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SEC RETARIA DE ESTADO DE

EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES


DIRETO RIA DE ENSINO – DEPARTAMENTO DE EDUC AÇ ÃO BÁSIC A

SEQUÊNCIA DIDÁTICA 02
ESCOLA ESTADUAL RURAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO COMUNITÁRIA II
PROFESSOR(A): COMPONEN TE CURRICULAR: SÉRIE: TURMA:
SILAS NOGUEIRA LÍNGUA PORTUGUESA 3ª Ú NICA
COORDENADOR(A): CARGA HORÁRIA PREVISTA: PERÍODO DE EXECUÇÃO:
MARIA DAS GRAÇAS 20 HORAS De 04/07 à 08/07/2022
DELIMITAÇÃO TEMÁTICA
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA [1 e 3]
Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e prá ticas culturais (artísticas, corporais
e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepçã o e produçã o de discursos nos diferentes
campos de atuaçã o social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participaçã o social, o
e//entendimento e as possibilidades de explicaçã o e interpretaçã o crítica da realidade e para
continuar aprendendo.
HABILIDADE:
 (EM13LP16) Produzir e analisar textos orais, considerando sua adequaçã o aos contextos de
produçã o, à forma composicional e ao estilo do gênero em questã o, à clareza, à progressã o
temá tica e à variedade linguística empregada, como também aos elementos relacionados à fala
(modulaçã o de voz, entonaçã o, ritmo, altura e intensidade, respiraçã o etc.) e à cinestesia
(postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, expressã o facial, contato de olho
com plateia etc.).
 EM13LP10) Analisar o fenô meno da variaçã o linguística, em seus diferentes níveis (variaçõ es
fonético-fonoló gica, lexical, sintá tica, semâ ntica e estilístico-pragmá tica) e em suas diferentes
dimensõ es (regional, histó rica, social, situacional, ocupacional, etá ria etc.), de forma a ampliar a
compreensã o sobre a natureza viva e dinâ mica da língua e sobre o fenô meno da constituiçã o de
variedades linguísticas de prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar o respeito à s variedades
linguísticas e o combate a preconceitos linguísticos.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
 Funçõ es da linguagem;
 Tipologia textual.
SITUAÇÕES DE APRENDIZAGENS
1º MOMENTO
Nesse momento o professor indagará dos alunos se conhecem as funções da linguagem, qual é a
sua importância. Depois das indagações os educandos receberão uma apostila com o conteúdo para
ser lido primeiramente de forma individual e na sequencia compartilhado com os colegas para
poderem juntamente com o educador fazerem um debate do assunto, ou melhor, será feita uma roda
de conversa onde os discentes apresentarão ao educador suas duvidas que ele prontamente os
ajudará a sana-las.
MATERIAL PARA A TAREFA
Funções da Linguagem
As funções da linguagem sã o formas de utilizaçã o da linguagem segundo a intençã o do falante.
Elas sã o classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética,
função fática, função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicaçã o:
emissor, receptor, mensagem, có digo, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos
comunicativos.
Embora haja uma funçã o que predomine, vá rios tipos de linguagem podem estar presentes num
mesmo texto.
Função Referencial ou Denotativa
Também chamada de funçã o informativa, a funçã o referencial tem como objetivo principal
informar, referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicaçã o, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular
ou plural) enfatizando seu cará ter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos
jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a
respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.
Exemplo de função referencial
Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua
história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o Real
foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994.
Função Emotiva ou Expressiva
Também chamada de funçã o expressiva, na funçã o emotiva o emissor tem como objetivo
principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por meio da pró pria opiniã o.
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui
um cará ter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles sã o
marcados pelo uso de sinais de pontuaçã o, por exemplo, reticências, ponto de exclamaçã o, etc.
Exemplo de função emotiva
Meus amores, tenho tantas saudades de vocês …, mas não se preocupem, em breve a mamãe chega
e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma
semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã.... Quando chegar, quero encontrar
essa casa em ordem, combinado?!?
Função Poética
A funçã o poética é característica das obras literá rias que possui como marca a utilizaçã o do
sentido conotativo das palavras.
Nessa funçã o, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por
meio da escolha das palavras, das expressõ es, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal
elemento comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de funçã o nã o pertence somente aos textos literá rios. Também encontramos
a funçã o poética na publicidade ou nas expressõ es cotidianas em que há o uso frequente de
metá foras (provérbios, anedotas, trocadilhos, mú sicas).
Exemplo de função poética
Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria. Falava de tudo e
sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.
Função Fática
A funçã o fá tica tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que
o mais importante é a relaçã o entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no
canal de comunicaçã o.
Esse tipo de funçã o é muito utilizada nos diá logos, por exemplo, nas expressõ es de
cumprimento, saudaçõ es, discursos ao telefone, etc.
Exemplo de função fática
— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual a sua
preferência?
— Dia 8 está ótimo.
Função Conativa ou Apelativa
Também chamada de apelativa, a funçã o conativa é caracterizada por uma linguagem
persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande foco é no receptor da
mensagem.
Essa funçã o é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, de modo a
influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de
verbos no imperativo e o uso do vocativo.
Exemplos de função conativa
 Vote em mim!

 Entre. Não vai se arrepender!

 É só até amanhã. Não perca!

