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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ANTONIA DOLORES MOREIRA

CRISTIANE LEAL

FRAN HELEN MORAES

LUCIANE REBOUÇA

RONALDO DA SILVA

FARMACOS ANTI-HIPERTENSIVO

RIO BRANCO – ACRE

2022
ANTONIA DOLORES MOREIRA

CRISTIANE LEAL

FRAN HELEN MORAES

LUCIANE REBOUÇA

RONALDO DA SILVA

Trabalho apresentado ao Curso


de Enfermagem, da Universidade
Paulista – UNIP/AC, para
obtenção parcial de nota na
disciplina de farmacologia.

Docente: Prof°. Esp. Luan Ramon Vieira Rodrigues

RIO BRANCO – ACRE

2022
Sumario

1. FARMACOS ANTI-HIPERTENSIVO........................................................................4

2.MECANISMO DE CONTROLE DA PRESSAO ARTERIAL......................................4

3.ESTRATEGIA DE TRATAMENTO............................................................................5

4. FARMACOS ANTI-HIPERTENSIVO........................................................................6

5. PRINCIPAIS FARMACOS UTILIZADOS..................................................................7


1- Fármacos Anti-Hipertensivos

Os Anti-hipertensivos são uma classe de fármacos utilizados no tratamento da


hipertensão. A atuação dos medicamentos na pressão arterial ocorre por seus
efeitos sob a resistência periférica e/ou débito cardíaco.

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão arterial elevada, é


uma condição médica de longo prazo em que a pressão nas artérias é
persistentemente elevada. A pressão arterial elevada geralmente não causa
sintomas, mas, a longo prazo, torna-se um importante fator de risco para: doença
arterial coronariana, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença
vascular periférica, perda de visão e doença renal crônica.

A hipertensão pode ser classificada como primária (essencial) ou secundária.


Cerca de 90%-95% dos casos são primários, definidos como hipertensão devido ao
estilo de vida e a fatores genéticos. Os hábitos de vida que aumentam o risco
incluem consumo desmedido de sal, excesso de peso corporal, tabagismo e álcool.
Já a hipertensão secundária é definida como pressão arterial elevada diretamente
relacionada a uma causa identificável, como doença renal crônica, estreitamento das
artérias renais, doença endócrina ou uso de pílulas anticoncepcionais.

2- Mecanismos de controle da pressão arterial

A regulação endógena da pressão arterial ainda não é completamente


compreendida, mas alguns mecanismos foram bem-caracterizados.

• Reflexo barorreceptor: os barorreceptores nas zonas receptoras de alta


pressão detectam alterações na pressão arterial, enviando sinais, em última análise,
para a medula do tronco cerebral, mais especificamente para a medula rosilar
ventrolateral (RVLM). Os barorreceptores arteriais mais importantes estão
localizados nos seios carotídeos esquerdo e direito e no arco aórtico.

• Sistema renina-angiotensina (RAS): esse sistema é geralmente conhecido


por seu ajuste de longo prazo da pressão arterial, permitindo que o rim a adapte à
volemia, ativando um vasoconstritor endógeno conhecido como angiotensina II.

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• Liberação de aldosterona: esse hormônio esteroide é liberado do córtex
adrenal em resposta à angiotensina II ou a níveis elevados de potássio sérico. A
aldosterona estimula a retenção de sódio e a excreção de potássio pelos rins. Uma
vez que o sódio é o principal íon que determina a quantidade de líquido nos vasos
sanguíneos por osmose, a aldosterona aumentará a retenção de líquidos e,
indiretamente, a pressão arterial.

• Barorreceptores em zonas receptoras de baixa pressão (principalmente


nas veias cava e nas veias pulmonares e nos átrios): resultam em uma
regulação por feedback e promovem a secreção de hormônio antidiurético
(ADH/vasopressina), renina e aldosterona. O aumento resultante no volume
sanguíneo ocasiona um aumento do débito cardíaco pela Lei Frank-Starling,
aumentando a pressão arterial.

3- Estratégias de tratamento

O objetivo do tratamento para hipertensão é reduzir a morbidade


cardiovascular e renal e a mortalidade. A relação entre pressão arterial e risco
cardiovascular é muito evidente. As recomendações atuais são de iniciar o
tratamento com um diurético, a menos que haja razão que determine o emprego de
outra classe de fármaco. Caso a pressão arterial não seja controlada
adequadamente, deve-se acrescentar um segundo fármaco, selecionado de acordo
com os mínimos efeitos adversos possíveis. Um vasodilatador pode ser
acrescentado como um terceiro fármaco para aqueles usuários que continuam sem
alcançar uma pressão arterial adequada.

A falta de adesão do paciente é a causa mais comum de falha no tratamento


da hipertensão. O paciente geralmente é assintomático e o diagnóstico se dá por
triagem de rotina, antes da lesão de um órgão-alvo. Dessa forma, o objetivo do
tratamento é prevenir complicações da doença, e não aliviar sintomas. Porém, os
efeitos adversos podem influenciar a decisão do paciente de se tratar ou não; por
exemplo, os betabloqueadores podem inibir a libido e ocasionar disfunção erétil.

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4- Fármacos anti-hipertensivos

Os fármacos anti-hipertensivos são uma classe de medicamentos variados


utilizados para tratar a hipertensão por diferentes meios. Entre os fármacos mais
importantes e mais amplamente usados estão os diuréticos tiazídicos, os
bloqueadores dos canais de cálcio, os inibidores da ECA, os antagonistas dos
receptores da angiotensina II e os betabloqueadores.

• Hidroclorotiazida: Mecanismo de ação: são diuréticos tiazídicos que agem no


túbulo contorcido distal dos néfrons.

