I S E M I N Á R I O C O N J U N TO D E D I R E I TO T R I B U TÁ R I O A D UA N E I R O | U F M G • F G V S P • O A B M G

COORDENAÇÃO • Professor Onofre Batista Jr.

COORDENAÇÃO • Professor Paulo Coimbra
COORDENAÇÃO • Professor Carlos Eduardo Navarro
COORDENAÇÃO • Professor Fernando Pieri
COORDENAÇÃO • Professora Mariel Orsi Gameiro

G ERENCIAMENTO DE RISCO , M ARCO S AFE , OEA E

S EGURANÇA DA CADEIA LOGÍSTICA
L EONARDO B RANCO
14.09.2022

E ste e o u t ro s mate ria is e víd e o s e stã o

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W W W. L E O N A R D O B R A N C O . C O M . B R
W W W. L E O N A R D O B R A N C O . C O M . B R
RECOMENDAÇÕES
 Gerenciamento das cadeias de valor

CLASSIFICAÇÃO
Nomenclatura do Sistema Harmonizado

ORIGEM
MERCADORIA Tratamento tarifário correspondente

VALOR
Base econômica de incidência ad valorem

GATT Atualmente
RODADAS ATÉ OS ANOS 1970 Facilitação do comércio como objetivo
Reduções tarifárias • Combate ao protecionismo • Combate
ao manejo artificioso da base de cálculo Modernização das aduanas

Papel nas políticas de comércio | Proteção à indústria | Um olhar sobre o controle aduaneiro
Desenvolvimento | Extrafiscalidade do imposto de importação
 JOSEPH STIGLITZ
Nobel Economia

Inviabilidade de obtenção do “ótimo

de Pareto” mesmo em modelos
simplificados

Robinson Crusoe = 10 laranjas

Sexta Feira = 1 laranja

ESTADO: redistribui as laranjas

Robinson Crusoe = 6 laranjas

Sexta Feira = 4 laranjas

Estado cobra 1 laranja

 “TRADE OFF”

IGUALDADE EFICIÊNCIA

Envolve um custo

Aproveitamento dos
Eficiência
recursos

Distribuição dos
Igualdade
recursos
DILEMA DAS ESCOLHAS SOCIAIS

Envolve um custo
Utilidade marginal do gasto

Curva de indiferença social

Até onde a isonomia

compensa a perda da laranja?
 CONTROLE E LIBERAÇÃO
ATÉ ONDE A ISONOMIA COMPENSA A PERDA DA LARANJA?
Estado, ao interferir nas condições de mercado para distribuir renda (modificando as
condições iniciais dos agentes visando novo equilíbrio), afeta a neutralidade
Questão sobre até que ponto vale a pena prejudicar um indivíduo (do ponto de
vista da eficiência econômica) para satisfazer outros VALORES
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais:

I. construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II. garantir o desenvolvimento nacional;
III. erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais

Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exterior, essenciais à defesa

dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda
 CONTROLE E GERENCIAMENTO DO RISCO
RISCO
Interrupções
Prejuízos aos operadores das cadeias de suprimentos

Das incertezas

PREVISIBILIDADE, TEMPO, CUSTO LOGÍSTICO DAS CADEIAS

Inserção da economia brasileira nos processos produtivos globais

CONTROLE e FACILITAÇÃO
Como complementares e não como opositores
 RISCO E COMPLIANCE

Compliance corporativo
Adoção de um sistema eficiente de governança e gestão de riscos,
envolvendo todas as áreas da pessoa jurídica (Ex.: regulatório,
aduaneiro, trabalhista, ambiental, digital, contratuais, reputacionais,
tributário etc.)

Compliance aduaneiro

Políticas de conformidade e gestão de riscos envolvidos em

operações de comércio exterior, permitindo que a administração da
empresa possa detectar e prevenir riscos, conferindo tratamento
adequado aos fatores de incertezas que podem interferir na
condução de sua atividade empresarial.
 EFEITO DA INCERTEZA
O que é “Risco”?

Risco fiscal é o efeito da incerteza no cumprimento da legislação tributária,

relacionada ao processo de decisão ou à falta de ações sobre um evento,
interno ou externo, associado a uma possível perda ou incerteza no
atingimento de determinados objetivos da empresa.

