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Prova 1 - Soldagem (28.06.

22)
Playlist da disciplina

Tópicos:
1 - Introdução
2 - Terminologia e simbologia da soldagem
3 - Arco elétrico de soldagem
4 - Fontes de energia para soldagem a arco
5 - Transferência metálica nos processos de soldagem a arco
6 - Soldagem gás oxicombustível
7 - Soldagem com eletrodo revestido
8 - Soldagem TIG
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1 - Introdução

Importante lembrar:
● Conceito de soldagem;
● Formação de uma junta soldada;
● Classificação dos processos;
● Importância dos processos;

● Processos de fabricação: divididos em 4 áreas. Soldagem é um processo primeiramente de


união (pode-se ter recobrimento de superfície também) e se dá por criar coesão.

● Processos de manufatura: são divididos em 6 grupos, onde a soldagem se dá pelo aumento


de volume. Ou seja, é adicionado o volume (metal soldado) em um equipamento já existente.
● Geração de volume (moldagem); Alteração de volume (vol cte, redução de vol, aumento de
vol) e alteração da estrutura.

Definição de soldagem: Processo de união de materiais baseado no estabelecimento, na região de


contato entre os materiais que estão sendo unidos, de forças de ligação química de natureza similar
às atuantes nos próprios materiais.
Em outras palavras: Soldagem é o processo de união de materiais que estabelece uma força de
ligação na região de contato de natureza similar às que atuam no próprio material.

Soldagem: técnica de fabricação que permite a realização de quatro operações distintas:

Formação de uma junta soldada

a) quanto mais os núcleos se aproximam, mais gera uma força atrativa, mas quando estão
muito próximos gera uma força repulsiva entre eles. A distância r0 é a distância interatômica
cujo as forças atrativas estão em equilíbrio com as repulsivas.
b) r0 x E0 (energia que mantém os átomos unidos) - ponto de equilíbrio. +E0 -> + ponto de
fusão e + resistência mecânica
Questão de prova: porque dois metais não se juntam só pela aproximação um do outro, já que
se estabeleceria uma ligação entre seus átomos?
R: por causa de dois fatores: contaminações superficiais, tais como poeira, óleos,
gorduras, umidade, óximo; e por causa da rugosidade do material, já que mesmo os materiais
mais polidos apresentam grandes rugosidades de escalas micrométricas.

Foi-se então desenvolvidas operações que possam ser feitas essas uniões da interface.

Soldagem por pressão (ou deformação)

● Pressionados os dois materiais um contra o outro; uma com movimento rotativo; Na interface
de contato o atrito gera calor reduzindo a tensão de escoamento, e então os óxidos e
contaminantes são expulsos para a lateral da junta. Aproxima-se os átomos suficientemente
para que se liguem entre si.

Soldagem por fusão

Soldagem por difusão


Classificação dos processos
Soldagem: 7 processos distintos:
1. Por resistência. Calor gerado pela resistividade à passagem de corrente para promover o
aquecimento local e assim soldar dois componentes e mais uma pressão exercida sobre
elas.
2. Brasagem forte: princípio de soldagem por difusão com T>350;
3. Brasagem forte: princípio de soldagem por difusão com T<350;
4. Soldagem em estado sólido. Soldagem a frio sem fusão local na região da junta;
5. Soldagem a arco: utiliza de um arco elétrico para promover a fusão local;
6. Gás combustível: utiliza uma mistura de gases com poder calorífico suficiente para fundir os
materiais.
7. Outros: processos que não se enquadram nos anteriores, exemplo: por indução.
2 - Terminologia e simbologia da soldagem

Simbologia no lado de cima: solda no lado oposto ao qual a seta aponta.


Cauda: informações complementares, como tipo de consumível, tipo de operação…
3 - arco elétrico de soldagem
Bizus: gráfico de regime de descarga elétrica e efeitos magnéticos

Importante lembrar:
1 Diferentes Regimes De Descargas Elétricas.
2 Especificidades Do Regime Arco Elétrico.
3 Características Elétricas,térmicas e magnéticas do arco.

