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Figura 3
O átomo de cobre neutro contem 29 prótons no núcleo e 29 elétrons
nas suas órbitas. As cargas positivas e negativas estão balanceadas.
O átomo não tem carga elétrica. Quando o único elétron de valência
sai da órbita do átomo, este fica íon positivo com carga +1. O elétron
livre tem carga negativa –1. existem agora uma diferença de
potencial entre as duas cargas. A carga positiva possui uma lacuna
onde o elétron está faltando. Isto produz uma atração entre o íon
positivo e qualquer elétron livre que esteja por perto. Uma antiga
regra da eletricidade é: cargas diferentes se atraem e cargas iguais
se repelem.
Figura 4
O íon negativo tem 1 elétron a mais em sua órbita do que o número
de prótons em seu núcleo. O íon positivo à direita tem uma lacuna no
local do elétron em falta. Isto dá ao íon uma carga positiva. Os
elétrons de valência no íon negativo estão no limite de se soltarem e
serem atraídos pelo íon positivo. Em largos corpos de material, a
carga é determinada da mesma forma que em 1 átomo. Se o material
contem mais elétrons que prótons, este possui carga negativa.
Quando há menos elétrons que prótons o material tem carga positiva.
O próton tem 1840 vezes a massa de 1 elétron. O núcleo é uma
massiva e instável parte do átomo. É o elétron que vai ser juntado ou
removido.
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Figura 5
Figura 6
Figura 7
Todas as marcações de terra no circuito indicam um único ponto no
circuito. Como o terminal negativo da bateria está conectado à terra,
a leitura no terminal é de +12 volts no ponto X com a terra como
referência.
Quando uma carga é conectada a uma fonte, a carga move-se pelo
circuito, executa trabalho e retorna à fonte noutro terminal. O
movimento desta carga é chamado de corrente. A corrente é medida
em amperes. O nome ampere é usado em honra do pioneiro físico
Francês André Ampere.
Para que a corrente exista, deverá haver um caminho, este caminho
é o circuito condutor que deve ser livre ao movimento de elétrons.
Alguns materiais têm elétrons muito ligados ao átomo. Estes
materiais são isoladores. A carga não tem liberdade de se mover nos
isoladores, não existe fluxo de corrente. Cerâmica e muitos plásticos
são exemplos de bons isoladores.
Outros materiais, por sinal os metais, têm elétrons pouco ligados aos
átomos, elétrons de valência. Estes elétrons são facilmente atraídos
por lacunas. Devido à liberdade de fluxo da corrente por parte do
circuito condutor, a corrente move-se com liberdade. Também
existem os semicondutores. A habilidade dos semicondutores é a de
conduzir corrente entre um condutor e um isolador.
Figura 8
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Figura 9
A carga é qualquer coisa que executa trabalho, luz, calor, movimento,
som ou todos estes em conjunto. Na figura 9 a carga é uma lâmpada
que produz luz e calor usando a energia da bateria. Devido à lâmpada
usar energia, ela atua como uma restrição no fluxo de corrente. A
bateria também se esgota a seu tempo mas irá levar mais tempo do
que se conectassem os terminais com a barra de ferro como falamos
atrás. Uma ligação direta (curto circuito, não oferece (ou oferece
mínima) resistência à passagem de corrente. A quantidade de
corrente para uma dada voltagem depende da quantidade de
restrição. Esta restrição é chamada de resistência, reatância ou
impedância, dependendo no tipo de carga. Nesta lição falaremos só
da resistência.
Esquema 1
Figura 10
Lei de ohm
Esquema 2
Esquema 3
Figura 16
Na figura 16 você vê um potenciômetro conectado como reostato.
Colocado em sério o reostato pode controlar a corrente no circuito. Se
subirmos o braço do reostato, a corrente diminui, se baixarmos o
braço do reostato a corrente aumenta.
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Vimos como a corrente pode ser controlada com resistências. Outra
forma de controlar resistências é com o uso de botões. Quando o
botão está aberto não flui corrente mas quando se fecha o botão a
corrente flui livremente. Veja a figura 17.
Figura 17
Botões são descritos pelo número de seus pólos e pelo número de
caminhos que ele controla. Os pólos indicam o número de fios que
vão para o botão, os caminhos descrevem o número de caminhos a
que pode ser conduzida.
Figura 18
- SPST single pole single throw switch - conecta um condutor a
um local
- SPDT single pole double throw switch - conecta um condutor a
qualquer um de 2 locais
- DPST double pole single throw switch - conecta 2 condutores a
um só local
- DPDT double pole double throw switch - conecta um condutor a
um local
Figura 19
Um botão SPDT providencia uma escolha de caminhos. O caminho do
meio possui menos resistividade que o superior.
Figura 20
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Coulomb é unidade de carga elétrica do Sistema Internacional de
Unidades. Um coulomb é medido como a quantidade de carga que flui
num condutor quando um ampere de corrente está presente por um
segundo. O símbolo para Coulomb é Q para representar a sua
quantidade. Um coulomb com carga negativo é uma quantidade de
6,25 x 1018 elétrons. É erro pensar-se que corrente é o movimento de
alguns elétrons ao longo de um caminho. Em termos de fluxo
eletrônico, mesmo a corrente de um microampere, um milionésimo
do ampere, consiste em 6.250.000.000.000 elétrons movendo-se em
um único sitio durante 1 segundo.
Eletromagnetismo
Figura 6
Figura 7
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Na figura 7 temos uma bobina em forma helicoidal. Há direita temos
um corte dessa bobina, mostrando-nos o que acontece quando a
corrente magnética passa por ela. As linhas do campo magnético
entre os enrolamento estão em oposição, por isso se anulam. O
campo magnético é forçado a fluir em volta da parte adjacente do
enrolamento, cada um se juntando ao próximo. Uma vez que o efeito
é acumulativo, um enrolamento com algumas centenas de voltas tem
um campo magnético forte à sua volta.
Figura 8
Figura 9
Capacitores - Condensadores
Capacitância.
Dielétrico:
Associação em série
A capacitância resultante será dada pelo produto das
capacidades, dividido pela sua soma.
Cr = C1 x C2 / (C1 + C2) <=> Cr = 6 x 3 / (6 + 3) <=> Cr =
2 μF
Pela formula podemos concluir que a o resultado da associação em
série é menor que o mais pequeno capacitor. Mais, quando se aplica
uma diferença de potencial nos terminais da associação, que
correspondem aos terminais livres do primeiro e último capacitor,
essa diferença de potencial reparte-se entre os capacitores, de
maneira que o que possuir menor capacitância receberá maior
parcela de tensão. Esta particularidade deve ser observada sempre
que se faz uma associação em série, porque, se não for levada em
conta, poderá danificar o capacitor de valor mais baixo. Vamos
insistir nisso, dando o exemplo da figura e admitindo que a tensão
é de 100 volts. Olhando na figura parece que pode funcionar a
125 volts ou seja a soma das duas voltagens. Errado. A
capacidade resultante como vimos é 2 μF. Essa capacitância
equivalente está ligada a uma diferença de tensão de 100 V; logo,
podemos determinar a quantidade de carga. De fato, se para
definir a capacitância dividimos a quantidade de carga pela
diferença de potencial aplicado é fácil concluir que, para calcular a
quantidade de cargas, basta multiplicar a capacitância pala diferença
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de potencial: logo, a quantidade de carga em cada capacitor é de: 2
μF x 100 V = 200 μC (microcoulomb). (veja página 8 da Parte 1). A
quantidade de carga em cada capacitor é, portanto, de 200 μC.
Podemos, então, determinar qual deve ser a tensão em cada um,
para que eles adquiram essa carga. Para calcular a tensão, basta
dividir a quantidade de carga pela capacitância. Assim, para os dois
capacitores: C1 – V = 200 μC / 6 μF = 33,33 V e C2 – V = 200 μC / 3
μF = 66,66 V. Como podemos ver o capacitor de menor capacidade
terá que ser superior a 66,66 V, logo, não podemos usar o de 50 V
pois este queimará. Note: normalmente não há necessidade de fazer
este tipo de associação em série. Isto só acontece quando
pretendemos um valor de capacitor não fabricado.
Associação em paralelo
A capacitância resultante é igual à soma de todas as capacitâncias,
portanto, maior do que qualquer capacitância da associação. Cr = C1
C2 C3 = 18 μF. Se a tensão aplicada entre os terminais a e b for de
115 V, todos os capacitores estarão submetidos a essa mesma
tensão.
Solenóide
Na figura 8 da Parte 2 na página 4, podemos ver uma solenóide que
mais não é que um fio enrolado com um certo número de voltas,
também chamada de bobina. Chama-se solenóide a um condutor
enrolado em espiral. Fazendo-se passar corrente continua pelo
condutor do solenóide, verifica-se que se comporta como um imã.
Cada uma das suas extremidades age como os pólos do imã, por este
motivo, são também denominados de pólos solenóides. A solenóide é
aplicada como eletroímã. O eletroímã alimentado por corrente
alternada é encontrado em campainhas vulgares, conhecidas por
cigarras. Outros exemplos da aplicação dos solenóides são os relés, o
telegrafo, os fones magnéticos, etc.
Indutância eletromagnética
A indutância é a alteração do campo em conseqüência da introdução
de um meio material que modifica a disposição das linhas de força,
caracterizadas por uma constante que chamamos de permeabilidade
do meio. A aplicação mais importante do fenômeno da indução
eletromagnética está exatamente nas máquinas produtoras de
eletricidade, que recebem o nome de geradores eletromagnéticos.
Quando o gerador produz corrente contínua, ele é chamado de
dínamo. Quando produz corrente alternada, ele é chamado de
alternador.
Auto-indução
Um gerador percorrido por uma corrente elétrica variável, produz em
sua volta um campo magnético, que é também variável. Por outro
lado, qualquer condutor colocado em campo magnético variável será
percorrido por uma corrente elétrica induzida, se o circuito for
fechado, ou terá em suas extremidades uma força eletromotriz
induzida, se o circuito estiver aberto. Em conseqüência disso, o
condutor percorrido por uma corrente variável fica sob a ação do
campo variável que ele cria e terá induzido em si mesmo uma
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corrente de indução. Este é o chamado auto-indução. Desta forma
podemos dizer que auto-indutância é o fenômeno pelo qual um
condutor produz corrente de indução em si mesmo quando percorrido
por corrente variável. Agora, diremos que um condutor ou um
enrolamento, quanto à sua auto-indução, é caracterizado por uma
grandeza que chamamos de coeficiente de auto-indução ou
simplesmente indutância. Os fatores que influem na indutância são: o
número de espirais, a forma do enrolamento, o diâmetro das espiras,
a permeabilidade do meio.
Indutores
Como chamamos de resistor (resistências como são chamadas nas
lições anteriores) o corpo cuja propriedade elétrica predominante é a
resistência e de capacitor o corpo cuja propriedade predominante é a
capacitância, também chamaremos de indutor o corpo cuja
propriedade elétrica principal seja a indutância. Tenha em mente que
não existe um corpo que tenha, exclusivamente, resistência,
capacitância ou indutância, pois todo corpo possui as três
propriedades, mas ele será classificado de acordo com a propriedade
predominante. Uma bobina, por exemplo, apresenta resistência, que
é aquela do fio de que é feita; indutância, decorrente dos fatores que
estudamos anteriormente e capacitância, resultante da diferença de
potencial que existe entre as espiras. A unidade que mede a
indutância é o Henry, em homenagem ao físico inglês que tinha esse
nome. Henry é uma unidade grande, por isso usamos seus
submúltiplos; Milihenry (mH) e Microhenry (μH). O indutor ou bobina
é o terceiro elemento mais utilizado em circuitos eletrônicos,
principalmente em receptores de rádio e televisão. Definido o indutor,
este é um fio enrolado em espiras, cuja principal característica é a
indutância. De notar que a indutância só aparece quando o indutor é
percorrido por uma corrente variável.
Um indutor, quando ligado a uma fonte de corrente contínua,
comporta-se, para a corrente, como se fosse um resistor puro, ou
seja, somente a resistência ôhmica do fio limita o valor da corrente
que passa pelo indutor. Quando atravessado por uma corrente
continua, o indutor comporta-se, magneticamente, do mesmo modo
que um imã natural.
Podemos tirar as seguintes conclusões: A resistência que uma bobina
oferece à passagem da corrente alternada é maior que a oferecida à
corrente contínua. Em corrente alternada, a bobina não se comporta
como um imã, pois o objeto metálico é atraído e repelido de acordo
com a pulsação da freqüência da rede. A saber, uma bobina oferece à
corrente alternada uma resistência maior que em corrente contínua.
Para que não se faça confusão entre resistência à corrente continua e
corrente alternada, esta última recebe o nome de reatância indutiva.
Assim, define-se a reatância indutiva de uma bobina como sendo “a
resistência que o indutor oferece à passagem da corrente alternada.”
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Quando a bobina é ligada à corrente continua, só existe auto-
indutância no instante em que a corrente é ligada ou desligada, a
partir dai não há mais variação das linhas de força e,
conseqüentemente, não existirá também força contra-eletromotriz
induzida. Como conseqüência, a corrente mantém-se constante e
igual à divisão da tensão pela resistência ôhmica do fio. Alimentando
agora a bobina pela corrente alternada, sabemos que esta aumenta e
diminui periodicamente, ou seja, no mesmo ritmo da freqüência. Por
conseguinte, há constante expansão e contração das linhas de força,
o que determina, a indução de uma força eletromotriz que se opõe à
força eletromotriz (tensão) aplicada. Logo, se há uma tensão aplicada
e outra induzida em sentido contrário, a resultante das duas dá uma
tensão menor. Ora, diminuindo a tensão, e como a resistência ôhmica
do fio variou, é claro que a corrente deve diminuir. Tudo se passa,
então, como se a resistência do indutor tivesse aumentado. Por esse
motivo, a reatância indutiva, é às vezes chamada de resistência
aparente da bobina.