Função Metalinguística
A funçã o metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que
se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um có digo utilizando o pró prio có digo.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentá rio cinematográ fico que fala
sobre a linguagem do cinema sã o alguns exemplos.
Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque sã o as gramáticas e os
dicioná rios.
Exemplo de função metalinguística
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a
função metalinguística.
Funções da Linguagem e Comunicação
Abaixo, você encontra um diagrama com as funçõ es da linguagem e sua relaçã o com os
elementos da comunicaçã o:

2º MOMENTO
Será ser feito uma atividade para verificar a aprendizagem dos alunos, essa atividade será
corrigida de forma conjunta com a turma onde todos poderão apresentar para os demais colegas
suas respostas, o professor fara as intervenções necessária para que seja todas corrigidas e não
deixem dúvidas nos educandos. O exercício dois será feito de forma individual, pois ele será o primeiro
trabalho avaliativo da turma.
EXERCÍCOS PROPOSTOS
Exercícios de funções da linguagem
Leia os textos que se seguem e classifique as funçõ es de linguagem.
1. E nunca mais chega o dia 18 de setembro…. Estou em pulgas! É a primeira vez que vou entrar
na cidade do Rock!! Funçã o Emotiva ou Expressiva.
2. "Há menos de um mês para a realizaçã o de mais um Rock in Rio, a organizaçã o do supere-
festival carioca divulgou uma lista de itens considerados proibidos - e que serã o bloqueados na
revista realizada por seguranças em cada pessoa que quiser entrar na Cidade do Rock." (26 de
agosto de 2015, in Estadã o) Funçã o Referencial ou Denotativa.
3. Rock in Rio 2013. Eu vou. Funçã o Conativa ou Apelativa.
4. Relacione as colunas:
(C) é o meio físico por onde circula a mensagem entre o emissor
a) Mensagem
e o receptor.
(A) é o conjunto de enunciados produzidos pela seleçã o e
b) Có digo
combinaçã o de signos.
c) Canal (D) é a situaçã o ou assunto a que a mensagem faz referência.
d) Contexto (B) é o sistema utilizado pelos falantes no ato da comunicaçã o.
5. Relacione os textos com a função da linguagem correspondente:
a)
O vento varria as folhas,
(B) Funçã o
O vento varria os frutos,
fá tica
O vento varria as flores...
BANDEIRA, Manuel. Canção do vento e da minha terra
b)
- Alô !
- Bom dia! (A) Funçã o
- Bom dia! poética
- Quero falar com o Joã o, por favor!
- Só um minuto!
c) (D) Funçã o
Eu referencial
Fico pensando em nó s dois
Cada um na sua
Perdidos na cidade nua
Empapuçados de amor
Numa noite de verã o
Ai! Que coisa boa
À meia-luz, a só s, à toa
LEE, Rita. Caso Sério
d) (C) Funçã o
Nã o deixe para depois. Compre já seu carro novo! emotiva
e)
“A maior parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
rejeita a volta de doações empresariais para campanhas eleitorais de
2018. A proposta já estava em discussão no Congresso Nacional
mesmo antes da polêmica da criação de um fundo público bilionário (F) Funçã o
para bancar os candidatos. Mas, dos 11 integrantes da Corte, pelo metalinguística
menos seis são contrários ao financiamento feito por pessoas
jurídicas. Em 2015, o Tribunal julgou inconstitucional esse modelo de
doação e hoje manteria o entendimento, caso fosse provocado.”
Revista Veja. Acesso em: 25/08/2017
f)
(D) Funçã o
O sujeito das oraçõ es da língua portuguesa pode ser classificado em
conativa
simples ou composto.

