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Aula 23

Administração Geral e Gestão Estratégica p/ UFC (Administrador) C/ Videoaulas - Pós-Edital

Professor: Rodrigo Rennó

09585033461 - Francisco Helder Alves Praxedes Júnior


Rodrigo Rennó
Aula 23

Aula 23: Mecanismos de controle interno e externo

Olá pessoal, tudo bem?


Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico:
 Mecanismos de controle interno e externo.

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Sumário
Controle do Patrimônio Público e Prestação de Contas...................................................... 3
Controle quanto ao objeto ............................................................................................................ 4
Controle de Legalidade ..................................................................................................................................................... 4
Controle de Mérito ........................................................................................................................................................... 4
Controle de Gestão ........................................................................................................................................................... 4

Controle quanto ao momento ....................................................................................................... 5


Controle Preventivo.......................................................................................................................................................... 5
Controle Concomitante .................................................................................................................................................... 5
Controle Posterior ............................................................................................................................................................ 5

Controle quanto ao posicionamento do órgão controlador ........................................................... 5


Controle Interno ............................................................................................................................................................... 6
Controle Externo............................................................................................................................................................. 14
Prestação de Contas ....................................................................................................................................................... 20

Controle Administrativo .............................................................................................................. 22


Controle Legislativo..................................................................................................................... 23
Controle Judicial - Revisão jurisdicional dos atos administrativos ................................................ 25
Sistema de Freios e Contrapesos.................................................................................................................................... 26
Ministério Público ........................................................................................................................................................... 27

Controle Social – participação social ........................................................................................... 29


Ouvidorias....................................................................................................................................................................... 30
Resumo ........................................................................................................................... 34
Questões Comentadas ..................................................................................................... 41
Lista de Questões Trabalhadas na Aula ............................................................................ 62
Gabarito .......................................................................................................................... 73
Bibliografia ...................................................................................................................... 74

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CONTROLE DO PATRIMÔNIO PÚBLICO E PRESTAÇÃO DE CONTAS

O controle é um dos principais processos administrativos e serve para que um gestor possa avaliar
se a organização está ou não atingindo seus objetivos. Entretanto, na Administração Pública temos
uma preocupação ainda maior com o controle.
Isto ocorre porque, quando analisamos a gestão pública, estamos nos referindo à administração dos
recursos da sociedade como um todo.
Desta forma, o controle no setor público, segundo Mileski1, é:
“o controle é corolário do Estado Democrático de Direito, obstando o abuso de poder por parte da autoridade
administrativa, fazendo com que esta paute a sua atuação em defesa do interesse coletivo, mediante uma fiscalização
orientadora, corretiva e até punitiva.”

Este controle é exercido sobre o Poder Executivo, mas também sobre o Poder Legislativo e Judiciário
sempre que estes poderes executarem tarefas e atividades administrativas. Desta forma, o controle
atinge a toda a máquina pública.
Segundo a doutrina, “o poder-dever de controle é efetuado pelos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, e alcança toda a atividade administrativa e todos os agentes públicos que a
desempenham2”.
Assim sendo, o controle da gestão pública é condição necessária para que o Estado não deixe de
cumprir suas funções da forma como a Constituição determinou. E também deverão submeter-se
aos princípios constitucionais listados no artigo 37 da CF/88: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
“Quanto à tipologia dos controles incidentes sobre a Administração Pública, pode-se classificá-la
quanto ao objeto (controle de legalidade, controle de mérito e controle de gestão), quanto ao
momento em que se realiza (prévio, concomitante e subsequente ou a posteriori), quanto ao modo
de desencadear-se (controle de ofício e controle por provocação), quanto ao posicionamento do
órgão controlador (controle interno e controle externo)”.3

1
(Mileski) apud (Lima L. H., 2009)
2
(Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014)
3
(Zymler, 2009)

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CONTROLE QUANTO AO OBJETO

Controle de Legalidade

O controle de legalidade, também chamado por alguns autores de controle de legitimidade, pode
ser realizado pelo Poder Judiciário, pelo Poder Legislativo ou pela própria administração que
praticou o ato administrativo.
A partir desse controle, analisa se o ato administrativo está ou não em desacordo com o
ordenamento jurídico. Dessa forma, mediante o controle de legalidade há a confirmação da
validade de atos administrativos praticados, podendo anular aqueles que estiverem em
desconformidade com o ordenamento jurídico ou convalidar aqueles cujos defeitos sejam sanáveis.

Controle de Mérito

O controle de mérito visa a verificar a oportunidade e conveniência administrativas do ato


controlado. Trata-se, portanto, de atuação discricionária4.
A revogação do ato discricionário, que se tornou inconveniente, é o resultado do controle de mérito
realizado. Cabe ressaltar que o controle de mérito só pode ser feito pela própria Administração.
Dessa forma, o controle de mérito é realizado sobre um ato plenamente válido e em “atividade”,
mas que tenha se tornado inoportuno e inconveniente.
O Poder Judiciário, no exercício da sua função jurisdicional, não pode rever questões de conveniência
e oportunidade, mas poderá rever os casos em que os atos violem algum princípio administrativo ou
tenham vícios legais.

Controle de Gestão

O controle de gestão é aquele utilizado por uma organização com a finalidade de garantir que o
comportamento dos trabalhadores esteja alinhado com os seus objetivos e as suas estratégias.
Dessa forma, o comportamento dos funcionários é perfilado com o objetivo da organização,
buscando elevar a probabilidade de chegar aos propósitos organizacionais.

4
(Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014)

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CONTROLE QUANTO AO MOMENTO

Como já vimos antes, o controle pode ser classificado de acordo com o momento em que ocorre.
Logo, ele pode ser preventivo (ou a priori), concomitante ou posterior (a posteriori) aos atos
administrativos, a fim de evitar o desperdício e o mau uso de recursos e bens públicos.

Controle Preventivo

O controle preventivo ocorre antes que o ato tenha acontecido. Desta forma, o controle busca
assegurar que o ato seja válido, antes que ele ganhe eficácia. Quando um órgão exige uma avaliação
antes de liberar a venda de um imóvel, por exemplo, está exercendo este tipo de controle.

Controle Concomitante

Já o controle concomitante é efetuado ao mesmo tempo em que a atividade está sendo executada.
Desta forma, quando o Tribunal de Contas da União embarga uma obra pública por indícios de desvio
de verbas em sua administração está exercendo o controle concomitante.

Controle Posterior

Finalmente, o controle posterior busca analisar o ato ou atividade após ele ter ocorrido. Este é o
meio de controle mais utilizado no setor público quando serão apontados problemas, desvios ou
atestar a legalidade de uma atividade. Os objetivos, neste caso, seriam: corrigir, anular ou
simplesmente confirmar as atividades e os atos já executados.

CONTROLE QUANTO AO POSICIONAMENTO DO ÓRGÃO CONTROLADOR

Esse controle, também conhecido como controle quanto à extensão, pode ser dividido em:
controle interno e controle externo.

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Controle Interno

O controle interno ocorre quando é feito pela própria instituição.


A Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal determina que “a Administração pode anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos;
ou revogá-los, por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Pessoal, a Súmula transcrita no parágrafo anterior nada mais é do que um poder-dever da
Administração que a usa para realizar o controle interno, pois se admite, a partir desse controle,
que revogue atos considerados inconvenientes ou anule aqueles que estejam em situação de
ilegalidade. Para isto, admitem-se a fiscalização hierárquica, as auditorias, as supervisões, os
pareceres, dentre outros meios.
A própria instituição exerce o controle sobre seus atos. Este controle é fundamental para que possa
ocorrer uma boa gestão. No setor público, a instalação de um sistema de controle interno é
determinada pelo artigo n° 74 da Constituição Federal:
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.”

No caso da União, por exemplo, o controle interno é efetuado pela Controladoria - Geral da União
e por órgãos de controle interno instalados nos diversos órgãos públicos.
O controle interno é mais amplo, pois vai além do controle da legalidade, controlando também o
mérito. Além disso, tem o caráter de ser mais preventivo5. Não esqueçam de que o controle interno
resulta do poder de autotutela do Poder Público.
Segundo Lima6, “os controles internos administrativos consistem em um conjunto de atividades,
planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados, estabelecidos com vistas a assegurar que os

5
(Paludo, 2010)
6
(Lima L. H., 2009)

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objetivos das unidades e entidades da administração pública sejam alcançados, de forma confiável
e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos serviços fixados
pelo Poder Público”.

(CESPE – TJ-SE – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS– ADAPTADA) Controle


interno consiste no controle exercido pela administração direta sobre os atos praticados por
seus órgãos e pelas entidades da administração indireta.
Comentários
Vimos que a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornem ilegais; ou revogá-los, por motivos de conveniência ou oportunidade. A isso, denomina-
se de controle interno. O controle finalístico é o realizado sobre os atos praticados pelas
entidades da administração indireta.
Gabarito: errada

O controle interno, denominado como o poder-dever de fiscalização e correção, é, portanto, aquele


realizado por órgãos aos quais é conferido, com a finalidade de garantir a conformidade de atuação
com os princípios impostos pelo ordenamento jurídico.

Vejamos abaixo um quadro com os principais princípios norteadores do controle interno, segundo
Lima7:

7
(Lima L. H., 2009)

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Segregação das Funções;

Autorização Hierárquica;

Princípio da Supervisão;

Princípio do acesso limitado e autorizado ao ativo;

Análise do custo-benefício;

Controle sobre as transações;

Correção dos desvios identificados.

Figura 1. Princípios do controle interno

Esse controle pode ser executado por autoridade superior àquela que praticou o ato ou não. Como
assim, professor? Bom, já ouviram falar no recurso hierárquico próprio? Esse recurso dirige-se à
autoridade ou instância superior do mesmo órgão administrativo no qual o ato foi exercido.
Resumindo, o poder-dever exercido para garantir a conformidade de atuação com os princípios
impostos pelo ordenamento jurídico não impõe que apenas autoridade superior hierarquicamente
o exerça, ok?
O recurso administrativo, portanto, pode ser um meio de realizar o controle interno, por permitir
que a própria administração revise seus atos, com a finalidade de alcançar o interesse público e
permitir a observância do princípio da legalidade.
A Lei 10.180, de 06 de fevereiro de 2001, entre outras atribuições, organiza e disciplina o sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal. Pode-se tirar do artigo 21 desta Lei que o Sistema de
Controle Interno compreende atividades de avaliação:
 Do cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual;
 Da execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
 Da gestão dos administradores públicos federais.

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Controladoria
Geral da União -
Órgão Central

Órgãos Setoriais Órgãos Setoriais


Órgãos Setoriais Órgãos Setoriais
(Min. Relações (Advocacia-geral
(Min. da Defesa) (Casa Civil)
Exteriores) da União)

Figura 2. Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal

O Decreto 5.683, de 2006, que trata sobre a estrutura regimental da Controladoria Geral da União,
órgão central do Sistema de Controle Interno, traz diversas competências da Secretaria Federal de
Controle Interno. Citarei, agora, algumas dessas competências:
 Coordenar as atividades integradas dos órgãos e das unidades do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal;
 Controlar operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União;
 Avaliar o desempenho e supervisionar a consolidação dos planos de trabalho das unidades
de auditoria interna das entidades da administração pública federal indireta;
 Avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no plano plurianual e na lei de diretrizes
orçamentárias;
 Avaliar a execução dos orçamentos da União;
 Fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo, inclusive ações descentralizadas
realizadas à conta de recursos oriundos dos orçamentos da União, quanto ao nível de
execução das metas e dos objetivos estabelecidos e à qualidade do gerenciamento;
Dessa forma, vocês conseguem ter uma ideia de que o Sistema de Controle Interno possui muito
mais competência do que as enumeradas no texto constitucional.
Por fim, o Decreto 3.591, de 2000, que também trata sobre o Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal, retrata, no seu artigo terceiro, as atividades compreendidas no âmbito desse
Sistema.
Quando os órgãos do Sistema de Controle Interno avaliam o cumprimento das metas do Plano
Plurianual, ele estará tentando comprovar a conformidade da sua execução.
Agora, se o Sistema de Controle Interno estiver avaliando a execução dos programas de governo, ele
buscará comprovar o nível de execução das metas, o alcance dos objetivos e a adequação do
gerenciamento.
Já a avaliação da execução dos orçamentos da União é uma atividade do Controle Interno que busca
comprovar a conformidade da execução com os limites e destinações estabelecidos na legislação
pertinente.

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Seguindo o raciocínio, o Decreto ainda dispõe que a avaliação da gestão dos administradores
públicos federais tem a finalidade de comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e de examinar
os resultados quanto à economicidade, à eficiência e à eficácia da gestão orçamentária, financeira,
patrimonial, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais.
Finalmente, a ação de controlar as operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União
busca aferir a sua consistência e a adequação dos controles internos.
Prestem atenção em uma coisa: quando a legislação impõe o apoio ao Controle Externo por parte
do Controle Interno, ela quer garantir que este forneça informações e resultados de suas ações a
aquele.

Breve histórico do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (Antiga CGU)

O controle interno do Poder Executivo brasileiro é uma atribuição do Ministério da Transparência,


Fiscalização e Controle (antiga CGU), através da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) – órgão
central do sistema de controle interno.
Esse tipo de controle evoluiu bastante no Brasil nos últimos vinte anos. Sua origem se deu com o
Decreto-Lei 200/67, que instituiu a criação das Cisets (secretarias de controle interno dos
ministérios)8.
Estes primeiros órgãos, porém, não tinham capacidade de avaliar a efetividade dos programas e
políticas públicas. Deste modo, acabavam se concentrando somente no controle dos procedimentos
e normas legais. Sua cultura e foco eram extremamente formalistas.
Além disso, as Cisets estavam subordinadas aos próprios ministros que deveriam controlar. Assim,
estes órgãos não tinham uma maior autonomia institucional para poder avaliar com isenção o
trabalho e os resultados dos ministérios.
Na década de 90, ao passo de outras reformas institucionais e legais, foi identificada a necessidade
de um novo tipo de controle interno – mais focado no desempenho dos órgãos em executar os
programas e políticas públicas, e não somente no controle dos procedimentos legais.
Além disso, outros fatores acabaram por evidenciar as falhas do controle interno naquela época. De
acordo com Olivieri9,
“Entre 1992 e 1993 dois fatores político-institucionais contribuíram para a criação da SFC ao produzirem o diagnóstico de
que o modelo das Cisets não funcionava e precisava ser alterado. Uma auditoria do TCU sobre o sistema de controle interno,
em 1992, apontou a baixa eficiência e eficácia dos controles, e em 1993/1994 a CPMI do Orçamento, decorrente do
escândalo dos “anões do orçamento”, apontou falhas graves no sistema de controle interno do Poder Executivo...”