As bobinas classificam-se
Na prática as bobinas são constituídas das seguintes partes: fôrma,
enrolamento, núcleo e blindagem.
Quanto à geometria da forma: cilíndrica, plana e toroidal.
Quanto ao número de camadas: de uma camada e de mais de uma
camada.
Quanto ao número de enrolamento: enrolamento único e vários
enrolamentos.
Quanto ao tipo de suporte: com suporte, auto-suportadas e
impressas.
Quanto ao tipo de fio usado: esmaltado, encapado, litz, estanhado,
prateado, etc.
Quanto ao tipo de enrolamento: cilíndrico ou espiral, inclinado,
secionado, ninho-de-abelha ou honcycomb, fundo-de-cesta, toroidal,
espiral achatado, bilateral e bilateral progressivo.
Quanto ao núcleo: ar e metálico.
Quanto ao espaçamento: simples e múltiplo
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Quanto ao fator de mérito: Vimos, na lição sobre resistores que era
possível construir estes de vários tamanhos tendo a mesma
resistência. Com os indutores acontece o mesmo. Podemos construir
bobinas com os mais diferentes fios, formas e tipos de enrolamento,
mas tendo todas a mesma indutância. Se assim é, quando
necessitamos de um indutor, temos de ter uma especificação que nos
permita escolher, dentre todos os que têm a mesma indutância,
aquele que satisfaz as nossas necessidades. Essa especificação é
conhecida como fator de mérito ou fator de qualidade que, nos meios
técnicos é indicada por “Q” da bobina. Vejamos o que isso significa.
Quando um indutor é ligado a uma fonte de energia variável, por ele
circula uma corrente que cria o campo eletromagnético. Então a
energia elétrica é transformada em magnética. Por outro lado, o
condutor da bobina tem resistência ôhmica; logo, a corrente que
passa por ele também provoca seu aquecimento, ou seja, uma parte
da energia que o indutor retira da fonte é transformada em energia
térmica. Em resumo, a energia elétrica da fonte é transformada em
energia magnética e em energia térmica (calor). Ora, nas aplicações
dos indutores, o que interessa é a energia magnética e não térmica;
por isso, terá melhor qualidade o indutor que produzir menos calor.
Como o calor desprendido depende da resistência do fio, é fácil
concluir que o indutor que tiver resistência ôhmica mais baixa terá
melhor qualidade, isto é, ele cumprirá melhor sua finalidade, que é a
de transformar a energia elétrica em magnética.
Para que se pudesse ter uma indicação pratica da qualidade do
indutor, definiu-se o fator de mérito Q como sendo a relação (divisão)
entre energia magnética armazenada pelo indutor e a energia térmica
desprendida sob a forma de calor. Assim, o fator de mérito é indicado
por um número e, quanto mais alto for esse número, melhor
qualidade terá a bobina.
Como a energia magnética depende da indutância da bobina e,
também, da freqüência da fonte, por transformações matemáticas da
definição de Q, chega-se a uma fórmula bastante conhecida, que é: Q
= 2π F L / R. Onde F é a freqüência
em Hertz, L a indutância em Henrys e
R a resistência em ohms. Este fator de
mérito é muito importante na
seletividade (qualidade de selecionar
as emissoras) de um receptor de rádio.
Se o Q for elevado, a seletividade é
elevada. No entanto, o Q não pode ser
o mais alto possível pois isto diminui a
fidelidade ou qualidade do som
recebido.
Bobinas da figura ao lado:
A – seletor de rádio com núcleo de
ferrite
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B – Freqüência intermédia – FI
C – de auto-falante
D – choque de filtro - também os transformadores são deste feitio
E – auto-suporte
F – núcleo de ferrite
Figura 1
Para visualizar isto em termos de eletrônica, você necessita de uma
concepção de apresentar energia em movimento para a carga. O
transporte de energia vem em dois tipos; carga negativa chamada de
elétrons e positiva chamada de lacunas. A energia é criada separando
cargas positivas de negativa.
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A Primeira Imagem
Como já citamos anteriormente, o escocês John Logie Baird é tido oficialmente com pai
da televisão mundial, em 1926. E aqui você saberá bem o que foi que este gênio do
século XX executou pela primeira vez no início da segunda metade da década de 20.
No Instituto Real de Londes, Baird demonstrou o que
seria o seu invento, ao transmitir imagens do seu
próprio laboratório, logo a frente do seu transmissor
e do protótipo de câmera que havia inventado
também. Ele, ali, dava o primeiro passo para lançar
uma invensão que tiraria dos cinemas boa parte do
seu grande público.
Nasce também a RCA (Radio Corporation of
America), que monta seus estúdios nos Estados
Unidos e faz sua primeira demonstração televisiva ao
gerar imagens do jardim em frente a estes estúdios.
A primeira imagem seria justamente, a estátua que
ficava bem ao meio deste jardim, um monumento do
famoso personagem de desenhos animados Gato
Félix, que media 2 metros de altura. A transmissão
foi feita com sucesso, naquele mesmo ano de 1926.
A imagem aparecia através de um televisor que
possuía 60 linhas de capacitação, tornando o
conjunto desta parecido com uma persiana, que
produzia a figura de Félix. 30 anos depois, esta
mesma empresa, a RCA Victor, trazia ao Brasil sua
tecnologia para fundar a PRF-3 TV Tupi-Difusora, em
1950.
Transistor
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A primeira versão do que veio a ser o transistor foi criada em 1945
por uma equipe do Bell Labs, composta por John Bardeen, Walter
Brattain e chefiada por Willian Shockley. Este transistor primordial
era feito com um cristal de germânio prensado entre duas folhas de
ouro. Três anos depois, a custo de um milhão de dólares em
pesquisas, a Bell possuía o seu primeiro amplificador de
semicondutor. Esta versão inicial era conhecida como transistor de
contato de ponta.
Semicondutor
Numa lição anterior vimos que os corpos, quanto à facilidade com
que eles podem conduzir a corrente, costumam ser classificados em
condutores, semicondutores e isolantes. Para o estudo do transistor,
o mais importante é o semicondutor. Os materiais mais importantes,
atualmente, na fabricação de transistores e diodos são: germânio,
silício, índio, arsênio, fósforo, gálio, etc. O semicondutor, é um mau
condutor. Está mais perto dos isolantes do que dos condutores.
Entretanto, quando se adiciona alguma substancia a um
semicondutor, como o germânio e o silício, suas propriedades
elétricas sofrem profundas modificações. A substancia que se
adiciona ao semicondutor puro é chamada de impureza e chama-se
de dopagem ao ato de adicionar tais impurezas.
Tipos de impurezas
Existem dois tipos de
impurezas. A doadora e a
aceitadora. Consideremos
o semicondutor germânio,
figura 2. Ele, é formado
por átomos de germânio.
Figura 2 Figura 3 Figura 4 Cada átomo está ligado
aos seus vizinhos através
de quatro elétrons. Suponhamos agora que ao germânio puro, como
vemos na figura 3, seja dopado com fósforo, que é uma substancia
que tem cinco elétrons rodeando o átomo. Essa substancia adicional
ao germânio constitui uma imporeza. Essa impureza tem cinco
elétrons e o germânio somente quantro. Ora, quando se misturam
germânio e fósforo, quatro elétrons do fósforo se unirão ao germânio
e um de cada átomo ficará livre, porque não pode juntar-se à
estrutura do germânio, uma vez que lê só aceita quatro. Como o
fósforo cedeu um elétron ao germânio, ele, fósforo, é chamado de
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impureza doadora. Se ligarmos uma bateria a esse material, o elétron
livre se moverá através do material para o pólo positivo da bateria.
Há, então, passagem de corrente elétrica constituída por elétrons . o
semicondutor formado é chamado de semicondutor do tipo N
(negativo), já que os portadores de carga são os elétrons. Existe
outra possibilidade. Ao invés de dopar o germânio com fósforo,
vamos adicionar a ele uma substancia que tenha somente três
elétrons na última camada, como o boro, por exemplo. Então,
haverá um elétron a menos na ligação. Dizemos que há um buraco ou
vazio (figura 4). Quando um elétron da estrutura se dirige à lacuna
para completar a ligação, o átomo de onde veio fica carregado
positivamente, porque era neutro e perdeu uma carga negativa. Isto
equivale a dizer que o átomo que cedeu o elétron ganhou uma
lacuna. Se outro elétron vem preencher a lacuna e restabelecer o
equilíbrio do átomo, deixará, no átomo de onde partiu, outro buraco
positivo (lacuna). Deste modo, as lacunas se movem no
semicondutor e com a particularidade de o movimento das lacunas
acontecer em sentido contrário ao dos elétrons. A impureza do boro é
chamada de aceitadora. O germânio dopado com boro é chamado de
semicondutor P, porque a maioria dos portadores de carga é lacunas.
Convém observar que os semicondutores do tipo P ou N, no estado
natural, permanecem eletricamente neutros, porque a carga de cada
elétron fica equilibrada pela carga positiva que existe no núcleo. Alem
disso, se às extremidades de uma barra de qualquer desses
semicondutores for ligada uma bateria, haverá passagem de corrente
normalmente, ou seja, do pólo negativo para o positivo da bateria.
Ainda mais, se os pólos da bateria forem invertidos, inverter-se-á
também o sentido da corrente mas a intensidade permanecerá a
mesma. Materiais do tipo P ou do tipo N podem ser dopados de
maneira a apresentarem valores exatos de resistividade na
construção de resistores internos a circuitos integrados.
Junção PN
Vamos justapor uma barra de semicondutor P e outro N.
Formamos, o que se chama de junção PN. Quando isso
acontece, na superfície da junção sucede o seguinte: os
elétrons do semicondutor N passam rapidamente através da
superfície da união e vão preencher os buracos do Figura 5
Funcionamento da junção
Feita a junção da maneira explicada,
vamos ligar aos seus extremos uma
bateria e verificar o que acontece.
Inicialmente, liguemos o pólo positivo
Figura 5
da bateria à região P e o negativo à
região N, como mostra a figura 6. Figura 6
Nesta situação, as lacunas da região
P são empurradas para a região de contato, e os elétrons da região
N também são empurrados para a região de contato. O pólo positivo
atrai os elétrons e o negativo atrai as lacunas. Assim, no
semicondutor, a corrente é formada pelo movimento dos elétrons e
das lacunas. Quando a bateria é ligada da maneira descrita, o pólo
positivo ao semicondutor P e o negativo ao N, diz-se que a junção
está polarizada no sentido direto, que corresponde ao sentido em
que há passagem de corrente. Se a bateria estiver ligada como
mostra a figura 6, o terminal negativo atrai as lacunas e o positivo os
elétrons. Tanto elétrons como lacunas ficam concentrados nos
extremos dos semicondutores, e não ha passagem de corrente. Isto é
a mesma coisa que aumentar a barreira de potencial. Dizemos que a
junção está polarizada no sentido inverso. Uma junção deste tipo, PN,
é chamada de diodo. Por essa razão, os diodos formados pelas
junções PN de semicondutores, como o germânio e o silício, são
largamente utilizados em eletrônica. Na figura ao lado vemos a
simbologia do diodo. O A é o ânodo, este é o lado por onde
entra a corrente e o K, é o cátodo por onde sai a corrente (sentido
convencional).
Estrutura do transistor
Dois semicondutores do tipo N, tendo entre si
um semicondutor do tipo P,
ou dois semicondutores do
tipo P, tendo no meio um
Figura 7 semicondutor do tipo N,
formam o componente que Figura 8
recebe o nome de transistor. No primeiro caso,
o transistor é do tipo NPN e, no segundo PNP. Na figura 7, mostramos
as representações de um transistor tipo NPN e outro PNP. Cada
semicondutor é unido a um terminal metálico para ligá-lo ao circuito
externo. A fatia do meio, recebe o nome de base e as laterais de
emissor e coletor, respectivamente. Na figura 8, mostramos a
simbologia dos dois tipos de transistores.
Consideremos um transistor NPN e polarizemos a junção emissor-
base no sentido direto, e a junção coletor-base, no
Figura 9
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sentido inverso como mostra a figura 7. 1- Na junção NP emissor-
base, os elétrons são empurrados pelo pólo negativo da bateria, até
à base. Ai, uma pequena parte deles se recombina com as lacunas,
que são poucas, já que a base é muito fina. 2- A bateria que alimenta
o coletor está em série com a bateria que alimenta o emissor;
portanto, ela reforça o efeito desta última e atrai os elétrons que
passam pela base. Assim, praticamente todos os elétrons que
partiram do emissor atingem o coletor, e a corrente do coletor é
quase a mesma do emissor. 3- O outro transistor PNP, está com as
ligações invertidas em relação ao NPN. Os portadores de corrente,
agora, são as lacunas. As explicações que demos para o
funcionamento do transistor NPN valem para o PNP, com a diferença
de que agora, o fluxo é de lacuna. 4- Nas duas polarizações da figura
8, o sentido da corrente é o real. 5- Tanto o emissor como o coletor
são feitos do mesmo tipo de semicondutor. Entretanto, o coletor é
mais volumoso que o emissor, como mostra a figura 9.