Exercícios 02
1. Identifique a frase em que a funçã o da linguagem predominante é a funçã o referencial.
a) Siga o meu exemplo. Você se sentirá melhor!
b) Estou muito animada com o meu novo emprego.
c) Existem três acentos grá ficos na língua portuguesa.
d) Sim... Sei… Estou ouvindo, claro.
2. Qual a funçã o da linguagem presente na frase: “Ligue agora! Nã o perca esta oportunidade!”
a) Funçã o expressiva
b) Funçã o apelativa
c) Funçã o metalinguística
d) Funçã o fá tica
3. Com qual elemento da comunicaçã o está relacionada a funçã o metalinguística da linguagem?
a) Có digo
b) Canal
c) Mensagem
d) Receptor
4. Indique quais as funçõ es da linguagem presentes nas seguintes frases.
a) Alô ? Alô ? Funçã o fá tica
b) 1995 foi um ano muito difícil para mim. Funçã o emotiva ou expressiva
c) Que ó dio! Que raiva! Funçã o emotiva ou expressiva
d) Claro! Nã o é mesmo? Funçã o fá tica
5. Assinale as opçõ es nas quais é usada, habitualmente, a funçã o apelativa ou conativa da
linguagem?
a) Discursos políticos
b) Horó scopos
c) Propagandas
d) Dicioná rios
6. Selecione as opçõ es que indicam os elementos da comunicaçã o.
a) Receptor
b) Contexto
c) Transmissã o
d) Có digo
e) Emissor
f) Intençã o
g) Mensagem
h) Canal
7. Em qual funçã o da linguagem a ênfase é dada ao contexto comunicativo, tendo como principal
objetivo informar o receptor da mensagem sobre um assunto específico?
a) Funçã o apelativa ou conativa
b) Funçã o metalinguística
c) Funçã o fá tica
d) Funçã o referencial ou denotativa
8. Assinale as duas opçõ es que indicam caraterísticas da funçã o emotiva ou expressiva.
a) É pessoal, sendo utilizada a 1.ª pessoa do discurso.
b) Predomina o uso de verbos no imperativo.
c) Há a presença de interjeiçõ es que enfatizam o discurso.
d) Transmite uma informaçã o de forma clara, objetiva e direta.
9. Em qual funçã o da linguagem a ênfase é dada ao có digo comunicativo, tendo como principal
objetivo o uso de um có digo que possibilite explicar o pró prio có digo.
a) Funçã o fá tica
b) Funçã o metalinguística
c) Funçã o referencial ou denotativa
d) Funçã o apelativa ou conativa
10. Qual das seguintes opçõ es nã o se refere a uma característica da funçã o poética?
a) Privilegia a melodia e sonoridade das palavras.
b) Utiliza uma linguagem elaborada e cuidada.
c) Utiliza uma linguagem denotativa.
d) Procura criar uma comunicaçã o bela e inovadora.
3º MOMENTO
Esse momento o professor fará a introdução de mais um conteúdo a ser estudado pelos alunos “A
Tipologia Textual”, para iniciar o professor pedirá aos alunos que no caderno escrevam a diferença
entre “tipos” e “gêneros”. Após eles terem feito isso, o professor pedirá a eles que leia os seus escritos
para os demais colegas. Ao terminarem o professor fará uma breve explicação para os alunos e em
seguida, entregará o texto para que eles façam uma leitura silenciosa, depois peça para que digam as
duvidas que tem em relação ao texto lido. O professor deve tirar todas as dúvidas.
MATERIAL PARA A TAREFA
TIPOLOGIA TEXTUAL
1 - Texto Narrativo
Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as açõ es de personagens num
determinado tempo e espaço.
Geralmente, ele é escrito em prosa e nele sã o narrados (contados) alguns fatos e acontecimentos.
Alguns exemplos de textos narrativos sã o: romance, novela, conto, crô nica e fá bula.
Estrutura da Narrativa
Apresentação: também chamada de introduçã o, nessa parte inicial o autor do texto apresenta os
personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a trama.
Desenvolvimento: aqui grande parte da histó ria é desenvolvida com foco nas açõ es dos
personagens.
Clímax: parte do desenvolvimento da histó ria, o clímax designa o momento mais emocionante da
narrativa.
Desfecho: também chamada de conclusã o, ele é determinado pela parte final da narrativa, onde a
partir dos acontecimentos, os conflitos vã o sendo desenvolvidos.
Elementos da Narrativa
Narrador - é aquele que narra a histó ria. Dividem-se em: narrador observador, narrador
personagem e narrador onisciente.
Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as açõ es. Sã o
classificados em: enredo linear e enredo nã o linear.
Personagens - sã o aqueles que compõ em a narrativa sendo classificados em: personagens
principais (protagonista e antagonista) e personagens secundá rios (adjuvante ou coadjuvante).
Tempo - está relacionado com a marcaçã o do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma data
ou um momento específico. O tempo pode ser cronoló gico ou psicoló gico.
Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico, ambiente
psicoló gico ou ambiente social.
Tipos de Narrador
Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz textual" da
narraçã o, sendo classificados em:
 Narrador Personagem - a histó ria é narrada em 1ª pessoa onde o narrador é um personagem
e participa das açõ es.
 Narrador Observador - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos, porém,
nã o participa da açã o.
 Narrador Onisciente - esse narrador conhece todos os personagens e a trama. Nesse caso, a
histó ria é narrada em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta fluxo de pensamentos dos
personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.
Tipos de Discurso Narrativo
 Discurso Direto - no discurso direto, a pró pria personagem fala.
 Discurso Indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da personagem. Em outras
palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que nã o aparece a fala da personagem.
 Discurso Indireto Livre - no discurso indireto livre há intervençõ es do narrador e das falas dos
personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o indireto
2 - Texto Descritivo
O texto descritivo é um tipo de texto que envolve a descriçã o de algo, seja de um objeto, pessoa,
animal, lugar, acontecimento, e sua intençã o é, sobretudo, transmitir para o leitor as impressõ es e
as qualidades de algo.
Em outras palavras, o texto descritivo capta as impressõ es, de forma a representar a elaboraçã o
de um retrato, como uma fotografia revelada por meio das palavras.
Para tanto, alguns aspectos sã o de suma importâ ncia para a elaboraçã o desse tipo textual, desde
as características físicas e/ou psicoló gicas do que se pretende analisar, a saber: cor, textura, altura,
comprimento, peso, dimensõ es, funçã o, clima, tempo, vegetaçã o, localizaçã o, sensaçã o, localizaçã o,
dentre outros.
Características do texto descritivo
 Retrato verbal
 Ausência de açã o e relaçã o de anterioridade ou posterioridade entre as frases
 Predomínio de substantivos, adjetivos e locuçõ es adjetivas
 Utilizaçã o da enumeraçã o e comparaçã o
 Presença de verbos de ligaçã o
 Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado)
 Emprego de oraçõ es coordenadas justapostas
Estrutura Descritiva
A descriçã o apresenta três passos para a construçã o:
1. Introdução: apresentaçã o do que se pretende descrever.
2. Desenvolvimento: caracterizaçã o subjetiva ou objetiva da descriçã o.
3. Conclusão: finalizaçã o da apresentaçã o e caracterizaçã o de algo.
Tipos de Descrição
Conforme a intençã o do texto, as descriçõ es sã o classificadas em:
Descrição Subjetiva: apresenta as descriçõ es de algo, todavia, evidencia as impressõ es pessoais
do emissor (locutor) do texto. Exemplos sã o nos textos literá rios repletos de impressõ es dos
autores.
Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e realista as
