movimentação ou
em depósito, bem como das recomendações de primeiros
socorros e de atendimento médico e símbolo de perigo,
segundo padronização internacional, nos rótulos dos ma-
teriais ou substâncias armazenados ou transportados.
Art. 183. As pessoas que trabalharem na movimentação
de materiais deverão estar familiarizadas com os métodos
racionais de levantamento de cargas.

30
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2 BIBLIOGRAFIA

Referências Bibliográficas

BALLOU, Ronald H.. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística


empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

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Brasil. 36. ed. Brasília: Câmara do Deputados, Edições Câmara, 2012.

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ção das Leis do Trabalho (CLT). Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm>. Acesso em: 12 set. 2013.

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MNT). Brasília: EGGCF, 2002.

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SUP). Brasília: EGGCF, 2002.

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<http://www.fiesp.com.br/transporte-e-logistica/equipamentos-de-movimen-
tacao/>. Acesso em: 05 set. 2013.

MAHER, Michael. Contabilidade de custos: criando valor para a admi-


nistração. São Paulo: Atlas, 2001.

31
gestão de material e patrimônio - u4
Gestão de material e patrimônio
Unidade 5
O SISTEMA APLICATIVO DE MATERIAL DO EXÉRCITO
1 introdução

Quanto maior e mais complexa se torna uma organização, maior a necessida-


de de mecanismos de controle. Sendo assim, um Sistema de Controle interno
efetivo protege o patrimônio das Unidades Administrativas (UA) e previne a
ocorrência de desperdícios, erros e fraudes.

De acordo com esse entendimento e diante da necessidade ética e legal de


tornar o mais transparente possível a gestão dos recursos públicos, o Exército
Brasileiro (EB) desenvolveu um complexo banco de dados para realizar o ge-
renciamento do seu material, seja de consumo ou permanente, através de uma
rede de computadores para registros e consultas de dados, capaz de fornecer
informações rápidas e precisas que são fundamentais para as tomadas de
decisões e o controle eficiente de todo o suprimento armazenado e distribuído
em suas UA, bem como dos recursos empregados nas atividades logísticas,
especialmente de suprimento e de manutenção.

Esse controle é feito por meio de três sistemas:

• pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI);

• pelo Sistema Patrimonial (SISPATR);

• pelo Sistema de Materiais do Exército (SIMATEX), que é composto por


três subsistemas:

- o Sistema de Dotação (SISDOT) gerenciado pelo EME e utilizado para


definir a dotação de material por Quadro de Organização Tipo (QO Tipo)
e por Organização Militar (OM).

- o Sistema de Catalogação (SISCAT) gerenciado pelo Comando Logístico


(COLOG), servindo para a catalogação do material do EB, de acordo a
metodologia do Sistema Militar de Catalogação;

- o Sistema de Controle Físico (SISCOFIS) gerenciado pelo COLOG e é a


principal ferramenta disponível às unidades do EB para o controle físico
dos suprimentos.

35
gestão de material e patrimônio - u5
2 Sistema de Controle Físico
(SISCOFIS)

Objetivos específicos

• Conhecer a estrutura do sistema (Conexão – Segurança – Acesso);


• Relacionar o SISCOFIS com o SIAFI.

O SISCOFIS é um sistema corporativo integrante do SIMATEX, com vários


clientes, que “tem por finalidade o controle físico e o gerenciamento de todo
o material existente no Exército”, conforme o Art. 10 da Portaria nº 17 – EME,
de 08 de março de 2007, que normatiza o funcionamento do SIMATEX.

A Portaria nº 30 - SEF, de 09 de novembro de 2009, revogou a Portaria nº 12 –


SEF, de 13 de dezembro de 1990, que determinava o uso das fichas de cartoli-
na para o controle patrimonial das OM, fazendo com que todo o controle físi-
co e o gerenciamento dos suprimentos fossem operacionalizados diretamente
no SISCOFIS, por meio da utilização total desse subsistema.

Conforme a Portaria nº 30 – SEF:

O SECRETÁRIO DE ECONOMIA E FINANÇAS, no uso das


atribuições que lhe conferem o art. 117 das Instruções
Gerais para a Correspondência, as Publicações e os Atos
Normativos no Âmbito do Exército (IG 10-42), aprova-
das pela Portaria no 041, de 18 de fevereiro de 2002, e
o inciso IX do art. 4o do Regulamento da Secretaria de
Economia e Finanças, aprovado pela Portaria no 15, de
16 de janeiro de 2004, ambas portarias do Comandante
do Exército; considerando que os atos e fatos de gestão
orçamentária, financeira e patrimonial praticados pelas
Unidade Gestoras, registrados no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI),
estão disponíveis para consulta com utilização de tran-
sações específicas; e considerando, ainda, que a Portaria
nº 017-EME, de 08 de março de 2007, que aprova as
Normas para o Funcionamento do Sistema de Material do

37
gestão de material e patrimônio - u5
Exército (SIMATEX), já disponibilizou um número significa-
tivo das funcionalidades de controle patrimonial, resolve:

Art. 1o Revogar a Portaria no 012-SEF, de 13 de dezem-


bro de 1990 e a Portaria no 002 - SEF, de 17 de fevereiro
de 1998, que dispõem sobre as Normas para Realização
de Registros Contábeis no Ministério do Exército.

A utilização total do SISCOFIS significa que podem de as repartições das OM,


de acordo com cada tipo de perfil de seus agentes, usufruir plenamente de
todas as suas funcionalidades, conforme exposto a seguir:

a) As Seções e Subunidades da OM, através de seus Chefes, Comandantes, Au-


xiliares, Adjuntos ou Encarregados de Material, cujos perfis são denominados
DEPENDÊNCIA _SEDE, podem realizar as seguintes ações:

• Cadastramento de pedido de material;

• Consulta de material carga;

• Geração de etiqueta de identificação do material;

• Cautela de material.

b) A Fiscalização Administrativa (Fisc Adm) ou a 4ª Seção (S4), através de seus


Chefes, cujos perfis são denominados ADMINISTRADOR, FISCAL_SEDE,
AGENTE_FISCAL_SEDE_CONS e AGENTE_ FISCAL_SEDE_PERM, podem
realizar as seguintes ações:

• Atualização de Catálogo de Material e Centro de Custos;

• Cadastramento de usuário;

• Autorização de pedido de material;

• Acompanhamento da movimentação de material;

• As operações permitidas aos seus auxiliares.

c) Os Auxiliares dos Chefes da Fisc Adm/S4 possuem perfis denominados


AGENTE_FISCAL_SEDE_CONS e AGENTE_ FISCAL_SEDE_PERM e podem
realizar as seguintes ações:

• Cadastramento inicial do material no SISCOFIS, ou seja, o registro do


material que entra no depósito;

• Movimentação de material (entrada de material);

• Cadastramento de proposta de material para receber nomenclatura


padrão (NEE);

38
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Abertura de ficha; Boletim Adminis-
trativo: documento gerado
• Acompanhamento da movimentação de material; semanalmente, no qual são
registrados os fatos admi-
• Geração de [Boletim Administrativo (BA)]; nistrativos de uma Unidade
Gestora (UG).
• Geração de [RMA e RMB];

• Geração de inventários;

• Geração e envio do arquivo “Exporta Estoque” para o Esc Log/RM. RMA: relatório de Mo-
vimentação de Almoxarifado
d) Os Almoxarifados, Aprovisionamentos, Pelotões de Manutenção de Trans- (RMA)
RMB: relatório de Movimen-
porte e outros depósitos da OM, através de seus Chefes, cujos perfis são deno- tação de Bens
minados ALMOXARIFE_SEDE, podem realizar as seguintes ações:

• Liberação de pedido de material;

• Acompanhamento da movimentação de material;

• As operações permitidas aos seus auxiliares.

e) Os Auxiliares dos chefes dessas seções cujos perfis também são denomina-
dos ALMOXARIFE_SEDE, podem realizar as seguintes ações:

• CadastramentoiInicial do material

A utilização total do SISCOFIS permite:

• um controle patrimonial tempestivo;

• maior facilidade para a Fiscalização Administrativa conferir a carga;

• possibilidade de se levantar o consumo de cada material por período;


Para obter mais informações
• possibilidade de controle da data de validade do material armazenado,
e importantes orientações so-
de forma a não expirar o seu vencimento. bre a utilização do SISCOFIS,
acesse a intranet do Comando
logístico (COLOG) em http://
simatex.colog.eb.mil.br
2.1 Principais recursos disponíveis no SISCOFIS

O SISCOFIS possui vários recursos para a realização do controle físico do ma-


terial das OM, fundamentais para a obtenção de informações tempestivas e
necessários a tomada de decisões.

São eles:

• Identificação patrimonial;

• Geração do Boletim Administrativo;

• Dispensa do uso de fichários (fichas de cartolina);

39
gestão de material e patrimônio - u5
• Informações em tempo real;

• Parametrização de cotas de material de consumo por dependências;

• Pedidos de material on-line;

• Controle do fardamento por tempo de uso;

• Cautela de material;

• Depreciação contábil;

• Geração de relatórios estatísticos e de controle;

• Geração de informações automatizadas para os Escalões Superiores.

2.2 Principais vantagens do SISCOFIS

O SISCOFIS reduz o retrabalho nas OM, já que sem esse aplicativo seria ne-
cessário utilizar vários sistemas para realizar uma mesma tarefa, cada uma de
forma diferente, para interessados diferentes. Por exemplo, as operações de
custos, de depreciação, de controle patrimonial e de controle de fardamento,
munição, indisponibilidades etc.

Sem a consolidação das informações através do SISCOFIS, as


operações seriam realizadas de maneira independente e sem o
cruzamento de informações.

2.3 Estrutura do SISCOFIS

O SISCOFIS está dividido em três sub-sistemas:

• SISCOFIS Módulo OM - utilizado por todas as OM do EB;

• SISCOFIS Módulo OP - utilizado pelos Órgãos Provedores;

• SISCOFIS WEB - sistema para “Intranet”, que permite a consulta conso-


lidada das informações e a remessa de arquivos de estoques de todas as
OM e OP.

A estrutura física do SISCOFIS OM é composta por um servidor central com


o qual se ligam os terminais de computadores das repartições da OM, sejam
depósitos ou não, como ilustrado na Figura 1.

40
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4ª seç|Fisc

1ª seç Cia C Ap

2ª seç 1ª Cia

3ª seç 2ª Cia

Pel Mnt
SSSU
Tmp

Almox Aprov

Aquivo
Estoque

1° estoque entre o dia 11 e 15 do mês


2° estoque entre o dia 26 e 30 do mês

Figura 1 – Estrutura do SISCOFIS OM


Fonte: http://www.11icfex.eb.mil.br/11icfex/OrientarEControlar/Orientacoes/SISCOFIS/Estrut%20SISCOFIS_OM_
v2.pdf

O servidor central do SISCOFIS OM liga-se a um servidor localizado no Esca-


lão Logístico (Esc Log) da Região Militar (RM) e a um servidor do CITEx para o
quais são remetidos, através dos SISCOFIS WEB, os dados referentes aos arqui-
vos dos estoques das OM.

A estrutura do SISCOFIS OP é desdobrada nos B Sup e D Sup, a fim de que


haja o gerenciamento dos materiais destinados à distribuição para as OM
apoiadas, ou seja, visa o controle físico dos [estoques de distribuição] dos OP. Estoque de distribui-
ção: é o estoque de órgãos
Nos OP, as repartições responsáveis pela utilização do SISCOFIS Módulo OP, (Batalhões e Depósitos de
Suprimento), cuja finalida-
estão voltadas para apoio logístico às unidades apoiadas e possuem denomi-
de é atender às necessidades
nações distintas das existentes nas OM, ou seja, existem armazéns específicos das unidades apoiadas
para cada Classe de Suprimento que são subordinados a um Centro de Ope-
rações de Suprimento (COS). Essa estrutura está ligada a um servidor central,
que também está ligado a um servidor do Esc Log/RM.

41
gestão de material e patrimônio - u5
Cabe ressaltar que os OP também utilizam o SISCOFIS OM, pois possuem esto-
ques internos, destinados às suas atividades, assim como as unidades.

Muitas OM, que não são OP, como por exemplo os Batalhões Logísticos (B
Log), gerenciam materiais destinados a outras OM. Isto é, administram esto-
ques de distribuição, desempenhando funções de OP. Entretanto, não podem
utilizar o SISCOFIS OM, devendo seguir a seguinte orientação da Diretoria de
Contabilidade (D Cont):

Brasília, 16 de dezembro de 2009. Oficio nº 019 – 2ª Seç


/ D Cont–CIRCULAR – Do Diretor de Contabilidade – Aos
Srs Chefes de Inspetoria de Contabilidade e Finanças
do Exercito – Assunto: utilização do SISCOFIS OM por
Organizações Militares que desempenham funções de
Órgão Provedor. Anexos: – Msg SIAFI Nr. 2009/1052635
e 1052651 4a ICFEx, de 15 Set 09 (CÓPIA); – Oficio no
018 – 2a Sec / D Cont/SEF, de 5 Nov 09; – MDO Nr 031 –
GPG 5.2, de 7 Dez 09. – 1. Versa o presente expediente
sobre utilização do SISCOFIS, modulo OM, por Organi-
zações Militares que desempenham funções análogas as
de Órgãos Provedores (OP) e que podem utilizar–se do
SISCOFIS, modulo OP. – 2. No intuito de orientar quanto
aos procedimentos a serem adotados sobre o assunto
em epigrafe, em resposta a Msg SIAFI da 4a ICFEx em
anexo, esta Diretoria encaminhou ao Comando Logístico
(COLOG), gestor do Sistema de Controle Físico (SISCOFIS),
uma consulta sobre procedimentos que julgava pertinen-
tes realizar a fim de minimizar o óbice apresentado pelo
SISCOFIS OM ao ser utilizado por UG com características
de Órgão Provedor. – 3. A consulta supracitada, tratada
por intermédio do Of Nr 018–2a Sec/D Cont/SEF, em
anexo, obteve parecer positivo daquele ODS, conforme
MDO Nr 031– GPG 5.2, em anexo, o qual ratificou que
sejam adotadas as seguintes medidas no SISCOFIS das
UG que se encontrem no perfil consultado: – criar uma
dependência depósito no sistema do tipo deposito de
distribuição (Modulo Organização Militar> Cadastrar
dependências); – incluir (habilitar para uso) as contas
de distribuição necessárias ao uso (Modulo Catalogo >
Contas); – nas fichas dos referidos materiais que serão
tramitados na situação comentada, deverão ser especifi-
cadas as contas de estoque de distribuição respectiva a
cada material (Modulo Material de Consumo > Cadastrar

42
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Fichas); – criar uma dependência uso que represente as
OM para as quais serão distribuídos os materiais, utilizan-
do a mesma no momento da saída do material para as
respectivas OM; – a Guia de Remessa, no entanto, deverá
ser confeccionada manualmente (por meios próprios
e não pelo SISCOFIS OM), uma vez que o mesmo não
possui essa funcionalidade. – 4. Diante do acima exposto,
solicito aos Srs Ch ICFEx que orientem as UG vinculadas
que se enquadrarem no caso em comento, a adotarem
as medidas ora descritas quando necessário. – Gen Bda
PAULO CESAR SOUZA DE MIRANDA – Diretor de Contabi-
lidade (Oficio nº 019 – 2ª Seç / D Cont–CIRCULAR, B Info
nº 12, 2009, p. 20 e 21)

2.3.1 Conexão

O SISCOFIS OM utiliza um banco de dados local denominado “Fireboard”, insta-


lado na própria OM, e um código de fonte programado na linguagem “Delphi”.

A primeira versão do SISCOFIS OM foi lançada em setembro de 2001, sendo


que a sua versão atual é a 3.3.4b, atualizada em novembro de 2013.

O processamento de informações é realizado diretamente pela OM, utilizando


o SISCOFIS WEB, e não mais por e-mail, como era realizado até maio de 2011,
através do aplicativo SIMEX.