8
(Olivieri, 2010)
9
(Olivieri, 2010)

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Com isso, foi criada em 1994 a Secretaria Federal de Controle Interno (SFC). O objetivo principal foi
o de criar as condições para que o controle interno passasse a controlar e monitorar o desempenho
das políticas públicas e dos órgãos federais na aplicação dos recursos públicos.
Naquele primeiro momento, a SFC estava subordinada ao Ministério da Fazenda. Em 2002, ocorreu
a criação da Controladoria-Geral da União (CGU). A SFC passou a estar ligada então à CGU, sendo
um de seus principais “braços”.
Inicialmente esta última chamava-se Corregedoria-Geral da União. Em 2003, seu nome passou a ser
Controladoria-Geral da União. De certa forma, a mudança do nome (apesar da sigla ter continuado
a mesma) aponta a ampliação do raio de atuação da CGU.
Finalmente, em 2016 o governo Temer, em sua primeira reforma ministerial, criou o Ministério da
Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC). Assim, o órgão deixou de estar ligado diretamente à
Presidência da República e passou a ser um ministério.
A atuação do MTFC integra as ações de prevenção e combate à corrupção, auditoria pública,
corregedoria, atividades de ouvidoria e incremento da transparência na gestão.
Atualmente, o MTFC engloba quatro principais “áreas” de atuação, ou órgãos, que compõem o
sistema de integridade do governo federal, conforme o sítio eletrônico da instituição:
 Secretaria Federal de Controle Interno – exerce as atividades de órgão central do sistema de
controle interno do Poder Executivo Federal. Nesta condição, fiscaliza e avalia a execução de
programas de governo, inclusive ações descentralizadas a entes públicos e privados realizadas
com recursos oriundos dos orçamentos da União; realiza auditorias e avalia os resultados da
gestão dos administradores públicos federais; apura denúncias e representações; exerce o
controle das operações de crédito; e, também, executa atividades de apoio ao controle
externo;
 Corregedoria-Geral da União – atua no combate à impunidade na Administração Pública
Federal, promovendo, coordenando e acompanhando a execução de ações disciplinares que
visem à apuração de responsabilidade administrativa de servidores públicos. Atua também
capacitando servidores para composição de comissões disciplinares; realizando seminários
com o objetivo de discutir e disseminar as melhores práticas relativas do exercício do Direito
Disciplinar; e fortalecendo as unidades componentes do Sistema de Correição do Poder
Executivo Federal (SisCOR), exercendo as atividades de órgão central deste sistema.;
 Ouvidoria-Geral da União – exerce a supervisão técnica das unidades de ouvidoria do Poder
Executivo Federal. Com esse propósito orienta a atuação das unidades de ouvidoria dos
órgãos e entidades do Poder Executivo Federal; examina manifestações referentes à
prestação de serviços públicos; propõe a adoção de medidas para a correção e a prevenção
de falhas e omissões dos responsáveis pela inadequada prestação do serviço público; e
contribui com a disseminação das formas de participação popular no acompanhamento e
fiscalização da prestação dos serviços públicos;
 Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção – Atua na formulação, coordenação
e fomento a programas, ações e normas voltados à prevenção da corrupção na administração
pública e na sua relação com o setor privado. Entre suas principais atribuições, destacam-se
a promoção da transparência, do acesso à informação, do controle social, da conduta ética e

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da integridade nas instituições públicas e privadas. Promove também a cooperação com


órgãos, entidades e organismos nacionais e internacionais que atuam no campo da prevenção
da corrupção, além de fomentar a realização de estudos e pesquisas visando à produção e à
disseminação do conhecimento em suas áreas de atuação.
Assim, o MTFC possibilita um instrumento de monitoramento da máquina pública ao Presidente da
República e seus ministros, de modo que possa avaliar se os atos de gestão estão sendo executados
de acordo com suas diretrizes e se os resultados das ações governamentais estão sendo satisfatórios.
Portanto, o MTFC possibilita ao chefe do Poder Executivo uma melhor avaliação do alinhamento da
burocracia aos projetos do governo e se as políticas públicas estão atingindo os resultados
desejados10.
Além disso, o MTFC não deixa de ser um instrumento de accountability do Estado. Ou seja, facilita e
possibilita mais uma camada de controle da atuação do Estado e fornece instrumentos para a
prestação de contas dos agentes públicos e de responsabilização destes.
Entretanto, o MTFC não tem o poder para impor suas recomendações aos órgãos fiscalizados. O que
ela pode e deve fazer é sugerir alterações, além de relatar os problemas encontrados.

Técnicas de Trabalho do Controle Interno

O artigo 4o do Decreto 3591, de 2000, trata sobre as técnicas utilizadas no sistema de controle
interno do Poder Executivo Federal, conforme podemos observar abaixo:
“Art. 4o O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal utiliza como técnicas de trabalho,
para a consecução de suas finalidades, a auditoria e a fiscalização.
§1o A auditoria visa a avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados gerenciais, e a
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
§2o A fiscalização visa a comprovar se o objeto dos programas de governo corresponde às
especificações estabelecidas, atende às necessidades para as quais foi definido, guarda coerência
com as condições e características pretendidas e se os mecanismos de controle são eficientes.”

Instrumental de Trabalho do Controle Interno

O Controle Interno possui os seguintes instrumentais de trabalho:

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(Olivieri, 2010)

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Papéis de • documentos que embasam a atuação do profissional


de auditoria e fiscalização, proporcionada por
Trabalho terneiros ou preparada por ele.

• documentos que informam os apontamentos com


Notas alta relevância encontrados durante o trabalho de
auditoria.

Solicitações • tipo de documento que serve para solicitar algum


outro documento no decorrer do trabalho de coleta
de auditoria de informações.

• documentos que apresentam o resultado daquilo


Relatórios que fora examinado, sendo direcionadoao superior
competente.

Registro das • documento que registra os fatos mais relevantes


com o intuito de originar um banco de dados.
Constatações
• documento com o registro do auditor do Sistema de
Certificado Controle Interno sobre a regularidade e a exatidão
do que foi examinado em processo de contas.

• documento indispensável, nos casos de tomada e


Parecer prestação de contas, com a conclusão dos trabalhos,
que será remetido ao TCU.

Figura 3. Instrumental de trabalho

Pessoal, o controle interno tem um papel relevante em processos de contas e nas tomadas de contas
especiais, subsidiando o TCU com relatórios, certificados e pareceres dos órgãos de controle interno.
Vale lembrar apenas que se o controle interno aprovar determinadas contas, não necessariamente
o TCU irar concordar também. Normalmente, os julgamentos coincidem, mas os dois possuem
absoluta independência, ok?

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Segundo Lima11, “os pareceres do Controle Interno não têm o condão de vincular ou afastar a
competência exclusiva deste Tribunal (TCU), outorgada pela Constituição Federal (art. 70 e 71) e pela
Lei Orgânica no 8.443/1992, para julgar a regular aplicação dos recursos federais”.
Por último, o que devemos saber é a forma de como será apresentada a avaliação do controle
interno. A opinião se dará por meio dos seguintes instrumentos de trabalho:

 Relatório;
 Nota;
 Certificado;
 Parecer.

Controle Externo

Já o controle externo é efetuado por outra entidade, ou seja, existe o controle de um poder sobre
o outro. No caso do governo federal, o controle externo é realizado pelo Congresso Nacional, com
o devido auxílio do Tribunal de Contas da União.
Mas professor, o TCU é então subordinado ao Legislativo?
Não podemos entender assim, pois o TCU tem suas prerrogativas estipuladas na CF/88 e, portanto,
tem autonomia para exercer suas funções. O que podemos dizer, e o que vem sendo considerado
como correto nas provas de concurso, é que o TCU é um órgão auxiliar, mas não é subordinado ao
Legislativo. Desta forma, é um órgão independente.
O controle externo é uma ferramenta importante no “balanço de poder” entre os três poderes da
União, ou seja, da busca de um equilíbrio harmônico entre estes poderes.
Desta maneira, busca-se evitar que um poder da república fique “forte” demais perante os outros.
Assim, uma das maneiras de se fazer isso seria através do controle externo, em que um poder
“fiscalizaria” as ações dos outros.
Da mesma forma do controle interno, o controle externo é detalhado na Constituição Federal, em
seu artigo n° 71:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - Julgar as contas dos administradores
I - Apreciar as contas prestadas
e demais responsáveis por dinheiros,
anualmente pelo Presidente da
bens e valores públicos da
República, mediante parecer prévio que
administração direta e indireta, incluídas

11
(Lima L. H., 2009)

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deverá ser elaborado em sessenta dias a as fundações e sociedades instituídas e


contar de seu recebimento; mantidas pelo Poder Público federal, e as
contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a IV - Realizar, por iniciativa própria, da
legalidade dos atos de admissão de Câmara dos Deputados, do Senado
pessoal, a qualquer título, na Federal, de Comissão técnica ou de
administração direta e indireta, inquérito, inspeções e auditorias de
incluídas as fundações instituídas e natureza contábil, financeira,
mantidas pelo Poder Público, excetuadas orçamentária, operacional e
as nomeações para cargo de provimento patrimonial, nas unidades
em comissão, bem como a das administrativas dos Poderes Legislativo,
concessões de aposentadorias, reformas Executivo e Judiciário, e demais
e pensões, ressalvadas as melhorias entidades referidas no inciso II;
posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;
V - Fiscalizar as contas nacionais das VI - Fiscalizar a aplicação de quaisquer
empresas supranacionais de cujo capital recursos repassados pela União
social a União participe, de forma direta mediante convênio, acordo, ajuste ou
ou indireta, nos termos do tratado outros instrumentos congêneres, a
constitutivo; Estado, ao Distrito Federal ou a
Município;
VII - prestar as informações solicitadas VIII - aplicar aos responsáveis, em caso
pelo Congresso Nacional, por qualquer de ilegalidade de despesa ou
de suas Casas, ou por qualquer das irregularidade de contas, as sanções
respectivas Comissões, sobre a previstas em lei, que estabelecerá, entre
fiscalização contábil, financeira, outras cominações, multa proporcional
orçamentária, operacional e patrimonial ao dano causado ao erário;
e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas;
IX - Assinar prazo para que o órgão ou
entidade adote as providências X - Sustar, se não atendido, a execução
necessárias ao exato cumprimento da lei, do ato impugnado, comunicando a
se verificada ilegalidade; decisão à Câmara dos Deputados e ao
Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente


sobre irregularidades ou abusos
apurados.
§ 1º - No caso de contrato, o ato de
sustação será adotado diretamente

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pelo Congresso Nacional, que solicitará,


de imediato, ao Poder Executivo as
medidas cabíveis.
§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder
Executivo, no prazo de noventa dias, não
efetivar as medidas previstas no
parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a
respeito.
§ 3º - As decisões do Tribunal de que
resulte imputação de débito ou multa
terão eficácia de título executivo.
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao
Congresso Nacional, trimestral e
anualmente, relatório de suas
atividades. ”

Primeiramente, observem que os incisos II, VI e VIII demonstram que o TCU é responsável pela
fiscalização e controle da atuação de agentes que devem gerir os recursos públicos de forma que
torne viável as atividades públicas.
Para isso, isto é, para aplicar a responsabilização desses agentes públicos na administração do erário
público, o Tribunal de Contas deve fiscalizar e julgar as contas dos responsáveis pelos gastos. E,
ainda, caso haja ilegalidade ou irregularidade de contas, deve-se aplicar as sanções previstas em lei.
Em frente à omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação dos recursos
repassados pela União, da existência de desvio de erário público, a autoridade administrativa
competente deverá instaurar a Tomada de Contas Especial.
A Tomada de Contas Especial (TCE) nada mais é do que a apuração dos fatos, identificação dos
responsáveis e quantificação do dano pela autoridade competente, sob pena de responsabilidade
solidária, conforme artigo oitavo da Lei 8.443, de 1992.
Ao julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros e valores públicos, o
Tribunal informará que elas terão os seguintes status: regulares, regulares com ressalva ou
irregulares, conforme quadro abaixo:

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Regulares
• Quando houver exatidão das demonstrações contábeis;
• Quando os atos de gestão dos responsáveis forem considerados
legais, legítimos e econômicos.
Regulares com Ressalva
• Em casos de apresentarem qualquer falta ou impropriedade, mas
sem resultar em dano ao erário.
Irregulares
• Quando o responsável se omitir no dever de prestar contas;
• Quando detectados atos ilegais, ilegítimos, antieconômico;
• Quando o ato ilegítimo ou antieconômico resultar em dano ao
erário;
• Quado houver desfalque ou desvio de bens, valores ou dinheiro
público.

Figura 4. Resultado do julgamento das contas dos gestores

Ao responsabilizar o gestor público em casos de irregularidades, o TCU irá impor sanções aos
responsáveis, como aplicações de multas e dever de ressarcimento em casos de desfalques, desvios
ou qualquer outro débito apurado nas contas.
O TCU apurará a responsabilização do gestor público, civil e administrativamente. Já vimos, em nossa
aula, essas duas formas. Quando falamos da responsabilização prevista constitucionalmente, isto é,
aquelas relacionadas nos incisos II, VI e VIII do artigo 71 da CF/88, estamos considerando a
responsabilidade civil do gestor público.
Agora, quando nos referimos, há pouco, sobre os resultados dos julgamentos das contas dos
gestores em regulares, regulares com ressalva ou irregulares, estávamos falando da competência do
TCU em responsabilizar administrativamente o gestor público.
Pessoal, vale lembrar de que, ao responsabilizar o gestor civilmente ou administrativamente, o
gestor não escapará de ser responsabilizado na esfera penal ou de, simplesmente, receber sanções
disciplinares, ok?
Outro tipo de responsabilização que recai sobre aqueles que administram o erário público é a que
decorre da natureza objetiva ou subjetiva.
Na responsabilidade objetiva, haverá o dever de corrigir o dano ocorrido se e somente se os
seguintes elementos estiverem presentes:

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 Ação do agente: que poderá ser tanto omissiva, quanto comissiva;


 Ocorrência de dano;
 Nexo de causalidade entre a ação do agente e a ocorrência do dano.
Já na responsabilidade subjetiva, além dos requisitos apresentados acima, deve-se provar que o
agente agiu com culpa ou dolo.
O TCU também poderá imputar Responsabilidade a Terceiros, desde que comprove que houve
conluio entre o terceiro e o gestor público nos casos de dano ao erário decorrente de atos ilegítimos
ou nos casos de desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos.
Para que a responsabilidade seja imputada a terceiros, este deve ser contratante ou parte
interessada do ato, e deve concorrer para o cometimento do dano apurado, conforme dispõe
dispositivo da Lei n0 8.443, de 1992.
Bom, pessoal, depois de analisarmos a responsabilidade no âmbito do controle das contas públicas,
veremos agora outras formas de controle externo. De acordo com Paulo e Alexandrino12, podemos
citar como exemplos de:

Exemplos de Controle Externo:


• A sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do
Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
• A anulação de um ato do Poder Executivo por decisão judicial;
• O julgamento anual, pelo Congresso Nacional, das contas
prestadas pelo Presidente da República e a apreciação dos
relatórios, por ele apresentados, sobre a execução dos planos de
governo;
• A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União sobre
despesas realizadas pelo Poder Executivo federal.

