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LOTEAMENTO

ÁGUA VERDE

Memorial de Cálculo Hidrológico


Obra:
Loteamento Residencial Água Verde Período da inspeção: Agosto/2022
Localização UTM do serviço
21 J, 741206.63 m E, 7180872.23 m S

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 3
2. LOCALIZAÇÃO / IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................................. 4
3. ARQUIVO ...................................................................................................................................................... 6
4. CONSIDERAÇÕES CLIMÁTICAS, PLUVIOMÉTRICAS E TOPOGRÁFICAS ......................................................... 6
5. CÁLCULO DA INTENSIDADE DE CHUVAS .................................................................................................. 8
6. CÁLCULO DA VAZÃO PELO MÉTODO RACIONAL ..................................................................................... 9
6.1. Coeficiente de Escoamento Superficial ......................................................................................... 10
6.2. Velocidade Máxima Limite............................................................................................................. 11
7. DADOS HIDROLÓGICOS.......................................................................................................................... 11
8. ESPECIFICAÇÕES DO COMPORTAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE DRENAGEM ......................................... 15
9. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E NORMATIVAS.............................................................................................. 17

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Loteamento Residencial Água Verde Período da inspeção: Agosto/2022
Localização UTM do serviço
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MEMÓRIAL DE CÁLCULO
HIDROLÓGICO
1. INTRODUÇÃO

O presente projeto, primeiramente seguiu para identificar a bacia hidrográfica, das


bacias, nascentes, afluentes, arroios, rios e lagos, limitando pelo divisor de águas, traçados
pelos cumes das planícies com a bacia já estabelecida em arquivo da prefeitura de bacias
do rio Paraná e Rio Iguaçu de Foz do Iguaçu, observado na Figura 7: Mapa das Bacias do
município – Foz do Iguaçu – PR; configurando como a imagem de satélite da ferramenta
(Google, 2021), melhor observada na figura 3.

Por simplificação, e levando em consideração os limites estabelecidos pelo Manual


de Drenagens do DNIT, optou-se pela utilização do método racional para determinação da
vazão no ponto inicial do projeto de drenagem viária ao loteamento projetado, em previsão,
ao loteamento residencial que se apresenta.

Figura 1 – Mapa em satélite da região Norte - Foz do Iguaçu – PR

Fonte – Próprio autor / Ferramenta @Google Maps 2020

A área captada de contribuição e sua situação é observada figura 3, é de


412.464,62 m; áreas locadas nas coordenadas de: 21 J, 741206.63 m E, 7180872.23 m S
(Coordenadas em UTM).

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Os dispositivos tem referência bibliográfica o “Manual de Drenagem Urbana”,


desenvolvido pelo Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos na SUDERHSA e normas do Instituto Água e Terra; e
referências diretrizes ao o “Volume 1, MANUAL DE DRENAGEM URBANA - Toledo-PR”;
também é consultado o DECRETO Nº 27.221, 2019, Programa de Conservação e Uso
Racional da Água nas Edificações de Foz do Iguaçu.

Tabela 1 – Estatística do projeto de loteamento –

Fonte: Projeto do loteamento, 2022

2. LOCALIZAÇÃO / IDENTIFICAÇÃO

Tabela 2 – Registro no sistema

Fonte – Próprio autor / Ferramenta Sistema da Prefeitura de Foz do Iguaçu, 2022

PROJETO DE UM LOTEAMENTO RESIDENCIAL (ÁGUA VERDE)

INSCRIÇÃO IMOBILIÁRIA: 06.5.03.01.3442.001


Endereço: RUA: ANGELA APARECIDA DE ANDRADE, Nº 1345 - IMOVEL FOZ DO IGUACU-PARTE II
Proprietário: ROSE GARDEN EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
CNPJ/MF 37.616.814/0001-65