Semanalmente é gerado pelas OM um estoque, que é carregado utilizando-se


o SISCOFIS WEB para atualizar as informações disponíveis no SIMWEB, banco
de dados corporativo hospedado no CITEx.

As OM devem remeter, através da Fisc Adm, as informações sobre os seus esto-


ques de material de consumo e permanente, semanalmente, todas as terças-
-feiras, diretamente ao CITEx, através do SISCOFIS WEB.

Se por acaso ocorrer algum problema com essa transmissão, a OM deverá re-
meter seus arquivos contendo os estoques ao Esc Log/RM a fim de que retrans-
mitam essas informações ao CITEx.

Os principais usuários do SISCOFIS são a Secretaria de Economia e Finanças


(SEF), que utiliza o aplicativo SISPATR para obter os dados relativos ao RMA,
RMB, inventários de materiais, custos e depreciações; o Comado do Exército
(Cmdo EB), o Órgão de Direção Geral (EME), os Órgãos de Direção Setoriais

43
gestão de material e patrimônio - u5
(ODS), os Comandos Militares de Área (C Mil A), RM, Divisões de Exército (DE),
Brigadas (Bda), Artilharia Divisionária (AD) e as próprias OM e OP.

Cada um desses órgãos, no seu nível de acesso, utiliza o sistema para obter
informações relativas aos materiais do Exército, no tocante ao tipo de material,
a sua existência, ao local onde se encontra, a sua situação de disponibilidade,
à quantidade prevista, à existência de faltas e aos excessos; inclusive o COTER,
que também utiliza o sistema para obter informações sobre a operacionalidade
das OM com o Sistema de Acompanhamento e Validação da Operacionalidade
das OM (SISTAVOP).

2.3.2 Segurança

Não é qualquer pessoa que pode ter acesso ao SISCOFIS.

Para que um agente da administração da OM possa acessar o sistema e rea-


lizar operações, é necessário que possua uma senha devidamente cadastrada
e distribuída por um usuário com o perfil apropriado, a fim de proporcionar
segurança ao sistema.

Só um usuário com o perfil ADMINISTRADOR, geralmente, um integrante da


Fiscalização Administrativa, pode distribuir essa senha de acesso ao sistema.

Esse controle permite saber quem e quando foram realizadas as operações,


para evitar irregularidades administrativas e apurar responsabilidades.

Os perfis de acesso também proporcionam segurança ao sistema, pois há


usuários com perfis voltados para a execução de operações e outros com perfis
que permitem a fiscalização desses registros.

2.3.3 Acesso

O SISCOFIS não é um aplicativo para ser utilizado por um único usuário. Deve
haver o envolvimento de todos os agentes da administração da OM ou dos
setores específicos dos OP, cada um exercendo as suas atribuições, mesmo que
a OM ou OP não possua uma rede de computadores, disponibilizando-se um
computador para os vários acessos.

44
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A OM deve acessar o SISCOFIS por meio da plataforma da Intra-
net do COLOG, disponível em: <http://simatex.colog.eb.mil.br>.
Após acessar o sistema, o operador deve realizar o respectivo
download no computador da repartição.

2.3.3.1 Perfis de acesso

Qualquer integrante do efetivo profissional da UG pode ser cadastrado no


SISCOFIS com o perfil QUALQUER USUÁRIO DO SISTEMA, com a finalidade de
poder apanhar pedidos e acautelar materiais.

O SISCOFIS OM possui 16 perfis de acesso para os usuários responsáveis pelo


gerenciamento do material. Os perfis seguidos da expressão _ADM são reser-
vados para as OM que não possuem autonomia administrativa, sendo subordi-
nados a uma OM sede.

Os perfis de acesso ao SISCOFIS são:

• ADMINISTRADOR

• AUDITOR

• COMANDANTE_SEDE

• COMANDANTE_ADM

• ORDENADOR_SEDE

• ORDENADOR_ADM

• FISCAL_SEDE

• FISCAL_ADM

• AGENTE_FISCAL_SEDE_CONS

• AGENTE_FISCAL_SEDE_PERM

• AGENTE_FISCAL_ADM_CONS

• AGENTE_FISCAL_ADM_PERM

• ALMOXARIFE_SEDE

• ALMOXARIFE_ADM

• DEPENDÊNCIA_SEDE

• DEPENDÊNCIA_ADM

45
gestão de material e patrimônio - u5
a. ADMINISTRADOR – Destinado ao usuário que irá distribuir as senhas de
acesso para os outros usuários e, também, é o responsável pelo back up
do sistema. Geralmente é o usuário que tem mais conhecimento sobre o
SISCOFIS. Pode ser alguém da Fisc Adm ou da Seção de Informática.

b. AUDITOR – Para o usuário que tem a atribuição de exportar os dados


de auditoria do sistema. Futuramente, o Auditor poderá ler esses dados,
quem fez o que e quando no sistema. Atualmente, somente quem pode
fazer isso é o Centro de Desenvolvimento de Sistemas (CDS).

c. COMANDANTE e ORDENADOR DE DESPESAS – Permitem ao usuário


somente observar os relatórios, não permitindo a execução de opera-
ções no sistema.

d. FISCAL – Para o Fiscal Administrativo.

e. AGENTE FISCAL – Destinado aos auxiliares do Fiscal Administrativo,


subdividindo-se em material de consumo e permanente.

f. ALMOXARIFE – Destinado aos responsáveis por depósitos, incluindo


aprovisionamento, paiol etc.

g. DEPENDÊNCIA – Destinado aos detentores de material.

2.3.3.2 Acesso ao banco de dados

O acesso ao banco de dados é realizado através do programa do SISCOFIS


versão 3.3.4b que deve ser baixado nos computadores das repartições da OM,
conforme descrito no item 2.3.3, caso não haja uma rede de computadores que
permita o acesso ao programa instalado em um único ponto. A atual versão do
software tem seu melhor desempenho no sistema operacional Windows XP.

Para que o agente da administração da OM possa ter acesso


ao banco de dados do SISCOFIS é necessário estar cadastrado
e possuir uma senha.

2.4 Relação do SISCOFIS com o SIAFI e SISPATR

A conciliação patrimonial da UG é a principal relação entre o SISCOFIS, SIAFI e


SISPATR.

O SISCOFIS, com base na movimentação de seus RMA/RMB, informa a situ-


ação dos bens por tipo e quantidade de cada item movimentado, possuindo

46
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
interligação com o SIAFI, que apresenta o valor patrimonial da UG com base
na movimentação financeira, e com o SISPATR, que permite a compatibiliza-
ção dos saldos contábeis do SISCOFIS com o SIAFI de maneira que os registros
realizados em sua plataforma devem estar em perfeita consonância com os
Relatório de Movi-
registros do SIAFI e do SISPATR, a fim de que haja perfeita conciliação patrimo-
mentação de Al-
nial e aprovação das contas das UA pelos órgãos de controle interno e externo, moxarifado (RMA): É o
por meio do Relatório de Contas Mensal e da Tomada de Contas Anual respec- documento mensal que tem
por finalidade especificar as
tivamente. entradas, saídas e saldos do
material de consumo de uma
Isso significa que, para haver aprovação da gestão do material e do patrimô- UA, devendo ser confec-
nio das UG, os saldos das contas de movimento patrimonial no SIAFI devem cionado um RMA para o
estoque interno e outro RMA
estar compatibilizados com os constantes do [Relatório de Movimentação para o estoque de distribui-
de Almoxarifado (RMA)] e no [Relatório de Movimentação de Bens Móveis ção se a UA for um órgão
Provedor (OP) mensalmente.
(RMBM)], que por sua vez espelham os saldos existentes nas fichas de controle
do respectivo material no SISCOFIS.

No tocante ao SISPATR, deve-se ressaltar que esse sistema é uma ferramenta Relatório de Movi-
mentação de Bens
de controle patrimonial, que não implica em qualquer aumento de trabalho a Móveis (RMBM): É o
ser realizado nas UG na atual sistemática de controle de seu patrimônio. documento mensal que tem
por finalidade especificar as
entradas, saídas e saldos do
material permanente de uma
UA, devendo ser confec-
cionado um RMA para o
estoque interno e outro RMA
para o estoque de distribui-
ção, caso a UA seja um OP
mensalmente.

47
gestão de material e patrimônio - u5
3 SISCOFIS Módulo OM

Objetivos específicos

• Diferenciar os tipos de materiais a serem implantados (Permanente /


Consumo).
• Conhecer o formulário de conexão ao sistema.
• Descrever o preenchimento do formulário principal.

O SISCOFIS Módulo OM, como já exposto, é um sistema para o controle físico


de materiais das diversas Classes pertencentes a uma unidade, distribuídos em
suas repartições ou em seu estoque interno, e possui diversas funcionalidades.
É dever das OM implantar os materiais de consumo e permanentes quando
derem entrada em seu patrimônio, através desse sistema.

A implantação de material é uma das operações mais importantes desse siste-


ma, a fim de que se possa iniciar o controle do patrimônio da UG.

3.1 Implantação de materiais

Para que os responsáveis pelos depósitos da OM (Almoxarifado, Aprovisiona-


mento, Pelotão de Manutenção de Transporte etc.) realizem a implantação do
material recebido, ou seja, o seu cadastro inicial e a Fiscalização Administrativa
das respectivas movimentações (Entradas), é necessário distinguir a proce-
dência do material e se o material é de consumo ou permanente, para que se
conheçam as competências.

Deve-se ter muita atenção no preenchimento dos dados na hora de realizar


o cadastro inicial do material. É necessário ter muito critério e atenção no
preenchimento, pois todo o sistema de material é baseado nesse controle. Por
exemplo, se uma letra de um chassi de uma viatura for informada incorreta-
mente, a viatura poderá não ser localizada.

49
gestão de material e patrimônio - u5
3.1.1 Implantação de material de consumo ou permanente
adquirido no comércio

Após a quitação da Nota Fiscal, o depósito deverá realizar o Cadastro Inicial


do Material, conforme a cópia da Nota de Empenho e os números das Fichas
dos respectivos materiais remetidos pela Fisc Adm, extraindo-se o Espelho do
Documento de Entrada de Material no SISCOFIS, a fim de anexá-lo, juntamen-
te com uma cópia da NF e da NE, à parte que deverá ser remetida ao Fiscal
Administrativo, comunicando a entrada do material ou a entrada e recebimen-
to do material, de acordo com as complexidades dos itens recebidos, seja de
consumo ou permanente.

O Cadastro Inicial do Material no sistema só pode ser realizado


depois que o material for aceito, ou seja, depois que o mate-
rial for conferido e examinado.

Depois que o Setor Financeiro da OM realizar a liquidação da despesa no SIAFI,


a Fisc Adm deverá movimentar o material, através da Entrada do Material no
SISCOFIS.

3.1.2 Implantação de material de consumo ou permanente oriundo


da cadeia de fornecimento

Ao receber material de consumo dos OP, o depósito deverá quitar a Guia de


Remessa (GR) ou a Guia de Fornecimento (GF) e realizar o Cadastro Inicial do
Material, conforme a cópia da GR ou GF e os números das Fichas dos respec-
tivos materiais remetidos pela Fisc Adm, extraindo-se o Espelho do Documento
de Entrada de Material no SISCOFIS, a fim de anexá-lo, juntamente com uma
cópia da GR/GF, à parte que deverá ser remetida ao Fiscal Administrativo co-
municando a entrada do material ou a entrada e recebimento do material, de
acordo com as complexidades dos suprimentos recebidos, seja de consumo ou
permanente.

Somente depois de o material ser aceito, deve-se realizar o Cadastro Inicial


Nota de Lançamento : do Material no sistema.
é o documento que permite
registrar eventos contábeis de Após a Fisc Adm realizar o lançamento do valor contábil do material recebido
forma automática no SIAFI.
no SIAFI, por meio de [Nota de Lançamento (NL)], deverá movimentar o mate-
rial, através da Entrada do Material no SISCOFIS.

50
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3.2 Formulário de conexão ao sistema

Ao clicar no atalho do software do SISCOFIS (figura 2), localizado na área de


trabalho do computador, o usuário visualizará uma janela (figura 3) para efetu-
ar o login, na qual deverá digitar nos respectivos campos:

• Usuário – IDS seguido do número de sua identidade;

• Perfil – o tipo de perfil de acesso do usuário;

• Senha – a escolhida pelo usuário ao efetivar o seu cadastro.

Atalho para SimatexOm.exe.Ink


Figura 2 – Ícone de atalho para o SimatexOM

Figura 3 – Janela de login para o SISCOFIS OM

Após o login, o usuário visualizará a página inicial do SISCOFIS (figura 4), na


qual poderá observar:

• A versão atual do aplicativo – parte superior da tela;

• A barra de menus - é alterada conforme o perfil acessado;

• O tipo de conexão (local ou remoto), o perfil da conexão, o caminho do


banco de dados (o nome da OM sede ou o nome da OM administrada)
e o usuário no momento logado – na parte inferior da tela.

51
gestão de material e patrimônio - u5
Figura 4 – Tela inicial do SISCOFIS OM

Depois de logado, o usuário poderá realizar, de acordo com o seu perfil, todas
as operações permitidas pelo sistema, tais como:

• Cadastramento inicial;

• Movimentação de material (Entrada da Material);

• Cadastramento de pessoal;

• Definição de usuários;

• Outros recursos disponíveis pelo sistema.

3.3 Preenchimento do formulário principal

Para realizar a implantação do material de consumo ou permanente, o usuário


deverá preencher os campos da janelas referentes ao Cadastramento Inicial
e à Entrada de Material.

3.3.1 Cadastramento inicial de material de consumo e permanente

Para realizar o cadastramento inicial de materiais de consumo ou permanente


o usuário deve:

a. Clicar no menu Material de Consumo (figura 5) ou Material Perma-


nente (figura 6), localizados na parte superior da página inicial;

b. Selecionar a opção Cadastro Inicial, que aparece de acordo com o


perfil de acesso do usuário que efetuou o login;

52
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 5 – Tela inicial do SISCOFIS OM e menu Material de Consumo

Figura 6 – Tela inicial do SISCOFIS OM e menu Material Permanente

Após selecionar a opção Cadastro Inicial, o sistema exibe a janela para cadastro
inicial de material permanente ou de consumo (figuras 7 e 8).

c. Clicar em Incluir e preencher todos os campos obrigatórios em azul

53
gestão de material e patrimônio - u5
Figura 7 – Janela para cadastro inicial de material de consumo

Figura 8 – Janela para cadastro inicial de material permanente

d. Clicar no botão Confirmar (figuras 9 e 10) para confirmar os lançamen-


tos, após a inserção das informações.

54
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 9 – Confirmação do lançamento de material de consumo

Figura 10 – Confirmação do material permanente

3.3.2 Entrada de material de consumo

Para realizar a entrada de material é necessário:

a. Clicar no menu Material de Consumo;

b. Selecionar a opção Movimentar Material (figura 11);

55
gestão de material e patrimônio - u5
c. A janela Movimentação de material de consumo e uso duradouro
é aberta (figura 12);

d. Marcar a opção Entrada mat. cons / uso duradouro;

e. Preencher com atenção todos os campos obrigatórios em azul do for-


mulário e, em seguida, clicar em Movimentar Material.

A entrada de material de consumo é realizada escolhendo-se a opção “Entra-


da” no campo “Tipo de Movimento” a janela Movimentação de Material
de Consumo (figura 11), acessado através da caixa de ferramentas “Material
de Consumo”, localizada no campo superior da página inicial do SISCOFIS e
escolhendo-se a opção “Movimentar Material”.

Figura 11 – Menu Material de Consumo e seleção da opção Movimentar Material

Figura 12 – Janela Movimentação de material de consumo e uso duradouro

56
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3.3.3 Entrada de material permanente

Para realizar a entrada de material permanente é necessário:

a. Clicar no menu Material Permanente;

b. Selecionar a opção Movimentar Material (figura 13);

c. A janela Movimentação de material permanente é aberta (figura 14);

d. Marcar a opção Entrada no campo Tipo de Movimento;

e. Preencher com atenção todos os campos obrigatórios em azul e, em


seguida, clicar em Movimentar Material.

