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Sumário
Sobre o Autor........................................................................................................................................4
Introdução.............................................................................................................................................5
Capítulo 1 – Regulamentação sobre Segurança e Saúde no Trabalho..................................................7
1 – ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/MTE/2010..........................................................................7
Capítulo 2 - Disposições Gerais (NR 1).............................................................................................16
2 - IFPI/Engenheiro de Segurança do Trabalho-IFPI/2012...........................................................16
Capítulo 3 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho –
SESMT (NR 4)...................................................................................................................................20
3 - FUNRIO/Engenheiro de Segurança do Trabalho-ETEA/SEMAST/2012...............................20
4 - CESPE/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina do Trabalho-TRT 8ª Região/2013
.......................................................................................................................................................25
Capítulo 4 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI (NR 6).....................................................33
5 - ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho/2010...................................................................................33
6 – CESPE/Analista Judiciário/Apoio Especializado - Engenharia - TRT 10ª Região/2013........39
7 - IADES/Técnico em Medicina do Trabalho-MPE/GO/2013.....................................................45
Capítulo 5 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (NR 7)....................54
8 – IFRN/Professor de Higiene e Saúde do Trabalho/IFRN/2009.................................................54
Capítulo 6 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA (NR 9)....................................60
9 - CESPE/Analista Administrativo Engenharia - ANCINE/2013/ADAPTADA.........................60
10 - CESPE/Analista Administrativo - Engenharia Civil-ANATEL/2014....................................67
11 - IFRJ/Técnico de Segurança do Trabalho-IFRJ/2006..............................................................71
12 - FUNIVERSA/Analista em Segurança do Trabalho-GDF/2010.............................................75
13 - FUNIVERSA/Técnico de Segurança do Trabalho-CEB/2010...............................................82
Capítulo 7 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade (NR 10)....................................92
14 - FUNIVERSA/Técnico em Edificações/Engenharia Elétrica-MPE/GO/2010........................92
Capítulo 8 – Atividades e Operações Insalubres e Perigosas (NR 15 e NR 16).................................97
15 - CESPE/Analista Legislativo/Engenharia de Segurança do Trabalho-Câmara dos
Deputados/2012.............................................................................................................................97
16 - CESPE/Perito/Analista em Medicina do Trabalho-MPU/2013/ADAPTADA.....................105
17 - FCC/Analista Judiciário/Engenharia de Segurança do Trabalho-TRT 3ª Região/2015........111

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18 – ACEP/Engenheiro de Segurança do Trabalho/Banco do Nordeste/2006............................124
19 – IFRN/Professor de Segurança do Trabalho/IFRN/2009......................................................128
Capítulo 9 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (NR 18)..........134
20 - FUNIVERSA/Engenheiro de Segurança do Trabalho-CEB/2010.......................................134
CONCLUSÃO..................................................................................................................................141

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Sobre o Autor
Aldair Lazzarotto é Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT) aprovado em 3º lugar no
concurso de 2013. Está lotado em Uruguaiana/RS e atua, essencialmente, em
auditorias em obras de construção civil.

É professor de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), Direito do Trabalho e


Discursivas em cursos preparatórios para concursos, como Ponto dos
Concursos e Nota 11.

Também é autor dos livros 1001 Questões Comentadas de Direito do Trabalho


– FCC e 1001 Questões Comentadas de Segurança e Saúde no Trabalho –
CESPE, ambos publicados pela editora Método.

Anteriormente, foi Analista Judiciário no TRT 3ª Região e no TRT 9ª Região e


Técnico Judiciário no TRT 12ª Região e no TRT 9ª Região.

Entre as aprovações em concursos públicos, destacam-se as seguintes: 3º


lugar para AFT (2013); 2º lugar para Analista Judiciário/Área Administrativa,
no TRT 9ª Região (2013) e no TRT 18ª Região (2008), e 9º lugar para Analista
Judiciário/Área Administrativa, no TRT 2ª Região (2008).

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Introdução
É com grande satisfação que disponibilizamos o E-book “Discursivas
Comentadas de Segurança e Saúde no Trabalho para AFT – Vol. I”.

Esta obra reúne 20 (vinte) questões discursivas de SST cobradas em concursos


anteriores. Este primeiro volume abrange questões envolvendo as Normas
Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Previdência Social
(MTPS).

Os comentários foram elaborados de forma clara, objetiva e na profundidade


adequada às exigências das provas para Auditor-Fiscal do Trabalho.

Os comentários estão atualizados de acordo com a legislação atual e


envolvem, estritamente, a abordagem de conteúdo. Esta obra não se destina a
fornecer orientações microestruturais ou macroestruturais para composição
das discursivas. Contudo, orientações pontuais sobre estruturação textual
foram inseridas em alguns comentários.

Ademais, a abordagem do assunto se restringe à proposta temática


apresentada pela banca. O objetivo não é ensinar o conteúdo da disciplina. Os
comentários não estão, necessariamente, idênticos a eventuais espelhos de
resposta disponibilizados pela banca por ocasião da realização do concurso
público.

Cada tópico foi comentado de forma individualizada. Ao final de cada questão,


é apresentada uma proposta de resolução adequada ao padrão de cobrança
exigido pelas bancas. Na medida do possível, foi observado o número de linhas
destinado para a resposta.

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Por derradeiro, escuso-me por eventuais imperfeições, esperando contribuir
para o aprimoramento de seus estudos e torcendo para que tenha êxito em
seus propósitos. Ademais, agradeço pelas observações, críticas e sugestões,
com o intuito de aprimoramento deste trabalho.

Prof. Aldair Lazzarotto


contato@aldairlazzarotto.com.br
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Capítulo 1 – Regulamentação sobre Segurança
e Saúde no Trabalho
1 – ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/MTE/2010

O artigo 7º, XXII da CRB/88, garante aos trabalhadores direito à “redução dos
riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança”. Ainda a CRB/88 ampliou o conceito de meio ambiente para além
do natural, incluindo o meio ambiente artificial, cultural e do trabalho, ao
determinar em seu artigo 225 que “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

A partir do contexto acima apresentado, disserte sobre os seguintes pontos:

a) conceito e evolução da Saúde e Segurança no Trabalho, no direito


brasileiro;

b) normas de segurança e saúde do trabalhador;

c) a validade normativa em nosso ordenamento jurídico quanto às delegações


ao Ministério do Trabalho e Emprego previstas na cabeça do artigo 200 da CLT
que diz: “Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer normas de que trata este
capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de
trabalho, especialmente sobre:[...]”;

d) os efeitos normativos de Cláusula de Acordo Coletivo de Trabalho que


desregulamenta norma jurídica Estatal que trata de saúde e segurança do
trabalhador.

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Informações Complementares

Número de Linhas: de 15 a 30 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Tópico “a”: Conceito e evolução da Saúde e Segurança no Trabalho, no


direito brasileiro.

a.1. Conceito de SST

Não há um conceito oficial (ou legal) de Segurança e Saúde no Trabalho. SST é


um ramo do Direito do Trabalho que estuda, essencialmente, a promoção da
saúde e a prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais.

Tendo em vista esse parâmetro, propomos um conceito que pode ser extraído
do Decreto 7.602/2011, que dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho (PNSST).

Nesse sentido, Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é um conjunto de


ciências, princípios e normas que tem por objetivo a promoção da saúde, a
melhoria da qualidade de vida e a prevenção de acidentes e de danos à saúde
do trabalhador, com vistas à eliminação ou redução dos riscos nos ambientes
de trabalho.

A saúde do trabalho (ou saúde ocupacional) tem entre suas finalidades a


promoção e a manutenção do bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores; a prevenção de doenças ocupacionais e a adaptação dos
ambientes de trabalho às aptidões fisiológicas e psicológicas dos trabalhadores.

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A segurança do trabalho tem entre suas finalidades a redução dos acidentes de
trabalho e das doenças ocupacionais e a proteção da integridade e da
capacidade do trabalhador.

a.2.Evolução da Saúde e Segurança no Trabalho no direito brasileiro

Apresenta-se, de forma bem sintetizada, a evolução cronológica da


regulamentação em SST no Brasil.

1891 (Decreto 1.313): É considerado o marco da Inspeção do Trabalho no


Brasil, uma vez que instituiu a fiscalização permanente do trabalho de menores
em estabelecimentos fabris. Proibia o trabalho de menores de 12 anos, exceto
como aprendizes, nas fábricas, a partir dos 8 (oito) anos. Instituiu jornadas de
7 (sete) a 9 (nove) horas para os menores. Ademais, o Decreto proibia, entre
outras atividades, o trabalho de menores em operações com exposição a risco
de vida e a esforço excessivo.

1919 (Decreto 3.724). Instituiu uma indenização máxima de três anos de


salário do operário nos casos de morte ou incapacidade total ou permanente e
a obrigação de emissão da “Declaração de Acidente”. Essa declaração deveria
ser feita apenas nos casos de acidentes que obrigasse o operário a suspender
o serviço ou se ausentar. O Decreto tinha abrangência restrita aos operários da
construção civil, de transporte de carga e descarga, de indústrias e de
trabalhos agrícolas.

1934 (Constituição Federal). Entre as principais inovações da CF/34 está a


jornada máxima de oito horas diárias; a proibição de trabalho a menores de 14
anos, de trabalho noturno a menores de 16 e de trabalho em indústrias
insalubres a menores de 18 anos e a mulheres; a assistência à gestante

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(descanso antes e depois do parto), sem prejuízo do salário e do emprego, e a
instituição de benefícios previdenciários para casos de invalidez, maternidade e
acidentes de trabalho.

1943 (Decreto 5.452/43, que promulgou a Consolidação das Leis do


Trabalho – CLT). Consolidou em um único documento as leis esparsas sobre
segurança e saúde no trabalho. O capítulo V da CLT original tratava “Da
Higiene e Segurança do Trabalho”.

1967 (Decreto 229). Alterou a CLT, incluindo a obrigatoriedade de


constituição de SESMT.

1977 (Lei 6.514). Alterou todo o capítulo V da CLT, “Da Segurança e da


Medicina do Trabalho”, inclusive a redação do Art. 200 que passou a prever a
competência do MTPS para estabelecer normas sobre SST tendo em vista as
peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho.

1978 (Portaria 3.214). Aprovou as primeiras 28 Normas Regulamentadoras


(NR), sendo considerada um marco histórico para a regulamentação da
segurança e saúde no trabalho no Brasil.

De lá para cá, mais oito normas regulamentadoras foram aprovadas e


inúmeras atualizações realizadas no texto das normas vigentes. Hoje há 35 NR
em vigor (a NR nº 27 tratava do registro dos técnicos de segurança no MTPS e
foi revogada).

Tópico “b”: normas de segurança e saúde do trabalhador.

Conforme estudado, a Lei 6.514/77 alterou o capítulo V da CLT “Da Segurança


e da Medicina do Trabalho” e estabeleceu a competência do MTPS para

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estabelecer “normas de segurança e saúde do trabalhador”, ou seja, nossas
atuais Normas Regulamentadoras (NR).

Com a publicação da Portaria 3.214/78 pelo MTPS, as NR passaram a regular


os principais assuntos relacionados à SST. Atualmente, são 35 normas em
vigor. A lista completa e atualizada pode ser verificada no seguinte link:
http://goo.gl/BMs02Q.

A discussão e a aprovação do texto das normas competem a uma Comissão


Tripartite Paritária Permanente (CTPP), instituída no âmbito da Secretaria de
Inspeção do Trabalho (SIT), órgão técnico em SST do MTPS.

Para uma NR ser elaborada, ela precisa ser analisada e aprovada no âmbito da
comissão tripartite, formada por representantes do governo, dos
trabalhadores e dos empregadores.

O processo de elaboração e revisão das NR é composto de cinco etapas:

• Definição de temas.
• Elaboração de texto técnico básico.
• Publicação de texto técnico básico no Diário Oficial da União (DOU).
• Instalação do Grupo de Trabalho Tripartite (GTT).
• Aprovação e publicação da norma no DOU.

O texto técnico básico da futura NR é elaborado por um grupo de trabalho


composto por Auditores-Fiscais do Trabalho. Quando o assunto envolver a área
de saúde e segurança do trabalho, o texto será elaborado por grupo composto
de Auditores com especialidade em Saúde e Segurança no Trabalho.

Participam também profissionais pertencentes à Fundação Jorge Duprat de


Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO) e entidades

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de direito público e de direito privado ligadas à área objeto de regulamentação.

Tópico “c”: validade normativa em nosso ordenamento jurídico quanto


às delegações ao Ministério do Trabalho e Emprego previstas na
cabeça do artigo 200 da CLT que diz: “Cabe ao Ministério do Trabalho
estabelecer normas de que trata este capítulo, tendo em vista as
peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente
sobre:[...]”.

Não há dúvidas sobre a validade da delegação da regulamentação em SST


prevista no Art. 200 da CLT. O artigo estatui a competência do MTPS para
estabelecer normas regulamentadoras, tendo em vista as peculiaridades de
cada atividade ou setor de trabalho.

O principal fundamento que legitima essa atuação do MTPS, além da própria


previsão legal, é o inciso XXII da CF/88, que estatui como direito dos
trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos inerentes ao trabalho,
por meio de normas de saúde, higiene e segurança. Essa é a base
constitucional para o MTPS regulamentar a matéria.

Outro fundamento é o poder regulamentar (ou poder normativo) atribuído à


Administração Pública para editar atos gerais e abstratos em complemento às
leis, possibilitando sua efetiva aplicação. O poder regulamentar é exercido,
principalmente, por meio de decretos. Contudo, outros atos normativos
editados por outras autoridades administrativas também estão inseridos no
poder regulamentar. É o caso das instruções normativas, resoluções e
portarias. As Normas Regulamentadoras são expedidas por meio de Portarias,
que são assinadas pelo Ministro do Trabalho.

Em decorrência da separação de poderes, o Congresso não pode delegar aos

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órgãos administrativos sua atribuição de legislar, salvo nos casos previstos na
Constituição. Contudo, se aceita a delegação de matéria técnica, como no caso
das agências reguladoras. Trata-se do fenômeno da deslegalização.

Entretanto, a CF/88 reservou ao Poder Legislativo a prerrogativa de controlar


os atos regulamentares. Conforme previsto no inciso V do Art. 49, é da
competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do
Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da
delegação legislativa.

Tópico “d”: os efeitos normativos de Cláusula de Acordo Coletivo de


Trabalho que desregulamenta norma jurídica estatal que trata de
saúde e segurança do trabalhador.

O efeito normativo da cláusula de acordo coletivo de trabalho que


desregulamenta norma estatal sobre segurança e saúde do trabalhador é de
nulidade absoluta.

As normas coletivas podem restringir apenas normas estatais de


indisponibilidade relativa. As normas estatais de indisponibilidade absoluta,
como aquelas que tratam da segurança e saúde do trabalhador, são
infensas à negociação coletiva, pois protegidas pelo princípio da
indisponibilidade.

O princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas restringe a


autonomia de vontade dos sindicatos. As normas sobre SST são de natureza
cogente (normas de ordem pública, imperativas), portanto, alheias à
negociação coletiva.

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SUGESTÃO DE RESPOSTA

Com base no Decreto 7.602/2011, pode-se conceituar Segurança e


Saúde no Trabalho (SST) como um conjunto de ciências, princípios e normas
que tem por objetivo a promoção da saúde, a melhoria da qualidade de vida e
a prevenção de acidentes e de danos à saúde do trabalhador, com vistas à
eliminação ou à redução dos riscos nos ambientes de trabalho.
A evolução da SST no direito brasileiro passa pela publicação do
Decreto 5.452/43, que promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Posteriormente, a Lei 6.514/77 estabeleceu a competência do Ministério do
Trabalho e Previdência Social (MTPS) para estabelecer normas sobre SST.
Entretanto, o principal marco histórico da regulamentação sobre segurança e
saúde no trabalho no direito brasileiro é a publicação da Portaria nº 3.214/78
do MTPS, que aprovou as primeiras 28 Normas Regulamentadoras (NR).
Atualmente, há 35 normas de segurança e saúde em vigor. A
discussão e a aprovação do texto das normas são realizadas por uma
Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), instituída no âmbito da
Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), órgão técnico em SST do MTPS.
É válida a delegação da regulamentação em SST prevista no Art.
200 da CLT. O principal fundamento que legitima essa atuação é a
Constituição Federal de 1988 (CF/88), que estatui como direito dos
trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos inerentes ao trabalho.
Ademais, o poder regulamentar confere à Administração Pública a
prerrogativa de editar atos gerais e abstratos em complemento às leis.
Conforme Maurício Godinho Delgado, o principal efeito normativo
da cláusula de acordo coletivo de trabalho que desregulamenta norma estatal
sobre segurança e saúde do trabalhador é a caracterização de sua nulidade
absoluta. As normas estatais que tratam da segurança e saúde do trabalhador

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são normas de indisponibilidade absoluta, infensas à negociação coletiva, pois
protegidas pelo princípio da indisponibilidade.

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Capítulo 2 - Disposições Gerais (NR 1)

2 - IFPI/Engenheiro de Segurança do Trabalho-IFPI/2012

Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras (NR), faça a


diferenciação dos conjuntos de termos a seguir:

• “Empresa e Estabelecimento”.

• “Canteiro de Obra e Frente de Trabalho”.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 15 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

O primeiro cuidado a ser tomado é prestar atenção à palavra-chave descrita no


enunciado da questão: “diferenciação”. Não basta que o candidato conceitue e
exemplifique os termos. O examinador buscará no texto a diferença entre os
conceitos.

Tópico 1 - Empresa e Estabelecimento.

Os conceitos e suas diferenças devem ser extraídos de normas sobre


segurança e saúde (neste caso a NR 1), já que a questão foi cobrada na
disciplina de SST. Lembre-se que o Código Civil também conceitua esses
termos.

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A NR 1 define empresa como o estabelecimento ou o conjunto de
estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e
outras, constituindo a organização de que se utiliza o empregador para atingir
seus objetivos.

Já estabelecimento, de acordo com a norma, é cada uma das unidades da


empresa que funcione em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria,
usina, escritório, loja, oficina, depósito e laboratório.

Perceba que para a NR 1 a empresa engloba o “todo”, enquanto


estabelecimento são as “unidades” localizadas em espaços distintos. Essa é a
diferenciação entre os conceitos. Como exemplo, pode-se citar o caso de uma
empresa que produz e comercializa produtos hortifrutigranjeiros. Supondo que
a empresa possua três instalações físicas (fazenda produtora, setor de
transporte e distribuição e escritório de vendas), cada uma delas será um
estabelecimento e o conjunto dos três estabelecimentos constitui a empresa.