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RESPONSÁVEL TÉCNICO

ENGENHEIRO CIVIL: ALI HUSSEIN SAFADI / CREA-PR 29.947/D

Figura 2 – Situação do Loteamento - Foz do Iguaçu – PR

Fonte – Projeto Loteamento, 2022

Figura 3 – Área de contribuição captadas

Fonte – Próprio autor / Ferramenta Civil 3D e @Microsoft 2022

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3. ARQUIVO

Anexos ao estudo: AGUAVERDE-DREN&DET-V1.0-ZZSINATRANS-AGO22-A01-9F

Conteúdo: PROJETO DE DRENAGEM / PLANTA-BAIXA; PERFIL LONGITUDINAL DA


GALERIA; DETALHES CONSTRUTIVOS; PERSPECTIVAS; QUANTITATIVOS;
NOTAS

4. CONSIDERAÇÕES CLIMÁTICAS, PLUVIOMÉTRICAS E TOPOGRÁFICAS

O mapa da figura 4, apresenta os sentidos naturais das águas entre os pontos


baixos e altos da região, apoiando o estudo hidrológico, e complementares.

Figura 4 – Mapa referencial aos pontos altos e baixos da região

Fonte – Próprio autor / Ferramenta @Google Maps 2021

O projeto prevê 4 (quatro) redes de galeria de drenagem pluvial, locadas via


projeto item 3, direcionando o fluxo ao sentido natural e apoiada ao projeto de

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terraplanagem à dissipadores no arroio Califórnia (Leste) e arroio Sem nome (Oeste), a


bacia macro do rio Paraná.
O levantamento topográfico aponta na área de cobertura as referentes cotas,
como ponto máximo de 187,50 metros e ponto mínimo de 165,52 metros.
Observado na figura 4, a disposição da áreas de contribuição, pontos baixos e
altos, e notoriamente dispõe que o ponto distante da área de captação da área
estudada referencia minoritárias distâncias, influenciando nas condições de projeto,
como tempo de concentração.
Para o ínicio da galeria, aferi-se em questão uma distância considerada
minoritária, já constatando a um majoramento da intensidade pluviométrica; e que
nesta etapa a relação entre o ponto mais distante da bacia e o ponto mais próximo da
galeria ou inicial, dá-se o tempo de concentração obtido na relação entre comprimento
do curso de água pelo desnível, obtendo o valor em minutos. No entanto apura-se a
intensidade pluviométrica, onde o tempo de concentração da fórmula de Kirpich para
microdrenagem pode-se considerar inicialmente o valor de 10,00 minutos:
O tempo de recorrência é o período de tempo médio em que um determinado
evento hidrológico é igualado ou superado pelo menos uma vez. O tempo de
recorrência adotado para os cálculos das descargas são descritos abaixo conforme
estudos hidrológicos. TR = 5 anos, para a drenagem superficial;
O desenvolvimento da curva IDF da região pode ser observado no Gráfico 1.

Gráfico 1: Curva IDF de 5 anos para Foz do Iguaçu - PR

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Em Foz do Iguaçu, o verão é longo, quente e abafado; o inverno é curto e


ameno. Durante o ano inteiro, o tempo é com precipitação e de céu parcialmente
encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 12 °C a 32 °C e
raramente é inferior a 4 °C ou superior a 36 °C.

5. CÁLCULO DA INTENSIDADE DE CHUVAS

Para determinação da intensidade de chuvas aplica-se a equação da curva IDF,


que utiliza os parâmetros de ajuste local K, a, b e c obtidos através do software Plúvio,
com a localização de Foz do Iguaçu, da seguinte maneira:
𝐾 ∗ 𝑇𝑟
𝑖=
(𝑡𝑐 + 𝑏)
Sendo:
K = 2853,479;
a = 0,125;
b = 25,674;
c = 0,925;
i = intensidade pluviométrica (mm/h);
Tr = período de retorno (Anos) e
tc = tempo de concentração (min).

Considerando a área de abrangência, pode-se considerar o período de retorno


(Tr) para presente microdrenagem, o respectivo de 5 anos.
Para a determinação do tempo de concentração utilizou-se a equação de
Kirpich, descrita e recomendada no manual do DNIT/IPR-7151, que é:

,
𝐿
𝑇𝑐 = 57 ∗
𝐻
Sendo:
Tc = tempo de concentração, em minutos;

1
BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). Diretoria de Planejamento e
Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de
Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem - 2 Ed. Rio de Janeiro. 133 p (IPR. Publ., 715).

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L = Comprimento do curso d’água, em km;


H = desnível entre o ponto mais remoto da bacia e o exutório, em m.