Figura 13 - Menu Material Permanente e opção Movimentar Material

Figura 14 – Entrada de material permanente

57
gestão de material e patrimônio - u5
Para a Fisc Adm realizar a distribuição do material permanente após a sua
entrada é necessário:

a. Selecionar a opção Distribuição no campo Tipo de Movimento na


janela Movimentação de material permanente (Figura 15).

b. Realizar a distribuição do material, conforme determinado pelo Agente


Diretor, preenchendo todos os campos obrigatórios em azul.

c. Clicar em Movimentar material para finalizar a distribuição.

Figura 15 – Distribuição de material permanente

Após a distribuição do material, o usuário deve realizar a abertura da ficha do


material que foi distribuído da seguinte forma:

a. Selecionar a opção Cadastrar Fichas no menu Material Permanente


(Figura 16).

b. Preencher os campos obrigatórios em azul da janela Cadastro de ficha


de material ermanente (figura 17).

Figura 16 - Menu Material Permanente e opção Cadastrar Fichas

58
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 17 – Cadastro de fichas de material permanente

59
gestão de material e patrimônio - u5
4 BIBLIOGRAFIA

Referências bibliográficas

BRASIL. Exército Brasileiro. Portaria Nº 017-EME, de 08 de março de 2007


- Aprova as Normas para o Funcionamento do Sistema de Material do
Exército (SIMATEX). Brasília, DF, 2007.

BRASIL. Exército Brasileiro. Portaria Nº 030-SEF, de 09 de novembro de


2009 - Revoga a Portaria no 012-SEF, de 13 de dezembro de 1990 e a
Portaria no 002-SEF, de 17 de fevereiro de 1998, que dispõem sobre
as Normas para Realização de Registros Contábeis no Ministério do
Exército. Brasília, DF, 2009.

______. ______ . Oficio nº 019 – 2ª Seç / D Cont-CIRCULAR. Utilização do


SISCOFIS OM por Organizações Militares que desempenham funções
de Órgão Provedor. Boletim Informativo nº 12, de 31 de dezembro de 2009.
5ª ICFEx, Curitiba, PR. Disponível em: <http//www.5icfex.eb.mil.br/satt/bin-
fo-2009/BINFO-12-09.pdf>. Acesso em: 10 out. 2013.

______. ______ Modelo Exemplificativo do SISCOFIS OM. Estrutura do SIS-


COFIS OM. Disponível em: <http://www.11icfex.eb.mil.br/11icfex/OrientarE-
Controlar/Orientacoes/SISCOFIS/Estrut%20SI

61
gestão de material e patrimônio - u5
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância

Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos

Coordenação de Avaliação e Acompanhamento


Gianna Oliveira Bogossian Roque

Coordenação de Criação e Desenvolvimento


Claudio Perpetuo

Coordenação de Design Didático


Sergio Botelho do Amaral

Coordenação de Material Didático


Stella Maria Peixoto de Azevedo Pedrosa

Coordenação de Tecnologia da Informação


Renato Araujo

Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio

Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO

GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa

Redação Pedagógica
Frieda Marti

Revisão
Alessandra Muylaert Archer

Projeto Gráfico
Romulo Freitas Gestão do material e do patrimônio : apostila 4 GMP /
coordenação didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Diagramação ; redação pedagógica: Frieda Marti ; projeto gráfico: Romulo Freitas
Luiza Serpa ; diagramação: Luiza Serpa ; coordenação de conteudistas: Fernando
Velôzo Gomes Pedrosa ; conteudista: Ismar Santos da Cunha ; revisor
Coordenação de Conteudistas
técnico: Marcos Figueiredo ; produção: Pontifícia Universidade Católica
Fernando Velôzo Gomes Pedrosa do Rio de Janeiro ; realização: EsIE – Escola de Instrução Especializada
Conteudista [do] Exército Brasileiro. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2014.

Ismar Santos da Cunha Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais – CHQAO.


130 p. : il. (color.) ; 21 cm.
Revisão Técnica
Inclui bibliografia
Marcos Figueiredo
1. Administração pública – Brasil. 2. Administração de material
- Brasil. 3. Propriedade pública – Brasil. I. Pedrosa, Stella M. Peixoto
Produção de Azevedo. II. Marti, Frieda. III. Cunha, Ismar Santos da. IV. Pontifícia
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central Educação
a Distância. V. Brasil. Exército. Escola de Instrução Especializada.
Realização
EsIE – Escola de Instrução Especializada CDD: 351.81
Exército Brasileiro
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

Gestão de material e patrimônio


Unidade 6
Operação do Sistema
APRESENTAÇÃO
O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO),
conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os sub-
tenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas para o
Quadro Auxiliar de Oficiais.

A disciplina Gestão do Material e do Patrimônio possui carga horária


total de 90 horas.

Os objetivos gerais desta disciplina são:

• Distinguir as atribuições inerentes às áreas administrativas de material e


patrimônio;

• Confeccionar a documentação referente ao controle patrimonial e de


material;

• Evidenciar a capacidade de agir atendo-se a detalhes significativos;

• Evidenciar a capacidade de desenvolver atividades de forma sistemática


e eficiente.

Nesta apostila serão apresentadas a Unidade Didática VI – Operação do


Sistema, cujos objetivos, determinados pelo Planejamento de Disciplina
(PLADIS), desenvolvido pela Seção de Ensino da Escola de Instrução Especiali-
zada do Exército Brasileiro (EsIE), estão especificados por capítulo.

Boa leitura!
conteudista

Ismar Santos da Cunha é Tenente-Coronel do Serviço de Intendência. É


bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras
(AMAN) e mestre em operações militares pela Escola de Aperfeiçoamento de
Oficiais (ESAO). Possui graduação em Direito pela Universidade Gama Filho
(UGF), pós-graduação em Comércio Exterior (Importação e Exportação) pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pós-graduação em Processo
Civil pelo Instituto de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), pós-graduação
em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC
Minas), extensão em Docência do Ensino Superior pela Pontifícia Universida-
de Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS), possui cursos na área do Direi-
to Internacional e Direito Internacional dos Conflitos Armados pela Escola
Superior de Guerra (ESG) e é mestrando em Direito Ambiental pelo Centro
Universitário de Ensino de São Paulo – Unidade de Ensino Lorena (UNISAL).
Possui experiência na área de ensino superior no meio acadêmico civil, tendo
atuado como Professor de Direito, ministrando as disciplinas de Direito Ad-
ministrativo, Direito Tributário, Direito Civil e Direito Penal e sendo Coordena-
dor do Curso de Direito. Atuou na área administrativa de várias unidades do
Exército como Aprovisionador, Encarregado do Setor de Material, Encarrega-
do do Setor Financeiro, membro de Comissão de Licitação e Chefe do Centro
de Apoio Logístico. Participou de vários congressos, seminários e palestras
que permitiram complementar seus conhecimentos nas áreas jurídica e ad-
ministrativa e, atualmente, desempenha a função de Professor de Direito da
Academia Militar das Agulhas Negras.
Índice

1 Introdução 09
2 Material de Consumo / Permanente 11
2.1 Material de Consumo e Material Permanente no SISCOFIS OM 11
2.1.1 Criação de fichas de material de consumo 11
2.1.2 Criação de fichas de material permanente 20
2.1.3 Cadastramento inicial de material de consumo 28
2.1.4 Cadastramento inicial de material permanente 36
2.1.5 Cadastramento de saída de material de consumo 47
2.1.6 Cadastramento de saída de material permanente 52
2.1.7 Alteração de fichas de material 56
3 Consultas e Propostas 59
3.1 Catalogação para uso no SISCOFIS 59
3.2 Consulta de catálogos 61
3.2.1 Materiais que devem ser catalogados 63
3.3 Propostas no SISCOFIS 64
3.3.1 Solicitação de catalogação 65
4. Relatório 75
4.1 RMA e RMB 75
4.2 Relatório de Fichas por Conta 82
4.3 Relatório de Disponibilidade de Material Permanente 85
4.4 Relatório de Disponibilidade de Combustível 88
4.5 Relatório de Disponibilidade de Munições 89
4.6 Relatório de Situação de Material Permanente por Grupo 94
4.7 Relatório de Situação de Fardamento 97
4.8 Relatório de Situação de Estoque de Material de Consumo 99
4.9 Relatório de Material Permanente Numerado 101
5. Operação do Sistema SISCOFIS 105
5.1 Execução de inclusão em carga 105
5.1.1 Execução de inclusão em carga de material permanente 105
5.1.2 Execução de inclusão em carga de material de consumo 110
5.2 Execução de descarga de material 114
5.3 Geração de relatório de material permanente 116
5.4 Geração de relatório de material de consumo 122
6 Bibliografia 127
1 introdução

O Sistema de Controle Físico utilizado nas OM, ou seja, o SISCOFIS OM, per-
mite a realização de diversas operações referentes a todo material de consu-
mo e material permanente das Unidades Administrativas (UA), a fim de que
haja um efetivo controle dos suprimentos adquiridos ou recebidos de outros
órgãos, sejam OM, OP e, inclusive de outras entidades não pertencentes ao
Exército Brasileiro (EB).

O SISCOFIS é uma ferramenta importantíssima que se utiliza de recursos da Tec-


nologia da Informação (TI) para o gerenciamento patrimonial no âmbito do EB,
que deve ser muito bem utilizada, já que o seu banco de dados é imprescindível
para manter todos os escalões bem informados sobre a real situação da Força e,
assim, poder planejar seu preparo e emprego da melhor maneira possível.

Esse aplicativo permite a realização de consultas e propostas de itens de supri-


mento e de empresas, a geração de relatórios sobre a situação dos materiais
de consumo e permanente e os trabalhos de inclusão e descarga do material
permanente e de inclusão e desrelacionamento do material de consumo.

Se não houver uma eficiente operação do sistema, as unidades poderão não


receber os suprimentos necessários para a realização de suas atividades, com-
prometendo o seu planejamento e a sua operacionalidade.

Com isso, deve-se dispensar atenção à fiel execução dos registros no SISCOFIS,
formando operadores com elevado nível de capacitação técnico-profissional
e comprometidos com a Instituição, para que o EB continue cumprindo com
eficiência a sua destinação constitucional e correspondendo aos anseios da
sociedade brasileira.

9
gestão de material e patrimônio - u6
2 Material de Consumo/Permanente

Objetivos específicos

• Inserir nova ficha de material de consumo e/ou permanente;


• Cadastrar a entrada e saída de material de consumo e/ou permanente;
• Alterar dados da ficha de material de consumo e/ou permanente.

2.1 Material de Consumo e Material


Permanente no SISCOFIS OM

Para obter mais informações Todo histórico dos materiais de consumo e permanente utilizados pelas OM
e orientações atualizadas so-
deve ser registrado no SISCOFIS com muita atenção, inserindo os seus dados
bre a utilização do SISCOFIS
OM e SISCOFIS OP, consulte no momento do recebimento pelos depósitos, realizando o controle por meio
<http://simatex.colog.eb.mil. de suas respectivas fichas, geradas pelo próprio sistema, onde são lançadas as
br> (Intranet do COLOG).
suas características e as alterações necessárias, assim como as saídas no mo-
Informações importantes so-
bre o SISCOFIS podem ser en- mento de suas distribuições.
contradas em <www.7icfex.
eb.mil.br>.

2.1.1 Criação de fichas de material de consumo

A abertura de uma nova ficha de material de consumo só pode ser realizada


pelo Agente Fiscal Sede Consumo (AGENTE_FISCAL_SEDE_CONS).

Antes de iniciar a criação de uma ficha de material de consumo, é necessário


verificar se já não existe uma ficha aberta para o referido material.

Para realizar essa operação o usuário deve:

a. Clicar no Material de Consumo, na barra de ferramentas da página


inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastrar Fichas (figura 3). O sistema exibe a janela


Cadastro de Fichas de Material de Consumo/Uso Duradouro.

11
gestão de material e patrimônio - u6
c. Clicar no botão Consultar, para verificar a existência de ficha para o res-
pectivo material (figura 1).

Figura 1 – Consulta de fichas de material de consumo


Fonte: SIMATEX OM 2013

Também é necessário pesquisar se o material que se quer cadastrar possui um


NEE. Para realizar essa operação é necessário:

a. Clicar no menu Catálogo, na barra de ferramentas do sistema.

b. Selecionar a opção Consultar no formulário Material (Material cataloga-


do/Proposta de material (figura 2).

Essa pesquisa também pode ser realizada por meio do SICATEX.

12
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 2 – Consulta de NEE
Fonte: SIMATEX OM 2013

Para criar uma nova ficha de material de consumo é necessário:

a. Clicar no menu Material de Consumo, localizado na barra de ferramen-


tas da página inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastrar Fichas (figura 3). O sistema exibe a janela


Cadastro de Fichas de Material de Consumo / Uso Duradouro (figura 4).

Figura 3 – Cadastrar nova ficha de material de consumo


Fonte: SIMATEX OM 2013

13
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 4 – Cadastro de Fichas de Material de Consumo / Uso Duradouro
Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Clicar no botão Abrir Ficha desse formulário e realizar os seguintes


lançamentos nos campos obrigatórios em azul:

• Número da ficha – A OM pode definir como vai preencher esse


campo. Algumas OM utilizam no início da numeração o número cor-
respondente à conta contábil. Outras OM utilizam a letra C, indican-
do que se trata de material de consumo. Cada OM pode escolher a
forma através da qual irá trabalhar, porém deverá utilizar um padrão
único para as suas fichas, não complicando o controle. Um sequen-
cial numérico já é muito bom para o controle das fichas.

• NEE/Proposta – O preenchimento correto desse campo é importan-


tíssimo para o controle de material do EB. Deve-se localizar o NEE do
material e escolher exatamente o NEE correspondente ao material
que se deseja lançar no SISCOFIS. Para isso, é necessário

a) Clicar em NEE/Proposta. A janela Lista de materiais do Catálo-


go é aberta (Figuras 5).

14
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 5 – Janela Lista de materiais do catálogo
Fonte: SIMATEX OM 2013

b) Digitar o NEE do material no campo em branco ao lado da opção


Pesquisar por (Figura 6)

c) Clicar em Pesquisar. O material e seu respectivo NEE são listados


no campo Resultado da pesquisa (Figura 6 e 7).

Figura 6 – NEE digitado no campo ao lado da opção Pesquisar por


Fonte: SIMATEX OM 2013

15
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 7 – Resultado da pesquisa de NEE
Fonte: SIMATEX OM 2013

• Diretoria de controle do material – Selecionar o órgão gestor do


material que poderá ser DAbst, DMat, CCOMGEx, DSG, DSau etc.

• Boletim Reservado – Selecionar as publicações referentes às movimen-


tações do material que serão exibidas no Boletim Reservado, clicando-se
a opção Sim, ou as que serão publicadas em Boletim Ostensivo, clican-
do-se na opção Não. Caso a ficha seja referente à munição, deve-se
selecionar a opção Sim.

• Grupo de material – Selecionar o Grupo ao qual pertence esse mate-


rial. Poderá ser GERAL, MUNIÇÃO, COMBUSTÍVEIS, FARDAMENTO,
EQUIPAMENTO INDIVIDUAL, LUBRIFICANTES e RAÇÕES (figura 8).

A correta classificação do Grupo do item de suprimento é


importantíssima, principalmente quando forem gerados os
relatórios das diversas situações dos materiais.

16
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 8 – Grupos de material de consumo
Fonte: SIMATEX OM 2013

• Campo Mat. de aplicação? – Selecionar as opções Sim ou Não.


Caso o material deva ser aplicado em algum patrimônio, é necessário
selecionar a opção SIM, para que seja informado, no momento de se
pedir o material, em qual patrimônio esse material será aplicado.

Ex: materiais para serem aplicados em viaturas (baterias).

• Campo Mat. de uso duradouro? - Selecionar as opções SIM ou


Não. Material de uso duradouro é aquele que, mesmo tendo sido
comprado como material de consumo será controlado como se fosse
um material permanente.

Ex: todos os materiais da Classe II (Material de Intendência) e os livros.