características concretas e físicas de algo, sem atribuir juízo de valor, ou impressõ es subjetivas do
emissor. Exemplos de descriçõ es objetivas sã o os retratos falados, manuais de instruçõ es, verbetes
de dicioná rios e enciclopédias.
Exemplos
Descrição Subjetiva
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado
a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom
seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua
pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha,
e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações
escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de Queiroz)
Descrição Objetiva
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era magra, alta (1,75),
cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente alongado."
3 - Texto Dissertativo
O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que expõ e a
opiniã o sobre determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentaçã o ló gica, coerente e
coesa.
Estrutura do Texto Dissertativo
A estrutura de um texto dissertativo está baseada em três momentos:
1. Introdução: Também chamada de "Tese", nesse momento, o mais importante é expor a ideia
central sobre o tema de maneira clara. Importante lembrar que a introduçã o é a parte mais
importante do texto e, por isso, deve conter a informaçõ es que logo serã o desenvolvidas.
2. Desenvolvimento: Também chamada de "Anti-Tese" ou "Antítese", nessa parte do texto é que
se desenvolve a argumentaçã o por meio de opiniõ es, dados, levantamentos, estatísticas, fatos e
exemplos sobre o tema, a fim de que sua tese (ideia central) seja defendida com propriedade.
3. Conclusão: O pró prio nome já supõ e que é necessá rio concluir o texto. Em outras palavras, nã o
deixamos um texto sem concluí-lo e, por isso, esse momento é chamado de "Nova Tese" por ser
um momento de fechamento das ideias, e principalmente da inserçã o de uma nova ideia, ou seja,
uma "nova tese".
Tipos de Dissertação
Existem dois tipos de dissertaçã o: a Dissertação Argumentativa e a Dissertação Expositiva.
1. Texto Dissertativo-Argumentativo
Nessa modalidade, a intençã o é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese (ideia central) a
partir de coerente argumentaçã o, exemplos, fatos.
2. Texto Dissertativo Expositivo
É a exposiçã o de ideias, teorias, conceitos sem necessariamente tentar convencer o leitor.
Exemplos de Texto Dissertativo
Segue abaixo exemplos de trechos de textos dissertativos nas duas modalidades, ou seja,
argumentativo e expositivo:
Texto Dissertativo Argumentativo
Em pleno século XXI é salutar refletir sobre a importâ ncia de preservaçã o do meio ambiente
bem como atuar em prol de uma sociedade mais consciente e limpa.
Já ficou mais que claro que a maioria dos problemas os quais enfrentamos atualmente nas
grandes cidades, foram gerados pela açã o humana.
De tal modo, podemos pensar nas grandes construçõ es, alicerçadas na urbanizaçã o desenfreada,
ou no simples ato de jogar lixo nas ruas.
A poluiçã o gerada e impregnada nas grandes cidades foi em grande parte fruto da urbanizaçã o
desenfreada ou da atuaçã o de indú strias; porém, deveres nã o cumpridos pelos homens também
proporcionaram toda essa "sujidade". Nesse sentido, vale lembrar que pequenos atos podem
produzir grandes mudanças se realizados por todos os cidadã os.
Portanto, um conselho deveras importante: ao invés de jogar o lixo (seja um papelzinho de bala,
ou uma anotaçã o de um telefone) nas ruas, guarde-o no bolso e atire somente quando encontrar
uma lixeira. Seja um cidadã o consciente! Nã o Jogue lixo nas ruas!
Texto Dissertativo Expositivo
Os Relató rios das Organizaçõ es das Naçõ es Unidas (ONU) sobre a gestã o e desenvolvimento dos
recursos hídricos alertam para a preservaçã o e proteçã o dos recursos naturais do planeta,
sobretudo da á gua.
Sendo assim, as estatísticas apontam para uma enorme crise mundial da falta de á gua a partir de
2025, de forma que atingirá cerca de 3 bilhõ es de pessoas, e que pode provocar diversos
problemas sociais e de saú de pú blica.
Um dos maiores problemas apresentados pela ONU é a “escassez de á gua” que já atinge cerca de
20 países no mundo, ou seja, 40% da populaçã o do planeta.
Os estudos completam que a á gua doce do planeta está em risco visto as mudanças climá ticas
registradas nas ú ltimas décadas.
4 - Texto Expositivo
O texto expositivo é um tipo de texto que visa a apresentaçã o de um conceito ou de uma ideia.
Muito comum esse tipo de texto ser abordado no contexto escolar e acadêmico, uma vez que
inclui formas de apresentaçã o, tais como: seminá rios, artigos acadêmicos, congressos,
conferências, palestras, coló quios, entrevistas, dentre outros.
Características dos textos expositivos
No texto expositivo, o objetivo central do locutor (emissor) é explanar sobre determinado
assunto, a partir de alguns recursos linguísticos, tais como:
 conceituação: exposiçã o dos conceitos relacionados a um determinado tema.
 definição: explicaçã o e definiçã o sobre os temas relacionados com o assunto abordado.
 descrição: aná lise mais pormenorizada de aspectos referentes ao tema.
 comparação: relaçã o entre dois ou mais conceitos distintos e que podem se complementar.
 informação: reuniã o de conhecimentos e dados relacionados com o tema.
 enumeração: ordenaçã o dos itens essenciais relacionados com o tema abordado e
especificaçã o de cada um deles.
Tipos de textos expositivos
De acordo com seu objetivo central, os textos expositivos sã o classificados em dois tipos:
1. Texto expositivo-argumentativo
Nesse caso, além de apresentar o tema, o emissor foca nos argumentos necessá rios para a
explanaçã o de suas ideias.
Dessa forma, recorre aos diversos autores e teorias para comparar, conceituar e defender sua
opiniã o.
2. Texto expositivo-informativo
Nesta ocasiã o, o objetivo central do emissor é simplesmente transmitir as informaçõ es sobre
determinado tema, sem grandes apreciaçõ es e, por isso, com o má ximo de neutralidade.
Podemos pensar numa apresentaçã o sobre os índices de violência no país, de modo que o
conjunto de informaçõ es, grá ficos e dados sobre o tema, apresentam informaçõ es sobre o
problema, sem defesa de opiniã o.
Exemplos de textos expositivos
Observe a seguir alguns exemplos de textos expositivos:
Verbete de dicionário
Significado de Nostalgia (s.f). Tristeza causada pela saudade de sua terra ou de sua pátria;
melancolia. Saudade do passado, de um lugar etc. Disfunções comportamentais causadas pela
separação ou isolamento (físico) do país natal, pela ausência da família e pela vontade exacerbada de
regressar à pátria. Saudade de alguma coisa, de uma circunstância já passada ou de uma condição
que (uma pessoa) deixou de possuir. Condição melancólica causada pelo anseio de ter os sonhos
realizados. Condição daquele que é triste sem motivos explícitos. (Etm. do francês: nostalgie)
Fonte: Dicioná rio Online de Português (Dicio)
Enciclopédia
Cervo-do-pantanal (nome científico: Blastocerus dichotomus), também chamado suaçuetê,
suaçupu, suaçuapara, guaçupuçu ou simplesmente cervo, é um mamífero ruminante da família dos
cervídeos e único representante do gênero Blastocerus. Ocorria em grande parte das várzeas e
margens de rios do centro da América do Sul, desde o sul do rio Amazonas até o norte da Argentina,
mas atualmente, a espécie só é comum no Pantanal, na bacia do rio Guaporé, na ilha do Bananal e em
Esteros del Iberá.
Fonte: Wikipédia