Considerando, Tc = 10 minutos e Tr = 5 anos, calculamos:

(i) Para inicio do projeto temos:


2853,479 ∗ 5 ,
𝑖= = 127,89 𝑚𝑚/ℎ
(10 + 25,674) ,

6. CÁLCULO DA VAZÃO PELO MÉTODO RACIONAL

De acordo com o DNIT (2005)2 o Método Racional consiste no cálculo da


descarga máxima de uma enchente com a área da bacia e a intensidade da chuva
através de uma expressão matemática. Nesse método admite-se que a precipitação
sobre a área da bacia é constante e uniformemente distribuída sobre a superfície da
mesma. Podendo ser definida através da expressão a seguir:

𝐶∗𝑖∗𝐴
𝑄=
360
Onde:
Q = descarga máxima, em m³/s;
C = coeficiente de deflúvio;
I = intensidade da chuva definida, em mm/h; e
A = área da bacia hidrográfica, em ha

O método racional tem sido usado preferencialmente para bacias pequenas,


contudo pode ser utilizado para bacias maiores, como é comum em outros países
principalmente para projetos rodoviários. Contudo nesse caso é necessário fazer as
precipitações através de fator de redução para a área, uma vez que a distribuição
superficial da bacia não é uniforme e por isso é normalmente denominado como fator
de distribuição (DNIT, 2005)³.

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Idem 1.

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6.1. Coeficiente de Escoamento Superficial

O coeficiente de escoamento superficial está relacionado à quantidade de água


que percorre a superfície de um terreno sem ser absorvida, sendo então direcionada às
tubulações de drenagem. O coeficiente de escoamento vem por ser um dado estimado,
conforme padronizações.

Tabela 3: Coeficiente de Escoamento Superficial/ Run-off IPR 715 DNIT (Referência)

DESCRIÇÃO DAS ÁREAS DAS BACIAS COEFICIENTE DE DEFLÚVIO


TRIBUTÁRIAS "C"
COMÉRCIO MÍNIMO MÁXIMO
Áreas Centrais 0,70 0,95
Áreas de Periferia do centro 0,50 0,70
RESIDENCIAL
Áreas de uma única família 0,30 0,50
Multi-unidades, isoladas 0,40 0,60
Multi-unidades, ligadas 0,60 0,75
Residencial (suburbana) 0,25 0,40
Área de apartamentos 0,50 0,70
INDUSTRIAL
Áreas leves 0,50 0,80
Áreas densas 0,60 0,90
Parques, cemitérios 0,10 0,25
Playgrounds 0,20 0,35
Pátio e espaços de serviços de estrada de ferro 0,20 0,40
Terrenos baldios 0,10 0,30

Como área residencial planejada, e com planejamento urbanístico e


considerando como uma área atual de grande presença de regiões permeáveis, optou-
se pelo uso do escoamento médiano da tabela 3, dentro da classificação pertinente á
região, com o valor de 0,60 de coeficiente de escoamento, estando entre os valores
para a classe de residencial de multi-unidades, ligadas.

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6.2. Velocidade Máxima Limite

A velocidade máxima admissível será determinada em função do material a ser


empregado na rede. Para tubo de concreto, a velocidade máxima admissível será de
5,0 m/s e a mínima de 0,75 m/s. Nos casos onde a declividade do terreno for muito
grande, pode-se admitir velocidades de até 7,0 m/s, desde que sejam verificadas as
alturas de carga nos poços de queda (Manual de drenagem - SUDERHSA, 2002). As
velocidades médias de projeto podem ser observados conforme Anexo 1.

7. DADOS HIDROLÓGICOS

Em apoio aos Estudos Hidrológicos foram também utilizados os dados


hidrográficos do município (PMFI – Mapa Foz 06-01-2021), constatando a situação
hidrográfica de intervenção ao projeto de drenagem presente, constando que a
presente galeria esta inserida especificamente lindeiro à bacia A12 – Rio California *
afluentes, estando este, especificamente um afluente do rio Paraná, e pertencente a
bacia macro do rio Paraná.
Considerando que o sentido de fluxo de água, geralmente acompanha a
superfície topográfica, relacionou a inferência de forma natural o sentido N►S, em
rampa que tem por sua foz o rio Paraná, e nas áreas parceladas pertencente á
matricula de área de loteamento das área de projeto de subdivisão de lotes não foi
observada existência de córregos ou nascentes, preservadas as áreas de preservação
permanente.
Em definição a locação da bacia hidrográfica referencia-se nas figuras seguintes
5, 6 e 7.