Figura 3
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em sua resistência interna. Se fosse medida a diferença de potencial,
nos terminais do gerador, com um instrumento de medida que não
“consumisse” corrente, isto é, de resistência infinita (coisa
impossível), então o valor lido seria, de fato, o da força eletromotriz.
Tanto a força eletromotriz como a tensão são medidas com a mesma
unidade de medida, que, no caso geral, será o Volt e seus múltiplos e
submúltiplos. b) corrente elétrica – como vimos, é o movimento da
corrente de corrente elétrica. Esse movimento aparece sempre que os
terminais do gerador são ligados a um circuito externo. Se esse
circuito tem resistência baixa, o movimento é bastante intenso e, em
caso contrário, isto é, se a resistência do circuito externo for alta, o
movimento dos elétrons será dificultado. À quantidade de carga
elétricas que passa pela secção de um condutor, durante certo
intervalo de tempo, chamamos de intensidade de corrente
elétrica. À unidade de intensidade de corrente elétrica deu-se o
nome de Ampère. Na pratica, para facilidade de expressão, diz-se
que a corrente elétrica é medida em Ampères, mas, corrente elétrica
é o nome que se dá ao fenômeno dos movimentos das cargas, e que
intensidade de corrente elétrica é uma avaliação, em termos
práticos, desse fenômeno. Uma propriedade importantíssima da
corrente continua, da qual nos valeremos ainda nesta lição para
explicar o comportamento de certos componentes passivos, é aquela
pela qual os elétrons se movimentam sempre em um mesmo sentido,
ou seja, do pólo positivo para o negativo do gerador. Assim, as
propriedades de um gerador de corrente contínua são: a) possui uma
força eletro-motriz que lhe é própria. b) pode fornecer corrente
elétrica, corrente essa que dependerá, do valor da força eletromotriz
e da resistência do circuito externo (desprezando a interna do
gerador). c) o sentido do movimento dos elétrons , ou seja, da
corrente elétrica, é imutável e foi convencionado que ele é do pólo
positivo para o negativo, externamente ao gerador.
As correntes continuas têm a propriedade de manter sempre o
mesmo sentido de deslocamento das cargas elétricas, não o
modificando com o decorrer do tempo. Admitamos um circuito real
composto por uma pilha de 1,5 V ligada a um resistor de 1Ω. No
momento em que ligamos o circuito, a corrente que passa pelo
resistor é, como sabemos, de 1,5 A. Se admitirmos que a pilha
jamais se descarregue, a representação da tensão será o gráfico da
figura 2. A corrente também seria sempre a mesma, gráfico da figura
3. no caso real, a pilha descarrega-se com o tempo; portanto, a
tensão em seus terminais vai diminuindo, gradualmente e
progressivamente, até se anular.
Correntes variáveis. Contrariamente ao que acontece com a
corrente contínua, existem geradores cuja tensão não se mantém
constante com o decorrer do tempo, mas sofre variações para mais e
para menos, podendo, inclusive, mudar de sentido. São os chamados
geradores de tensão
Figura 4
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(ou corrente) variáveis. Esses geradores são muito importantes em
eletrônica. Graças a eles é que podemos transmitir informações de
som e imagem. As tensões e as correntes variáveis mais importantes
são: dente-de-serra, quadrada ou retangular e alternada, veja
os desenhos da figura 4. Falaremos sobre a corrente alternada. O
gerador de tensão alternada é muito utilizado, tanto em eletrônica
como em eletrotécnica, pois, dadas as propriedades extraordinárias
desse tipo de gerador, as usinas de força elétrica da atualidade
geram exclusivamente, tensões alternadas. Por outro lado, os
transmissores das emissoras de rádio e TV, como veremos mais
tarde, possuem o circuito oscilador, que nada mais é que um
gerador eletrônico de ondas alternadas. Na figura 4 representemos
uma onda senoidal (alternada) a qual passamos a explicar.
a) Amplitude – que
corresponde ao máximo valor
(positivo ou negativo) que a
corrente ou tensão pode
alcançar num determinado
instante. +A representa a
amplitude positiva e -A a
amplitude negativa. A
Figura 5
amplitude se repete,
igualmente, em intervalos de
tempo que chamamos de período, na figura chamado de T.
Consideremos a tensão alternada que alimenta os aparelhos elétricos
de nossa residência. No medidor, lemos as indicações de 220 V – 60
Hz. 110 V, não é da amplitude, mas do valor que chamamos de
eficaz. A amplitude ou valor máximo da tensão no caso, será de
cerca de 155 volts. Isto quer
dizer que, se possuíssemos
um aparelho que nos
permitisse medir os valores
instantâneos da tensão,
observaríamos que ela varia
de -310 V até +310 V. Por
outro lado, medindo o tempo
que a tensão leva para passar
Figura 6 por dois valores máximos
igual e sucessivos, ou seja,
duas amplitudes positivas ou negativas, encontramos 0,016
segundos, sendo esse período da tensão alternada de 60 Hz (1/60).
b) freqüência – por freqüência é conhecido o número de vezes que o
ciclo se repete em um segundo. Ela é medida em Hertz. Os sons que
ouvimos têm freqüências de cerca de 20 Hz até 16 KHz. Existe uma
relação entre freqüência e período. De fato, como período é o tempo
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necessário para que a onda alternada efetue um ciclo, e como
freqüência é o número de ciclos efetuados no tempo de um segundo,
resulta que a freqüência é o inverso do período, e vise- versa. Sendo
assim, basta conhecer um, para podermos determinar o outro. Se
conhecemos a freqüência, basta dividir o número 1 pelo valor dessa
freqüência e teremos como resultado o período em segundos. Logo; F
= 1 / período e período = 1 / F. c) fase – outro conceito importante
em eletrônica, é o de fase e, o de diferença de fase. De uma maneira
intuitiva, podemos dizer que duas tensões, corrente, etc., estão em
fase, quando elas variam da mesma maneira, com o tempo, figura 6.
Na figura 7, mostramos um gráfico de uma tensão e de uma corrente
que não estão em fase. De fato, basta observar que a tensão atinge o
máximo valor positivo no instante 1 e a corrente só no instante 2,
mais tarde. Quando a tensão e a corrente não estão em fase, diz-se
que há uma diferença de potencial, medida por um angulo e
geralmente4 indicado pela letra grega φ (fi). d) valor instantâneo –
por valor instantâneo entendemos o valor da tensão ou corrente no
instante que nos interessa. e) valor eficaz – nas aplicações práticas, o
valor instantâneo da tensão ou da corrente não tem muita utilidade,
sendo mais usado o valor eficaz. Por valor eficaz de uma tensão ou
de uma corrente entendemos aquele valor que
deveria ter a tensão ou a corrente alternada,
para produzir o mesmo efeito que uma tensão
ou uma corrente contínua conhecida. A
corrente máxima corresponde, sempre, a 41%
mais do que a eficaz; Imáx = 1,41 Ief, ou se
quisermos conhecer o valor eficaz; Ief = Imáx /
1,41. da mesma forma, para calcular a tensão
substituímos o I por V nas formulas. Assim
para calcular a voltagem máxima da rede de Figura 7
220 V usamos: Vmáx = 220 x 1,41, o que é
igual a 310,2 V.
Retificação de CA
A retificação de corrente alternada, ou seja, a sua transformação em
corrente contínua, é conseguida pelo emprego de elementos
semicondutores como os retificadores de estado sólido,
principalmente os diodos de silício. Uma das
principais aplicações praticas do diodo é a do
processo de retificação, pelo qual uma tensão Figura 1
Figura 3 Figura 4
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(CC - corrente contínua) maior que zero. O circuito necessário é o
mostrado na figura 2, com um diodo ideal (circuito aberto na região
de não condução, isto é, a corrente no diodo é nula). Para a tensão
senoidal de entrada V definida no intervalo de 0 a π, como demonstra
a figura 3, a polaridade da tensão nos terminais do diodo é tal que
resulta uma representação de curto circuito (vd = 0 V), pois o seu
ânodo encontra-se em potencial positivo, em relação ao seu cátodo, o
que equivale a dizer que o componente encontra-se corretamente
polarizado. Para a tensão senoidal de entrada V definida no intervalo
de π a 2π como mostra a figura 4, resulta a representação de circuito
aberto, pois o diodo encontra-se inversamente polarizado, já que o
seu cátodo encontra-se neste instante, em um potencial mais positivo
que seu ânodo. Figura 5 - Devido às características de circuito aberto
do diodo ideal, a tensão de saída VS é igual a zero.
Consideremos que pelo resistor R de carga,
passe corrente pulsante como forma de onda
semelhante à que mostramos na figura. Coloquemos
, em paralelo com o resistor, Figura 5 um capacitor de
capacitância elevada. Teremos o circuito da figura 5.
Explicando o que acontece com a ajuda da figura 6 e 7, então,
acontece o seguinte: quando a corrente,
no resistor, flui de A até o ponto O, que
corresponde à amplitude
máxima, o capacitor C carrega-
Figura 6
se com sua máxima carga. A
figura 6 mostra o que
Figura 7 acontece sem a presença do capacitor, e a figura 7 mostra
o que acontece com a presença do mesmo. Quando a
corrente decresce, o que corresponde ao trecho OB, o capacitor
começa a descarregar-se, através do resistor R, e continua se
descarregando durante o tempo em que o diodo não conduz. Como a
descarga é lenta, o capacitor não chega a atingir carga zero,
produzindo o trecho OX. A corrente fica bem mais próxima da forma
de corrente contínua. O circuito RC é chamado de filtro RC. A
filtragem é tão mais eficiente quanto maior é o produto RC, embora,
na prática, esse produto tenha limitações. O filtro RC é o mais
elementar que existe, porém os filtros mais eficientes são construídos
de indutores e capacitores.
Nas figuras 8 pode ver os
vários tipos de filtros.
A: L – RC B: L – LC C: L
– RC D: L – LC
E: T – RC F: T – LC G: π
– RC H: π – LC
O filtro mais eficiente é
Figura 8 aquele formados por
indutores e capacitores. De
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fato, analisemos o circuito π com L e C. Sabemos que o indutor se
opõe à passagem de corrente variável e que o capacitor é pouco
resistente a ela. Então, a corrente variável tende a descarregar-se
para a terra, através do 1º capacitor, e a parcela que tenta passar
pelo indutor fica bastante amortecida, sofrendo nova descarga para a
terra, através do 2º capacitor, melhor ainda mais filtragem.
Dizemos que o retificador é de meia onda quando ele aproveita
somente a metade do ciclo da corrente a ser
retificada. O transformador é um
dispositivo que serve para modificar as
características de uma corrente
alternada ou pulsante. Assim,
teoricamente, Figura 11 usando o
Figura10
transformador, podemos elevar ou
abaixar a corrente e a tensão de uma fonte alternada ou
pulsante a qualquer valor. Entretanto, essas modificações
devem obedecer à lei da conservação da energia, pois o
transformador não cria energia, mas apenas a modifica. Por
Figura 9 exemplo, se temos um gerador que fornece 100 V a 1 A,
potencia de 100 W, com o transformador podemos aumentar
a tensão para qualquer valor, mas a corrente abaixa para que a
potencia continue a mesma. Assim, se quisermos transformar os 100
V para 500 V, podemos fazê-lo usando um transformador, mas a
corrente máxima que esse transformador pode fornecer será de 0,2
A. Multiplicando 500 V por 0,2 A temos os tais 100 W de potência. A
figura 9 mostra-nos um circuito em que o diodo não está ligado
diretamente à fonte de CA (corrente alternada da nossa rede
elétrica), mas é utilizado um transformador que fornece tensão mais
baixa que a rede, para o diodo retificador. A figura 10 mostra-nos um
retificador de onda completa. Trata-se de um circuito retificador de
dois semiciclos da onda. A figura 11 mostra-nos as formas de ondas
do retificador de onda completa. O gráfico de cima mostra a onda no
primeiro transformador e o gráfico de baixo mostra a onda no 2º
transformador.
Retificador em ponte
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Figura 1
Figura 4
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atraídos por essa bateria, são repelidos pela bateria E1, pois, como se
pode verificar pela figura 2, as baterias E1 e E2 estão ligadas em série
entre os pontos E e C. A corrente de coletor pode ser controlada pela
polarização da base. De fato, suponhamos que a base fique negativa
em relação ao emissor. Isto significa inverter a polaridade da bateria
E1. Então, a junção NP emissor-base fica polarizada no sentido
inverso e não haverá corrente de base, porque, sendo negativa a
base, ela fica com excesso de elétrons e, como a corrente
majoritária, no transistor NPN, é construída pelo movimento de
elétrons , resulta que os elétrons da corrente de emissor são
repelidos pelos elétrons da base e não conseguirão passar para a
região do coletor. Agora, se fizermos o inverso do exposto, ou seja,
se polarizarmos normalmente a base, e aumentarmos
progressivamente a tensão, iremos observar que a corrente de
coletor também aumenta. A explicação do fato é bastante simples.
Basta lembrar que a base, ficando mais positiva, arrasta mais
elétrons do emissor, obrigando maior número deles a atravessar a
região do coletor. Ora do que acima expusemos, pode-se concluir que
a corrente emissor-coletor pode ser controlada pela ação da corrente
emissor-base. Além disso, uma pequena variação na corrente de base
provoca variação bem maior da corrente de coletor. Então é possível
aplicar um sinal pequeno na base e recolhê-lo bem maior no coletor,
o que significa que o transistor é um dispositivo amplificador. A
análise feita é no sentido real da corrente.
Sendo o transistor um dispositivo de três terminais, podemos liga-lo
de seis modos. Dessas, as três mais importantes do ponto de vista
pratico são: figura 2, base-comum, figura 3, coletor-comum e figura
4, emissor-comum.