“Não há no Brasil regra específica para avaliação de riscos

tributários. A NBR 31000 explica que a finalidade da avaliação
de riscos é auxiliar o processo de tomada de decisão com base
nos resultados de sua análise, bem como escolhas de
prioridade para implementação de medidas corretivas. A
avaliação de riscos requer considerar a tolerância aos riscos e
a comparação do nível de risco verificado nas situações
concretas com os critérios estabelecidos nas políticas e
planejamento estratégico da sociedade”.

Luciana Aguiar
Gerenciamento dos riscos

https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-
exterior/importacao-e-exportacao/oea/biblioteca-do-
oea/apresentacoes-oea/orientacoes-gr

Gerenciamento > Identificação

PARA O GESTOR PÚBLICO

Instrução Normativa (IN) Conjunta do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão e da Controladoria-Geral da União nº 01, de
10 de maio de 2016 (IN MP/CGU nº 01/2016)
 Gerenciamento dos riscos

Identificação Análise Tratamento Prevenção

Comunicação e consulta

Monitoramento e análise crítica

Gerenciamento dos riscos
Gerenciamento dos riscos
Fatores internos do risco aduaneiro
Infraestrutura
(Porte, localização, atividades,
infraestrutura da empresa etc.)
Processos
(Procedimentos e protocolos
adotados na área fiscal e de
comércio internacional e de
controles internos)
Pessoal
(Quantidade e qualidade do pessoal
envolvido em operações de comex)
Tecnologia
(Sistemas para entrega de
obrigações e atualização legal)
Gerenciamento dos riscos

Fatores externos do risco aduaneiro

Econômicos Meio ambiente

(Impactos no preço, conjuntura (Impactos tributários nas políticas
econômica etc.) sócioambientais)

Sociais e Políticos Tecnologia

(Riscos dos cenários políticos para (Impactos da informatização para o
carga tributária, greves etc.) cumprimento da lei)
 Gerenciamento dos riscos

MAS ATENÇÃO!!!

GESTÃO DE RISCO Aduneiro não significa atuar de forma avessa a qualquer risco, mas
permitir a tomada de decisão racional da empresa com base em:

1) PLENA CIÊNCIA DOS RISCOS. A gestão do risco aduaneiro permite que a empresa adote
a postura mais indicada ao seu nível de governança corporativa almejada, sem evitar
todos os riscos e nem se apegando cegamente a toda as oportunidades.

2) CONSCIÊNCIA DOS RISCOS. Criação de uma infraestrutura de governança que permita,

de forma contínua, a identificação, avaliação e prevenção/mitigação do risco fiscal.

3) IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS. Adoção de sistemas, processos e procedimentos

adequados para permitir a redução dos riscos a níveis aceitáveis.
Evitar surpresas
4) PROATIVIDADE. Prevenir e não apenas remediar riscos. ou riscos não
previstos!!
5) AVALIAÇÃO DOS RISCOS. Oportunidade para calibrar conscientemente riscos para se
adequar ao perfil da empresa e sua tolerância ao risco fiscal.
Gerenciamento dos riscos

A gestão do risco aduaneiro é a combinação de

estratégia e procedimentos adotados pelo
board da empresa ou seus administradores,
com intuito de desenvolver infraestrutura,
sistemas, processos para criação de uma
“consciência de risco”, para assegurar que o
risco esteja aceitável dento dos padrões de
governança tributária da empresa, por
intermédio de um trabalho de identificação,
avaliação e prevenção de riscos contínuos.

Finalidade: estabelecer conjunto de processos

por meio dos quais seja possível identificar,
analisar, avaliar e responder aos riscos que
podem afetar os objetivos da organização
 Gerenciamento dos riscos

Análise de posições de incertezas aduaneiras

Legislação
Jurisprudência Jurisprudência do
aduaneira e
administrativa Poder Judiciário
tributária

Atos normativos Decisões colegiadas Tribunais

Soluções de Tribunais
Órgãos superiores
consulta superiores
1996. Fronteira México-Estados Unidos
Certificação BASC
 Programa Stairway to Heaven
ELEMENTO DA GESTÃO DO RISCO
desenvolvimento de canais de parametrização
para verificação da pressão, do controle
aduaneiro sobre a mercadoria