• Campo Estoque máximo e Estoque mínimo­- Preencher de acordo


com as necessidades da OM. É um controle interno das unidades.

• Campo Tempo de duração (em meses) – Preencher o tempo de


duração do material, caso a ficha seja referente ao fardamento. Não
confundir com validade.

d. Conferir todos os dados inseridos e clicar em Confirmar. Em seguida,


passar ao cadastramento das contas contábeis que serão utilizadas por
esse material.

17
gestão de material e patrimônio - u6
Para cadastrar as contas contábeis é necessário:

a. Clicar no botão Alterar da janela Cadastro de Fichas de Material de


Consumo/Uso Duradouro

b. Clicar no botão Incluir, localizado abaixo do campo Conta de estoque


interno localizado no canto inferior esquerdo do formulário (figura 9).
O sistema exibe a janela Listar Contas (figura 10).

Figura 9 – Cadastrar contas contábeis


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Selecionar a conta corrente correspondente ao material e clicar em OK


(figura 10). A conta contábil selecionada aparece no campo Conta de
estoque interno (figura 11).

18
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 10 – Listar Contas
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 11 – Conta contábil selecionada


Fonte: SIMATEX OM 2013

19
gestão de material e patrimônio - u6
O campo Conta de Estoque de distribuição só é preenchido se
a OM exercer alguma atividade tipo Órgão Provedor. Não é o
caso de uma OM normal.

Terminada essa operação, a ficha estará pronta para iniciar a inclusão de


material.

2.1.2 Criação de fichas de material permanente

Em caso de material de uso A abertura de uma nova ficha de material permanente só pode ser realizada
duradouro, é necessário pre-
pelo Agente Fiscal Sede Permanente (AGENTE_FISCAL_SEDE_PERM).
encher o campo Conta de
distribuição.
Para criar uma ficha de material permanente é necessário:
Para o material de consumo
normal, deve-se preencher a. Clicar no menu Material Permanente na barra de ferramentas da pá-
apenas o campo Conta de Es-
toque Interno. gina inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastrar Fichas (figura 12). O sistema exibe a


janela Cadastro de Fichas de Material Permanente (figura 13).

Figura 12 – Cadastrar fichas de material permanente


Fonte: SIMATEX OM 2013

20
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 13 – Janela Cadastro de ficha de material permanente
Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Clicar em Abrir Ficha e preencher os campos a seguir da seguinte forma:

• Número da ficha – A OM pode definir como vai preencher esse


campo. Algumas OM utilizam no início da numeração o número cor-
respondente à conta contábil. Outras OM utilizam a letra P, indican-
do que se trata de material permanente. Cada OM pode escolher a
forma através da qual irá trabalhar, porém deverá utilizar um padrão
único para as suas fichas, não complicando o controle. Um sequen-
cial numérico já é muito bom para o controle das fichas.

• NEE/Proposta – O preenchimento correto desse campo é importan-


tíssimo para o controle de material do EB. Deve-se localizar o NEE do
material e escolher exatamente o NEE correspondente ao material
que se deseja lançar no SISCOFIS. Para isso é necessário clicar em
NEE/Proposta e procurar o NEE do material na janela Lista de ma-
teriais do Catálogo (Figuras 14, 15 e 16).

21
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 14 – Janela Lista de materiais do catálogo
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 15 - NEE digitado e resultado da pesquisa


Fonte: SIMATEX OM 2013

22
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 16 – NEE selecionado

Fonte: SIMATEX OM 2013

• Boletim Reservado – Selecionar as publicações referentes às movimen-


tações do material que serão exibidas no Boletim Reservado, clicando-se
a opção Sim, ou as que serão publicadas em Boletim Ostensivo, clican-
do-se na opção Não.

• Grupo de material – Selecionar o Grupo ao qual pertence esse mate-


rial. Poderá ser GERAL, VIATURAS, ARMAMENTOS, COMUNICAÇÕES,
ENGENHARIA, INFORMÁTICA, ELETRÔNICA e SAÚDE (figura 17 ).

A correta classificação do Grupo do item de suprimento é


importantíssima, principalmente quando forem gerados os
relatórios das diversas situações dos materiais.

23
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 17 – Grupos de material permanente
Fonte: SIMATEX OM 2013

• Diretoria de controle do material – Na atual versão do SISICOFIS é


necessário inserir o órgão gestor do material, que poderá ser D Abst,
D Mat, CCOMGEx, DSG, D Sau etc.

d. Conferir todos os dados e clicar em Confirmar.

Em seguida é necessário cadastrar as contas contábeis que serão utilizadas por


esse material.

A conta de ESTOQUE INTERNO (142129201) é a conta em que todo material


novo que chega à OM transita e será utilizada em todo momento que o mate-
rial estiver em depósito.

Para cadastrar a conta estoque interno o usuário deve:

a. Clicar no botão Alterar do formulário. A janela Cadastro de Fichas de


Material Permanente (Modo Alteração) é aberta (figura 18).

24
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 18 – Cadastrar conta estoque interno
Fonte: SIMATEX OM 2013

b. Clicar no botão Incluir. A janela Listar Contas é exibida.

c. Selecionar a referida conta contábil (ESTOQUE INTERNO) (figura 19) e


clicar em OK. A conta aparece no campo Conta de estoque interno
(figura 20).

Figura 19 – Seleção da Conta ESTOQUE INTERNO


Fonte: SIMATEX OM 2013

25
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 20 – Conta ESTOQUE INTERNO selecionada
Fonte: SIMATEX OM 2013

Após a inclusão da conta contábil ESTOQUE INTERNO, é necessário incluir


a conta contábil BENS MÓVEIS A REPARAR (142129203) (Figuras 21 e 22),
uma vez que, um dia, esse material será descarregado ou poderá ir para manu-
tenção. Dessa forma, a conta já estará disponibilizada.

Figura 21 – Conta BENS MOVEIS A REPARAR


Fonte: SIMATEX OM 2013

26
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 22 – Lançamento concluído da conta BENS MOVEIS A REPARAR
Fonte: SIMATEX OM 2013

A conta de estoque de distribuição só será utilizada se a OM


exercer alguma atividade tipo Órgão Provedor. Para ela ser
exibida é necessário acessar o catálogo de contas (figura 23) e
indicar que essa conta será utilizada.

Figura 23 – Acesso ao catálogo de contas – Janela Listar Contas


Fonte: SIMATEX OM 2013

27
gestão de material e patrimônio - u6
Para concluir o lançamento de contas é necessário incluir a Conta de distri-
buição; aquela em que o material ficará distribuído nas dependências da OM.

Terminada essa operação, a ficha está pronta para se iniciar a inclusão de material.

2.1.3 Cadastramento inicial de material de consumo

O cadastramento inicial de material de consumo deve ser realizado sempre que


chegar material novo na OM.

Antes de iniciar o cadastramento, é necessário verificar se uma ficha do respec-


tivo material já foi aberta.

Para realizar essa ação é preciso:

a. Clicar no menu Material de Consumo, na barra de ferramentas da


página inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastrar Fichas (figura 24).

Figura 24 – Opção Cadastrar Fichas


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Clicar no botão Consultar na janela Cadastro de Fichas de Material


de Consumo / Uso Duradouro (Figura 25).

28
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 25 – Pesquisa de ficha de material de consumo
Fonte: SIMATEX OM 2013

Selecionar as opções Número, NEE ou Descrição, localizadas no campo Pesqui-


sa por da janela Listar Fichas de Material de Consumo (Figuras 26 e 27) para
realizar a pesquisa na ficha.

Figura 26 – Listar Fichas de Material de Consumo


Fonte: SIMATEX OM 2013

29
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 27 – Resultado da pesquisa
Fonte: SIMATEX OM 2013

Além da pesquisa da ficha de material, também é necessário verificar se o do-


cumento de origem do material já está cadastrado. Por exemplo, a Nota Fiscal.

Para realizar essa ação, o operador deve:

a. Clicar no menu Organização Militar, na barra de ferramentas da página


inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastrar Documentos (Figuras 28 a 32).

Figura 28 – Opção Cadastrar Documentos


Fonte: SIMATEX OM 2013

30
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 29 – Janela Cadastro de documentos
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 30 – Janela Listar documentos


Fonte: SIMATEX OM 2013

31
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 31 – Resultado da pesquisa
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 32 – Consulta de Documentos


Fonte: SIMATEX OM 2013

Quando concluir essas verificações, o usuário pode passar à operação de inclu-


são do cadastro inicial do material de consumo.

Para incluir o cadastro inicial do material de consumo é necessário:

a. Acessar o menu Material de Consumo, na barra de ferramentas da


página inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastro inicial (Figura 33).

32
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 33 – Cadastro inicial de Material de Consumo
Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Clicar no botão Incluir na janela Cadastro Inicial de Material de Con-


sumo / Uso Duradouro (Figura 34) exibida pelo sistema.

Figura 34 – Cadastro Inicial de Material de Consumo


Fonte: SIMATEX OM 2013

d. Preencher criteriosamente os campos obrigatórios em azul da seguinte


forma:

• Data de cadastro – deixar a data do dia, inserida pelo sistema.

• Documento de origem – selecionar o documento de origem relati-


vo ao material, que pode ser uma Nota Fiscal, uma Guia de Remessa
ou uma Guia de Fornecimento. O sistema apresenta, automaticamen-
te, o último item cadastrado.

33
gestão de material e patrimônio - u6
• Orçamentário (antigo Fundo do Exército) – selecionar a opção
SIM, a não ser que a origem do material seja doação.

• NEE/proposta – procurar o NEE/proposta por meio de pesquisa (figu-


ras 35 a 37) para que não haja erro no preenchimento desse campo.

Figura 35 – Pesquisa de NEE/proposta


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 36 – Seleção da opção de pesquisa


Fonte: SIMATEX OM 2013

34
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 37 – Resultado da pesquisa
Fonte: SIMATEX OM 2013

• Procedência – apesar de não ser um campo obrigatório, é bom que


seja preenchido, a fim de que se tenha o máximo de informações so-
bre o material. O sistema apresenta as opções: ÓRGÃO PROVEDOR,
COMÉRCIO, PRODUZIDO NA OM, TRANSFERIDO DE OUTRA
OM, DOAÇÃO, etc.;

• Fornecedor – selecionar o fornecedor cadastrado, clicando nesse


campo e escolhendo o mesmo na janela Listar Empresas exibida
pelo sistema (Figura 38).

Figura 38 – Selecionar fornecedor cadastrado


Fonte: SIMATEX OM 2013

35
gestão de material e patrimônio - u6
• Quantidade – preencher com atenção a quantidade do material que
está sendo cadastrado.

• Possui nr série? – selecionar opção SIM, caso o material possua nº


de série. O sistema exibe uma janela para o preenchimento desse
número.

• É numerado? – selecionar as opções SIM ou NÃO, caso o mate-


rial possua ou não esse número. Essa numeração é definida pela
própria OM.

• Possui nr lote? – selecionar as opções SIM ou NÃO, caso o material


possua ou não esse número. Por exemplo: munição. Caso o material
possua nº de lote, preencher, com atenção, os campos Ano lote e
Nr do lote, Data de validade, Data de fabricação e Categoria
da munição.

• É um conjunto? – selecionar as opções SIM ou Não, caso o material


faça parte de um conjunto ou seja um material isolado.

• CaValor unitário – preencher o valor correto do material.

e. Conferir todos os lançamentos e clicar em Confirmar.

Para imprimir o espelho do Depois de realizado o cadastramento inicial do material, é possível realizar a
cadastro (ESPELHO DE DO- entrada do respectivo material que será descrita mais adiante.
CUMENTO DE ENTRADA),
é necessário clicar no botão
Imprimir do formulário de
2.1.4 Cadastramento inicial de material permanente
cadastro.
O cadastramento inicial de material permanente deve ser realizado sempre que
chegar material novo na OM.

Antes de iniciar o cadastramento, é necessário verificar se uma ficha do respec-


tivo material já foi aberta.

Para realizar essa ação é necessário:

a. Clicar no menu Material Permanente, na barra de ferramentas da


página inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastrar Fichas (Figura 39).

36
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 39 – Cadastro de Material Permanente
Fonte: SIMATEX OM 2013

Clicar no botão Consultar na janela Cadastro de fichas de material permanente


(Figura 40) exibida pelo sistema.

Figura 40 – Consulta de fichas de material permanente


Fonte: SIMATEX OM 2013

Selecionar as opções Número, NEE ou Descrição, localizadas no campo Pesqui-


sa por da janela Listar Fichas de Material Permanente (Figuras 41 a 43) para
realizar uma pesquisa de ficha.

37
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 41 – Janela de pesquisa de fichas
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 42 – Seleção da opção de pesquisa


Fonte: SIMATEX OM 2013

38
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 43 – Listagem de fichas de material permanente
Fonte: SIMATEX OM 2013

Além da pesquisa de ficha de material também é necessário verificar se o do-


cumento de origem do material já está cadastrado. Por exemplo, a Nota Fiscal.

Para realizar essa ação, o usuário deve:

a. Clicar no menu Organização Militar, na barra de ferramentas da pági-


na inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastrar Documentos (Figura 44).

Figura 44 – Opção Cadastramento de Documentos


Fonte: SIMATEX OM 2013

39
gestão de material e patrimônio - u6
c. Clicar no botão Consultar na janela Cadastro de documentos exibida
pelo sistema (Figura 45).

Figura 45 – Consulta de cadastro de documentos


Fonte: SIMATEX OM 2013

d. Preencher o campo Data do documento, por exemplo, na janela


Listar documentos (figura 46) para realizar a pesquisa no documen-
to. Após o preenchimento desse campo, o sistema exibe o resultado da
pesquisa (figuras 47 e 48).

Figura 46 – Preenchimento do campo de data


Fonte: SIMATEX OM 2013

40
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 47 – Inserção da data
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 48 – Resultado da pesquisa de cadastro de documento


Fonte: SIMATEX OM 2013

A partir dessas verificações, pode-se passar à operação de inclusão do cadastro


inicial do material permanente.

Para realizar a inclusão do cadastro inicial do material permanente é necessário:

a. Acessar o menu Material Permanente, na barra de ferramentas da


página inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Cadastro inicial (Figura 49).

41
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 49 – Cadastro inicial de material permanente
Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Clicar no botão Incluir da janela Cadastro inicial de material perma-


nente (Figura 50) exibida pelo sistema.

Figura 50 – formulário Cadastro Inicial de Material Permanente (Modo Inserção)


Fonte: SIMATEX OM 2013

d. Preencher criteriosamente os campos obrigatórios em azul da seguinte


forma:

• Documento de origem – preencher com o nº, data e nome do


emitente da Nota Fiscal ou de outros documentos.

• Orçamentário (antigo Fundo do Exército) – selecionar a opção


SIM, a não ser que a origem do material seja doação.

42
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• NEE/proposta – procurar o NEE/proposta por meio de uma pesquisa
(Figuras 51 e 52), para não haver erro no preenchimento desse campo.

Figura 51 – Pesquisa de ficha de material permanente


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 52 – Resultado da pesquisa


Fonte: SIMATEX OM 2013

43
gestão de material e patrimônio - u6
• Procedência – apesar de não ser um campo obrigatório, é bom que
seja preenchido, para se ter o máximo de informações sobre o material.

• Quantidade – preencher com atenção a quantidade do material que


está sendo cadastrado.

Caso se trate de cadastramento de apenas 01 (uma) viatura,


o sistema abrirá os campos Nr da palca, Nr EB, Nr chassi, Nr
renavan, e Tipo de viatura para preenchimento obrigatório.
Tratando-se de mais de uma viatura, o preenchimento obri-
gatório será solicitado após a confirmação do cadastramento
(Figuras 53 a 55).

Figura 53 – Cadastramento de uma viatura


Fonte: SIMATEX OM 2013

44
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 54 – Inclusão de dados de cadastramento de uma viatura
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 55 – Dados já incluídos


Fonte: SIMATEX OM 2013

45
gestão de material e patrimônio - u6
• Possui nr série? – selecionar opção SIM, caso o material possua nº
de série, sendo que o aplicativo abrirá uma janela para o preenchi-
mento desse número.