O controle externo tem várias facetas. O Congresso Nacional exerce o controle externo nas
dimensões de fiscalização (para facilitar a memorização – COFOP): contábil, orçamentária,
financeira, operacional e patrimonial.
Em cima disto, a nossa CF/1988 tratou de impor o seguinte: “Art. 70. A fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração
direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e

12
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

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renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo
sistema de controle interno de cada Poder”.
O controle contábil busca assegurar que a movimentação e a aplicação dos recursos públicos estão
sendo feitas de acordo com os princípios contábeis e que todas as mutações econômicas e
financeiras foram contabilizadas de modo correto.
O controle financeiro se preocupa com os fluxos financeiros, ou seja, com a entrada e saída de
recursos dos caixas do Estado. Já o controle orçamentário busca assegurar que o orçamento esteja
sendo seguido de acordo com as leis aprovadas no Legislativo, controlando as receitas e despesas
previstas e realizadas.
A fiscalização operacional está relacionada à gestão da máquina pública, ou seja, entra nos
aspectos do mérito das decisões do gestor, e não somente da legalidade. Assim sendo, busca
assegurar os aspectos de eficiência, eficácia e efetividade da gestão pública.
Desta forma, os projetos e programas governamentais são analisados para se assegurar que as
decisões tomadas foram não só legais, mas1eficientes e eficazes. Como exemplo deste tipo de
controle, temos as análises de custo benefício dos programas governamentais onde os programas
são avaliados de acordo com o investimento efetuado e o impacto gerado na sociedade.
Por fim, temos o controle patrimonial, que se refere à gestão dos bens públicos. Aqui temos os bens
como conceito amplo, incluindo os bens de uso da população. Como exemplos de controle
patrimonial, temos as alienações: como privatizações de empresas e de imóveis públicos.
De acordo com Meirelles13, o controle externo:
“É o que se realiza por órgão estranho à Administração responsável pelo ato controlado e visa a comprovar a probidade da
Administração e a regularidade da guarda e do emprego de bens, valores e dinheiros públicos, bem como a fiel execução do
orçamento.

Para finalizar, vamos apenas citar mais algumas competências do TCU no exercício como órgão de
controle externo, de acordo com a Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992, que trata sobre a Lei
Orgânica do Tribunal de Contas da União.
Sabemos que cabe ao TCU apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio. Ao TCU também é dever emitir parecer prévio sobre as contas do Governo
de Território Federal, no prazo de sessenta dias, a contar de seu recebimento, na forma estabelecida
no seu Regimento Interno.
Quanto ao seu regulamento, o próprio TCU deve elaborar e alterar seu Regimento Interno, e
seguindo este ordenamento, deverá eleger seu Presidente e seu Vice-Presidente, além de dar-lhes
posse, posteriormente.
Os ministros, auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal gozarão de licença, férias
e outros afastamentos após serem concedidas pelo TCU. No caso de licença para tratamento de
saúde por um período superior a seis meses, deverá haver inspeção por junta médica, ok?

13
(Meirelles, 1997) apud (Lima L. H., 2009)

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O próprio TCU pode propor fixação de vencimentos ao Congresso Nacional de seus ministros,
auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, assim como a criação, transformação
e extinção de cargos, empregos e funções de quadro de pessoal de sua secretaria, bem como a
fixação da respectiva remuneração.
Por fim, quando uma autoridade competente formular consulta ao TCU sobre dúvidas quanto aos
dispositivos legais e regulamentares concernentes a matéria de sua competência, o Tribunal deverá
decidir sobre tal.
O TCU tem jurisdição própria e privativa sobre as pessoas e matérias sujeitas à sua competência
dentro do território brasileiro.

Prestação de Contas

5
Todas as pessoas que venham a utilizar, arrecadar, guardar, gerenciar ou administrar recursos
públicos devem prestar contas, isto é, devem mostrar que os recursos, que estão sob sua tutela,
estão sendo aplicados corretamente.
A finalidade dos processos de contas é a de possibilitar a verificação da regular aplicação dos
recursos, à luz dos princípios da legalidade, legitimidade e economicidade14.
Portanto, tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas devem prestar contas, independentemente de
serem públicas ou privadas. Ou seja, se uma empresa privada tiver algum contato com os recursos
públicos, deve prestar contas dos mesmos.
Veja como a Constituição Federal, de 1988, definiu este tema:
“Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária”

Desta forma, o que podemos entender do texto constitucional acima é que não importa quem esteja
do “outro lado”. Se tiver recurso público envolvido em uma situação, as pessoas relacionadas
deverão prestar contas.
No caso do Presidente da República, as contas de sua administração também devem ser
encaminhadas ao Congresso Nacional. De acordo com o Decreto n° 3.591/2000, esta prestação de
contas será feita pela Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da Fazenda, com a
seguinte composição:
I. Relatório de Atividades do Poder Executivo;
II. Execução do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social;
III. Balanços da Administração Indireta e Fundos;
IV. Execução do Orçamento de Investimento das Empresas Estatais.

14
(Lima L. H., 2009)

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Outro ponto importante no tocante aos Tribunais de Contas é a decisão do STF de que eles podem
realizar o controle de constitucionalidade15. De acordo com a súmula 347 do STF:
“O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das
leis e dos atos do Poder Público.”

(CESPE – DPU – DEFENSOR) De acordo com o STF, o TCU não tem competência para julgar
contas das sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, ou de seus
administradores, já que os bens dessas entidades não são públicos, mas, sim privados.
Comentários: 4
De acordo com o STF, as empresas públicas ou as sociedades de economia mista estão sujeitas
ao controle e fiscalização perante o Tribunal de Contas.
Isto ocorre porque, apesar do seu regime de direito privado e da exploração econômica, seu
capital é composto por recursos públicos (100 por cento no caso das empresas públicas e a
maioria das ações ordinárias com direito a voto no caso das SEMs).
Gabarito: errada

Pois bem, guardem a seguinte informação: nem todos são obrigados a prestar contas ao TCU, ou
porque este pode simplesmente dispensar esta responsabilidade; ou pelo fato de que o dever de
prestar contas se dê a outro órgão, como no caso de repasses federais a órgãos e entidades, cuja
prestação se dará aquele que repassou o recurso.
Pessoal, nós já discorremos durante a aula sobre alguns assuntos, mas gostaria aqui de fazer um
quadro-resumo entre três conceitos que podem estar confusos na cabeça de alguns.
Veremos de forma simplificada a diferença entre Prestação de Contas, Tomada de Contas e Tomada
de Contas Especial.

15
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)

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Tomada de Contas
• Prestação de contas a órgãos de controle pelo gestor do
erário público da Administração DIRETA, no findo do exercício
financeiro.
Prestação de Contas
• Prestação de contas a órgãos de Controle pelo gestor do
erário público da Administração INDIRETA, no findo do
exercício financeiro. Abrange também as pessoas físicas que
recebem valores públicos para finalidades sociais.
Tomada de Contas Especial
• Quando houver omissão no7dever de prestar contas, ou prática
de ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano
ao erário, os responsáveis devem ser identificados e o dano,
quantificado.

Figura 5. Diferença entre Tomada de Contas, Prestação de Contas e TCE.

CONTROLE ADMINISTRATIVO

O controle administrativo é, de certa forma, um tipo de controle interno. Ele é efetuado através da
capacidade que a Administração Pública tem de autotutela16. Assim, sempre que a Administração
buscar corrigir ou alterar seus próprios atos administrativos estará exercendo este tipo de controle.
De acordo com Alexandrino & Paulo17, o controle administrativo “é sempre um controle interno,
porque é realizado por órgãos integrantes de um mesmo Poder que praticou o ato”. Os autores
também confirmam que esse controle deriva do poder de autotutela que a administração pública
exerce sobre seus próprios agentes.

De acordo com Hely Lopes Meirelles18:

16
(Mazza, 2011)
17
(Alexandrino & Paulo, Direito Administrativo Descomplicado, 2014)
18
(Meirelles) apud (Lima C. A., 2005)

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“Controle administrativo é todo aquele que o Executivo e os órgãos da administração dos demais poderes exercem sobre
suas próprias atividades, visando mantê-las dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas de
sua realização, pelo que é um controle de legalidade, de conveniência e de eficiência.”

Dessa forma, podemos concluir que o controle administrativo pode ser feito de ofício ou por
provocação de terceiros, como ocorre nos casos de: reclamação administrativa, pedidos de
reconsideração, recursos administrativos e direito de petição.
Nestes casos, alguma pessoa ou entidade se dirige à administração pública e busca a correção de
algum ato ou postura do Estado.

CONTROLE LEGISLATIVO

7
Este controle é efetuado pelo próprio parlamento e por seus órgãos auxiliares (como o TCU, no caso
da União). De acordo com Carvalho Filho19, este controle pode ser dividido em dois tipos: o controle
político e o controle financeiro.
O controle político ocorre quando o Congresso decide sobre tratados internacionais, abre comissões
parlamentares de inquérito ou convoca autoridades para que prestem informações. De acordo do
Di Pietro20:
“abrange aspectos ora de legalidade, ora de mérito, apresentando-se, por isso mesmo, como de natureza política, já que
vai apreciar as decisões administrativas sob o aspecto inclusive da discricionariedade, ou seja, da oportunidade e
conveniência diante do interesse público.”

O controle financeiro é de competência exclusiva do Poder Legislativo e é exercido com o auxílio do


Tribunal de Contas.
Dentre os instrumentos que o Poder Legislativo tem para efetuar estes tipos de controle, podemos
citar21:
 A competência de sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites da delegação legislativa;
 A instituição de Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs;
 A sustação de contratos administrativos que forem objeto de impugnação pelo tribunal de
contas;
 Convocação de Ministros de Estado para prestar informações dobre assuntos determinados;
 Julgar o chefe do Poder Executivo por crime de responsabilidade;
 Autorizar operações externas de crédito financeiro de interesse da União, de estados, do DF
e municípios;

19
(Carvalho Filho) apud (Mazza, 2011)
20
(Di Prieto) apud (Paludo, 2010)
21
(Mazza, 2011)

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 Legislar sobre a criação e extinção de ministérios.


Além destes instrumentos, o Poder Legislativo conta, é claro, com o auxílio dos tribunais de contas
no controle externo da Administração Pública.
No momento, temos no Brasil: o Tribunal de Contas da União – TCU, que fiscaliza a utilização de
recursos públicos federais, os Tribunais de Contas dos Estados – TCEs (que auxiliam as respectivas
Assembléias Legislativas), o Tribunal de Contas do Distrito Federal – TCDF (que auxilia a Câmara
Distrital do DF) e os Tribunais de Contas dos Municípios – TCMs (que auxiliam as Câmaras
Municipais).
Ainda sobre o controle político, a nossa Carta Magna dispõe que Ministro de Estado ou qualquer
titular de órgão subordinado diretamente à Presidência da República pode ser convocado a prestar,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado.
E quem tem o poder de convocar? Tanto a Câmara dos Deputados, quanto o Senado Federal, ou
qualquer de suas Comissões possuem esse poder. Caso a pessoa convocada não compareça, sem se
justificar adequadamente, decairá em crime de
f responsabilidade.
Além da convocação, as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar
pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer daquelas pessoas. A recusa ou
o não atendimento no prazo de trinta dias importa em crime de responsabilidade. Da mesma forma,
caso prestem informações falsas será considerado crime de responsabilidade.

(CESPE – ABIN – OFICIAL) Devido a sua natureza singular, a ABIN não se submete ao controle
externo por parte do Tribunal de Contas da União, mas apenas ao controle interno da própria
Presidência da República.
Comentários:
Como vimos acima, todas as pessoas físicas e jurídicas que utilizem, guardem, arrecadem,
gerenciem ou administrem recursos públicos federais terão de prestar contas ao Tribunal de
Contas da União.
Desta maneira, a ABIN, apesar de sua natureza singular, não está fora do alcance do controle
externo efetuado pelo TCU.
Gabarito: errada

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CONTROLE JUDICIAL - REVISÃO JURISDICIONAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

O controle judicial das atividades da Administração Pública pode ser do tipo prévio ou posterior, mas
só será feito através de alguma provocação ao Poder Judiciário22.
Desta forma, o controle judiciário, ou judicial, é o controle efetuado pelo Poder Judiciário no
exercício de sua função principal – a jurisdicional23. Entretanto, uma “pegadinha” comum em provas
é perguntar sobre a veracidade da seguinte afirmativa: o Poder Judiciário não efetua o controle
administrativo.
Pessoal, quando o Poder Judiciário está exercendo a função administrativa (quando contrata um
serviço, por exemplo) pode sim efetuar um controle administrativo, ou seja, exerce o controle
interno de suas próprias atividades e atos.
O Brasil não adota o modelo francês, de contencioso administrativo. Desta maneira, o Judiciário é o
“ponto final” das causas, ou seja, não cabe ao Executivo julgar de forma definitiva.
Entretanto, quando o Poder Judiciário está exercendo a função administrativa (quando contrata um
serviço, por exemplo) pode sim efetuar um controle administrativo, ou seja, controle interno das
suas próprias atividades e atos.
De acordo com Carvalho Filho24, o Poder Judiciário tem certos limites de atuação, pois não cabe
atuar nos atos políticos ou nos atos interna corporis. Além disso, deve sempre analisar a legalidade
e a legitimidade dos atos, nunca o seu mérito. Pode, entretanto, investigar a legalidade e
legitimidade dos atos discricionários25.
Os principais instrumentos de controle judicial da Administração Pública são:
 Mandado de segurança–tem a função de proteger direito líquido e certo, que não seja
amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder seja uma autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
uma atribuição de Poder Público26;
 Ação Popular – Pode ser proposta por qualquer cidadão que busque anular ato lesivo ao
patrimônio público, à moralidade administrativa e ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural;
 Habeas Data – Visa assegurar o conhecimento, retificação e contestação de informações
relativas à pessoa impetrante, que sejam constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público.
 Ação Civil Pública– Serve para a proteção de direitos difusos ou coletivos;

22
(Mazza, 2011)
23
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)
24
(Carvalho Filho) apud (Mazza, 2011)
25
(Alexandrino & Paulo, Direito administrativo descomplicado, 2009)
26
(Mazza, 2011)

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 Ação de Improbidade – busca coibir práticas de improbidade e podem acarretar ao agente


público: a devolução de bens, a suspensão de direitos políticos, a multa civil, a perda da
função pública, a indisponibilidade de bens, a proibição de contratar com o Estado e o
ressarcimento do dano causado.
O Poder Judiciário conta com o Conselho Nacional de Justiça que tem, como função, o controle da
atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais
dos juízes27.
O CNJ também visa, mediante ações de planejamento, à coordenação, ao controle administrativo e
ao aperfeiçoamento do serviço público na prestação da Justiça28.
Assim, de certa forma, o CNJ efetua um controle interno29 do Poder Judiciário.

Sistema de Freios e Contrapesos

A nossa Carta Magna, no seu artigo 2º dispõe o seguinte:


“Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário”.