Entrevista
Clarice Lispector, de onde veio esse Lispector?
É um nome latino, não é? Eu perguntei a meu pai desde quando havia Lispector na Ucrânia. Ele
disse que há gerações e gerações anteriores. Eu suponho que o nome foi rolando, rolando, rolando,
perdendo algumas sílabas e foi formando outra coisa que parece “Lis” e “peito”, em latim. É um nome
que quando escrevi meu primeiro livro, Sérgio Milliet (eu era completamente desconhecida, é claro)
diz assim: “Essa escritora de nome desagradável, certamente um pseudônimo…”. Não era, era meu
nome mesmo.
Você chegou a conhecer o Sérgio Milliet pessoalmente?
Nunca. Porque eu publiquei o meu livro e fui embora do Brasil, porque eu me casei com um
diplomata brasileiro, de modo que não conheci as pessoas que escreveram sobre mim.
Clarice, seu pai fazia o que profissionalmente?
Representações de firmas, coisas assim. Quando ele, na verdade, dava era para coisas do espírito.
Há alguém na família Lispector que chegou a escrever alguma coisa?
Eu soube ultimamente, para minha enorme surpresa, que minha mãe escrevia. Não publicava, mas
escrevia. Eu tenho uma irmã, Elisa Lispector, que escreve romances. E tenho outra irmã, chamada
Tânia Kaufman, que escreve livros técnicos.
Você chegou a ler as coisas que sua mãe escreveu?
Não, eu soube há poucos meses. Soube através de uma tia: “Sabe que sua mãe fazia um diário e
escrevia poesias?” Eu fiquei boba…
Nas raras entrevistas que você tem concedido surge, quase que necessariamente, a
pergunta de como você começou a escrever e quando?
Antes de sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, inventei uma história que
não acabava nunca. Quando comecei a ler comecei a escrever também. Pequenas histórias.
(Trecho da ú ltima entrevista com a escritora Clarice Lispector, concedida em 1977, ao repó rter
Jú lio Lerner, da TV Cultura).
5 - Texto Injuntivo
Professora licenciada em Letras
O texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicaçã o e no método para a concretizaçã o
de uma açã o.
Ele indica o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de remédio,
manual de instruçõ es, editais e propagandas.
Com isso, sua funçã o é transmitir para o leitor mais do que simples informaçõ es, visa sobretudo,
instruir, explicar, todavia, sem a finalidade de convencê-lo por meio de argumentos.
Sã o textos o quais incitam a açã o dos destinatá rios, controlando, assim, seu comportamento, ao
fornecer instruçõ es e indicaçõ es para a realizaçã o de um trabalho ou a utilizaçã o correta de
instrumentos e/ou ferramentas.
Texto Injuntivo e Prescritivo
Há quem estabeleça uma relaçã o entre os textos injuntivos e prescritivos e, por outro lado, há os
que defendem que sã o textos sinô nimos e pertencem à mesma categoria, compartilhando funçõ es e
finalidades.
No entanto, os linguistas que preferem dividi-los em dois tipos de textos informam que o texto
injuntivo, instrui sem uma atitude coercitiva, recurso marcante nos textos ditos prescritivos.
Para esse grupo de estudiosos, um texto injuntivo pode ser um manual de instruçõ es ou uma
receita, enquanto os textos prescritivos asseguram um tipo de atitude coercitiva, por exemplo, os
editais dos concursos, contratos e leis.
Recursos Linguísticos
A linguagem dos textos injuntivos é simples e objetiva. Um dos recursos linguísticos marcantes e
recorrentes desse tipo de texto é a utilizaçã o dos verbos no imperativo, os quais indicam uma
"ordem", por exemplo:
 na receita de bolo: “misture todos os ingredientes”;
 na bula de remédio: “tome duas cá psulas por dia”;
 no manual de instruçõ es: “aperte a tecla amarela”;
 nas propagandas: “vista essa camisa”.
Exemplos
Segue alguns exemplos de textos injuntivos:
Manual de Instruções
Instalação: Prefira sempre os serviços da Rede de Assistência Técnica Brastemp para realizar
desde a instalação até a manutenção de seus produtos com tranquilidade e segurança.
1° passo: Veja se a tomada onde o produto será instalado tem o novo padrão plugue, segundo o
INMETRO.
2° passo: Verifique se a tensão da rede elétrica no local de instalação é a mesma indicada na
etiqueta do plugue da sua lavadora.
3° passo: Nunca altere ou use o cabo de força de maneira diferente da recomendada. Se o cabo de
força estiver danificado, chame a Rede de Serviços Brastemp para substituí-lo.
4° passo: Verifique se o local de instalação possui as condições adequadas indicadas no Manual do
Consumidor:-A pressão da água para abastecimento deve corresponder a um nível de 2 a 80 m acima
do nível da torneira;
- Recomenda-se que haja uma torneira exclusiva para a correta instalação da mangueira de
entrada;
- É obrigatória a utilização de uma torneira com rosca ¾ de polegada para a instalação da
mangueira de entrada de água, a não utilização dela pode gerar vazamentos.
- A mangueira de saída deve ser instalada no tanque (utilizando a curva plástica) ou em um cano
exclusivo para o escoamento, com diâmetro mínimo de 5 cm. O final da mangueira deve estar a uma
altura de 0,85 a 1,20 m para o correto funcionamento da Lavadora.
Caso o local de instalação não tenha as condições adequadas, providencie as modificações,
consultando um profissional de sua confiança.
(Manual de Instruçõ es da Lavadora Brastemp Ative Automá tica 9 kg)
Bula de Remédio
Apresentação de Norfloxacino (Laboratório: Medley, Referência: Floxacin)
Comprimidos revestidos de 400 mg. Embalagens com 6 e 14 comprimidos revestidos. USO ADULTO
- USO ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
Norfloxacino ................................................................................ 400 mg
excipientes q.s.p. ................................................................. 1 comprimido
(celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearilfumarato de sódio,
lactose monoidratada, laurilsulfato de sódio, talco, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol,
corante laca amarelo crepúsculo).
Norfloxacino - Indicações
O Norfloxacino é indicado para tratamento das seguintes infecções:
- Infecções do trato urinário;
- Inflamação do estômago e intestino (gastrenterite) causada por alguns tipos de bactérias;
- Gonorreia;
- Febre tifoide;
O Norfloxacino pode também ser usado para a prevenção das infecções nos seguintes casos:
- Contagem baixa de leucócitos: nestes casos, seu corpo fica mais sensível a infecções causadas por
bactérias que fazem parte da flora intestinal;
- Quando você visitar locais em que possa ficar exposto a bactérias que possam causar inflamação
do estômago e intestinos (gastrenterite).
Contraindicações de Norfloxacino
Você não deve tomar Norfloxacino se: apresentar hipersensibilidade a qualquer componente do
produto ou a antibióticos quinolônicos.
Receita
Massa de Panqueca Simples
Ingredientes:
1 ovo
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de leite
1 pitada de sal
1 colher de sopa de óleo
Modo de Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. A seguir, aqueça uma frigideira
untada com um fio de óleo em fogo baixo.
Coloque um pouco da massa na frigideira não muito quente e esparrame de modo a cobrir todo o
fundo e ficar só uma camada fina de massa.
Deixe igualar os dois lados, até que fiquem levemente douradas. Retire com a espátula, e sirva com
o recheio de sua preferência.
Sugestão de recheio: carne moída.
04º MOMENTO
O educador que os alunos produzam um mapa mental, do conteúdo. Para que se realize essa
atividade a turma será dividida em duplas. Onde cada dupla ficará com um tipo de texto, esse mapa
mental será apresentado para toda a turma, também nessa atividade o professor fará as intervenções
que achar necessária para que os alunos compreendam e aprendam os principais tipos de texto.
EXERCÍCOS PROPOSTOS
Exercícios
1- faça um mapa mental do conteú do, tentem fazer de acordo com o modelo.