• Betabloqueadores: inclui os fármacos propranolol, atenolol, metoprolol e


nebivolol. Os betabloqueadores são mais eficazes na população branca que na
negra, sendo também mais eficazes em pacientes jovens que em idosos.

• Inibidores da ECA: essa classe inclui os fármacos captopril, enalapril, lisinopril,


ramipril. Mecanismo de ação: inibição da enzima conversora da angiotensina, o que
promove a diminuição do vasoconstritor angiotensina

• Bloqueadores de receptor de angiotensina II: essa classe terapêutica inclui a


losartana, valsartana, a olmeosartana, a candesartana, entre outras.

• Bloqueadores de canais de cálcio: essa classe de medicamentos inclui o


dialtiazem, o verapamil, o nifedipino, o anlodipino e o felodipino.

• Bloqueadores alfa-adrenérgicos: prazosina, doxazosina e terazosina.

• Adrenérgicos de ação central: clonidina e metildopa:

• Vasodilatadores: são exemplos dessa classe os fármacos hidralazina e Minoxidil.


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5- Principais Fármacos Utilizados

 Propranolol: é um betabloqueador indicado para: Controle de hipertensão


(pressão alta). Controle de angina pectoris (sensação de pressão e dor no
peito). Controle das arritmias cardíacas (alterações no ritmo dos batimentos
cardíacos). Prevenção da enxaqueca (dor de cabeça forte).
 Forma farmacêutica: Comprimido 40 mg: embalagem contendo 30 ou 40
comprimidos.
 Via de administração: via oral.
 Características farmacológicas: O Propranolol é um antagonista beta-
adrenérgico competitivo. É um antagonista b-adrenérgico não seletivo,
possuindo igual afinidade pelos receptores b1 (localizados
predominantemente no coração) e receptores b2 (localizados nas
arteríolas e diversos órgãos).
 Mecanismo de ação: diminuição inicial do débito cardíaco, redução da
secreção de renina, com a readaptação dos barorreceptores,
vasodilatação e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas.
 Efeitos adversos: Reação comum. Geral: fadiga e/ou lassitude
(frequentemente transitória). Cardiovascular: bradicardia, extremidades
frias, fenômeno de Raynaud. Sistema Nervoso Central: distúrbios do sono
e pesadelos. Reação incomum. Gastrointestinal: distúrbios
gastrointestinais, assim como náuseas, vômito e diarreias.
 Hidralazina: é um fármaco anti-hipertensivo e vasodilatador que é utilizado no
tratamento de hipertensão. Também é comumente utilizado como adjuvante
no tratamento da Insuficiência Cardíaca Congestiva, quando associado ao
uso de betabloqueadores e diuréticos.
 Formas farmacêuticas: Comprimido oral – 25 mg ou 50 mg; Injetável – 20
mg/1 ml.
 Via de administração: via oral; via endovenosa.
 Características farmacológicas: A absorção da Hidralazina por via oral é
rápida. O fármaco circula quase completamente em sua forma conjugada
como Hidrazona do Ácido Pirúvico. O pico das concentrações ocorre em

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cerca de uma hora. A hidralazina via oral sofre efeito de primeira
passagem dose-dependente e isto vai depender da capacidade do
indivíduo de acetilar a substância. A meia-vida dura em geral cerca de 2 a
3 horas e é excretada principalmente por via renal quase completamente
em até 24 horas, na forma de metabólitos acetilados e hidroxilados. A
idade avançada não afeta a concentração e a depuração da substância,
porém pacientes com função renal diminuída pode ter uma meia-vida do
fármaco prolongada, podendo ser calculado pelo clearance de creatinina.
 Mecanismo de ação: A hidralazina atua através da vasodilatação periférica
realizando o relaxamento direto sobre a musculatura lisa vascular,
principalmente de arteríolas. O mecanismo celular ainda é desconhecido,
porém, tal relaxamento resulta na redução pressórica arterial,
predominantemente diastólica.
 Efeitos adversos: Dentre os efeitos adversos mais comum no início do
tratamento temos a palpitação, taquicardia, rubor, cefaléia, vertigens,
congestão nasal e alterações do trato gastrointestinal como diarréia,
náuseas e vômitos. Contudo pode-se observar que alguns paciente
podem apresentar hipotensão, artralgia, mialgia, edema articular e outras
alterações que são consideradas incomuns. Cerca de 5 a 10% dos casos
de efeitos adversos incluem Lúpus Induzido por Drogas (LID) sendo os
sintomas comuns a artralgia, mialgia, febre, erupção cutânea, pleurite e
leucopenia. Lesão renal é outro efeito adverso raro que pode ocorrer
principalmente por Vasculite Induzida por Droga (VID).

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REFERENCIA

Poton, André, Anti-hipertensivo. Jaleko, 2022. Disponível:


https://blog.jaleko.com.br/anti-hipertensivos-quais-sao-as-principais-classes/;
Acessado em: 16 de setembro de 2022.

Guerreiro, Juliano; Fármacos anti-hipertensivos, UNIP,2017. Disponível;


http://www.unipvirtual.com.br/material/2014/SU-P0036/unid_2.pdf. Acessado em: 16
de setembro de 2022.

Saturi, Rafaela, Reações adversas e efeitos colaterais do cloridrato de propranolol.


Consulta remédios, 2021. Disponível:https://consultaremedios.com.br/cloridrato-de-
propranolol/bula/reacoes-adversas; Acessado em: 19 de setembro de 2022.

Nunes, Nuno; Vasconcelo, Ana, Resumo de Hidralazina. Sanar, 2020. Disponível:


https://www.sanarmed.com/resumo-de-hidralazina-ligas; Acesso em: 19 de setembro
de 2022.

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