• É numerado? – selecionar as opções SIM ou NÃO, caso o mate-


rial possua ou não esse número. Essa numeração é definida pela
própria OM.

• Possui nr lote? – selecionar as opções SIM ou NÃO, caso o material


possua ou não esse número.

• É um conjunto? – selecionar as opções SIM ou Não, caso o material


faça parte de um conjunto ou seja um material isolado.

• Valor unitário – preencher o valor correto do material.

Se desejar visualizar e impri- Depois de realizado o cadastramento inicial do material, pode-se realizar a
mir o espelho do cadastro,
entrada do respectivo material que será descrita mais adiante.
basta clicar no botão Impri-
mir Espelho do formulário
e selecionar a opção Gerar Após essas operações, é possível passar ao cadastro dos componentes do material.
Espelho Documento de Entra-
da na janela Espelho de Do-
cumento de Entrada (figura
56 a 58).

Figura 56 – Cadastramento concluído


Fonte: SIMATEX OM 2013

46
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 57 – Gerar espelho de documento
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 58 – Espelho de documento de entrada


Fonte: SIMATEX OM 2013

Depois de realizado o cadastramento inicial do material, pode-se realizar a en-


trada do respectivo material. A operação de entrada de material será explicada
no Assunto 3, dessa Unidade.

2.1.5 Cadastramento de saída de material de consumo

A saída de material de consumo em uma OM corresponde a sua distribuição


para uso nas diversas dependências da OM e é efetuada por agente com perfil
AGENTE_FISCAL_CONS.

47
gestão de material e patrimônio - u6
Para se realizar o cadastramento dessa saída para uma determinada dependên-
cia é necessário:

a. Acessar o SISCOFIS OM.

b. Clicar no menu Material de Consumo, na página inicial.

c. Selecionar a opção Movimentar Material (figura 59).

Figura 59 – Cadastramento de saída de material


Fonte: SIMATEX OM 2013

d. Selecionar a opção Saída material consumo (figura 60) na janela


Movimentação de material de consumo e uso duradouro exibida
pelo sistema.

Figura 60 – Opção Saída material consumo selecionada


Fonte: SIMATEX OM 2013

e. Preencher os campos da seguinte forma:

• Filtrar por: utilizar as opções de filtro existentes do campo (Depen-


dência, Conta atual, Ficha estoque e Cadastro inicial) para in-
formar de onde o material está saindo, ou seja, a origem do material,

48
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
clicando no campo Dependência, e escolhendo, em tese, o Almoxa-
rifado Depósito (ALMOX – DEP) (Figura 61).

Figura 61 – Seleção do almoxarifado


Fonte: SIMATEX OM 2013

Clicar no botão Filtrar para selecionar qual o material será distribu-


ído. O aplicativo lista todos os materiais existentes no depósito que
poderão ser distribuídos (figura 62). Após escolhidos os materiais que
serão distribuídos, deve-se enviá-los para o lado direito do formulá-
rio, clicando-se no botão [I].

Figura 62 – Lista dos materiais que podem ser distribuídos


Fonte: SIMATEX OM 2013

49
gestão de material e patrimônio - u6
• Dependência - selecionar a dependência para onde o material será
distribuído, clicando nesse campo e escolhendo a repartição desejada
na janela Listar Dependências (figuras 63 e 64).

Figura 63 – Janela Listar Dependência


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 64 – Seleção da dependência


Fonte: SIMATEX OM 2013

• Motivo do movimento - selecionar o motivo do movimento,


escolhendo as várias opções apresentadas na janela Motivos para
movimentos de material (Figura 65).

50
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Em distribuições normais na OM, a opção deve ser CONSUMO.

Figura 65 – Seleção do motivo do movimento


Fonte: SIMATEX OM 2013

É importante que a distribuição de material de consumo para


as diversas dependências da OM seja realizada através de um
Pedido de Material efetuado através do próprio sistema.

• Preencher os demais campos obrigatórios da mesma maneira, de acordo


com a situação do material a ser distribuído, atentando para o campo
Centro de custos de destino.

f. Conferir todos os dados informados e clicar no botão Movimentar


material.

Quanto maior a quantidade de informações registradas, me-


lhor será o controle do material.

51
gestão de material e patrimônio - u6
2.1.6 Cadastramento de saída de material permanente

A saída de material permanente em uma OM corresponde a sua distribuição


para uso nas diversas dependências da OM e é efetuada por usuário com perfil
AGENTE_FISCAL_PERM.

Para se realizar o cadastramento dessa saída para uma determinada dependên-


cia é necessário:

a. Acessar o SISCOFIS OM.

b. Clicar no menu Material Permanente na página inicial.

c. Selecionar a opção Movimentar Material (Figura 66).

Figura 66 - Página Inicial SISCOFIS OM


Fonte: SIMATEX OM 2013

d. Selecionar a opção Distribuição (Figura 67) na janela Movimentação


de material permanente exibida pelo sistema.

Figura 67 – Opção Distribuição em Movimentação de material permanente


Fonte: SIMATEX OM 2013

52
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
e. Preencher os campos da seguinte forma, atentando para os campos
obrigatórios em azul:

• Filtrar por: utilizar os filtros existentes do campo (Dependência,


Conta atual, Ficha geral e Patrimônio) para informar de onde
o material está saindo, ou seja, a origem do material. Para realizar
essa operação é necessário clicar no campo Dependência e selecio-
nar, em tese, a opção ALMOXARIFADO - DEPÓSITO (ALMOX – DEP)
(Figura 68).

Figura 68 – Selecionando origem da saída do material


Fonte: SIMATEX OM 2013

• Dependência – para selecionar a dependência para onde o material


será distribuído o usuário deve:

a. clicar nesse campo e escolher a repartição desejada na janela Listar


Dependências (figura 69).

53
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 69 – Seleção da distribuição do material
Fonte: SIMATEX OM 2013

b. Clicar no botão Filtrar para selecionar que material será distribuído.


O sistema exibe todos os itens do depósito que poderão ser distribuí-
dos (figura 70).

Figura 70 – Itens que podem ser distribuídos


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Selecionar o material e clicar no botão [I]. A conta contábil prevista para


o referido material é exibida.

54
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
d. Clicar na devida conta (figura 71). O material que será distribuído passa
para o lado direito do formulário (figura 72).

Figura 71 – Exibição da Conta contábil


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 72 – Material a ser distribuído


Fonte: SIMATEX OM 2013

55
gestão de material e patrimônio - u6
• Motivo do movimento - selecionar o motivo do movimento, escolhen-
do as opções ORDEM ou SOLICITAÇÃO (Figura 73).

Figura 73 – Motivo do movimento


Fonte: SIMATEX OM 2013

• Preencher os demais campos obrigatórios da mesma maneira, de


acordo com a situação do material a ser distribuído, atentando para
o campo Centro de custos de destino.

e. Conferir todos os dados informados e clicar no botão Movimentar


material.

Quanto maior a quantidade de informações registradas, me-


lhor será o controle do material.

2.1.7 Alteração de fichas de material

Para se realizar alterações nas fichas de material de consumo ou de material


permanente é necessário:

a. Acessar os menus Material de Consumo ou Material Permanente,


conforme o caso, por meio dos respectivos perfis.

b. Selecionar a opção Cadastrar Fichas (Figuras 74 e 75).

56
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 74 – Página Inicial SISCOFIS OM (material de consumo)
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 75 - Página Inicial SISCOFIS OM (material permanente)


Fonte: SIMATEX OM 2013

Após essa seleção, o sistema exibe duas janelas distintas:

• Para material de consumo – a janela Cadastro de Fichas de Material


de Consumo/Uso Duradouro [Modo Alteração] (figura 76).

Figura 76 – Janela Cadastro de Fichas de Material de Consumo/Uso Duradouro [Modo Alteração]


Fonte: SIMATEX OM 2013

57
gestão de material e patrimônio - u6
• Para material permanente – a janela Cadastro de fichas de material
permanente [Modo Ateração] (Figura 77).

Figura 77 – Janela Cadastro de fichas de material permanente [Modo Ateração]


Fonte: SIMATEX OM 2013

Após a exibição da respectiva janela, o usuário pode selecionar as fichas dese-


jadas e realizar as alterações.

58
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3 Consultas e Propostas

Objetivos específicos

• Executar uma consulta (itens de suprimento e empresas);


• Executar uma proposta (itens de suprimento e empresas).

O SISCOFIS OM permite a realização de importantes consultas e de propostas


por meio do seu banco de dados, referentes aos itens de suprimentos e às
empresas cadastradas, para possibilitar o controle do material de uma OM,
principalmente no que se refere às operações permitidas pelo próprio sistema.

3.1 Catalogação para uso no SISCOFIS

Catalogação: conjunto O SISCOFIS utiliza-se da [catalogação], ou seja, dos códigos denominados


de tarefas, normas e proce- Nato Stock Number (NSN) e Número de Estoque do Exército (NEE), que permi-
dimentos para a coleta de
dados técnicos para o estabe- tem a identificação e o fornecimento dos dados técnicos dos diversos itens de
lecimento da identificação de suprimento para os registros dos materiais permanentes e de consumo em seu
itens e empresas de interesse
de um determinado órgão e banco de dados.
sua ordenação na forma de
um catálogo. Os NSN são atribuídos pelo Centro de Catalogação das Forças Armadas (CE-
CAFA), denominado de Agência Nacional de Catalogação, órgão integrante do
Ministério da Defesa. Os NEE são elaborados pela Central de Operações e Ar-
quivos (COA), órgão de maior instância da catalogação do EB, que se encontra
na GPG 5 do Comando Logísitico (COLOG).

A missão da COA, que é regulada pela Portaria Nº 162 – EME, de 30 de setem-


bro de 2011 (IG 10-80), é estabelecer procedimentos padronizados para catalo-
gação de itens de suprimento do Exército e tem por funcionalidade identificar o
item por meio do NSN/ NEE, utilizado no banco de dados do SISCOFIS.

A COA possui três agências de catalogação em pleno funcionamento no CO-


LOG: uma na Diretoria de Material (D Mat), uma na Diretoria de Abastecimen-
to (D Abst) e uma Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx); e

59
gestão de material e patrimônio - u6
e encontra-se em fase de implantação uma agência no Centro de Comunicações
e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEX) e outra na Diretoria de Serviços Geo-
gráficos (DSG), ambas subordinadas ao Departamento de Ciência e Tecnologia
(DCT); uma no Departamento de Engenharia e Construção (DEC) e outra na Dire-
toria de Saúde (DSau), Subordinada ao Departamento Geral do Pessoal (DGP).

Acima da COA e da CECAFA está a Organização do Tratado do Atlântico Norte


(OTAN), que é o organismo internacional responsável pela regulação das nor-
mas da catalogação.

Os NSN e os NEE são códigos alfanuméricos compostos por 13 treze dígitos,


sendo que os quatro primeiros números representam o Grupo-classe do ma-
terial, os quinto e sexto dígitos indicam quem catalogou o material e os sete
últimos dígitos o nº sequencial do material, conforme o quadro 1 abaixo:

CÓDIGO 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º

IPC Nº sequencial
NSN/NEE Grupo-classe
NIIN (código da classe; nome da Classe)

Quadro 1 – Catalogação de materiais de acordo com NSN e NEE

Exemplo de um NEE: 5820EB1059705

O NSN indica que o material foi catalogado por determinado país signatário,
conforme os padrões e exigências da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN). Por exemplo, se foi o Brasil o país responsável pela catalogação
do material, os dígitos referentes ao IPC serão 1 e 9 (19). Entretanto, se o ma-
terial estiver catalogado apenas no Sistema de Catalogação do Exército (SIS-
CATEX) é atribuído ao mesmo um NEE, e não um NSN, com o IPC preenchido
com o código BR. Após a substituição do SICATEX pelo aplicativo SGDCP, o IPC
do NEE será substituído pela sigla EB.

De acordo com o determinado nas IG 10-80, p.21:

4.6.1.3.6. Não serão atribuídos NEE ou NSN a:

a. itens que não sejam de emprego militar ou que não


sejam itens de suprimento;

b. itens utilizados por empresas contratadas para a execu-


ção de manutenção, e/ou reparo de certos equipamentos,
quando tais itens forem usados somente nesses serviços

60
CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS
e não venham a ser incluídos em linha de fornecimento
pelas agências de catalogação; e

c. itens fabricados nas OM, para seu uso exclusivo.

É importante ressaltar que para um único NEE pode haver vários fabricantes, O EB possui 653 Organiza-
ções Militares (OM), que po-
cada um com o seu respectivo part number, que é o código pelo qual o fabri-
dem ser autônomas, semiau-
cante identifica o seu material, dentre os fabricados por ele. tônomas e vinculadas, sendo
que, desse total, 418 são Uni-
Quando um material não consta no catálogo do SISCOFIS, a OM deverá gerar dades Gestoras (UG).
um código denominado proposta, que deve ser composto pelo Código da OM Cada OM possui um núme-
ro que a identifica dentro da
(CODOM), somado a um número sequencial. estrutura do EB, denominado
Código de OM (CODOM) e
Cada uma das 653 OM do EM possui um código denominado CODOM cada UG possui um número
composto de 06 dígitos. Por exemplo, a Academia Militar das Agulhas Negras denominado Código de UG
(CODUG), que a individua-
(AMAN) possui o CODOM 000109. liza no âmbito da gestão or-
çamentária, financeira e patri-
monial, sendo OM autônoma.
As 135 OM restantes são se-
3.2 Consulta de catálogos miautônomas ou vinculadas.
Ex: Cia DQBN (vinculada à
O Catálogo de suprimento ou o Catálogo de empresas podem ser pes- EsIE),
quisados no Sistema SICATEX, acessado pelo link existente no site do SIMATEX, Isso significa que nem toda
OM é uma UG ou UA, porém
conforme figura 78. todas UG e UA são OM.

Figura 78 – Página Inicial SIMATEX – Acesso ao SICATEX


Fonte: SIMATEX OM 2013

61
gestão de material e patrimônio - u6
Para pesquisar o Catálogo de suprimento ou o Catálogo de empresas, é neces-
sário selecionar a opção Pesquisa existente em cada um desses títulos, confor-
me figura 79.

Figura 79 – Consulta ao SICATEX


Fonte: SIMATEX OM 2013

Para pesquisar um item no Catálogo de suprimento, o operador, ao realizar


a operação anterior terá acesso à janela para realizar a consulta. Ele pode
escolher de que forma a mesma será realizada por meio dos seguintes filtros,
ilustrados na figura 80:

• Agência de catalogação – selecionar a classe do material ou a Agência


de Catalogação;

• Tipo de material – selecionar o material permanente ou material de


consumo;

• NEE – digitar todo número do NEE. Caso o nº sequencial não esteja


disponível, deve-se digitar primeiramente o sinal % (percentagem) e a
seguir esse nº sequencial. Ex: %1011283

• Part Number do material,

• Nome Padrão: Ex: rádio. Se desejar consultar todos os itens que pos-
suem em qualquer parte de sua descrição a denominação rádio, deve-se
digitar antes e depois do nome o sinal %. Ex: %rádio%.

62
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Não utilizar til (~) ou cedilha (ç).

• Dados Complementares

• Características Técnicas

• Código da Empresa (CODEMP)

• Razão Social do fabricante

Figura 80 – Pesquisa de item de suprimento


Fonte: SIMATEX OM 2013

3.2.1 Materiais que devem ser catalogados

Somente serão catalogados materiais gerenciados pelo EB, ou seja, os Mate-


riais de Emprego Militar (MEM), como canhão, fuzil etc. receberão um NSN e
os materiais que não são de emprego militar, mas que os gestores necessitam
controlar, como o caso das viaturas administrativas, receberão apenas um NEE.

Em regra, as Diretorias Gestoras de cada material solicita a catalogação no mo-


mento da aquisição do material, podendo, em casos excepcionais, a cataloga-
ção ser solicitada pelo usuário do sistema.