Microeletrônica
O aparecimento do transistor provocou enorme impacto na eletrônica.
Com ele foi possível a realização de circuitos complexos de tamanho
reduzido, de baixo consumo, leve e, sobretudo confiáveis. Entretanto,
se já tive a oportunidade de abrir um transistor de baixa potência,
certamente verificou que sua parte ativa é extremamente reduzida,
necessitando de lente de aumento para a observação mais detalhada
de sua constituição.O volume maior do transistor é devido ao
encapsulamento de proteção e aos terminais de ligação. A técnica,
cada vez mais desenvolvida, de produção do transistor possibilita a
realização de dispositivo tão pequeno que a utilização de fios para
liga-lo ao circuito é uma inútil perda de espaço. Considerando que
componentes passivos, tais como resistor, capacitor, diodo, etc.,
também podem der realizados com a mesma tecnologia com que se
produz o transistor e, portanto, com dimensões também reduzidas,
os pesquisadores realizaram circuitos contendo componentes ativo e
passivos interligados sem fio, ou seja, utilizando a técnica de
fabricação do componente para atingir o resultado final. Á esta
técnica de fabricação chamou-se de eletrônica molecular e,
posteriormente, micro-eletrônica, sendo que esta última designação é
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mais coerente e, por isso, de maior aceitação. Os circuitos realizados
segundo essa técnica receberam o nome de circuitos integrados.
Circuitos intergrados
Pode-
se
afirmar
que o
circuito
Figura 1
- Quanto à aplicação
Sob o aspeto da aplicação do circuito, costuma-se classificá-lo em
circuito integrado digital e circuito integrado linear. O circuito
integrado digital foi projetado para ser utilizado no campo da lógica
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digital. São usados em computadores, relógios digitais, etc. O circuito
integrado linear é criado para desempenhar as mais variadas funções
dentro da eletrônica que não seja a digital. Assim temos os circuitos
para amplificadores, demoduladores de crominância em tv colorida,
controlador de velocidade de motores, amplificadores de surdez e
muitas mais aplicações.
Tipos de microfone:
Carvão (contém carvão pulverizado), e um diafragma que ao ser
tocado com uma onda sonora vibra e altera a resistência do carvão.
Alterando a resistência do carvão e usando a lei de ohm, sabemos
que a corrente varia. Necessitam de cc.
Cristal, funciona com efeito piezoelétrico. Sua construção é com uma
placa de cristal de quartzo, fixas entre 2 placas.
Quando se fornece pressão ás placas, elas deformam o cristal,
oferecendo sobre o mesmo uma tensão elétrica. Boa qualidade de
reprodução dos 30 aos 15 KHZ. Tensão de saída alta. Impedância
alta, que permite ligar o microfone diretamente á entrada dos
amplificadores sem necessidade de transformador de impedância .
Dinâmico. O microfone dinâmico consiste numa bobina móvel,
situada no campo magnético de um imã.
Microfone de velocidade.
Microfone de condensador ou eletreto. È formado por duas
armaduras como o capacitor (condensador). A onda sonora produz o
afastamento ou a proximidade entre as duas armaduras, modificando
a sua capacitância.
Microfone de cerâmica, semelhantes em funcionamento a microfone
de cristal (piezoelétrico).
Fonocaptadores
São transdutores destinados a transformar as vibrações mecânicas ou
as magnéticas em corrente elétrica. Gira discos (fora de moda) e
cabeças magnéticas de cassete (fita)
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Fones e alto-Falantes
São os componentes que transformam os impulsos elétricos de áudio
em ondas sonoras.
Fones
Transformam um sinal elétrico de pequena potência em som de
pouca intensidade, já que o fone é projetado para entrar no ouvido.
fone magnético, formado por imã enrolamento e diafragma.
Cristal, efeito piezoelétrico.
I – Antena
Figura 3
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aberta (linha de transmissão), como mostra a figura 1, ainda assim o
campo eletromagnético não se desgarrará com facilidade, porque a
linha pode ser considerada como formada por indutores, capacitores
e resistores infinitamente próximos pois, qualquer condutor apresenta
sempre resistência, indutância e capacitância, como vimos em uma
lição anterior. Entretanto, nesse arranjo da figura 1, observamos que
as ondas apresentam certa tendência a escaparem pela extremidade
aberta encurvando aí suas linhas de força. Abrindo um pouco a
extremidade da linha de transmissão, notamos que há maior
desprendimento de linhas de força, como mostra a figura 2. se
prosseguirmos abrindo a linha de transmissão, observamos que há
maior desprendimento de linhas de força, ou seja, maior irradiação
quando as extremidades da linha estão dobradas em ângulo de 90º
como mostra a figura 3. a energia irradiada é uma onda que se move
com a velocidade da luz. Chamamos de antena à parte que foi
dobrada em ângulo de 90º, em nosso exemplo. A linha que liga a
antena ao oscilador é chamada de linha de transmissão. Quando
uma antena é colocada onde existe campo eletromagnético variável,
nela se induz uma diferença de potencial em seus terminais. Esta
antena será chamada de receptora.
a) Ressonante
Quando o comprimento físico da antena é múltiplo do comprimento
de onda, dizemos que ela é ressonante. Neste caso, existe uma
freqüência principal para a qual a antena irradiará maior energia, se
for transmissora ou receberá maior energia, se for receptora.
b) Não-ressonante
A antena não-ressonante se caracteriza por apresentar uma faixa de
freqüência. E não apenas uma freqüência, como acontece com a
ressonante. A antena ressonante é utilizada nas estações
transmissoras, a fim de se conseguir a maior potência irradiada e
pelo fato de que a freqüência é única. Na recepção, a não ser em
casos especiais, a antena ressonante é inadequada, pois se trata de
receber sinais dos mais variados comprimentos de onda.
a) Antena horizontal
Esse tipo de antena consta de um condutor esticado entre dois
apoios. Quando instalada sobre o telhado, os apoios costumam ser
dois mastros de ferro, geralmente cano d’água de 1´´, com 1,5 a 2
m de altura. Na ponta dos mastros prende-se o fio da antena,
conhecido como cordoalha de antena, através de isolador de
porcelana ou vidro, chamado de castanha. Usam-se duas castanhas
para cada extremidade, sendo que a mais próxima do mastro deve
guardar dele uma distância não inferior a 0,5 m. O fio que liga a
antena ao receptor recebe o nome de fio de descida de antena. Trata-
se de um condutor flexível (cabinho) de muito boa isolação. Este fio
deve correr o mais afastado possível das paredes. No ponto onde
deve penetrar na parede, instala-se um isolador de porcelana,
conhecido como cachimbo, com a boca virada para baixo, a fim de
não permitir a entrada de água, em caso de chuva. Na falta de
cachimbo de porcelana, pode-se usar um pedaço de tubo plástico,
como os eletrodutos utilizados nas instalações elétricas. A curva é
feita aquecendo-se o eletrodo. O fio de descida pode ser ligado no
centro da antena, ou em uma de suas extremidades.
b) Antena de quadro
A antena de quadro foi desenvolvida para
substituir a antena externa. Consiste de uma
bobina de grande dimensão colocada no
interior (ou sobre) o receptor. A antena de
Figura 4 quadro é sintonizada por um capacitor Figura 5
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variável. O conjunto (indutância da antena e capacitor variável)
constitui o circuito de sintonia de receptor e vai ligado, diretamente,
à base do transistor de entrada (amplificador de RF ou oscilador-
misturador). Na figura 4, mostramos o esquema de princípio da
recepção por antena de quadro. Na figura 5, mostramos o aspecto
mais comum da antena de quadro. Nos meios técnicos, a antena de
quadro também é conhecida pela sua denominação em inglês, que é
“loop”. A antena de quadro é altamente direcional, o que significa que
existe uma determinada orientação em relação à emissora
sintonizada para a qual a energia captada é máxima. Essa orientação
corresponde àquela em que o plano da antena é perpendicular à
direção do emissor. Devido à sua direcionalidade, a antena de quadro
é utilizada em radiogoniometria, ou seja, a medida de ângulos
através das ondas radioelétricas, o que possibilita a localização de
uma transmissão (processo de triangulação). As vantagens de uma
antena de quadro são:
- Evita o trabalho da instalação da antena externa.
- Aumenta a seletividade, em primeiro lugar porque, sendo
construída com condutor de baixa resistência, apresenta Q elevado; e
segundo, porque permite orientação para máxima rejeição da
emissora interferente, desde que, é claro, a emissora que nos
interessa receber e a interferente não estejam na mesma direção.
- Capta menos ruído que a antena externa.
A antena de quadro tem, também, suas desvantagens, tais como:
- É volumosa.
- Tem menor sensibilidade que a antena externa.
- Para aproveitar sua direcionalidade é preciso faze-la móvel em
torno de um eixo vertical, o que é, quase sempre, impraticável nos
receptores comerciais. Nestes, a antena de quadro é fixa e a
orientação se consegue girando o aparelho todo, o que constitui um
grande inconveniente.
Confrontando as vantagens e desvantagens da antena de quadro,
chega-se à conclusão de que as últimas suplantam, as primeiras.
Mesmo assim, ela foi muito utilizada em receptores de uma faixa
(ondas médias), projetados para recepção de emissoras próximas,
como são os chamados rádios de cabeceira.
c) Antena vertical
Também se pode usar antena vertical, seja na transmissão ou
recepção de ondas radioelétricas. Para a recepção, a antena tem duas
desvantagens em relação à horizontal:
- Dificuldades construtivas. De fato, a sustentação de uma haste
vertical cria mais problemas práticos que a horizontal.
- É muito mais sensível a ruídos atmosféricos e industriais que a
antena horizontal.
A antena vertical tem sobre a horizontal a vantagem de ocupar
menos espaço. A antena vertical é largamente utilizada em auto-
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rádios e em receptores portáteis, para a faixa de ondas curtas. A
maioria dessas antenas consta de várias secções diferentes de tubo
de latão ou alumínio, de modo que um encaixe no outro. Por causa
disso, são chamadas de antenas telescópicas. No caso da recepção
dentro do carro, não se pode colocar a antena no interior do veiculo,
porque sua carroceria metálica atua como blindagem, impedindo que
as ondas eletromagnéticas penetrem em seu interior.
d) Antena de ferrite
bastante empregada em receptores portáteis transistorizados é
conhecida como antena de ferrite. Na realidade, trata-se de uma
antena de quadro cujas dimensões foi possível reduzir enormemente,
pelo emprego de um núcleo de material ferromagnético de elevada
permeabilidade, que é o ferrite. Essa antena apresenta todas as
vantagens da antena de quadro descrita (loop), como:
direcionalidade, alta seletividade (alto Q), baixa captação de ruído,
além de ser relativamente pequena e mais sensível que a antena de
quadro. Como esta última, a antena de ferrite é usada para a
recepção de ondas médias, enquanto que para ondas curtas e FM se
utiliza, normalmente, a antena telescópica. Na figura 6 se mostra
uma foto de uma antena de ferrite com a bobina de antena.
Figura 1
I – Modulação
Chama-se modulação ao processo mediante o qual uma das
características de onda é modificada de acordo com as características
de uma onda. A onda que tem sua característica modificada é
chamada de portadora e a onda modificadora recebe o nome de
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modulante ou moduladora. Nas transmissões normais de
radiodifusão, a onda portadora serve apenas como veiculo de
transporte para a moduladora. Uma onda audível, como um grito, por
exemplo, tem alcance muito pequeno, e que uma onda de
radiofreqüência, mesmo de pouca potencia, percorre centenas de
quilômetros. Fazendo com que essa onda de RF transporte o grito,
ele terá seu campo de atuação alargado. Isto é o que se verifica nas
transmissões radiofônicas, onde a onda portadora de freqüência
elevada transportadora de freqüência elevada transporta a onda
moduladora, que pode ser o sinal de um microfone, fonocaptador,
câmara de TV, etc. No receptor, a onda portadora é eliminada,
ficando-se somente com a onda de informação (moduladora), que
nos interessa.
II – Tipos de modulação
As três características de uma onda que podem ser modificadas são:
amplitude, freqüência e fase. De acordo com aquela que for
modificada, ter-se-ão os processos de modulação denominados
de:modulação de amplitude, modulação de freqüência e
modulação de fase. A modulação de amplitude é a mais utilizada.
As emissoras que recebemos em nosso aparelho de rádio (OM., OC,
etc.) são moduladas em amplitude (AM). Nas emissoras de televisão,
a onda portadora de informação de imagem é modulada em
amplitude e a onda portadora de som é modulada em freqüência
(FM).
a) Modulação de amplitude
Tal sistema consiste em modificar a amplitude da onda portadora. É o
tipo de modulação da onda portadora. É o tipo de modulação utilizado
em todas as emissoras de radiodifusão comerciais, que recebemos
em nosso receptor comum de
rádio. Estamos chamando de
receptor comum à classe de
receptores não especiais, dentro
da qual situamos os receptores
Figura 2 não especiais,dentro da qual
situamos os receptores para
freqüência modulada, banda
lateral única, etc. Suponha que
um oscilador gere uma onda de
radiofreqüência, como mostra a
figura 2, onde se percebe que a
Figura 2 amplitude é constante. Suponha
agora, que um gerador de áudio
produza uma onda retangular, como mostra na figura 3. se
introduzirmos no oscilador de RF a onda retangular do gerador de BF,
teremos na saída uma onda como a mostrada na figura 3, ou seja, a
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onda de RF modulada pela onda de BF. Percebe-se, pela figura 3, que
os picos da onda modulada seguem a variação de amplitude da onda
moduladora. Essa linha é chamada de envolvente de modulação.
