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Discente:Izabele Amanda da Silva

Docente:Carolina Peixoto Magalhães Curso:Enfermagem-2 período

Atividade :Resenha crítica- O renascimento do parto -1

O renascimento do parto

O documentário ‘o renascimento do parto’,dirigido por Eduardo Chauvet e


Érica de Paula, retrata um olhar crítico sobre o nascimento e todo o contexto da
saúde brasileira que ele engloba,principalmente relacionado com as
cesarianas.Tudo embasado por depoimentos de profissionais da área e de
pacientes,que presenciaram ou até mesmo vivenciaram situações de partos com
intervenções traumáticas e desnecessárias ,não só com as mulheres,mas com seus
bebês,ou até mesmo foram influenciadas a realizar a cesárea.Além disso,é válido
ressaltar que esse tema diz respeito a toda a sociedade ,uma vez que
independente de querer ou não ter filhos,já somos filhos.
Em primeiro lugar,observa-se que o médico e pesquisador Michel Odent,
referência internacional na área, ressalta que o amor é construído e organizado no
período do nascimento ,questionando o futuro da humanidade sem a ocitocina,dito
por ele como coquetel de 'hormônio do amor',que ajudam no fluxo natural e
fisiológico do parto e só é liberado em situações específicas, ajudando na
vinculação da mãe com o filho.Atualmente essa ocitocina é sintética e a cesariana é
rápida e fácil,impedindo a liberação do hormônio que auxilia na construção do elo
entre a mãe e o bebê,logo nos primeiros dias de nascido.
O parto sempre foi feminno,ocorrendo sempre entre as mulheres,porém com
o avanço das tecnologias,consequentemente com a modernização dos
equipamentos hospitalares e a introdução do homem nesse ambiente,acarretou em
diversas modificações no nascimento. Sendo assim,um acontecimento
natural,hodiernamente sofre procedimentos invasivos,como a episiotomia,que
muitas vezes não é comunicado à mulher,com ênfase em resultados
imediatos,baseado em uma linha de produção, com passo a passo,hora e dia
marcado. “As mulheres perderam o poder do nascimento e entregaram aos
médicos. Elas acabaram se conformando a padrões rígidos estabelecidos pelo
sistema médico de que têm que parir em determinado número de horas e se
comportar de uma determinada forma padronizada”, relata o médico-obstetra
Ricardo Jones, um dos especialistas entrevistados,evidenciando o enaltecimento do
médico na hora do parto,como o agente principal , por falta de conhecimento da
sociedade,retirando o papel principal que é somente da mulher .
Segundo a médica Melaine Amorim, no documentário, a mulher é convencida
pelo médico a fazer a cesariana, pela incompreensão de fatos científicos e por
indicações falsas,como;circular de cordão, bacia estreita,idade avançada, entre
outros.Criando entidades míticas ,que são utilizadas por conveniência dos
médicos,visando somente o lucro e a facilidade na hora do parto, desconsiderando
a autonomia da mulher,que a proporciona escolher de forma mais consciente.Nesse
sentido, a gestação, parto e pós-parto, são vistos pela medicina como
enfermidade , aonde é necessário o acompanhamento médico.
Portanto ,acentua-se a necessidade da sociedade atual em ter a visão do
parto como algo natural e deixando a mulher o direito de escolha, seja optar por
um parto cesárea,que muitas vezes é necessário,mas que não seja para beneficiar
o médico e nem banalizar o nascimento de uma vida ,ou optar por um parto natural
em casa, na piscina, banheira, desde que assistido pelo médico obstetra e pela
figura da Doula,evitando ao máximo o número de intervenções sem
necessidade,reduzindo a violência obstétrica,diminuindo a mecanização do parto e
proporcionando um momento único entre a mãe e seu bebe.Dessa forma é
necessário entender a importância da humanização do parto ,na autonomia da
mulher e que a intervenção médica deve ser eventual ,porém quando necessária.

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