Apesar de haver certa semelhança com o conceito civilista, que define a


empresa como uma atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços, o conceito da NR 1 é mais amplo,
abrangendo todos os estabelecimentos (complexos de bens) e não apenas a
atividade econômica.

Lembre-se que o Código Civil define estabelecimento como todo complexo de


bens organizado para exercício da empresa por empresário ou por sociedade
empresária.

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Tópico 2 - Canteiro de Obra e Frente de Trabalho.

Esses conceitos também se encontram na NR 1.

O canteiro de obra é a área do trabalho fixa e temporária, onde se


desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou
reparo de uma obra.

Já a frente de trabalho é a área de trabalho móvel e temporária, onde se


desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou
reparo de uma obra.

A diferença entre os conceitos refere-se ao fato do canteiro de obras ser fixo,


enquanto a frente de trabalho é móvel.

Como exemplo de canteiro de obras, pode ser citada a área de trabalho


necessária para a construção de um viaduto. É temporária, pois funcionará
apenas enquanto o viaduto estiver sendo construído, e fixa, pois os trabalhos
necessários à construção do viaduto serão realizados sempre no mesmo local.

Como exemplo de frente de trabalho, pode ser citada a área de trabalho


necessária à construção de rodovias. É temporária, pois funcionará apenas
enquanto a rodovia estiver sendo construído, e móvel, pois a área avança
conforme as etapas da obra são finalizadas. É o caso da construção de uma
rodovia que liga São Paulo a Cuiabá, que se inicia em São Paulo e vai
avançando em direção à Cuiabá.

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SUGESTÃO DE RESPOSTA

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 1 (NR 1), a diferença


entre empresa e estabelecimento refere-se ao fato de a primeira englobar
toda a organização utilizada para desenvolver uma atividade econômica,
enquanto o segundo compreende cada unidade da empresa localizada em
locais diferentes.
A NR 1 define empresa como o estabelecimento ou o conjunto de
estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho e locais de trabalho,
por exemplo. Já estabelecimento compreende cada uma das unidades da
empresa como, por exemplo, a fábrica, o escritório e o depósito.
Por outro lado, segundo disposto na NR 1, a diferença entre canteiro
de obra e frente de trabalho refere-se ao fato do canteiro ser fixo e a frente de
trabalho ser móvel. Ambos são áreas de trabalho temporárias onde se
desenvolvem operações de apoio e execução à construção, à demolição ou ao
reparo de uma obra.

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Capítulo 3 – Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho – SESMT (NR 4)

3 - FUNRIO/Engenheiro de Segurança do Trabalho-


ETEA/SEMAST/2012

A Norma Regulamentadora 4 trata dos Serviços Especializados de Segurança e


Medicina do Trabalho. Nela, encontramos as diretrizes de implantação destes
serviços e todas as exigências necessárias a seu pleno funcionamento e as
penalizações pelo descumprimento de tais exigências. Conhecendo a NR-4 e
suas diretrizes, informe quais os profissionais que compõem os Serviços
Especializados de Segurança e Medicina do Trabalho e quais deles precisam
ser registrados no Ministério do Trabalho; como é feito o dimensionamento
deste serviço e qual a carga horária prevista para os profissionais de
Segurança e Medicina do Trabalho.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 30 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Em enunciados como esse, em que os aspectos a serem abordados não estão


dispostos em tópicos, é necessária atenção para não se esquecer de responder
a nenhuma pergunta. Perceba que há quatro questionamentos:

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1 - Quais os profissionais que compõem os Serviços Especializados de
Segurança e Medicina do Trabalho?

2 - Quais deles precisam ser registrados no Ministério do Trabalho?

3 - Como é feito o dimensionamento deste serviço?

4 - Qual a carga horária prevista para os profissionais de Segurança e Medicina


do Trabalho?

1 - Quais os profissionais que compõem os Serviços Especializados de


Segurança e Medicina do Trabalho?

Conforme previsto no item 4.4 da Norma Regulamentadora nº 4 (NR 4), os


Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT) devem ser compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro
de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.

Em regra, esses profissionais devem ser empregados da empresa. Ademais,


devem possuir formação e registro profissional em conformidade com o
disposto na regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos
emitidos pelo respectivo Conselho Profissional.

Atente-se que a obrigatoriedade existe apenas para esses cinco profissionais.


Dessa forma, psicólogos ocupacionais, tecnólogos em segurança do trabalho,
ergonomista e outros profissionais, mesmo que suas atribuições relacionem-se
com a segurança e saúde no trabalho, não serão obrigatórios nos SESMT das
empresas.

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2 - Quais deles precisam ser registrados no Ministério do Trabalho?

Atualmente, o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) concede o


registro profissional a 14 categorias: Artista e Técnico em Espetáculos de
Diversões; Arquivista e Técnico em Arquivo; Atuário, Guardador e Lavador de
Veículos; Jornalista; Publicitário e Agenciador de Propaganda; Radialista;
Secretário e Técnico em Secretariado; Sociólogo e Técnico de Segurança do
Trabalho.

Portanto, o único profissional do SESMT que precisa ser registrado no MTPS é o


Técnico de Segurança do Trabalho. Os demais profissionais do SESMT possuem
conselhos de classe, de forma que basta a regular inscrição junto ao
respectivo conselho profissional.

CRM – Conselho Regional de Medicina para o Médico do Trabalho.

CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura para o Engenheiro de


Segurança do Trabalho.

COREN – Conselho Regional de Enfermagem para o Enfermeiro do Trabalho e


Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.

3 - Como é feito o dimensionamento deste serviço?

Dimensionar é definir, calcular ou preestabelecer o tamanho, dimensão ou


proporção de algo. O dimensionamento do SESMT, portanto, nada mais é que a
definição do número de membros que integram o serviço.

A NR 4 estabelece que o dimensionamento dos SESMT deve levar em conta a


gradação do risco da atividade principal e o número total de empregados do

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estabelecimento, observadas as exceções previstas na norma.

A quantidade de empregados refere-se somente aos empregados celetistas.


Portanto, servidores públicos estatutários, sócios, estagiários e trabalhadores
temporários não são contabilizados para fins de dimensionamento.

Ademais, em regra, não será considerado o risco da atividade econômica


desenvolvida no estabelecimento em que o SESMT será instalado, caso a
empresa possua diversos estabelecimentos com atividades de riscos
diferenciados em cada um deles, mas a gradação do risco atividade principal
da empresa.

Atividade principal é a atividade que traz maior contribuição para a geração da


receita operacional da empresa.

4 - Qual a carga horária prevista para os profissionais de Segurança e


Medicina do Trabalho?

A NR 4 prevê jornadas de trabalho diferenciadas para os profissionais do


SESMT.

Para o técnico de segurança do trabalho e para o auxiliar de enfermagem do


trabalho, a carga horária de trabalho é de 8 (oito) horas por dia, independente
do dimensionamento do SESMT.

Já o engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o


enfermeiro do trabalho poderão trabalhar em jornada integral ou em jornada
parcial.

A carga horária mínima em tempo parcial para esses profissionais é de 3

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(três) horas e a carga horária de trabalho em tempo integral é de 6 (seis)
horas por dia. A jornada parcial ou integral é definida pelo Quadro II da NR 4,
conforme o dimensionamento do SESMT.

Há, ainda, uma regra específica para o médico do trabalho. Para cumprir as
atividades do SESMT em tempo integral, a empresa poderá contratar mais
de um profissional, desde que cada um dedique, no mínimo, 3 (três) horas
de trabalho, sendo necessário que o somatório das horas diárias trabalhadas
por todos seja de, no mínimo, 6 (seis) horas.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 4 (NR 4), os Serviços


Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT) devem ser compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro de
Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
Conforme previsto no sítio eletrônico do Ministério do Trabalho e
Previdência Social (MTPS), entre os profissionais do SESMT, apenas o Técnico
de Segurança do Trabalho precisa ser registrado no MTPS. Os demais
profissionais deverão possuir apenas registro regular no respectivo conselho
de classe.
O dimensionamento do SESMT, segundo a NR 4, é feito conforme a
gradação do risco da atividade principal e o número total de empregados do
estabelecimento, observadas as exceções previstas na norma.
Ainda de acordo com a NR 4, a carga horária de trabalho para o
técnico de segurança do trabalho e para o auxiliar de enfermagem do trabalho
é de oito horas por dia. Já o engenheiro de segurança do trabalho, o médico

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do trabalho e o enfermeiro do trabalho poderão trabalhar em jornada integral
ou em jornada parcial.
A carga horária mínima em tempo parcial para esses profissionais é
de três horas e a carga horária de trabalho em tempo integral é de seis horas.
Quanto ao médico do trabalho, a empresa poderá contratar mais de um
profissional, desde que cada um dedique, no mínimo, três horas de trabalho,
sendo necessário que o somatório das horas diárias trabalhadas por todos seja
de, no mínimo, seis horas.

4 - CESPE/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina


do Trabalho-TRT 8ª Região/2013

A lei exige, conforme o grau de risco da atividade econômica e o número de


trabalhadores da empresa, a instalação do serviço especializado em
engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT), ferramenta
fundamental na condução de uma política de prevenção dos acidentes e das
doenças ligadas ao trabalho no âmbito dessas empresas.

Considerando que, em determinada empresa fabril de estabelecimento único


sem prestadoras de serviço ou empresas terceirizadas que opera em regime
normal de trabalho, sem sazonalidade, deva ser instalado um SESMT de
formação completa, redija um texto dissertativo abordando, necessariamente,
os seguintes aspectos.

• Os profissionais que devem compor esse SESMT e a carga


horária de trabalho diário de cada um desses profissionais.

• As funções e responsabilidades dos profissionais desse SESMT

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dentro da empresa.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 20 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Tópico 1 - Os profissionais que devem compor esse SESMT e a carga


horária de trabalho diário de cada um desses profissionais.

Perceba que este tópico já foi respondido na questão anterior e que ele pode
ser subdividido em dois: os profissionais que compõem o serviço e a jornada
de trabalho.

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho (SESMT) devem ser compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro
de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.

A obrigatoriedade existe apenas para esses cinco profissionais. Dessa forma,


psicólogos ocupacionais, tecnólogos em segurança do trabalho, ergonomista e
outros profissionais, mesmo que suas atribuições relacionem-se com a
segurança e saúde no trabalho, não serão obrigatórios nos SESMT das
empresas.

A NR 4 prevê jornadas de trabalho diferenciadas para os profissionais do


SESMT.

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Para o técnico de segurança do trabalho e para o auxiliar de enfermagem do
trabalho, a carga horária de trabalho é de 8 (oito) horas por dia, independente
do dimensionamento do SESMT.

Já o engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o


enfermeiro do trabalho poderão trabalhar em jornada integral ou em jornada
parcial.

A carga horária mínima em tempo parcial para esses profissionais é de 3 (três)


horas e a carga horária de trabalho em tempo integral é de 6 (seis) horas por
dia. A jornada parcial ou integral é definida pelo Quadro II da NR 4, conforme
o dimensionamento do SESMT.

Tópico 2 - As funções e responsabilidades dos profissionais desse


SESMT dentro da empresa.

Primeiramente, perceba que esse tópico solicita as “funções” e as


“responsabilidades” dos profissionais do SESMT. Esses dois núcleos podem ser
resumidos em um único: “as competências” dos profissionais do SESMT.

Essas competências (funções ou responsabilidades) estão previstas no item


4.12 e alíneas da NR 4. A norma não estabelece competências específicas
para cada profissional (competência do médico, competência do técnico de
segurança do trabalho, etc). Ao contrário, a norma elenca atribuições globais
dos profissionais integrantes do SESMT. Vejamos cada uma delas:

Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do


trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali
existentes à saúde do trabalhador.

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Essa é uma das atribuições mais amplas do SESMT. Cada um dos profissionais
atuará, dentro de sua esfera de competência, em ações que busquem diminuir
ou eliminar os riscos à saúde e à segurança dos trabalhadores.

Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação


do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de
Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que
determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica
do agente assim o exija.

Veja que ao SESMT cabe recomendar o EPI e determinar o seu uso. A CIPA e
os trabalhadores usuários apenas são ouvidos antes da escolha do EPI a ser
utilizado.

Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas


instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência
disposta na alínea "a".

A competência disposta na alínea “a” é aquela que estabelece que o SESMT


deve aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do
trabalho ao ambiente e a todos os seus componentes.

Dessa forma, em projetos ou novas instalações a atuação do SESMT


somente ocorre caso solicitado pelo empregador. Já no ambiente de trabalho
(instalações e máquinas, por exemplo), a atuação do SESMT é automática e
independe de solicitação expressa.

Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento


do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou
seus estabelecimentos.

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Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo
de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme
dispõe a NR 5.

O SESMT deverá manter entrosamento permanente com a CIPA, dela valendo-


se dela como agente multiplicador, devendo estudar suas observações e
solicitações e propor soluções corretivas e preventivas para os problemas
encontrados.

Esse permanente relacionamento com a CIPA é muito importante para adoção


de medidas preventivas, na medida em que os membros da CIPA são
empregados que vivenciam e participam do dia a dia do processo de trabalho
da empresa. Os profissionais do SESMT nem sempre estarão acompanhando os
trabalhadores no desenvolvimento de sua atividade.

Promover a realização de atividades de conscientização, educação e


orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas
de duração permanente.

O SESMT pode promover campanhas e programas de prevenção de acidentes


ou doenças, notadamente daquelas relacionadas à área de atuação da
empresa. Esses programas e campanhas devem ter como objetivo
conscientizar, educar e orientar os trabalhadores, visando à prevenção de
acidentes do trabalho.

Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e


doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção.

Essa atribuição tem extrema relação com a anterior. A diferença é que

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campanhas e programas são voltados aos trabalhadores. Já o estímulo em
favor da prevenção tem como destinatário o empregador.

Analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes


ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os
casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do
acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características
do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença
ocupacional ou acidentado(s).

A equipe multiprofissional do SESMT tem como uma de suas atribuições mais


relevantes a análise e o registro dos acidentes de trabalho e das doenças
ocupacionais.

Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho,


doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo,
os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V
e VI, devendo o empregador manter a documentação à disposição da
inspeção do trabalho.

Os registros de acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais devem ser


atualizados mensalmente pelo SESMT, assim como os dados dos agentes
insalubres.

Preste atenção nessa atribuição, pois houve uma alteração importante em


dezembro de 2014. Até essa data, a empresa deveria encaminhar um mapa
contendo avaliação anual desses dados à SIT até o dia 31 de janeiro, através
do órgão regional do MTPS. Isso não é mais necessário. Agora, basta manter a
documentação à disposição da inspeção do trabalho.

Manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços

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Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou
facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da
empresa o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam
asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu
conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados
correspondentes às alíneas "h" e "i" (as duas anteriores) por um período não
inferior a 5 (cinco) anos.

Os registros de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e agentes de


insalubridades devem ser mantidos no estabelecimento sede do SESMT ou
em local que propicie fácil acesso a partir dele.

Note que o período mínimo de 5 (cinco) anos refere-se apenas a guarda dos
mapas anuais.

As atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente
prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de
emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de
planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que
visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima
deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas
atividades.

Veja que são muitas as atribuições dos profissionais do SESMT, de forma que
sua abordagem completa na prova discursiva é impossível, seja pela limitação
do espaço físico (número de linhas), seja pela impossibilidade de memorização
das inúmeras competências.

Dessa forma, lembre-se de listar as mais importantes (ou as que você


lembrar) e destacar a expressão “entre outras”.

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SUGESTÃO DE RESPOSTA

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 4 (NR 4), os Serviços


Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
(SESMT) devem ser compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro de
Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do
Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho.
Ainda de acordo com a NR 4, a carga horária de trabalho para o
técnico de segurança do trabalho e para o auxiliar de enfermagem do trabalho
é de oito horas por dia. Já o engenheiro de segurança do trabalho, o médico
do trabalho e o enfermeiro do trabalho poderão trabalhar em jornada integral
(seis horas) ou em jornada parcial (três horas).
Entre as funções e responsabilidades dos profissionais do SESMT,
conforme estatui a NR 4, destacam-se as seguintes: determinar a utilização de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), responsabilizar-se tecnicamente
pela orientação quanto ao cumprimento das Normas Regulamentadoras e
analisar e registrar os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais.
Cabe, ainda, aos profissionais do SESMT conscientizar os
empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais e promover
a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos
trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais, entre outras responsabilidades.

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Capítulo 4 – Equipamentos de Proteção
Individual – EPI (NR 6)

5 - ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho/2010

Para os fins de aplicação da Norma Regulamentadora 06 – NR 06, considera-se


Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso
individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador. Sobre essa
norma, desenvolva um texto abordando os seguintes tópicos:

a) deveres dos empregadores e trabalhadores;

b) deveres do MTE e do órgão regional do MTE;

c) condições de comercialização dos EPI;

d) validade do Certificado de Aprovação – CA dos EPI, para fins de


comercialização.

Informações Complementares

Número de Linhas: de 15 a 30 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Observação: O antigo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualmente


chama-se Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS).

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Comentários

Tópico “a”: Deveres dos empregadores e trabalhadores.

Os deveres (ou responsabilidades) do empregador quanto ao EPI estão


relacionados no item 6.6 da Norma Regulamentadora nº 6:

• Adquirir o adequado ao risco de cada atividade.

• Exigir seu uso.

• Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.

• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e


conservação.

• Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.

• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.

• Comunicar ao MTPS qualquer irregularidade observada.

• Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados


livros, fichas ou sistema eletrônico.

Já os deveres (ou responsabilidades) do trabalhador quanto ao EPI estão


previstos no item 6.7:

• Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina.

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• Responsabilizar-se pela guarda e conservação.

• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne


impróprio para uso.

• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Cabe destacar as responsabilidades abaixo, pois podem confundir o candidato


em razão da similaridade.

EMPREGADOR TRABALHADOR

É responsável por treinar e orientar o


trabalhador sobre o uso adequado,
guarda e conservação do EPI. É responsável pela guarda e
conservação do EPI.

É responsável pela manutenção e


higienização periódica do EPI.

Deve comunicar ao empregador


Deve comunicar ao MTPS qualquer
qualquer alteração que torne o EPI
irregularidade observada.
impróprio para uso.

Tópico “b”: Deveres do MTE e do órgão regional do MTE.

De acordo com o item 6.11 da norma, os deveres do órgão nacional do MTPS


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho são os seguintes:

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• Cadastrar o fabricante ou importador de EPI e renovar ou
suspender o cadastro.

