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3)      Baseado no capítulo de Mithen, “A arquitetura da mente moderna” explique como 
a psicologia estrutura as características da mente “canivete-suíço”. Não esqueça de 
citar pesquisadores como Fodor, Gardner, Cosmides e Tooby, Karmillof-Smith, Sperber 
entre outros para reforçar seus argumentos. 
 
 A teoria do canivete suíço defende que a mente se organiza em módulos 
especializados, em áreas específicas para resolver problemas.A teoria do canivete 
suíço é uma controversa, mas curiosa explicação sobre como a mente funciona. 
Segundo essa abordagem modular, nosso cérebro seria formado por “aplicativos” 
altamente especializados para resolver de maneira eficaz problemas muito específicos. 
Desse modo, nossa mente seria um conjunto de áreas específicas muito similar a um 
canivete multiuso. 
Antes de mais nada, vale destacar que essa perspectiva, assim como o conceito de 
modularidade para explicar os processos perceptivos e cognitivos, costuma receber 
muitas críticas por parte da neurociência. No entanto, uma pequena parte dos 
psicólogos evolucionistas continua defendendo essa singular perspectiva proposta em 
1922 pelo antropólogo John Toody e a psicóloga Leda Cosmides. 
Essa ideia já havia surgido na comunidade filosófica nos anos 1980. Foi Jerry A. Fodor, 
um dos mais importantes filósofos da mente, que investigou durante toda sua vida os 
mistérios da estrutura da cognição humana. Falamos de um grande especialista em 
linguística, lógica, semiótica, psicologia, informática e inteligência artificial. 
Além disso, devemos a ele, por exemplo, as bases da própria ciência cognitiva e a 
especificidade de filosofia da psicologia. Assim, um de seus trabalhos mais notáveis e 
de maior impacto foi, sem dúvida, A modularidade da mente, publicado em 1983. Essa 
perspectiva, embora rejeitada por parte de muitos especialistas, não deixa de ser uma 
corrente que reúne um grande interesse por se  juntar às tentativas de compreender o 
mistério que ronda os processos mentais.  
No final de 1950, o linguista e filósofo Noam Chomsky começou a defender uma de 
suas teorias mais conhecidas: a linguagem não é um comportamento aprendido, mas 
uma faculdade mental funcional inata. Essa premissa foi um dos pilares que inspirou 
posteriormente o doutor Fodor. 
Ao mesmo tempo, também se baseou de maneira direta nos trabalhos de Turing sobre 
seus modelos matemáticos informáticos. Pouco a pouco, foi moldando as bases de 
sua abordagem até definir um modelo da mente delimitado por faculdades mentais 
separadas e especializadas. 
Chamou essa teoria de psicologia das faculdades, de maneira que cada processo da 
nossa mente se organizaria em diferentes módulos especializados, como aplicativos 

 
 

únicos de um computador. Dessa maneira, há um módulo para a sensação e a 
percepção, outro para a volição, outro para a memória, outro para e linguagem, etc.  
 
Jerry A. Fodor publicou suas teorias no livro A modularidade da mente (1983). 
Posteriormente, os doutores Tooby e Cosmides enunciaram a teoria do canivete 
suíço baseando-se nos trabalhos de Fodor. Em que ponto estamos atualmente? 
Essa abordagem que entende a mente como “aplicativos” especializados é viável? 
Assim como já afirmamos, essa abordagem continua sendo controversa. No 
entanto, são muitas as figuras no campo científico que defendem a psicologia das 
faculdades enunciada por Fodor.  Uma posição nesse debate aberto é a defendida 
por Nancy Kanwisher, professora e pesquisadora no Departamento do Cérebro e das 
Ciências Cognitivas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). 
Uma de suas palestras TED mais conhecidas foi realizada em 2014 para explicar a 
validade da teoria do canivete suíço. Além disso, também há vários estudos 
científicos que defendem essa ideia e que são publicados regularmente no 
periódico científico Journal of Neuroscience. 
 
 
 

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