Na recepção do sinal, o que interessará é, somente, a envolvente da
modulação.
c) Porcentagem de modulação
na modulação de amplitude, como pode verificar na figura 4, a onda
modulada faz variar a amplitude da portadora, aumentando-a ou
reduzindo-a. A quantidade em que a portadora é reduzida ou
aumentada costuma ser indicada por uma relação entre a amplitude
da onda moduladora e da onda portadora. Essa relação é chamada de
fator de modulação. Quando esse fator é indicado em
porcentagem, dá-se-lhe o nome de porcentagem de modulação ou
profundidade de modulação. Assim, se chamarmos de Am à
amplitude da moduladora e Ap à da portadora, podemos escrever que
a profundidade de modulação m é: m = Am / Ap x 100%. As
amplitudes tanto podem ser indicadas em tensão, como em corrente.
Exemplo: se a amplitude da onda modulada for 3 V e a da portadora
de 10 V, a profundidade de modulação será: m = 3 / 10 x 100% =
30%.
Quando a profundidade de modulação é muito grande, há muita
distorção do som detectado (recebido pelo rádio); por isso, ela deve
ser mantida dentro de, aproximadamente, 30 a 70%. Nas emissoras
comerciais, a profundidade de modulação é aproximadamente 30%.
Para que tenha uma idéia do que acontece se a profundidade de
modulação é muito grande, na figura 4, mostramos uma onda
modulada com m = 30%, e a envolvente que seria detectada no
receptor; na figura 5, apresentamos a mesma situação, se a
profundidade de modulação fosse de 100%. Observe como se
modifica a forma da envolvente. Quando m é maior que 100%, diz-se
que há sobremodulação.
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Figura 4
Figura 5
d) Sistema de modulação
a onda portadora de um transmissor é gerada de um oscilador
eletrônico, de qualquer dos tipos que já descrevemos. Para modular
essa onda, injetamos no próprio oscilador ou, no estágio de saída do
transmissor, que está ligado à antena, o sinal proveniente de uma
fonte qualquer, como um microfone, fonocaptador, etc. Há várias
maneiras de modular a onda portadora, dependendo da potência do
transmissor, sendo mais utilizadas as seguintes:
1ª Modulação direta
É o tipo mais
simples:
consiste em
ligar, por
exemplo, um
microfone em
Figura 6
Figura 7
série com o
circuito de
antena, como mostramos na figura 6, onde
indicamos o oscilador por um bloco. Este sistema só se aplica a
transmissores de reduzida potência, uma vez que a corrente de saída
circula também pelo microfone. O microfone mais apropriado para tal
fim é o de carvão. Sabemos que a resistência do microfone de carvão
varia sobre a ação das ondas sonoras; conseqüentemente, a corrente
de RF; na antena, varia na mesma cadência. Pode-se modular
diretamente uma onda, ligando-se um microfone em paralelo com
uma carga que esteja em série com a antena. Neste caso, a tensão
gerada pelo microfone constitui a onda modulante, que se somará
com a portadora. Essa variante é a que mostramos na figura 7.
Figura 8
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direta, mas, mesmo assim, só pode ser usado em transmissões de
pequena potência. Na figura 8, mostramos o esquema de um
transmissor modulado em amplitude por absorção. O oscilador é do
tipo Hartley. Acoplado com o circuito oscilante, temos o enrolamento
de antena e um secundário, no qual se liga o microfone ou
amplificador de microfone. Como o aluno sabe, o microfone ou
amplificador, se for o caso, comporta-se como uma resistência, e
absorve parte da energia do circuito oscilante (daí o nome de
modulação por absorção); pois toda resistência do secundário de um
transformador se reflete no primário, e vice-versa. A pressão sonora
sobre o microfone faz variar sua resistência e conseqüentemente, a
do circuito de antena, no mesmo ritmo, produzindo a modulação.
IV – Modulação de fase
Neste método modifica-se a fase da corrente no circuito e, com isso,
se modifica a freqüência, de modo a ter, a modulação de fase, a
mesma forma que a de freqüência, sendo que a diferença entre esses
dois tipos de modulação reside apenas na definição.
Oscilações - Parte 14
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Elementos da onda
Toda onda se caracteriza por três grandezas: amplitude,
freqüência e velocidade de propagação. Examinaremos a figura
1.
a)
Elongação
chama-se
de
elongação
a distancia
de um
ponto
qualquer
da curva
Figura 1
até o eixo
dos X. Na figura, Y é a elongação do ponto P.
b) Amplitude
chama-se amplitude à elongação máxima. Na figura a distância do
ponto A ao eixo X, assim como o é a distância do ponto C ao eixo X.
Para diferencia-las, dizemos que a amplitude de A, que está na
região de Y positivo, é positiva, e a de C, por estar na região de Y
negativa, é negativa.
c) Fase
Pontos da curva que têm mesma elongação e mesmo sentido são
ditos em fase. Assim, os pontos P e P1 da figura estão em fase,
porque têm a mesma elongação Y e ambas estão no ramo crescente
da curva. Note que o ponto P2 não está em fase com P3.
d) Comprimento de onda
Chama-se de comprimento de onda a distancia entre dois pontos em
fase e com a mesma elongação. Assim, as distâncias AE, CG, PP1 e
P2P3 de nossa figura representa o comprimento de onda.
e) Crista da onda
Dá-se o nome de crista à amplitude positiva e de vale, a negativa. Os
pontos A e C representam, respectivamente, uma crista e um vale.
Dadas estas definições preliminares, podemos complementa-las,
introduzindo o conceito de freqüência e de velocidade de propagação
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que, juntamente com a amplitude já definida, afirmamos tratar-se
das características fundamentais da onda para o estudo da
radiotécnica. Para isso, em vez de considerar o eixo dos X como
representativo das distâncias, admitamos que ele represente o
tempo. Assim temos:
1º Velocidade da onda
É a velocidade com que um ponto qualquer da onda se desloca. Como
a velocidade é a divisão do espaço pelo tempo gasto em percorre-lo,
podemos calcula-la com facilidade. De fato suponhamos que a
perturbação da onda para ir de O a O1 gastou o tempo t. Então,
chamando de v a velocidade, de λ (lambda)a distancia OO1 que,
como pode notar, nada mais é que o comprimento de onda, podemos
escrever: v = λ / t. Em particular, ao tempo que a onda leva para se
deslocar de um comprimento de onda damos o nome de período e o
representamos pela letra T; logo, podemos escrever v = λ / T.
2º Freqüência
Na figura 2, temos uma onda
de velocidade de propagação
pequena. Já na figura 3 temos
uma onda de velocidade de
propagação grande. Na figura
2 a onda tem período de 1
segundo e, a figura 3 tem
período de 1/5 de segundo, ou
seja, em 1 segundo, ela
realizou 5 períodos. Para distinguir a velocidade das ondas, defini-se
sua freqüência como sendo o número de períodos (ou ciclos) que a
onda efetua em um segundo. A unidade de freqüência, ou seja, um
ciclo por segundo recebe o nome de Hz (Hertz). Assim diremos que a
freqüência da onda da figura 2 é de 1 Hz e a da figura 3 é 5 Hz.
I – Onda eletromagnética
Como o próprio nome sugere, a onda eletromagnética nada mais é
que um campo elétrico e magnético que se propaga no espaço.
Sabemos que a corrente elétrica, ao percorrer um condutor, forma ao
redor dele um campo magnético, cujas linhas de força são
concêntricas com o eixo do condutor. Se a corrente for variável, o
campo também será e, se colocarmos um outro condutor na região
ativa do campo, nele se induzirá uma corrente com as mesmas
variações que a corrente produtora do campo. À região onde ocorrem
fenômenos elétricos e magnéticos chamamos campo
eletromagnético. Se tivéssemos exclusivamente carga elétrica, em
volta dela existiria só campo elétrico. Se tivéssemos somente carga
magnética (imã), ao redor dela existiria só campo magnético. Como
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temos um campo elétrico variável, devido ao movimento das cargas
elétricas no interior do condutor, surge um campo magnético também
variável. Há, portanto, duas relações fundamentais entre campo
elétrico e magnético, que são:
1º A variação do campo elétrico corresponde à existência do campo
magnético.
2º A variação do campo magnético corresponde à existência do
campo elétrico.
Essas duas relações vinculam (prendem) um campo ao outro, ou
seja, a existência de um campo elétrico variável implica na existência
de um campo magnético, e vice-versa.
Figura 1
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b) Intensidade do campo eletromagnético
Há medida que a onda eletromagnética se distancia do ponto de
origem, vai se enfraquecendo em virtude das perdas que sofre devido
à densidade do meio de propagação. Geralmente, os corpos bons
condutores de eletricidade refletem a onda sem absorvê-la e os maus
condutores a absorvem, refletindo-a muito pouco. Isso tem grande
influencia na propagação das ondas de radia, que são
eletromagnéticas, como mostraremos logo mais. A intensidade do
campo magnético em um ponto do espaço é medida em volts por
metro de altura. Adota-se como referencia de medida a superfície
da terra. Assim, pode-se medir a intensidade do campo
eletromagnético, colocando-se uma placa metálica à distancia de um
metro do solo e lendo-se a tensão (diferença de potencial) entre essa
placa e o solo. Como essas tensões são geralmente pequenas,
costumam ser dadas em microvolts (μV/m) por metro.
II – Ondas de radia
A energia que um transmissor de rádio aplica ao elemento irradiador,
que é a antena, estabelece, em volta da mesma, um campo
eletromagnético variável. Este se desloca no espaço (antigamente
chamado de éter) com velocidade muito grande,ou seja,
aproximadamente 300.000 Km/s, que corresponde à velocidade da
luz. Essa velocidade é tão grande que uma onda de rádio daria sete
voltas e meia à terra, em 1 segundo. Sendo constantes a velocidade
de propagação da onda, podemos deduzir as duas características
fundamentais, que são: freqüência e o comprimento da onda.
Na lição “Parte 6” falamos ondas assim como na lição “Parte 1 –
Introdução ao radia”. Para calcular a velocidade de uma onda,
dividimos o espaço que ela percorre, pelo tempo empregado em
percorrê-lo. . particularmente, podem-se considerar o espaço como
comprimento de onda. Sabe-se que, neste caso, o tempo
corresponderá a um período; portanto, v = λ / T, onde v representa
a velocidade, λ (lâmbda) o comprimento de onda e T, o período. É o
inverso da freqüência, podemos escrever: v = λ . f, que é a igualdade
que relaciona velocidade, comprimento de onda e freqüência. Mas, no
caso das ondas eletromagnéticas, v é a velocidade da luz. Logo,
podemos escrever: λ.f=300.000.000 m/s. Desta expressão, resulta:
que dará o comprimento de onda em metros, se f for
contado em Hertz e que dará f em Hertz, se o λ for
considerado em metros. Por exemplo, vamos calcular o comprimento
de onda de uma emissora que opera na freqüência de 1 MHz.
Teremos: = 300 m. Outro exemplo, vamos determinar a
freqüência de uma emissora de onda curta, que opera em 25 metros.
Teremos: = 12.000.000 Hz ou 12 MHz. Certamente,
você já está muito acostumado a ouvir o locutor do rádio a falar na
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freqüência e o comprimento de onda de sua estação de rádio. Essas
características identificam a estação, e facilitam ao usuário a sua
localização sobre uma escala graduada, que chamamos de “dial”. As
freqüências das estações de rádio e, conseqüentemente, os
comprimentos de onda, se estendem por uma escala bem ampla,
indo desde 3 KHz até 30 GHz, divididas em 7 faixas denominadas da
forma como indicamos na lição “Operador de rádio amador - arte 1”
na página 2, e que passamos a exibir aqui novamente e em língua
portuguesa.
Freqüênci Designação quanto Sigla Comprimento Designação quanto ao
a à freqüência de onda comprimento de onda
3 a 30 kHz Muito baixas VLF 100 Km a 10 Muito longas
Km
30 a 300 Baixas LF 10 Km a 1 Longas
kHz Km
300 a Médias MF 1000 m a Médias
3000 KHz 100 m
3 a 30 Altas HF 100 m a 10 Curtas
MHz m
30 a 300 Muito altas VHF 10 m a 1 m Muito curtas
MHz
300 a Ultra-altas UHF 100 cm a 10 Ultracurtas
3000 MHz cm
3 a 30 Super-altas SHF 10 cm a 1 cm supercurtas
GHz
Tabela 1
b) As faixas de onda
na tabela 1, apresentamos a divisão, em 7 faixas, do espetro
eletromagnético das ondas de rádio. Entretanto, as ondas utilizadas
nas emissões de rádio não correspondem integralmente a uma faixa;
por isso, daremos em seguida os limites adotados para serviços de
radiodifusão, e as características de propagação de cada faixa.
1) Ondas longas
São ondas cuja freqüência está entre 30 e 300 KHz. Essa faixa não é
utilizada no Brasil para o serviço de radiodifusão comercial, embora o
sejam na Europa. As ondas terrestres acompanham a curvatura da
Terra com facilidade, em razão da baixa freqüência. Entretanto, como
as ondas terrestres são muito absorvidas, os transmissores
necessitam de potencia elevada, para cobrir grandes distancias. O
efeito do “fading” não afeta muito a recepção. A recepção durante a
noite é melhor que durante o dia, devido ao menor efeito ionizante do
sol.