• Emitir, renovar e/ou cancelar o CA.

• Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA


de EPI.

• Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para


ensaios de EPI.

• Fiscalizar a qualidade do EPI.

Ademais, sempre que julgar necessário o órgão nacional poderá requisitar


amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o número de
referência, além de outros requisitos.

Já os deveres do órgão regional do MTPS são os seguintes:

• Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI.

• Recolher amostras de EPI.

• Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo


descumprimento da NR 6.

No que se refere às atribuições dos órgãos do MTPS, cabe destacar as


seguintes:

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MTPS (ÓRGÃO NACIONAL) MTPS (ÓRGÃO REGIONAL)

Deve fiscalizar e orientar quanto ao uso


Deve fiscalizar a qualidade do EPI.
adequado e a qualidade do EPI.

Pode requisitar amostras de EPI Pode recolher amostras de EPI

Tópico “c”: condições de comercialização dos EPI.

A NR 6 impõe três condições principais para a regularidade da comercialização


de EPI:

• Somente EPI portador de Certificado de Aprovação (CA), emitido


pelo MTPS, pode ser comercializado.

• O EPI deve ser comercializado com instruções técnicas no idioma


nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e
demais referências ao seu uso.

• Somente pode ser comercializado EPI com CA que esteja dentro do


prazo de validade.

Tópico “d”: validade do Certificado de Aprovação – CA dos EPI, para


fins de comercialização.

Há dois prazos de validade que podem ser concedidos ao Certificado de


Aprovação do EPI:

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• 5 (cinco) anos: para equipamentos com laudos de ensaio que
não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO.

• Prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do


SINMETRO, quando for o caso.

O SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade


Industrial) é o sistema brasileiro que exerce atividades relacionadas com
metrologia, normalização, qualidade industrial e certificação da conformidade.
Foi instituído em 1973 para avaliar e certificar a qualidade de produtos,
processos e serviços por meio de organismos de certificação, rede de
laboratórios de ensaio e de calibração, como o INMETRO.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 6 (NR 6), são deveres


dos empregadores, entre outros, adquirir o Equipamento de Proteção
Individual (EPI) adequado ao risco de cada atividade e exigir seu uso; orientar
o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; substituir o EPI
quando danificado ou extraviado e responsabilizar-se pela higienização e
manutenção periódica.
Os deveres dos trabalhadores, conforme a NR 6, são os seguintes:
usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, responsabilizar-se pela
guarda e conservação, comunicar ao empregador qualquer alteração que o
torne impróprio para uso e cumprir as determinações do empregador sobre o
uso adequado.
Já os deveres do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS),
segundo disposto na NR 6, entre outros, são os seguintes: cadastrar o

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fabricante ou importador de EPI e renovar ou suspender o cadastro; emitir,
renovar ou cancelar o Certificado de Aprovação (CA); estabelecer os
regulamentos técnicos para ensaios de EPI; fiscalizar a qualidade e requisitar
amostras de EPI.
Por outro lado, os deveres do órgão regional do MTPS são os
seguintes: fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI,
recolher amostras e aplicar as penalidades cabíveis pelo descumprimento da
NR 6.
As condições para comercialização de EPI, consoante dispõe a NR 6,
são a existência de Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo MTPS, a
presença de instruções técnicas no idioma nacional para orientar a utilização,
manutenção, restrição e referências de uso e a manutenção do prazo de
validade do CA.
Conforme previsto na Norma, a validade do Certificado de
Aprovação, para fins de comercialização, é de cinco anos para equipamentos
com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito
do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(SINMETRO). Se a avaliação de conformidade for realizada no SINMETRO, o
prazo de validade será vinculado à respectiva avaliação.

6 – CESPE/Analista Judiciário/Apoio Especializado -


Engenharia - TRT 10ª Região/2013

Devido à importância dos equipamentos de proteção individual, existe uma


regulamentação específica quanto ao seu uso. Esse tipo de equipamento faz-se
necessário em diversas situações em que o trabalhador precise estar
envolvido, como em serviços de manutenção, de instalação de máquinas, de
eletricidade, acompanhamento e fiscalização in loco de obras e execução de

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serviços de engenharia nas suas formas mais variadas.

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um


texto dissertativo acerca dos equipamentos de proteção individual. Ao elaborar
seu texto, faça, necessariamente, o que se pede a seguir.

• Defina equipamento de proteção individual (EPI) e cite a norma


regulamentadora que trata especificamente sobre o assunto;

• Comente sobre as responsabilidades relacionadas à forma de


disponibilização de EPIs aos empregados e ao seu uso;

• Comente sobre o papel do Serviço Especializado em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) com referência a
EPI e sobre a responsabilidade pelo desempenho desse papel nas
empresas desobrigadas de constituir SESMT.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 30 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Tópico 1 - Defina equipamento de proteção individual (EPI) e cite a


norma regulamentadora que trata especificamente sobre o assunto;

Esse tópico não apresenta maiores dificuldades. A norma que trata


especificamente sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é a Norma

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Regulamentadora nº 6 (NR 6).

A NR 6 conceitua tanto o Equipamento de Proteção Individual (EPI) como o


Equipamento Conjugado de Proteção Individual (ECPI).

Equipamento de Proteção Individual (EPI): é todo dispositivo ou produto, de


uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

O EPI pode ser um dispositivo, como um protetor auricular para proteção do


sistema auditivo contra níveis de pressão sonora, ou um produto, como o
creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra
agentes químicos.

EPI “DISPOSITIVO” EPI “PRODUTO”

Equipamento Conjugado de Proteção Individual (ECPI): é todo aquele


composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um
ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

O ECPI é uma espécie de EPI, destinado à proteção individual do trabalhador. A


diferença entre ambos é que o EPI é composto por apenas um dispositivo ao

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passo que o ECPI é composto por vários (mais de um) dispositivos.

EPI: capacete para proteção contra ECPI: capacete associado a protetor


impactos de objetos sobre o crânio. auricular (dois dispositivos).

Tópico 2 - Comente sobre as responsabilidades relacionadas à forma


de disponibilização de EPIs aos empregados e ao seu uso;

Atente-se que o enunciado está solicitando apenas a responsabilidade pela


forma de disponibilização e pelo uso do EPI. Nesse contexto, “disponibilização”
pode ser entendida como “fornecimento”.

Conforme previsto no item 6.3 da NR 6, a empresa é obrigada a fornecer aos


empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado
de conservação e funcionamento.

Ademais, o empregador deve fornecer ao trabalhador somente o EPI


aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde
no trabalho e deve registrar o fornecimento ao trabalhador, podendo ser
adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

No que se refere ao uso do EPI, cabe ao órgão regional do Ministério do

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Trabalho fiscalizar e orientar as empresas quanto ao uso adequado; ao
empregador caberá orientar e treinar o trabalhador. Por fim, ao trabalhador
caberá cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Tópico 3 - Comente sobre o papel do Serviço Especializado em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) com
referência a EPI e sobre a responsabilidade pelo desempenho desse
papel nas empresas desobrigadas de constituir SESMT.

O enunciado solicita que o candidato responda de quem é a competência para


indicar o EPI adequando ao risco.

Conforme previsto no item 6.5 e subitem da NR 6, compete ao SESMT, ouvida


a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores
usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade.

Já nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador


selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional
tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e
trabalhadores usuários.

Lembre-se que o SESMT é composto por profissionais especializados (médicos


do trabalho, engenheiros de segurança do trabalho, etc), sendo o órgão técnico
de assessoramento da empresa em questões relacionadas à segurança e à
medicina do trabalho.

Já a CIPA é formada por trabalhadores comuns, que conhecem os riscos do


ambiente de trabalho, mas que não possuem conhecimentos técnicos. Mesmo
assim, a CIPA tem uma função importante na escolha do EPI. A CIPA ou o

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designado (nas empresas que não possuem CIPA) e os trabalhadores usuários
de EPI devem ser ouvidos antes da escolha.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

A norma que trata de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é a


Norma Regulamentadora nº 6 (NR 6). Conforme previsto em seu texto, EPI é
todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho.
O EPI pode ser um dispositivo, como o protetor auricular para
proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora, ou um produto,
como o creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores
contra agentes químicos.
Quanto à forma de disponibilização de EPI, a NR 6 estabelece que a
empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado
ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento. O EPI deve ser
aprovado pelo Ministério do Trabalho e o empregador deve registrar o
fornecimento ao trabalhador.
No que se refere ao uso do EPI, consoante dispõe a NR 6, cabe ao
órgão regional do Ministério do Trabalho fiscalizar e orientar as empresas
quanto ao uso adequado. Ao empregador caberá orientar e treinar o
trabalhador e a este caberá cumprir as determinações do empregador sobre o
uso adequado.
O papel do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho (SESMT), com referência ao EPI, é o de recomendar
ao empregador o adequado ao risco existente em determinada atividade,
ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e os
trabalhadores usuários.

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A responsabilidade pelo desempenho desse papel nas empresas
desobrigadas de constituir SESMT, segundo a NR 6, é do empregador,
mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou,
na falta desta, o designado e os trabalhadores usuários.

7 - IADES/Técnico em Medicina do Trabalho-MPE/GO/2013

As normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego podem ser


consideradas instrumentos úteis para empregadores e empregados, no sentido
de se obterem ambientes e processos de trabalho mais seguros.

Considerando a NR nº 06, que trata dos Equipamentos de Proteção Individual


(EPI), responda às questões a seguir.

• Quando a empresa é obrigada a fornecer equipamentos de


proteção individual?

• Cite e comente duas responsabilidades do empregado quanto ao


uso de EPI.

• Cite e comente duas responsabilidades do empregador quanto ao


EPI.

• A quem cabem o cadastro do fabricante ou importador de EPI e a


fiscalização sobre a qualidade do EPI?

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Informações Complementares

Número de Linhas: até 30 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Tópico 1 - Quando a empresa é obrigada a fornecer equipamentos de


proteção individual?

Primeiramente, é importante lembrar que o EPI é a terceira e última medida a


ser adotada para proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho. A NR 9 prevê a hierarquia dessas medidas de proteção:

1º Medidas de proteção coletiva. São aquelas que possuem a função


de proteger a integridade física e a saúde da coletividade de
trabalhadores. Como exemplo, tem-se o enclausuramento acústico de
fontes de ruído.

2º Medidas administrativas e de organização do trabalho: são


aquelas que envolvem a forma como o trabalho é organizado e
gerenciado, como a disposição do processo produtivo, a jornada de
trabalho, os descansos e intervalos, etc.

3º Equipamentos de proteção individual. São aqueles que visam à


proteção do trabalhador de forma individual, ou seja, são medidas que
protegem apenas um trabalhador (aquele que usa o equipamento), como
o protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra

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níveis de pressão sonora.

O fornecimento e a utilização de EPI são obrigatórios, mas apenas quando


necessário. A NR 6 afirma que a empresa é obrigada a fornecer aos
empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

• Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa


proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho.

• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo


implantadas.

• Para atender a situações de emergência.

São nessas três situações, portanto, que a empresa será obrigada a fornecer
equipamentos de proteção individual.

Tópico 2 - Cite e comente duas responsabilidades do empregado


quanto ao uso de EPI.

As responsabilidades do trabalhador quanto ao EPI estão previstas no item 6.7


da NR 6:

• Usar o EPI, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina.

O empregador deve fornecer o EPI adequado ao risco e o trabalhador deve


utilizá-lo quando exposto a riscos. A CLT estabelece que constitui ato faltoso a
recusa injustificada do empregado ao uso dos equipamentos de proteção

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individual fornecidos pela empresa (alínea “b”, parágrafo único, do Art. 158).

Veja que é apenas a recusa injustificada (sem justificativa) que caracteriza o


ato faltoso. Se houver justificativa, como o desconforto excessivo ou a
inadequação do EPI, por exemplo, cabe ao empregado comunicar ao
empregador para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

• Responsabilizar-se pela guarda e conservação.

Lembre-se que a guarda e conservação do EPI é responsabilidade do


trabalhador. O empregador deve treiná-lo para essa finalidade e
responsabilizar-se pela higienização e manutenção do EPI.

• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne


impróprio para uso.

O trabalhador, ao observar alguma inadequação no EPI ou o desconforto


excessivo, deverá comunicar ao empregador. A este caberá comunicar ao MTPS
as irregularidades observadas.

• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Lembre-se que cabe ao empregador treinar e orientar o trabalhador sobre o


uso adequado do EPI. A este caberá o cumprimento das determinações do
empregador.

Para responder a este tópico, o candidato deverá escolher duas


responsabilidades dos trabalhadores e abordá-las no texto com os devidos
comentários.

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Tópico 3 - Cite e comente duas responsabilidades do empregador
quanto ao EPI.

As responsabilidades do empregador quanto ao EPI são aquelas relacionadas


no item 6.6 da Norma Regulamentadora nº 6:

• Adquirir o adequado ao risco de cada atividade.

A responsabilidade por adquirir e fornecer gratuitamente o EPI ao trabalhador


é um ônus exclusivo do empregador. EPI adequado é aquele que foi concebido
para proteger o trabalhador especificamente contra um risco específico
presente no ambiente de trabalho.

• Exigir seu uso.

Não basta que o empregador adquira e forneça o EPI ao trabalhador. Ele deve
fiscalizar e exigir o uso do equipamento pelo trabalhador sempre que este
estiver exposto a riscos.

• Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.

Somente EPI portador de CA pode ser comercializado no Brasil. O empregador


deve adquirir somente equipamentos que tenham sido avaliados e aprovados
pelo MTPS.

• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e


conservação.

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Atente-se que o empregador não se responsabiliza pela guarda e conservação
o EPI, apenas por treinar e orientar o trabalhador para isso. Portanto, é o
trabalhador quem deve guardar e conservar seu EPI.

• Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.

O empregador deve substituir o equipamento sempre que este for danificado


ou extraviado, seja por desgaste natural, furto, dano causado pelo empregado
ou quaisquer outras circunstâncias.

• Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.

Não confunda “higienização e manutenção” com “guarda e conservação”. A


guarda e conservação do EPI cabe ao trabalhador, sendo responsabilidade do
empregador treiná-lo para essa finalidade. Já a higienização e manutenção do
EPI é responsabilidade do empregador.

• Comunicar ao MTPS qualquer irregularidade observada.

O empregador deve comunicar ao Ministério do Trabalho se observar qualquer


irregularidade na utilização ou na comercialização de EPI, para fins de nova
avaliação de sua adequação, se for o caso. Lembre-se que ao trabalhador cabe
comunicar ao empregador qualquer impropriedade no EPI.

• Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser


adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

Para que possa comprovar à fiscalização que está fornecendo o EPI adequado
ao risco, o empregador deve registrar a entrega dos equipamentos aos
trabalhadores. O registro consiste em anotação contendo o nome do
trabalhador, a data de fornecimento, o EPI fornecido e a assinatura do

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trabalhador confirmando o recebimento.

Para responder a este tópico, você deverá escolher duas responsabilidades do


empregador e abordá-las no texto devidamente comentadas.

Tópico 4 - A quem cabe o cadastro do fabricante ou importador de EPI


e a fiscalização sobre a qualidade do EPI?

Este tópico aborda o item 6.11.1 da NR 6, que prevê as atribuições do órgão


nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.

Lembre-se que o órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde


no trabalho é o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST),
órgão técnico vinculado à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT).

As atribuições relacionadas ao cadastro, suspensão de cadastro, emissão e


renovação do cadastro ou do certificado de Aprovação (CA) são todas do órgão
nacional.

Todavia, no que se refere à atribuição de fiscalizar a qualidade do EPI, é


necessário atenção ao seguinte:

A alínea “e” do item 6.11.1 da NR 6 estabelece a competência do órgão


nacional para “fiscalizar a qualidade do EPI”. Essa é a atribuição cobrada
pelo enunciado. Contudo, a alínea “a” do item 6.11.2 prevê a atribuição do
órgão regional para “fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a
qualidade do EPI”.

Dessa forma, pode-se afirmar que ambos os órgãos (nacional e regional)

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“fiscalizam a qualidade do EPI”.

Entretanto, essas atribuições não se confundem. A atribuição do órgão


nacional é desenvolvida junto ao fabricante ou importador de EPI, para fins de
emissão ou renovação do CA. Já a atribuição do órgão regional é
desempenhada junto às empresas, no desenvolvimento de uma ação fiscal.

Vale destacar que, ao fabricante ou importador, cabe responsabilizar-se pela


manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao CA.

Veja a síntese das atribuições relacionadas à “qualidade do EPI”:

MTPS (ÓRGÃO MTPS (ÓRGÃO FABRICANTE OU


NACIONAL) REGIONAL) IMPORTADOR
Deve responsabilizar-
Deve fiscalizar e orientar
Deve fiscalizar a qualidade se pela manutenção
quanto ao uso adequado e
do EPI. da qualidade do EPI
a qualidade do EPI.
que deu origem ao CA.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

Conforme previsto na Norma Regulamentadora nº 6 (NR 6), a


empresa é obrigada a fornecer aos empregados o Equipamento de Proteção
Individual (EPI) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas.
Além disso, o EPI deverá ser fornecido para atender a situações de
emergência e sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais
e do trabalho.

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A NR 6 estabelece, entre as responsabilidades do empregado quanto
ao uso de EPI, que o equipamento deve ser utilizado apenas para a finalidade
a que se destina. Isso significa que o EPI não poderá ser utilizado fora do
ambiente de trabalho ou para desenvolver atividades particulares, por
exemplo.
Ademais, o empregado deverá comunicar ao empregador qualquer
alteração que torne o EPI impróprio para uso. Essa situação poderá ocorrer
quando o equipamento foi danificado, seja pela utilização regular no
desempenho da atividade, seja pela imperícia em seu uso.
Por outro lado, é responsabilidade do empregador substituir o EPI
imediatamente, quando danificado ou extraviado. Isso ocorre, por exemplo,
quando o trabalhador comunicar qualquer impropriedade no equipamento.
Além disso, a NR 6 estatui que cabe ao empregador exigir o uso do
EPI pelo empregado. Não basta, portanto, fornecer o equipamento adequado
de forma gratuita, devendo o empregador exigir e fiscalizar sua utilização
pelos trabalhadores.
Ainda de acordo com a NR 6, o cadastro do fabricante ou importador
de EPI e a fiscalização sobre a qualidade do EPI são atribuições do órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, ou seja,
do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST/SIT).