63
gestão de material e patrimônio - u6
3.3 Propostas no SISCOFIS

Os materiais que não devem ser catalogados serão controlados apenas na OM


com o nº de proposta, que é o correspondente ao Número de Estoque da OM.

São exemplos de materiais que não são gerenciados pelo EB e, por isso, não
precisam de solicitação de catalogação: mesas, computadores (exceto os
pertencentes a algum sistema), cadeira, armário, ar condicionado, geladeira,
fogão (exceto o de campanha), etc.

As propostas também devem ser realizadas nas seguintes situações adversas:

a) O MEM possui NSN, mas não possui NEE

Ocorre, normalmente, com o material importado, que já foi catalogado no


exterior. É necessário que o Brasil registre seu interesse por esse item para que
ele seja registrado no SICATEX.

Nesse caso é necessário adotar as seguintes medidas:

• Criar uma proposta;

• Informar o NSN nos dados complementares dessa proposta;

• Solicitar a catalogação e

• Aguardar um novo catálogo para o SISCOFIS e, após o item ser catalo-


gado, substituir a proposta pelo NSN/NEE.

b) Material possui NEE, está no SICATEX e não está no SISCOFIS

Ocorre com materiais novos, que foram catalogados recentemente. Não se


deve solicitar a catalogação desses materiais.

Nesse caso é necessário adotar as seguintes providências:

• Criar uma proposta;

• Informar o NEE nos dados complementares dessa proposta; e

• Aguardar um novo catálogo para o SISCOFIS e substituir a proposta pelo


NSN/NEE.

c) NEE com a expressão “item cancelado” e a OM utiliza esse NEE em alguma


ficha, mesmo de material já descarregado.

Ocorre quando o EB não tem mais interesse em controlar determinados mate-


riais. Nesse caso, deve-se substituir por proposta.

64
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
A OM deverá proceder uma verificação em suas fichas sempre que houver uma
atualização de catálogo para substituir esses NEE.

Nesse caso é necessário adotar as seguintes providências:

• Criar uma proposta e

• Substituir os NEE na ficha pela proposta criada.

d) Material possui NEE no SISCOFIS que não consta no SICATEX e a OM utiliza


este NEE em alguma ficha, mesmo de material já descarregado

Neste caso o NEE foi excluído do SICATEX. O usuário da OM raramente irá


descobrir isso. Caso seja descoberto, a OM deverá criar uma proposta.

Para os materiais abaixo relacionados só poderá ser utilizado o


número de proposta em caráter provisório, durante o período
necessário para a respectiva catalogação:

• Materiais de Emprego Militar, de acordo com a Portaria nº 73 –


EME, Res, de 09 de outubro de 2002;

• Viaturas administrativas e

• Materiais controlados pelos ODG/ODS.

As OM deverão adotar as medidas necessárias para a substitui-


ção da proposta pelo NEE/NSN.

3.3.1 Solicitação de catalogação

A catalogação de um material só deve ser solicitada se ele for um MEM e não


constar no catálogo do SICATEX.

Para realizar essa catalogação o usuário deve:

• Preencher uma proposta no SISCOFIS que gera um Formulário Padrão


de Solicitação de Catalogação (Ficha F5) e

• Imprimir e remeter a Ficha F5 gerada (Figura 81), pela cadeia de co-


mando, através do Comando da Região Militar, aos respectivos órgãos
Gestores dos materiais, ou seja, D Mat, D Abst, D MAvEx, CCOMGEx, D
Sau, DSG ou DEC, anexando as respectivas informações técnicas do item
de suprimento.

65
gestão de material e patrimônio - u6
As informações técnicas do item são: manual do usuário, o manual técnico,
catálogos e quaisquer outros documentos que possam auxiliar na catalogação.

Figura 81 – Catalogação de material


Fonte: SIMATEX OM 2013

3.3.1.1 Consulta e Inclusão de proposta de material no SISCOFIS

O Almoxarife pode até consultar uma proposta, mas o cadastro só pode ser reali-
zado pelo AGENTE FISC_ SEDE_ PERM ou pelo AGENTE FISC_ SEDE_ CONS.

Para consultar e incluir uma proposta de material no SISCOFIS é necessário:

a. Clicar no menu Catálogo (Figura 82).

Figura 82 -
Fonte: SIMATEX OM 2013

66
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
b. Selecionar a opção Materiais. O sistema exibe a janela Cadastro de
material (Material catalogado/Propostas de material) com opções
para consulta ou inclusão de proposta de material (Figura 83).

Figura 83 – Formulário para consulta ou inclusão de proposta de material


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Selecionar uma das seguintes opções: NEE, Nome padrão, Nome


português, Dados complementares, Características técnicas,
Nome popular, Grupo ou Classe (figura 84) para consultar propostas
já lançadas referentes aos itens de suprimento desejados.

Figura 84 – Opções de pesquisa


Fonte: SIMATEX OM 2013

67
gestão de material e patrimônio - u6
d. Inicialmente, são mostrados os números de propostas. Os números de
propostas apresentam 11 (onze dígitos), sendo menores do que os NEE
(figura 85).

Figura 85 – Números de propostas


Fonte: SIMATEX OM 2013

e. Clicar nos botões Alterar ou Excluir (Figura 86) para alterar ou excluir
uma proposta depois de selecionada e aberta.

Essa operação só pode ser realizada se a proposta não tiver


sido utilizada em local nenhum.

Figura 86 – Alterar/Excluir proposta


Fonte: SIMATEX OM 2013

68
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Para incluir uma proposta, o usuário deve:

a. Clicar em Incluir Proposta, na janela já ilustrada anteriormente, e pre-


encher todos os campos obrigatórios que estão destacados em azul.

Esse cadastramento deverá ser realizado de cima para baixo e da esquer-


da para a direita (para não haver esquecimento de nenhuma informa-
ção) da seguinte maneira:

• Selecionar a Categoria do material: permanente ou de consumo;

• Preencher o Nome padrão do item, utilizando nomes padronizados,


seguindo padrões já estabelecidos no catálogo;

• Preencher o Modelo do item;

• Preencher o Nome português, copiando o que foi lançado no cam-


po Nome padrão, se o item tiver sido digitado em português;

• Selecionar o Grau de mortalidade do item, que pode ser alta, mé-


dia, sem mortalidade ou de duração determinada;

• Preencher a Moeda corrente, que deverá ser REAL;

• Preencher o Valor de aquisição do material;

• Selecionar o Item de suprimento.

Deve-se dispensar especial atenção a esse campo, pois se o


material tiver que ser catalogado por ser um MEM ou uma
viatura administrativa ou, ainda, um material controlado por
uma das Diretorias, essa proposta terá que ser remetida ao
órgão gestor do material para que o material seja catalogado.
Nesse caso, marcar como Sim para que a proposta possa ser
impressa. Caso o material seja de controle apenas da própria
OM, deve-se marcar Indefinido ou Não;

• Preencher o Part Number (PN) ou Nr de Referência.

Part Number é o código através do qual o fabricante identifica o


material

• Preencher as Características técnicas do item. Informar todas as


características técnicas disponíveis do material;

• Preencher os Dados complementares.

• Preencher o Nr catálogo fabricante.

69
gestão de material e patrimônio - u6
Essas informações são muito importantes, pois aparecem na re-
lação de material carga, complementando o nome do material.

• Preencher a Data catálogo fabricante.

É a data referente ao catálogo anteriormente cadastrado;

• Preencher a Data da proposta.

• Nr da proposta será preenchido automaticamente e

• Preencher a Data aquisição do material.

Se a proposta de material for utilizada apenas pela OM, ou


seja, se o material não for catalogado, as informações mais
importantes para a unidade são o Nome padrão e os Dados
complementares. O restante das informações é importante
para o material que for controlado e a ser catalogado.

Caso haja a inclusão de uma proposta de material já catalogado no SICA-


TEX, mas não catalogado no SISCOFIS (isso normalmente acontece com um
material muito novo) é aconselhável preencher o número do NEE, localizado
no catálogo do SICATEX, para que seja inserido entre parênteses no campo
Dados complementares.

Essa informação irá ajudar a localizar essa proposta na hora de ser transforma-
da em um NEE.

b. Conferir todos os dados lançados e clicar em Confirmar. O sistema,


então, informa que é necessário incluir um fabricante para o referido
material, conforme ilustrado na figura 87.

70
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 87 – Inclusão de fabricante.
Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Clicar em Incluir fabricante e selecionar no catálogo de fabricantes o


fabricante do material.

Após a inclusão da proposta, ela já pode ser utilizada para inclusão do material.

Caso se trate de um MEM, viatura administrativa ou material controlado, deve-


-se imprimir essa proposta e remetê-la ao escalão superior.

Após o preenchimento da data de envio da proposta, não é


possível alterá-la ou excluí-la, pois os dois botões Alterar e Ex-
cluir são desabilitados. Se, depois de marcada a data de envio,
o usuário descobrir algum erro na proposta, a única solução é
criar uma nova proposta.

3.3.1.2 Consulta e Inclusão de proposta de empresa no SISCOFIS

O Almoxarife pode consultar o cadastro de fornecedores, mas não pode ca-


dastrar um novo fornecedor. O cadastro tem que ser feito pelo AGENTE FISC_
SEDE_ PERM ou AGENTE FISC_ SEDE_ CONS.

71
gestão de material e patrimônio - u6
Para consultar e incluir proposta de empresas no SISCOFIS é necessário:

a. Clicar no menu Catálogo na página inicial do sistema.

b. Selecionar a opção Empresas (Figura 88). O sistema exibe a janela


Cadastro de Empresas/Fornecedores com opções para inclusão ou
consulta de proposta de empresa (figura 89).

Figura 88 – Consulta e inclusão de proposta de empresa


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 89 – Formulário para inclusão ou consulta de proposta de empresa


Fonte: SIMATEX OM 2013

É possível consultar uma empresa já cadastrada (figura 90) ou incluir uma nova
proposta de empresa (figura 91).

72
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 90 – Consulta de proposta de empresa
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 91 - Inclusão de proposta de empresa


Fonte: SIMATEX OM 2013

Para incluir uma proposta de empresa, o usuário deve:

a. Clicar em Incluir Proposta na janela já ilustrada anteriormente.

b. Preencher todos os campos obrigatórios que estão destacados em azul.

Esse cadastramento deverá ser realizado de cima para baixo e da esquerda


para a direita (para não haver esquecimento de nenhuma informação) da
seguinte maneira:

73
gestão de material e patrimônio - u6
• Preencher o CGC/CNPJ com o número do CNPJ da empresa retirado
da nota fiscal;

• Preencher o Nome da razão social da empresa;

• Selecionar no campo Proposta, se a mesma for remetida ou não


para catalogação, escolhendo-se as opções Sim ou Não;

• Preencher o Nome fantasia da empresa;

• Selecionar no campo Fornecedor?, se a empresa for fornecedora ou


não, escolhendo-se as opções Sim ou Não.

• Caso opte pelo Não, essa proposta não poderá ser utilizada no ca-
dastro inicial do material. Deve-se lançar Sim.

• Selecionar no campo Ramo de atividade uma das sete opções


apresentadas: Presta serviço, Presta serviço e fornece material,
Presta serviço e fabrica, Fornece material, Fabrica, Fabrica e
fornece material e Presta serviço, fabrica e fornece material.

• Preencher ou selecionar as seguintes opções: Endereço (Rua/Av


etc. – Logradouro – número), Bairro, Cidade, Estado, País,
CEP, Telefone, Fax e Endereço de internet;

• O Nr da proposta será preenchido automaticamente e

• Preencher a Data da proposta.

c. Conferir todos os dados lançados e clicar em Confirmar para incluir a


proposta de empresa.

74
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4 Relatório

Objetivo específico

• Executar relatórios no software.

O SISCOFIS OM permite a execução de vários relatórios, que são acessados por


meio do menu Consultas e Relatórios, na barra de ferramentas da página
inicial do SISCOFIS OM.

As seguintes opções de relatórios são apresentadas como abas no sistema:

• RMA e RMB;

• Relatórios de Fichas por Conta;

• Relatório de Disponibilidade de Material Permanente;

• Relatório de Disponibilidade de Combustível;

• Relatório de Disponibilidade de Munição;

• Relatório de Situação de Material Permanente por Grupo;

• Relatório de Situação de Fardamento;

• Relatório de Situação de Estoque de Material de Consumo e

• Relatório de Material Permanente Numerado.

Os relatórios de consumo e de material permanente serão objeto de estudo do


Assunto 4 desta Unidade Didática.

4.1 RMA e RMB

O Relatório de Movimento de Almoxarifado (RMA) mostra todas as


contas de materiais que estão em depósito, referentes ao material de consumo
e ao material permanente. O Relatório de Movimento de Bens Móveis
(RMBM) mostra todas as contas de materiais distribuídos, ou seja, em uso e

75
gestão de material e patrimônio - u6
o Relatório Geral de Movimentação (RGM) apresenta todas as contas do
RMA e do RMBM, sendo muito útil para a conferência do SIAFI.

Para fazer uma consulta de movimentação de contas é necessário:

a. Clicar na aba RMA e RMB. o sistema exibe a janela Consulta e relató-


rios (RMA/RMBM) das movimentações das contas (Figura 92).

b. Preencher os campos Data inicial período e Data final período com


as datas do período desejado em que serão gerados esses documentos.

Normalmente, o RMA e RMBM são relatórios mensais, porém é possível gerá-


-los até semanalmente, se necessário, a fim de conferir, por exemplo, um
Boletim Administrativo.

O relatório referente à prestação de contas das unidades é


mensal.

Figura 92 – Formulário RMA e RMB


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Clicar no botão Gerar Contas (Figura 93). Todas as contas movimentadas


no período considerado são exibidas na janela da esquerda (figura 94).

76
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 93 – Gerar contas
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 94 – Consulta a relatórios RMA/RMB


Fonte: SIMATEX OM 2013

d. Selecionar a(s) conta(s) que se deseja verificar a movimentação. As mes-


mas são transferidas para o campo à direita, onde são exibidas (figura 95).

77
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 95 – Seleção de contas
Fonte: SIMATEX OM 2013

e. Clicar em [P] para visualizar o extrato das contas selecionadas (figura 96).

Figura 96 – Extrato das contas selecionadas


Fonte: SIMATEX OM 2013

Para gerar todo o RMA, é necessário:

a. Clicar no botão RMA e todas as contas relativas ao RMA são transferidas


para o campo à direita.

78
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
b. Em seguida, o usuário deve clicar mais uma vez em [P], confirmando
apenas as contas do RMA que desejar. O sistema exibe na área inferior
do formulário já apresentado as contas relativas ao RMA.

c. Clicar em Gerar RMA e ele pode ser impresso ou visualizado (figura


97 e 98).

Figura 97 – Opções de impressão


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 98 – RMA gerado após seleção de opção de impressão


Fonte: SIMATEX OM 2013

79
gestão de material e patrimônio - u6
Para gerar o RBMB (figura 99) é necessário seguir todas as instruções anterio-
res, com suas entradas e saídas no período.

Figura 99 – Relatório de Movimentação de Bens Móveis (RBMB)


Fonte: SIMATEX OM 2013

Para gerar o RGM, o usuário deve:

a. Clicar no botão todas as contas [T]. O sistema exibe todas as contas


no campo à direita.

b. Clicar em [P].

c. Clicar Gerar Rel Movimentação. O relatório é gerado (figura 100).

Figura 100 - RGM


Fonte: SIMATEX OM 2013

80
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Caso seja necessário modificar em que relatório aparece uma determinada
conta (em RMA ou RMBM) é preciso:

a. Acessar o menu Catálogo de contas na barra de ferramentas do SISCOFIS


OM.

b. Selecionar a opção Contas. O sistema exibe a janela Cadastro de con-


tas (figura 101).

Figura 101 – Formulário Cadastro de contas


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Clicar em Consultar.

d. Selecionar a conta desejada (figuras 102).

e. Clicar OK. A janela Cadastro de Contas [Modo Consulta] é exibida


(figura 103).