05º MOMENTO
O professor fará nesse momento um exercício de fixação para poder observar o ensino-
aprendizagem dos educandos.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Exercícios Tipologia Textual
Questão – 01
Preencha os parênteses com os nú meros correspondentes; em seguida, assinale a alternativa
que indica a correspondência correta.
1. Narrar
2. Argumentar
3. Expor
4. Descrever
5. Prescrever
(    ) Ato pró prio de textos em que há a presença de conselhos e indicaçõ es de como realizar açõ es,
com emprego abundante de verbos no modo imperativo.
(  ) Ato pró prio de textos em que há a apresentaçã o de ideias sobre determinado assunto, assim
como explicaçõ es, avaliaçõ es e reflexõ es. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
(    ) Ato pró prio de textos em que se conta um fato, fictício ou nã o, acontecido num determinado
espaço e tempo, envolvendo personagens e açõ es. A temporalidade é fator importante nesse tipo
de texto.
(    ) Ato pró prio de textos em que retrata, de forma objetiva ou subjetiva, um lugar, uma pessoa,
um objeto etc., com abundâ ncia do uso de adjetivos. Nã o há relaçã o de temporalidade.
(    ) Ato pró prio de textos em que há posicionamentos e exposiçã o de ideias, cuja preocupaçã o é a
defesa de um ponto de vista. Sua estrutura bá sica é: apresentaçã o de ideia principal, argumentos e
conclusã o.
a) 3, 5, 1, 2, 4
b) 4, 2, 3, 1, 5
c) 5, 3, 4, 1, 2
d) 5, 3, 1, 4, 2
e) 2, 3, 1, 4, 5
Questão – 02
Internet e a importância da imprensa
Este artigo nã o é sobre a pornografia no mundo virtual nem tampouco sobre os riscos de as
redes sociais empobrecerem o relacionamento humano. Trata de um dos aspectos mais festejados
da internet: o empowerment (“empoderamento”, fortalecimento) do cidadã o proporcionado pela
grande rede.
É a primeira vez na Histó ria em que todos, ou quase todos, podem exercer a sua liberdade de
expressã o, escrevendo o que quiserem na internet. De forma instantâ nea, o que cada um publica
está virtualmente acessível aos cinco continentes. Tal fato, inimaginá vel décadas atrá s, vem
modificando as relaçõ es sociais e políticas: diversos governos caíram em virtude da mobilizaçã o
virtual, notícias antes censuradas sã o agora publicadas na rede, etc. Há um novo cená rio
democrá tico mais aberto, mais participativo, mais livre.
E o que pode haver de negativo nisso tudo? A facilidade de conexã o com outras pessoas tem
provocado um novo fenô meno social. Com a internet, nã o é mais necessá rio conviver (e conversar)
com pessoas que pensam de forma diferente. Com enorme facilidade, posso encontrar indivíduos
“iguais” a mim, por mais minoritá ria que seja a minha posiçã o.
O risco está em que é muito fá cil aderir ao seu clube” e, por comodidade, quase sem perceber, ir
se encerrando nele. Nã o é infrequente que dentro dos guetos, físicos ou virtuais, ocorra um
processo que desemboca no fanatismo e no extremismo.
Em razã o da ausência de diá logo entre posiçõ es diversas, o ativismo na internet nem sempre
tem enriquecido o debate pú blico. O empowerment digital é frequentemente utilizado apenas
como um instrumento de pressã o, o que é legítimo democraticamente, mas, nã o raras vezes, cruza
a linha, para se configurar como intimidaçã o, o que já nã o é tã o legítimo assim...
A internet, como espaço de liberdade, nã o garante por si só a criaçã o de consensos nem o
estabelecimento de uma base comum para o debate.
Evidencia-se, aqui, um ponto importante. A internet nã o substitui a imprensa. Pelo contrá rio,
esse fenô meno dos novos guetos põ e em destaque o papel da imprensa no jogo democrá tico. Ao
selecionar o que se publica, ela acaba sendo um importante moderador do debate pú blico. Aquilo
que muitos poderiam ver como uma limitaçã o é o que torna possível o diá logo, ao criar um espaço
de discussã o num contexto de civilidade democrá tica, no qual o outro lado também é ouvido.
A racionalidade nã o dialogada é estreita, já que todos nó s temos muitos condicionantes, que
configuram o nosso modo de ver o mundo. Sozinhos, nunca somos totalmente isentos, temos
sempre um determinado viés. Numa época de incertezas sobre o futuro da mídia, aí está um dos
grandes diferenciais de um jornal em relaçã o ao que simplesmente é publicado na rede.
Imprensa e internet nã o sã o mundos paralelos: comunicam-se mutuamente, o que é benéfico a
todos. No entanto, seria um empobrecimento democrá tico para um país se a primeira pá gina de um
jornal fosse simplesmente o reflexo da audiência virtual da noite anterior. Nunca foi tã o necessá ria
uma ponderaçã o serena e coletiva do que será manchete no dia seguinte.
O perigo da internet nã o está propriamente nela. O risco é considerarmos que, pelo seu sucesso,
todos os outros â mbitos devam seguir a sua mesma ló gica, predominantemente quantitativa. O
mundo contemporâ neo, cada vez mais intensamente marcado pelo virtual, necessita também de
outros olhares, de outras cores. A internet, mesmo sendo plural, nã o tem por que se tornar um
monopó lio. 
                                       (CAVALCANTI, N. da Rocha. Jornal “O Estado de S. Paulo”, 12/05/14, com adaptaçõ es.)