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Capítulo 5 – Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional – PCMSO (NR 7)

8 – IFRN/Professor de Higiene e Saúde do Trabalho/IFRN/2009

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) deve ser


elaborado e implementado nas Empresas e Instituições Públicas e Privadas,
que admitam trabalhadores como empregados, competindo ao médico-
coordenador estabelecer um roteiro adequado para a realidade de cada
empresa, desde que respeitadas as diretrizes gerais contidas na Norma
Regulamentadora 7 (NR-07).

Nesse sentido, enumere quais as modalidades de avaliação médico-


ocupacional dos trabalhadores contidas na NR-07.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 30 linhas (sugerido)


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Possivelmente, a dificuldade dessa questão foi entender o que a banca quis


dizer com “modalidades de avaliação médico-ocupacional”. Entendendo isso, a
abordagem fica facilitada.

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Modalidades de avaliação médico-ocupacional são as modalidades de exames
médicos ocupacionais previstos na NR 7.

A NR 7 prevê cinco espécies de exames médicos, que devem ser realizados de


forma obrigatória. São eles:

Admissional
Periódico
De Retorno ao Trabalho
De Mudança de Função
Demissional

Os exames médicos obrigatórios compreendem a avaliação clínica e os exames


complementares, se necessário. A avaliação clínica deve abranger anamnese
ocupacional e exame físico e mental.

Anamnese é um termo que tem origem grega (ana: trazer de novo e mnesis:
memória). Corresponde a entrevista realizada pelo médico, cujo objetivo é
relembrar (trazer à memória) fatos que se relacionam com a vida ocupacional
do trabalhador.

Os exames complementares, por sua vez, são aqueles específicos, cuja


necessidade varia em cada atividade profissional.

EXAME ADMISSIONAL: O exame médico admissional é aquele realizado


antes que o trabalhador assuma suas atividades.

EXAME PERÍODICO: O exame periódico é aquele realizado a intervalos de


tempos determinados, ou seja, periodicamente. A periodicidade desses exames
varia em função da idade do trabalhador, da exposição a riscos ocupacionais e
da pré-existência de doenças.

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IDADE DO TRABALHADOR PERIODICIDADE

Entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e


A cada dois anos
cinco) anos

Menores de 18 (dezoito) anos e


Anualmente
Maiores de 45 (quarenta e cinco) anos

Trabalhadores expostos a riscos ou a situações que impliquem o


desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional e para
trabalhadores portadores de doenças crônicas.

- Anualmente, ou

Para os trabalhadores em geral - A intervalos menores, a critério do


médico, por notificação de médico AFT
ou mediante negociação coletiva.

Periodicidade especificada no Anexo nº


Para os trabalhadores expostos a 6 da NR 15 (a cada 6 (seis) meses
condições hiperbáricas para trabalhadores em atividades de
mergulho).

EXAME DE RETORNO AO TRABALHO. O exame médico de retorno ao


trabalho é aquele realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao

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trabalho.

O exame de retorno deve ser realizado quando o trabalhador ausentar-se por


período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente,
de natureza ocupacional ou não, ou parto. Caso o afastamento seja por
período inferior a trinta dias não será necessária a realização do exame
médico.

EXAME DE MUDANÇA DE FUNÇÃO. Este exame deve ser realizado sempre


que houver mudança da função desenvolvida pelo empregado. Mudança de
função é toda alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que
implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava
exposto antes da mudança.

O exame médico de mudança de função deverá ser realizado obrigatoriamente


antes da data da mudança, ou seja, antes que o trabalhador assuma a nova
função e inicie suas atividades.

EXAME DEMISSIONAL. O exame médico demissional é aquele realizado por


ocasião da extinção do contrato de trabalho. Deve ser realizado,
obrigatoriamente, até a data da homologação da rescisão contratual.

O exame demissional, contudo, não é sempre obrigatório. Dependendo do grau


de risco da atividade desenvolvida pela empresa e do lapso temporal
transcorrido desde a realização do último exame, o demissional poderá ser
dispensado.

Será necessária a realização do exame demissional quando o último exame


médico ocupacional tenha sido realizado há mais de 135 (centro e trinta e
cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2 ou há mais de 90
(noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4.

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Além disso, as empresas poderão dobrar o prazo para dispensa da realização
do exame demissional em decorrência de negociação coletiva, assistida por
profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do
órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho.

Contudo, a negociação coletiva ou o Superintendente Regional do Trabalho,


com base em parecer técnico conclusivo da autoridade competente em matéria
de segurança e saúde do trabalhador, podem determinar a obrigatoriedade da
realização o exame médico demissional independentemente da época de
realização de qualquer outro exame, quando as condições de trabalho
representar potencial de risco grave aos trabalhadores.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

As modalidades de avaliação médico-ocupacional dos trabalhadores


contidas na Norma Regulamentadora nº 7 (NR 7) são os exames admissional,
periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional.
Segundo a NR 7, o exame admissional deve ser realizado antes que
o trabalhador assuma suas atividades. Já o exame periódico depende da idade
do trabalhador, da exposição a riscos ocupacionais e da pré-existência de
doenças.
Os trabalhadores que possuem entre dezoito e 45 anos devem
realizar o exame periódico a cada dois anos e os trabalhadores menores de
dezoito e os maiores de 45 anos, anualmente. Já os trabalhadores expostos a
riscos ou a situações que impliquem o desencadeamento ou agravamento de
doença ocupacional devem realizar o exame anualmente, ou a intervalos
menores, a critério do médico.

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A NR 7 prevê que o exame de retorno ao trabalho deve ser realizado
obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho. Isso ocorrerá quando o
trabalhador ausentar-se por período igual ou superior a trinta dias, por motivo
de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
Já o exame de mudança de função é necessário quando houver
mudança da função desenvolvida pelo empregado e será realizado
obrigatoriamente antes da data da mudança, ou seja, antes que o trabalhador
assuma a nova função e inicie suas atividades.
Por sua vez, o exame demissional será realizado até a data da
homologação da rescisão contratual. Todavia, o exame demissional será
obrigatório apenas quando o último exame médico ocupacional tenha sido
realizado há mais de 135 dias, para as empresas de grau de risco 1 e 2, ou há
mais de noventa dias, para as empresas de grau de risco 3 e 4.

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Capítulo 6 – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA (NR 9)

9 - CESPE/Analista Administrativo Engenharia -


ANCINE/2013/ADAPTADA

Considerando os conhecimentos relativos à avaliação e ao controle de riscos


profissionais e à prevenção e proteção a saúde e segurança ocupacional e do
meio ambiente do trabalho, inclusive a proteção contra incêndio e explosões,
redija um texto dissertativo abordando, necessariamente, os seguintes
aspectos:

• Descrição da estrutura mínima e etapas do desenvolvimento do


Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;

• Definição de riscos físicos, químicos e biológicos.

• Indicação explicativa, na ordem de hierarquia, das medidas de


segurança a serem adotadas quando houver exposição a fator de
risco;

OBSERVAÇÃO: Nesta questão, foram suprimidos o tema núcleo (equilíbrio do


meio ambiente do trabalho: desafio à engenharia) e o tópico 4 (sugestão de
sistemas passivos e ativos de combate a incêndios), por serem assuntos
alheios ao conteúdo programático de Auditor-Fiscal do Trabalho.

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Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Tópico 1 - Descrição da estrutura mínima e etapas do desenvolvimento


do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

Observe que este tópico solicita duas informações: a estrutura do PPRA e as


etapas do PPRA.

A estrutura mínima do PPRA prevista no item 9.2 e subitens da NR 9 é a


seguinte:

Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e


cronograma.

Estratégia e metodologia de ação.

Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados.

Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

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O PPRA deverá estar descrito num documento-base que conterá todos os
aspectos estruturais do programa. Vale salientar que o PPRA também não está
sujeito a registro, protocolo ou homologação no MTPS. O documento-base do
programa deverá ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização.

Quanto às etapas do PPRA, cumpre lembrar que o número de etapas do


programa depende da constatação ou não de riscos ambientais na etapa
inicial.

Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação


ou reconhecimento, o PPRA poderá resumir-se às etapas de antecipação e
reconhecimento dos riscos e de registro e divulgação dos dados.

Caso sejam identificados riscos ambientais, o PPRA deve incluir as


seguintes as etapas:

Antecipação e reconhecimentos dos riscos.

Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle.

Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores.

Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia.

Monitoramento da exposição aos riscos.

Registro e divulgação dos dados.

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Lembre-se que o PPRA pode ser elaborado, implementado, acompanhado e
avaliado pelo SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério
do empregador, sejam capazes de desenvolver o programa.

Veja que a norma não estabelece de forma imperativa o órgão ou o profissional


responsável pelo desenvolvimento das etapas do PPRA. Pode ser o SESMT, mas
pode ser qualquer outra pessoa, como o contador da empresa, o técnico de
segurança do trabalho, o estagiário, etc.

Tópico 2 - Definição de riscos físicos, químicos e biológicos.

Risco é toda possibilidade de consequências negativas ou danos para a saúde


e integridade física ou moral do trabalhador. Esse é conceito amplo de ”risco”,
incluindo, por exemplo, o risco de queda de altura, o risco de desenvolver
lesões por esforço repetitivo (LER), o risco de contaminação por bactérias, etc.

Todavia, não são todos os riscos que devem fazer parte do PPRA de forma
obrigatória. O programa deve englobar, obrigatoriamente, apenas aqueles
riscos que se propagam pelo ambiente de trabalho. A NR 9 adota esse
significado restrito para a expressão “riscos ambientais”, considerando
ambientais apenas os riscos físicos, químicos e biológicos.

A norma define riscos ambientais como os agentes físicos, químicos e


biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de
causar danos à saúde do trabalhador.

• Agentes físicos: são as diversas formas de energia a que possam


estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões

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anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom.

• Agentes químicos: são as substâncias, compostos ou produtos que


possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela
natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

• Agentes biológicos são as bactérias, fungos, bacilos, parasitas,


protozoários, vírus, entre outros.

Tópico 3 - Indicação explicativa, na ordem de hierarquia, das medidas


de segurança a serem adotadas quando houver exposição a fator de
risco.

Perceba que o enunciado solicita a abordagem das medidas de segurança NA


ORDEM de hierarquia. A NR 9 estabelece a hierarquia para estudo,
desenvolvimento e implantação das medidas de controle. A hierarquia é a
seguinte:

1º - Medidas de proteção coletiva.


2º - Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho.
3º - Utilização de equipamento de proteção individual – EPI.

Medidas de proteção coletiva. São aquelas que possuem a função de


proteger a integridade física e a saúde da coletividade de trabalhadores.
Como exemplo, tem-se a instalação de exaustores para poeiras geradas
nos processos de trabalho.

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Medidas administrativas e de organização do trabalho. São
aquelas que envolvem a forma como o trabalho é organizado e
gerenciado, como a disposição do processo produtivo, a jornada de
trabalho, os descansos e intervalos, etc.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI). São medidas que visam


à proteção do trabalhador de forma individual, ou seja, protegem apenas
um trabalhador (aquele que usa o equipamento).

A preferência, portanto, é que as medidas de controle sejam iniciadas com as


proteções coletivas, como a instalação de biombos e de exaustores, o
enclausuramento de fontes de ruído, etc. As medidas de caráter administrativo
ou de organização do trabalho e a utilização de equipamento de proteção
individual somente podem ser determinadas pelo empregador nas seguintes
circunstâncias:

• Quando comprovado a inviabilidade técnica da adoção de medidas


de proteção coletiva.

• Quando as medidas de proteção coletiva não forem suficientes.

• Quando as medidas de proteção coletiva estiverem em fase de


estudo, planejamento ou implantação.

• Em caráter complementar.

• Em caráter emergencial.

Entre as medidas de proteção coletiva, também há uma hierarquia a ser


observada. A implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à
seguinte hierarquia:

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Medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes
prejudiciais à saúde.

Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no


ambiente de trabalho.

Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no


ambiente de trabalho.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

A estrutura mínima do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


(PPRA), consoante previsto na Norma Regulamentadora nº 9 (NR 9), abrange
o planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e
cronograma; a estratégia e metodologia de ação; a forma de registro,
manutenção e divulgação dos dados e a periodicidade e forma de avaliação.
De acordo com a NR 9, as etapas do desenvolvimento do PPRA são
as seguintes: antecipação e reconhecimento dos riscos, estabelecimento de
prioridades e metas de avaliação e controle, avaliação dos riscos e da
exposição dos trabalhadores, implantação de medidas de controle e avaliação
de sua eficácia, monitoramento da exposição aos riscos e registro e divulgação
dos dados.
Riscos físicos, segundo definição da NR 9, são as diversas formas de
energia a que possam estar expostos os trabalhadores, como o ruído, as
vibrações e as pressões anormais, por exemplo. Já os riscos biológicos são as
bactérias, os fungos, os bacilos, os parasitas, os protozoários e os vírus, entre
outros.

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Riscos químicos, por sua vez, são as substâncias, compostos ou
produtos que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou
ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão, ou que possam
penetrar no organismo pela via respiratória, como as poeiras, os fumos, as
névoas e as neblinas, entre outros.
A NR 9 também estabelece a seguinte hierarquia para implantação
das medidas de controle: medidas de proteção coletiva, que protegem a
integridade física da coletividade de trabalhadores; medidas de caráter
administrativo ou de organização do trabalho, que envolvem a forma como o
trabalho é organizado e gerenciado; e a utilização de equipamento de proteção
individual, que protege o trabalhador de forma individual.

10 - CESPE/Analista Administrativo - Engenharia Civil-


ANATEL/2014

Com base no disposto na NR-9, discorra sobre o Programa de Prevenção de


Riscos Ambientais (PPRA), atendendo, necessariamente, ao que se pede a
seguir.

• Identifique o objetivo do PPRA.

• Defina os três agentes de risco ambiental que podem causar


danos à saúde do trabalhador.

• Cite três exemplos de cada um desses agentes.

• Indique as etapas que devem compor o PPRA.

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Informações Complementares

Número de Linhas: até 15 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Veja que a banca disponibilizou apenas quinze linhas para o candidato


responder a esta questão, de forma que é necessária muita objetividade para
responder aos quatro tópicos.

Tópico 1 - Identifique o objetivo do PPRA.

O objetivo do PPRA está previsto no item 9.1.1 da NR 9. O objetivo do PPRA é


a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais.

Você precisa ficar atento(a) para não confundir o objetivo do PPRA com o
objetivo do PCMSO, previsto na NR 7. O objetivo do PCMSO é a promoção e a
preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

Veja que a “preservação da saúde” está contida no objetivo dos dois


programas. Todavia, o PPRA (que tem a finalidade de reconhecer riscos

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ambientais) também tem por objetivo a preservação da integridade física,
aspecto relacionado à segurança do trabalhador. Já o PCMSO também tem
como objetivo a promoção da saúde dos trabalhadores, o que somente pode
ser alcançado por um programa relacionado à medicina do trabalho.

Tópico 2 - Defina os três agentes de risco ambiental que podem causar


danos à saúde do trabalhador.

Riscos ambientais, para a NR 9, são os agentes físicos, químicos e


biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de
causar danos à saúde do trabalhador.

Para diferenciar esses agentes, sem precisar memorizar a exemplificação


contida na norma, atente-se ao seguinte:

• Agentes físicos são as formas de energia.

• Agentes químicos sãos substâncias, compostos ou produtos que


possam penetrar no organismo pela via respiratória ou que possam
ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou
por ingestão.

• Agentes biológicos são microrganismos.

Vejamos o caso da temperatura excessiva (calor ou frio). Mesmo que você não
relacione a temperatura a uma “forma de energia”, saberá que se trata de um
agente físico, na medida em que temperatura não é um microrganismo, nem
uma substância, composto ou produto.

Da mesma forma, se você não lembrar que a poeira de sílica é um agente

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químico, basta verificar que poeira não é microrganismo nem uma forma de
energia. É uma substância que pode entrar no organismo pela via respiratória.

Tópico 3 - Cite três exemplos de cada um desses agentes.

São exemplos de agentes físicos (formas de energia): ruído, vibrações,


pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações
não ionizantes, infrassom e ultrassom.

São exemplos de agentes químicos (substâncias, compostos ou produtos que


possam penetrar no organismo pela via respiratória, através da pele ou por
ingestão): poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores.

São exemplos de agentes biológicos (microrganismos): bactérias, fungos,


bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.

Tópico 4 - Indique as etapas que devem compor o PPRA.

As etapas do PPRA, aplicáveis quando forem identificados riscos ambientais,


são as seguintes:

Antecipação e reconhecimentos dos riscos.

Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle.

Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores.

Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia.

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Monitoramento da exposição aos riscos.

Registro e divulgação dos dados.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

O objetivo do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),


segundo disposto na Norma Regulamentadora nº 9 (NR 9), é a preservação
da saúde e da integridade dos trabalhadores, a partir da identificação e do
controle dos agentes ambientais.
Os agentes físicos são formas de energia e os agentes biológicos
são microrganismos. Já os agentes químicos são substâncias, compostos ou
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, através da
pele ou por ingestão.
São exemplos de agentes físicos o ruído, as vibrações e as
pressões anormais. Os agentes químicos podem ser poeiras, fumos ou gases.
Como exemplos de agentes biológicos, têm-se as bactérias, os parasitas e os
vírus.
De acordo com a NR 9, as etapas do PPRA são as seguintes:
antecipação e reconhecimento dos riscos, estabelecimento de prioridades e
metas, avaliação dos riscos e da exposição, implantação de medidas de
controle, monitoramento e registro e divulgação dos dados.

11 - IFRJ/Técnico de Segurança do Trabalho-IFRJ/2006

O desenvolvimento do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

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inclui várias etapas fundamentais.

• Descrever cada item a ser considerado na etapa de


reconhecimento dos riscos ambientais.

• A implantação de medidas de controle deverá obedecer a uma


hierarquia. Especifique-a.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 20 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Tópico 1 - Descrever cada item a ser considerado na etapa de


reconhecimento dos riscos ambientais.

A fase de reconhecimento corresponde a uma avaliação qualitativa. Tem como


finalidade a identificação de riscos evidentes (efetivos) existentes no ambiente.

Na etapa de reconhecimento dos riscos ambientais, deve ser verificado,


quando aplicável às condições de trabalho, os seguintes itens:

• A identificação do risco: envolve a constatação do risco no local de


trabalho e a sua caracterização.

• A determinação e a localização das possíveis fontes geradoras: deve-


se determinar em que local o risco é produzido ou desencadeado.

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• A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação
dos agentes no ambiente de trabalho: visa identificar os meios utilizados
pelo agente para se propagar no ambiente de trabalho e as trajetórias de
propagação, se houver.

