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Atividade 4: Atividade Telessaúde

Prevenção e controle da Retinopatia Diabética (RD)

A aula expositiva realizada pela Dr. Tessa Matos, Especialista em retina e


vítreo pela Universidade Federal de São Paulo, trouxe algumas informações
epidemiológicas dessa doença, mostrando que no Brasil sua incidência é de
24% a 39% da população diabética, sendo a principal causa de
cegueira prevenível em adultos de 20 a 75 anos de idade. Sobre a progressão
da doença, 33% das pessoas com DM já possui algum grau de RD e 10%
evoluem pra comprometimentos graves da visão. Um dado importante exposto
foi que, 90% dos pacientes com DM1 e 60% com DM2 terão algum grau de RD
após 02 décadas de doença, sendo que, a diminuição do risco de cegueira se
dá pelo diagnóstico precoce e tratamento realizado em tempo adequado.
Os fatores de riscos da doença acabar por trazer a importância do tema na
atenção básica, visto que, são fatores em sua maioria mutáveis, e que já são
extremamente abordados na atenção básica (obesidade, dislipidemia, HAS,
descontrole da DM).
Para justificar a importância do controle da DM na progressão da doença, a
palestrante trouxe os estudos DCCT e UKPDS. O primeiro mostrou que
pacientes com DM 1, que receberam tratamento intensivo com insulina, retarda
o aparecimento e a progressão da retinopatia, nefropatia e neuropatia. O
segundo que aborda os pacientes com DM 2, mostrou que o controle da
pressão arterial é tão importante quanto o controle da glicemia para impedir o
desenvolvimento e progressão da doença.
O rastreamento/acompanhamento da doença deve ser iniciado no paciente
com DM 1 após 5 anos do diagnóstico de doença ou início da puberdade. Já no
paciente com DM2 imediatamente após o diagnóstico da doença. As gestantes
devem ser acompanhadas trimestralmente. Os principais sintomas da RD são a
perda de foco, alteração das cores, manchas escuras e distorções da imagem.
O diagnóstico padrão ouro é o exame de fundo de olho com as pupilas
dilatadas, sendo que, retinografia colorida pode possibilitar a telessaúde em
locais de baixo ou nenhum acesso ao oftalmologista. Trazendo para realidade
do sus da região onde atuou como médico, o diagnóstico acaba sendo
realizado apenas por especialistas, visto que, falta material (oftalmoscópio) e
treinamento dos profissionais da rede. A RD acaba sendo um marcador
biológico para outras complicações micro e macro vasculares, logo, seu
monitoramento cuidadoso pode ajudar a prevenir a progressão de outras
doenças. Além das mudanças do estilo de vida e controle das doenças de
base, se mostra necessário consulta rotineira com oftalmologista.
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Declaramos que Kevin Goes Lobo, participou como ouvinte da atividade de Educação
Permanente em Saúde intitulada: Webpalestra: Prevenção e controle da retinopatia
diabética, realizada em 23/08/2022, contabilizando carga horária total de 3 horas. Esta
atividade faz parte das ações de Teleducação do Núcleo Técnico-Científico de
Telessaúde da Bahia, aos profissionais das equipes de saúde da Atenção Básica.

Salvador/BA, 23 de agosto de 2022.


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