Percebam que no artigo podem-se retirar duas coisas: a primeira é quais são os Poderes da União, e
a segunda é afirmar que ao mesmo tempo em que são independentes entre si, devam guardar
harmonia. Para a doutrina, a separação dos poderes é denominada de Sistema de Freios e
Contrapesos.
Com o princípio da separação dos poderes, cada um dos três Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário) possuem funções fixadas. Entretanto, essas funções não são exclusivas. E o que isso
significa, professor? Significa que cada Poder possui uma função típica da sua natureza, no entanto,
exercem funções atípicas também.
Vejamos agora um quadro com exemplos de funções dos Poderes, típicas e atípicas:

27
(Costin, 2010)
28
Fonte: www.cnj.jus.br
29
(Paludo, 2010)

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Poder Poder Poder


Legislativo Executivo Judiciário

• Função Típica: • Função Típica: • Função Típica:


Legislar. Administrar. Julgar.
• Função Atípica: • Função Atípica: • Função Atípica:
Organizar seus Legislar (edição de Organizar seus
serviços internos medida provisória) serviços ou
ou Processar e ou produção de Elaborar os
julgar o Presidente normas gerais e regimentos
da República nos abstratas (Poder internos dos
crimes de Regulamentar) ou Tribunais.
responsabilidade. julgar (seus
membros).

Figura 6. Exemplo de funções típicas e atípicas dos Poderes.

Ministério Público

O Ministério Público é uma instituição dinâmica de garantia e efetivação de direitos, pois não precisa
ser provocado para atual em prol de sua concretização30.
Esta atuação é ainda mais percebida pela sociedade no caso dos direitos que necessitam da atuação
do Estado, por meio de políticas públicas, para sua efetivação.
No caso brasileiro, o Ministério Público ascendeu a uma posição de destaque, pois a Constituição
Federal posicionou o MP fora da estrutura de qualquer dos poderes. Assim, não está subordinado a
nenhum dos Poderes.
Dessa forma, o Ministério Público tem autonomia funcional e administrativa asseguradas pela CF/88,
e não está subordinado ao Executivo Legislativo ou Judiciário31.
Entretanto, a CF destinou ao MP diversas garantias semelhantes aos do Poder Judiciário. Dentre os
direitos e interesses que o MP defende, entre outros, estão32:

 Os direitos humanos;
 A democracia, os direitos políticos, a nacionalidade e o devido processo eleitoral;

30
(Costin, 2010)
31
Fonte: www.pgr.mpf.gov.br
32
Fonte: www.pgr.mpf.gov.br

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 O respeito às diferenças de etnia, sexo, crença e de condição psicofísica;


 A correta aplicação das verbas em educação saúde e segurança;
 O respeito à ordem econômica e aos direitos do consumidor;
 O acesso a serviços públicos de qualidade;
Além disso, o Ministério Público exerce, de certa forma, um controle externo da Administração
Pública, pois ele atua em denúncias de improbidade administrativa (conduta antiética que fere ou
se distancia dos padrões morais admitidos33) de seus agentes, nas denúncias de crimes cometidos
por autoridades e na defesa de direitos difusos e coletivos34.
Dentre seus instrumentos, podemos citar: o inquérito civil, a ação de improbidade administrativa e
a ação civil pública. O Ministério Público brasileiro é formado pelos ministérios públicos estaduais,
pelo Ministério Público da União (MPU).
No Ministério Público da União, a chefia é exercida pelo Procurador-Geral da República. Este é
indicado pelo Presidente da República dentre os integrantes da carreira de Procurador da República
e deve ser aprovado pelo Senado Federal para um mandato de dois anos, sendo a recondução
permitida35.
Continuando, a intervenção do MP também ocorre em todas as instâncias do Judiciário, em
qualquer época (havendo ou não eleição), e pode ser como parte (propondo ações) ou fiscal da lei
(oferecendo parecer)36.
São funções institucionais do Ministério Público37:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público
e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da
União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar
mencionada no artigo anterior;

33
(Matias-Pereira, 2009)
34
(Paludo, 2010)
35
(Costin, 2010)
36
Fonte: http://www.eleitoral.mpf.mp.br/eleitoral_new/institucional/sobre-o-mpe/
37
Fonte: Constituição Federal, art. n°129

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VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os


fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

CONTROLE SOCIAL – PARTICIPAÇÃO SOCIAL

O controle social, ou popular, refere-se à participação da sociedade, como um todo, na elaboração,


acompanhamento e monitoramento do poder público. Desta forma, a própria sociedade exerceria,
então, o controle sobre o Estado.
Neste caso, não estamos nos referindo apenas ao direito de ter informações sobre os atos do poder
público, mas, além disso, da participação da sociedade na gestão pública.
Claro que, em uma democracia, as próprias eleições seriam um tipo de controle da sociedade, pois
pelo voto podemos aprovar ou não um representante do povo no Legislativo ou no Executivo.
Entretanto, devem existir outras formas de controle e participação da sociedade na condução da
gestão governamental.
De acordo com Lima38:
“Numa democracia, o controle social é exercido desde o processo de elaboração das políticas públicas, por exemplo,
mediante consultas e audiências públicas, até o acompanhamento e monitoramento de sua execução. Transparência e
participação na gestão pública são fatores determinantes para o controle efetivo da sociedade sobre a gestão pública.”

Desta forma, o controle externo busca aproximar o controle da gestão pública para o nível em que
esta ação pública efetivamente ocorra. Assim, não só se fortalece o controle da gestão pública, mas
também se amplia a cidadania, com o envolvimento dos cidadãos e das instituições no controle das
atividades do Estado39.
Portanto, a modernização da máquina estatal deve ampliar o espaço em que a sociedade possa
participar e controlar as ações governamentais, ou seja, novas “arenas” e mecanismos devem ser
criados para que esta participação popular seja efetiva e que possamos ter o envolvimento da
sociedade na definição, execução e avaliação dos programas governamentais e das políticas
públicas.
Dentre as formas de controle social, temos:
 A possibilidade de qualquer cidadão denunciar irregularidades ao TCU (ou outros tribunais de
contas);

38
(Lima L. H., 2009)
39
(Paludo, 2010)

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 A possibilidade de qualquer cidadão entrar com uma ação popular que vise anular ato lesivo
ao patrimônio público. Desta forma, um cidadão qualquer pode entrar com uma denúncia se
considerar que algum agente público está gerindo mal os recursos públicos, se avaliar que
uma obra pública está superfaturada, etc.;
 Obrigação dos entes governamentais de disponibilizar ao contribuinte as contas públicas;
 O orçamento participativo;
 As audiências públicas;
 Conselhos gestores de políticas públicas;
 Os conselhos municipais.
De acordo com Paludo40, as novas tecnologias de informação e comunicação estão facilitando o
controle social pela sociedade, pois permitem um acesso maior e mais rápido a toda uma gama de
informações relativas às ações do Poder Público.
A própria prática continuada da democracia no Brasil, de acordo com Matias-Pereira41, está levando
a uma cobrança cada vez maior por transparência e participação por parte da sociedade.

Ouvidorias

Com a evolução do relacionamento entre o Estado e os cidadãos, as ouvidorias destacaram-se como


mais um passo em direção ao aumento do controle social.
Essas ouvidorias são “canais de comunicação” entre os simples cidadãos e as instituições públicas.
Um ouvidor deve estar sempre disponível para tirar dúvidas, receber sugestões e propor melhorias
e correções dentro do órgão ou setor público.
As ouvidorias públicas, de acordo com Perez42,
“configuram-se como “instrumentos jurídicos” que ensejam aos cidadãos a possibilidade de participarem, “diretamente
ou através de representantes, dos processos decisórios, das execuções ou controles das tarefas, desempenhadas pela
Administração Pública.”

Assim sendo, as ouvidorias funcionam como intermediários entre os cidadãos e a máquina estatal.
Possibilitam, também, uma maior conscientização da população em relação aos seus direitos e
deveres.
Quando somos ouvidos e notamos que nossas dúvidas e demandas estão sendo levadas em
consideração, nos sentimos mais atuantes e valorizados, não é mesmo? Portanto, essas ouvidorias
servem também como um instrumento de valorização da democracia participativa, pois incentivam
a participação direta da população na resolução dos problemas e na melhoria do atendimento
público.

40
(Paludo, 2010)
41
(Matias-Pereira, 2009)
42
(Perez, 2004) apud (Barreto, 2009)

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De acordo com Barreto43,


“A ouvidoria se caracteriza como um mecanismo de controle social. É um instrumento de controle social, porquanto visa
precipuamente, através de sua atuação, garantir a satisfação do interesse público, dando abertura ao cidadão para que
este se manifeste sobre a atuação do Estado.”

Outro aspecto importante do funcionamento das ouvidorias é como agente de mudanças dentro da
máquina estatal. Quando uma ouvidoria funciona bem, esta passa a cobrar respostas mais rápidas
e com um nível maior de qualidade aos cidadãos/usuários.
Um ouvidor deve, também, fazer um estudo estatístico das demandas e problemas detectados pelos
cidadãos. Este estudo pode proporcionar um “mapeamento” das áreas críticas do órgão e subsidiar
propostas de mudanças.
Isto nem sempre é bem visto por servidores acomodados e refratários ao contato com a população.
Muitas vezes, a criação de uma ouvidoria deve vir acompanhada de uma mudança na cultura
organizacional da instituição.
Desse modo, um fator crítico para o sucesso dessas ouvidorias é o apoio político dos chefes e
superiores hierárquicos. Sem este apoio, uma ouvidoria não tem muita chance de obter sucesso.
Além disso, o profissional que venha a ocupar este posto deve ter autonomia para defender o
cidadão usuário dentro da instituição e cobrar informações e melhores resultados das diversas áreas
envolvidas.
Para Lyra44, entende-se por ouvidoria um instrumento que visa à concretização dos preceitos
constitucionais que regem a administração pública, a fim de que tais preceitos – legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – se tornem, na prática, “eixos norteadores da
prestação de serviços públicos”.
Ainda segundo o mesmo autor, são atribuições principais de uma ouvidoria pública, além da
observância dos preceitos constitucionais que regem a administração pública:
 indução de mudança,
 reparação do dano,
 acesso à administração e
 promoção da democracia.
Vimos que as ouvidorias aumentam o controle social, pois são “canais de comunicação” entre os
simples cidadãos e as instituições públicas, não é verdade?
Para Teixeira45, as ouvidorias se traduzem num canal em que o cidadão se comunica diretamente
com o poder público e, por meio dele, pode fazer sugestões, reclamações ou avaliar a prestação de
tal ou qual serviço público.
Para sermos ouvidos pelas ouvidorias, temos algumas formas de acioná-los, dentre elas:
 Por telefone;

43
(Barreto, 2009)
44
(LYRA, 2004)
45
(Teixeira, 2012)

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 Por disque-ouvidoria;
 Por carta;
 Por fax ou e-mail;
 Por carta-resposta, etc.
A adoção de qualquer um desses meios deve viabilizar o contato do cidadão ao ouvidor que terá o
papel essencial em dar andamento ao processo de busca pela melhoria no atendimento ao cidadão.
Vale ressaltar que qualquer um dos meios de acionamento da ouvidoria, o reclamante terá o direito
de acompanhar o andamento de sua reclamação por meio de senha, além de ser informado de um
prazo no qual deverá ter resposta para seu problema.
O papel do ouvidor é receber a demanda do cidadão e fixar um prazo para lhe dar uma resposta. No
caso de denúncia de irregularidades, o ouvidor pode encaminhá-la ao órgão competente para que
este inicie algum tipo de investigação e possa, posteriormente, retornar ao cidadão informando
sobre o que foi encontrado e qual o procedimento foi adotado46.
Normalmente, as reclamações a uma ouvidoria relacionam-se com atos de gestão pública que
deixaram os cidadãos insatisfeitos ou relativos a solicitações de orientações técnicas.
As denúncias sobre os atos de gestão trazem algumas consequências aos infratores, pois a partir
delas, poderá se instalar um inquérito, resultando em diversas punições aqueles que infringiram
regras utilizando o erário público.
Dentre as principais irregularidades detectadas por meio de denúncias em ouvidorias, têm-se as
relativas às prestações de contas, aos processos licitatórios, à falta de atenção à LRF e até às
concessões indevidas de aposentadorias.
Dessa forma, é claro que os agentes públicos não veem com bons olhos as atividades da ouvidoria,
causando um grande desafio a continuidade de suas atividades dentro da organização. A cultura
organizacional das instituições públicas deve se voltar para a valorização do trabalho das ouvidorias,
para assim, elas deixarem de ser vistas com um “sistema repressor”.
Outro desafio que as ouvidorias devem ultrapassar é a barreira política, isto é, muitos superiores,
principalmente as chefias decorrentes apenas de funções comissionadas não gostam de ser
questionados, nem que a sua equipe o seja, pela ouvidoria do órgão. É necessária a obtenção de
apoio político para que se alcance de sucesso na solução de reclamações pelo cidadão.
Por fim, as ouvidorias têm outro importante papel. Está sendo implantada uma cultura de que não
se deve apenas esperar que o cidadão procure a ouvidoria para fazer reclamações ou tirar algumas
dúvidas. Agora, a ouvidoria poderá ir ao encontro “da prestação de serviço público”.
Dessa forma, servidores que trabalham nas ouvidorias visitam os locais públicos para monitorar a
qualidade de serviços, distribuir material sobre a importância do trabalho da ouvidoria, e buscar
qualquer indício de desvio de conduta.

46
(Teixeira, 2012)

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A visita de um agente a cargo de uma ouvidoria também busca informar aos cidadãos como deverão
agir em caso de se depararem com atividades irregulares.

(IADES - METRÔ-DF – ADMINISTRADOR - ADAPTADA) No atual cenário da sociedade, o


objetivo do Estado é prestar um serviço cada vez melhor ao cidadão. Para isso, novos canais de
atendimento foram criados e surgiram as ouvidorias que são canal de comunicação direto, de
pós-atendimento ao usuário/cidadão, por meio do qual ele pode manifestar uma reclamação,
uma denúncia ou um elogio.
Comentários:
Questão está de acordo com a finalidade de uma ouvidoria.
Gabarito: correta

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RESUMO

Memorex

Controle do Patrimônio Público e Prestação de Contas.

 Controle de legalidade;
Controle quanto
ao objeto  Controle de mérito;
 Controle de gestão.

 Controle Preventivo;
Controle quanto
ao momento  Controle Concomitante;
 Controle Posterior.

Controle quanto
ao
 Controle interno;
posicionamento
do órgão  Controle externo
controlador

Controle Interno

 O controle interno ocorre quando é feito pela própria


Principais
Características instituição;
 Resulta do poder de autotutela do Poder Público.

 Súmula 473 do Supremo Tribunal Federa: “a


Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles
Poder-dever da
Administração não se originam direitos; ou revogá-los, por motivos de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial”.

 Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano


Finalidades plurianual, a execução dos programas de governo e
conforme CF/88 dos orçamentos da União;
 Comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,

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financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da


administração federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;
 Exercer o controle das operações de crédito, avais e
garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
 Apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.

 Segregação das Funções;


 Autorização Hierárquica;
Principais
 Princípio da Supervisão;
princípios
norteadores do  Princípio do acesso limitado e autorizado ao ativo;
controle interno  Análise do custo-benefício;
 Controle sobre as transações;
 Correção dos desvios identificados.

Sistema de
 Órgão Central: Controladoria Geral da União.
Controle Interno
do Poder  Órgãos Setoriais: Min. Relações Exteriores, Min. da
Executivo Federal Defesa; Advocacia-geral da União, Casa Civil.