2) Ondas médias
As ondas médias vão de cerca de 500 a 1600 KHz, ou mais
precisamente, 535 KHz a 1605 KHz (valores fixados na Conferencia
Internacional de Telecomunicações, em 1947 nos EUA). São
universalmente usadas no serviço de radiodifusão. As ondas
terrestres são absorvidas fortemente pela Terra, o que exige também
transmissores de elevada potencia, para cobrir distâncias longas. As
ondas celestes são absorvidas, quase que totalmente pela ionosfera,
durante o dia. Durante a noite, devido à menor ação do Sol, há
reflexão das ondas celestes, e a propagação melhora bastante. É por
este motivo que muitas emissoras, à noite, diminuem a potência de
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seus emissores, pois assim evitam a interferência com radiodifusão
que possuem freqüência igual ou muito próxima. À noite, devido à
reflexão das ondas celestes, a recepção é muito afetada pelo
“fading”. As transmissões de ondas médias são afetadas pela forte
interferência, provocada pelas descargas atmosféricas (raios),
principalmente no verão.
Tabela I
VLF 10 KHz a 30 KHz 30.000 m a Ondas
LF 30 KHz a 300 10.000 m miriamétricas
MF KHz 10.000 m a Ondas
IF 300 KHz a 1.650 1.000 m kilométricas
HF KHz 1.000 m a 182 Ondas médias
VHF 1,65 MHz a 3 m Ondas
UHF MHz 182 m a 10 m intermédias
SHF 3 MHz a 30 MHz 100 m a 10 m Ondas curtas
EHF 30 MHz a 300 10 m a 1 m Ondas
MHz 1 m a 10 cm métricas
300 MHz a 3.000 10 cm a 1 cm Ondas
MHz 10 mm a 1 mm decimétricas
3 GHz a 30 GHz Ondas
30 GHz a 300 centimétricas
GHz Ondas
milimétricas
II – Propagação de microondas
Em razão da freqüência elevada da microonda, o seu modo de
propagação é bastante semelhante ao da luz. Assim, podemos
considerar três tipos de propagação:
1ª Visão direta
Neste modo de
propagação, exige-
se a visão direta
entre as antenas do
transmissor e do
receptor, como
Figura 1
ilustra a figura 1.
este processo é o
mais difundido, porque as ondas se propagam com pouca atenuação
(perda), possibilitando o uso de transmissores de potência reduzida.
O seu maior inconveniente é que a ligação entre transmissor e
receptor depende diretamente da topografia do terreno, o que obriga
a procurar-se pontos altos, onde não haja intermediários, o que
encarece bastante a instalação.
2ª Difração
Como as microondas
obedecem às leis óticas de
propagação, é justo
esperar-se que o fenômeno
da difração também seja
verificado e, de fato, assim
se dá. Baseado no princípio
Figura 2 da difração, é possível fazer
com que as microondas
transponham obstáculos. No caso de um morro, por exemplo, como
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ilustramos na figura 2, o contorno desse morro, atingido pela frente
de microondas, atua como pequenas fontes, cuja emissão atinge a
antena que está oculta para a visão direta.
3ª Difusão
O fenômeno da difusão ótica é aquele
que se verifica quando um feixe de
raios luminosos incide sobre uma
superfície áspera ou meio material que
contenha corpos estranhos. Devido às
reflexões e refrações, o corpo se torna
visível, mesmo se constituído de
substância transparente. A
Figura 3 transmissão por esse processo é
chamada de tropodifusão.
IV – Ruído e fading
A escolha do tipo de propagação depende de inúmeros fatores;
entretanto, qualquer que seja o tipo, deverá ser confiável e de boa
qualidade. A ligação entre dois pontos através de ondas
eletromagnéticas pode ser perturbada pelo ruído e pelo “fading”
(desvanecimento). O ruído introduz-se em qualquer parte do circuito
e aumenta á medida que caminha da entrada para saída. No caso de
microondas, o ruído introduzido pelo meio de propagação é bastante
reduzido, sendo mesmo desprezível, de modo que o ruído final se
restringe unicamente ao ruído interno do equipamento. O mesmo não
acontece com o “fading”, pois o sinal é bastante afetado pela
propagação dentro da atmosfera e diferentemente, de acordo com o
tipo de propagação utilizado. Assim é que, nas ligações em visão
direta, as comunicações são afetadas por chuvas intensas, pelas
reflexões terrestres ou da troposfera etc.; nas ligações por difração,
além das condições meteorológicas, também influi no “fading”, índice
de refração do ar perto do solo; as ligações por tropodifusão são
perturbadas pela variação do índice de refração das camadas, pelo
ângulo de difusão, etc. Além do “fading”, que é uma variação do sinal
no tempo, freqüentemente há variação no espaço, resultante de
interferências do raio principal com os raios refletidos pelo solo ou por
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obstáculos. Algumas vezes, acontece de o raio refletido atingir o
receptor com fase invertida em relação ao direto e, quando de
mesma intensidade, anular o principal. Uma situação desse tipo está
ilustrada na figura 4, onde admitimos que o lance a ser vencido é um
lago e que a propagação é por visão direta. A onda atinge a antena
do receptor por dois caminhos: um direto e outro refletido pela
superfície do lago. Essa onda refletida introduzirá perdas ou o
cancelamento da onda direta. Além disso, causará flutuação do sinal,
em conseqüência do movimento da superfície liquida determinado
pelo vento. Para diminuir
o problema, na
instalação procura-se
dirigir as antenas de
modo que a onda não
sofra reflexão na água e,
sim no solo, e também
que a superfície de
Figura 4 reflexão seja a mais
próxima possível da
antena receptora, para que os caminhos direto e refletido não sejam
muito diferentes.
V- Rádio-enlace
Apresentaremos, a seguir algumas noções do sistema de
comunicação por microondas, que é chamado de rádio-enlace. Por
enlace entende-se a distância total entre as estações terminais. A
distância entre estações adjacentes é denominada de lance.
Fundamentalmente, o sistema de rádio-enlace consta de duas ou
mais estações, que podem comunicar-se nos dois sentidos, isto é, no
sistema chamado duplex. Quando o enlace é muito longo, usam-se
estações repetidoras.
VI – Estações repetidoras
A função principal da estação repetidora é receber o sinal
enfraquecido, elevar seu nível e novamente transmiti-lo. Entretanto,
esta não é sua função única, pois a repetidora pode servir para
mudança de direção do sinal, entroncamento de várias rotas e
também para a derivação de certo número de canais a uma
determinada área de utilização. Em razão disso, a ligação entre o
receptor e o transmissor da estação repetidora é efetuada por uma
das três maneiras:
1ª No plano de freqüência de RF
No denominado plano de freqüência, a interligação é efetuada nas
freqüências de SHF regulamentadas pelo órgão competente
(DENTEL). Para as comunicações em microondas, foram distribuídas
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faixas com freqüência centrais de 2 GHz, 6 GHz, 7 GHz, 7,5 GHZ e 17
GHz em valores arredondados. Cada faixa tem uma determinada
amplitude (largura), dentro da qual estão distribuídos os canais de
RF. Cada canal de RF é modulado por certo número de canais
telefônicos. Por exemplo, a faixa cuja freqüência central é 7,575 GHz
(nominalmente, 7,5 GHz) tem extremos de 7,425 GHz e 7,725 GHz;
portanto, sua amplitude é de 300 MHz. Nesta faixa, estão distribuídos
24 canais de RF, sendo12 para o canal de ida e 12 para o de volta de
uma comunicação bilateral (duplex). Cada um desses canais de RF
pode transmitir até 960 canais telefônicos. Para minimizar
interferências, a separação entre canais de RF é de 11,662 MHz. Os
canais de RF estão numerados de 1 a 12 e de 1’ a 12’. A separação
entre o 12 e o imediatamente superior, que é o 1’, é 23,332 MHz, já
que no centro está situada a portadora principal. Tendo em vista o
problema da interferência, as freqüências de uma estação são
arranjadas de tal maneira que a transmissão e recepção são
efetuadas em canais homólogos, já que a distancia entre eles é
constante e de 151,614 MHz. Assim, se a transmissão for feita no
canal 4, cuja freqüência corresponde a 7.470,034 MHz, a recepção
será efetuada no seu homólogo, ou seja, 4’, cuja freqüência é
7.621,648 MHz.
Quando se trata de repetidoras, o arranjo das freqüências deve ser
muito bem estudado, para evitar que haja interferências entre canais,
principalmente quando houver mudança de rota ou entroncamento.
2ª Repetidora de FI
Quando não há necessidade de derivação de canais telefônicos na
estação repetidora, é mais vantajoso repetir um nível de RF. O sinal
recebido é, então convertido a uma freqüência mais baixa (freqüência
intermediária), geralmente de 70 MHz, através de batimento no
receptor. Em seguida é aplicado ao transmissor e convertido em
freqüência elevada, ou seja, na faixa de SHF, através de batimento
com uma freqüência gerada pelo transmissor. A vantagem desse
sistema está em não haver necessidade de demodular o sinal
recebido em nível de banda-base para, posteriormente, modular o
transmissor. Isto reduz as perdas e o ruído. A desvantagem está na
impossibilidade de acesso aos canais telefônicos.
c) Repetidora de banda-base
Por banda-base entende-se a faixa de freqüência ocupada por todos
os sinais transmitidos que modulam a freqüência portadora; portanto,
trata-se da banda formada por todas as informações multiplexadas
em freqüência ou no tempo. Assim nesse processo de repetição, o
sinal recebido de uma direção é totalmente demodulado no receptor.
Uma parte dos canais demodulados é encaminhada ao multiplexador,
que a decodifica e a remete ao local e utilização. Em seguida, todos
os canais restantes acrescidos daqueles provenientes do local de
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utilização modulam o transmissor em outra freqüência. A vantagem
de repetição em banda-base, em relação á repetição em FI, está na
possibilidade de fazer entroncamento e derivação de rota e,
principalmente, de se poder servir várias cidades ao longo da rota.
VIII – Antena
Nas comunicações em microondas é de fundamental importância a
antena que funciona tanto como elemento irradiante (transmissão)
como absorvente (recepção). Já afirmamos que deverá ser de grande
diretividade e ganho. Além disso, deve ter boa atenuação das
radiações laterais, para evitar
interferências que atuam em freqüências
próximas. Para as aplicações de alta
freqüência, o tipo principal é o dipolo.
Figura 5
Este tipo de antena consta
essencialmente de um condutor de
comprimento igual a metade do
comprimento de onda a transmitir ou
receber, alimentado pelo centro, como
mostramos na figura 5. o campo
Figura 6
eletromagnético é irradiado em várias
direções, porém é máxima na direção
perpendicular á antena. Em microondas, a antena costuma ser
associada a um elemento refletor, sendo este último um elemento
passivo destinado a aumentar o ganho e a diretividade da antena. O
refletor assume formas diversas segundo o tipo de sódio de irradiação
geralmente se refere a esse sólido. Na figura 6, mostramos dois
deles: em a, termos o refletor do tipo parabolóide de revolução;
em b, o tipo em ângulo diétrico (ângulo formado por dois planos),
conhecido como refletor em ângulo ou “Horn”, na denominação
inglesa. O mais utilizado é o tipo parabolóide, vulgarmente chamado
de parabólico. No refletor parabólico, o elemento irradiante é
colocado no foco da parábola e assim as ondas incidentes propagam-
se em direções paralelas, exatamente como as ondas luminosas, cuja
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fonte esteja situada no foco de um espelho parabólico. Uma antena
de grande utilização em microondas, devido às suas características de
faixa larga, foi realizada pela Siemens e é conhecida pelo nome
comercial de antena cassegrain. Por analogia com a ótica, o elemento
irradiante (antena) também costuma ser chamado de iluminante.
Freqüências utilizadas
A faixa de freqüência mais tradicional nas comunicações por satélite é
a chamada banda C, que utiliza 6 GHz como freqüência de subida e
4 GHz como freqüência de descida. Entretanto, já é também comum
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o uso da freqüência de 14 GHz para a subida, em conjunto com 11 ou
12 GHz para descida, e faixas cada vez mais altas começam a ser
utilizadas, como 20/30 GHz. UIT União Internacional das
Telecomunicações já alocou freqüências desde 0,5 GHz até 275 GHz
para os diversos serviços via satélite. Há cuidados especiais quanto à
definição da potencia permitida em cada faixa,evitando-se
interferências de uma ligação satélite com outra ou com enlaces de
microondas terrestres.
A órbita do satélite
O tipo de órbita mais utilizado é a órbita síncrona equatorial ou órbita
geoestacionária. Nesse tipo de órbita, o satélite, localizado sobre a
linha do Equador e a uma altitude de aproximadamente 36.000 Km,
dá uma volta em torno da Terra a cada 24 horas. Ora, este é também
o tempo que a Terra leva para dar uma volta em torno de si mesma,
o que significa que com esse período de rotação o satélite dá ao
observador na Terra a impressão de estar parado.
O que é o UHF
Reafirmando, a faixa de UHF, que compreende os canais 14 a 83,
abrange freqüências que variam de 300 MHz a 3 GHz. Os canais
desta faixa ocupam as freqüências dadas na tabela II. Esta faixa tem
2.700 MHz de largura e poderia abrigar mais de 450 canais de TV, se
fosse totalmente ocupada por esta modalidade de transmissão. No
entanto, como existem freqüências destinadas a outros serviços,
apenas a faixa que vai de 470 MHz a 890 MHz é ocupada pelos canais
de TV. A diferença básica entre os sinais das duas faixas, VHF e UHF,
está na freqüência e, conseqüentemente, nos comprimentos de onda,
já que o tipo de informação que eles transportam é a mesma. No
entanto, o comportamento de uma onda eletromagnética depende
também de sua freqüência, ocorrendo, em relação às duas faixas,
pequenas diferenças que implicam em cuidados especiais por parte
de quem transmite e de quem deseja recebe-las.
