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Aula 02

Noções de AFO p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Com Videoaulas

Professores: Sérgio Mendes, Vinícius Nascimento


Noções de AFO p/ Câmara dos Deputados
Técnico Legislativo
Teoria e Questões Comentadas
Prof. Sérgio Mendes Aula 02

AULA 2 - Orçamento Público: Princípios


APRESENTAÇÃO DO TEMA
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................ 1
1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO .............................. 3
2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE .................................... 4
3. PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE............................................ 5
4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO ....................................................... 8
5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE ............................................................ 9
6. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS ..........13
7. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (ESPECIALIZAÇÃO OU DISCRIMINAÇÃO) ..13
8. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO...............................................15
9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ...............................................................16
10. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ...............................................................19
11. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO ...........................................................19
12. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO........................................20
13. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS RECEITAS ..21
14. PRINCÍPIO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA .......................22
15. PRINCÍPIO DA CLAREZA OU DA INTELIGIBILIDADE ..............................22
MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE ............................25
MEMENTO II ..........................................................................................47
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................50
GABARITO.............................................................................................61

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque
meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso
reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar
minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou
dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me
dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar
por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o
trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com
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amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as


coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou
eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim”. (Charles
Chaplin)

“O homem não consegue descobrir novos oceanos se não tiver a coragem de


perder de vista a costa.” (André Gide)

Na certeza de um belo dia e que outros ainda melhores virão, entusiasmados


estudaremos nesta aula os princípios orçamentários, que são premissas,
linhas norteadoras a serem observadas na concepção e execução da lei
orçamentária. Visam a aumentar a consistência e estabilidade do sistema
orçamentário. Por isso, são as bases nas quais se deve orientar o processo
orçamentário e são impositivos no orçamento público, apesar de não terem
caráter absoluto por apresentarem exceções.

Atenção: é um assunto importante para a compreensão geral da matéria e


também muito cobrado em concursos!

O princípio da uniformidade determina que ao longo dos exercícios financeiros o orçamento apresente uma estrutura
uniforme, sendo possível a comparação entre eles, buscando maior eficiência, eficácia e efetividade no planejamento público.

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1. PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE OU GLOBALIZAÇÃO Previsto na Lei 4.320/64

De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas


as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode
conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo. Tal princípio não
se aplica ao Plano Plurianual, pois nem todas as receitas e despesas devem
integrar o PPA.

Está na Lei 4.320/1964:


“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as
de operações de crédito autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos
órgãos do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio
deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2º.”

O § 5º do art. 165 da CF/1988 se refere à universalidade, quando o


constituinte determina a abrangência da LOA:

“§ 5º A Lei Orçamentária anual compreenderá:


I –o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II –o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.”

Princípio da Universalidade

A LOA deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da


União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.

Os princípios orçamentários que decorrem de normas legais (constituição ou leis) são:


 Unidade – Lei 4.320/64
 Universalidade – Lei 4.320/64
 Anualidade – Lei 4.320/64
 Exclusividade – CF/88
 Orçamento Bruto – Lei 4.320/64
 Não vinculação da receita de impostos – CF/88
Os outros princípios orçamentários são disciplinados pela doutrina.

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2. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU PERIODICIDADE Previsto na Lei 4.320/64

Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e


autorizado para um período de um ano. Está na Lei 4.320/1964:
“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.”

E também na nossa Constituição Federal de 1988:


“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.”

É conhecido também como princípio da periodicidade, numa abordagem em


que o orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro. A ideia,
em sua origem, era obrigar o Poder Executivo a solicitar periodicamente ao
Congresso permissão para a cobrança de impostos e a aplicação dos recursos
públicos. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei
4.320/1964:
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”

Vários artigos da Constituição remetem à anualidade, como o § 1º do art. 167:


“§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.”

A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio,


pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o
exercício financeiro e o período de 12 meses.

O tema “Créditos Adicionais” é visto em aula específica quando previsto em


edital. Por agora, temos que saber que a Lei Orçamentária Anual poderá ser
alterada no decorrer de sua execução por meio de créditos adicionais. Temos
três espécies de Créditos Adicionais: suplementares, especiais e
extraordinários.
Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos
quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de
exceções ao princípio da anualidade.

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Mais algumas considerações sobre o princípio da anualidade:

_ Estamos tratando da anualidade orçamentária. A anualidade tributária


determinava que deveria haver autorização para a arrecadação de receitas
previstas na Lei Orçamentária Anual. Assim, as leis tributárias deveriam estar
incluídas na LOA, não se admitindo alterações tributárias após os prazos
constitucionais do orçamento anual. Tal princípio tributário não foi
recepcionado pela atual CF/1988 e foi substituído pelo princípio tributário da
anterioridade.
_ Anualidade é princípio orçamentário, porém anterioridade não é. O
princípio constitucional da anterioridade é princípio tributário e não
orçamentário.
_ A existência no ordenamento jurídico de um plano plurianual com duração
atual de quatro anos não excepciona o princípio da anualidade, pois tal plano é
estratégico e não operativo, necessitando da Lei Orçamentária Anual para sua
operacionalização.

3. PRINCÍPIO DA UNIDADE E DA TOTALIDADE Previsto na Lei 4.320/64

Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em
cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos
paralelos e permite ao Poder Legislativo o controle racional e direto das
operações financeiras de responsabilidade do Executivo.

Também está consagrado na Lei 4.320/1964:


“Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.”

Vale ressaltar que, apesar de ter previsão legal desde a Lei 4.320/1964, o
princípio da unidade foi efetivamente colocado em prática somente com a
CF/1988. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não consolidadas,
como o orçamento monetário, o qual sequer passava pela aprovação
legislativa.

Aprofundando no tema, vamos tratar do princípio da totalidade. Alguns autores


como José Afonso da Silva defendem que o princípio da unidade

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orçamentária, na concepção de orçamento-programa, não se preocupa


com a unidade documental; ao contrário, desdenhando-a, postula que tais
documentos se subordinem a uma unidade de orientação política, numa
hierarquização dos objetivos a serem atingidos e na uniformidade de estrutura
do sistema integrado. Tem-se também a síntese de Ricardo Lobo Torres,
dispondo que o princípio da unidade não significa a existência de um
único documento, mas a integração finalística e a harmonização entre os
diversos orçamentos.

Desta forma, houve uma remodelação pela doutrina do princípio da unidade,


de forma que abrangesse as novas situações, sendo por muitos denominado
de princípio da totalidade, sendo construído, então, para possibilitar a
coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer
consolidação. A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o
princípio da totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a
seguinte: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de
investimentos das estatais. Tal tripartição orçamentária é apenas de cunho
instrumental, não implica dissonância e, portanto, não viola o princípio em
estudo.

Concluindo, o princípio da totalidade não necessariamente significa um


documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento
tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da
aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com
datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo.
Em que pesem tais documentos serem distintos, devem obrigatoriamente
ser compatibilizados entre si.

O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um


orçamento, e não mais que um para cada ente da
federação em cada exercício financeiro.
Há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto,
Princípio da
devem sofrer consolidação.
Unidade ou
Totalidade

1) (CESPE – Agente Penitenciário Nacional – DEPEN - 2015) De acordo


com o princípio da universalidade, o orçamento deve englobar todas as
receitas e despesas do Estado para que seja realizada a programação
financeira de arrecadação de tributos necessários para custear as
despesas projetadas pelo governo.

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De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas


as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta.
Por meio da LOA é realizada a programação financeira de arrecadação de
tributos necessários para custear as despesas projetadas pelo governo.
Resposta: Certa

2) (CESPE – Agente Penitenciário Nacional – DEPEN - 2015) O princípio


orçamentário da unidade, que prescreve a formulação de um
orçamento único, não é observado pela Constituição Federal brasileira,
que determina a existência dos orçamentos fiscal, da seguridade social
e de investimentos das estatais.

A Constituição trouxe um modelo que, em linhas gerais, segue o princípio da


totalidade, pois a composição do orçamento anual passou a ser a seguinte:
orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de
investimentos das estatais. Tal tripartição orçamentária é apenas de cunho
instrumental, não implica dissonância e, portanto, não viola o princípio da
unidade ou da totalidade.
Resposta: Errada

3) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ - 2014) O princípio da


anualidade orçamentária determina que o orçamento de cada um dos
entes da Federação deve ser elaborado e encaminhado ao Poder
Legislativo no ano anterior ao da sua execução.

Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e


autorizado para um período de um ano. Tal princípio por si só não
determina que deva ser elaborado e encaminhado no ano anterior ao da sua
execução.
Resposta: Errada

4) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador – TRE/MS – 2013)


Os princípios orçamentários estão sujeitos a transformações de
conceito e significação, pois não têm caráter absoluto ou dogmático e
suas formulações originais não atendem, necessariamente, ao
universo econômico-financeiro do Estado moderno.

Os princípios orçamentários podem sofrer modificações ao longo do tempo, a


fim de se adequarem a evolução do Estado moderno. Um exemplo é a
remodelação pela doutrina do princípio da unidade, de forma que abrangesse
as novas situações, sendo por muitos denominado de princípio da totalidade,
sendo construído, então, para possibilitar a coexistência de múltiplos
orçamentos que, entretanto, devem sofrer consolidação.
Resposta: Certa

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5) (CESPE – Analista – Orçamento, Gestão Financeira e


Controle/Serviços Técnicos e Administrativos – TCDF – 2014)
Considera-se respeitado o princípio da unidade orçamentária ainda que
a lei orçamentária anual seja composta por três orçamentos
diferentes, como ocorre no Brasil.

Considera-se respeitado o princípio da unidade ou totalidade orçamentária


ainda que a lei orçamentária anual seja composta por três orçamentos
diferentes, como ocorre no Brasil. Há coexistência de múltiplos orçamentos
que, entretanto, devem sofrer consolidação.
Resposta: Certa
Previsto na Lei 4.320/64 Não pode haver deduções. Não basta está no
Tem que ser o valor total, orçamento, tem que
OBS: Se 4. PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO
cheio. está pelos seus totais.
falar
apenas em
constar
Existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao ente público.
todas as Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas.
despesas, Por exemplo, quando o Governo paga salários, realiza despesas. No entanto, a
está se
referindo
partir de determinado valor, começa a incidir sobre a remuneração o Imposto
ao de Renda, que é uma receita para o Governo, descontada diretamente pela
princípio fonte pagadora. Assim, ao pagar o salário de um servidor, é efetuada uma
da
Universalid
despesa (salário) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda).
ade. Mas
se falar em O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam
todas as
receitas e incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos
não puder seus montantes líquidos. Note que a diferença entre universalidade e
haver orçamento bruto é que apenas este último determina que as receitas e
deduções,
está se despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer
referindo deduções. No princípio da universalidade consta que são todas as despesas; já no do Orçamento
ao do Bruto, fala da proibição de deduções. Esta é a diferença entre um e outro.
Orçamento
Bruto. Também está na Lei 4.320/1964:
“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.”

No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalão do Executivo, que


tem como subsídio inicial R$ 14.000,00. Subtraindo os descontos de Imposto
de Renda e Previdência Social, o líquido gira em torno de R$ 10.000,00. Na Lei
Orçamentária, segundo o princípio do orçamento bruto, deverão constar
todos esses itens, de receitas de despesas, e não somente a despesa líquida da
União de R$ 10.000,00.