CONVENÇÃO DE QUIOTO REVISADA: OPERADORES QUE

SÃO CHAMADOS DE "CONFIÁVEIS" (TRUST TRADERS)

Busca de programa de compliance

STAIRWAY: modelo de segurança da cadeia logística

Parâmetro da conformidade e da segurança da cadeia logística que têm focos distintos

Modelo de segurança da cadeia logística

Parâmetro da conformidade e da segurança da cadeia logística

1998. Stairway Sec
 Atentados terroristas em 2001: fragilidade do controle
EXPORT CONTROLS
Ex. Lista de produtos para produzir
uma bomba ou que possam ameaçar
a segurança nacional.

IMPULSO TREMENDO COM ACENTO NA SEGURANÇA

EUA trabalham a partir do modelo sueco e desenvolvem o
CTPAT (custumer pack against terrorist)
Marco Safe
Marco Safe
2005. Marco SAFE: dois pilares, aduana-aduana e aduana-
empresa

Standards
Figura do OEA como pilar do comércio internacional

Padrão e medidas para viabilizar a aproximação entre Estados e

entre Estado e setor privado.

2010. Codigo aduaneiro do Mercosul traz a figura do Operador

Económico Qualificado (nomenclatura mercosulina)

2014. Projeto piloto do programa OEA no Brasil. IN 1521.

2015. Novo pilar

Aduana-Agências governamentais ("visão holística")
Busca englobar os órgãos anuentes do Comércio Internacional
Suíça | Brasil
Consultor trazido pela CNI para implementar o
programa do OEA

Projeto
2014 o OEA-Segurança
2015 o OEA-Conformidade
2016 o OEA-Integrado

Até hoje apenas a Secex no caso do drawback

ingressou

Ideia de criar uma comunidade global de pessoas

confiáveis, um door-to-door presumivelmente seguro

Lars Karlsson
 Compêndio OEA da OMA

http://www.wcoomd.org/en/topics/facilitation/in
strument-and-tools/tools/aeo-compendium.aspx
Convenção de Quioto Revisada (CQR)

http://www.wcoomd.org/~/media/wco/public/global/pdf/topics/facilitation/instruments-and-
tools/conventions/kyoto-convention/brochures/kyoto_yourquestionsanswered.pdf?db=web

Base é o capítulo 6 sobre controle | Previsão

de uma Aduana precisar fazer a gestão de risco
Acordo de Facilitação do Comércio (AFC)
Acordo de Facilitação do Comércio (AFC)
 Gestão do risco

Proibição de importação de pneus usados Proibição de importação de veículo usado

ADPF 101, Relatora Min. Carmen Lúcia RE 224.861, Relator Min. Octavio Gallotti
Informativo STF nº 538 RE 209.635, Relator Min. Celso de Mello
Gestão do risco | INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E APRENDIZADO DE MÁQUINA
Gestão do risco | INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E APRENDIZADO DE MÁQUINA

Sisam | Sistema de Seleção aduaneira por aprendizado de máquina

https://youtu.be/P2lvAFz68d4?list=FLAWqmimzrKtllcwgenhmIzA

ANIITA | Intelligent and Integrated Customs Transactions Analyzer

Patroa | Sistema de Monitoramento de Operações Aduaneiras em Tempo Real

Gestão do risco | INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E APRENDIZADO DE MÁQUINA
Gestão do risco | INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E APRENDIZADO DE MÁQUINA
Agreement on Trade and Economic Cooperation (ATEC)

https://www.conjur.com.br/2022-jun-21/territorio-
aduaneiro-acordo-brasil-eua-fase-facilitacao-comercio