Esquema 1
O TTL é o resultado longo da involução de expressões lógicas. O
caminhos nos trouxe através de botões, relés, tubos de vácuo,
diodos, transistores e finalmente o TTL. O esquema 1 é de um TTL
invertido. Quando você tiver uma boa noção do que este circuito faz,
o resto será fácil. O bom da informação digital é que o sinal só existe
em um de dois estados, alto ou baixo, ou se você preferir, dois
estados de voltagem. Quando um circuito analógico tem que
processar um número infinito de níveis de voltagens, o circuito digital
só necessita de reconhecer dois níveis. O sinal é alto ao baixo. Cada
família lógica tem voltagens especificas, lógica válida baixa ou lógica
válida alta. Para a série de TTLs estandardizados dos 74xx as
voltagens lógicas especificadas são de +0,8 V ou menos. Um TTL
estandardizado operando nos parâmetros específicos, reconhece
voltagens de +0,8V ou menos como um sinal lógico baixo.
Figura 1
Olhando o comportamento dos transistores em saturação, figura 1.
Aumentar a base causa uma emissão de resistência pequena na base.
A corrente na base aumenta enquanto a voltagem na base fica
próxima de 0,7V. Um incremento da corrente na base produz um
incremento na corrente no coletor, assim sendo, a voltagem no
coletor cai.
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Figura 2
Figura 2, em algum ponto, a voltagem do coletor é menos que a
voltagem de imissão. Neste ponto a junção do coletor fica induzida.
Esta é a definição de saturação. Uma vez que a junção do coletor
fica induzida, a corrente de base tem pouco efeito na corrente do
coletor.
Figura 3
Não é incomum para um transistor de silicone NPN conduzir em
saturação no coletor com voltagens de 0,4V a 0,2V. Ao mesmo
tempo, se você forçar isso, você pode obter voltagens superiores ao
típico 0,7V na base.
Figura 4
Dando a voltagem máxima aceite de 0,8V a um input lógico baixo, Q1
terá uma corrente de 0,875mA na base. Isto é determinado pela
resistência de 4KΩ na base. O transistor fica bem dentro da
saturação e conduz quase 1mA de corrente da origem.
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Figura 5
+0,8V é a voltagem máxima para um input lógico baixo. Zero é o
mínimo. Com zero volts no input, a corrente do input é ainda maior,
ainda determinada pela voltagem na resistência de 4KΩ. A área
aceite de VCC para um TTL da série 77xx é de 4,75V a 5,25V. A
5,25V a corrente do input é ainda maior.
O input lógico baixo para um TTL 74xx é especificado para ter o
máximo de 1,6mA. Isto nos dá variações na resistência de 4KΩ,
variações na voltagem da base de Q1 e variações na voltagem de
alimentação até um máximo de 5,25V. Qualquer input de um TTL
74xx que dê mais que 1,6mA quando conectado por baixo é para ser
considerado com defeito.
Figura 6
Olhemos o pior caso para um input lógico baixo de 0,8V. Q1 está
pesadamente em saturação com uma voltagem de coletor de
aproximadamente 0,2V. Isto coloca a base do Q2 a +1V. A junção
base emissor de Q2 e Q4 estão conectadas em série. Com 0,7V para
cada uma delas, isso requer +1,4V para conduzir Q2 e Q4. quando o
input está baixo, Q2 e Q4 estão desligados.
Figura 7
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Com Q2 desligado, a resistência de 1,6KΩ puxa Q3 para a saturação
o que produz uma voltagem de output lógica alta. Um TTL 74xx está
garantido para output de +2,4V ou maior com a corrente da carga
até 400µA. Na prática, estes chips usualmente terão output
aproximado de +3,5V, muito mais do que os especificados +2,4V.
Figura 8
Quando o input é puxado para cima para voltagem lógica alta o
transistor Q1 atua como reverso. O emissor fica um coletor ineficiente
e o coletor fica um emissor ineficiente. Conduzindo deste modo, o
transistor tem um beta muito baixo, muitas vezes menos que 1. a
corrente de base pode ser maior que a do coletor.
Figura 9
Agora com +1,4V ou mais na base de Q2, Q2 está conduzindo na
saturação. Por causa da voltagem de 0,7V no diodo, Q3 requer +1,8V
na base para conduzir. A corrente no coletor de Q2 produz uma
queda de voltagem através da resistência de 1,6KΩ e Q3 está
desligado. A voltagem de output no coletor de Q4 é 0,4V no máximo.
A corrente de output a partir de Q4 alimenta a carga externa. Aqui a
carga externa é conhecida como uma resistência, mas na prática isso
é o input para o próximo componente lógico.
O TTL 74xx são específicos para entregar uma voltagem lógica baixa
de +0,4V ou menos. Na prática, muitos destes chips terão output de
aproximadamente +0,2V. Adicionalmente, estes chips agüentarão até
+0,4V com uma corrente de output de 1,6mA. Este output entregará
uma especifica voltagem lógica baixa de 10 inputs a 1,6mA cada.
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Figura 10
Recordando o circuito lógico alto. Esses chips agüentarão uma
voltagem de output de +2,4V ou mais a 400 mµ de corrente de
carga.
Figura 11
O circuito de input que só tem 40mµ quando em um chip lógico alto
de 2,4V ou mais. Atualmente, esses componentes são específicos
para reconhecer qualquer voltagem de +2V ou mais com um chip
lógico alto e requer somente 40mµ de input a essa voltagem. Os
400mµ no output do chip lógico alto conduzirá 10 desses inputs à
voltagem especifica.
Figura 12
Um TTL estandardizado conduz 10 TTL inputs ambos baixo ou alto.
Isto é “Ventoinha de saída” do componente. Conectado a um número
grande de correntes de cargas é como puxar uma voltagem baixa
mais do que o output especificado de 0,4. Com um grande número de
cargas, a voltagem de output alta é como se tivesse menos do que os
especificados +2,4V.
Figura 13
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Por agora você já deve ter notado que a voltagem especifica de
output lógico baixo é +0,4V ou menos e que a voltagem especifica de
input lógica baixa é de +0,8V. Esta diferença dá-nos uma margem de
ruído que por ventura seja adicionada ao sinal de output durante a
transmissão de uns componentes para outros. O sinal pode pegar
400mV de ruído de pico e continuar conectado à voltagem lógica
baixa. Os 400mV de diferença entre estas duas especificações é
chamada de “Margem de ruído”.
Figura 14
A mesma diferença existe entre o especifico output voltagem lógica
alta e o input lógico alto. Como na voltagem lógica baixa, os 400mV
permite o sinal de ruído.
Movimento de onda
Ondas
Uma comunicação de rádio viaja por ondas. Para ajudar-lhe a ação
compreensiva da onda, você olhará primeiramente para ondas na
água. Todo o distúrbio em uma lagoa de águas imóvel produzirá
ondulações ou ondas. Quando você deixa cair um seixo em uma
lagoa da água imóvel, as ondas estão criadas e viajam afastado do
respingo em círculos concêntricos alargando-se.
Freqüência de rádio
Very low radio frequencies 10 to 30 kHz
(VLF)
Low radio frequencies 30 to 300
(LRF) kHz
Medium radio frequencies 300 kHz to 3
(MF) MHz
High radio frequencies (HF) 3 to 30 MHz
Very high radio frequencies 30 to 300
(VHF) MHz
Ultra high radio frequencies 300 MHz to 3
(UHF) GHz
Super high radio 3 to 30GHz
frequencies (SHF)
Extremely high radio 30 to 300
frequencies (EHF) GHz
1. Introdução
+ -
id
x 10
-3 Característica do Diodo - Polarização Direta
1.5
1
Corrente (A)
0.5
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
Tensão (V)
vd -
+
id
-3
x 10 Vz Diodo Zenner - Polarização Reversa
0
-0.5
Corrente (A)
-1
-1.5
-0.7 -0.6 -0.5 -0.4 -0.3 -0.2 -0.1 0
Tensão (V)
2. Parte experimental
Experimento 1:
Determinação do comportamento do diodo tanto em polarização
direta, quanto reversa.
100/1W 100/1W
1
Voltímetro Voltímetro
V
1N4007 (vd) 1N4007 (vd)
Fonte DC Fonte DC
(0 - 10V) (0 - 10V)
2
2
A A
(id) (id)
Amperímetro Amperímetro
Circuito 1 Circuito 2
Experimento 2:
Determinação do comportamento do diodo Zener tanto em
polarização direta, quanto reversa.
100/1W 100/1W
1
Voltímetro Voltímetro
V
1
2
A A
(id) (id)
Amperímetro Amperímetro
Circuito 3 Circuito 4
Experimento 3:
O diodo sendo usado como um Retificador de Meia onda
1N4007
1
Osciloscópio
Scp
1K (1/4W) (vd x t)
Fonte AC
(5V / 60 Hz)
2
Circuito 5
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Diodo Zener
Equipamento Necessário:
POLARIZAÇÃO DO DIODO
Polarizar um diodo significa aplicar uma diferença de potencial às
suas extremidades.
Supondo uma bateria sobre os terminais do diodo, há uma
polarização direta se o pólo
positivo da bateria for colocado em contato com o material tipo p e o
pólo negativo em
contato com o material tipo n.
POLARIZAÇÃO DIRETA
No material tipo n os elétrons são repelidos pelo terminal da bateria e
empurrado para a
junção. No material tipo p as lacunas também são repelidas pelo
terminal e tendem a
penetrar na junção, e isto diminui a camada de depleção. Para haver
fluxo livre de
elétrons a tensão da bateria tem de sobrepujar o efeito da camada de
depleção.
POLARIZAÇÃO REVERSA
Invertendo-se as conexões entre a bateria e a junção pn, isto é,
ligando o pólo positivo no
material tipo n e o pólo negativo no material tipo p, a junção fica
polarizada inversamente.
No material tipo n os elétrons são atraídos para o terminal positivo,
afastando-se da
junção. Fato análogo ocorre com as lacunas do material do tipo p.
Podemos dizer que a
bateria aumenta a camada de depleção, tornando praticamente
impossível o
deslocamento de elétrons de uma camada para outra.
CURVA CARACTERÍSTICA DE UM DIODO
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A curva característica de um diodo é um gráfico que relaciona cada
valor da tensão
aplicada com a respectiva corrente elétrica que atravessa o diodo.
POLARIZAÇÃO DIRETA
Figura 1-7 Figura 1-8
Nota-se pela curva que o diodo ao contrário de, por exemplo, um
resistor, não é um
componente linear. A tensão no diodo é uma função do tipo:
U RI kT
q
ln I
I
1F
S
Eq. 1- 1
TENSÃO DE JOELHO
Ao se aplicar a polarização direta, o diodo não conduz intensamente
até que se
ultrapasse a barreira potencial. A medida que a bateria se aproxima
do potencial da
barreira, os elétrons livres e as lacunas começam a atravessar a
junção em grandes
quantidades. A tensão para a qual a corrente começa a aumentar
rapidamente é
chamada de tensão de joelho. ( No Si é aprox. 0,7V).
RESISTÊNCIA CC DE UM DIODO
É a razão entre a tensão total do diodo e a corrente total do diodo.
Pode-se considerar
dois casos:
RD - Resistência cc no sentido direto
RR - Resistência cc no sentido reverso
RESISTÊNCIA DIRETA
É a resistência quando é aplicada uma tensão no sentido direto sobre
o diodo. É variável,
pelo fato do diodo ter uma resistência não linear.
Por exemplo, no diodo 1N914 se for aplicada uma tensão de 0,65V
entre seus terminais
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existirá uma corrente I=10mA. Caso a tensão aplicada seja de 0,75V
a corrente
correspondente será de 30mA. Por último se a tensão for de 0,85V a
corrente será de
50mA. Com isto pode-se calcular a resistência direta para cada
tensão aplicada:
RD1 = 0,65/10mA = 65
RD2 = 0,75/30mA = 25
RD3 = 0,85/50mA = 17
Nota-se que a resistência cc diminuí com o aumento da tensão
RESISTÊNCIA REVERSA
Tomando ainda como exemplo o 1N914. Ao aplicar uma tensão de -
20V a corrente será
de 25nA, enquanto uma tensão de -75V implica numa corrente de
5A. A resistência
reversa será de:
RS1 = 20/25nA = 800M
O TRANSFORMADOR
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As fontes de tensões utilizadas em sistemas eletrônicos em geral são menores que
30VCC
enquanto a tensão de entrada de energia elétrica costuma ser de 127VRMS ou 220VRMS.
Logo é preciso um componente para abaixar o valor desta tensão alternada. O
componente utilizado é o transformador. O transformador é a grosso modo constituído
por duas bobinas (chamadas de enrolamentos). A energia passa de uma bobina para
outra através do fluxo magnético. Abaixo um exemplo de transformador:
Figura 1-20
A tensão de entrada U1 está conectada ao que se chama de enrolamento primário e a
tensão de saída ao enrolamento secundário.
No transformador ideal:
U
U
=
N
N
2
1
2
1
Eq. 1-8
Onde:
U1 tensão no primário
U2 tensão no secundário
N1 número de espiras no enrolamento primário
N2 número de espiras no enrolamento secundário
A corrente elétrica no transformados ideal é:
I
I
=
N
N
1
2
2
1
CAPACITOR
Componente eletrônico, constituído por duas placas condutoras, separadas por um
material isolante.