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Não importa se o saldo líquido será positivo ou


negativo, o princípio do orçamento bruto
impede a inclusão apenas dos montantes
líquidos e determina a inclusão de receitas e
despesas pelos seus totais, vedadas
Princípio do Orçamento quaisquer deduções.
bruto

5. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE Previsto na CF

O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado


para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo
orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo.

Determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à


previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita orçamentária (ARO). Por exemplo, o orçamento não
pode conter matéria de Direito Penal.

Assim, o princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar o conteúdo da Lei


Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros
campos jurídicos, como forma de se tirar proveito de um processo legislativo
mais rápido. Tais normas que compunham a LOA sem nenhuma pertinência
com seu conteúdo eram denominadas “caudas orçamentárias” ou “orçamentos
rabilongos”. Por outro lado, as exceções ao princípio possibilitam uma pequena
margem de flexibilidade ao Poder Executivo para a realização de alterações
orçamentárias.

Possui previsão na nossa Constituição, no § 8º do art. 165:


“§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.”

E também no art. 7º da Lei 4.320/1964:


“Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:
I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as
disposições do artigo 43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por
antecipação da receita, para atender a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos
que o Poder Executivo fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2° O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens
imóveis somente se incluirá na receita quando umas e outras forem

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especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que


juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante
a operações de crédito, poderá constar da própria Lei de Orçamento”.

O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com
o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Estuda-se ARO em tópico específico
relacionado ao endividamento público, quando previsto no edital.

Voltando ao nosso princípio, em resumo, significa que:

Regra: LOA deve conter apenas previsão de receitas e fixação


de despesas.

No entanto, admitem-se autorizações para:

• créditos suplementares e apenas este; e


Princípio da
Exclusividade • operações de crédito, mesmo que por antecipação de
receita.

Relembro que o gênero créditos adicionais possui três espécies:


suplementares, especiais e extraordinários. Pelo princípio da exclusividade, a
LOA poderá autorizar a abertura de créditos adicionais suplementares, porém
não é permitida a autorização para os créditos adicionais especiais e
extraordinários.

No que se refere às operações de crédito, entenda, por agora, que elas se


assemelham a empréstimos que o ente contrai para aumentar suas receitas e
cobrir suas despesas.

Finalizando, em relação ao princípio da exclusividade, é fundamental guardar


que as exceções ao princípio da exclusividade são créditos
suplementares e operações de crédito, inclusive por ARO.

Pessoal, o que deve ficar claro é que a LOA não pode


criar receitas e despesas (respeitadas as exceções do
princípio da exclusividade). O que eu quero dizer é que
uma autorização para o aumento de remuneração de
uma determinada carreira, por exemplo, não pode
constar unicamente na LOA. A LOA vai refletir o aumento
da despesa (pois toda despesa deve estar na LOA), mas
esse aumento tem que ser criado por um instrumento
legal prévio. No caso, seria uma lei anterior autorizando
o aumento. O mesmo se aplicaria quando fosse
necessária a criação de novos cargos públicos.

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6) (CESPE – Administrador - Polícia Federal – 2014) Na contabilização


do total de receitas, deduzir o valor a ser inscrito na dívida ativa
tributária da União descumpre o princípio orçamentário da
programação.

Na contabilização do total de receitas, deduzir o valor a ser inscrito na dívida


ativa tributária da União descumpre o princípio orçamentário do orçamento
bruto, o qual veda que as despesas ou receitas sejam incluídas no orçamento
ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos seus montantes líquidos.
Resposta: Errada

7) (CESPE – Agente Penitenciário Nacional – DEPEN - 2015) A lei


orçamentária anual deve incluir orçamento de investimento das
empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria
do capital social votante; no entanto, a autorização para a abertura de
crédito suplementar deve ser conteúdo de lei complementar específica.

A lei orçamentária anual deve incluir orçamento de investimento das empresas


em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
votante.
Ainda, pelo princípio da exclusividade, a própria LOA poderá autorizar a
abertura de créditos adicionais suplementares.
Resposta: Errada

8) (CESPE – Auditor Governamental – CGE/PI - 2015) A LOA não


deverá conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, nem autorização para a contratação de operação de crédito
por antecipação de receita orçamentária (ARO).

A LOA não deverá conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação


da despesa, mas como exceção é permitida a autorização para a
contratação de operação de crédito, ainda que por antecipação de receita
orçamentária (ARO).
Resposta: Errada

9) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo - TRE/GO – 2015) De


acordo com o princípio do orçamento bruto, o montante total de
despesas orçamentárias deve ser igual ao montante total de receitas
orçamentárias.

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De acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e


despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.
Resposta: Errada

10) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) O princípio da exclusividade tem o objetivo de impedir que a lei
de orçamento seja utilizada como meio de aprovação de matérias
estranhas às questões orçamentárias.

O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado


para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo
orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo.
Tem o objetivo de limitar o conteúdo da Lei Orçamentária, impedindo que nela
se inclua normas pertencentes a outros campos jurídicos, como forma de se
tirar proveito de um processo legislativo mais rápido.
Resposta: Certa

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6. PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

O princípio da quantificação dos créditos orçamentários está consubstanciado


no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concessão ou utilização de
créditos ilimitados:
“Art. 167. São vedados:
(...)
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.”

A dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito


orçamentário. O princípio da quantificação dos créditos orçamentários
determina que todo crédito na LOA seja autorizado com uma respectiva
dotação, limitada, ou seja, cada crédito deve ser acompanhado de um valor
determinado. Assim, não são admitidas dotações ilimitadas, sem exceções.

O art. 59 da Lei 4.320/1964 exige a observância do princípio:


“Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos
concedidos.”

Para que o empenho (estágio da despesa que “abate” o valor da dotação, por
força do compromisso assumido) não exceda o limite dos créditos concedidos,
tal crédito deve ter um valor determinado, limitado, coadunando-se com a
regra constitucional da quantificação dos créditos orçamentários.

7. PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO (ESPECIALIZAÇÃO OU


Exceção
DISCRIMINAÇÃO) - Programas especiais de trabalho;
- Reserva de contingência
O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as
receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a
aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de
acompanhamento e controle do gasto público, evitando a chamada “ação
guarda-chuva”, que é aquela ação genérica, mal especificada, com demasiada
flexibilidade.

Para o PPA e a LDO, não há necessidade de um detalhamento tão grande de


receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a
seguir o princípio da especificação.

O princípio veda as autorizações de despesas globais. Atualmente, o princípio


da especificação não tem status constitucional (não tem previsão
constitucional), porém está em pleno vigor por estar amparado pela legislação
infraconstitucional, como na Lei 4.320/1964, que em seu art. 5º dispõe:
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de
terceiros, transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo
20 e seu parágrafo único.”

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As exceções do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho


que, por sua natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas
gerais de execução da despesa, como os programas de proteção à testemunha
que, se tivessem especificação detalhada, perderiam sua finalidade. Tais
despesas são classificadas como despesas de capital e também chamadas de
investimentos em regime de execução especial.

O referido art. 20 ainda determina que os investimentos sejam discriminados


na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras e de outras aplicações.

O § 4º do art. 5º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito


orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo a especificação da despesa.
Esse artigo apresenta outra exceção ao nosso princípio, que é a reserva de
contingência (art. 5º, inciso III, da LRF).
A reserva de contingência tem por finalidade atender, além da abertura de
créditos adicionais, perdas que, embora possam ser previsíveis, são episódicas,
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com
vistas a enfrentar prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais.
Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pública, como uma
enchente de grandes proporções.

As exceções dos programas especiais de trabalho e reserva de contingência são


quanto à dotação global, pois não necessitam de discriminação. Não deve ser
confundido com dotação ilimitada, que é aquela sem valores definidos.
Exemplo: recursos para o programa de proteção à testemunha. Dotação
ilimitada seria não definir o valor no orçamento ou colocar que se pode gastar
o quanto for necessário. Não é permitido, sem exceções. Já dotação global
seria colocar dotação limitada, R$ 20 milhões para o programa, porém sem
detalhamento. Também a regra seria não ser permitido, porém admite
exceções, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver
risco de morte para as testemunhas.

Atenção: não confundir Orçamento Bruto com Discriminação.


O princípio da discriminação (ou especialização ou especificação)
determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando
a origem e a aplicação dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a função de
acompanhamento e controle do gasto público.
Já o princípio do orçamento bruto impede a inclusão apenas dos montantes
líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus totais, não
importando se o saldo líquido será positivo ou negativo. Por exemplo, a

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apuração e a divulgação dos dados da arrecadação líquida, sem a indicação das


deduções previamente efetuadas a título de restituições, ferem o princípio do
orçamento bruto.

8. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO

O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público


não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando
houver insuficiência ou carência de recursos, deve o Poder Executivo recorrer à
abertura de crédito adicional ou solicitar a transposição, remanejamento ou
transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Legislativo.

Entretanto, há uma exceção, acrescida pela Emenda Constitucional nº 85, de


26 de fevereiro de 2015: ato do Poder Executivo, sem necessidade da
prévia autorização legislativa, poderá transpor, remanejar ou transferir
recursos de uma categoria de programação no âmbito das atividades de
ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de
projetos restritos a essas funções.

Veja os dispositivos constitucionais:


“Art. 167. São vedados:
(...)
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa.
(...)
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra poderão ser admitidos, no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os
resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder
Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa prevista no inciso
VI deste artigo.”

Os termos remanejamento, transposição e transferência são relacionados pela


Constituição Federal às situações de destinação de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro. Foram introduzidos na
CF/1988 em substituição à expressão estorno de verba, utilizada em
constituições anteriores para indicar a mesma proibição. Essa é a origem do
princípio da proibição do estorno.

Parte da doutrina considera que são conceitos que devem ser definidos em
lei complementar (ainda não editada), portanto não poderiam ser
definidos por lei ordinária ou outro instrumento infralegal. Outros
doutrinadores consideram que não há distinção entre os termos. Ainda, outros
autores definem os termos da seguinte forma:

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 Transposição: É a destinação de recursos de um programa de


trabalho para outro, por meio de realocações do ente público dentro
do mesmo órgão. Por exemplo, se o administrador decidir ampliar a
construção da sede da secretaria de obras realocando recursos da
abertura de uma estrada, com ambos os projetos programados e
incluídos no orçamento.
 Remanejamento: É a destinação de recursos de um órgão para
outro, por meio de realocações do ente público. Por exemplo, a
Administração pode realocar as atividades de um órgão extinto.
 Transferência: É a destinação de recursos dentro do mesmo órgão e
do mesmo programa de trabalho, por meio de realocações de
recursos entre as categorias econômicas de despesas. Na transferência,
as ações envolvidas permanecem em execução, por isso não se confunde
com os créditos adicionais especiais, nos quais ocorre a implantação de
uma despesa que não possuía dotação orçamentária. Por exemplo, o
MPOG decide realocar recursos de manutenção de seu prédio para
adquirir computadores para uma seção que funcionava com
computadores antigos.