 Auditoria: visa a avaliar a gestão pública, pelos


processos e resultados gerenciais, e a aplicação de
Técnicas de recursos públicos por entidades de direito privado.
Trabalho do  Fiscalização: visa a comprovar se o objeto dos
Controle Interno programas de governo corresponde às especificações
do Poder estabelecidas, atende às necessidades para as quais
Executivo Federal
foi definido, guarda coerência com as condições e
características pretendidas e se os mecanismos de
controle são eficientes.

Controle Externo

Principais  O controle externo, a cargo do Congresso Nacional,


Características será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da
União.

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 O Congresso Nacional exerce o controle externo nas


dimensões de fiscalização contábil, orçamentária,
financeira, operacional e patrimonial (COFOP).

 Apreciar as contas prestadas anualmente pelo


Presidente da República;
 Julgar as contas dos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos;
 Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal
na administração direta e indireta;
 Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica
ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial;
 Fiscalizar as contas nacionais das empresas
supranacionais de cujo capital social a União participe,
de forma direta ou indireta;
Principais  Fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos
finalidades repassados pela União mediante convênio, acordo,
conforme CF/88 ajuste ou outros instrumentos congêneres;
 Prestar as informações solicitadas pelo Congresso
Nacional sobre a fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre
resultados de auditorias e inspeções realizadas;
 Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de
despesa ou irregularidade de contas, as sanções
previstas em lei;
 Assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da
lei, se verificada ilegalidade;
 Sustar, se não atendido, a execução do ato
impugnado;
 Representar ao Poder competente sobre
irregularidades ou abusos apurados.

 Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,


Prestação de pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
Contas gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em

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nome desta, assuma obrigações de natureza


pecuniária;
 Nem todos são obrigados a prestar contas ao TCU, ou
porque este pode simplesmente dispensar esta
responsabilidade; ou pelo fato de que o dever de
prestar contas se dê a outro órgão, como no caso de
repasses federais a órgãos e entidades, cuja prestação
se dará aquele que repassou o recurso.

Controle Administrativo

 Controle administrativo é todo aquele que o Executivo


e os órgãos da administração dos demais poderes
exercem sobre suas próprias atividades, visando
mantê-las dentro da lei, segundo as necessidades do
Principais
Características serviço e as exigências técnicas de sua realização, pelo
que é um controle de legalidade, de conveniência e de
eficiência47.
 Deriva do poder de autotutela que a administração
pública exerce sobre seus próprios agentes.

 Supervisão ministerial (controle finalístico): é


efetuada pela administração direta em relação à
administração indireta.
Meios de Controle  Controle hierárquico: é próprio de qualquer
Administrativo organização que tenha uma divisão de trabalho em
níveis hierárquicos diferentes. Assim, o presidente de
uma estatal tem o controle hierárquico sobre seus
diretores, por exemplo.

Controle Legislativo

 Este controle é efetuado pelo próprio parlamento e


Principais
Características por seus órgãos auxiliares (como o TCU, no caso da
União).

Tipos de Controle  Controle político: de acordo do Di Pietro: abrange


Legislativo aspectos ora de legalidade, ora de mérito,

47
(Meirelles) apud (Lima C. A., 2005)

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apresentando-se, por isso mesmo, como de natureza


política, já que vai apreciar as decisões administrativas
sob o aspecto inclusive da discricionariedade, ou seja,
da oportunidade e conveniência diante do interesse
público.
 Controle financeiro: Competência exclusiva do Poder
Legislativo e é exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas.

Controle Judicial

 Também conhecido por revisão jurisdicional dos atos


Principais administrativos.
Características  Pode ser do tipo prévio ou posterior, mas só será feito
através de alguma provocação ao Poder Judiciário.

 Os Poderes devem relacionar-se de modo harmônico,


autônomo e independente com a finalidade de evitar
que um exerça a função típica do outro.
Sistema de Freios
e Contrapesos  As funções atípicas de um Poder servem para,
principalmente, restringir a atuação do outro Poder, o
que se denomina de sistema de freios e contrapesos
(ou check and balances).

 O Ministério Público exerce, de certa forma, um


controle externo da Administração Pública, pois ele
atua em denúncias de improbidade administrativa
Ministério Público (conduta antiética que fere ou se distancia dos
padrões morais admitidos) de seus agentes, nas
denúncias de crimes cometidos por autoridades e na
defesa de direitos difusos e coletivos.

Controle Social

 Refere-se à participação da sociedade como um todo


na elaboração, acompanhamento e monitoramento
Principais do poder público.
Características  É exercido desde o processo de elaboração das
políticas públicas até o acompanhamento e
monitoramento de sua execução.

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 Transparência e participação na gestão pública são


fatores determinantes para o controle efetivo da
sociedade sobre a gestão pública

 A possibilidade de qualquer cidadão denunciar


irregularidades ao TCU (ou outros tribunais de
contas);
 A possibilidade de qualquer cidadão entrar com uma
ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio
Formas de público;
Controle Social  Obrigação dos entes governamentais de disponibilizar
ao contribuinte as contas públicas;
 O orçamento participativo;
 As audiências públicas;
 Conselhos gestores de políticas públicas;
 Os conselhos municipais.

 De acordo com Barreto48, “ouvidoria se caracteriza


como um mecanismo de controle social. É um
instrumento de controle social, porquanto visa
precipuamente, através de sua atuação, garantir a
satisfação do interesse público, dando abertura ao
cidadão para que este se manifeste sobre a atuação do
Estado.”
 Atribuições principais de uma ouvidoria pública, além
da observância dos preceitos constitucionais que
regem a administração pública: indução de mudança,
Ouvidorias reparação do dano, acesso à administração e
promoção da democracia.
 Uma ouvidoria também poderá ir ao encontro “da
prestação de serviço público”. Dessa forma,
servidores que trabalham nas ouvidorias visitam os
locais públicos para monitorar a qualidade de serviços,
distribuir material sobre a importância do trabalho da
ouvidoria, e buscar qualquer indício de desvio de
conduta.
 A visita de um agente a cargo de uma ouvidoria
também busca informar aos cidadãos como deverão

48
(Barreto, 2009)

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agir em caso de se depararem com atividades


irregulares

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (VUNESP – PREF. ALUMÍNIO -SP – PROCURADOR – 2016)


Com relação aos atos discricionários, pode-se afirmar corretamente que o controle judicial
(A) é possível, mas terá que respeitar a discricionariedade administrativa.
(B) é possível somente nas hipóteses em que se verifica um excesso de poder.
(C) é possível, não existindo qualquer restrição ao Poder Judiciário.
(D) não é possível, pois se alicerçam na oportunidade e conveniência da Administração.
(E) é possível somente nas hipóteses em que se verifica um desvio de poder.
Comentários
O controle de mérito visa a verificar a oportunidade e conveniência administrativas do ato
controlado. Trata-se, portanto, de atuação discricionária49.
A revogação do ato discricionário, que se tornou inconveniente, é o resultado do controle de mérito
realizado. Cabe ressaltar que o controle de mérito só pode ser feito pela própria Administração.
Dessa forma, o controle de mérito é realizado sobre um ato plenamente válido e em “atividade”,
mas que tenha se tornado inoportuno e inconveniente.
O Poder Judiciário, no exercício da sua função jurisdicional, não pode rever questões de conveniência
e oportunidade, mas poderá rever os casos em que os atos violem algum princípio administrativo
ou tenham vícios legais.
Gabarito: letra A

2. (VUNESP – PREF. SERTÃOZINHO -SP – PROCURADOR – 2016)


Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da Administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público é competência constitucionalmente
atribuída ao
(A) Poder Judiciário de âmbito Estadual, aos juízes vinculados ao Tribunal de Justiça do
respectivo Estado.
(B) Poder Judiciário de âmbito Federal, aos juízes vinculados ao Tribunal Regional Federal
daquela Região.

49
(Alexandrino & Paulo, 2014)

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(C) Tribunal de Contas que atue no âmbito daquele ente federativo.


(D) Sistema de controle interno de cada Poder.
(E) Controle externo a cargo do Poder Legislativo, que será exercido com o auxílio do Ministério
Público.
Comentários
De acordo com o Artigo nº 71 da CF/88, cabe ao Congresso Nacional julgar as contas do Presidente
da República. Os demais agentes e responsáveis devem ter suas contas julgadas pelo Tribunal de
Contas da União (no âmbito da União, os demais TCs em suas jurisdições).
Gabarito: letra C

3. (VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015)


A respeito dos sistemas de controle existentes no Brasil, assinale a alternativa correta.
(A) Os controles têm como objetivo examinar se a atividade governamental cumpriu a
legalidade no desenvolvimento de suas atividades.
(B) O controle social é exercido pela participação ativa da sociedade nos conselhos de políticas
públicas.
(C) O controle social, exercido pela sociedade, é um complemento ao controle institucional,
exercido pelos órgãos fiscalizadores.
(D) Cabe ao controle social acompanhar o processo de elaboração do planejamento, e, ao
controle institucional, o acompanhamento da execução das despesas públicas.
(E) O papel do controle interno é garantir a legalidade nas ações dos governantes e é exercido
pelos Tribunais de Contas e pela Controladoria.
Comentários
A questão A está incompleta. Sabe-se que existem vários tipos de controle, logo há diversos
objetivos.
A letra B está errada. O controle social, ou popular, se refere à participação da sociedade como um
todo na elaboração, acompanhamento e monitoramento do poder público. Neste caso, não estamos
nos referindo apenas ao direito de ter informações sobre os atos do poder público, mas, além disso,
da participação da sociedade na gestão pública.
Quando foi dito que o controle social se refere à participação da sociedade na elaboração,
acompanhamento e monitoramento do poder público, mostrou-se que esse controle vai além do
acompanhamento do processo de elaboração do planejamento.
Da mesma forma, o controle institucional não se limita ao acompanhamento da execução das
despesas públicas. A letra D, portanto, está errada.
De acordo com a Súmula 473 do STF, o controle interno nada mais é do que um poder-dever da
Administração, pois se admite, a partir desse controle, que revogue atos considerados

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inconvenientes ou anule aqueles que estejam em situação de ilegalidade. Para isto, admitem-se a
fiscalização hierárquica, as auditorias, as supervisões, os pareceres, dentre outros meios.
Desse modo, o controle interno busca garantir a legalidade nas ações dos governantes, no entanto,
ele é exercido pela Controladoria-Geral da União (CGU) e por órgãos de controle interno instalados
nos diversos órgãos públicos. A letra E também está errada.
Só nos sobrou a letra C. O controle social é uma forma em que a própria sociedade exerce o controle
sobre o Estado. O controle institucional é o exercido pelo TCU, CGU, etc.
Gabarito: letra C

4. (VUNESP - PC-CE - DELEGADO – 2015)


A Administração Pública deve atuar com legitimidade, segundo as normas pertinentes a cada
ato e de acordo com a finalidade e o interesse coletivo na sua realização. Nesse sentido, é
correto afirmar que:
a) o controle de mérito é todo aquele que antecede a conclusão do ato.
b) a inexistência de lei específica impede o controle externo popular.
c) se o ato pendente de decisão administrativa é inoperante, pode causar lesão ou ameaça de
lesão a alguém, que passa a ter legitimação para se socorrer do Judiciário.
d) são características da fiscalização hierárquica a mutabilidade e a provocação.
e) o controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a Administração tem
sobre seus próprios atos e agentes.
Comentários
O controle de mérito é realizado após a conclusão do ato, logo a letra A está errada.
O controle externo popular pode ser realizado pelo controle social, ou popular. Dessa forma, não há
impedimento para que ele exista. Dessa forma, a letra B está errada.
As letras C e D fogem um pouco do tema de nossa aula, logo não cabe comentá-las para evitar
confusão na cabeça de vocês.
A letra E está perfeita e é o gabarito da questão. A administração pode, de acordo com a autotutela,
rever seus atos. Se estiverem com vícios de ilegalidade, caberá a anulação. Se tornarem inoportunos
e inconvenientes, caberá a revogação.
Gabarito: letra E

5. (VUNESP - PC-CE - ESCRIVÃO – 2015)


Com relação ao controle administrativo, é correto afirmar que:
a) por controle judicial entende-se o controle interno que o Poder Judiciário realiza com seus
próprios atos, não podendo incidir sobre as atividades administrativas do Estado.

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b) o controle, em razão da legalidade dos atos administrativos, é exercido tanto pela


Administração como pelo Poder Judiciário.
c) o Tribunal de Contas é o órgão do Poder Judiciário encarregado do controle financeiro da
Administração Pública
d) não poderá o Poder Legislativo fiscalizar as atividades da Administração Pública.
e) somente o Ministério Público poderá fiscalizar os atos dos administradores públicos.
Comentários
No controle judicial, o Poder Judiciário exerce sua função principal que é a jurisdicional. Quando este
Poder exerce a função administrativa, ele exerce o controle interno.
Dessa forma, o controle judicial não se entende como controle interno. Neste, o Poder Judiciário
exerce controle sobre seus próprios atos administrativos. Logo, a letra A está errada.
O controle da Administração sobre seus atos pode se dá quanto à legalidade e ao mérito. Dessa
forma, a letra B está correta, pois os atos administrativos podem ter sua legalidade controlada tanto
pela Administração, quanto pelo Poder Judiciário.
O controle financeiro é de competência exclusiva do Poder Legislativo, sendo exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União. Logo, a letra C está errada, pois além de ser órgão do Poder
Legislativo, ele o auxilia no controle financeiro.
O Poder Legislativo tem o controle das atividades administrativas resguardado pela CF/88, senão
vejamos:
“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
(...)
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta”.

Dessa maneira, a letra D também está errada, pois o Poder Legislativo pode fiscalizar as atividades
da Administração Pública.
Vimos que o além do Ministério Público, os atos administrativos podem ser fiscalizados, por
exemplo, pelo Poder Legislativo, pelo Poder Judiciário. Logo, a letra E está errada.
Gabarito: letra B

6. (FGV - TJ-SC – TÉCNICO – 2015)


O controle da Administração Pública é o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos
por meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa
em qualquer das esferas de Poder. Nesse contexto, é correto afirmar que o controle:
a) legislativo é aquele executado pelo Poder Legislativo sobre os atos da Administração Pública,
como, por exemplo, quando o Tribunal de Contas, órgão de controle financeiro que integra o
Legislativo, realiza o controle externo dos Poderes Executivo e Judiciário;

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b) judicial é levado a efeito pelo Poder Judiciário, ao qual cabe, em regra, decidir sobre a
legalidade e o mérito dos atos da Administração em geral, podendo invalidar e revogar,
respectivamente, os atos ilegais e inoportunos;
c) administrativo é o que se origina da própria Administração Pública, como, por exemplo,
quando o Chefe do Executivo, pelo atributo da autotutela, promove a revisão (seja para
invalidação, seja para alteração) de um ato oriundo do Poder Legislativo;
d) externo é exercido com exclusividade pelo Poder Judiciário sobre os Poderes Legislativo e
Executivo, que estão sujeitos às decisões judiciais pelos princípios da inafastabilidade e
supremacia da jurisdição, sendo que tais poderes não exercem qualquer controle sobre o
Judiciário;
e) interno é exercido com exclusividade pelo Poder Executivo, por meio do Tribunal de Contas
que promove a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos
órgãos do próprio Executivo.
==15477f==

Comentários
A letra B está errada, pois o controle judicial analisa a legalidade e nunca o mérito do ato
administrativo. Logo, não pode revogar os atos inoportunos.
A letra C está errada, pois o conforme Hely Lopes Meirelles “controle administrativo é todo aquele
que o Executivo e os órgãos da administração dos demais poderes exercem sobre suas próprias
atividades, visando mantê-las dentro da lei, segundo as necessidades do serviço e as exigências
técnicas de sua realização, pelo que é um controle de legalidade, de conveniência e de eficiência”.
A letra D está errada, pois o controle externo é aquele realizado pelo Congresso Nacional, com o
auxílio do Tribunal de Contas da União. Também se observa controle externo quando o Poder
Judiciário quanto à legalidade dos atos, ou seja, “a posteriori”.
A letra E está errada, pois controle interno é aquele realizado por órgãos integrantes de um mesmo
Poder que praticou o ato50. Dessa forma, a única alternativa correta é a letra A.
Gabarito: letra A

7. (FUNIVERSA - SAPeJUS – GO – AGENTE DE SEGURANÇA – 2015)


Acerca dos atos administrativos e do controle judicial dos atos da Administração, assinale a
alternativa correta.
a) Em regra, o controle do Poder Judiciário sobre atos administrativos abrange a legalidade e o
mérito do ato administrativo.
b) A prática de ato administrativo, ainda que desproporcional, não permite a intervenção do
Poder Judiciário, pois, nesse caso, haveria ofensa ao princípio da harmonia entre os Poderes
da República.