Reconhecimento mútuo - Uniformização de validações e

atestados, de compatibilidade
Modalidades de certificação e partes intervenientes excluídas
MODALIDADES DE CERTIFICAÇÃO Partes excluídas
OEA-SEGURANÇA DESPACHANTES ADUANEIROS
Matriz Imp/Exp, agente de carga e transportador
TRADING COMPANIES
OEA-CONFORMIDADE
Nível 1 Tratamento assimétrico - empresa que faz 90% das operações próprias
Matriz Imp/Exp
Nível 2 (importação direta) e 10% para terceiros pode certificar como OEA
 Gestão do risco | PARÂMETROS
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 680/200 (ART. 21)

regularidade fiscal do importador

habitualidade do importador
natureza, volume ou valor da importação
valor dos impostos incidentes na importação
origem, procedência e destinação da mercadoria
tratamento tributário
características da mercadoria
capacidade organizacional, operacional e
econômico-financeira do importador

ocorrências verificadas em outras operações

realizadas pelo importador
 Recorte normativo
CAM | Art. 15
AFC | Art. 7.7
CQR | Capítulo 3; 3.32
RA | Art. 814

IN RFB 1.985/2020

Incluído pelo Decreto nº 10.550, de 2020

REGULAMENTO ADUANEIRO | Seção V | Do Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado

Art. 814-A. Os intervenientes nas operações de comércio exterior que satisfaçam critérios relacionados à
segurança da cadeia logística ou ao histórico de cumprimento da legislação aduaneira, dentre outros, poderão
requerer a certificação do Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado - Programa OEA.

§ 1º O Programa OEA consiste na concessão de medidas de facilitação de comércio exterior específicas para os
intervenientes nele certificados.

§ 2º A certificação a que se refere o caput será concedida em caráter precário e a sua manutenção estará vinculada
ao cumprimento dos requisitos e critérios estabelecidos em legislação específica.

§ 3º A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia poderá, no âmbito de suas
competências, editar atos normativos para disciplinar o disposto neste artigo e estender as medidas a que se refere
o § 1º a procedimentos disciplinados por órgãos ou entidades anuentes, por meio de ato normativo conjunto.
Ganhos | Time Release Study/WCO
 Ganhos | Benefícios mensuráveis pelas empresas

Fernando Pieri
Ganhos | OEA-Integrado

https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-
exterior/importacao-e-exportacao/oea/biblioteca-do-
oea/apresentacoes-oea/cartilha_oea_integrado

40% das importações no Brasil hoje por meio de OEA (em valor)

Órgãos anuentes em caminho de adesão (OEA-Agro, OEA-Anac)

Maior benefício: OEA-Secex, já assinado

Portaria Conjunta RFB / Secint / ME 85 de 19/08/2021

Drawback | Empresa OEA-Conformidade com acesso a atos concessórios com

menos dados (basta posição tarifária e expectativa de produção em regra)

Hoje 35 empresas já nesta modalidade utilizando OEA-Integrado

Estimativa de 2.000 empresas OEA que fazem drawback e ainda não aderiram
 Ganhos | Time Release Study/WCO

https://www.conjur.com.br/2022-fev-08/territorio-aduaneiro-
confianca-aduana-novos-paradigmas-controle-aduaneiro2

Fernando Pieri
Ganhos | Time Release Study/WCO

From “red tape” to “red carpet”: how the

Brazilian AEO Programme has brought
Customs procedures to an entire new level
https://mag.wcoomd.org/magazine/wco-news-88/brazil_aeo/
RECOMENDAÇÕES
https://leonardobranco.com.br/regi
mes-aduaneiros-beneficios-fiscais/
https://leonardobranco.com.
br/canal-cinza-no-combate-
as-fraudes-aduaneiras/
https://youtu.be/cvM1j_UJ-sI
 Repetro

REPETRO (2001) e REPETRO-SPED

Dependência do comércio internacional, com alta regulamentação
Brasil: país em desenvolvimento com alta tributação das importações
Visão voltada ao excise tax: os “vilões” pelo aquecimento global merecem ser castigados?
Cadeia do petróleo vai além de gasolina/diesel – investimentos pesados que podem dar em um poço seco
Exploração e produção (E&P) do petróleo obtidos por
Pesquisa e desenvolvimento (P&D): altíssimos investimentos a longo prazo

QUESTÕES TRIBUTÁRIAS https://leonardobranco.com.br/trib

ATUAIS NO MERCADO DE O&G Aula completa com material utacao-oleo-gas-setor-energetico/
https://www.conjur.com.br/secoes/colunas/territorio-aduaneiro
Este e outros materiais e vídeos estão
disponíveis para d o w n l o a d no site

W W W. L E O N A R D O B R A N C O . C O M . B R

MUITO OBRIGADO!! 