Por categoria de programação deve-se entender a função, a subfunção, o


programa, o projeto/atividade/operação especial e as categorias econômicas
de despesas.

Na verdade, a importância do princípio está em evitar, no decorrer do exercício


financeiro, a desconfiguração da LOA aprovada pelo Congresso Nacional. Para
isso, como regra geral, é necessária a autorização legislativa.

9. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

O art. 37 da Constituição cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela
Administração Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência.

O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre


orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa
oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de
comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência
na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso
para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da
fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes.

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11) (CESPE – Técnico da Administração Pública – TCDF – 2014) O


princípio da universalidade está expresso no dispositivo constitucional
que proíbe a concessão ou utilização de créditos ilimitados.

O princípio da quantificação dos créditos orçamentários está expresso no


dispositivo constitucional que proíbe a concessão ou utilização de créditos
ilimitados.
Resposta: Errada

12) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – 2013) As


dotações globais destinadas a atender indiferentemente despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer
outras não serão consignadas à lei de orçamento. Entretanto, poderão
ser custeados por dotações globais, classificadas entre as despesas de
capital, os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não
se possam cumprir subordinadamente às normas gerais de execução
da despesa.

De acordo com o princípio da especificação, a Lei de Orçamento não


consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas
de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras.

Entretanto, há exceções. São os programas especiais de trabalho que, por sua


natureza, não podem cumprir-se subordinadamente às normas gerais de
execução da despesa. Tais despesas são classificadas como despesas de
capital e também chamadas de investimentos em regime de execução
especial.
Resposta: Certa

13) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013)


De acordo com o princípio da especialização, a lei orçamentária deverá
conter apenas matéria financeira, excluindo qualquer dispositivo
estranho à estimativa de receitas do orçamento.

O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as


receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a
aplicação dos recursos.
O item se refere, de forma incompleta, ao princípio da exclusividade, o qual
determina que a Lei Orçamentária não poderá conter matéria estranha à
previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as
autorizações de créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por
antecipação de receita orçamentária.
Resposta: Errada

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14) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) O princípio da especialização contribui para o trabalho
fiscalizador dos parlamentos sobre as finanças executivas.

O princípio da especificação (ou especialização ou discriminação) determina


que, na Lei Orçamentária Anual, as receitas e despesas devam ser
discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. Tem o
objetivo de facilitar a função de acompanhamento e controle do gasto público,
evitando a chamada “ação guarda-chuva”, que é aquela ação genérica, mal
especificada, com demasiada flexibilidade.
Resposta: Certa

15) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A LOA é
peça técnica voltada para a operacionalização do planejamento
governamental, assim não é necessária a observância do princípio da
publicidade, visto que o PPA e a LDO já cumprem a função de tornar
público para a sociedade quais são os objetivos dos governos e que
meios serão utilizados para alcançá-los.

O princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre


orçamento só têm validade após a sua publicação em órgão da imprensa
oficial. É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de
comunicação para conhecimento público, de forma a garantir a transparência
na elaboração e execução do orçamento. Assim, tem-se a garantia de acesso
para qualquer interessado às informações necessárias ao exercício da
fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos contribuintes.
Resposta: Errada

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10. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Todas as leis orçamentárias, PPA, LDO e LOA e também de créditos adicionais


são encaminhadas pelo Poder Executivo para discussão e aprovação pelo
Congresso Nacional.
O art. 5º da Constituição determina em seu inciso II que “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
O art. 37 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração
Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo.

O respaldo ao princípio da legalidade orçamentária também está na


Constituição:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.”

Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições


legais. O orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de
um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com
características diferenciadas. Assim, como toda lei ordinária cuja iniciativa seja
do Poder Executivo, é um projeto enviado ao Poder Legislativo, para
apreciação e posterior devolução, a fim de que ocorra a sanção e a publicação.
Logo, legalidade também é princípio orçamentário.

11. PRINCÍPIO DA PROGRAMAÇÃO

O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada,


planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação
do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e
a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da
programação é decorrente da evolução das funções do orçamento e que não
poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-
programa.

O princípio da programação vincula as normas orçamentárias à consecução e à


finalidade do plano plurianual e aos programas nacionais, regionais e setoriais
de desenvolvimento.

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12. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO

O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão


superiores à previsão das receitas na lei orçamentária anual.

A LRF, em seu art. 4º, inciso I, “a”, determina que a lei de diretrizes
orçamentárias trate do equilíbrio entre receitas e despesas:
“Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art.
165 da Constituição e:
I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas.”

Outras áreas, como as relacionadas às finanças públicas, aplicam o princípio do


equilíbrio. Por exemplo, o art. 9º da LRF também trata do equilíbrio das
finanças públicas, só que no aspecto financeiro. Determina que “se verificado,
ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato
próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação
de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei
de diretrizes orçamentárias”. Outro exemplo é o art. 42, o qual veda ao titular
de Poder ou órgão, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair
obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele,
ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja
suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário,


caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio do
equilíbrio não tem hierarquia constitucional (não está explicitado na
CF/1988). No entanto, contabilmente e formalmente o orçamento
sempre estará equilibrado, pois tal déficit aparece normalmente nas
operações de crédito que, pelo art. 3º da Lei 4.320/1964, também devem
constar do orçamento.

A inclusão da reserva de contingência no orçamento também visa, entre outras


finalidades, assegurar o atendimento ao princípio do equilíbrio no aspecto
financeiro. Por exemplo, imagine uma situação de calamidade pública, na qual
o Poder Público Federal necessite de recursos para ajudar na reconstrução de
um município destruído por uma inundação. Como não há previsão
orçamentária, poderá ser utilizada a reserva de contingência. Na ausência
dela, haveria um grande desequilíbrio entre a previsão inicial de receitas e o

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aumento imprevisto das necessidades de despesas, desestabilizando a


execução financeira.

13. PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO (OU NÃO VINCULAÇÃO) DAS


RECEITAS
Previsto na CF

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.

Está na Constituição Federal, no art. 167, inciso IV:


“Art. 167. São vedados:
(...)
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.”

Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade


do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas
despesas obrigatórias. A principal finalidade do princípio em estudo é aumentar
a flexibilidade na alocação das receitas de impostos.

No que couber, aos demais entes são permitidas as mesmas vinculações da


União previstas na CF/1988. Além disso, é facultado aos Estados e ao Distrito
Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de
fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica (art. 218, § 5º, da
CF/1988).

Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua
vinculação, mesmo que em outro exercício financeiro. Veja o parágrafo único
do art. 8º da LRF:
“Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação,
ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.”

Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio


da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A
denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não
vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos,
coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação

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não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos
devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal.

Na CF/1988, o princípio veda a vinculação de impostos e não de


tributos.

A Constituição pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional


podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinária ou
qualquer dispositivo infraconstitucional, não pode.
Apenas os impostos não podem ser vinculados por lei infraconstitucional.

a) Repartição constitucional dos impostos;


b) Destinação de recursos para a Saúde;
c) Destinação de recursos para a manutenção e
desenvolvimento do ensino;
d) Destinação de recursos para a atividade de
administração tributária;
e) Prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita;
Exceções ao Princípio f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de
da Não Vinculação débitos para com esta.

14. PRINCÍPIO DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA Somente para os municípios

Para os fins do Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2001), será utilizado o


planejamento municipal, em especial, dentre outros, a gestão orçamentária
participativa.

De acordo com o art. 44, no âmbito municipal, a gestão orçamentária


participativa incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas
sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua
aprovação pela Câmara Municipal.

15. PRINCÍPIO DA CLAREZA OU DA INTELIGIBILIDADE

O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e


compreensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse,
precisam manipulá-lo.
Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e
completa. Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância
para tornar o orçamento um instrumento eficiente de governo e administração.
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16) (CESPE – Auditor Fiscal do Trabalho - MTE – 2013) A evolução


ocorrida nas funções do orçamento, que deixou de ser um mero
instrumento de autorização para se tornar ferramenta de auxílio
efetivo da administração, gerou um novo princípio, o da programação.

O princípio da programação é decorrente da evolução das funções do


orçamento e não poderia ser observado antes da instituição do conceito de
orçamento-programa.
Resposta: Certa

17) (CESPE – Auditor – FUB - 2015) O princípio orçamentário da não


afetação veda a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa,
sem ressalvas de repartição do produto da arrecadação.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Entre tais
exceções está a repartição do produto da arrecadação dos impostos (a que se
referem os arts. 158 e 159 da CF/1988).
Resposta: Errada

18) (CESPE – Contador - MTE – 2014) A Constituição Federal de 1988


(CF) veda a vinculação da receita de tributos e contribuições de
competência federal a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a
repartição do produto da arrecadação de alguns impostos, elencados
em rol taxativo, para as finalidades estabelecidas no texto
constitucional.

A CF/1988 veda a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou


despesa, ressalvada a repartição do produto da arrecadação de alguns
impostos, elencados em rol taxativo, para as finalidades estabelecidas no texto
constitucional.
Resposta: Errada

19) (CESPE – Agente Penitenciário Nacional – DEPEN - 2015)


Conforme a regra geral do princípio da não afetação, estabelecido na
Carta Magna brasileira, é vedada a vinculação da receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.

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Resposta: Certa

20) (CESPE –Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) O


princípio da gestão orçamentária participativa é obrigatório para as
administrações municipais, embora o governo federal esteja
dispensado da observância desse princípio.

Para os fins do Estatuto das Cidades (Lei 10.257/2001), será utilizado o


planejamento municipal, em especial, dentre outros, a gestão orçamentária
participativa.
De acordo com o art. 44, no âmbito municipal, a gestão orçamentária
participativa incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas
sobre as propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do
orçamento anual, como condição obrigatória para sua aprovação pela Câmara
Municipal.
Resposta: Certa

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MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES - CESPE

21) (CESPE – Analista Judiciário – Judiciária – CNJ - 2013)


Considerando que João seja responsável pela elaboração da proposta
orçamentária de um tribunal federal, que irá compor o projeto de lei
orçamentária anual (LOA) para 2014. Ao inserir na proposta todas as
despesas previstas para o exercício seguinte, João atenderá ao
princípio da especificação.

Ao inserir na proposta todas as despesas previstas para o exercício seguinte,


João atenderá ao princípio da universalidade, desde que insira também todas
as receitas.
Resposta: Errada

22) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Para
permitir que haja maior controle nos gastos públicos, o princípio da
unidade propõe que os orçamentos de todos os entes federados
(União, estados e municípios) sejam reunidos em uma única peça
orçamentária, que assume a função de orçamento nacional unificado.

Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em
cada exercício financeiro.
Assim, não existe um orçamento nacional unificado.
Resposta: Errada

23) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Entre as três leis ordinárias previstas
pela CF para dispor sobre orçamento, somente a LOA é obrigada a
observar o princípio da especificação.

Para o PPA e a LDO não há necessidade de um detalhamento tão grande de


receitas e despesas. Isso vai ocorrer posteriormente, pois a LOA é obrigada a
seguir o princípio da especificação.
Resposta: Certa

24) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da


Integração - 2013) A lei orçamentária contém a discriminação da
receita e da despesa, evidenciando, assim, a política econômico-
financeira e o programa de trabalho do governo, respeitando-se os
princípios da unidade, da universalidade e da anualidade.