50
(Alexandrino & Paulo, 2014)

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c) Em regra, é cabível ao Poder Judiciário examinar o mérito do ato administrativo


discricionário, classificação na qual se enquadra o ato que aprecia pedido de licença de servidor
para tratar de interesse particular.
d) O ato administrativo discricionário está sujeito a controle judicial, sobretudo no que se
refere à presença de motivação, respeitados os limites da discricionariedade conferida à
Administração.
e) O ato discricionário, sujeito ao juízo de conveniência e oportunidade, é insuscetível de
controle jurisdicional, mesmo que praticado com abuso de poder.
Comentários
A letra A está errada, pois o controle do Poder Judiciário não se dá sobre o mérito administrativo.
A letra B está errada, pois neste caso, se permite a intervenção do Poder Judiciário, em regra a
posteriori.
A letra C está errada, pois não cabe o Poder Judiciário examinar o mérito do ato administrativo
discricionário dentro do controle jurisdicional. Se ele estivesse exercendo o controle administrativo
de seus próprios atos, poderia examinar o mérito administrativo do ato.
A letra D está correta. O ato administrativo realmente se sujeita ao controle judicial, desde que
provocado quando tiver eivado de vício de legalidade. Nesse caso, tem-se a anulação e não
revogação.
A letra E está errada, pois o ato discricionário, se apresentar ilegalidade é suscetível ao controle
jurisdicional.
Gabarito: letra D

8. (VUNESP - SAAE-SP - PROCURADOR – 2014)


O controle externo da Administração Pública pode ser exercido, em alguns casos, diretamente
pelo Congresso Nacional, sendo uma hipótese de controle exercido exclusivamente pelo
Senado Federal:
a) a sustação de atos e contratos.
b) a convocação de Ministro para prestar informações.
c) o julgamento das contas do Presidente da República.
d) a autorização para realização de operação externa de natureza financeira pela União.
e) a emissão de parecer prévio sobre as contas do Presidente da República.
Comentários
Para responder essa questão, vejamos o que dispõe o inciso V do artigo 52 da CF/88:
“Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
(...)

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V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados,


do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
(...)”.

Gabarito: letra D

9. (VUNESP - TJ-PA - JUIZ – 2014)


Em relação ao controle externo exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio dos Tribunais de
Contas, é correto afirmar que este último poderá:
a) solicitar para exame cópia de edital de licitação já publicado, até o dia útil imediatamente
anterior à data de recebimento das propostas.
b) apreciar, para fins de registro, as nomeações para cargo de provimento em comissão e as
concessões de aposentadorias.
c) determinar a quebra de sigilo de agentes públicos e particulares que contrataram com o
Estado, para apuração de irregularidades.
d) sustar os contratos administrativos em execução, prescindindo de manifestação do Poder
Legislativo.
e) realizar auditorias, mas somente mediante expressa determinação do Poder Legislativo.
Comentários
A letra A está correta, pois conforme o §2º do artigo 113 da Lei nº 8.666/93, que institui normas
para licitações e contratos da Administração Pública, os Tribunais de Contas poderão solicitar para
exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia de edital
de licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração interessada à
adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função desse exame, lhes forem determinadas.
A letra B está errada, pois de acordo com o inciso III do artigo 71 da CF/88, III cabe ao TCU apreciar,
para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório.
A letra C está errada, pois o TCU não tem competência para determinar a quebra de sigilo de agentes
públicos e particulares que contrataram com o Estado, para apuração de irregularidades.
A letra D está errada, pois, no caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo
Congresso Nacional.
O TCU deve realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de
Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário.

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Logo, não precisa determinação expressa do Poder Legislativo.


Gabarito: letra A

10. (VUNESP – CÂMARA MUNICIPAL DE SOROCABA – 2014)


Criado em muitas instituições públicas com o objetivo de garantir a transparência, com
autonomia para intervir em defesa do interesse social, pelo aprimoramento dos processos de
trabalho e dos serviços oferecidos por meio da intermediação das demandas apresentadas
pelo cidadão. Esse órgão é chamado:
a) corregedoria.
b) ouvidoria.
c) procuradoria.
d) conselho de ética
e) controladoria.
Comentários
Vejamos as palavras-chave para “matar” a questão: criado em instituições públicas; garantir a
transparência; autonomia; interesse social; aprimoramento; intermediação. Tudo isso se remete à
ouvidoria.
Gabarito: letra B

11. (VUNESP - TJ-SP - JUIZ – 2014)


O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo funciona como órgão auxiliar:
a) da Câmara Municipal da Capital do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Legislativo do
Município da Capital.
b) do Governo do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Executivo.
c) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Legislativo estadual.
d) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Judiciário.
Comentários
Os Tribunais de Contas são órgãos auxiliares do Poder Legislativo. No âmbito federal, o TCU é órgão
auxiliar do Congresso Nacional.
Já no âmbito estadual, o TCE é órgão auxiliar da Assembleia Legislativa.
Gabarito: letra C

12. (IADES - METRÔ-DF – ADMINISTRADOR – 2014)

Administração Geral e Gestão Estratégica p/ UFC (Administrador) C/ Videoaulas - Pós-Edital 48


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No atual cenário da sociedade, o objetivo do Estado é prestar um serviço cada vez melhor ao
cidadão. Para isso, novos canais de atendimento foram criados e surgiram as ouvidorias. Em
relação à ouvidoria, é correto afirmar que se trata de um (a):
a) canal de atendimento para tirar dúvidas dos usuários.
b) canal de comunicação direto, de pós-atendimento ao usuário/cidadão, por meio do qual ele
pode manifestar uma reclamação, uma denúncia ou um elogio.
c) ferramenta de relacionamento com o usuário/ cidadão.
d) canal para atender os chamados stakeholders da organização em suas solicitações de
melhoria de processos.
e) evolução da central de atendimento ao cidadão, apenas.
Comentários
A letra A e C estão erradas, pois a ouvidoria não se trata de um tira dúvidas ou uma ferramenta de
relacionamento, e sim de um canal direto para o usuário manifestar-se por meio de uma reclamação,
denúncia ou elogio.
As letras D e E são invenções da banca.
Gabarito: letra B

13. (FEPESE - MPE-SC - PROMOTOR – 2014)


O Tribunal de Contas é órgão provido de autonomia constitucional, exerce função auxiliar do
Poder Legislativo e sua atuação fiscalizatória integra o chamado controle externo da
Administração Pública.
Comentários
Questão bem tranquila. A CF/88 dá autonomia ao TCU para auxiliar o Poder Legislativo no controle
externo.
Gabarito: correta

14. (UESPI - PC-PI - DELEGADO – 2014)


Caio ingressou no serviço público há 01 (um ano), contudo, Caio não tem cumprido metas, não
vem desempenhando suas atividades dentro da Administração Pública a contento. Com base
neste episódio que controle da administração pública possui como função a de observar a
eficiência do agente administrativo dentro do princípio da legalidade?
a) Controle administrativo e financeiro.
b) Controle administrativo.
c) Controle político.

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d) Controle judicial.
e) Controle legal
Comentários
O controle da administração pública possui como função a de observar a eficiência do agente
administrativo dentro do princípio da legalidade é o controle administrativo, tendo, por base, o
poder de autotutela.
Gabarito: letra B

15. (FGV - AL-BA – TÉCNICO – 2014)


Com relação às normas de transparência ditadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, analise as
afirmativas a seguir.
I. Para efeitos de transparência, são válidas as divulgações eletrônicas dos instrumentos de
gestão fiscal previstos em Lei.
II. A transparência fiscal é assegurada por meio do incentivo à participação popular e pela
realização de audiências públicas, durante os processos orçamentários.
III. A transparência fiscal é assegurada pela adoção de sistema integrado de administração
financeira e controle, que atenda ao padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder
Executivo da União.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente a afirmativa II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentários
O item I está correto, pois, conforme o artigo 48 da LRF, são instrumentos de transparência da
gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso
público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o
respectivo parecer prévio; o RREO e RGF; e as versões simplificadas desses documentos.
O item II também está correto, pois de acordo com a LRF, a transparência será assegurada, dentre
outros, mediante: incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os
processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.
O item III está correto, pois a transparência também é assegurada pela adoção de sistema integrado
de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade estabelecido
pelo Poder Executivo da União e pela liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da

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sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e


financeira, em meios eletrônicos de acesso público.
Dessa forma, todos os itens estão corretos.
Gabarito: letra E

16. (IDECAN - DETRAN-RO – CONTADOR – 2014)


A Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), determina que o governo
deve divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a
execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações
sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. Nesse sentido, a Lei de
Responsabilidade Fiscal está dispondo sobre a aplicação do Princípio Orçamentário da:
a) Legalidade.
b) Anualidade.
c) Publicidade.
d) Exclusividade.
e) Transparência.
Comentários
A divulgação estabelecida na LRF visa atender ao princípio orçamentário da transparência. De acordo
com a Lei, são instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público:
 os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias;
 as prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
 o RREO e RGF; e as versões simplificadas desses documentos.
Gabarito: letra E

17. (FUNDEP - DPE-MG – DEFENSOR PÚBLICO – 2014)


Sobre o controle externo da Administração Pública a cargo dos Tribunais de Contas, assinale a
alternativa CORRETA.
a) Os Tribunais de Contas têm competência para fiscalizar as despesas dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público.
b) Assim como o Poder Judiciário, os Tribunais de Contas somente podem agir se provocados
por terceiros para suspender o procedimento licitatório ilegal.
c) No exercício de suas atribuições, os Tribunais de Contas não podem apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.

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d) Aos Tribunais de Contas dos Estados compete julgar as contas prestadas anualmente pelo
Governador e Prefeitos.
Comentários
Em razão dos princípios da verdade material e da oficialidade, os Tribunais de Contas podem agir de
ofício. Logo, a letra B está errada, pois não é verdade afirmar que os TC somente devem agir se
provocados por terceiros.
Conforme Súmula 347 do STF: “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar
a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público”. Dessa forma, a letra C também está
errada.
Não cabe julgar as contas dos chefes do Poder Executivo, e sim, apreciá-las. A letra E também está
errada.
A única alternativa correta é a letra A.
Gabarito: letra A

18. (FGV - MPE-RJ – ESTAGIO FORENSE – 2014 - ADAPTADA)


A Constituição da República de 1988 estabelece que qualquer cidadão é parte legítima para
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural.
Comentários
De acordo com o inciso LXXIII do art. 5º da CF/88, “qualquer cidadão é parte legítima para propor
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”.
A questão é cópia desse inciso, sendo, portanto, verdadeira.
Gabarito: correta

19. (FEPESE - MPE-SC - ANALISTA – 2014)


Assinale a alternativa que indica corretamente a periodicidade em que o relatório de gestão
fiscal deve ser emitido pelos titulares dos poderes e órgãos, de acordo com a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
a) Ao final de cada quadrimestre.
b) No primeiro trimestre do ano.
c) No prazo de 90 dias após o encerramento de cada semestre.
d) No último bimestre do exercício fiscal.

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e) Em até 30 dias após o encerramento do semestre.


Comentários
O RGF deve ser emitido, de acordo com a LRF, ao final de cada quadrimestre.
Gabarito: letra A

20. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013)


O Art. 9º da Lei n. 12.527/11 dispõe que o acesso às informações públicas será assegurado
mediante a criação do serviço de informações ao cidadão. Com relação às condições que
devem ser cumpridas para o apropriado cumprimento desta lei, analise os itens a seguir.
I. Atender e orientar o público quanto ao acesso às informações.
II. Informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades.
III. Protocolar documentos e requerimentos de acesso às informações.
Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente os itens I e II estiverem corretos.
c) se somente os itens I e III estiverem corretos.
d) se somente os itens II e III estiverem corretos.
Comentários
A questão pede atenção à letra do artigo 9º da Lei que regula o acesso à informação. Vejamos,
portanto, o que dispõe esse artigo?
“Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado mediante:
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local
com condições apropriadas para:
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades;
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras
formas de divulgação.”