● Def: arco elétrico consiste numa descarga elétrica de uma corrente elevada. Se dá pela ddp
entre dois eletrodos em meio gasoso.
● Alta temperatura desenvolvida -> fusão -> soldagem
● Corrente para a soldagem: geralmente de 70-400 A, mas pode ir até 1500 A

● Dimensoes eletrodo < dimensoes da peça -> arco com a forte de cone
● Maior área de contato -> menor eficiência de fusão. Arco mais conscrito possível ->
concentrar bastante calor na junta
● Processo eficiente: calor do arco para a peça < calor dissipado da peça ao ambiente

Principais mecanismos de emissão de elétrons


Obtenção do arco: ddp entre dois eletrodos -> campo elétrico acelera os íons -> elétrons
repelidos ao polo positivo. Ionização primária: neutrons colidindo com íons fazendo com que se
arranque elétrons dessa camada.
Arco elétrico: potêncial térmico da descarga é tão grande, que o calor consegue arrancar
elétrons da camada de valência do eletrôdo.
Ionização por efeito de campo: O calor sobre a junta é suficiente para desfazer os óxidos
existentes, fazendo com que os elétrons se migrem para a descarga
Esses são os efeitos de ionização primária e efeito termoiônico, .

Arco elétricos para eletrodos não consumíveis (A) e consumíveis (B): A - descarga elétrica
feita pelo material do gás utilizados na operação (B) - acores metálicos da fusão do próprio eletrodo
Obtenção do arco elétrico

● Aquecer o gás em torno do eletrodo


● DDP entre a peça e o eletrodo
● Fonte elétrica.
● Tensão em vazio: quando o eletrodo não toca a peça -> não há circuito. t1 ->
eletrodo toca a peça. Tensão cai para o valor da resistividade do contato (por causa
dos óxidos)
● Valor máximo da corrente: valor máximo e depois se estabiliza na corrente de curto
circuito

Características elétricas do arco:


Características térmicas

Características magnéticas:
Efeito pinch: As forças magnéticas que atuam no arco causam a deformação da ponta do eletrodo

● diminuição da tensão de escoamento de maneira que ele escoa com a força de compressão
do arco sobre ele (gerado pelo campo magnético)
Sopro magnético:

● Deflexão do arco devido a forças magnéticas externas, como os gerados pelos dispositivos
eletrônicos que controlam a operação

Solução deste caso: polarizar um dos eletrodos com CC e outro com CA, assim a cada ciclo
de soldagem, ela vai variar em sentidos opostos.
Configuração normal, como minimizar: utilizar CA, pois não promove o sopro magnético.
Uma maneira mais prática é inclinar o eletrodo pro lado que o arco se desvia, ou diminuir a distancia
eletrodo-peça. Ou diminuir a intensidade da corrente (Diminui o campo magnético).
4 - Fontes de energia de soldagem

Bizu: Descrever uma fonte; identificar uma tabela de seleção de fontes

O que é? Fonte que converte os parâmetros elétricos da rede para parâmetros elétricos para
realizar a soldagem.
Por que não usar a rede elétrica direta para soldar? 1 - segurança do operador (tensões
extremamente elevadas -> difícil execução). 2- baixa corrente (a corrente da rede é muito baixa). 3-
precisa-se de corrente contínua e não de CA como na rede.

Fonte é um transformador, onde por meio do número de espiras nas bobinas de entrada e
saída, se consegue variar os parâmetros de tensão (V e i).

Fonte convencional (eletromagéticas) Fontes modernas (eletrônicas)

controle se dá por meio de efeitos Fonte eletrônica: controle se dá por elementos


eletromagnéticos (variação da indutância) de potência (tiristores, transistores)

Mais resistentes, menor complexidade e menor Mais compactas e leves, mas maior custo de
custo de manutenção manutenção e maior complexidade

Principios eletromagnéticos para modular o Regulagem mais facil dos parâmetros, resposta
sinal de saida dinâmica mais rápida

Difícil regulagem dos parâmetros com a tensão Alta precisão, capacidade de ser programada,
em vazio. Instabilidade do sinal e respostas maior resposta dinâmica e padronização
lentas.
Características estáticas:

Características dinâmicas:

Fontes com baixa indutância: conseguem exercer uma resposta mais rápida a essas
variações transientes dos parâmetros elétricos
Fontes com alta indutância: são mais lentos para responder a variações transientes dos
parâmetros elétricos

Ciclos de trabalho: fonte precisa de refrigeração (ventuinha ou radiador)


Fonte convencional: transformador que converte os parâmetros elétricos em sinais de saída
condizentes com a soldagem por meio de um sistema de controle+banco de retificadores
(transformador-retificadora).
Transfere a energia elétrica de um circuito CA para outro através de um campo magnético
sem ocorrer modificação da frequência.