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A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a


evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade
(art. 2º da Lei 4320/1964).
Resposta: Certa

25) (CESPE – Técnico Administrativo – ANCINE – 2012) Consoante o


princípio da periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao
período de tempo ao qual se referem a previsão das receitas e a
fixação das despesas.

O princípio da anualidade é conhecido também como princípio da


periodicidade, numa abordagem em que o orçamento deve ter vigência
limitada a um exercício financeiro.
Resposta: Certa

26) (CESPE – Analista - Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) Na


Lei Orçamentária Anual, a autorização, para a abertura de créditos
suplementares é exceção ao princípio orçamentário da não afetação de
receita.

Na Lei Orçamentária Anual, a autorização, para a abertura de créditos


suplementares é exceção ao princípio orçamentário da exclusividade.
Resposta: Errada

27) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – TRT/10 - 2013)


Para a obtenção de maior transparência e clareza na previsão de
despesas e fixação de receitas constantes na lei orçamentária anual,
permite-se a dedução das receitas que não serão efetivamente
convertidas em caixa, sem que, para isso, seja necessário descriminar
os valores originais. Ao prever tal procedimento, a legislação observa
o princípio do orçamento bruto.

O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam


incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos
seus montantes líquidos. Logo, no caso em tela, a dedução de receitas sem a
discriminação dos valores originais fere o princípio do orçamento bruto.
Resposta: Errada

28) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – TRT/10 - 2013)


Para a garantia dos recursos necessários a investimentos na
infraestrutura de transporte urbano no Brasil, é permitida pela CF a
vinculação das receitais próprias geradas pela arrecadação de
impostos sobre a propriedade de veículos automotores.

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O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.

As exceções constitucionais são:


a) Repartição constitucional dos impostos;
b) Destinação de recursos para a Saúde;
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
d) Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta.

Logo, não é permitida a vinculação do IPVA para a garantia dos recursos


necessários a investimentos na infraestrutura de transporte urbano no Brasil.
Resposta: Errada

29) (CESPE – Analista Administrativo – ANCINE – 2013) A abertura de


créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda
que por antecipação de receita, contraria o princípio da exclusividade.

A abertura de créditos adicionais suplementares e a contratação de operações


de crédito, ainda que por antecipação de receita, são exceções ao princípio da
exclusividade. Logo, não contrariam tal princípio.
Resposta: Errada

30) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) O princípio
do orçamento bruto refere-se à apresentação dos valores do modo
mais simples possível, ou seja, após todas as deduções brutas terem
sido realizadas.

O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam


incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos
seus montantes líquidos.
Resposta: Errada

31) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio orçamentário da


programação não poderia ser observado antes da instituição do
conceito de orçamento-programa.

O orçamento deve expressar as realizações e objetivos de forma programada,


planejada. O princípio da programação decorre da necessidade da estruturação
do orçamento em programas, dispondo que o orçamento deva ter o conteúdo e
a forma de programação. Assim, alguns autores defendem que o princípio da
programação não poderia ser observado antes da instituição do conceito de
orçamento-programa.

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Resposta: Certa

32) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – 2013)


Para que seja realizada operação de crédito por antecipação da
receita, para resolver insuficiências de caixa poderá conter autorização
ao executivo, na lei de orçamento vigente.

De acordo com o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não


conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não
se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

Logo, a LOA poderá conter autorização para a realização de operações de


crédito por antecipação de receita.
Resposta: Certa

33) (CESPE – Agente Administrativo – Polícia Federal – 2014) De


acordo com o princípio da unidade, ou da totalidade orçamentária,
todos os entes federados devem reunir seus diferentes orçamentos em
uma única lei orçamentária, que consolidará todas as receitas e
despesas públicas do Estado.

De acordo com o princípio da unidade todos os entes federados devem reunir


seus diferentes orçamentos em uma única lei orçamentária por ente e por
exercício financeiro, ou seja, a União, cada estado, o Distrito Federal e cada
município possuem o seu próprio orçamento. Não há um orçamento estadual
consolidando todas as receitas e despesas públicas do Estado.
Resposta: Errada

34) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) O princípio
da universalidade deve ser seguido na parcela do orçamento que trata
dos Poderes Executivo e Judiciário. No entanto, esse princípio não
precisa ser observado no caso das despesas relativas ao Poder
Legislativo.

De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas


as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da Administração direta e indireta.
Assim, tal princípio deve ser observado por todos os Poderes.
Resposta: Errada

35) (CESPE – Analista – Infraestrutura e Logística - BACEN – 2013) O


princípio do orçamento bruto, que é decorrente da evolução das
funções orçamentárias relacionadas com a implantação do orçamento-

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programa, fundamenta-se na obrigatoriedade de se especificarem os


gastos por meio de programas de trabalho que permitem a
identificação dos objetivos e metas a serem atingidos.

O princípio da programação, que é decorrente da evolução das funções


orçamentárias relacionadas com a implantação do orçamento-programa,
fundamenta-se na obrigatoriedade de se especificarem os gastos por meio de
programas de trabalho que permitem a identificação dos objetivos e metas a
serem atingidos.
Resposta: Errada

36) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) O princípio do orçamento bruto, embora bastante
representativo, não está integrado à legislação brasileira.

O Princípio do Orçamento Bruto está na Lei 4.320/1964:


“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.”

Resposta: Errada

37) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2014) Atende ao


princípio da unidade orçamentária a inclusão, na lei orçamentária, do
orçamento de investimento de empresa em que a União detenha
participação, ainda que sem direito a voto.

Atende ao princípio da unidade orçamentária a inclusão, na lei orçamentária,


do orçamento de investimento de empresa em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Resposta: Errada

38) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012) O


orçamento prevê determinado volume de receitas e, baseado nessa
previsão, fixa o montante total de despesas que o governo pode
realizar, mas o orçamento não gera recursos públicos.

A LOA não pode criar receitas e despesas (respeitadas as exceções do princípio


da exclusividade). Veja o exemplo de aumento da remuneração de servidores
públicos. A LOA vai refletir o aumento da despesa (pois toda despesa deve
estar na LOA), mas esse aumento tem que ser criado por um instrumento legal
prévio. No caso, seria uma lei anterior autorizando o aumento. O mesmo se
aplicaria quando fosse necessária a criação de novos cargos públicos.

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Logo, o orçamento prevê determinado volume de receitas e, baseado nessa


previsão, fixa o montante total de despesas que o governo pode realizar, mas
o orçamento não gera recursos públicos.
Resposta: Certa

39) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) O princípio


da universalidade, incorporado à legislação orçamentária, possibilita
ao Poder Legislativo impedir que o Poder Executivo realize despesas
sem a prévia autorização parlamentar.

O princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o


Poder Executivo realize qualquer despesa sem prévia autorização, já que todas
devem estar no orçamento.
Resposta: Certa

40) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados –


2014) As cotas de receita que uma entidade pública deva transferir a
outra serão incluídas como receita no orçamento da entidade obrigada
à transferência.

Princípio do Orçamento Bruto. Na Lei 4.320/1964:


“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos
seus totais, vedadas quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra
incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber.”
Resposta: Errada

41) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013)


Todas as parcelas da receita e da despesa devem figurar no orçamento
em seus valores brutos, sem apresentar qualquer tipo de dedução.

De acordo com o princípio do orçamento bruto, todas as receitas e despesas


constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Resposta: Certa

42) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A vinculação de receita


de impostos para a realização de atividades da administração
tributária não fere o princípio orçamentário da não afetação.

O princípio da não vinculação ou não afetação de receitas dispõe que nenhuma


receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a
certos e determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais, como a
possibilidade de vinculação de receita de impostos para a realização de
atividades da administração tributária.
Resposta: Certa

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43) (CESPE – Analista Administrativo - IBAMA – 2013) Considere que


um parlamentar tenha apresentado projeto de lei para revogar uma
norma vigente, segundo a qual o exercício financeiro deve coincidir
com o ano civil. Nessa situação, é correto afirmar que, ainda que esse
projeto de lei seja aprovado, o princípio orçamentário da anualidade
continuaria em vigor no Brasil.

A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio,


pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o
exercício financeiro e o período de 12 meses.
Resposta: Certa

44) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A reserva de


contingência, dotação global para atender passivos contingentes e
outras despesas imprevistas, constitui exceção ao princípio da
especificação ou especialização.

O princípio da especificação determina que, na Lei Orçamentária Anual, as


receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a
aplicação dos recursos. Umas de suas exceções é a reserva de contingência, a
qual tem por finalidade atender, além da abertura de créditos adicionais,
perdas que, embora possam ser previsíveis, são episódicas, contingentes ou
eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituição, com vistas a enfrentar
prováveis perdas decorrentes de situações emergenciais.
Resposta: Certa

45) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) O princípio da


unidade estabelece que o montante da despesa não deve ultrapassar a
receita prevista para o período.

O princípio do equilíbrio estabelece que o montante da despesa não deve


ultrapassar a receita prevista para o período.
Resposta: Errada

46) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) O princípio


da unidade ou totalidade orienta que cada unidade governamental
deve elaborar orçamentos múltiplos integrados pelos orçamentos
fiscais, monetários e das estatais.

O princípio da unidade ou totalidade orienta que cada unidade governamental


deve elaborar orçamentos múltiplos integrados pelos orçamentos fiscais,
seguridade social e das estatais.
Resposta: Errada

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47) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) Apesar de o


princípio da não afetação proibir as vinculações das receitas de
impostos às despesas, a CF vincula algumas dessas receitas a
determinadas despesas.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.
Resposta: Certa

48) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) O


princípio orçamentário da universalidade garante que o orçamento
conterá apenas matéria financeira, sem abarcar assuntos estranhos à
previsão de receitas e à fixação de despesas.

O princípio orçamentário da exclusividade garante que o orçamento conterá


apenas matéria financeira, sem abarcar assuntos estranhos à previsão de
receitas e à fixação de despesas.
Resposta: Errada

49) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) São


exceções ao que determina o princípio da discriminação ou
especialização os programas especiais de trabalho que, por sua
natureza, não podem ser cumpridos em subordinação às normas gerais
de execução da despesa.

O princípio da discriminação determina que as receitas e despesas devam ser


discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos recursos. As exceções
são os programas especiais de trabalho, como os programas de proteção à
testemunha, que se tivessem especificação detalhada, perderiam sua
finalidade.
Resposta: Certa

50) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) O


princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que
o Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem
prévia autorização, bem como possibilita que se reconheçam, no
orçamento, todas as parcelas da receita e da despesa em seus valores
brutos, sem qualquer tipo de dedução.

O princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o


Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia
autorização, já que todas devem estar no orçamento. No entanto, o fim da
assertiva se refere ao princípio do orçamento bruto. A diferença entre
universalidade e orçamento bruto é que apenas este último determina que as

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receitas e despesas devam constar do orçamento pelos seus totais, sem


quaisquer deduções.
Resposta: Errada

51) (CESPE – Técnico Administrativo – IBAMA - 2012) A existência do


orçamento fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas
contraria o princípio orçamentário da exclusividade.