Ao ligar uma bateria com um capacitor descarregado, haverá uma distribuição de
cargas
e após um certo tempo as tensões na bateria e no capacitor serão as mesmas. E
deixa
de circular corrente elétrica.
DIODO ZENER
O diodo zener é um diodo construído especialmente para trabalhar na tensão de
ruptura.
Abaixo é mostrado a curva característica do diodo zener e sua simbologia.
O diodo zener se comporta como um diodo comum quando polarizado diretamente.
Mas
ao contrário de um diodo convencional, ele suporta tensões reversas próximas a
tensão
de ruptura.
A sua principal aplicação é a de conseguir uma tensão estável (tensão de ruptura).
Normalmente ele está polarizado reversamente e em série com um resistor limitador
de
corrente. Graficamente é possível obter a corrente elétrica sob o zener com o uso de
reta
de carga.
TRANSISTOR BIPOLAR
Existe uma infinidade de sinais de interesse em eletrônica que são muitos fracos,
como
por exemplo, as correntes elétricas que circulam no corpo humano, o sinal de saída de
uma cabeça de gravação, etc., e para transforma-los em sinais úteis torna-se
necessário
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amplifica-los. Antes da década de 50, a válvula era o elemento principal nesta tarefa.
Em
1951, foi inventado o transistor. Ele foi desenvolvido a partir da tecnologia utilizada no
diodo de junção, como uma alternativa em relação as válvulas, para realizar as
funções
de amplificação, detecção, oscilação, comutação, etc. A partir daí o desenvolvimento
da
eletrônica foi imenso.
Dentre todos os transistores, o bipolar é muito comum, com semelhanças ao diodo
estudado anteriormente, com a diferença de o transistor ser formado por duas junções
pn, enquanto o diodo por apenas uma junção.
2.1 FUNCIONAMENTO DE TRANSISTORES BIPOLARES
O transistor bipolar é constituído por três materiais semicondutor dopado. Dois cristais
tipo n e um tipo p ou dois cristais tipo p e um tipo n. O primeiro é chamado de
transistor
npn e o segundo de pnp. Na Figura 2-1 são mostrados de maneira esquemática os
dois
tipos:
Figura 2-
Cada um dos três cristais que compõe o transistor bipolar recebe o nome relativo a
sua
função. O cristal do centro recebe o nome de base, pois é comum aos outros dois
cristais, é levemente dopado e muito fino. Um cristal da extremidade recebe o nome
de
emissor por emitir portadores de carga, é fortemente dopado e finalmente o último
cristal
tem o nome de coletor por receber os portadores de carga, tem uma dopagem média.
Apesar de na Figura 2-1 não distinguir os cristais coletor e emissor, eles diferem entre
si
no tamanho e dopagem. O transistor tem duas junções, uma entre o emissor a base, e
outra entre a base e o coletor. Por causa disso, um transistor se assemelha a dois
diodos. O diodo da esquerda é comumente designado diodo emissor - base (ou só
emissor) e o da direita de coletor - base (ou só coletor).
Será analisado o funcionamento do transistor npn. A análise do transistor pnp é similar
ao
do npn, bastando levar em conta que os portadores majoritários do emissor são
lacunas
em vez dos elétrons livres. Na prática isto significa tensões e correntes invertidas se
comparadas com o npn.
POLARIZAÇÃO DE TRANSISTORES
Um circuito transistorizado pode ter uma infinidade de funções e os transistores para
cada função tem um ponto de funcionamento correto. Este capítulo estuda como
estabelecer o ponto de operação ou quiescente de um transistor. Isto é, como
polariza-lo.
3.1 RETA DE CARGA
A Figura 3-1 mostra um circuito com polarização de base. O problema consiste em
saber
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os valores de correntes e tensões nos diversos componentes. Uma opção é o uso da
reta
de carga.
Figura 3-1
a conceito de reta de carga estudado no capítulo sobre diodos, também se aplica a
transistores. usa-se a reta de carga em transistores para obter a corrente IC e VCE
considerando a existência de um RC. A análise da malha esquerda fornece a corrente
IC:
IC = (VCC - VCE )/ RC Eq. 3- 1
Nesta equação existem duas incógnitas, IC e VCE. A solução deste impasse é utilizar o
gráfico IC x VCE. Com o gráfico em mãos, basta Calcular os extremos da reta de carga:
VCE = 0 !IC = VCC / RC ponto superior Eq. 3- 2
IC = 0 !VCE = VCC ponto inferior Eq. 3- 3
A partir da reta de carga e definido uma corrente IB chega-se aos valores de IC e VCE.
Exemplo 3-1 No circuito da Figura 3-1 suponha RB= 500Construa a linha de carga no
gráfico da Figura 3-2 e meça IC e VCE de operação.
SOL.: Os dois pontos da reta de carga são:
VCE = 0 !IC = VCC / RC (15 )/1k5 = 10mA ponto superior
IC = 0 !VCE = VCC = 15V ponto inferior
O corrente
AMPLIFICADORES DE SINAL
4.1 AMPLIFICADORES DE SINAL EMISSOR COMUM
No capítulo anterior foi estudado a polarização dos transistores. Neste capítulo
considerase
os transistores devidamente polarizados com seus pontos de operação próximos a
meio da reta de carga para uma máxima excursão do sinal de entrada sem distorção.
Ao injetar um pequeno sinal ca à base do transistor, ele se somara a tensões cc de
polarização e induzirá flutuações na corrente de coletor de mesma forma e freqüência.
Ele será chamado de amplificador linear
(ou de alta-fidelidade - Hi-Fi) se não
mudar a forma do sinal na saída. Desde
que a amplitude do sinal de entrada seja
pequena, o transistor usará somente
uma pequena parte da reta de carga e a
operação será linear. Por outro lado se o
sinal de entrada for muito grande, as
flutuações ao longo da reta de carga
levarão o transistor à saturação e ao
corte
Um circuito amplificador é mostrado na
Figura 4-2. A polarização é por divisor de
tensão. A entrada do sinal é acoplada à
base do transistor via o capacitor C1 e a
saída do sinal é acoplada à carga RL através do capacitor C2. O capacitor funciona
como
uma chave aberta para corrente cc e como chave fechada para a corrente alternada.
Esta
ação permite obter um sinal ca de uma estágio para outro sem perturbar a polarização
cc
de cada estágio.
Figura
AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA
São usados quando se deseja amplificar sinais de grande amplitude, tanto de tensão
como de corrente. Assim os amplificadores de potência são amplificadores que
trabalham
com grandes sinais e o regime de operação destes é severo em relação aos
amplificadores de pequenos sinais.
Os amplificadores de potência de um modo geral, podem ser divididos em quatro
classes:
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Classe A
Classe B
Classe AB
Classe C
As classes dos amplificadores de potência estão relacionadas diretamente com o
ponto
quiescente ou ponto de operação dos transistores de saída dos amplificadores.
Portanto,
as classes estão relacionadas também com o ângulo de condução () dos transistores
de
saída, quando estes estiverem funcionando em regime dinâmico.
A Figura 5-1 tem um gráfico que relaciona a corrente de coletor, com sua tensão
baseemissor.
Ele mostra as formas de onda dos quatro tipos básicos de amplificadores de
potência, classes A, B, AB e C, e seus pontos quiescentes.
No amplificador de potência classe C o transistor de saída é polarizado num ponto de
operação abaixo da região de corte do transistor, isto é, com VBEQ <0. Isto significa que
o
sinal VBE aplicado a base do transistor, tem que vencer a tensão VBEQ para iniciar a sua
condução. Portanto, a corrente de coletor circula somente durante um intervalo menor
que 180°. Em geral, os amplificadores classe C são utilizados em circuitos de RF.
5.1 CLASSE A
No amplificador de potência classe A, a polarização do transistor de saída é feita de tal
forma que a corrente de coletor circula durante todo o ciclo do sinal de entrada VBE.
Isto
resulta num ângulo de condução de =360° para transistor de saída. O ponto de
operação do transistor de saída está localizado no centro da região ativa e neste caso
a
polarização do transistor de saída é semelhante à polarização de transistores de baixo
sinal.
POTÊNCIA DE SAÍDA
A Figura 5-2 mostra um exemplo de amplificador de potência classe A. É um emissor
comum já comentado antes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
" CATHEY, Jimmie J. Dispositivos e circuitos eletrônicos, 1ª ed. São Paulo,
Makron Books, 1994. (coleção Schaum)
" HONDA, Renato. 850 exercícios de eletrônica, 3ª ed. São Paulo, Érica, 1991.
" MALVINO, Albert Paul. Eletrônica Vol. I, 4ª ed. São Paulo, Makron Books,
1997.
" MELLO, Hilton Andrade de; INTRATOR, Edmond. Dispositivos semicondutores,
3ª ed. Rio de Janeiro, Livros técnicos e Científicos, 1978.
e navegação:
WEATHER RADAR
Each DMC receives the Weather Radar (WXR) transceivers (XCVRs)
data via two ARINC 453 data buses (D1 and D2). The DMCs convert
the ARINC 453 bus into four digital buses (one CLOCK and three
COLORS - B0 - B1- B2), which are connected to each Electronic Flight
Instrument System (EFIS) Display Units (DUs). As only one WXR XCVR
is in operation at a time, the DMCs process information from the one in
operation. The WXR ENABLE discrete disables the WXR operation if
both pilots select the PLAN mode. DMC1 normally works with data 1
buses, which correspond to the CAPT range selection; DMC1 switches
to DATA 2 buses with F/O range selection in case of Flight Management
and Guidance Computer (FMGC) 1 failure. It is the same operation for
DMC2.
MAINTENANCE COURSE - T1 (V2500-A5/ME)
31 - INDICATING/RECORDING SYSTEMS
DMC
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REPORTS
LAST/CURRENT LEG REPORT
A CURRENT LEG REPORT is elaborated during the flight. After
the flight, its title becomes LAST LEG REPORT. The purpose of this
item is to present the failure messages, concerning all systems,
occurred during the last/current flight. Each message contains the test
of the failure, the ATA reference and the flight phase and time at
which the failure occurred. A function correlates the "SOURCE"
failure message with the "resulting" failure messages.
SOURCE: Name of system affected by a failure.
IDENTIFIER: Name of system affected by an external failure, which
is correlated with the "SOURCE" failure.
The CFDIU capacity for failure messages memorization is up to 40
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lines.
LAST/CURRENT LEG ECAM REPORT
A CURRENT LEG ECAM REPORT is elaborated during the flight.
After the flight, its title becomes LAST LEG ECAM REPORT. The
purpose of this item is to present the warning messages displayed on
the upper ECAM display unit during the last/current flight. These are
primary or independent warnings. Each message contains the ECAM
warning, the ATA reference and the flight phase and time at which
the warning was triggered. When several identical and consecutive
warnings are transmitted, the CFDIU memorizes the first occurrence
only and carries on counting with a maximum of 8. The occurrence
counter is displayed between brackets at the end of the message. The
CFDIU capacity for warning messages memorization is up to 40 lines.
POST FLIGHT REPORT
The Post Flight Report (PFR) is the sum of the LAST LEG REPORT
and of the LAST LEG ECAM REPORT. The PFR can only be printed
on ground. The list of ECAM WARNING MESSAGES and FAULT
MESSAGES with the associated time, flight phase and ATA reference
allow the maintenance crew to make a correlation for easier
trouble-shooting.
Beginning of PFR recording:
- if flight number inserted prior to first engine start, first engine start
+ 3 minutes.
- if not, aircraft speed > 80 knots.
End of PFR recording:
Aircraft speed < 80 knots + 30 seconds.
MAINTENANCE COURSE
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SISTEMA DE NAVEGAÇÃO-320
Acelerômetros
Três Acelerômetros, um para cada eixo que provê aceleração linear.
O sinal de aceleração é enviado ao conversor analógico-digital. O
sinal digital é enviado ao processador que o usa para computar a
velocidade e a posição.
Computação IR
Cada ADIRU computa o gyro LASER e a saída do acelerômetro para
prover dados de IR aos usuários.
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Sondas de PITOT
Três sondas de Pitot provêem sinal de pressão total aos três (Air Data
Modules-ADMs), qual converte a pressão em formato digital ARINC
429. O sinal ARINC é então enviado para o correspondente (Air
Data/Inertial Reference Unit-ADIRU). A sonda de pitot standby supre
diretamente o standby (Airspeed Indicator-ASI) e dados de (Air Data
Reference-ADR 3) através dos ADM.
Tomadas estáticas
Sensors AOA
Sensores TAT
Alinhamento ADIRS
Alinhamento IRS
ILS
Princípio GPS
Indicação de ILS
Sistema WXR/PWS
PWS PRINCIPLE
COMPONENTS
The main components are an antenna, a wave-guide, a WXR
transceiver
(XCVR) dual mounting tray with an optional second XCVR, and a
control
unit. The WXR/PWS system is also connected to the NDs via the
Display
Management Computers (DMCs) for display.
NOTE: The control panels shown here after are given as examples.
They may differ according to the aircraft configuration.
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WXR INDICATING
The WXR image is shown on the CAPT and F/O NDs. Radar image and
radar information status (Antenna TILT angle, GAIN, failure) are
displayed in the different EFIS modes (ARC and ROSE) except in
PLAN
mode. The WXR provides visual display of the intensity of
atmospheric
disturbances by varying the colors of the rainfall echoes (Green,
yellow,
red and magenta).
PWS INDICATING
The predictive windshear indications and warning/caution alerts are
shown on the CAPT and F/O PFDs and NDs. The windshear
phenomenon
is indicated by an icon superimposed on the radar image in the
different
EFIS modes, ARC and ROSE except in PLAN mode.
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