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FALEIROS, Vicente de Paula,O que é Política Social -São Paulo,2006

"(...) Cada Dia surgem novos programas de assistência ao estudante, ao velho, ao


índio,à criança,à mulher , ao deficiente, ao doente, ao prisioneiro, às cidades.Esses programas
tornam-se cada vez mai detalhados, alguns tendo como alvo diversos tipos de doença, a lepra,
a poliomielite e o câncer."(p.03)

"(...) Há ainda muitos organismos privados que se encarregam de menores, mães


solteiras, doentes velhos migrantes, meninos, uns fornecem alimentos, como sopas e lanches
Outros dão abrigo, por exemplo recolhendo o mendigos na ruas durante a noite. Outros
oferecem serviços e até mantêm internatos ." (p 4.)

"(...) Esses auxílios e serviços, mesmo garantidos por lei, geralmente aparecem coo
fatores à população. Assim inflados em certas conjunturas políticas como, por exemplo, para
cata de votos ou para prestigiar certos grupos que estão no bloco do poder ou bloco
governamentais ".(p 6.)

"(...) Através dessas medidas, o Estado e os políticos aparecem como bons para o
povo preocupados com sua situação social e aparentemente resolvendo seus problema do
dia a dia em relação à doença,à moradia à educação e à alimentação, que constituem questões
de sobrevivência imediata para o trabalho de hoje ".(p 6)

“(...) O sistema da previdência social, por exemplo, e organizado em nome a


solidariedade social: Jovens aparece contribuindo para a aposentadoria dos velhos para o
tratamento de doente, os empregados para os desempregados ativos para os inativos os
solteiros para os casado; neste ultimo caso, está compreendido o salário família”.(p 7)
“(...) A colaboração entre patrões e empregados não visa melhorar as relações entre
dois indivíduos, ma reduzir os conflitos entre as classes sociais, agonizados pelas lutas entre
as organizações de trabalho e os patrões.” (p 8)

“(...) Nesse discurso, a sociedade aparece dividido entre fracos e forte, pobre e ricos,
favorecidos e desfavorecidos pela sorte, encobrindo-se as divisões mais profundas entre
exploradores e explorados, dominadores e dominados.” (p 8,9)

(...) “Não é o fato de ser velho ou criança, acidentado ou doente que implica
proteção, mas a situação de trabalhador de operário, de camponês, porém, no discurso oficial,
a políticas aparecem como proteção a determinadas categorias que seriam mais frágeis
individualmente.” (p 9)

(...) “com a expansão do capitalismo, das intervenções do Estado e das lutas social,
os cursos e a falas também foram mudando. As ênfases foram sendo dadas a outros temas,
embora continuem presentes na colaboração proteção social”,(p 9)

“(...) Vinculado à expansão do capitalismo encontra-se o desenvolvimento da


tecnologia e dos equipamentos de saúde, lazer transporte comunicação. As políticas sócias
também passaram a significar implantação de área de lazer e esporte , escolas, praças, creches
espaços culturais . Um exemplo disso é o programa Escola para todos (EPT) do Governo
Federal.” (p 9)

“(...) Para justificar novas intervenções do estado na ecologia , utiliza o discurso da


qualidade da vida, considera-se os equipamentos como "melhoria" de sua qualidade de vida"
A construção de obras coletivas, como água, telefone, lu, esgoto e parques, aparecem também
sob a justificativa da qualidade da vida e portanto como obras boas e boas obras para o
governo”. (p 11)
“(...) Alem de fazer o povo aceitar e, portanto legitimar essas intervenções do Estado
e de seus agentes, essas discursos fazem a população acreditar na bondade do sistema e no
fracasso individual, A falta de assistência educacional a falta de nutrição e saúde a falta de
moradia e falta de emprego de lazer, a falta de roupas e alimentos, ou seja, a doença, o
desemprego e a fome são atribuídos a falhas individuais ou à ausência de sorte na vida , pois
com as políticas sociais o sistema surge como atuante e preocupado com todos, Os
programas governamentais parecem de dar um jeito de integrar os carentes no sistema de
consumos e equipamentos, ou ao menos oferecem essa perspectiva a médio e longo prazo.” (p
11)

“(....)Todos os programas sociais vindos de cima para baixo são pagos e


financiados pelos próprios trabalhadores e se inscreve nu contexto muito mais complexo
que os discursos nem sequer prenunciam, ou melhor, distorcem e camuflam. Vou passar
analisar as políticas sócias nas sociedades capitalistas avançadas, onde mais se
desenvolvem.”(p 12)

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