Como podemos observar, os itens I, II e III da questão são cópias fieis dos das alíneas do inciso I do
artigo em questão. Todos estão corretos.
Gabarito: letra A

21. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013)

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O artigo décimo da Lei n. 12.527/11 afirma que qualquer interessado poderá apresentar pedido
de acesso às informações aos órgãos e entidades, por qualquer meio legitimo, devendo o
pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação
requerida.(Adaptado)
Caso não seja possível aos órgãos e entidades concederem o acesso imediato à informação,
assinale a afirmativa que indica o procedimento a ser adotado.
a) Os órgãos ou entidades devem realizar audiências ou consultas públicas, para auxiliar o
requerente.
b) Os órgãos ou entidades devem viabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos de
acesso por meio de seus sítios oficiais na Internet.
c) Os órgãos ou entidades devem indicar as razões de fato ou de direito da recusa do acesso
pretendido.
d) Os órgãos ou entidades devem protocolar novo requerimento de acesso à informação.
Comentários
Pessoal, a Lei dispõe que o órgão ou entidade pública DEVE conceder acesso imediato à informação
disponível. No entanto, se não for possível que se conceda a informação requerida, o órgão ou
entidade que tiver recebido o pedido deverá tomar providências dentro do prazo de vinte dias (que
pode chegar a trinta dias, mediante justificativa expressa)
Dentre as providências, a Lei cita que se deve indicar a data, local e modo para se realizar a consulta,
efetuar a reprodução ou obter a certidão.
O órgão ou entidade também deve informar o motivo da recusa, parcial ou total, do acesso
pretendido. E se não tiver a informação, deverá indicar qual órgão ou entidade que a possui,
podendo, inclusive, enviar o requerimento do usuário ao local competente.
Gabarito: letra C

22. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013)


O Art. 3° da Lei n. 12.527/11 assegura o direito fundamental de acesso à informação, que deve
ser executado em conformidade com os princípios básicos da Administração Pública. Assinale
a alternativa que contém a diretriz a ser adotada para o cumprimento do Artigo mencionado.
a) Preservar o sigilo como regra.
b) Resguardar as informações de interesse público.
c) Cadastrar os órgãos cujo acesso seja permitido.
d) Desenvolver o controle social da Administração Pública
Comentários

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Ao fazermos a leitura deste artigo citado no enunciado da questão, observamos que os


procedimentos que assegurarem o direito fundamental de acesso à informação devem ser
executados em conformidade com as diretrizes dispostas a seguir:
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações;
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação;
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública;
V - desenvolvimento do controle social da administração pública.
Gabarito: letra D

23. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


São competências dos TC, EXCETO:
a) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei.
b) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providencias necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.
c) apreciar, pra fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer titulo,
na administração direta e indireta, incluídas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.
d) realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial.
e) representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
Comentários
Mais uma vez a FMP cobra a “letra da lei” nesta questão. Todas as alternativas são retiradas do texto
da CF/88. Entretanto, a letra C tem um erro.
Os tribunais de contas não apreciam, para fim de registro, a legalidade das nomeações para cargos
de provimento em comissão. De acordo com o inciso n° III:
“III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;”
Gabarito: letra C

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24. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


No que se refere ao controle da administração pública, assinale a incorreta:
a) – As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.
b) – Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas.
c) – O controle judicial é o poder de fiscalização que os órgãos do Poder Judiciário exercem
sobre os atos do Executivo, Legislativo e próprio Judiciário.
d) – Os Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.
e) – O controle legislativo da Administração Pública é exercido por meio de instrumentos,
dentre os quais se destacam: pedido de informação; convocação de autoridades; fiscalização
contábil, financeira e orçamentária; e reclamação administrativa.
Comentários
A alternativa incorreta é a letra E. A reclamação administrativa, citada na alternativa como exemplo
de controle legislativo, é na verdade um exemplo de controle administrativo.
O controle administrativo pode ocorrer de forma autônoma (ou de ofício) e por provocação de
terceiros. A reclamação administrativa se enquadra no controle administrativo que ocorre por
provocação de terceiros.
Gabarito: letra E

25. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


No que se refere ao controle da administração pública, assinale a incorreta:
a) As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.
b) Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas.
c) O controle judicial é o poder de fiscalização que os órgãos do Poder Judiciário exercem sobre
os atos do Executivo, Legislativo e próprio Judiciário.
d) Os Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.

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e) O controle legislativo da Administração Pública é exercido por meio de instrumentos, dentre


os quais se destacam: pedido de informação; convocação de autoridades; fiscalização contábil,
financeira e orçamentária; e reclamação administrativa.
Comentários
A alternativa incorreta é a letra E. A reclamação administrativa, citada na alternativa como exemplo
de controle legislativo, é na verdade um exemplo de controle administrativo.
O controle administrativo pode ocorrer de forma autônoma (ou de ofício) e por provocação de
terceiros. A reclamação administrativa se enquadra no controle administrativo que ocorre por
provocação de terceiros.
Gabarito: letra E

26. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


A transparência da gestão fiscal será garantida pela participação da sociedade e pela divulgação
que deve ser dada a todas as ações relacionadas à arrecadação de receitas e à realização de
despesas. Com esse propósito, a LRF criou alguns mecanismos. Assinale a Incorreta.
a) A participação popular na discussão e na elaboração dos planos e dos orçamentos.
b) A disponibilidade das contas dos administradores, durante todo o exercício, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
c) A emissão de relatórios periódicos de gestão fiscal, de acesso público e ampla divulgação.
d) A emissão de relatórios periódicos de execução orçamentária, de acesso público e ampla
divulgação.
e) O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade
da gestão fiscal serão realizados por Conselho de Orçamento Participativo, constituído por
representantes de todos os poderes e esferas de governo, do MP e de entidades técnicas
representativas da sociedade.
Comentários
Esta questão da FMP cobrou o conhecimento dos instrumentos de transparência trazidos pela LRF.
A letra A está correta e está contida no primeiro inciso do artigo n°48 da lei.
As demais alternativas também estão todas contidas no texto legal. A única alternativa incorreta é
a letra E. A banca se pautou em uma “pegadinha” maldosa. Este Conselho de Gestão Fiscal está
previsto no Artigo n° 67 da LRF, mas ainda não foi criado. Veja abaixo o texto legal51:
“Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade
da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de
todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas
representativas da sociedade, visando a:

51
Lei Complementar n° 101/2000

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I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;


II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto
público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e natransparência da gestão
fiscal;
III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de contas
e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta LeiComplementar, normas e
padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle
social;
IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.”

Como a banca solicitou os instrumentos já criados pela LRF, esta alternativa se torna incorreta
(apesar de estar prevista no texto legal).
Gabarito: letra E.

27. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


A transparência da gestão fiscal será garantida pela participação da sociedade e pela divulgação
que deve ser dada a todas as ações relacionadas à arrecadação de receitas e à realização de
despesas. Com esse propósito, a LRF criou alguns mecanismos. Assinale a Incorreta.
a) A participação popular na discussão e na elaboração dos planos e dos orçamentos.
b) A disponibilidade das contas dos administradores, durante todo o exercício, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
c) A emissão de relatórios periódicos de gestão fiscal, de acesso público e ampla divulgação.
d) A emissão de relatórios periódicos de execução orçamentária, de acesso público e ampla
divulgação.
e) O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade
da gestão fiscal serão realizados por Conselho de Orçamento Participativo, constituído por
representantes de todos os poderes e esferas de governo, do MP e de entidades técnicas
representativas da sociedade.
Comentários
Esta questão da FMP cobrou o conhecimento dos instrumentos de transparência trazidos pela LRF.
A letra A está correta e está contida no primeiro inciso do artigo n°48 da lei.
As demais alternativas também estão todas contidas no texto legal. A única alternativa incorreta é
a letra E. A banca se pautou em uma “pegadinha” maldosa. Este Conselho de Gestão Fiscal está
previsto no Artigo n° 67 da LRF, mas ainda não foi criado. Veja abaixo o texto legal52:
“Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade
da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes
de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas
representativas da sociedade, visando a:

52
Lei Complementar n° 101/2000

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I - harmonização e coordenação entre os entes da Federação;


II - disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e execução do gasto
público, na arrecadação de receitas, no controle do endividamento e natransparência da gestão
fiscal;
III - adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de contas
e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta LeiComplementar, normas e
padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle
social;
IV - divulgação de análises, estudos e diagnósticos.”

Como a banca solicitou os instrumentos já criados pela LRF, esta alternativa se torna incorreta
(apesar de estar prevista no texto legal).
Gabarito: letra E

28. (FCC - TCE-SP – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – 2015)


O controle da Administração pública pode ser definido como o poder-dever de fiscalização e
correção exercido pelos órgãos aos quais é conferido, com o objetivo de garantir a
conformidade de atuação com os princípios impostos pelo ordenamento jurídico. Nesse
contexto, o controle dos aspectos de conveniência e oportunidade subjacentes à prática de
atos administrativos discricionários:
a) é passível de ser exercido no âmbito do controle externo, salvo para verificação de
economicidade.
b) é próprio do poder de tutela a que se submetem as entidades integrantes da Administração
Indireta.
c) está presente no controle interno e constitui expressão da autotutela.
d) é decorrência da hierarquia e somente pode ser exercido por autoridade superior àquela
que praticou o ato.
e) é vedado em sede de controle interno, que admite apenas a verificação de aspectos de
legalidade.
Comentários
A letra A está errada, pois, quando se fala em conveniência e oportunidade, está referindo-se ao
controle interno e não o externo.
O poder de tutela está direcionado aos órgãos da Administração Direta. Dessa forma, a letra B está
errada.
A letra D está errada, pois, de acordo com Mazza53: Recurso hierárquico próprio: é aquele
endereçado à autoridade superior à que praticou o ato recorrido. Como tal recurso é inerente à
organização escalonada da Administração, pode ser interposto sem necessidade de previsão legal.
Exemplo: recurso contra autuação dirigido à chefia do setor de fiscalização.

53
(Mazza, 2011)

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A letra E está errada, pois, ao contrário do que afirma o examinador, é direcionado ao controle
interno. Diante disso, apenas a letra C está correta.
Gabarito: letra C

29. (FCC - TCM-GO – AUDITOR – 2015)


Quanto ao sistema de controle incidente sobre a atuação administrativa, a Administração
pública está sujeita à(ao):
a) controle interno e ao controle externo de seus atos, este último, via de regra, efetivado pelos
Poderes Legislativo e Judiciário e alicerçado nos mecanismos de controles recíprocos entre os
Poderes.
b) controle externo de seus atos, que, via de regra, é alicerçado nos princípios hierárquico e
disciplinar.
c) controle interno e ao controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder
Judiciário, mediante provocação, e o segundo pelo Legislativo de ofício, por intermédio do
Tribunal de Contas.
d) autotutela administrativa que é levada a efeito pela própria administração, e, também, pelos
Tribunais de Contas.
e) controle interno e ao controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder
Legislativo, por intermédio do Tribunal de Contas e o segundo pelo Poder Judiciário.
Comentários
De acordo com a letra da CF/88, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Dessa forma, o controle interno e o externo atuam sobre a administração pública. Vale apenas
ressaltar que o controle externo exercido pelo judiciário se dá a posteriori, pois será sobre a
legalidade.
Gabarito: letra A

30. (FCC - SEFAZ-RJ - AFRE – 2014)


Na Administração pública, a Constituição Federal adotou dois sistemas de controle, o interno
e o externo. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno que tem, dentre outras, a finalidade de:
a) prestar as informações solicitadas pelo Poder Legislativo, sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas.

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b) representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, a partir da


realização de auditoria nos órgãos públicos.
c) denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Ministério Público, quando constatadas
nas transações realizadas por entidades da Administração pública.
d) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na Administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
Comentários
Questão cópia do artigo 74 da CF/88, senão vejamos:
“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional”.

Gabarito: letra D

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LISTA DE QUESTÕES TRABALHADAS NA AULA

1. (VUNESP – PREF. ALUMÍNIO -SP – PROCURADOR – 2016)


Com relação aos atos discricionários, pode-se afirmar corretamente que o controle judicial
(A) é possível, mas terá que respeitar a discricionariedade administrativa.
(B) é possível somente nas hipóteses em que se verifica um excesso de poder.
(C) é possível, não existindo qualquer restrição ao Poder Judiciário.
(D) não é possível, pois se alicerçam na oportunidade e conveniência da Administração.
(E) é possível somente nas hipóteses em que se verifica um desvio de poder.

2. (VUNESP – PREF. SERTÃOZINHO -SP – PROCURADOR – 2016)


Julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da Administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público é competência constitucionalmente
atribuída ao
(A) Poder Judiciário de âmbito Estadual, aos juízes vinculados ao Tribunal de Justiça do
respectivo Estado.
(B) Poder Judiciário de âmbito Federal, aos juízes vinculados ao Tribunal Regional Federal
daquela Região.
(C) Tribunal de Contas que atue no âmbito daquele ente federativo.
(D) Sistema de controle interno de cada Poder.
(E) Controle externo a cargo do Poder Legislativo, que será exercido com o auxílio do Ministério
Público.

3. (VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015)


A respeito dos sistemas de controle existentes no Brasil, assinale a alternativa correta.
(A) Os controles têm como objetivo examinar se a atividade governamental cumpriu a
legalidade no desenvolvimento de suas atividades.
(B) O controle social é exercido pela participação ativa da sociedade nos conselhos de políticas
públicas.
(C) O controle social, exercido pela sociedade, é um complemento ao controle institucional,
exercido pelos órgãos fiscalizadores.

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(D) Cabe ao controle social acompanhar o processo de elaboração do planejamento, e, ao


controle institucional, o acompanhamento da execução das despesas públicas.
(E) O papel do controle interno é garantir a legalidade nas ações dos governantes e é exercido
pelos Tribunais de Contas e pela Controladoria.

4. (VUNESP - PC-CE - DELEGADO – 2015)


A Administração Pública deve atuar com legitimidade, segundo as normas pertinentes a cada
ato e de acordo com a finalidade e o interesse coletivo na sua realização. Nesse sentido, é
correto afirmar que:
a) o controle de mérito é todo aquele que antecede a conclusão do ato.
b) a inexistência de lei específica impede o controle externo popular.
c) se o ato pendente de decisão administrativa é inoperante, pode causar lesão ou ameaça de
lesão a alguém, que passa a ter legitimação para se socorrer do Judiciário.
d) são características da fiscalização hierárquica a mutabilidade e a provocação.
e) o controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a Administração tem
sobre seus próprios atos e agentes.

5. (VUNESP - PC-CE - ESCRIVÃO – 2015)


Com relação ao controle administrativo, é correto afirmar que:
a) por controle judicial entende-se o controle interno que o Poder Judiciário realiza com seus
próprios atos, não podendo incidir sobre as atividades administrativas do Estado.
b) o controle, em razão da legalidade dos atos administrativos, é exercido tanto pela
Administração como pelo Poder Judiciário.
c) o Tribunal de Contas é o órgão do Poder Judiciário encarregado do controle financeiro da
Administração Pública
d) não poderá o Poder Legislativo fiscalizar as atividades da Administração Pública.
e) somente o Ministério Público poderá fiscalizar os atos dos administradores públicos.

6. (FGV - TJ-SC – TÉCNICO – 2015)


O controle da Administração Pública é o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos
por meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa
em qualquer das esferas de Poder. Nesse contexto, é correto afirmar que o controle:
a) legislativo é aquele executado pelo Poder Legislativo sobre os atos da Administração Pública,
como, por exemplo, quando o Tribunal de Contas, órgão de controle financeiro que integra o
Legislativo, realiza o controle externo dos Poderes Executivo e Judiciário;

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b) judicial é levado a efeito pelo Poder Judiciário, ao qual cabe, em regra, decidir sobre a
legalidade e o mérito dos atos da Administração em geral, podendo invalidar e revogar,
respectivamente, os atos ilegais e inoportunos;
c) administrativo é o que se origina da própria Administração Pública, como, por exemplo,
quando o Chefe do Executivo, pelo atributo da autotutela, promove a revisão (seja para
invalidação, seja para alteração) de um ato oriundo do Poder Legislativo;
d) externo é exercido com exclusividade pelo Poder Judiciário sobre os Poderes Legislativo e
Executivo, que estão sujeitos às decisões judiciais pelos princípios da inafastabilidade e
supremacia da jurisdição, sendo que tais poderes não exercem qualquer controle sobre o
Judiciário;
e) interno é exercido com exclusividade pelo Poder Executivo, por meio do Tribunal de Contas
que promove a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos
órgãos do próprio Executivo.