Ex:
Fontes com controle eletrônico:
Ex:

Seleção:
fonte transformadora retificadora de três fases. soldagem com eletrodo revestido, ou mig/mag.
Corrente contínua, frequência da rede 50-60 Hz. Tensões em vazio 50-60 V. Faixas de corrente e
tensão 3-450 A e 1 - 36 V. Fator de trabalho: 450 A e ciclo de trabalho 60% e 360 A e ciclo de
trabalho 100%.
5 - Transferência metálica nos processos de soldagem a arco

Tipos de transferência metálica:

Por curto circuito: Metal transferido por contato direto entre a gota e a poça de fusão. Força
devido a tensão superficial impede a gota de ser transferida por voo livre. Quando a gota toca a poça,
a força devido a tensão superficial se inverte e suga a gota para a poça. Tensão = 0 -> Corrente
máxima.
Globular: + valores de corrente de soldagem -> + força eletromagnética. Gota não cresce
acima de determinado valor, o somatório das forças eletromagnética + gravitacional são maiores que
a força devido a tensão superficial, fazendo a gota se desprender.
Pulverização: ainda mais corrente de soldagem -> gota não cresce a dimensões grandes e
desprende. Forças eletromagnéticas são muito grandes. Oscilogramas constantes.

Força de arraste: originada do jato de plasma


Força de vaporização: vaporização dos componentes do metal na região da gota com o arco
elétrico.
Por curto circuito
Corrente e tensão baixas (forma-se uma gota com grande diametro)
Curto circuito - tensão cai e corrente se eleva a um valor máximo
Transferência metálica do tipo globular
Tensões de arco de moderadas a alta e correntes baixas
Transferência de gotas com diâmetro maior que o diâmetro do eletrodo, a frequência baixa
(menor que a por curto circuito)

Força gravitacional > força da tensão superficial + vaporização - gota cai


Repulsiva: mesma coisa que globular, mas a força dominante é a de vaporização, que tira
ela do eixo de transferência da gota (ela cai pro lado)

Transferência do tipo goticular: pequenas gotas uniformes de forma sequencial e em alta


frequência
Sem variações nos sinais de tensão e corrente
Processo mig mag com corrente e tensão elevada. Corrente de soldagem > corrente de
transição. As forças eletromagnéticas são muito grandes (efeito pinch, forças de compressão
promovendo seu alongamento)
Com goticular elongamento: ponta do eletrodo afunilado. Quando corrente superior que a
do tipo goticular, com a ajuda da força Em, a ponta do eletrodo sofre um alongamento.
Goticular rotacional: metal pastoso + efeito torcional pela força eletromagnética.

6 - Soldagem a gás oxicombustível

Bizus: Tipos de uso de gás; onde usar o acetileno; cobre o que pode e não; uso de fluxo e pra que
serve; uso de gases (tabela - questão térmica)

Aquecimento do oxigênio e gás combustível na região da junta a ser formada, promovendo a


fusão dos metais de base.

Metal no interior da chama para reduzir a oxidação. Cone interno mais próximo possivel da
junta (+ rápida fusão).
Baixa produtividade, baixo custo -> muito simples.

Equipamentos:
Tubulação de acetileno - feitas de aço e não de cobre. A tendência do acetileno reagir com o
cobre é alta (pode ocorrer explosão).
Garrafa do combustível: diâmetro maior e comprimento menor. É feito por um conjunto de
soldas
acetileno + acetona -> maiores pressões sem risco de explosão.
Garrafa do comburente: diâmetro menor e comprimento maior, sem solda, tudo estampado.

Consumíveis

Antes era usado o ar comprimido, mas não é recomendado pois o ar possui uma quantidade
baixa de oxigênio (20%), e alto teor de nitrogênio (70%). Pode inclusive promover as trincas na
garrafa de pressão.
Comburente mais utilizado - oxigenio, + pureza -> + potencial calorifico
Combustível: todos acima, inclusive gás de cozinha (não recomendado por causa dos seus
contaminantes). O acetileno promove uma temperatura da chama maior, por isso acaba realizando o
processo a uma velocidade maior. Etileno também bem utilizado por causa da temperatura de
queima.