A tripartição da LOA em orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e


orçamento de investimentos das estatais é apenas de cunho instrumental, não
implica dissonância e, portanto, não viola nenhum princípio orçamentário.
Resposta: Errada

52) (CESPE – Analista Administrativo - ICMBio – 2014) Para evitar


dupla contagem, os registros das receitas e despesas na lei
orçamentária anual (LOA) devem ser realizados pelos seus valores
líquidos, abatendo os impostos e as taxas.

O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam


incluídas no orçamento ou em qualquer dos tipos de créditos adicionais nos
seus montantes líquidos.
Resposta: Errada

53) (CESPE – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT/17 – 2013) As


parcelas referentes às transferências constitucionais da União para os
estados e municípios, por constituírem destinações incondicionais,
definidas por percentuais predeterminados, não integram a receita
orçamentária da União, e, em atendimento ao princípio do orçamento
bruto, ingressam diretamente como receita orçamentária dos entes
beneficiários.

As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-
se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber (art. 6º,
§ 1º, da Lei 4320/1964).

A questão está errada porque diz que as parcelas referentes às transferências


constitucionais da União para os estados e municípios ingressam diretamente
no ente beneficiário.

Resposta: Errada

54) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) O saldo não


aplicado do crédito adicional extraordinário cuja promulgação ocorrer
em setembro de 2011 poderá ser reaberto e incorporado ao orçamento
de 2012, sendo uma exceção ao princípio da anualidade.

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Os créditos adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos


quatro meses do exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o término desse exercício
financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de
exceções ao princípio da anualidade.
Resposta: Certa

55) (CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – TRT/17 – 2013)


Alguns dos princípios observados no processo de elaboração, a
provação, execução e controle do orçamento não estão expressos nas
normas constitucionais ou legais em vigor.

Alguns dos princípios observados no processo orçamentário não estão


expressos nas normas constitucionais ou legais em vigor, como o princípio da
clareza.
Resposta: Certa

56) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Conforme o


princípio orçamentário da unidade, todas as receitas e despesas devem
integrar o orçamento público.

Conforme o princípio orçamentário da universalidade, todas as receitas e


despesas devem integrar o orçamento público.
Resposta: Errada

57) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O princípio da


exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a lei
orçamentária, em razão da natural celeridade de sua tramitação no
legislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovação de matérias
diversas às questões financeiras.

O princípio da exclusividade surgiu para evitar que Orçamento fosse utilizado


para aprovação de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo
orçamentário, em virtude da celeridade do seu processo.
Resposta: Certa

58) (CESPE – Agente Administrativo - MTE – 2014) Nas transferências


de créditos orçamentários, a despesa do órgão transferidor é
registrada como dedução das receitas arrecadadas a fim de evidenciar
o valor líquido da receita pertencente ao órgão arrecadador.

As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-
se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber (art. 6º,
§ 1º, da Lei 4320/1964).

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Resposta: Errada

59) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A existência do PPA,


da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, constitui uma
exceção ao princípio orçamentário da unidade.

A existência do PPA, da LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, não


constitui uma exceção ao princípio orçamentário da unidade.
O princípio da unidade ou da totalidade não necessariamente significa um
documento único, já que o processo de integração planejamento-orçamento
tornou o orçamento necessariamente multidocumental, em virtude da
aprovação, por leis diferentes, dos vários instrumentos de planejamento, com
datas de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo.
Resposta: Errada

60) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o


princípio da não afetação, o montante das despesas não deve superar
o montante das receitas previstas para o período.

De acordo com o princípio do equilíbrio, o montante das despesas não deve


superar o montante das receitas previstas para o período.
Resposta: Errada

61) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) O princípio da


discriminação ou especialização trata da inserção de dotações globais
na lei orçamentária, providência que propicia maior agilidade na
aplicação dos recursos financeiros.

A regra geral do princípio da discriminação ou especificação é a vedação às


autorizações de despesas globais.
Resposta: Errada

62) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) O impedimento à


apropriação de receitas de impostos, com exceção das ressalvas
previstas na Constituição Federal de 1988 (CF), tipifica o princípio da
não vinculação das receitas.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.
Resposta: Certa

63) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) A autorização


para a abertura de créditos suplementares e a contratação de
operações de crédito são excepcionalidades ao princípio da
exclusividade no que se refere à lei orçamentária.

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O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá


conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas.
Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária.
Resposta: Certa

64) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCU – 2013) Quando a


Constituição Federal determina que percentual do valor arrecadado de
um tributo de competência de determinado ente deva ser transferido a
outro, cada um desses entes registrará como receita exclusivamente e
diretamente a sua respectiva parcela.

As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-
se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada a
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber (art. 6º,
§ 1º, da Lei 4320/1964.)
Resposta: Errada

65) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) O princípio


do equilíbrio é uma importante ferramenta de controle dos gastos e da
dívida pública por estabelecer que o total da despesa orçamentária
tenha como limite a receita orçamentária prevista para o exercício
financeiro.

O princípio do equilíbrio visa assegurar que as despesas autorizadas não serão


superiores à previsão das receitas.
Resposta: Certa

66) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2013) A lei orçamentária


anual deve contemplar apenas dispositivos relacionados à previsão da
receita e à fixação da despesa, ressalvada, nos termos da lei, a
autorização para a abertura de créditos suplementares e a contratação
de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

O princípio da exclusividade determina que a Lei Orçamentária não poderá


conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas.
Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO).
Resposta: Certa

67) (CESPE – Promotor – MPE/PI – 2012) De acordo com o princípio


da unidade, ou totalidade, que rege a ordem orçamentária no Brasil, o
montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não
poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo
período.

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De acordo com o princípio do equilíbrio que rege a ordem orçamentária no


Brasil, o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não
poderá ser superior ao total das receitas estimadas para o mesmo período.
Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação em
cada exercício financeiro.
Resposta: Errada

68) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) Caso


uma prefeitura crie, por meio da vinculação de receitas de impostos,
uma garantia de recursos para a colocação de asfalto em todas as vias
municipais, ela violará o princípio da não afetação de receitas.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Como tais exceções
não incluem vinculações de impostos para a pavimentação de vias, uma ação
nesse sentido violará o princípio da não afetação de receitas.
Resposta: Certa

69) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN - 2010) De


acordo com o princípio da exclusividade orçamentária, a lei
orçamentária anual não compreende dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, ressalvando-se a essa proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

De acordo com o § 8.o do art. 165 da CF/1988:


§ 8.º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização
para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Resposta: Certa

70) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN -


2010) A ocorrência de deficit frequente na atividade financeira do
Estado constitui prova de que o orçamento, no âmbito do governo
federal, não observa o princípio do equilíbrio entre receitas e
despesas.

Contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado,


pois tal déficit aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art.
3.º da Lei 4.320/1964, também devem constar do orçamento.
Logo, o orçamento, no âmbito do governo federal, observa o princípio do
equilíbrio entre receitas e despesas.
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Resposta: Errada

71) (CESPE – Técnico Científico – Direito – Banco da Amazônia - 2012)


É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa para a realização de atividades da administração tributária.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. São elas:
 Repartição constitucional dos impostos;
 Destinação de recursos para a Saúde;
 Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
 Destinação de recursos para a atividade de administração
tributária;
 Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita;
 Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta.

Logo, é permitida a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou


despesa para a realização de atividades da administração tributária.
Resposta: Errada

72) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia


- 2012) A legislação brasileira não estabelece o princípio da
anualidade orçamentária, razão por que se aprovam o orçamento fiscal
e o da seguridade social anualmente e o orçamento plurianual de
investimentos, a cada quatro anos.

A legislação brasileira estabelece o princípio da anualidade orçamentária,


razão por que se aprovam os orçamentos que integram a LOA anualmente:
orçamento fiscal, da seguridade social e de investimento das estatais.
Resposta: Errada

73) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia


- 2012) A ocorrência de déficits na execução orçamentária não implica
desrespeito ao princípio do equilíbrio, com base no qual se deve
elaborar a lei orçamentária, podendo ser eles incorporados nas
chamadas operações de crédito e no refinanciamento da dívida
pública.

A CF/1988 é realista quanto à possibilidade de ocorrer déficit orçamentário,


caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princípio do
equilíbrio não tem hierarquia constitucional (não está previsto na CF/1988). No
entanto, contabilmente e formalmente o orçamento sempre estará equilibrado,
pois tal déficit aparece normalmente nas operações de crédito que, pelo art. 3º
da Lei 4.320/1964, também devem constar do orçamento.

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Esse é o entendimento de uma banca examinadora. É a opinião que interessa


para nós.
Resposta: Certa

74) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia


- 2012) O princípio da unidade orçamentária não é adotado no Brasil,
de maneira que existem múltiplos orçamentos que não se incluem no
orçamento anual da União, como os elaborados pelas empresas
estatais e autarquias especiais.

Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da Federação
em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos
paralelos.
Há a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem sofrer
consolidação. Logo, incluem-se também no orçamento anual da União os
elaborados pelas empresas estatais e autarquias especiais.
Resposta: Errada

75) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) O princípio da não


afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos, taxas e
contribuições a despesas, fundos ou órgãos.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.
Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio
da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A
denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não
vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos,
coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação
não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos
devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal.
Resposta: Errada

76) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) O


princípio do orçamento bruto se aplica indistintamente à lei
orçamentária anual e a todos os tipos de crédito adicional.

O princípio do orçamento bruto, o qual impede a inclusão apenas dos


montantes líquidos e determina a inclusão de receitas e despesas pelos seus
totais, aplica-se indistintamente à LOA e a todos os tipos de crédito adicional.
Resposta: Certa

77) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio


da legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas

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finanças públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente,


objeto de uma lei, resultante de um processo legislativo completo, isto
é, um projeto preparado e submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder
Legislativo, para apreciação e posterior devolução ao Poder Executivo,
para sanção e publicação.

Em matéria orçamentária, a Administração Pública subordina-se às prescrições


legais. O orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei, resultante de
um processo legislativo completo, apesar de possuir um ciclo com
características diferenciadas. Assim como toda lei ordinária, o orçamento será
um projeto preparado pelo Poder Executivo e enviado ao Poder Legislativo,
para apreciação e posterior devolução, a fim de que ocorra a sanção e a
publicação. Logo, legalidade também é princípio orçamentário.
Resposta: Certa

78) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) É vedado incluir na LOA


autorização para operações de crédito por antecipação de receita.

Consoante, o princípio da exclusividade, é permitido incluir na LOA


autorização para operações de crédito por antecipação de receita.
Resposta: Errada

79) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Em respeito ao


princípio orçamentário da não vinculação da receita, nenhum imposto
será vinculado a órgão, fundo ou despesa, nem mesmo no caso de
destinação de recursos para serviços públicos de saúde e educação.

O princípio da não vinculação ou não afetação de receitas dispõe que nenhuma


receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a
certos e determinados gastos, ressalvadas as exceções constitucionais.

EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO:

Repartição constitucional dos impostos;

Destinação de recursos para a Saúde;

Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;

Destinação de recursos para a atividade de administração tributária;

Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita;

Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para com esta (art.167, §4°).

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Logo, as destinações de recursos para serviços públicos de saúde e educação


(desenvolvimento do ensino) são exceções ao princípio orçamentário da não
afetação.
Resposta: Errada

80) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) O princípio


orçamentário da especificação ou especialização não está explicitado
no texto da CF.

Atualmente, o princípio da especificação não tem status constitucional (não


este explicitado na CF/1988), porém está em pleno vigor por estar amparado
pela legislação infraconstitucional.
Resposta: Certa

81) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) É vedada a vinculação da


receita de tributos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas aquelas
constantes da CF.

De acordo com o princípio da não afetação de receitas, é vedada a vinculação


da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas aquelas
constantes da CF/1988.
Resposta: Errada

82) (CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) A aplicação do


princípio da universalidade impede que o Poder Executivo realize
qualquer operação de receita e despesa que não esteja previamente
autorizada pelo Poder Legislativo.

O princípio da universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o


Poder Executivo realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia
autorização, já que todas devem estar no orçamento.
Resposta: Certa

83) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) De acordo com o principio


da não afetação das receitas, todas as parcelas da receita e da despesa
devem constar do orçamento, sem qualquer tipo de dedução.

De acordo com o principio do orçamento bruto, todas as parcelas da receita


e da despesa devem constar do orçamento, sem qualquer tipo de dedução.
Resposta: Errada

84) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) A lei de orçamento deve


conter a discriminação da receita e da despesa, de modo a evidenciar a
politica econômica e financeira e o programa de trabalho adotados
pelo governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e
anualidade.

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A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a


evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade
(art. 2º da Lei 4320/1964).
Resposta: Certa

85) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) Segundo o principio da unidade,


cada ente da Federação está obrigado a incluir em seu orçamento
todas as receitas e despesas dos poderes, órgãos, entidades, fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo respectivo ente.

Segundo o principio da universalidade, cada ente da Federação está obrigado


a incluir em seu orçamento todas as receitas e despesas dos poderes, órgãos,
entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo respectivo ente.
Resposta: Errada

86) (CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara


dos Deputados – 2012) A ausência de discriminação da dotação global
na reserva de contingência contraria o princípio da publicidade.

A ausência de discriminação da dotação global na reserva de contingência é


uma exceção ao princípio da discriminação. Não contraria nenhum princípio.
Resposta: Errada

87) (CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara


dos Deputados – 2012) De acordo com o princípio orçamentário da
especificação, devem-se registrar, no mesmo item, o valor líquido bem
como a dedução das parcelas de imposto previsto na lei orçamentária
anual do governo federal a serem transferidas a estados e municípios.

O princípio do orçamento bruto veda que as despesas ou receitas sejam


incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos.
Resposta: Errada

88) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) A


inclusão pelo Poder Executivo, na proposta de lei orçamentária anual
(LOA), de dispositivo que autorize o governo federal a contratar
determinado empréstimo com instituição financeira estrangeira não
viola o princípio orçamentário da exclusividade.

De acordo com o princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não


conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não
se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.

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Um exemplo de autorização de operação de crédito na LOA seria a autorização


para o governo federal contratar determinado empréstimo com instituição
financeira. Logo, tal inclusão não violaria o princípio orçamentário da
exclusividade.
Resposta: Certa

89) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – Ministério da


Integração - 2013) O princípio da universalidade possibilita ao
Legislativo impedir o Executivo de realizar qualquer operação de
receita ou despesa sem prévia autorização parlamentar.

De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas


as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da Administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode
conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo.
Resposta: Certa

90) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Como parte integrante do processo


orçamentário, o PPA deve obedecer ao princípio da universalidade.

O princípio da universalidade não se aplica ao Plano Plurianual, pois nem todas


as receitas e despesas devem integrar o PPA.
Resposta: Errada

91) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Apesar de possuir


três peças — fiscal, da seguridade social e de investimento —, o
orçamento geral da União é único e válido para os três poderes.

Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir
apenas um orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em
cada exercício financeiro. Assim, apesar de possuir três peças — fiscal, da
seguridade social e de investimento —, o orçamento geral da União é único e
válido para os três poderes.
Resposta: Certa

92) (CESPE – Analista – Infraestrutura e Logística - BACEN – 2013) É


vedada a vinculação de receita de qualquer espécie a órgão, fundo ou
despesa, ressalvados os casos autorizados na Constituição Federal.

É vedada a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvados os


casos autorizados na Constituição Federal. É o princípio da não vinculação de
receitas.
Resposta: Errada

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93) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) O


princípio da anualidade orçamentaria remonta ao controle parlamentar
sobre os impostos e a aplicação dos recursos públicos.

Segundo o princípio da anualidade, o orçamento deve ser elaborado e


autorizado para um período de um ano. A ideia era obrigar o Poder Executivo a
solicitar periodicamente ao Congresso permissão para a cobrança de impostos
e a aplicação dos recursos públicos.
Resposta: Certa

94) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Se determinado município precisar


urgentemente aprovar a autorização legal para a contratação de
determinado empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes
do início do período letivo, tal autorização não poderá ser incluída na
LOA, pois essa lei não pode conter dispositivo estranho à previsão das
receitas e à fixação das despesas.

O princípio da exclusividade determina que a lei orçamentária não poderá


conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas.
Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária.
Logo, no caso em tela, a autorização legal para a contratação de determinado
empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes do início do período
letivo deverá ser incluída na LOA.
Resposta: Errada

95) (CESPE – Analista Administrativo – Contábeis - ANTT – 2013) A lei


orçamentária anual pode conter dispositivo autorizando a abertura de
créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda
que por antecipação de receita.

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita


e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei (art. 165, § 8º, da
CF/1988).
Resposta: Certa

96) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A


abrangência do princípio orçamentário da não vinculação de receitas
restringe-se às receitas de impostos.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais.

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Na Constituição Federal anterior (Emenda Constitucional 1/1969), o princípio


da não vinculação de receitas estava relacionado a todos os tributos. A
denominação do princípio foi mantida pela maior parte da doutrina (não
vinculação de receitas), entretanto, agora abrange apenas os impostos,
coadunando-se com a ideia de que o imposto é o típico tributo de arrecadação
não vinculada. Assim, a regra geral é que as receitas derivadas dos impostos
devem estar disponíveis para custear qualquer atividade estatal.
Resposta: Certa

97) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio da universalidade está


claramente incorporado na legislação orçamentária, assegurando que
o orçamento compreenda todas as receitas e todas as despesas
públicas, possibilitando que o Poder Legislativo conheça, a priori,
todas as receitas e despesas do governo e possa dar prévia
autorização para a respectiva arrecadação e realização.

De acordo com o princípio da universalidade, o orçamento deve conter todas


as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta. Assim, o Poder Legislativo pode
conhecer, a priori, todas as receitas e despesas do governo.
Resposta: Certa

98) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012)


Considerando os mecanismos básicos de atuação do Estado nas
finanças públicas, julgue o seguinte item.
O princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil
no que se refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde
a publicação da Lei n.º 4.320/1964.

O erro da questão é dizer que o princípio orçamentário da unidade é um dos


mais antigos no Brasil no que se refere à aplicação PRÁTICA. Apesar de estar
previsto desde a Lei n.º 4.320/1964, somente com a CF/1988 foi efetivamente
colocado em prática. Antes disso, havia diversas peças orçamentárias não
consolidadas, como o orçamento monetário, que sequer passava pela
aprovação legislativa.
Resposta: Errada

99) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A


vinculação de receitas para educação, saúde e segurança não pode ser
considerada violação do principio da não afetação de receitas, uma vez
que esses serviços são a razão da existência do Estado moderno.

O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de


impostos poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Assim, as exceções
são determinadas pela CF/1988 e não incluem os gastos com segurança.

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Resposta: Errada

100) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) A proibição


relativa à inserção, na lei orçamentária, de norma estranha à previsão
da receita e à fixação da despesa advém do princípio da
universalidade.

A proibição relativa à inserção, na lei orçamentária, de norma estranha à


previsão da receita e à fixação da despesa advém do princípio da
exclusividade.
Resposta: Errada

E aqui terminamos nossa aula 2.

Na próxima aula trataremos das alterações orçamentárias, por meio dos


créditos ordinários e adicionais.

Espero você lá!

Forte abraço!

Sérgio Mendes

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MEMENTO II

PRINCÍPIOS DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

O orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um


orçamento, e não mais que um para cada ente da federação em
Unidade ou
cada exercício financeiro.
Totalidade
Há coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto, devem
sofrer consolidação

O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes


Universalidade
aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
ou Globalização
administração direta e indireta.

Anualidade ou O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um período de


Periodicidade um ano.

Orçamento Todas as receitas e despesas constarão da lei orçamentária pelos


Bruto seus totais, vedadas quaisquer deduções.

Regra: o orçamento deve conter apenas previsão de receita e


fixação de despesas.
Exclusividade
Exceção: autorizações de créditos suplementares e operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária (ARO).

Regra: receitas e despesas devem ser discriminadas, demonstrando


Especificação
a origem e a aplicação dos recursos.
(ou
Exceção: programas especiais de trabalho ou em regime de
Discriminação
execução especial e reserva de contingência. As exceções são
ou
quanto à dotação global. Não são admitidas dotações ilimitadas, sem
Especialização)
exceções.

Regra: são vedados a transposição, o remanejamento ou a


transferência de recursos de uma categoria de programação para
outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
Proibição do Exceção: ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia
Estorno autorização legislativa, poderá transpor, remanejar ou transferir
recursos de uma categoria de programação no âmbito das atividades
de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os
resultados de projetos restritos a essas funções.

Quantificação
dos Créditos É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
Orçamentários

É condição de eficácia do ato a divulgação em veículos oficiais de


Publicidade
comunicação para conhecimento público.

Legalidade Para ser legal, a aprovação do orçamento deve observar o processo


Orçamentária legislativo. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos

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créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso


Nacional, na forma do regimento comum.

O orçamento deve expressar as realizações e objetivos da forma


programada, planejada. Vincula as normas orçamentárias à
Programação
consecução e à finalidade do PPA e aos programas nacionais,
regionais e setoriais de desenvolvimento.

Visa a assegurar que as despesas autorizadas não serão superiores à


Equilíbrio
previsão das receitas.

Regra: É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão,


fundo ou despesa. Exceções:
a) Repartição constitucional dos impostos;
b) Destinação de recursos para a Saúde;
Não afetação
c) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;
(ou Não
d) Destinação de recursos para a atividade de administração
vinculação) de
tributária;
Receitas
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação
de receita;
f) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para
com esta.

O orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e


Clareza
completa.

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Complemento do aluno

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) (CESPE – Agente Penitenciário Nacional – DEPEN - 2015) De acordo com o


princípio da universalidade, o orçamento deve englobar todas as receitas e
despesas do Estado para que seja realizada a programação financeira de
arrecadação de tributos necessários para custear as despesas projetadas pelo
governo.

