Você está na página 1de 9

Nome e sobrenome/s: Evelin Laís Belão

Usuário: BRPSMIPDE4147188
Data: 20/04/2021
Caso 1 – Escola e violência. O que fazer a partir da
psicopedagogia

De acordo com os materiais estudados, a psicopedagogia


deve ser vista como uma fusão de dois campos de
estudos fundamentais para o desenvolvimento de uma
sociedade. A pedagogia que visa promover a educação e
a psicologia que estuda o comportamento e
desenvolvimento do ser humano e ao juntar essas duas
premissas, obtém-se a ideia de que é possível um olhar
sob diversos prismas que em resumo, dá-se pela
compreensão do acontecimento pleno desenvolvimento
do ser humano, respeitando seus espaços, olhares,
visões de mundo e contemplando os direitos particulares
de cada um.

Sobre o primeiro caso: Ana foi apresentada como uma


garota fora dos padrões impostos pela sociedade por
estar acima do peso. Além desse confronto de baixa
autoestima, sofre violência doméstica no que tange ao
toque sem consentimento, violência física e psicológica.
Na escola, aparenta não socializar com muitas pessoas
com a exceção de um garoto com quem mantém alguns
vínculos afetivos. Ana teve uma atitude reativa ao
excesso de violência, onde aparentemente foi levada ao
seu limite, chegando ao ponto de partir para as vias de
fato, tendo a atitude de jogar uma pedra em direção ao
colega que a agrediu. Do ponto de vista da
psicopedagogia, escola, aluno e sociedade devem andar
de mãos dadas para um pleno desenvolvimento de um
cidadão, haja vista que a escola é um espaço para que
todos aprendam como é conviver em sociedade. Ana
aparenta não ter estímulos para o estudo dentro de casa,
já que é a quarta filha de uma família de condições
econômicas não tão favoráveis o que dificulta a
socialização com pessoas em condições um pouco
melhores que as dela. Ainda fora dos muros da escola,
sofre violência pela internet, o que serviria para uma
possível distração ou um ambiente para aprendizagens
diversas não devem prender sua atenção. Levando em
consideração os aspectos a serem considerados para
uma avaliação psicopedagógica, o indivíduo educando no
caso Ana, não estabelece vínculos com a escola, a
família e a comunidade diante do exposto. Embora o
caso a ser estudado não apresente informações a
respeito do desempenho escolar de Ana, pressupõe-se
que devido a falta de estímulos, ela não apresenta notas
exemplares.

Para o segundo questionamento da atividade proposta,


deve-se observar a questão em que Ana vive em um
ambiente sociopolítico que não a estimula de forma
alguma. Percebe-se que diante da violência que ela sofre
em casa, na escola e na internet suas perspectivas em
relação ao mundo são baixas e justamente quando ela
consegue estabelecer vínculos afetivos com um par,
sofre violência uma vez mais. Ana apresenta um
comportamento reativo, de quem parece estar no limite
de suas razões. Considerando que cada aluno é um ser
individual, único e diferente um do outro, é preciso um
olhar de um profissional de dentro da escola para
observar e perceber que ela precisa de uma atenção
especial. Nota-se que Ana é uma aluna que
provavelmente tem o seu emocional diretamente ligado à
sua aprendizagem. Não possui motivação para aprender
devido a todos os fatos apresentados no caso. Nos textos
lidos para a realização da disciplina, foram apresentados
alguns conceitos como: motivação, inteligência, emoções
e experiência. Dentre estes, a experiência de vida de
Ana, nota-se mais pontos negativos do que positivos. Isto
posto, percebe-se que a reação de Ana é muito previsível
em relação a vida que ela leva já que embora não esteja
explícito, pressupõe-se que vive em um ambiente de
pouco afeto.