Fluxos: aplicar o fluxo à junta e na ponta do metal de adição, para promover a limpeza do
metal de base e do metal de adição. É um pó ou pastoso, ou spray. Fluxo é um material que ao ser
exposto ao calor da chama, se espalha sobre o metal reagindo com os óxidos e materiais orgânicos
promovendo a descontaminação dos materiais. Pfusão_fluxo<Pfusão_metal.
1) Ré. Cordão com largura menor e maior penetração. (calor aplicado diretamente na
superficie da chapa).
2) Para frente: penetração menor e largura maior. Chapas finas. (calor aplicado sobre o
cordão de solda).

7 - Soldagem com eletrodo revestido


Bizu: foco na classificação dos eletrodos

Arco elétrico entre o eletrodo consumível e o metal de base. Eletrodo consumivel: metal
consumivel vai compor a junta de soldagem junto com os materiais de base.

Escória: forma elementos de baixa densidade com os componentes do eletrodo consumível,


e protege o material adjacente da interação com o meio, e também pode controlar o fluxo de calor.
Consumo da alma>consumo do revestimento

Ingredientes e tipos de eletrodo: torcer pra nao cair kk

Eletrodo: fornece material à junta, refino microestrutural e descontaminação da zona fundida.


Formação de escória para proteger o material fundido e o material base. Não é possivel todas as
caracteristicas ao mesmo tempo, deve-se escolher um eletrodo especifico.

Classificação dos eletrodos

Eletrodo mais comum: E 6013 - todas as posições, CC ou CA, versátil no tipo de liga.
E 6013: Limite resistência à tração = 60.000 psi; 1 - todas as posições; 3 - tipo de corrente (pode
variar de 0 a 8), o 3 significa CA/CC, escória rutilica, arco fraco e pouca penetração.
Ainda pode ser: E XXYZ - (A1, B1-B9, …) que significa composição quimica de eletrodos de
baixa liga (tabela)

Adição de ferro no revestimento -> maior deposição (melhor aproveitamento do arco e estabilidade)

Curto circuito - tensão = 0 e corrente maxima

Soldagem TIG

Bizus: Porque no aluminio se usa corrente CA e não CC; porque se utiliza um eletrodo de tungstênio
puro para soldar aluminio; porque se utiliza ponta plana no aluminio?; pra que serve jogar o gás de
argônio numa camada depois da solda (para não oxidar por cima)
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● Arco elétrico entre um eletrodo de tungstênio não consumível e a peça a ser soldada
● Proteção: alimentação de gás inerte no canal
● Controle da energia do processo (controle da produção do calor)
● Soldagem de peças de pequenas espessuras
● Aspecto da solda muito boa devido ao gás de proteção
● Com ou sem metal de adição
● Gás: ainda protege de o arco elétrico perder elétrons para o ambiente (ar)
● Para cada espessura de peça, se utiliza um diâmetro de eletrodo
● É usado o tungstênio devido ao seu elevado ponto de fusão e dureza a quente.
● Eletrodo feito por metalurgia do pó
● CC: desgasta rapidamente o eletrodo

● Para a soldagem em CA do alumínio e magnésio, não se faz o apontamento da extremidade


do eletrodo (ângulo = 180º). Isso se deve para concentrar a maior parte do calor junto à
junta. (Alumínio - elevada condutividade térmica). Maior apontamento - maior espalhamento
lateral e maior a largura do cordão
● No alumínio e magnésio se utiliza CA, pois na metade do ciclo os elétrons vão do eletrodo
para a peça e na outra metade, ao contrário, então quando os elétrons vão da peça para o
eletrodo, eles fundem a extremidade do eletrodo de alumínio formando uma espécie de
esfera (facilita emissão de elétrons)

Gás de proteção
Argônio - menor custo; menor consumo (peso atômico maior); estabilidade e abertura melhor
do arco; transferência de calor menor; melhor efeito de limpeza dos óxidos.
Hélio: maior consumo e maior custo, abertura difícil. Melhor penetração e maior velocidade
Ar-H e Ar-He: misturas. características intermediárias a utilização dos gases puros
Fluxo (A-TIG) - promove uma maior nucleação

CC-: Elementos metalicos ferrosos, alta penetração; CC+: Gera grande desgaste no eletrodo;
Pulsada: soldagem ponto - pequena espessura; CA: A mais recomendada para materiais que geram
oxidos passivos em sua superficie.

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