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Figura 5 – Bacia inserida do rio Paraná - Foz do Iguaçu – PR

Fonte – Próprio autor, Estudo hidrológico, 2022

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Figura 6 – Bacia inserida A12 rio Califórnia e afluentes - Foz do Iguaçu – PR

Fonte – Próprio autor, Estudo hidrológico, 2022

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Figura 7: Mapa das Bacias do município – Foz do Iguaçu - PR

ÁG. VERDE

Fonte – PMFI – Mapa Foz 06-01-2021

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8. ESPECIFICAÇÕES DO COMPORTAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE


DRENAGEM

Figura 6 – Locação da galeria

Fonte – Próprio autor / Ferramenta @Autodesk Civil 3D, 2022

MATERIAIS: O seguinte projeto é referenciado no item 3, contendo os detalhes


construtivos pertinentes, anunciando o regular uso no contexto de vedação, com
blocos de concreto estrutural (alvenaria estrutural), onde não anunciado,
empregando-se enchimento de concreto fck>15mpa ou o anunciado, onde também
referenciado, empregando a armadura pertinente.

BSTC: Tubos de concreto armado, metragem linear da tubulação é de 7121,05 metros,


com DN (diâmetro nominal) 400, 600, 800 e 1000 milímetros.

BOCA DE LOBO: O dispositivo do projeto responsável pela captação da águas


pluviais das vias, o dispositivo adotado é de guia chapéu, nomeado como boca de
lobo simples, no manual de “álbum de projetos - dnit”; assim deve atender as mínimas
recomendáveis do projeto referenciado do item 3, como, depressão, abertura da boca
de lobo, material construtivo, e tampa removível.

POÇOS DE VISITA: Objetivam o acesso e inspeção às canalizações, de modo a


mantê-las em bom estado de funcionamento. A locação dessas instalações considera o
uso também para mudanças de direção, conexão dos coletores, mudanças de
declividade e diâmetros, no projeto faram à condução com galerias de eixo às vias,
locadas em recomendação à 1/3 (“um terço”) da largura da via e ou esquinas,
atendendo à recomendação de 120 m à 180 m como parâmetros máximos
recomendados de equidistâncias.

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POÇOS DE QUEDA: A fim de evitar velocidades excessivas nas galerias, onde a


declividade do terreno é muito alta, devem ser previstos poços de queda, os mesmos
possuem reforços com previstos em detalhe construtivo, são considerados comumente
quando a diferença de nível entre o tubo afluente e o efluente for superior a 0,70 m,
assim também com os poços de visita, podem ser aproveitados como caixas de
recepção das águas das bocas-de-lobo, suportando no máximo quatro junções. Para
maior número de ligações ou quando duas conexões tiverem que ser feitas numa
mesma parede, deve-se adotar uma caixa de coleta não visitável para receber estas
conexões (caixa de ligação).

CAIXA DE LIGAÇÃO E PASSAGEM: A locação dessas instalações considera o uso


para mudanças de direção, conexão dos coletores, mudanças de declividade e
diâmetros, esta caixa de passagem não tem visita, ou equidistância máxima como poço
de visitas.

SARJETAS: É considerada a altura da sarjeta com 15 cm, onde o distanciamento


recomendado de bocas de lobo com até 60 metros, contempla o uso sem apreciação
de cálculo, conforme a lei complementar n° 285 de 2018; onde as exceções superiores
podem ser dimensionadas a sua capacidade da sarjeta pela equação de manning:

Onde: A é a área de drenagem; R é o raio hidráulico; S é a declividade do fundo e n, o


coeficiente de rugosidade. Para via pública, o coeficiente usado foi de 0,015. Este
convencionado adequado para o material do pavimento.