2) (CESPE – Agente Penitenciário Nacional – DEPEN - 2015) O princípio


orçamentário da unidade, que prescreve a formulação de um orçamento único,
não é observado pela Constituição Federal brasileira, que determina a
existência dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das
estatais.

3) (CESPE – Analista Administrativo – ANTAQ - 2014) O princípio da


anualidade orçamentária determina que o orçamento de cada um dos entes da
Federação deve ser elaborado e encaminhado ao Poder Legislativo no ano
anterior ao da sua execução.

4) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador – TRE/MS – 2013) Os


princípios orçamentários estão sujeitos a transformações de conceito e
significação, pois não têm caráter absoluto ou dogmático e suas formulações
originais não atendem, necessariamente, ao universo econômico-financeiro do
Estado moderno.

5) (CESPE – Analista – Orçamento, Gestão Financeira e Controle/Serviços


Técnicos e Administrativos – TCDF – 2014) Considera-se respeitado o princípio
da unidade orçamentária ainda que a lei orçamentária anual seja composta por
três orçamentos diferentes, como ocorre no Brasil.

6) (CESPE – Administrador - Polícia Federal – 2014) Na contabilização do total


de receitas, deduzir o valor a ser inscrito na dívida ativa tributária da União
descumpre o princípio orçamentário da programação.

7) (CESPE – Agente Penitenciário Nacional – DEPEN - 2015) A lei orçamentária


anual deve incluir orçamento de investimento das empresas em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social votante; no
entanto, a autorização para a abertura de crédito suplementar deve ser
conteúdo de lei complementar específica.

8) (CESPE – Auditor Governamental – CGE/PI - 2015) A LOA não deverá


conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, nem
autorização para a contratação de operação de crédito por antecipação de
receita orçamentária (ARO).

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9) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo - TRE/GO – 2015) De acordo


com o princípio do orçamento bruto, o montante total de despesas
orçamentárias deve ser igual ao montante total de receitas orçamentárias.

10) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) O


princípio da exclusividade tem o objetivo de impedir que a lei de orçamento
seja utilizada como meio de aprovação de matérias estranhas às questões
orçamentárias.

11) (CESPE – Técnico da Administração Pública – TCDF – 2014) O princípio da


universalidade está expresso no dispositivo constitucional que proíbe a
concessão ou utilização de créditos ilimitados.

12) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – 2013) As dotações


globais destinadas a atender indiferentemente despesas de pessoal, material,
serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras não serão
consignadas à lei de orçamento. Entretanto, poderão ser custeados por
dotações globais, classificadas entre as despesas de capital, os programas
especiais de trabalho que, por sua natureza, não se possam cumprir
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa.

13) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013) De acordo


com o princípio da especialização, a lei orçamentária deverá conter apenas
matéria financeira, excluindo qualquer dispositivo estranho à estimativa de
receitas do orçamento.

14) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) O


princípio da especialização contribui para o trabalho fiscalizador dos
parlamentos sobre as finanças executivas.

15) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) A LOA é peça técnica
voltada para a operacionalização do planejamento governamental, assim não é
necessária a observância do princípio da publicidade, visto que o PPA e a LDO
já cumprem a função de tornar público para a sociedade quais são os objetivos
dos governos e que meios serão utilizados para alcançá-los.

16) (CESPE – Auditor Fiscal do Trabalho - MTE – 2013) A evolução ocorrida nas
funções do orçamento, que deixou de ser um mero instrumento de autorização
para se tornar ferramenta de auxílio efetivo da administração, gerou um novo
princípio, o da programação.

17) (CESPE – Auditor – FUB - 2015) O princípio orçamentário da não afetação


veda a vinculação de impostos a órgão, fundo ou despesa, sem ressalvas de
repartição do produto da arrecadação.

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18) (CESPE – Contador - MTE – 2014) A Constituição Federal de 1988 (CF)


veda a vinculação da receita de tributos e contribuições de competência federal
a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a repartição do produto da arrecadação
de alguns impostos, elencados em rol taxativo, para as finalidades
estabelecidas no texto constitucional.

19) (CESPE – Agente Penitenciário Nacional – DEPEN - 2015) Conforme a regra


geral do princípio da não afetação, estabelecido na Carta Magna brasileira, é
vedada a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa.

20) (CESPE –Analista Técnico-Administrativo - SUFRAMA – 2014) O princípio


da gestão orçamentária participativa é obrigatório para as administrações
municipais, embora o governo federal esteja dispensado da observância desse
princípio.

21) (CESPE – Analista Judiciário – Judiciária – CNJ - 2013) Considerando que


João seja responsável pela elaboração da proposta orçamentária de um
tribunal federal, que irá compor o projeto de lei orçamentária anual (LOA) para
2014. Ao inserir na proposta todas as despesas previstas para o exercício
seguinte, João atenderá ao princípio da especificação.

22) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) Para permitir que
haja maior controle nos gastos públicos, o princípio da unidade propõe que os
orçamentos de todos os entes federados (União, estados e municípios) sejam
reunidos em uma única peça orçamentária, que assume a função de
orçamento nacional unificado.

23) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Entre as três leis ordinárias previstas pela CF
para dispor sobre orçamento, somente a LOA é obrigada a observar o princípio
da especificação.

24) (CESPE – Analista Técnico-Administrativo – Ministério da Integração -


2013) A lei orçamentária contém a discriminação da receita e da despesa,
evidenciando, assim, a política econômico-financeira e o programa de trabalho
do governo, respeitando-se os princípios da unidade, da universalidade e da
anualidade.

25) (CESPE – Técnico Administrativo – ANCINE – 2012) Consoante o princípio


da periodicidade, o exercício financeiro corresponde ao período de tempo ao
qual se referem a previsão das receitas e a fixação das despesas.

26) (CESPE – Analista - Planejamento e Orçamento - MPU – 2013) Na Lei


Orçamentária Anual, a autorização, para a abertura de créditos suplementares
é exceção ao princípio orçamentário da não afetação de receita.

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27) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – TRT/10 - 2013) Para a


obtenção de maior transparência e clareza na previsão de despesas e fixação
de receitas constantes na lei orçamentária anual, permite-se a dedução das
receitas que não serão efetivamente convertidas em caixa, sem que, para isso,
seja necessário descriminar os valores originais. Ao prever tal procedimento, a
legislação observa o princípio do orçamento bruto.

28) (CESPE – Técnico Judiciário – Administrativa – TRT/10 - 2013) Para a


garantia dos recursos necessários a investimentos na infraestrutura de
transporte urbano no Brasil, é permitida pela CF a vinculação das receitais
próprias geradas pela arrecadação de impostos sobre a propriedade de
veículos automotores.

29) (CESPE – Analista Administrativo – ANCINE – 2013) A abertura de créditos


suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, contraria o princípio da exclusividade.

30) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) O princípio do
orçamento bruto refere-se à apresentação dos valores do modo mais simples
possível, ou seja, após todas as deduções brutas terem sido realizadas.

31) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio orçamentário da programação


não poderia ser observado antes da instituição do conceito de orçamento-
programa.

32) (CESPE – Analista Judiciário – Contabilidade – TRT/10 – 2013) Para que


seja realizada operação de crédito por antecipação da receita, para resolver
insuficiências de caixa poderá conter autorização ao executivo, na lei de
orçamento vigente.

33) (CESPE – Agente Administrativo – Polícia Federal – 2014) De acordo com o


princípio da unidade, ou da totalidade orçamentária, todos os entes federados
devem reunir seus diferentes orçamentos em uma única lei orçamentária, que
consolidará todas as receitas e despesas públicas do Estado.

34) (CESPE - Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em


Propriedade Industrial – Gestão Financeira - INPI – 2013) O princípio da
universalidade deve ser seguido na parcela do orçamento que trata dos
Poderes Executivo e Judiciário. No entanto, esse princípio não precisa ser
observado no caso das despesas relativas ao Poder Legislativo.

35) (CESPE – Analista – Infraestrutura e Logística - BACEN – 2013) O princípio


do orçamento bruto, que é decorrente da evolução das funções orçamentárias
relacionadas com a implantação do orçamento-programa, fundamenta-se na
obrigatoriedade de se especificarem os gastos por meio de programas de

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trabalho que permitem a identificação dos objetivos e metas a serem


atingidos.

36) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) O


princípio do orçamento bruto, embora bastante representativo, não está
integrado à legislação brasileira.

37) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2014) Atende ao princípio


da unidade orçamentária a inclusão, na lei orçamentária, do orçamento de
investimento de empresa em que a União detenha participação, ainda que sem
direito a voto.

38) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa - TRE/RJ – 2012) O


orçamento prevê determinado volume de receitas e, baseado nessa previsão,
fixa o montante total de despesas que o governo pode realizar, mas o
orçamento não gera recursos públicos.

39) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) O princípio da


universalidade, incorporado à legislação orçamentária, possibilita ao Poder
Legislativo impedir que o Poder Executivo realize despesas sem a prévia
autorização parlamentar.

40) (CESPE – Consultor de Orçamentos – Câmara dos Deputados – 2014) As


cotas de receita que uma entidade pública deva transferir a outra serão
incluídas como receita no orçamento da entidade obrigada à transferência.

41) (CESPE - Analista Administrativo – Administrador - ANP – 2013) Todas as


parcelas da receita e da despesa devem figurar no orçamento em seus valores
brutos, sem apresentar qualquer tipo de dedução.

42) (CESPE - Procurador Federal - AGU - 2010) A vinculação de receita de


impostos para a realização de atividades da administração tributária não fere o
princípio orçamentário da não afetação.

43) (CESPE – Analista Administrativo - IBAMA – 2013) Considere que um


parlamentar tenha apresentado projeto de lei para revogar uma norma
vigente, segundo a qual o exercício financeiro deve coincidir com o ano civil.
Nessa situação, é correto afirmar que, ainda que esse projeto de lei seja
aprovado, o princípio orçamentário da anualidade continuaria em vigor no
Brasil.

44) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) A reserva de


contingência, dotação global para atender passivos contingentes e outras
despesas imprevistas, constitui exceção ao princípio da especificação ou
especialização.

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45) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) O princípio da unidade


estabelece que o montante da despesa não deve ultrapassar a receita prevista
para o período.

46) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) O princípio da


unidade ou totalidade orienta que cada unidade governamental deve elaborar
orçamentos múltiplos integrados pelos orçamentos fiscais, monetários e das
estatais.

47) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) Apesar de o princípio


da não afetação proibir as vinculações das receitas de impostos às despesas, a
CF vincula algumas dessas receitas a determinadas despesas.

48) (CESPE – Analista Administrativo – Direito - ANTT – 2013) O princípio


orçamentário da universalidade garante que o orçamento conterá apenas
matéria financeira, sem abarcar assuntos estranhos à previsão de receitas e à
fixação de despesas.

49) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) São exceções


ao que determina o princípio da discriminação ou especialização os programas
especiais de trabalho que, por sua natureza, não podem ser cumpridos em
subordinação às normas gerais de execução da despesa.

50) (CESPE – Analista em Ciência e Tecnologia - CNPq - 2011) O princípio da


universalidade possibilita ao Poder Legislativo impedir que o Poder Executivo
realize qualquer operação de receita e despesa sem prévia autorização, bem
como possibilita que se reconheçam, no orçamento, todas as parcelas da
receita e da despesa em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução.