Pelas características da organizaçã o do discurso, a respeito do texto pode-se afirmar que se trata
de uma:
a) dissertaçã o de cará ter expositivo, pois explica, reflete e avalia ideias de modo objetivo, com
intençã o de informar ou esclarecer.
b) narraçã o, por reportar-se a fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo
personagens, numa relaçã o temporal de anterioridade e posterioridade.
c) descriçã o, por retratar uma realidade do mundo objetivo a partir de caracterizaçõ es, pelo uso
expressivo de adjetivos.
d) expressã o injuntiva, por indicar como realizar uma açã o, utilizando linguagem simples e
objetiva, com verbos no modo imperativo.
e) dissertaçã o de cará ter argumentativo, pois faz a defesa de uma tese com base em argumentos,
numa progressã o ló gica de ideias, com o objetivo de persuasã o.
Questão – 03
Sobre os tipos textuais, é correto afirmar, exceto:
a) Os tipos textuais sã o caracterizados por propriedades linguísticas, como vocabulá rio, relaçõ es
ló gicas, tempos verbais, construçõ es frasais, etc.
b) Os tipos textuais sã o: narraçã o, argumentaçã o, descriçã o, injunçã o e exposiçã o.
c) Geralmente variam entre cinco e nove tipos.
d) Possuem um conjunto ilimitado de características, que sã o determinadas de acordo com o estilo
do autor, conteú do, composiçã o e funçã o.
e) Os tipos de textos apresentam características intrínsecas e invariá veis, ou seja, nã o sofrem a
influência do contexto de nossas atividades comunicativas. De maneira predeterminada,
apresentam vocabulá rio, relaçõ es ló gicas, tempos verbais e construçõ es frasais que acolhem os
diversos gêneros.
Questão - 04
Analise os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que indique as tipologias textuais à s quais
eles pertencem:
Texto I
“Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu
o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada,
ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e
indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor
gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque (...)”.  (Dalton Trevisan – Uma vela para Dario).
Texto 2
“Era um homem alto, robusto, muito forte, que caminhava lentamente, como se precisasse fazer
esforço para movimentar seu corpo gigantesco. Tinha, em contrapartida, uma cara de menino, que a
expressão alegre acentuava ainda mais.”
Texto 3
Novas tecnologias
Atualmente, prevalece na mídia um discurso de exaltação das novas tecnologias, principalmente
aquelas ligadas às atividades de telecomunicações. Expressões frequentes como “o futuro já chegou”,
“maravilhas tecnológicas” e “conexão total com o mundo” “fetichizam” novos produtos,
transformando-os em objetos do desejo, de consumo obrigatório. Por esse motivo carregamos hoje
nos bolsos, bolsas e mochilas o “futuro” tão festejado.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras vítimas de um aparelho midiático perverso, ou de um
aparelho capitalista controlador. Há perversão, certamente, e controle, sem sombra de dúvida.
Entretanto, desenvolvemos uma relação simbiótica de dependência mútua com os veículos de
comunicação, que se estreita a cada imagem compartilhada e a cada dossiê pessoal transformado em
objeto público de entretenimento.
Não mais como aqueles acorrentados na caverna de Platão, somos livres para nos aprisionar, por
espontânea vontade, a esta relação sadomasoquista com as estruturas midiáticas, na qual tanto
controlamos quanto somos controlados.
SAMPAIO, A. S. A microfísica do espetáculo. Disponível em: http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 1 mar. 2013 (adaptado).