• A identificação das funções e determinação do número de


trabalhadores expostos.

• A caracterização das atividades e do tipo da exposição. Em cada


função identificada deve ser destacado o tipo de exposição (contínua ou
intermitente, por exemplo, se por inalação, contato com a pele, ingestão,
etc.).

• A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível


comprometimento da saúde decorrente do trabalho. Deve ser
considerado o histórico existente na empresa de danos à saúde
relacionados ao agente, como as doenças relacionadas ao trabalho, os
afastamentos, os atestados médicos, etc.

• Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados,


disponíveis na literatura técnica.

• A descrição das medidas de controle já existentes.

Tópico 2 - A implantação de medidas de controle deverá obedecer a


uma hierarquia. Especifique-a.

A NR 9 estabelece a hierarquia para estudo, desenvolvimento e implantação


das medidas de controle. A hierarquia é a seguinte:

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1º - Medidas de proteção coletiva.

2º - Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho.

3º - Utilização de equipamento de proteção individual – EPI.

As medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e a


utilização de equipamento de proteção individual somente podem ser
determinadas pelo empregador nas seguintes circunstâncias:

• Quando comprovado a inviabilidade técnica da adoção de medidas


de proteção coletiva..

• Quando as medidas de proteção coletiva não forem suficientes

• Quando as medidas de proteção coletiva estiverem em fase de


estudo, planejamento ou implantação.

• Em caráter complementar.

• Em caráter emergencial.

Entre as medidas de proteção coletiva, também há uma hierarquia a ser


observada:

1º Medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de


agentes prejudiciais à saúde.

2º Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no


ambiente de trabalho.

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3º Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no
ambiente de trabalho.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

O reconhecimento dos riscos ambientais, conforme determina a


Norma Regulamentadora nº 9 (NR 9), deve abranger os seguintes itens: a
identificação do risco, a determinação e localização das fontes geradoras, a
identificação das trajetórias e dos meios de propagação, a identificação das
funções e do número de trabalhadores expostos e a caracterização das
atividades e do tipo da exposição.
Deve incluir, ainda, a obtenção de dados existentes na empresa
indicativos de comprometimento da saúde decorrente do trabalho, os possíveis
danos à saúde relacionados aos riscos identificados disponíveis na literatura
técnica e a descrição das medidas de controle já existentes.
A NR 9 estabelece a seguinte hierarquia para implantação das
medidas de controle: medidas de proteção coletiva, medidas de caráter
administrativo ou de organização do trabalho e utilização de equipamento de
proteção individual.
Entre as medidas de proteção coletiva, a NR 9 prevê a seguinte
hierarquia: medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de
agentes prejudiciais à saúde, medidas que previnam a liberação ou
disseminação desses agentes e medidas que reduzam os níveis ou a
concentração desses agentes no ambiente de trabalho.

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12 - FUNIVERSA/Analista em Segurança do Trabalho-
GDF/2010

O risco ocupacional pode estar oculto (por ignorância, falta de conhecimento


ou desinformação) onde o trabalhador sequer suspeita do risco a que está
exposto. Pode, ainda, estar latente, ou seja, só se manifesta e causa danos em
situações de emergência ou em condições de estresse. Também, o risco pode
ser real, de conhecimento de todos, mas sem possibilidade de controle, pela
inexistência de solução, ou alto custo financeiro ou, ainda, por falta de vontade
política.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), como descrito na NR


9, é um avanço no sentido de conduzir a um gerenciamento dos riscos
ambientais, prevendo, para tanto, a colaboração e a participação dos
trabalhadores, que devem ainda ser informados acerca dos riscos ambientais
ocultos em seu ambiente de trabalho. Aliado a isso, está o fato de que a NR 9,
ao traçar apenas diretrizes gerais e parâmetro mínimos, abre uma
oportunidade para abordarem-se outras modalidades de riscos ligados a
fatores psicológicos, ergonômicos, de segurança e sociais, tornando o PPRA
um instrumento eficaz na preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, aqui entendida em seu aspecto mais amplo e dentro de uma
concepção biopsicossocial.

In: Revista de Terapia Ocupacional. São Paulo. Universidade de São Paulo v.14, n1 abr/2003
Internet: <www.revistausp.sibi.usp.br (com adaptações). Acesso em 5/10/2010

Com base nessas informações, redija um texto dissertativo que aborde,


necessariamente, os seguintes tópicos:

(a) O papel do PPRA na integração das normas regulamentadoras, em


particular a NR 7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).

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(b) Estrutura básica de um PPRA.

(c) Importância da avaliação quantitativa em um PPRA e implantação das


medidas de proteção coletiva.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 30 linhas


Modalidade: Dissertação

Comentários

Tópico 1 - O papel do PPRA na integração das normas


regulamentadoras, em particular a NR 7 (Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional).

O item 9.1.3 da NR 9 estatui que o PPRA é parte integrante do conjunto mais


amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da
integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas
demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional (PCMSO).

O controle da saúde ocupacional deve ser realizado de acordo com os riscos a


que os trabalhadores estão expostos. Por essa razão, o PCMSO é
desenvolvido com base do PPRA. A partir da identificação dos riscos
existentes no ambiente de trabalho, o médico definirá os exames que deverão
ser realizados.

Portanto, os riscos à saúde dos trabalhadores identificados nas avaliações

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previstas no PPRA são as bases para o planejamento e a implantação do
PCMSO. Essa é a relação mais direta entre PPRA e PCMSO.

O PPRA se integra, ainda, com diversas outras Normas Regulamentadoras. A


título de exemplo, citam-se as seguintes:

- A CIPA (NR 5) terá por atribuição colaborar no desenvolvimento e


implementação do PPRA.

- Na elaboração do conteúdo técnico e na avaliação dos resultados do


treinamento dos Operadores de Checkout, deve haver a participação dos
responsáveis pela elaboração e implementação do PPRA. (NR 17 – Anexo I)

- O PPRA das empresas que fabricam ou utilizam explosivos (NR 19) deve
contemplar, além do disposto na NR-9, a avaliação dos riscos de incêndio e
explosão e a implementação das respectivas medidas de controle.

- As análises de riscos dos estabelecimentos que operam com inflamáveis e


combustíveis devem estar articuladas com o PPRA da instalação (NR 20).

Tópico 2 - Estrutura básica de um PPRA.

Já foi destacado que a estrutura mínima do PPRA prevista no item 9.2 e


subitens da NR 9 é a seguinte:

Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e


cronograma.

Estratégia e metodologia de ação.

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Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados.

Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.

Tópico 3 - Importância da avaliação quantitativa em um PPRA e


implantação das medidas de proteção coletiva.

É importante lembrar que a implantação do PPRA inclui duas espécies de


avaliações: a avaliação qualitativa e a avaliação quantitativa.

A avaliação qualitativa visa à identificação dos riscos existentes no ambiente.


Corresponde à etapa de reconhecimento dos riscos.

Já a avaliação quantitativa visa à medição e à verificação do limite de


tolerância, se for o caso, ou seja, a quantificação do risco. Compreende a
etapa de avaliação da exposição dos trabalhadores aos riscos.

A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:

- Comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos


identificados na etapa de reconhecimento.

- Dimensionar a exposição dos trabalhadores.

- Subsidiar o equacionamento das medidas de controle.

Também é importante destacar a importância da avaliação quantitativa na


adoção das medidas de proteção para a eliminação, a minimização ou o
controle dos riscos ambientais.

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A adoção das medidas de proteção deve ocorrer quando os resultados das
avaliações da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos
limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes os valores limites de
exposição ocupacional adotados pela American Conference of Governmental
Industrial Higyenists (ACGIH), ou aqueles que venham a ser estabelecidos em
negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios
técnico-legais estabelecidos.

Sabe-se que as medidas de controle prioritárias são as proteções coletivas. As


medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e a utilização
de equipamento de proteção individual somente podem ser determinadas pelo
empregador quando comprovado a inviabilidade técnica da adoção de medidas
de proteção coletiva, quando as medidas de proteção coletiva não forem
suficientes, estiverem em fase de estudo, planejamento ou implantação ou,
ainda, em caráter complementar ou emergencial.

Entre as medidas de proteção coletiva, há uma hierarquia a ser observada. O


estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva
deverão obedecer à seguinte hierarquia:

Medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes


prejudiciais à saúde.

Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no


ambiente de trabalho.

Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no


ambiente de trabalho.

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SUGESTÃO DE RESPOSTA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) desempenha


um papel importante na integração das Normas Regulamentadoras (NR). A NR
9 estabelece que o programa deve estar articulado com o disposto nas demais
NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO).
A partir da identificação dos riscos no ambiente de trabalho, por meio
do PPRA, o médico do trabalho definirá os exames e as demais medidas para
controle da saúde ocupacional. Em suma, o PCMSO deve ser planejado e
implementado com base do PPRA.
A estrutura mínima do PPRA, consoante previsto na NR 9, abrange o
planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
a estratégia e metodologia de ação; a forma de registro, manutenção e
divulgação dos dados e a periodicidade e forma de avaliação.
A avaliação quantitativa é importante para comprovar o controle da
exposição ou a inexistência riscos, para dimensionar a exposição dos
trabalhadores e para subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Também é utilizada como base para a adoção das medidas de
proteção para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais.
Isso pode ocorrer quando os resultados das avaliações da exposição dos
trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15.
As medidas de proteção coletiva são medidas de proteção
prioritárias. Em sua implantação deverá ser observada a seguinte hierarquia:

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medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes
prejudiciais à saúde, medidas que previnam a liberação ou disseminação
desses agentes no ambiente de trabalho e medidas que reduzam os níveis ou a
concentração desses agentes no ambiente de trabalho.

13 - FUNIVERSA/Técnico de Segurança do Trabalho-CEB/2010

O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho


(SESMT) de uma empresa está elaborando o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) para uma nova instalação física que foi adquirida e que está
sendo reformada para receber novas atividades laborais. O ambiente a ser
modificado é um galpão de 800 m², com o vão todo aberto, sem divisões
internas e com ventilação natural precária. No local, há uma máquina fixa, que
opera à base de um motor de combustão interna, utilizando óleo diesel e
gerando um grande volume de gases e fumaça. Esse equipamento deverá ser
mantido no local, mas com controle dos riscos químicos oriundos das emissões
poluentes.

Já foram realizadas as fases de antecipação, reconhecimento e avaliação de


riscos e definidas as medidas de controle para o risco químico. As medidas de
controle estabelecidas foram:

- Substituição do combustível utilizado pela máquina por outro de melhor


qualidade, que gere menos gases tóxicos;

- Implantação de um programa de manutenção preventiva na máquina,


de forma a manter a regulagem do motor em estágio que consuma
menos combustível e gere menos gases;

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- Implantação de um programa de proteção respiratória, para o uso dos
EPIs;

- Implantação de um programa de capacitação geral em segurança e


saúde do trabalhador;

- Compartimentalização horizontal do ambiente, com a construção de


uma sala para enclausurar a máquina;

- Instalação de ventilação local exaustora na saída dos gases e da


fumaça da máquina;

- Instalação de ventilação geral diluidora no ambiente geral, externo à


sala da máquina;

- Controle de acesso a todo o ambiente, com maior restrição à sala da


máquina;

- Instalação de sinalização de segurança em todo o ambiente.

Com relação a esse assunto, redija um texto dissertativo que aborde,


necessariamente, os seguintes tópicos:

• Os elementos que faltam para finalizar o PPRA;

• A hierarquização da implantação das medidas de controle


propostas pelo SESMT dentro do cronograma anual do PPRA;

• As justificativas do ordenamento de cada medida na hierarquização


proposta.

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Informações Complementares

Número de Linhas: até 30 linhas


Modalidade: Dissertação (também pode ser classificada como estudo de caso)

Comentários

Essa é uma das melhores questões discursivas sobre Segurança e Saúde no


Trabalho (SST) já cobradas em concursos. Observe que o examinador não se
limitou a uma abordagem direta de um ou mais itens da norma. Pelo contrário,
trouxe uma situação prática de aplicabilidade da Norma Regulamentadora nº 9.

O enunciado relata que o SESMT de uma empresa está elaborando o PPRA de


um novo estabelecimento, um galpão de 800 m² com ventilação natural
precária, em que há uma máquina fixa, que opera à base de um motor de
combustão interna, utilizando óleo diesel e gerando um grande volume de
gases e fumaça.

Ademais, o enunciado esclarece que já foram realizadas três etapas do PPRA:


antecipação, reconhecimento e avaliação dos riscos ambientais e definição das
medidas de controle para o risco químico.

Tópico 1 - Os elementos que faltam para finalizar o PPRA;

Ao solicitar os “elementos” que ainda faltam para finalizar o PPRA, o


examinador solicita que o candidato elenque as etapas do PPRA que ainda não

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foram desenvolvidas.

Lembre-se que, quando forem identificados riscos ambientais, as etapas que o


PPRA deve abranger são as seguintes:

Antecipação e reconhecimentos dos riscos.

Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle.

Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores.

Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia.

Monitoramento da exposição aos riscos.

Registro e divulgação dos dados.

O enunciado esclarece que as etapas de antecipação, reconhecimento,


avaliação de riscos e a definição das medidas de controle para o risco químico
já foram realizadas.

Portanto, para finalizar o PPRA, faltam os seguintes elementos (ou etapas):

• Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e


controle.

• Avaliação da exposição dos trabalhadores.

• Avaliação da eficácia das medidas de controle.

• Monitoramento da exposição aos riscos.

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• Registro e divulgação dos dados.

Tópico 2 - A hierarquização da implantação das medidas de controle propostas


pelo SESMT dentro do cronograma anual do PPRA;

O enunciado relaciona diversas medidas de controle que serão adotadas no


estabelecimento. O planejamento do PPRA deve estabelecer as metas, as
prioridades e o cronograma de implantação de cada medida de controle. Além
disso, o cronograma deve indicar claramente os prazos para o desenvolvimento
das etapas e para cumprimento das metas do programa.

A questão solicita que o candidato hierarquize as medidas e estabeleça


as prioridades de ação.

Para isso, inicialmente, é necessário conhecer a ordem hierárquica de adoção


das medidas de proteção prevista na NR 9:

1º - Medidas de proteção coletiva:

Medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes


prejudiciais à saúde.

Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no


ambiente de trabalho.

Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no


ambiente de trabalho.

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2º - Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho.

3º - Utilização de equipamento de proteção individual – EPI.

Posteriormente, o candidato deve classificar as medidas de controle de acordo


com essa ordem hierárquica.

A tabela abaixo apresenta as medidas de proteção hierarquizadas:

Substituição do combustível utilizado pela máquina por outro de melhor


qualidade, que gere menos gases tóxicos.

Implantação de um programa de manutenção preventiva na máquina,


de forma a manter a regulagem do motor em estágio que consuma
menos combustível e gere menos gases.

Compartimentalização horizontal do ambiente, com a construção de


uma sala para enclausurar a máquina.

Instalação de ventilação local exaustora na saída dos gases e da fumaça

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da máquina.

Instalação de ventilação geral diluidora no ambiente geral, externo à


sala da máquina.

Implantação de um programa de capacitação geral em segurança e


saúde do trabalhador.

Controle de acesso a todo o ambiente, com maior restrição à sala da


máquina.

Instalação de sinalização de segurança em todo o ambiente.

Implantação de um programa de proteção respiratória, para o uso dos


EPIs.

O cronograma do PPRA deve prever, como uma das medidas de proteção a ser
instalada com prioridade sobre as demais, a substituição do combustível
utilizado pela máquina por outro de melhor qualidade, que gere menos gases
tóxicos, pois se trata de uma medida de proteção coletiva que reduz a
formação do agente químico prejudicial à saúde.

Essa justificativa é, justamente, a resposta ao tópico 3, comentado a seguir.

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Tópico 3 - As justificativas do ordenamento de cada medida na hierarquização
proposta.

Na tabela abaixo, em ordem hierárquica, estão as justificativas legais para a


hierarquização.

1º Substituição do combustível utilizado pela máquina por outro de melhor


qualidade, que gere menos gases tóxicos. (1)

1º Implantação de um programa de manutenção preventiva na máquina, de


forma a manter a regulagem do motor em estágio que consuma menos
combustível e gere menos gases. (2)

JUSTIFICATIVA: são medidas de proteção coletiva que reduzam a


utilização (2) ou a formação (1) de agentes prejudiciais à saúde.

2º Compartimentalização horizontal do ambiente, com a construção de uma


sala para enclausurar a máquina.

JUSTIFICATIVA: é uma medida de proteção coletiva que previne a


liberação do agente no ambiente de trabalho.

3º Instalação de ventilação local exaustora na saída dos gases e da fumaça


da máquina. (1)

3º Instalação de ventilação geral diluidora no ambiente geral, externo à sala


da máquina. (2)

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JUSTIFICATIVA: são medidas de proteção coletiva que reduzam os níveis
(1) ou a concentração (2) desses agentes no ambiente de trabalho.

4º Implantação de um programa de capacitação geral em segurança e saúde


do trabalhador. (1)

4º Controle de acesso a todo o ambiente, com maior restrição à sala da


máquina. (2)

4º Instalação de sinalização de segurança em todo o ambiente. (1)

JUSTIFICATIVA: são medidas de caráter administrativo (1) ou de


organização do trabalho (2).

5º Implantação de um programa de proteção respiratória, para o uso dos


EPIs.

JUSTIFICATIVA: corresponde a utilização de equipamento de proteção


individual (EPI).

Observação: Em dissertações ou estudos de caso em que os tópicos


temáticos exijam que a resposta aborde detalhes do caso hipotético
apresentado, é aconselhável (mas, não obrigatório!) que seja feito um
parágrafo de introdução com um resumo do caso ou da situação a ser
resolvida ou analisada.