Para a terceira proposta, algumas ações possíveis para a


transformação da realidade apresentada seria um projeto
político pedagógico que contemplasse escola e famílias
em ações conjuntas para o estímulo ao aprendizado,
diminuição da violência nos mais diversos ambientes,
sejam eles dentro da escola ou fora dela, na comunidade
local em sociedade e dentro das casas. O projeto seria
um planejamento de ação contínua trabalhando a
empatia de alunos, famílias, profissionais da escola e
comunidade onde todos denunciem todo e qualquer tipo
de violência aprendendo quais são elas e de que forma
estas acontecem, exercendo a solidariedade, empatia
como elementos fundamentais para o acontecimento de
uma educação efetiva. Do ponto de vista da
psicopedagogia, escola, aluno e sociedade devem andar
de mãos dadas para um pleno desenvolvimento de um
cidadão, haja vista que a escola é um espaço para que
todos aprendam como é conviver em sociedade. Os
profissionais da escola devem realizar um trabalho que
evolva aspectos socioemocionais, onde todos entendam
os malefícios de uma agressão, seja ela física ou
psicológica. Deve-se trabalhar a empatia para que cada
um aprenda a se colocar no lugar do outro e desenvolver,
portanto, a empatia. A família deve estar ciente que o
papel da educação não cabe somente a escola, mas a
família também. Ana deve ser vista como um ser que
possui direitos e todos devem garanti-los. De acordo com
os estudos utilizados no material, família e escola devem
trabalhar em conjunto e não com divergências. As
atividades extraclasse que ocorrem na escola devem
servir para a construção de uma sociedade justa,
educada, gentil e empata para que todos visem o
crescimento saudável de seus filhos.
Caso 2 – Educação e Tecnologia

As tecnologias possuem um importante papel no


processo ensino aprendizagem. Pensando num contexto
fora do cenário de pandemia, as tecnologias já eram
aliadas as instituições educacionais pois permite uma
facilidade no que diz respeito a pesquisas, acesso a
materiais de fontes fidedignas o que permite tanto ao
professor quanto ao aluno transitar em diversos espaços
e de maneira rápida. No entanto é preciso saber que a
sociedade não vive em sua “bolha” onde é incabível se
pensar em um ser que não possui acesso à internet. Com
a pandemia onde não haviam outras possibilidades de
inserção escolar, percebeu-se um grande abismo social
no que diz respeito ao acesso a informações desde as
mais simples às mais complexas também são elitistas.
Quando se pensa em psicopedagogia, logo se pensa
num desenvolvimento total de um ser, o trabalho a ser
realizado deve ser o de inclusão tecnológica para
contemplar todo e qualquer cidadão. Já que a educação
é vista como direito, nenhum aluno deve ser abandonado
e é preciso pensar com uma perspectiva socioeconômica
também. Pensando em minorias (e deve ser entendido
dessa forma, haja vista que muitas pessoas estão em
situação de desemprego, em situações econômicas
desfaroráveis para a aquisição de um aparelho, o
número de crianças e adolescentes que os possuem por
mais simples que seja para acompanhar as aulas é
infinitamente menor dos que os que têm este acesso), é
preciso utilizar as TIC’s como aliadas, como ferramentas
que auxiliam no processo ensino aprendizado. Embora
na internet haja muitas distrações como as redes sociais
por exemplo, é preciso realizar um trabalho de
conscientização do uso com intuito educacional. Não há
como fugir dessa realidade que nos foi imposta neste
último ano. O desafio como disse anteriormente será a
contemplação de todos os estudantes e professores.