Texto 4
Modo de preparo:
1. Bata no liquidificador primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, acrescente o açúcar e bata por 5
minutos;
2. Depois, numa tigela ou na batedeira, coloque o restante dos ingredientes, misturando tudo, menos
o fermento;
3. Esse é misturado lentamente com uma colher;
4. Asse em forno preaquecido (180° C) por 40 minutos.
a) narraçã o – descriçã o – dissertaçã o – injunçã o.
b) descriçã o – narraçã o – dissertaçã o – injunçã o.
c) dissertaçã o – injunçã o – descriçã o – narraçã o.
d) injunçã o – descriçã o – dissertaçã o – narraçã o.
Questão – 05
Leia.
Anjo da morte no Salgado Filho (texto adaptado).
O auxiliar de enfermagem Edson Izidoro Guimarã es, 42 anos, foi preso em flagrante, em 9 de
maio de 1999, acusado de matar pacientes em estado grave na UTI do Hospital Salgado Filho, no
Méier. Matava os pacientes com uma ampola de 10g. de cloreto de potá ssio ou desligando o
aparelho.
Creio que as funerá rias constroem uma rede de comissõ es, para informaçõ es sobre ó bitos.
Edson deve estar envolvido nisso, ele diz ter matado cinco pacientes, mas nó s desconfiamos de
mais de cem ó bitos, diz Josias Quintal.
Edson nã o confirma seu envolvimento. Impassível, aguarda o recebimento do mandado de
prisã o na Divisã o de Homicídios.
Sobre a tipologia desse fragmento, pode-se dizer que a organizaçã o predominante é...
a) Argumentativo
b) Injuntivo
c) Narrativo
d) Descritivo
e) Dissertativo
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO RECURSOS
As avaliaçõ es serã o realizadas através de exercícios escritos Serã o utilizados: apostilas,
e orais, também serã o realizados testes avaliativos escritos cadernos, pesquisa na internete,
para a obtençã o de notas para cada bimestres. As avaliaçõ es livros didá ticos, Datashow,
serã o qualitativas e somativas. cadernos, canetas, notebook, etc..
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TERRA, Ernani e José de Nicola– Português de olho no mundo do trabalho: 4ª ed. Scipione, Sã o Paulo 2004.

Tipologia textual, Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/generos-textuais/ > Acessado dia 17/05/2022

Exercício de funçõ es da linguagem. Disponível em: <https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-linguagem-suas-funcoes.htm#questao-2 > acessado dia

20/05/2022

Funçõ es da Linguagem: disponível em: <https://www.normaculta.com.br/funcoes-da-linguagem-exercicios-com-gabarito/> acessado dia 20/05/2022

DEVOLUTIVA DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

______________________________________________________ ________________________________________________________
Assinatura do(a) Coordenador(a) Assinatura do(a) Professor(a)

Sena Madureira-Acre, junho de 2022

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