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SUGESTÃO DE RESPOSTA

O Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho


(SESMT) está elaborando o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA) de um estabelecimento em que há ventilação natural precária e gases
liberados por uma máquina que opera com um motor de combustão interna.
Já foram realizadas três etapas do PPRA: antecipação,
reconhecimento e avaliação dos riscos e definição das medidas de controle.
Portanto, conforme determina a Norma Regulamentadora nº 9 (NR 9), para
finalizar o PPRA, faltam os seguintes elementos: estabelecimento de
prioridades e metas de avaliação e controle, avaliação da exposição dos
trabalhadores, avaliação da eficácia das medidas de controle, monitoramento e
registro e divulgação dos dados.
No cronograma anual do PPRA, as medidas de controle devem
seguir uma hierarquia. Portanto, segundo a NR 9, primeiramente, devem ser
feitas a substituição do combustível e a regulagem do motor para a geração de
menos gases tóxicos, visto que são medidas de proteção coletiva que reduzem
a utilização e a formação, respectivamente, de agentes prejudiciais à saúde.
A próxima medida deve ser o enclausuramento da máquina, pois é
uma medida de proteção coletiva que previne a liberação do agente químico
no ambiente de trabalho, consoante dispõe a NR 9. Posteriormente, devem ser
instaladas as ventilações exaustora e diluidora, ou seja, medidas de proteção
coletiva que reduzem os níveis e a concentração, respectivamente, dos
agentes no ambiente de trabalho.
Após, deverão ser implementados o programa de capacitação, o
controle de acesso e a sinalização de segurança, que são medidas de caráter
administrativo ou de organização do trabalho. Por fim, nos termos da NR 9,
deve ser implantado o programa de proteção respiratória, para a utilização de
Equipamento de Proteção Individual (EPI)

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Capítulo 7 – Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade (NR 10)

14 - FUNIVERSA/Técnico em Edificações/Engenharia Elétrica-


MPE/GO/2010

A norma regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços em


Eletricidade (NR 10) prescreve que os trabalhadores autorizados devem fazer
um curso básico de segurança em instalações e serviços com eletricidade.

Acerca desse curso, redija um texto que aborde, necessariamente, os


seguintes tópicos:

(a) importância do curso para a segurança dos trabalhadores da área de


eletricidade;

(b) carga horária mínima desse curso, de acordo com a referida norma.

(c) três assuntos que devem fazer parte da programação desse curso, de
acordo com a referida norma.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 20 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

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Comentários

O Anexo III da NR 10 traz as regras para dois tipos de treinamentos: o curso


básico de segurança em instalações e serviços com eletricidade e o curso
complementar para trabalho no Sistema Elétrico de Potência ou em suas
proximidades.

Essa questão aborda apenas as regras referentes ao curso básico.

Tópico 1 - Importância do curso para a segurança dos trabalhadores


da área de eletricidade;

O texto da NR 10 não prevê de forma literal a importância do curso básico de


segurança em instalações e serviços com eletricidade.

O curso básico é um pré-requisito para que o trabalhador seja autorizado a


intervir em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em
corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua, ou seja, em
instalações iguais ou maiores que as de baixa tensão.

Ademais, o curso é importante na medida em que prepara o trabalhador


acerca dos riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e das principais
medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas.

Tópico 2 - Carga horária mínima desse curso, de acordo com a referida


norma.

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O curso básico tem carga horária mínima de 40 (quarenta) horas. Essa
carga horária é a mesma do curso complementar, sendo que, para frequentar
este, é pré-requisito ter participado com aproveitamento satisfatório do curso
básico.

Tópico 3 - Três assuntos que devem fazer parte da programação desse


curso, de acordo com a referida norma.

O conteúdo programático do curso básico é o constante na tabela baixo. Para


elaborar a questão discursiva, o candidato deverá escolher três itens,
conforme solicitado.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CURSO BÁSICO NR 10

1. Introdução à segurança com 8. Equipamentos de proteção


eletricidade. individual.

2. Riscos em instalações e 9. Rotinas de trabalho -


serviços com eletricidade: Procedimentos.

- O choque elétrico, - Instalações desenergizadas;


mecanismos e efeitos; - Liberação para serviços;
- Arcos elétricos; queimaduras e - Sinalização;
quedas; - Inspeções de áreas, serviços,
- Campos eletromagnéticos. ferramental e equipamento;

3. Técnicas de Análise de Risco. 10. Documentação de instalações


elétricas.

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4. Medidas de Controle do Risco
Elétrico: 11. Riscos adicionais:

- Desenergização. - Altura;
- Aterramento funcional (TN / - Ambientes confinados;
TT / IT); de proteção; - Áreas classificadas;
temporário; - Umidade;
- Equipotencialização; - Condições atmosféricas.
- Seccionamento automático da
alimentação; 12. Proteção e combate a
- Dispositivos a corrente de incêndios:
fuga;
- Extra baixa tensão; - Noções básicas;
- Barreiras e invólucros; - Medidas preventivas;
- Bloqueios e impedimentos; - Métodos de extinção;
- Obstáculos e anteparos; - Prática;
- Isolamento das partes vivas;
- Isolação dupla ou reforçada; 13. Acidentes de origem elétrica:
- Colocação fora de alcance;
- Separação elétrica. - Causas diretas e indiretas;
- Discussão de casos;
5. Normas Técnicas Brasileiras -
NBR da ABNT: NBR-5410, NBR 14. Primeiros socorros:
14039 e outras;
- Noções sobre lesões;
6. Regulamentações do MTE: - Priorização do atendimento;
- Aplicação de respiração
- NRs; artificial;
- NR-10 (Segurança em - Massagem cardíaca;
Instalações e Serviços com - Técnicas para remoção e
Eletricidade); transporte de acidentados;

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- Qualificação; habilitação; - Práticas.
capacitação e autorização.
15. Responsabilidades.
7. Equipamentos de proteção
coletiva.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

A importância do curso básico para a segurança dos trabalhadores


da área de eletricidade, segundo disposto na Norma Regulamentadora nº 10
(NR 10), é a preparação do trabalhador acerca dos riscos decorrentes do
emprego da energia elétrica e das principais medidas de prevenção de
acidentes em instalações elétricas.
Ademais, conforme a NR 10, o curso é um pré-requisito para que o
trabalhador seja autorizado a intervir em instalações elétricas energizadas em
tensão igual ou superior a cinquenta volts em corrente alternada ou superior a
120 volts em corrente contínua.
A carga horária mínima do curso, de acordo com a NR 10, é de
quarenta horas. Destaque-se que o aproveitamento satisfatório no curso
básico é um pré-requisito para o trabalhador participar do curso complementar
(para trabalho no sistema elétrico de potência ou em suas proximidades).
Entre os assuntos que devem fazer parte da programação do curso,
de acordo com a NR 10, estão os riscos em instalações e serviços com
eletricidade, como o choque elétrico e as queimaduras, as noções sobre
primeiros socorros, como as técnicas para remoção e transporte de
acidentados, e a proteção e o combate a incêndios.

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Capítulo 8 – Atividades Insalubres e
Atividades Perigosas (NR 15 e NR 16)

15 - CESPE/Analista Legislativo/Engenharia de Segurança do


Trabalho-Câmara dos Deputados/2012

João, Carlos e José, trabalhadores da empresa X Ltda., reivindicam adicionais


de insalubridade e de periculosidade com base na alegação de existência de
fatores prejudiciais à saúde no ambiente de trabalho.

João, aposentado há quatro meses, trabalhou por onze anos no setor de


galvanoplastia. Embora utilizasse os equipamentos de proteção fornecidos pela
empresa, alega ter trabalhado com produtos químicos como tetracloreto de
carbono, clorofórmio e solventes orgânicos em condições de risco à sua saúde.

Carlos, eletricista, que trabalha na oficina da empresa realizando a


manutenção de painéis elétricos desenergizados e energizados, cujo nível de
tensão elétrica corresponde a 220 V/380 V, 60 Hz, reivindica o pagamento de
adicional de periculosidade. Pelo menos uma vez por mês, ele realiza
manobras de acionamento de chaves em subestação de 13,8 kV, utilizando
luvas de proteção.

José, mecânico de manutenção, que atua no setor de máquinas e


compressores e centrais de ar condicionado, embora utilize EPIs, alega estar
exposto diariamente a níveis de ruído acima de 90 dB(A).

Redija um texto dissertativo a respeito do relato acima apresentado que

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atenda, necessariamente, ao que se pede a seguir.

- Defina, de modo fundamentado, como deve ser feita a


caracterização da insalubridade e da periculosidade e informe quais
são os grupos de atividades e seus respectivos percentuais; esclareça,
ainda, sobre que parcela da remuneração incide cada um desses
percentuais.

- Esclareça se João, estando aposentado há quatro meses, tem direito


à percepção do adicional de insalubridade; fundamente seu
arrazoado.

- Considerando o fato de a empresa X ter fornecido EPIs a Carlos e


José, esclareça, de modo fundamentado, se eles têm direito à
percepção de adicional de periculosidade ou de insalubridade.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 30 linhas


Modalidade: Estudo de Caso

Comentários

Tópico 1 - Defina, de modo fundamentado, como deve ser feita a


caracterização da insalubridade e da periculosidade e informe quais
são os grupos de atividades e seus respectivos percentuais; esclareça,
ainda, sobre que parcela da remuneração incide cada um desses
percentuais.

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Veja que este primeiro tópico pode ser dividido em três: 1) caracterização da
insalubridade e da periculosidade; 2) grupos de atividades e seus respectivos
percentuais; 3) parcela da remuneração que incide cada percentual.

Em casos como este, é importante ficar alerta para não se esquecer de abordar
nenhum dos pontos solicitados.

a) caracterização da insalubridade e da periculosidade;

A caracterização da insalubridade e da periculosidade é feita através de


perícia, que deve ser realizada por Médico do Trabalho ou por Engenheiro de
Segurança do Trabalho (Art. 195 da CLT).

Previsão semelhante encontra-se estampada na NR 16, que afirma ser


responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da
periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou
Engenheiro de Segurança do Trabalho.

A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade,


independente do agente envolvido, pode ser feita tanto pelo médico como pelo
engenheiro, indistintamente. O importante é que a elaboração do laudo seja
feita por profissional devidamente qualificado.

Todavia, não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial


para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária
a classificação da atividade insalubre na NR 15 (Súmula 448 do TST) e da
atividade perigosa na NR 16.

Da mesma forma que a classificação e a caracterização, a eliminação ou


neutralização da insalubridade será realizada através de avaliação pericial, com
o objetivo de comprovar a inexistência de risco à saúde do trabalhador.

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Ademais, se houver descaracterização da insalubridade, o empregado perderá
o direito ao respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio
da irredutibilidade salarial. (Súmula 448 do TST).

b) grupos de atividades e seus respectivos percentuais;

O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador


a percepção de um adicional corresponde a:

- 40% (quarenta por cento) para insalubridade de grau máximo;


- 20% (vinte por cento) para insalubridade de grau médio;
- 10% (dez por cento) para insalubridade de grau mínimo;

O percentual do adicional (10%, 20% ou 40%) já é pré-definido pelo Ministério


do Trabalho, de acordo com o grau de risco do agente a que o trabalhador
estiver exposto, conforme tabela abaixo:

AGENTE ADICIONAL
Ruído Contínuo ou Intermitente 20%
Ruído de Impacto 20%
Calor 20%
Radiações Ionizantes 40%
Condições Hiperbáricas 40%
Radiações Não Ionizantes 20%
Vibrações 20%
Frio 20%
Umidade 20%
Agentes Químicos (Anexo 11) 10%, 20% ou 40%
Poeiras Minerais 40%
Agentes Químicos (Anexo 13) 10%, 20% ou 40%
Benzeno (Anexo 13-A) 40%
Agentes Biológicos 20% ou 40%

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No caso da questão, para João, que trabalhou no setor de galvanoplastia, com
produtos químicos como tetracloreto de carbono, clorofórmio e solventes
orgânicos, o adicional é de 40%, uma vez que tetracloreto de carbono e
clorofórmios são agentes químicos enquadrados no grau de risco máximo.

Já para José, que atua no setor de máquinas e compressores e está exposto


diariamente a níveis de ruído acima de 90 dB(A), o adicional é de 20%.

Por outro lado, o exercício de trabalho em condições de periculosidade


assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento),
independente do agente perigoso a que o trabalhador está exposto. Dessa
forma, para Carlos, o adicional corresponde a 30% (trinta por cento).

c) parcela da remuneração que incide cada percentual.

O adicional de insalubridade corresponde a 40% (quarenta por cento), 20%


(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.

Em razão do inciso IV do Art. 7º da CF/88 vedar a vinculação do salário


mínimo para qualquer fim, o STF editou a Súmula Vinculante nº 4,
estabelecendo que “salvo nos casos previstos na Constituição, o salário
mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem
de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial”.

Em decorrência da SV, o TST editou a Súmula 228, estabelecendo que o


adicional de insalubridade seria calculado “sobre o salário básico, salvo critério
mais vantajoso fixado em instrumento coletivo.”

Porém, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entrou com reclamação no

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STF pedindo a suspensão da Súmula 228 do TST, em razão de
inconstitucionalidade. O STF aceitou a alegação da CNI, suspendendo a Súmula
na parte em que permite a utilização do salário básico para calcular o adicional
de insalubridade.

Portanto, até que seja editada uma lei que regulamente a base de
cálculo do adicional, continuará sendo o salário mínimo, a menos que haja
convenção coletiva que disponha de modo contrário e mais favorável ao
trabalhador.

O adicional de periculosidade corresponde a 30% (trinta por cento), incidente


sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participação nos lucros da empresa. A base de cálculo da periculosidade,
portanto, é o salário básico, sem considerar os acréscimos salariais.

Tópico 2 - Esclareça se João, estando aposentado há quatro meses,


tem direito à percepção do adicional de insalubridade; fundamente seu
arrazoado.

O simples fato de o trabalhador ter se aposentado não exclui o direito ao


adicional de insalubridade referente ao período pretérito em que laborou
exposto aos agentes químicos.

Portanto, João terá direito ao adicional referente ao período de exposição nos


últimos cinco anos, contados da data de ajuizamento da ação trabalhista,
desde que ingresse com a ação em até dois anos após a aposentadoria. A
inercia nesse lapso temporal fará com que seu direito prescreva, não podendo
mais ser reclamado.

Isso ocorre, pois o inciso XXIX do Art. 7º da CF/88 estatui como direito dos

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trabalhadores a ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho,
com prazo prescricional de cinco anos, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho.

Todavia, não há direito adquirido ao adicional de insalubridade. O adicional é


uma gratificação vinculada diretamente às condições especiais de trabalho, ou
seja, é um salário-condição. Assim, a vantagem pecuniária será paga apenas
enquanto houver exercício de atividade insalubre.

Por essa razão, João terá direito de reclamar o adicional apenas referente ao
período anterior à aposentadoria, quando trabalhou em condições prejudiciais
a sua saúde. Após a jubilação, o direito não persiste, sendo indevido o
adicional de insalubridade relativo ao período pós-aposentadoria.

Tópico 3 - Considerando o fato de a empresa X ter fornecido EPIs a


Carlos e José, esclareça, de modo fundamentado, se eles têm direito à
percepção de adicional de periculosidade ou de insalubridade.

Quanto ao adicional de insalubridade, o fato de o empregador fornecer o EPI,


por si só, não elide o direito do empregado ao pagamento do adicional, uma
vez que a Súmula 289 do TST estatui que cabe ao empregador tomar as
medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre
as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado, e não
simplesmente fornecer o aparelho de proteção.

Entretanto, caso o fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo


Ministério do Trabalho acarrete a eliminação da insalubridade, excluir-se-á a
percepção do respectivo adicional (Súmula 80 do TST).

Quanto à periculosidade, o fato do empregador fornecer luvas de proteção para

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Carlos trabalhar em instalações elétricas, por si só, não diminui o perigo de seu
trabalho, de forma que não há que se falar em eliminação da periculosidade
pelo mero fornecimento do EPI.

SUGESTÃO PARA O RESUMO DO CASO (NÃO OBRIGATÓRIO)

João, Carlos e José, trabalhadores da empresa X Ltda., reivindicam


adicionais de insalubridade e de periculosidade. João está aposentado e
trabalhou exposto a produtos químicos, como tetracloreto de carbono,
clorofórmio e solventes orgânicos. Carlos é eletricista e trabalha na
manutenção de painéis elétricos desenergizados e energizados. José é
mecânico e labora exposto diariamente a níveis de ruído acima de 90 dB(a).

SUGESTÃO DE RESPOSTA

A caracterização da insalubridade e da periculosidade deve ser feita


através de perícia, realizada por Médico do Trabalho ou por Engenheiro de
Segurança do Trabalho, conforme estabelece a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
A CLT prevê três grupos de atividades com percentuais diversos de
insalubridade. O adicional corresponde a 40% para insalubridade de grau
máximo, 20% para insalubridade de grau médio e 10% para insalubridade de
grau mínimo. Esses percentuais incidem sobre o salário mínimo. O trabalho de
João, com exposição a tetracloreto de carbono e clorofórmio, é considerado de
risco máximo. Já o trabalho de José, com exposição a ruído contínuo, é
considerado de risco médio.
Já o exercício de trabalho em condições de periculosidade, segundo

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a CLT, assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30%. Este
adicional incide sobre o salário básico, sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
O simples fato de João ter se aposentado não exclui o direito ao
adicional de insalubridade referente ao período pretérito em que laborou
exposto aos agentes químicos. Conforme estabelece a Constituição Federal de
1988, João terá direito ao adicional referente aos últimos cinco anos, contados
da data de ajuizamento da ação trabalhista, desde que ingresse com a ação
em até dois anos após a extinção do contrato. Todavia, João não tem direito
adquirido ao recebimento do adicional no período pós-aposentadoria.
O fato de o empregador fornecer Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) a João e a Carlos, por si só, não elide o direito dos
empregados ao pagamento dos adicionais de insalubridade e de
periculosidade, respectivamente. A Súmula 289 do Tribunal Superior do
Trabalho (TST) estatui que cabe ao empregador tomar as medidas que
conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as
relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.

16 - CESPE/Perito/Analista em Medicina do Trabalho-


MPU/2013/ADAPTADA

Sabendo que os equipamentos de proteção individual (EPI) auriculares não


protegem completamente o trabalhador dos ruídos em ambiente industrial,
ainda que abafe o som, redija, com base nas normas pertinentes, um texto
dissertativo acerca do EPI como medida de prevenção à exposição ao ruído.
Em seu texto, atenda, necessariamente, ao que se pede a seguir.

• Defina ruído contínuo/intermitente, ruído de impacto e nível

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equivalente de ruído.

• Explicite, na ordem de hierarquia, as medidas de segurança a


serem adotadas antes da prescrição de um EPI.

OBSERVAÇÃO: Nesta questão, foi suprimido o terceiro tópico (efetividade da


proteção dada pelo EPI, considerando a fenomenologia auditiva do ser
humano, as vias de transmissão e a variabilidade biológica e ambiental), por
se tratar de assunto alheio ao conteúdo programático para Auditor-Fiscal do
Trabalho, foco desta obra.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 20 linhas


Modalidade: Questão Discursiva

Comentários

Observe que essa questão possui o chamado “tema núcleo”. Esse tema central
normalmente é apresentado no enunciado da questão, antes da apresentação
específica dos tópicos. Nesta questão, o tema núcleo é “EPI como medida de
prevenção à exposição ao ruído”. É aconselhável que o primeiro parágrafo do
texto aborde esse tema central e que a argumentação nos demais tópicos seja
desenvolvida a partir desse tema central.