DISSIPADOR DE ENERGIA: O dissipador de energia é um dispositivo que visa


promover a dissipação de energia de fluxos d’água escoados através de canalizações,
de modo a reduzir os riscos dos efeitos de erosão nos próprios dispositivos ou nas

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áreas adjacentes (DERPR, 2005). A dissipação de energia visa a diminuição da


velocidade do escoamento nas estruturas hidráulicas e nas saídas de galerias de
águas pluviais, principalmente nas situações de chuvas intensas e enchentes, para que
seja minimizada a ocorrência de desgaste ou erosão dos canais. Em relação à
descidas d’água em degraus, denominadas também como escadas hidráulicas, são
estruturas que dissipam a energia através do impacto do jato de água com a estrutura
e, eventualmente, através da formação do ressalto hidráulico em cada degrau, quando
o espaçamento entre cada desnível possibilita sua ocorrência; já o dissipador de com
enroncamento de rachão é um dispositivo amortecedor formados por estrutura
executada em pedra, destinado à proteção de taludes e canais, contra efeitos erosivos
ou solapamentos, causados pelos fluxos d'água.

CLASSE ESTRUTURAL: De acordo com NBR 8890/07 (referente aos ensaios com
tubos de concreto); é calculado a padronização para este projeto de acordo com a
Tabela 2, referente às profundidades admissíveis para a classe proposta; a classe
estrutural dos tubos circulares de concreto, foi padronizada para PA1 e PA2, sendo
descriminado no ANEXO 1 - Planilha de Calculo de galerias Circulares Pluviais; com
base, visando o atendimento ao detalhe e sendo conferida no software livre - Tubos
Classe 2.4 – da ABTC (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto).

Tabela 2: Profundidades admissíveis para a classe proposta

Ø Profundidade tubos Ø Profundidade tubos


(m) classe PA1 (m) (m) classe PA2 (m)
0,40 1,00 0,40 0,85
0,60 1,30 0,60 1,05
0,80 1,60 0,80 1,30
1,00 1,90 1,00 1,55
1,20 2,20 1,20 1,80
1,50 2,65 1,50 2,15
2,00 3,40 2,00 2,75
Profundidade tubos classe PA1: Veículo - Tipo 30kN Profundidade tubos classe PA2: Veículo - Tipo 30kN

9. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E NORMATIVAS

NORMAS TÉCNICAS ADOTADAS E RECOMENDADAS:

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O projeto foi elaborado de acordo com as regulamentações e normas da prefeitura


as seguintes normas técnicas da ABNT:

NBR 9.793 - Tubo de concreto simples de seção circular para águas pluviais;

NBR 9.794 - Tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais;

NBR 12.266 - Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de

água, esgoto ou drenagem urbana;

NBR 8890/07 - Tubo de concreto de seção circular para água pluvial e esgoto
sanitário - Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 8890 NORMA BRASILEIRA. Tubo de concreto de seção circular para
águas pluviais e esgotos sanitários Requisitos e métodos de ensaios

 OUTRAS NORMAS TÉCNICAS REFERENCIADAS

NBR 10844: 89 – Instalação Predial de Águas Pluviais

NBR 15527:2019 - Água de Chuva – Aproveitamento de coberturas em áreas


urbanas para fins não potáveis

 DECRETOS E LEIS

DECRETO nº 27221/2019 do Município de Foz do Iguaçu

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 PREMISSAS E DEMAIS ORIENTAÇÕES

LANÇAMENTO:

A rede foi projetada, tendo a suas águas direcionadas para caixa de


contenção/retenção e dissipador projetado.

MATERIAIS:

Os materiais empregados deverão ser de boa qualidade e seguir os padrões


estabelecidos nas normas técnicas da ABNT, NBR 9.793 e 9.794.

GENERALIDADES:

Todos os equipamentos (Boca de lobo, poços de visita, etc), necessários a execução


da rede de águas pluviais, serão conforme padrão da P.M.F.I (Prefeitura Municipal
de Foz do Iguaçu), cabendo ao munícipio a fiscalização pertinente.

EXECUÇÃO:

Quando da execução, a empresa responsável pelos serviços, utilizará mão de obra e


equipamentos próprios, obedecendo na execução das valas e assentamento das
tubulações as normas técnicas da ABNT, NBR 12.266, com o devido
acompanhamento da fiscalização dos serviços de assentamento da tubulação.

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