51) (CESPE – Técnico Administrativo – IBAMA - 2012) A existência do


orçamento fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas
contraria o princípio orçamentário da exclusividade.

52) (CESPE – Analista Administrativo - ICMBio – 2014) Para evitar dupla


contagem, os registros das receitas e despesas na lei orçamentária anual
(LOA) devem ser realizados pelos seus valores líquidos, abatendo os impostos
e as taxas.

53) (CESPE – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT/17 – 2013) As parcelas


referentes às transferências constitucionais da União para os estados e
municípios, por constituírem destinações incondicionais, definidas por
percentuais predeterminados, não integram a receita orçamentária da União,
e, em atendimento ao princípio do orçamento bruto, ingressam diretamente
como receita orçamentária dos entes beneficiários.

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54) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) O saldo não aplicado do


crédito adicional extraordinário cuja promulgação ocorrer em setembro de
2011 poderá ser reaberto e incorporado ao orçamento de 2012, sendo uma
exceção ao princípio da anualidade.

55) (CESPE – Analista Judiciário - Administrativa – TRT/17 – 2013) Alguns dos


princípios observados no processo de elaboração, a provação, execução e
controle do orçamento não estão expressos nas normas constitucionais ou
legais em vigor.

56) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Conforme o princípio


orçamentário da unidade, todas as receitas e despesas devem integrar o
orçamento público.

57) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) O princípio da


exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir que a lei orçamentária,
em razão da natural celeridade de sua tramitação no legislativo, fosse utilizada
como mecanismo de aprovação de matérias diversas às questões financeiras.

58) (CESPE – Agente Administrativo - MTE – 2014) Nas transferências de


créditos orçamentários, a despesa do órgão transferidor é registrada como
dedução das receitas arrecadadas a fim de evidenciar o valor líquido da receita
pertencente ao órgão arrecadador.

59) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) A existência do PPA, da


LDO e da LOA, aprovados em momentos distintos, constitui uma exceção ao
princípio orçamentário da unidade.

60) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) De acordo com o princípio


da não afetação, o montante das despesas não deve superar o montante das
receitas previstas para o período.

61) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) O princípio da


discriminação ou especialização trata da inserção de dotações globais na lei
orçamentária, providência que propicia maior agilidade na aplicação dos
recursos financeiros.

62) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) O impedimento à


apropriação de receitas de impostos, com exceção das ressalvas previstas na
Constituição Federal de 1988 (CF), tipifica o princípio da não vinculação das
receitas.

63) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) A autorização para a


abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito
são excepcionalidades ao princípio da exclusividade no que se refere à lei
orçamentária.

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64) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCU – 2013) Quando a


Constituição Federal determina que percentual do valor arrecadado de um
tributo de competência de determinado ente deva ser transferido a outro, cada
um desses entes registrará como receita exclusivamente e diretamente a sua
respectiva parcela.

65) (CESPE - Assistente em Administração - FUB – 2013) O princípio do


equilíbrio é uma importante ferramenta de controle dos gastos e da dívida
pública por estabelecer que o total da despesa orçamentária tenha como limite
a receita orçamentária prevista para o exercício financeiro.

66) (CESPE – Procurador Federal – AGU – 2013) A lei orçamentária anual deve
contemplar apenas dispositivos relacionados à previsão da receita e à fixação
da despesa, ressalvada, nos termos da lei, a autorização para a abertura de
créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita.

67) (CESPE – Promotor – MPE/PI – 2012) De acordo com o princípio da


unidade, ou totalidade, que rege a ordem orçamentária no Brasil, o montante
da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao
total das receitas estimadas para o mesmo período.

68) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativa – CNJ - 2013) Caso uma


prefeitura crie, por meio da vinculação de receitas de impostos, uma garantia
de recursos para a colocação de asfalto em todas as vias municipais, ela
violará o princípio da não afetação de receitas.

69) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Direito - ABIN - 2010) De acordo


com o princípio da exclusividade orçamentária, a lei orçamentária anual não
compreende dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
ressalvando-se a essa proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita.

70) (CESPE - Agente Técnico de Inteligência – Administração - ABIN - 2010) A


ocorrência de deficit frequente na atividade financeira do Estado constitui
prova de que o orçamento, no âmbito do governo federal, não observa o
princípio do equilíbrio entre receitas e despesas.

71) (CESPE – Técnico Científico – Direito – Banco da Amazônia - 2012) É


vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa para a
realização de atividades da administração tributária.

72) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia - 2012)


A legislação brasileira não estabelece o princípio da anualidade orçamentária,

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razão por que se aprovam o orçamento fiscal e o da seguridade social


anualmente e o orçamento plurianual de investimentos, a cada quatro anos.

73) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia - 2012)


A ocorrência de déficits na execução orçamentária não implica desrespeito ao
princípio do equilíbrio, com base no qual se deve elaborar a lei orçamentária,
podendo ser eles incorporados nas chamadas operações de crédito e no
refinanciamento da dívida pública.

74) (CESPE – Técnico Científico – Administração – Banco da Amazônia - 2012)


O princípio da unidade orçamentária não é adotado no Brasil, de maneira que
existem múltiplos orçamentos que não se incluem no orçamento anual da
União, como os elaborados pelas empresas estatais e autarquias especiais.

75) (CESPE – Analista – Contabilidade - ECB – 2011) O princípio da não


afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos, taxas e
contribuições a despesas, fundos ou órgãos.

76) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo – STM - 2011) O princípio do


orçamento bruto se aplica indistintamente à lei orçamentária anual e a todos
os tipos de crédito adicional.

77) (CESPE – Analista Técnico Administrativo - DPU - 2010) O princípio da


legalidade, um dos primeiros a serem incorporados e aceitos nas finanças
públicas, dispõe que o orçamento será, necessariamente, objeto de uma lei,
resultante de um processo legislativo completo, isto é, um projeto preparado e
submetido, pelo Poder Executivo, ao Poder Legislativo, para apreciação e
posterior devolução ao Poder Executivo, para sanção e publicação.

78) (CESPE – Contador – IPAJM – 2010) É vedado incluir na LOA autorização


para operações de crédito por antecipação de receita.

79) (CESPE - Técnico de Orçamento - MPU - 2010) Em respeito ao princípio


orçamentário da não vinculação da receita, nenhum imposto será vinculado a
órgão, fundo ou despesa, nem mesmo no caso de destinação de recursos para
serviços públicos de saúde e educação.

80) (CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) O princípio


orçamentário da especificação ou especialização não está explicitado no texto
da CF.

81) (CESPE – Procurador – ALES – 2011) É vedada a vinculação da receita de


tributos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas aquelas constantes da CF.

82) (CESPE – Analista – Economia - ECB – 2011) A aplicação do princípio da


universalidade impede que o Poder Executivo realize qualquer operação de

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receita e despesa que não esteja previamente autorizada pelo Poder


Legislativo.

83) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) De acordo com o principio da não


afetação das receitas, todas as parcelas da receita e da despesa devem
constar do orçamento, sem qualquer tipo de dedução.

84) (CESPE – Especialista – FNDE – 2012) A lei de orçamento deve conter a


discriminação da receita e da despesa, de modo a evidenciar a politica
econômica e financeira e o programa de trabalho adotados pelo governo,
obedecidos os princípios de unidade, universalidade e anualidade.

85) (CESPE – Técnico – FNDE – 2012) Segundo o principio da unidade, cada


ente da Federação está obrigado a incluir em seu orçamento todas as receitas
e despesas dos poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e
mantidas pelo respectivo ente.

86) (CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos


Deputados – 2012) A ausência de discriminação da dotação global na reserva
de contingência contraria o princípio da publicidade.

87) (CESPE – Analista Legislativo – Material e Patrimônio – Câmara dos


Deputados – 2012) De acordo com o princípio orçamentário da especificação,
devem-se registrar, no mesmo item, o valor líquido bem como a dedução das
parcelas de imposto previsto na lei orçamentária anual do governo federal a
serem transferidas a estados e municípios.

88) (CESPE – Administrador – Ministério da Integração - 2013) A inclusão pelo


Poder Executivo, na proposta de lei orçamentária anual (LOA), de dispositivo
que autorize o governo federal a contratar determinado empréstimo com
instituição financeira estrangeira não viola o princípio orçamentário da
exclusividade.

89) (CESPE – Analista Técnico Administrativo – Ministério da Integração -


2013) O princípio da universalidade possibilita ao Legislativo impedir o
Executivo de realizar qualquer operação de receita ou despesa sem prévia
autorização parlamentar.

90) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Como parte integrante do processo


orçamentário, o PPA deve obedecer ao princípio da universalidade.

91) (CESPE – Analista Administrativo – MPU – 2010) Apesar de possuir três


peças — fiscal, da seguridade social e de investimento —, o orçamento geral
da União é único e válido para os três poderes.

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92) (CESPE – Analista – Infraestrutura e Logística - BACEN – 2013) É vedada a


vinculação de receita de qualquer espécie a órgão, fundo ou despesa,
ressalvados os casos autorizados na Constituição Federal.

93) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) O princípio da


anualidade orçamentaria remonta ao controle parlamentar sobre os impostos e
a aplicação dos recursos públicos.

94) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) Se determinado município precisar


urgentemente aprovar a autorização legal para a contratação de determinado
empréstimo destinado a reformar as escolas locais antes do início do período
letivo, tal autorização não poderá ser incluída na LOA, pois essa lei não pode
conter dispositivo estranho à previsão das receitas e à fixação das despesas.

95) (CESPE – Analista Administrativo – Contábeis - ANTT – 2013) A lei


orçamentária anual pode conter dispositivo autorizando a abertura de créditos
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita.

96) (CESPE – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/ES – 2012) A


abrangência do princípio orçamentário da não vinculação de receitas restringe-
se às receitas de impostos.

97) (CESPE - AUFC - TCU - 2011) O princípio da universalidade está


claramente incorporado na legislação orçamentária, assegurando que o
orçamento compreenda todas as receitas e todas as despesas públicas,
possibilitando que o Poder Legislativo conheça, a priori, todas as receitas e
despesas do governo e possa dar prévia autorização para a respectiva
arrecadação e realização.

98) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCDF – 2012) Considerando os


mecanismos básicos de atuação do Estado nas finanças públicas, julgue o
seguinte item.
O princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se
refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde a publicação da Lei
n.º 4.320/1964.

99) (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/ES – 2012) A vinculação de


receitas para educação, saúde e segurança não pode ser considerada violação
do principio da não afetação de receitas, uma vez que esses serviços são a
razão da existência do Estado moderno.

100) (CESPE – Técnico Administrativo – ANTT – 2013) A proibição relativa à


inserção, na lei orçamentária, de norma estranha à previsão da receita e à
fixação da despesa advém do princípio da universalidade.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E E C C E E E E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C E C E C E E C C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E E C C C E E E E E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C C E E E E E C C E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C C C C E E C E C E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E E E C C E C E E E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
E C C E C C E C C E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
E E C E E C C E E C
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
E C E C E E E C C E
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C E C E C C C E E E

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