Tema Núcleo: EPI como medida de prevenção à exposição ao ruído.

Conforme assegura o enunciado da questão, a eficácia do uso de EPI para


proteção do sistema auditivo do trabalhador contra níveis de pressão sonora

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elevados é limitada. A proteção completa do trabalhador não depende apenas
do uso correto e da qualidade do EPI, mas exige um adequado gerenciamento
do sistema de proteção pelo empregador, além da implantação de outras
medidas mais eficazes, como as proteções coletivas (enclausuramento acústico
de máquinas, por exemplo) e as medidas de organização do trabalho (redução
da jornada, distanciamento da fonte de ruído, etc).

Todavia, as empresas não desenvolvem um sistema eficaz de proteção e, por


isso, entende-se que a simples disponibilização de protetores auriculares, sem
a comprovação de sua eficácia, não protegem completamente o trabalhador
dos ruídos em ambiente industrial.

Tópico 1 - Defina ruído contínuo/intermitente, ruído de impacto e nível


equivalente de ruído.

Todas as definições solicitadas neste tópico estão presentes no Anexo I da NR


15.

Ruído de impacto é aquele que apresenta picos de energia acústica de duração


inferior a um segundo, a intervalos superiores a um segundo. Como exemplo,
tem-se o ruído decorrente de uma explosão. A principal doença causada pelo
ruído de impacto é o trauma acústico.

O limite de tolerância para ruído de impacto depende da forma como ele será
medido. Se for avaliado no circuito linear e circuito de resposta para impacto o
limite de tolerância será de 130 dB (linear). Se for avaliado no circuito de
compensação "C", o limite de tolerância será de 120 dB(C).

Ruído Contínuo ou Intermitente é aquele ruído que não seja considerado ruído
de impacto, ou seja, é um conceito obtido por exclusão. Assim, pode ser

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definido como aquele com duração superior a um segundo ou que apresenta
picos acústicos em intervalo inferior a um segundo. Como exemplo, tem-se o
ruído produzido por uma máquina industrial. A principal doença causada pelo
ruído contínuo ou intermitente é a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR).

O limite de tolerância para o ruído contínuo ou intermitente é de 85 dB (A)


para uma jornada de trabalho de oito horas diárias.

Nível equivalente de ruído, também chamado de nível de ruído intermediário, é


o nível de ruído não previsto na tabela constante do Anexo I da NR 15.

Confira a tabela abaixo:

Veja que há lacunas nos níveis de ruído (os valores de 97 dB, 99 dB, 101 dB e
103 dB, por exemplo, não se encontram relacionados na tabela). Nesses casos,
quando o nível encontrado no ambiente de trabalho não estiver relacionado no
quadro, deve ser considerada a máxima exposição diária permissível relativa
ao nível imediatamente mais elevado. Isso é o nível equivalente de ruído.

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Tópico 2 - Explicite, na ordem de hierarquia, as medidas de segurança
a serem adotadas antes da prescrição de um EPI.

A hierarquia para implantação das medidas de controle está prevista na NR


9:
1º - Medidas de proteção coletiva.

2º - Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho.

3º - Utilização de equipamento de proteção individual – EPI.

Entre as medidas de proteção coletiva, também há uma hierarquia a ser


observada:

1º Medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de


agentes prejudiciais à saúde.

2º Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no


ambiente de trabalho.

3º Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no


ambiente de trabalho.

No que se refere às medidas de proteção do trabalhador contra níveis de


pressão sonora elevados (ruídos), inicialmente, devem ser priorizadas
proteções coletivas que eliminem a formação do ruído, como a mudança no
processo de trabalho que dispense o uso da máquina ruidosa ou a redução na
produção, para diminuir a utilização da máquina, por exemplo. Posteriormente,
deve ser priorizada, por exemplo, a instalação de uma cabine para
enclausuramento da máquina, com o objetivo de prevenir a liberação do ruído

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no ambiente de trabalho.

Após, devem ser observadas medidas de carácter administrativo ou de


organização do trabalho, como diminuição da jornada de trabalho, a instalação
de sinalização para proibir a aproximação da fonte de ruído, entre outras.

Como última medida, devem ser fornecidos e utilizados equipamentos de


proteção individual, como os protetores auditivos de inserção.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é uma medida limitada


para proteção do trabalhador contra o ruído, conforme entendimento do
Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). A proteção efetiva depende
de um adequado gerenciamento do sistema de proteção pelo empregador e da
implantação de medidas mais eficazes, como as proteções coletivas e as
medidas de organização do trabalho.
De acordo com o Anexo II da Norma Regulamentadora nº 15 (NR
15), ruído de impacto é aquele que apresenta picos de energia acústica de
duração inferior a um segundo, a intervalos superiores a um segundo. Como
exemplo, tem-se o ruído decorrente de uma explosão. Já o ruído contínuo ou
intermitente é aquele que não seja considerado ruído de impacto, como o
ruído produzido por uma máquina industrial.
O nível equivalente ocorre quando o ruído medido no ambiente de
trabalho não está previsto no Anexo I da NR 15. O valor de 97 dB, por
exemplo, não se encontra relacionado na Norma. Nesse caso, deve ser
considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível
imediatamente mais elevado (jornada de trabalho para 98 dB).

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A Norma Regulamentadora nº 9 estabelece que, antes da
prescrição de um EPI, como o protetor auricular, deve ser observada a
seguinte hierarquia para implantação das medidas de controle: medidas de
proteção coletiva, como o enclausuramento da fonte de ruído, e medidas de
caráter administrativo ou de organização do trabalho, como a redução da
jornada de trabalho.

17 - FCC/Analista Judiciário/Engenharia de Segurança do


Trabalho-TRT 3ª Região/2015

Um operador de forno recebe um salário de R$ 3.000,00 (três mil reais)


mensais, contratado em regime celetista, mensalista, há mais de três anos.
Observando seu posto de trabalho, conforme a figura abaixo, no setor de
vazamento do ferrogusa, verifica-se que o operador em pé providencia,
durante 5 minutos, a limpeza do canal para remoção da escória, Local 1.
Durante 15 minutos seguintes, enquanto aguarda o ponto máximo da
temperatura, em uma mesa apropriada, se programando para novas
atividades, Local 2. Este procedimento é repetido em toda a sua jornada de
trabalho. As condições térmicas são definidas como Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo (IBUTG) nas vizinhanças do forno e próximo à mesa de
trabalho, identificadas como Local 1 − Forno e Local 2 − Mesa de trabalho.

No Local 1 as condições de temperatura do IBUTG são: Temperatura de globo


(Tg) = 51 °C, Temperatura de bulbo úmido normal (Tbn) = 31 °C,
Temperatura de Bulbo seco (Tbs) = 36 °C e o tipo de atividade é de pé,
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos. Ambiente sem
carga solar. Funcionário com EPI − manta alumino-térmica, como adoção de
medida preventiva contra radiações ionizantes.

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No Local 2 as condições de IBUTG são: Temperatura de globo (Tg) = 30 °C;
Temperatura de bulbo úmido normal (Tbn) = 23 ºC e Temperatura de Bulbo
seco (Tbs) = 27 °C e o tipo de atividade é sentado, movimentos moderados
com braços para anotações em pranchetas e preenchimento de documentos
para novas cargas.

Analisando as condições do ambiente de trabalho sob a ótica da insalubridade,


segundo o que dispõe as informações descritas anteriormente, pede-se que
responda fundamentadamente:

a. Qual é o percentual, estipulado pelo MTE, e o grau de insalubridade que


exponha esse trabalhador ao agente nocivo calor, se for comprovado o valor
de IBUTG médio superior aos limites de tolerância?

b. Determine o IBUTG médio de exposição justificando sua resposta.

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c. Compare a taxa de valor do metabolismo média obtida com o limite de
tolerância, segundo o quadro nº 2, justificando sua resposta.

d. Define se esse trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade,


justificando sua resposta com base no IBUTG médio e no Metabolismo médio
(L.T. da NR 15).

e. Defina o valor que deverá ser adicionado ao salário base desse trabalhador
em função do grau de insalubridade identificado, justificando sua resposta.

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Informações Complementares

Número de Linhas: até 20 linhas


Modalidade: Estudo de Caso

Comentários

Tópico a) Qual é o percentual, estipulado pelo MTE, e o grau de


insalubridade que exponha esse trabalhador ao agente nocivo calor, se
for comprovado o valor de IBUTG médio superior aos limites de

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tolerância?

O calor é um agente físico classificado como de grau de risco médio.


Portanto, se o trabalhador for exposto acima dos limites de tolerância, terá
direito ao adicional de insalubridade de 20% incidente sobre o salário
mínimo.

O limite de tolerância decorrente da exposição ocupacional ao calor é avaliado


através do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG). Há duas
fórmulas básicas para se calcular o IBUTG, que levam em conta se a atividade
é realizada em ambientes internos e/ou externos sem carga solar ou em
ambientes externos com carga solar.

Ambientes internos ou externos sem Ambientes externos com carga solar


carga solar

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

Em que:

tbn = temperatura de bulbo úmido natural


tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.

As temperaturas são medidas por meio do termômetro de bulbo úmido natural


(tbn), termômetro de globo (tg) e termômetro de mercúrio comum (tbs).

Veja que, se o ambiente for interno ou externo sem carga solar, não deve ser
utilizada a temperatura de bulbo seco (tbs).

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b. Determine o IBUTG médio de exposição justificando sua resposta.

Antes de elaboramos os cálculos para encontrar o IBUTG médio, vamos ver a


síntese das informações de cada um dos locais de trabalho:

LOCAL 1 LOCAL 2

Setor: forno Setor: mesa de trabalho

Tempo de trabalho: 5 minutos Tempo de trabalho: 15 minutos

(Tg) = 51 °C (Tg) = 30 °C
(Tbn) = 31 °C (Tbn) = 23 ºC
(Tbs) = 36 °C (Tbs) = 27 °C

Atividade em pé Atividade sentado

Trabalho intermitente de levantar, Movimentos moderados com braços.


empurrar ou arrastar pesos.

Ambiente sem carga solar. Ambiente sem carga solar (dedução)

Com esses dados, podemos identificar a fórmula a ser utilizada para o cálculo
do IBUTG: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg, uma vez que o ambiente é sem carga
solar. Assim, não será utilizada a temperatura de bulbo seco (tbs).

Calculando o IBUTG:

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Forno:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
IBUTG = 0,7.(31) + 0,3.(51)
IBUTG = 21,7 + 15,3
IBUTG = 37ºC

Mesa de Trabalho:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
IBUTG = 0,7.(23) + 0,3.(30)
IBUTG = 16,1 + 9
IBUTG = 25,1ºC

Esses são os valores do IBUTG de cada local e não do IBUTG médio, solicitado
pela questão. Antes de calcular o IBUTG médio, é necessário considerar um
segundo fator na avaliação da exposição ao calor: o local em que são
gozados os períodos de descanso intrajornadas.

O enunciado não traz tal informação de forma expressa, mas o IBUTG médio
ponderado para uma hora de trabalho somente é aplicável em regime de
trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de
descanso).

O enunciado afirma que o trabalhador permanece no local 2 (mesa de


trabalho) “enquanto aguarda o ponto máximo da temperatura, em uma mesa
apropriada, se programando para novas atividades”. Dessa forma, para fins de
cálculo do IBUTG médio, deve-se considerar o Local 2 (mesa de trabalho) como
o local de descanso e o Local 1 (forno) como local de trabalho.

A questão relata que o trabalhador permanece cinco minutos no local 1 e


quinze minutos no local 2, totalizando, portanto, vinte minutos. Como o IBUTG
médio deve ser calculado para uma hora, deve-se multiplicar esses tempos

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por 3, para se chegar a uma hora completa de trabalho/descanso.

Assim, devemos considerar que, no período de uma hora, o trabalhador


permanece 15 minutos no forno (trabalho) e 45 minutos na mesa de trabalho
(descanso). Ok?

O IBUTG médio ponderado para uma hora é obtido pela seguinte fórmula:

é o IBUTG médio ponderado para uma hora, ou seja,


aquilo que queremos calcular.

- IBUTGt é o valor do IBUTG no local de trabalho (obtido através do


cálculo padrão de IBUTG e considerando apenas as temperaturas do
local de trabalho).

- Tt é a soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local


de trabalho.

- IBUTGd é o valor do IBUTG no local de descanso (obtido através do


cálculo padrão de IBUTG e considerando apenas as temperaturas do
local de descanso).

- Td é a soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local


de descanso.

Lembre-se que já foram encontrados o IBUTG de 37ºC para o local de trabalho

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(forno) e de 25,1ºC para o local de descanso.

Calculando:

= (37x15) + (25,1x45 ) / 60
= (555 + 1.129,5) / 60
= 28,075 ºC

Este é o valor de IBUTG médio ponderado para uma hora.

Tópico c) Compare a taxa de valor do metabolismo média obtida com o


limite de tolerância, segundo o quadro nº 2, justificando sua resposta.

A Taxa de Metabolismo Média Ponderada é determinada pela seguinte fórmula:

Em que:

- M é a taxa de metabolismo média ponderada, ou seja, aquilo que


queremos calcular.

- Mt é a taxa de metabolismo no local de trabalho (informação obtida no


quadro 3 do Anexo III da NR 15 (abaixo).

- Tt é a soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local


de trabalho.

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- Md é a taxa de metabolismo no local de descanso (informação obtida
no quadro 3 do Anexo III da NR 15 (abaixo).

- Td é a soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local


de descanso.

QUADRO 3 (para consulta das taxas de metabolismo do local de trabalho e do


local de descanso, de acordo com o tipo de atividade desenvolvida)

OBS: as informações sobre o tipo de atividade desenvolvida em cada local


constam do enunciado da questão.

A taxa de metabolismo do forno (local de trabalho) é de 440.

A taxa de metabolismo do local de descanso (mesa) é de 125.

Aplicando a fórmula:

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M = (444x15) + (125.45) / 60
M = (6.660 + 5.625) / 60
M = 204,75

Com o valor do IBUTG médio ponderado igual a 28,075 ºC e da taxa de


metabolismo médio ponderada igual a 204,75, deve ser observado no quadro 2
se o limite de tolerância foi ultrapassado.

A taxa de metabolismo encontrada foi de M = 204,75. Não há esse valor no


quadro, mas há um valor bem próximo M = 200. Para M = 200, o IBUTG médio
pode ser de até 30º C. Portanto, para M = 204,75, o IBUTG médio será um
pouco maior que 30 (para se chegar ao valor exato, é necessário fazer uma
interpolação linear, o que foge do objetivo dessa obra).

Tópico d) Define se esse trabalhador tem direito ao adicional de


insalubridade, justificando sua resposta com base no IBUTG médio e
no Metabolismo médio (L.T. da NR 15).

Com base no cálculo acima, podemos afirmar que o trabalhador não terá
direito ao adicional de insalubridade, visto que o valor do IBUTG

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médio encontrado está abaixo do limite de tolerância para uma taxa de
metabolismo de 204,75.

Para uma taxa de metabolismo superior a 200, o IBUTG médio deveria estar
acima de 30, para o trabalhador ter direito ao adicional.

Tópico e) Defina o valor que deverá ser adicionado ao salário base


desse trabalhador em função do grau de insalubridade identificado,
justificando sua resposta.

Em face do limite de tolerância não ter sido alcançado, o trabalhador não terá
direito ao adicional e nenhum valor deverá ser acrescentado ao seu salário
base.

Caso o limite de tolerância fosse excedido, o valor seria de R$ 157,60, ou seja,


20% do salário mínimo (R$ 788,00 em 2015).

SUGESTÃO DE RESUMO DO CASO (FACULTATIVO)

Um operador de forno trabalha no setor de vazamento do ferrogusa,


fazendo a limpeza do canal para remoção da escória, durante cinco minutos.
Durante os quinze minutos seguintes, aguarda o ponto máximo da
temperatura, em uma mesa apropriada, se programando para novas
atividades.

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SUGESTÃO DE RESPOSTA

Segundo disposto na Norma Regulamentadora nº 15 (NR 15), o


calor é um agente físico classificado no grau de risco médio. Portanto, a
exposição acima dos limites de tolerância gera direito ao adicional de
insalubridade de 20%.
O Índice de Bulbo Úmido Termômetro do Globo (IBUTG) médio na
atividade do operador de forno é de 28,075 ºC. Para encontrar esse valor,
consideram-se os IBUTG encontrados para o forno e para a mesa de trabalho e
os tempos de trabalho em cada local no período de uma hora, conforme
determina o Anexo III da NR 15.
A taxa de metabolismo média na atividade do operador de forno é
de 204,75. Com o valor do IBUTG médio e da taxa de metabolismo média,
deve ser observado no Anexo III da NR 15 se o limite de tolerância foi
ultrapassado.
Para uma taxa de 200 (valor próximo ao encontrado), o IBUTG
médio poderia ser de até 30º C. Como o IBUTG encontrado foi menor (28,075
ºC), o limite de tolerância não foi ultrapassado.
Dessa forma, o operador não tem direito ao adicional de
insalubridade, visto que o valor do IBUTG médio está abaixo do limite de
tolerância para uma taxa de metabolismo de 204,75.
Em face do limite de tolerância não ter sido alcançado, nenhum
valor deverá ser acrescentado ao salário base do empregado. Caso o limite de
tolerância fosse excedido, o valor do adicional seria de R$ 157,60, ou seja,
20% do salário mínimo.

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18 – ACEP/Engenheiro de Segurança do Trabalho/Banco do
Nordeste/2006

O Exmo. Dr. Juiz do Trabalho nomeou um Engenheiro de Segurança do


Trabalho para realizar uma perícia em uma empresa, cuja atividade principal é
a fabricação de pães. O Reclamante, por intermédio de seu advogado, relatou
na Reclamatória que o local de trabalho era insalubre, pois este permanecia
próximo ao forno, sujeito ao calor.

Quando da perícia, foi constatado que o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de


Globo combinado com o Metabolismo e o Tempo Trabalho/Descanso era
superior ao preconizado pela NR-15 Anexo III, sendo, portanto, devido o
adicional de insalubridade. A Delegacia Regional do Trabalho (DRT), informada
do teor do Laudo de Insalubridade, notificou a empresa Reclamada de que esta
deveria pagar o adicional a todos os empregados do setor e adotar medidas
para neutralização da insalubridade.