Figura 102 – Lista e seleção de conta


Fonte: SIMATEX OM 2013

81
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 103 – Detalhes da conta selecionada
Fonte: SIMATEX OM 2013

f. Clicar em Alterar e selecionar o tipo de relatório desejado, RMA ou


RMBM, no campo Tipo de do Relatório (Figura 104). Essa conta espe-
cífica será exibida no RMA ou no RMBM, após a sua confirmação.

Figura 104 - Seleção do tipo de relatório


Fonte: SIMATEX OM 2013

4.2 Relatório de Fichas por Conta

Para emitir um relatório de fichas por conta, o usuário deve:

a. Clicar na aba Relatório de Fichas por Conta.

b. Na janela Relatório de Fichas por Conta, exibida pelo sistema (figura


105), selecionar as opções adequadas.

82
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 105 – Relatório de Fichas por Conta
Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Selecionar a opção Por Conta. O sistema exibe a janela Listar Contas


com as diversas contas existentes de acordo com as opções marcadas
(figura 106).

Figura 106 – Lista de contas pesquisadas


Fonte: SIMATEX OM 2013

d. Selecionar a conta desejada.

e. Clicar OK. O sistema exibe a janela Relatório de Fichas por Conta


(figura 107) contendo a conta selecionada.

83
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 107 – Seleção da conta para gerar relatório
Fonte: SIMATEX OM 2013

f. Clicar em Gerar relatório para visualizar as opções de impressão (Im-


pressora, Visualizar e Arquivo) (figura 108).

Figura 108 – Opções de impressão


Fonte: SIMATEX OM 2013

g. Selecionar Visualizar para gerar o referido Relatório de Fichas por Contas


(figura 109), de acordo com os filtros selecionados.

84
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 109 – Relatório de Fichas por Contas
Fonte: SIMATEX OM 2013

4.3 Relatório de Disponibilidade


de Material Permanente

Para gerar o Relatório de Disponibilidade de Material Permanente é necessário:

a. Clicar na aba Relatório de Disponibilidade de Material Permanente.


O sistema exibe a janela Relatório de Disponibilidade de Material
Permanente por Grupo (figura 110).

85
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 110 – Janela Relatório de Disponibilidade de Material Permanente
Fonte: SIMATEX OM 2013

b. Selecionar as opções disponíveis de acordo com o objetivo da pesquisa.

O grupo de cada material foi informado quando do preenchi-


mento da ficha do material.

c. Selecionar o Tipo de relatório:

Geral - referente à OM sede e OM administradas;

Por OM - referente a uma única OM;

Por Dependência - referente a uma determinada dependência.

No formulário são exibidos os dados do material selecionado (figura


111), incluindo os detalhes dos itens indisponíveis, se for o caso.

Figura 111 – Exibição dos dados selecionados de acordo com o tipo de relatório
Fonte: SIMATEX OM 2013

86
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
d. Clicar em Imprimir relatório e selecionar Visualizar (figuras 112 e
113) para visualizar o Relatório de Disponibilidade de Material
Permanente (figura 114).

A alteração da situação de disponibilidade e do motivo de indis-


ponibilidade deve ser realizada no cadastro inicial do material.

Figura 112 – Imprimir Relatório


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 113 – Opções de saída


Fonte: SIMATEX OM 2013

87
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 114 – Relatório de Disponibilidade de Material Permanente
Fonte: SIMATEX OM 2013

4.4 Relatório de Disponibilidade de Combustível

Para emitir um Relatório de Disponibilidade de Combustível é necessário:

a. Clicar na aba Relatório de Disponibilidade de Combustível. O siste-


ma exibe a janela com o mesmo nome (figura 115).

Figura 115 – Janela Relatório de Disponibilidade de Combustível


Fonte: SIMATEX OM 2013

88
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
b. Selecionar o Tipo de relatório:

Geral - referente à OM sede e OM administradas;

Por OM - referente a uma única OM;

Por Dependência - referente a dependências diferentes para cada


bomba ou para cada tanque de combustível.

c. Clicar em Selecionar para obter um resumo do relatório de combustível


(figura 116).

Figura 116 – Resumo do relatório de combustível


Fonte: SIMATEX OM 2013

As informações relativas à OM cotista vêm do cadastro da


dependência, as informações relativas ao tipo de combustível
vêm da ficha de material e a categoria do combustível vem do
cadastro inicial.

d. Clicar em Imprimir relatório para obter o Relatório de Disponibilidade


de Combustível desejado.

4.5 Relatório de Disponibilidade de Munições

O Relatório de Disponibilidade de Munições gerado pelo SISCOFIS OM está em


processo de substituição do Boletim de Estoque de Munições (BEM).

89
gestão de material e patrimônio - u6
Para gerar o relatório de munições, o responsável pelas munições da OM deverá:

a. Acessar o SISCOFIS como Agente Fiscal Consumo (AGENTE_FIS-


CAL_CONS).

b. Clicar na aba Relatório de Disponibilidade de Munição. O sistema


exibe a janela com o mesmo nome (figura 117).

Figura 117 – Janela Relatório de Disponibilidade de Munição


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Selecionar o Tipo de Relatório:

Geral ­- referente à OM sede e OM administradas;

Por OM - referente a uma única OM ou

Por Dependência - referente aos depósitos (paióis) da OM.

d. Clicar em Selecionar. Um relatório é exibido. Por exemplo, relativo à


disponibilidade de munição de todas as OM controladas (Figura 118).

90
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 118 – Relatório de disponibilidade de munição
Fonte: SIMATEX OM 2013

Todas as informações relativas à munição devem ser preenchi-


das sem erros no cadastro inicial do material. Não pode haver
informações em branco no respectivo relatório, principalmen-
te os anos e as datas de validade dos lotes.

e. Aplicar alguns filtros referentes ao Lote, selecionando as opções Ano,


Número, Categoria e Período de Validade.

f. Clicar no botão Imprimir relatório (figuras 119 e 120) para obter o


Relatório de Disponibilidade de Munições desejado (figura 121).

91
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 119 – Imprimir relatório
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 120 – Seleção de opção de saída


Fonte: SIMATEX OM 2013

92
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 121 – Relatório de Disponibilidade de Munição
Fonte: SIMATEX OM 2013

Para se alterar a situação de disponibilidade de material de


consumo é necessário criar um depósito, que pode ser vir-
tual para os materiais indisponíveis. Deve-se movimentar o
material que se deseja e a sua quantidade para esse depósito
virtual. Por exemplo, Almoxarifado Material Defeituoso (figura
122). É nele que se deve colocar o material que está com pro-
blema (indisponível).

Figura 122 – Alteração da situação de disponibilidade de material de consumo


Fonte: SIMATEX OM 2013

93
gestão de material e patrimônio - u6
A alteração da situação de disponibilidade de munição é feita
no momento da movimentação do material e o motivo da indis-
ponibilidade é preenchido no cadastro inicial de cada material.

4.6 Relatório de Situação de Material


Permanente por Grupo

Para emitir um Relatório de Situação de Material Permenente por Grupo é


necessário:

a. Clicar na aba Relatório de Disponibilidade de Material Permanente


por Grupo. O sistema exibe a janela Relatório de situação por grupo
(figura 123).

Figura 123 – Janela Relatório de situação por grupo


Fonte: SIMATEX OM 2013

b. Selecionar no campo Grupo do Material, uma ou mais das seguintes


opções:

Todos - informa a situação de todos os Grupos de materiais perma-


nentes;

Geral­- informa a disponibilidade de todos os materiais ou opções


específicas referentes aos seguintes materiais: Armamento; Comuni-
cações, Engenharia, Viaturas, Informática, Eletrônica ou Saúde.

94
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O Grupo de cada material foi informado quando do preenchi-
mento da ficha do material.

c. Selecionar o Tipo de relatório:

Geral - referente à OM sede e OM administradas;

Por OM - referente a uma única OM ou

Por Dependência - referente a uma determinada dependência.

d. Clicar em Imprimir relatório (figuras 124 e 125) para obter o Relatório de


Disponibilidade de Material Permanente por Grupo desejado (figura 126).

Figura 124 – Imprimir relatório


Fonte: SIMATEX OM 2013

95
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 125 – Seleção de opção de saída
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 126 – Relatório de Situação de Material Permanente


Fonte: SIMATEX OM 2013

96
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4.7 Relatório de Situação de Fardamento

Para se acessar ao Relatório de Situação de Fardamento o usuário deve:

a. Logar no sistema como Agente fiscal consumo (AGENSTE_FISCAL_


CONS).

b. Clicar na aba Relatório de Situação de Fardamento. O sistema exibe


a janela com o mesmo nome (figura 127).

Figura 127 – Janela Relatório de Situação de Fardamento


Fonte: SIMATEX OM 2013

a. Selecionar o Tipo de relatório:


Geral - referente à OM sede e OM administradas;

Por OM - referente a uma única OM, sede ou administrada ou

Por Dependência - referente a uma determinada dependência.

Se houver alteração do campo Ano, preenchendo-se outro


diferente do que está apresentado pelo sistema, o novo ano
preenchido será referente somente à movimentação do farda-
mento e não à existência do mesmo. Ele não faz alteração do
material existente.

b. Clicar em Gerar relatório de Situação de Fardamento e selecionar a


opção de saída (figuras 128 e 129) para obter o Relatório de Situação de
Fardamento desejado (figura 130).

97
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 128 – Gerar Relatório de Situação de Fardamento
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 129 – Seleção da opção de saída


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 130 – Relatório de Situação de Fardamento


Fonte: SIMATEX OM 2013

98
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4.8 Relatório de Situação de Estoque
de Material de Consumo
O item MOVIMENTAÇÕES, da
Para emitir o Relatório de Situação de Estoque de Material de Consumo o primeira parte do relatório,
refere-se ao ano selecionado
usuário deve: no formulário, que pode não
a. Clicar na aba Relatório de Situação de Estoque de Material de ser o ano vigente.
O item EXISTÊNCIA, do rela-
Consumo. O sistema exibe a janela com o mesmo nome (figura 131).
tório, refere-se sempre à situ-
b. Selecionar, por meio das opções de filtro, as informações desejadas. ação atual, ou seja, a do ano
vigente, mesmo que se tenha
preenchido no campo Ano
As opções de filtro são:
do formulário outro ano di-
Campo Situação de Estocagem - NÃO ESPECIFICADO, ACIMA DO ferente do atual.
ESTOQUE MÁXIMO, ABAIXO DO ESTOQUE MÍNIMO e EM FALTA;

Campo Grupo de material - GERAL, MUNIÇÃO, COMBUSTÍVEIS,


FARDAMENTO, EQUIPAMEMTO INDIVIDUAL, MEDICAMENTOS,
LUBRIFICANTES e RAÇÕES;

Campo Tipo de relatório – Geral, Por OM ou Por Dependência.

Figura 131 – Janela Relatório de Situação de Estoque de material de Consumo


Fonte: SIMATEX OM 2013

99
gestão de material e patrimônio - u6
c. Clicar em Gerar relatório. O sistema exibe a janela Opções de saída
para que o usuário possa selecionar se deseja imprimir, visualizar ou criar
um arquivo do Relatório de Situação de Estoque de Material de Consu-
mo solicitado (figura 132 e 133).

Figura 132 – Opções de Saída


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 133 – Formulário de Situação de Estoque de Material de Consumo


Fonte: SIMATEX OM 2013

No caso de munição, o usuário pode selecionar no campo Validade as op-


ções Dentro do prazo, A vencer em 30 dias e Fora do prazo, seguindo,
após essa seleção, os passos descritos anteriormente para realizar a impres-
são do relatório.

100
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O campo Período para pesquisa de consumo permite a seleção de datas
inicial e final. O relatório exibe, dentro desse período, qual a quantidade de
material consumida.

O campo Período para pesquisa de valor médio permite a seleção de da-


tas inicial e final. O relatório exibe , dentro desse período, qual o valor médio
de todos os materiais.

Outro filtro existente no formulário é Ordenar por, que possibilita ordenar


as informações do relatório, selecionando-se as opções NOME PADRÃO DO
MATERIAL, NÚMERO DA FICHA e NEE/PROPOSTA DO MATERIAL, seguin-
do-se, após essas seleções, os passos descritos anteriormente para realizar a
impressão do relatório.

4.9 Relatório de Material Permanente Numerado

Para emitir um Relatório de Material de Permanente Numerado é necessário:

a. Clicar na aba Relatório de Material de Permanente Numerado. O


sistema exibe a janela com o mesmo nome com diversas opções de filtro
(figura 134).

Figura 134 – Janela Relatório de Material Permanente Numerado


Fonte: SIMATEX OM 2013

101
gestão de material e patrimônio - u6
As opções de filtro são:

Grupo de material - GERAL, VIATURAS, ARMAMENTOS, COMUNI-


CAÇÕES, ENGENHARIA, INFORMÁTICA, ELETRÔNICA e SAÚDE.

Situação Patrimonial - TODAS AS SITUAÇÕES, DEPÓSITO, DIS-


TRIBUÍDO, DISTRIBUÍDO USO DURADOURO, DESCARREGADO e
DESCARREGADO RELACIONADO.

Tipo de relatório - Geral, Por OM, Por Dependência.

Ordenar por - permite a ordenação da apresentação das informações.

b. Clicar em Gerar relatório (figura 135). O sistema exibe a janela Opções


de saída para que o usuário possa selecionar se deseja imprimir, visualizar
ou criar um arquivo do Relatório de Material Permanente Numerado dese-
jado (figuras 136 e 137).

Figura 135 - Gerar relatório


Fonte: SIMATEX OM 2013

102
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 136 – Opções de saída
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 137 – Relatório de Material Permanente Numerado


Fonte: SIMATEX OM 2013

103
gestão de material e patrimônio - u6
5 Operação do Sistema SISCOFIS

Objetivo específico

• Executar trabalhos de inclusão em carga / descarga e emissão de rela-


tórios sobre material permanente e de consumo utilizando o SISCOFIS.

O SISCOFIS OM permite que o usuário realize a inclusão em carga e a descarga


dos itens de suprimento das diversas classes de materiais e permite, também, a
geração de relatórios referentes à situação desses materiais.

Nos subitens seguintes será descrito como realizar a inclusão em carga e a des-
carga de material e como gerar relatórios de material permanente e de consumo.

5.1 Execução de inclusão em carga

A inclusão em carga de material diz respeito à entrada do material permanente


ou de consumo no patrimônio da OM.

5.1.1 Execução de inclusão em carga de material permanente

Após a realização do cadastro inicial de entrada do material permanente, con-


forme explicado no Assunto 1, dessa Unidade Didática, o usuário, devidamen-
te cadastrado com o perfil AGENTE_FISCAL_PERM poderá realizar a referida
entrada do material.

Para realizar essa operação é necessário:

a. Acessar o menu Material Permanente, na barra de ferramentas da


página inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Movimentar material (figura 138). O sistema exibe


a janela Movimentação de material permanente (figura 139), cujos
campos devem ser preenchidos, principalmente os em azul.

105
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 138 - Movimentar Material
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 139 – Movimentação de material permanente


Fonte: SIMATEX OM 2013

Os campos devem ser preenchidos da seguinte maneira:

• Tipo de movimento - selecionar Entrada, para inserir os dados


desejados.

• Clicar no botão Filtrar. O sistema exibe todos os materiais que foram


cadastrados inicialmente. Esse procedimento reduz o tempo de pesqui-
sa, sem haver necessidade de se preencher os campos Dependência,
Conta atual, Ficha Geral ou Patrimônio (figura 140).

106
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 140 – Lista de materiais já cadastrados
Fonte: SIMATEX OM 2013

• Dependência – clicar nesse campo para definir a dependência para a


qual o material deve dar entrada, a fim de que fique armazenado até
a sua distribuição. O sistema exibe a janela Listar Dependências para
que seja realizada a devida escolha (figura 141). Em regra, deve-se sele-
cionar o ALMOXARIFADO – DEPÓSITO.