O arquétipo mencionado na atividade proposta,


educador-educando já não deve ser considerado nem
num contexto fora das TIC’s. O processo educacional
efetivo para o século XXI deve ser uma troca de saberes
e não mais uma educação do tipo militarizada onde o
professor é o único detentor do saber e os alunos um
depósito de conteúdo. Essa troca que existe em aulas na
atualidade permite para ambas as partes uma abertura
muito maior de um lexo de possibilidades. Sabe-se que
as novas gerações possuem um conhecimento
tecnológico que aconteceu muito naturalmente para cada
um deles, o que para os professores foi um árduo
processo de experimentos entre tentativas, erros e
acertos. Portanto, o conhecimento de um aluno com as
TIC’s pode e deve ser aproveitado para pesquisas,
elaboração de conteúdos trabalhados pelos professores
por meio de atividades intra ou extra classe, formação de
portfólios digitais entre outras diversas ferramentas a
serem exploradas.
A partir da minha opinião a respeito das TIC’s: penso que
a tecnologia veio para ficar. Pela minha experiência no
funcionalismo público, houve muita resistência e esta
aconteceu por muito tempo, ocasionando um atraso
significativo na evolução tecnológica dos alunos.
Trabalho em uma rede particular onde cada aluno ao
efetuar a matrícula na escola imediatamente ganha um
tablet e fazemos uso deste em diversas atividades como:
pesquisas, jogos pedagógicos, atividades dentro e fora
da sala de aula. Em contrapartida, trabalho em algumas
escolas do Estado de São Paulo onde os alunos não tem
acesso a internet, assim como seus familiares
apresentam muitas dificuldades e resistência no que diz
respeito ao uso das TIC’s. Com essa nova realidade, a
rede criou alguns cargos onde professores de dedicam
exclusivamente ao ensino do uso das ferramentas a
essas famílias, pois os mesmos não tem ideia nem por
onde começar. Acredito que os modelos a serem
seguidos, num primeiro momento e mais próximo da
nossa realidade seria a aquisição de aparelhos
destinados exclusivamente a educação, assim como criar
possibilidade de acesso a famílias de baixa renda como:
tutoriais ensinado como utilizá-las da melhor maneira
possível. Para os que possuem acesso, a
conscientização deve ser feita periodicamente. Muitos
alunos possuem conhecimentos avançados em
tecnologias e isso traz a possibilidade do uso tanto para o
bem quanto para o mal. Isto feito, o professorado
conseguirá usufruir da tecnologia para melhor atender as
demandas que a infância/adolescência de hoje
apresentam em relação ao processo de ensino
aprendizagem.

3. O educando no centro, mas não solitariamente:

Diante do exposto na proposta da atividade, uma fala da


UNESCO presente nos textos diz que “[...] a educação é
algo que deve ser capaz de atender às necessidades de
todos os jovens e adultos, dando-lhes acesso a
programas de educação. [...]” Portanto, conclui-se que a
teoria de que a teoria que dá o embasamento é a de que
o professor não deve mais ser o “detentor” do saber, mas
que o aluno faz parte deste processo, tendo de ser visto
como protagonista deste e o professor tem o papel de
propor as atividades, os materiais necessários para a
aquisição dos conhecimentos. Neste processo, o
professor também aprende, porque é preciso considerar
os saberes dos alunos para a partir disto, elaborar aulas
que alcancem a realidade de cada um em sua
particularidade. A partir dos conceitos apresentados,
entende-se que o professor conhecerá cada um dos seus
alunos e com isso, o afeto será uma nova ferramenta
para a utilização em sala de aula. Muitas vezes um aluno
não gosta ou não vai bem em uma determinada disciplina
mas pela abordagem do professor, o relacionamento
empático que é desenvolvido durante as aulas faz com
que toda essa dinâmica mude, fazendo com que o aluno
se interesse ainda mais pelo conteúdo proposto.
Uma proposta de intervenção para que o aluno seja o
centro do processo ensino aprendizado é a proposta de
uma atividade em que aconteça uma roda de conversa
no início de um ano letivo com o objetivo de uma
construção de um varal dos sonhos. Durante o ano, o
aluno vai centrar-se nos interesses referentes ao objetivo
final, analisando os pontos onde precisa fazer o que
precisa ser feito para chegar aonde quer, ou seja, no
objetivo final. Ao longo do ano, percebe-se muitas
mudanças no processo, os movimentos mudam para
ambos os lados. O aluno percebe que precisa fazer
algum tipo de alteração e o professor vai monitorando e
assessorando durante o movimento. É uma proposta
riquíssima com ênfase inclusive no projeto de vida do
estudante que consegue ver além das perspectivas,
pensar no que precisa ser modificado, dando assim a
possibilidade de o professor inserir contextos e mediar
conflitos.
Referências Bibliográficas:

Freire P.(67º ed. 2021) Pedagogia da Autonomia

OIT/UNESCO. (1996) – Recomendação relativa a


situação da pessoa docente.

<https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/
educacao-infantil-e-ensino-fundamental/materiais-de-
apoio-2/> acesso em 20/02/2021 às 12h16

Você também pode gostar