Discorra sobre as possíveis medidas de neutralização, bem como sobre a


possibilidade de deixar de pagar o adicional de insalubridade após nova
avaliação das condições ambientais, se estas tornaram o ambiente salubre,
tendo em vista a proibição, contida na Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT), da diminuição salarial.

Informações Complementares

Número de Linhas: até 20 linhas (sugerido)


Modalidade: Questão discursiva

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Comentários

Quando a questão discursiva não elencar os tópicos a serem respondidos, é


indispensável que o candidato observe todas as nuances solicitadas pela
questão e, se possível, as elenque em tópicos. Esta questão pode ser dividida
em dois tópicos:

1 - Medidas de neutralização da insalubridade.

2 - Possibilidade de deixar de pagar o adicional de insalubridade após nova


avaliação das condições ambientais, se estas tornaram o ambiente salubre,
tendo em vista a proibição, contida na Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT), da diminuição salarial.

Tópico 1 - Medidas de neutralização da insalubridade.

Ao indicar as medidas para eliminação ou neutralização da insalubridade, é


essencial observar a ordem das medidas de proteção estabelecidas na NR 9.
Portanto, inicialmente, é preciso analisar as medidas de proteção coletiva.

Para eliminação, neutralização ou diminuição da insalubridade decorrente do


calor, podem ser citadas, entre outras, as seguintes medidas de proteção
coletiva:

- Instalação de sistema de ventilação.

- Instalação de equipamentos de ar-condicionado.

- Aberturas de janelas.

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- Instalação de sistemas umidificadores.

Entre as medidas administrativas ou de organização do trabalho que podem


minimizar a exposição ocupacional ao calor, citam-se as seguintes:

- Redução da jornada de trabalho.

- Trabalho em turnos com menor sobrecarga térmica.

- Realização de tarefas mais pesadas em períodos mais frios.

Por fim, devem ser utilizados Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como
óculos de segurança, luvas, mangas, aventais, capuzes, etc.

Tópico 2 - Possibilidade de deixar de pagar o adicional de


insalubridade após nova avaliação das condições ambientais, se estas
tornaram o ambiente salubre, tendo em vista a proibição, contida na
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), da diminuição salarial.

Há possibilidade de o empregador deixar de pagar o adicional de insalubridade


quando houver eliminação ou neutralização da insalubridade através de nova
avaliação pericial.

Se for comprovada a inexistência de risco à saúde do trabalhador, o adicional


deixará de ser pago, uma vez que se trata de uma espécie de salário-condição,
devido exclusivamente enquanto a condição (exposição a agente insalubre)
ocorrer.

O princípio da irredutibilidade salarial, previsto no Art. 7º da CF/88 e na CLT,


veda a redução do salário do empregado, devendo ser assegurado seu valor o

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montante, em face de seu caráter alimentar.

O princípio, todavia, não se aplica na hipótese de redução salarial decorrente


de descaracterização da insalubridade. Nesse caso, o empregado perderá o
direito ao respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio
da irredutibilidade salarial. (Súmula 248 do TST).

SUGESTÃO DE RESPOSTA

Na adoção de medidas para neutralização da insalubridade, é


essencial observar a ordem das medidas de proteção estabelecida na Norma
Regulamentadora nº 9 (NR 9). Para eliminação, neutralização ou diminuição da
insalubridade decorrente do calor, podem ser adotadas medidas de proteção
coletiva, como a instalação de sistema de ventilação e de equipamentos de ar-
condicionado, por exemplo.
A insalubridade pode, ainda, conforme a NR 9, ser neutralizada
com medidas administrativas ou de organização do trabalho, como a redução
da jornada de trabalho e o trabalho em turnos com menor sobrecarga térmica,
entre outras. Ademais, podem ser utilizados Equipamentos de Proteção
Individual (EPI) para proteção do trabalhador, como luvas, mangas, aventais,
capuzes, etc.
De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), há
possibilidade de o empregador deixar de pagar o adicional de insalubridade
quando houver eliminação ou neutralização da insalubridade através de nova
avaliação pericial.
O princípio da irredutibilidade salarial, previsto na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), veda a redução do salário do empregado, em face de
seu caráter alimentar. Todavia, o princípio não se aplica na hipótese de

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redução decorrente de descaracterização da insalubridade.
Nesse caso, segundo disposto na Súmula 248 do TST, o empregado
perderá o direito ao respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao
princípio da irredutibilidade salarial, uma vez que o adicional é uma espécie de
salário condição.

19 – IFRN/Professor de Segurança do Trabalho/IFRN/2009

Numa mina subterrânea no interior do Rio Grande do Norte, foram realizadas


as seguintes medições de temperaturas para a atividade do mineiro: a
temperatura de bulbo seco foi de 30 ºC, a temperatura de bulbo úmido foi de
26,5 ºC e a temperatura de globo foi de 33 ºC.

Com base nos dados de temperatura e no quadro I, anexo n. 03 da NR-15,


responda as questões propostas.

a) Qual o IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – dessa


atividade?

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b) O ambiente analisado é considerado Salubre ou Insalubre? Justifique sua
resposta.

c) Diante do exposto, como deverá ser o regime de trabalho do mineiro?

Informações Complementares

Número de Linhas: até 20 linhas


Modalidade: Estudo de Caso

Tópico a) Qual o IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo


– dessa atividade?

O limite de tolerância decorrente da exposição ocupacional ao calor é avaliado


através do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG). Há duas
fórmulas básicas para se calcular o IBUTG, que levam em conta se a atividade
é realizada em ambientes internos e/ou externos sem carga solar ou em
ambientes externos com carga solar.

Nesses casos, o IBUTG é definido pelas equações abaixo:

Ambientes internos ou externos sem Ambientes externos com carga solar


carga solar

IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

Em que:

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tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.

As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à


altura da região do corpo mais atingida. As temperaturas são medidas por
meio do termômetro de bulbo úmido natural (tbn), termômetro de globo (tg) e
termômetro de mercúrio comum (tbs).

A questão afirma que o trabalho é realizado em uma mina subterrânea.


Portanto, trata-se de um ambiente interno sem carga solar. A fórmula a ser
utilizada, portanto, é esta: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg.

O enunciado traz as seguintes temperaturas medidas no ambiente de trabalho:

- temperatura de bulbo seco: 30 ºC.


- temperatura de bulbo úmido: 26,5 ºC.
- temperatura de globo: 33 ºC.

Calculo:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
IBUTG = 0,7.(26,5) + 0,3.(33)
IBUTG = 18,55 + 9,9
IBUTG = 28,45 ºC

O IBUTG – Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo – da atividade na


mina subterrânea é de 28,45 ºC.

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Tópico b) O ambiente analisado é considerado Salubre ou Insalubre?
Justifique sua resposta.

A partir do cálculo do IBUTG, para saber se a atividade é ou não insalubre, é


necessário descobrir qual o local em que são gozados os períodos de descanso
intrajornadas. O enunciado não traz expressa essa informação, mas ela pode
ser subentendida a partir do enunciado.

Veja que a questão solicita a abordagem “Com base (...) no quadro I, anexo n.
03 da NR-15”. Esse quadro somente é aplicável para obtenção do limite de
tolerância em regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no
próprio local de prestação de serviço.

Antes de consultar o quadro, é necessário classificar a atividade em leve,


moderada ou pesada, conforme quadro 3 do Anexo III da NR 15.

A atividade do mineiro é um trabalho de levantar, empurrar ou arrastar peso,


podendo até mesmo ser considerado um trabalho fatigante. Classifica-se,
portanto, como trabalho pesado.

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Dessa forma, para saber se o ambiente de trabalho é salubre ou insalubre, é
preciso verificar a jornada de trabalho. Esta deve alternar 15 minutos de
trabalho por 45 minutos de descanso. Caso contrário, a exposição ao calor
estará acima do limite de tolerância e o trabalhador terá direito ao adicional de
insalubridade.

Como a questão não trouxe nenhuma informação sobre a jornada de trabalho,


não há como determinar a salubridade ou não do ambiente de trabalho.

Obs: Não foi encontrado espelho de resposta da banca examinadora para


verificar o padrão de resposta considerado correto pela banca.

Tópico c) Diante do exposto, como deverá ser o regime de trabalho do


mineiro?

Sabendo o IBUTG (28,45 ºC) e o tipo de atividade (trabalho pesado), basta


consultar o quadro 1.

Verifica-se, portanto, que o regime de trabalho do mineiro deve ser de 15


minutos de trabalho por 45 minutos de descanso.

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SUGESTÃO DE RESPOSTA

O trabalho do mineiro em mina subterrânea é realizado em ambiente


interno sem carga solar. Assim, o Índice de Bulbo Úmido Termômetro do Globo
(IBUTG) da atividade, conforme Anexo III da Norma Regulamentadora nº 15
(NR 15), é de 28,45 ºC.
A atividade do mineiro é um trabalho de levantar, empurrar ou
arrastar peso e classifica-se, portanto, como trabalho pesado. Com isso, para
saber se o ambiente de trabalho é salubre ou insalubre, é preciso verificar a
jornada de trabalho. Todavia, não há indicação da jornada de trabalho do
empregado.
Se a exposição ao calor estiver acima do limite de tolerância,
considerando a jornada trabalhada e o valor do IBUTG, o trabalhador terá
direito ao adicional de insalubridade. Caso contrário, o ambiente de trabalho
será considerado salubre.
Considerando o IBUTG (28,45 ºC) e o tipo de atividade (trabalho
pesado), é possível consultar o quadro 1 ao Anexo III da NR 15 e verificar que
o regime de trabalho do mineiro deve ser de 15 minutos de trabalho por 45
minutos de descanso.

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Capítulo 9 – Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção (NR 18)

20 - FUNIVERSA/Engenheiro de Segurança do Trabalho-


CEB/2010

Uma empresa está realizando a construção de um edifício novo de seis


pavimentos. A obra foi iniciada há seis meses e, devido à falta de integração
dos componentes do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho (SESMT) da sede da empresa, cada um elaborou
documentos acerca das condições de segurança e saúde no trabalho de forma
desarticulada. Atualmente, o canteiro de obras conta com os seguintes
documentos relativos à área de segurança e saúde do trabalho:

1) Programa de Proteção Respiratória (PPR);


2) Programa de Conservação Auditiva (PCA);
3) Programa educativo sobre segurança e saúde do trabalho;
4) Projeto de execução e especificação técnica das proteções coletivas do
canteiro;
5) Especificação técnica das proteções individuais;
6) Programa de avaliação dos riscos físicos e químicos e da exposição dos
trabalhadores;
7) Metodologia de registro, manutenção e divulgação dos dados relativos à
segurança e saúde do trabalho;
8) Programa de formação de brigada de incêndio.

Admita que você tenha sido contratado como engenheiro de segurança do


trabalho para atuar exclusivamente nesse canteiro de obras e deverá elaborar
o seu Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

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Construção (PCMAT), integrando todas as ações já iniciadas pelo SESMT da
sede.

Com base nessa situação hipotética, redija um texto dissertativo que aborde,
necessariamente, os seguintes tópicos:

A) o objetivo do PCMAT;
B) a relação entre o PCMAT, o PPRA e o PCMSO;
C) os documentos que devem compor o PCMAT; e
D) as formas de articulação, no âmbito do PCMAT, dos documentos existentes
na obra.

Informações Complementares

Número de Linhas: de 20 a 50 linhas


Modalidade: Dissertação

Comentários

Tópico a) o objetivo do PCMAT.

A NR 18 não prevê expressamente o objetivo do Programa de Condições e


Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT).

O PCMAT é um programa de prevenção de riscos ambientais específico para


obras (canteiros de obra ou frentes de trabalho).

Dessa forma, seu objetivo pode ser definido como identificar os riscos e
implementar medidas de controle e sistemas preventivos de segurança

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nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho, visando à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores.

Tópico b) a relação entre o PCMAT, o PPRA e o PCMSO.

O PCMAT é um programa de identificação e controle de riscos e deve


contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e Riscos
Ambientais (PPRA). Por isso, nos estabelecimentos com 20 ou mais
trabalhadores, em que é obrigatória a elaboração de PCMAT, a implementação
do PPRA será dispensada.

Além disso, o PCMAT deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da


eficácia das medidas de proteção implantadas, considerando os dados obtidos
nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto no PCMSO.

O PCMAT, assim como PPRA, é parte integrante do conjunto mais amplo das
iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto no Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Tópico c) os documentos que devem compor o PCMAT.

Conforme descrito no item 18.3.4. da NR 18, os documentos que integram o


PCMAT são os seguintes:

- Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e


operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do
trabalho e suas respectivas medidas preventivas.

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- Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as
etapas de execução da obra.

- Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem


utilizadas.

- Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT


em conformidade com as etapas de execução da obra;

- Layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho,


contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência.

- Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e


doenças do trabalho, com sua carga horária.

Além desses documentos obrigatórios, a NR 18 elenca outros documentos que


devem compor o PCMAT, conforme o caso:

1 - Nas atividades com tubulões a céu aberto, as medidas de proteção coletiva


e individual, o plano de resgate e remoção em caso de acidente, o modelo de
check list a ser aplicado diariamente e o modelo de programa de treinamento
destinado aos envolvidos na atividade devem estar previstos no PCMAT.

2 - Os empregadores que optarem pelo Sistema de Proteção Limitador de


Quedas em Altura devem integrar ao PCMAT um projeto que atenda às
especificações de dimensionamento.

3 - Nas atividades de montagem, desmontagem e movimentação de andaimes


próximos às redes elétricas, as precauções que devem ser tomadas devem ser
inseridas no PCMAT.

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4 - Por fim, os serviços de aquecimento, transporte e aplicação de
impermeabilizante a quente e a frio devem estar previstos no PCMAT.

Tópico d) as formas de articulação, no âmbito do PCMAT, dos


documentos existentes na obra.

De acordo com o comando da questão, os seguintes documentos já foram


elaborados para o canteiro de obras:

1) Programa de Proteção Respiratória (PPR).


2) Programa de Conservação Auditiva (PCA).
3) Programa educativo sobre segurança e saúde do trabalho.
4) Projeto de execução e especificação técnica das proteções coletivas do
canteiro.
5) Especificação técnica das proteções individuais.
6) Programa de avaliação dos riscos físicos e químicos e da exposição dos
trabalhadores.
7) Metodologia de registro, manutenção e divulgação dos dados relativos à
segurança e saúde do trabalho.
8) Programa de formação de brigada de incêndio.

Desses documentos, apenas os constantes nos itens 3, 4 e 5 são obrigatórios


no PCMAT de todos os estabelecimentos. Além disso, devem constar os
documentos dos itens 6 e 7, já que o PCMAT deve contemplar as exigências da
NR 9. Os demais documentos dependerão da existência ou não dos riscos
específicos no ambiente de trabalho.

Esses documentos devem compor um documento-base do PCMAT, que deve


ficar à disposição dos trabalhadores e da fiscalização no ambiente de trabalho.
O PCMAT deverá ser implementado de acordo com um planejamento, que

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deve estabelecer as metas, as prioridades e atender a um cronograma para
implantação gradual das medidas de proteção, de acordo com cada fase da
obra.

A implementação das medidas previstas em cada programa deverá ser


realizada de forma articulada, atendendo a um cronograma, em que deverão
ser especificados os prazos para desenvolvimento das etapas e para
cumprimento das metas de cada programa, de acordo com as prioridades
estabelecidas no planejamento.

SUGESTÃO DE RESPOSTA

O objetivo do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho


na Indústria da Construção (PCMAT), segundo a Norma Regulamentadora nº
18 (NR 18), é identificar os riscos e implantar medidas de controle nos
processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho, visando à
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores.
O PCMAT é um programa de identificação e controle de riscos
ambientais e deve contemplar as exigências contidas na Norma
Regulamentadora nº 9 (NR 9), que trata do Programa de Prevenção e Riscos
Ambientais (PPRA). Por isso, nos estabelecimentos com 20 ou mais
trabalhadores, em que é obrigatória a elaboração de PCMAT, a implementação
do PPRA será dispensada.
De acordo com a NR 18, o PCMAT deve estabelecer critérios e
mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção, considerando
os dados obtidos no controle médico da saúde previsto no Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). O PCMAT, assim como PPRA,
é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no

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campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo
estar articulado com o disposto no PCMSO.
Conforme a NR 18, entre os documentos que integram o PCMAT,
destacam-se os seguintes: memorial sobre condições e meio ambiente de
trabalho nas atividades e operações, projeto de execução das proteções
coletivas e especificação técnica das proteções coletivas e individuais.
Compõem ainda o PCMAT o cronograma de implantação das medidas
preventivas, o “layout” inicial e atualizado do canteiro de obras e o programa
educativo de prevenção de acidentes e doenças do trabalho.
Os documentos existentes na obra devem compor um documento-
base do PCMAT, que deve ficar à disposição dos trabalhadores e da fiscalização
no ambiente de trabalho. O PCMAT deverá ser implementado de acordo com
um planejamento, que deve estabelecer as metas, as prioridades e atender a
um cronograma para implantação gradual das medidas de proteção, de acordo
com cada fase da obra.
Conforme previsto na NR 9, a implementação das medidas previstas
em cada documento deverá ser realizada de forma articulada, atendendo ao
cronograma, em que deverão ser especificados os prazos para
desenvolvimento das etapas e para cumprimento das metas, de acordo com as
prioridades estabelecidas no planejamento.

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CONCLUSÃO
Chegamos ao final deste primeiro volume do livro digital “Discursivas
Comentadas de Segurança e Saúde no Trabalho para Auditor-Fiscal do
Trabalho”.

O Vol. II desta obra será lançado em breve e conterá questões discursivas de


tópicos como acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, insalubridade e
periculosidade e, ainda, questões multitemáticas.

Conheça a obra “Discursivas Comentadas de AFT”, que contém as 14 questões


discursivas já cobradas no concurso para Auditor-Fiscal do Trabalho.

Acesse: http://hotmart.net.br/show.html?a=M3851281E

Conheça também o livro 1001 Questões Comentadas de Segurança e


Saúde no Trabalho (SST) – CESPE, publicado pela Editora Método, à venda

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Veja onde encontrar o livro pelo menor preço: http://goo.gl/c7Nmzc

Estou à disposição para eventuais dúvidas, críticas ou sugestões.

Prof. Aldair Lazzarotto


contato@aldairlazzarotto.com.br
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ANEXO – FOLHAS PARA RESPOSTA

ATÉ 15 LINHAS

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5
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ATÉ 20 LINHAS

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20

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ATÉ 30 LINHAS

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ATÉ 50 LINHAS

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48
49
50

*FIM*

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