Figura 141 – Listar Dependências


Fonte: SIMATEX OM 2013

107
gestão de material e patrimônio - u6
• Clicar no botão [I] para movimentar o material selecionado. Após essa
operação, o sistema exibe a janela Contas previstas. Selecionar a conta
para a qual o material será inserido (ESTOQUE INTERNO ou BENS
MÓVEIS A REPARAR) (figura 142). Depois da confirmação, o material
selecionado vai para o quadro da direita do formulário (figura 143).

A opção ESTOQUE INTERNO deve ser selecionada, pois todo


material novo entra na conta com o mesmo nome.

Figura 142 – Seleção de conta


Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 143 – Destino do material


Fonte: SIMATEX OM 2013

• Motivo do movimento - selecionar a opção mais adequada dentre as


apresentadas na respectiva janela (figura 144).

108
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 144 – Motivos para movimentos de material
Fonte: SIMATEX OM 2013

• Data do movimento - deve ser a data atual, gerada automaticamen-


te pelo sistema. Essa data é muito importante, pois influencia o RMA/
RMBM e a data de publicação do Boletim Administrativo, que é sema-
nal. É interessante que essa data seja coincidente com o SIAFI, ou seja,
o movimento no SISCOFIS deve ser realizado no mesmo dia da apropria-
ção da Nota Fiscal ou da Guia no SIAFI. Deve haver um acompanhamen-
to diário, a fim de que esses dois sistemas estejam compatíveis.

c. Preencher os demais campos conforme a situação e características do


material.

Se possível, os campos não obrigatórios devem ser preenchidos


para que haja o maior número de informações possíveis sobre o
material, o que facilita o seu controle.

d. Clicar no botão Movimentar material (figura 145) para tornar o mate-


rial no depósito disponível para a distribuição.

109
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 145 -
Fonte: SIMATEX OM 2013

5.1.2 Execução de inclusão em carga de material de consumo

Após a realização do cadastro inicial de entrada do material de consumo,


conforme explicado no Assunto 1, dessa Unidade Didática, o usuário, devi-
damente cadastrado com o perfil AGENTE_FISCAL_CONS pode realizar a
entrada do material.

Para executar essa ação é necessário:

a. Clicar no menu Material de Consumo, na barra de ferramentas da


página inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Movimentar material (figura 146).

Figura 146 -
Fonte: SIMATEX OM 2013

110
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O sistema exibe a janela Movimentação de material de consumo e uso
duradouro (figura 147).

Figura 147 - Movimentação de material de consumo e uso duradouro


Fonte: SIMATEX OM 2013

Os campos, principalmente os em azul, devem ser preenchidos da seguinte


maneira:

• Tipo de movimento – selecionar Entrada material consumo/uso


duradouro, para que o formulário permita ao usuário o lançamento
dos dados.

• Clicar no botão Filtrar. O sistema exibe todos os materiais que foram


cadastrados inicialmente. Esse procedimento reduz o tempo de pesqui-
sa, sem haver necessidade de preenchimento dos campos Dependên-
cia, Conta atual, Ficha estoque ou Cadastro inicial (figura 148).

Figura 148 – Materiais já cadastrados no sistema


Fonte: SIMATEX OM 2013

111
gestão de material e patrimônio - u6
• Dependência – clicar nesse campo para definir para qual dependência
o material deverá dar entrada, a fim de que fique armazenado até a sua
distribuição. O sistema exibe a janela Listar Dependências para que
seja realizada a devida escolha (figura 149). Em regra, é necessário sele-
cionar ALMOXARIFADO – DEPÓSITO. Entretanto, é possível selecionar
quaisquer outros depósitos da OM.

Figura 149 – Listar Dependências


Fonte: SIMATEX OM 2013

• Movimentar o material selecionado, clicando no botão [I]. Após essa


operação, uma janela é exibida onde deve ser informada a conta em que
esse material dará entrada (figura 150). Essa conta já estará informada
na ficha do material. Depois da confirmação, o material selecionado vai
para o quadro da direita do formulário (figura 151).

Figura 150 – Seleção da conta


Fonte: SIMATEX OM 2013

112
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 151 – Conta selecionada no campo direito da janela
Fonte: SIMATEX OM 2013

É possível indicar a quantidade do material que será movimen-


tado. Entretanto, se o campo Qtde Mov for deixado sem infor-
mação, o sistema movimentará todo o material.

• Motivo do movimento - selecionar a opção mais adequada dentre as


apresentadas na respectiva janela (figura 152).

Figura 152 – Motivos para movimentos de material


Fonte: SIMATEX OM 2013

• Data do movimento – inserir a data atual, gerada automaticamente


pelo sistema. Essa data é muito importante, pois influencia o RMA/RMBM
e a data de publicação do Boletim Administrativo, que é semanal. É

113
gestão de material e patrimônio - u6
interessante que essa data seja coincidente com o SIAFI, ou seja, o mo-
vimento no SISCOFIS deve ser realizado no mesmo dia da apropriação
da Nota Fiscal ou da Guia no SIAFI. Deve haver um acompanhamento
diário, para que esses dois sistemas estejam compatíveis.

c. Preencher ou selecionar os demais campos conforme a situação e carac-


terísticas do material.

Os campos não obrigatórios, se possível, devem ser preenchi-


dos, para que haja o maior número de informações sobre o
material, o que facilita o seu controle.

d. Conferir todas as informações inseridas e clicar no botão Movimentar


material, o que disponibiliza o material no Depósito para a distribuição.

5.2 Execução de descarga de material

A descarga de material no SISCOFIS significa a saída do material permanente


do patrimônio da OM. É necessário que o usuário tenha o perfil AGENTE_FIS-
CAL_SEDE_PERM.

Para realizar essa operação no SISCOFIS é necessário:

a. Clicar no menu Material Permanente na barra de ferramentas do


SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Movimentar Material (figura 153).

Figura 153 – Movimentar Material


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Selecionar o campo Saída na janela Movimentação de material per-


manente (figura 154) exibida pelo sistema.

114
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 154 – Movimentação de material permanente
Fonte: SIMATEX OM 2013

d. Preencher o formulário utilizando os filtros existentes (Por Dependên-


cia, Por Conta atual, Por Ficha geral ou Por Patrimônio), dispen-
sando especial atenção aos campos obrigatórios em azul.

e. Selecionar uma das opções para a descarga do material existente no


campo Motivos para movimentos de material (figura 155).

Figura 155 – Motivos para movimentos de material


Fonte: SIMATEX OM 2013

f. Conferir todos os dados inseridos e clicar no botão Movimentar material


para que o material seja descarregado, não havendo mais possibilidade de
voltar o movimento realizado.

115
gestão de material e patrimônio - u6
5.3 Geração de relatório de material permanente

Os relatórios de material carga podem ser detalhados ou resumidos. Qualquer


usuário pode visualizá-los, independente do perfil que possua no SISCOFIS.

Se o usuário estiver cadastrado com o perfil DEPENDÊNCIA, ele só poder


verificar a relação de material carga de sua dependência e das dependências
subordinadas a ele.

Se o usuário estiver cadastrado com o perfil AGENTE_FISCAL_SEDE_PERM,


ele pode verificar a relação de material carga de todas as dependências de
sua OM e de outra OM administrada. Entretanto, o agente fiscal de uma OM
administrada não pode verificar a relação de material carga de nenhuma outra
OM, inclusive da OM sede.

Para acessar a relação de material carga é necessário:

a. Clicar no menu Consultas e Relatórios na barra de ferramentas do


SISCOFIS OM (figura 156).

Figura 156 – Consultas e Relatórios


Fonte: SIMATEX OM 2013

b. Selecionar a opção Relação de Material Carga. O sistema exibe a


janela com o mesmo nome (figura 157).

116
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 157 – Relação Material Carga
Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Selecionar em Tipo de relação material carga:

Resumida - agrupa todos os números de patrimônio de um mesmo


material, com um mesmo valor e sua quantidade ou

Detalhada - exibe todo o material, patrimônio por patrimônio, deta-


lhando os componentes dos materiais.

d. Selecionar o tipo de filtro:

Por Organização Militar - referente a toda OM (figura 158) ou

Por Dependência – referente à determinada dependência da OM


(figura 159).

Figura 158 – Listar Organizações Militares


Fonte: SIMATEX OM 2013

117
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 159 – Listar Dependências
Fonte: SIMATEX OM 2013

e. Clicar em Gerar relação (figuras 160 e 161) e selecionar:

Impressora - para imprimir o relatório

Visualizar - para ver os dados do respectivo relatório resumido ou

Arquivo - para salvar o relatório resumido (figura 162).

Figura 160 – Relação Material Carga


Fonte: SIMATEX OM 2013

118
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 161 – Opções de Saída
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 162 – Relação de material carga


Fonte: SIMATEX OM 2013

Para se gerar uma relação detalhada (figura 163) o usuário deve seguir os pas-
sos descritos anteriormente. Entretanto, deve selecionar Detalhada no campo
Tipo de relação material carga. Os itens da relação são exibidos separa-
damente, cada um com registro distinto, inclusive com a sua marca, modelo,
número de série e respectivos componentes.

119
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 163 – Relação detalhada de material carga
Fonte: SIMATEX OM 2013

Se houver passagem de carga de uma dependência, ou seja, de um detentor


para outro, o usuário deve:

a. Preencher o campo Novo detentor da carga (somente para passa-


gem de carga) (figura 164) com a denominação da respectiva depen-
dência. Por exemplo: ALMOXARIFADO-DEPÓSITO (figura 165).

Figura 164 – Passagem de carga


Fonte: SIMATEX OM 2013

120
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 165 – Listar Dependências
Fonte: SIMATEX OM 2013

b. Selecionar os dados do militar já cadastrado (figuras 166 e 167).

Quando a relação do material carga for impressa, esse militar


em questão terá o seu nome registrado no final da relação,
juntamente com o nome do detentor, já cadastrado para a de-
pendência, para que a referida relação seja por eles assinada
(figura 168).

Figura 166 – Listar Pessoal


Fonte: SIMATEX OM 2013

121
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 167 – Seleção de militar já cadastrado
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 168 – Relação Material Carga


Fonte: SIMATEX OM 2013

5.4 Geração de relatório de material de consumo

O relatório de material de consumo é importante, pois exibe o que foi gasto


por determinada dependência ou por toda a OM em um determinado período.

Para acessar o referido relatório o usuário deve:

a. Clicar no menu Consultas e Relatórios na barra de ferramentas da tela


inicial do SISCOFIS OM.

b. Selecionar a opção Relatórios de Consumo (figura 169). O sistema


exibe a janela Relatório estatístico de consumo (figura 170).

122
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 169 – Relatórios de Consumo
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 170 – Relatório estatístico de consumo


Fonte: SIMATEX OM 2013

c. Definir o período desejado: mensal, bimestral, semestral, anual ou outro


quaisquer.

d. Selecionar o Tipo de pesquisa:

Geral - inclui a OM sede e OM administradas;

OM - pode ser de uma única OM ou de alguma OM administrada;

Dependência - pode ser uma única dependência da OM sede ou da


OM administrada ou

Conta - permite verificar determinada conta.

123
gestão de material e patrimônio - u6
Se o objetivo for gerar o relatório de saída de material de
consumo de uma dependência, ao se clicar em Dependência o
aplicativo exibe o formulário Listar Dependências, que permite
a escolha da dependência desejada (figura 171).

Figura 171- Listar Dependências


Fonte: SIMATEX OM 2013

e. Clicar no botão Listar materiais. As fichas referentes aos materiais


movimentados no período escolhido são exibidas no lado esquerdo do
formulário.

f. Selecionar as fichas:

Todas as fichas - clicar no botão [T]

Uma única ficha - clicar botão [I] (figura 172).

A opção selecionada é exibida no lado direito do formulário (figura 173).

Figura 172 – Seleção de uma única ficha de material


Fonte: SIMATEX OM 2013

124
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Figura 173 – Materiais selecionados para pesquisa estatística
Fonte: SIMATEX OM 2013

g. Clicar em [P] para visualizar no campo inferior do formulário um resumo


do relatório (figura 174).

Figura 174 – Resumo do relatório no campo Movimentação dos materiais


Fonte: SIMATEX OM 2013

h. Clicar em Imprimir relatório (figura 175) para gerar o relatório de


material de consumo. Por exemplo, o Relatório estatístico de material de
consumo, por dependência, referente ao GPG/5, do COLOG (figura 176).

125
gestão de material e patrimônio - u6
Figura 175 – Opções de Saída
Fonte: SIMATEX OM 2013

Figura 176 – Relatório estatístico gerado


Fonte: SIMATEX OM 2013

Pode-se, assim, realizar vários outros topos de consultas sobre os materiais


consumidos, selecionando-se, como já exposto, as opções OM, Geral e Conta.

126
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
6 Bibliografia

Bibliografia complementar

BRASIL. Decreto nº 98.820, de 12 de janeiro de 1990. Regulamento de Ad-


ministração do Exército (R 3). Brasília: EGGCF, 1990.

BRASIL. Exército Brasileiro. Portaria Nº 017-EME, de 08 de março de 2007


- Aprova as Normas para o Funcionamento do Sistema de Material do
Exército (SIMATEX). Brasília, DF, 2007.

______. ______. Portaria Nº 030-SEF, de 09 de novembro de 2009 - Re-


voga a Portaria no 012-SEF, de 13 de dezembro de 1990 e a Portaria
no 002-SEF, de 17 de fevereiro de 1998, que dispõem sobre as Normas
para Realização de Registros Contábeis no Ministério do Exército.
Brasília, DF, 2009.

______. ______. Portaria Nº 162 – EME, de 30 de setembro de 2011. Aprova


as Normas Gerais para o Sistema de Catalogação do Exército – SICA-
TEx (IG-10-80), Edição 2011. Disponível em: <www.sgex.eb.mil.br/sistemas/
be/copiar.php?codarquivo=75&act=sep>. Acesso em: 28 nov. 2013.

______. ______. Oficio nº 019 – 2ª Seç / D Cont-CIRCULAR. Utilização do


SISCOFIS OM por Organizações Militares que desempenham funções
de Órgão Provedor. Boletim Informativo nº 12, de 31 de dezembro de 2009.
5ª ICFEx, Curitiba, PR. Disponível em: <http//www.5icfex.eb.mil.br/satt/bin-
fo-2009/BINFO-12-09.pdf>. Acesso em: 10 out 2013.

______. ______ Modelo Exemplificativo do SISCOFIS OM / 11ª ICFEx. Estrutu-


ra do SISCOFIS OM. Disponível em: <http://www.11icfex.eb.mil.br/11icfex/
OrientarEControlar/Orientacoes/SISCOFIS/Estrut%20SISCOFIS_OM_v2.pdf>.
Acesso em: 12 out. 2013.

______. ______ Imagens de tela do SICOFIS OM 2013 (SISCOFIS OM 2013).


Disponível em: <http://simatex.colog.eb.mil.br>. Acesso em 29 nov 2013.

127
gestão de material e patrimônio - u6
CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância

Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos

Coordenação de Avaliação e Acompanhamento


Gianna Oliveira Bogossian Roque

Coordenação de Criação e Desenvolvimento


Claudio Perpetuo

Coordenação de Design Didático


Sergio Botelho do Amaral

Coordenação de Material Didático


Stella Maria Peixoto de Azevedo Pedrosa

Coordenação de Tecnologia da Informação


Renato Araujo

Gerente de Projetos
José Ricardo Basílio

Equipe CCEAD
Alessandra Muylaert Archer
Alexander Arturo Mera
Ana Luiza Portes
Angela de Araújo Souza
Camila Welikson
Ciléia Fiorotti
Clara Ishikawa
Eduardo Felipe dos Santos Pereira
Eduardo Quental
Frieda Marti
Gabriel Bezerra Neves
Gleilcelene Neri de Brito
Igor de Oliveira Martins
Joel dos Santos Furtado
Luiza Serpa
Luiz Claudio Galvão de Andrade
Luiz Guilherme Roland
Maria Letícia Correia Meliga
Neide Gutman
Romulo Freitas
Ronnald Machado
Simone Bernardo de Castro
Tito Ricardo de Almeida Tortori
Vivianne Elguezabal
EXÉRCITO BRASILEIRO

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