7. (FUNIVERSA - SAPeJUS – GO – AGENTE DE SEGURANÇA – 2015)


Acerca dos atos administrativos e do controle judicial dos atos da Administração, assinale a
alternativa correta.
a) Em regra, o controle do Poder Judiciário sobre atos administrativos abrange a legalidade e o
mérito do ato administrativo.
b) A prática de ato administrativo, ainda que desproporcional, não permite a intervenção do
Poder Judiciário, pois, nesse caso, haveria ofensa ao princípio da harmonia entre os Poderes
da República.
c) Em regra, é cabível ao Poder Judiciário examinar o mérito do ato administrativo
discricionário, classificação na qual se enquadra o ato que aprecia pedido de licença de servidor
para tratar de interesse particular.
d) O ato administrativo discricionário está sujeito a controle judicial, sobretudo no que se
refere à presença de motivação, respeitados os limites da discricionariedade conferida à
Administração.
e) O ato discricionário, sujeito ao juízo de conveniência e oportunidade, é insuscetível de
controle jurisdicional, mesmo que praticado com abuso de poder.

8. (VUNESP - SAAE-SP - PROCURADOR – 2014)


O controle externo da Administração Pública pode ser exercido, em alguns casos, diretamente
pelo Congresso Nacional, sendo uma hipótese de controle exercido exclusivamente pelo
Senado Federal:
a) a sustação de atos e contratos.
b) a convocação de Ministro para prestar informações.

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c) o julgamento das contas do Presidente da República.


d) a autorização para realização de operação externa de natureza financeira pela União.
e) a emissão de parecer prévio sobre as contas do Presidente da República.

9. (VUNESP - TJ-PA - JUIZ – 2014)


Em relação ao controle externo exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio dos Tribunais de
Contas, é correto afirmar que este último poderá:
a) solicitar para exame cópia de edital de licitação já publicado, até o dia útil imediatamente
anterior à data de recebimento das propostas.
b) apreciar, para fins de registro, as nomeações para cargo de provimento em comissão e as
concessões de aposentadorias.
c) determinar a quebra de sigilo de agentes públicos e particulares que contrataram com o
Estado, para apuração de irregularidades.
d) sustar os contratos administrativos em execução, prescindindo de manifestação do Poder
Legislativo.
e) realizar auditorias, mas somente mediante expressa determinação do Poder Legislativo.

10. (VUNESP – CÂMARA MUNICIPAL DE SOROCABA – 2014)


Criado em muitas instituições públicas com o objetivo de garantir a transparência, com
autonomia para intervir em defesa do interesse social, pelo aprimoramento dos processos de
trabalho e dos serviços oferecidos por meio da intermediação das demandas apresentadas
pelo cidadão. Esse órgão é chamado:
a) corregedoria.
b) ouvidoria.
c) procuradoria.
d) conselho de ética
e) controladoria.

11. (VUNESP - TJ-SP - JUIZ – 2014)


O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo funciona como órgão auxiliar:
a) da Câmara Municipal da Capital do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Legislativo do
Município da Capital.
b) do Governo do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Executivo.
c) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Legislativo estadual.

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d) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Judiciário.

12. (IADES - METRÔ-DF – ADMINISTRADOR – 2014)


No atual cenário da sociedade, o objetivo do Estado é prestar um serviço cada vez melhor ao
cidadão. Para isso, novos canais de atendimento foram criados e surgiram as ouvidorias. Em
relação à ouvidoria, é correto afirmar que se trata de um (a):
a) canal de atendimento para tirar dúvidas dos usuários.
b) canal de comunicação direto, de pós-atendimento ao usuário/cidadão, por meio do qual ele
pode manifestar uma reclamação, uma denúncia ou um elogio.
c) ferramenta de relacionamento com o usuário/ cidadão.
d) canal para atender os chamados stakeholders da organização em suas solicitações de
melhoria de processos.
e) evolução da central de atendimento ao cidadão, apenas.

13. (FEPESE - MPE-SC - PROMOTOR – 2014)


O Tribunal de Contas é órgão provido de autonomia constitucional, exerce função auxiliar do
Poder Legislativo e sua atuação fiscalizatória integra o chamado controle externo da
Administração Pública.

14. (UESPI - PC-PI - DELEGADO – 2014)


Caio ingressou no serviço público há 01 (um ano), contudo, Caio não tem cumprido metas, não
vem desempenhando suas atividades dentro da Administração Pública a contento. Com base
neste episódio que controle da administração pública possui como função a de observar a
eficiência do agente administrativo dentro do princípio da legalidade?
a) Controle administrativo e financeiro.
b) Controle administrativo.
c) Controle político.
d) Controle judicial.
e) Controle legal

15. (FGV - AL-BA – TÉCNICO – 2014)


Com relação às normas de transparência ditadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, analise as
afirmativas a seguir.
I. Para efeitos de transparência, são válidas as divulgações eletrônicas dos instrumentos de
gestão fiscal previstos em Lei.

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II. A transparência fiscal é assegurada por meio do incentivo à participação popular e pela
realização de audiências públicas, durante os processos orçamentários.
III. A transparência fiscal é assegurada pela adoção de sistema integrado de administração
financeira e controle, que atenda ao padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder
Executivo da União.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente a afirmativa II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

16. (IDECAN - DETRAN-RO – CONTADOR – 2014)


A Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), determina que o governo
deve divulgar o orçamento público de forma ampla à sociedade; publicar relatórios sobre a
execução orçamentária e a gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações
sobre a arrecadação da receita e a execução da despesa. Nesse sentido, a Lei de
Responsabilidade Fiscal está dispondo sobre a aplicação do Princípio Orçamentário da:
a) Legalidade.
b) Anualidade.
c) Publicidade.
d) Exclusividade.
e) Transparência.

17. (FUNDEP - DPE-MG – DEFENSOR PÚBLICO – 2014)


Sobre o controle externo da Administração Pública a cargo dos Tribunais de Contas, assinale a
alternativa CORRETA.
a) Os Tribunais de Contas têm competência para fiscalizar as despesas dos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público.
b) Assim como o Poder Judiciário, os Tribunais de Contas somente podem agir se provocados
por terceiros para suspender o procedimento licitatório ilegal.
c) No exercício de suas atribuições, os Tribunais de Contas não podem apreciar a
constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
d) Aos Tribunais de Contas dos Estados compete julgar as contas prestadas anualmente pelo
Governador e Prefeitos.

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18. (FGV - MPE-RJ – ESTAGIO FORENSE – 2014 - ADAPTADA)


A Constituição da República de 1988 estabelece que qualquer cidadão é parte legítima para
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural.

19. (FEPESE - MPE-SC - ANALISTA – 2014)


Assinale a alternativa que indica corretamente a periodicidade em que o relatório de gestão
fiscal deve ser emitido pelos titulares dos poderes e órgãos, de acordo com a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
a) Ao final de cada quadrimestre.
b) No primeiro trimestre do ano.
c) No prazo de 90 dias após o encerramento de cada semestre.
d) No último bimestre do exercício fiscal.
e) Em até 30 dias após o encerramento do semestre.

20. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013)


O Art. 9º da Lei n. 12.527/11 dispõe que o acesso às informações públicas será assegurado
mediante a criação do serviço de informações ao cidadão. Com relação às condições que
devem ser cumpridas para o apropriado cumprimento desta lei, analise os itens a seguir.
I. Atender e orientar o público quanto ao acesso às informações.
II. Informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades.
III. Protocolar documentos e requerimentos de acesso às informações.
Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente os itens I e II estiverem corretos.
c) se somente os itens I e III estiverem corretos.
d) se somente os itens II e III estiverem corretos.

21. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013)


O artigo décimo da Lei n. 12.527/11 afirma que qualquer interessado poderá apresentar pedido
de acesso às informações aos órgãos e entidades, por qualquer meio legitimo, devendo o

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pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação


requerida.(Adaptado)
Caso não seja possível aos órgãos e entidades concederem o acesso imediato à informação,
assinale a afirmativa que indica o procedimento a ser adotado.
a) Os órgãos ou entidades devem realizar audiências ou consultas públicas, para auxiliar o
requerente.
b) Os órgãos ou entidades devem viabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos de
acesso por meio de seus sítios oficiais na Internet.
c) Os órgãos ou entidades devem indicar as razões de fato ou de direito da recusa do acesso
pretendido.
d) Os órgãos ou entidades devem protocolar novo requerimento de acesso à informação.

22. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013)


O Art. 3° da Lei n. 12.527/11 assegura o direito fundamental de acesso à informação, que deve
ser executado em conformidade com os princípios básicos da Administração Pública. Assinale
a alternativa que contém a diretriz a ser adotada para o cumprimento do Artigo mencionado.
a) Preservar o sigilo como regra.
b) Resguardar as informações de interesse público.
c) Cadastrar os órgãos cujo acesso seja permitido.
d) Desenvolver o controle social da Administração Pública

23. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


São competências dos TC, EXCETO:
a) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei.
b) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providencias necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.
c) apreciar, pra fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer titulo,
na administração direta e indireta, incluídas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.
d) realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial.
e) representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

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24. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


No que se refere ao controle da administração pública, assinale a incorreta:
a) – As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.
b) – Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas.
c) – O controle judicial é o poder de fiscalização que os órgãos do Poder Judiciário exercem
sobre os atos do Executivo, Legislativo e próprio Judiciário.
d) – Os Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.
e) – O controle legislativo da Administração Pública é exercido por meio de instrumentos,
dentre os quais se destacam: pedido de informação; convocação de autoridades; fiscalização
contábil, financeira e orçamentária; e reclamação administrativa.

25. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


No que se refere ao controle da administração pública, assinale a incorreta:
a) As contas dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.
b) Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas.
c) O controle judicial é o poder de fiscalização que os órgãos do Poder Judiciário exercem sobre
os atos do Executivo, Legislativo e próprio Judiciário.
d) Os Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.
e) O controle legislativo da Administração Pública é exercido por meio de instrumentos, dentre
os quais se destacam: pedido de informação; convocação de autoridades; fiscalização contábil,
financeira e orçamentária; e reclamação administrativa.

26. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


A transparência da gestão fiscal será garantida pela participação da sociedade e pela divulgação
que deve ser dada a todas as ações relacionadas à arrecadação de receitas e à realização de
despesas. Com esse propósito, a LRF criou alguns mecanismos. Assinale a Incorreta.
a) A participação popular na discussão e na elaboração dos planos e dos orçamentos.

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b) A disponibilidade das contas dos administradores, durante todo o exercício, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
c) A emissão de relatórios periódicos de gestão fiscal, de acesso público e ampla divulgação.
d) A emissão de relatórios periódicos de execução orçamentária, de acesso público e ampla
divulgação.
e) O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade
da gestão fiscal serão realizados por Conselho de Orçamento Participativo, constituído por
representantes de todos os poderes e esferas de governo, do MP e de entidades técnicas
representativas da sociedade.

27. (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011)


A transparência da gestão fiscal será garantida pela participação da sociedade e pela divulgação
que deve ser dada a todas as ações relacionadas à arrecadação de receitas e à realização de
despesas. Com esse propósito, a LRF criou alguns mecanismos. Assinale a Incorreta.
a) A participação popular na discussão e na elaboração dos planos e dos orçamentos.
b) A disponibilidade das contas dos administradores, durante todo o exercício, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
c) A emissão de relatórios periódicos de gestão fiscal, de acesso público e ampla divulgação.
d) A emissão de relatórios periódicos de execução orçamentária, de acesso público e ampla
divulgação.
e) O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade
da gestão fiscal serão realizados por Conselho de Orçamento Participativo, constituído por
representantes de todos os poderes e esferas de governo, do MP e de entidades técnicas
representativas da sociedade.
28. (FCC - TCE-SP – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – 2015)
O controle da Administração pública pode ser definido como o poder-dever de fiscalização e
correção exercido pelos órgãos aos quais é conferido, com o objetivo de garantir a
conformidade de atuação com os princípios impostos pelo ordenamento jurídico. Nesse
contexto, o controle dos aspectos de conveniência e oportunidade subjacentes à prática de
atos administrativos discricionários:
a) é passível de ser exercido no âmbito do controle externo, salvo para verificação de
economicidade.
b) é próprio do poder de tutela a que se submetem as entidades integrantes da Administração
Indireta.
c) está presente no controle interno e constitui expressão da autotutela.
d) é decorrência da hierarquia e somente pode ser exercido por autoridade superior àquela
que praticou o ato.

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e) é vedado em sede de controle interno, que admite apenas a verificação de aspectos de


legalidade.

29. (FCC - TCM-GO – AUDITOR – 2015)


Quanto ao sistema de controle incidente sobre a atuação administrativa, a Administração
pública está sujeita à(ao):
a) controle interno e ao controle externo de seus atos, este último, via de regra, efetivado pelos
Poderes Legislativo e Judiciário e alicerçado nos mecanismos de controles recíprocos entre os
Poderes.
b) controle externo de seus atos, que, via de regra, é alicerçado nos princípios hierárquico e
disciplinar.
c) controle interno e ao controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder
Judiciário, mediante provocação, e o segundo pelo Legislativo de ofício, por intermédio do
Tribunal de Contas.
d) autotutela administrativa que é levada a efeito pela própria administração, e, também, pelos
Tribunais de Contas.
e) controle interno e ao controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder
Legislativo, por intermédio do Tribunal de Contas e o segundo pelo Poder Judiciário.

30. (FCC - SEFAZ-RJ - AFRE – 2014)


Na Administração pública, a Constituição Federal adotou dois sistemas de controle, o interno
e o externo. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno que tem, dentre outras, a finalidade de:
a) prestar as informações solicitadas pelo Poder Legislativo, sobre a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e
inspeções realizadas.
b) representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, a partir da
realização de auditoria nos órgãos públicos.
c) denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Ministério Público, quando constatadas
nas transações realizadas por entidades da Administração pública.
d) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
e) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na Administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.

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GABARITO

1. A 13. C 25. E
2. C 14. B 26. E
3. C 15. E 27. E
4. E 16. E 28. C
5. B 17. A 29. A
6. A 18. C 30. D
7. D 19. A
8. D 20. A
9. A 21. C
10. B 22. D
11. C 23. C
12. B 24. E

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BIBLIOGRAFIA
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo descomplicado. São Paulo: Forense.
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2014). Direito Administrativo Descomplicado. Rio de Janeiro : Forense;
São Paulo: Método.
Barreto, W. d. (2009). Controle da Gestão Pública e Participação Cidadã: a experiência da ouvidoria
do Tribunal de Contas de Pernambuco. Dissertação do Curso de Mestrado em Administração
Pública. Rio de Janeiro: FGV.
Costin, C. (2010). Administração Pública. Rio de Janeiro: Elsevier.
Lima, C. A. (2005). Administração Pública para concursos. Rio de Janeiro: Elsevier.
Lima, L. H. (2009). Controle externo: teoria, jurisprudência e mais de 500 questões (3° Ed. ed.). Rio de
Janeiro: Elsevier.
LYRA, R. (2004). Autônomas x obedientes: a Ouvidoria em debate. Política & Trabalho - Revista de
Ciências Sociais nº 20.
Matias-Pereira, J. (2009). Curso de Administração Pública: foco nas instituições e ações
governamentais (2° ed.). São Paulo: Atlas.
Mazza, A. (2011). Manual de direito administrativo (1° Ed. ed.). São Paulo: Saraiva.
Olivieri, C. (2010). Monitoramento das políticas públicas e controle da burocracia: o sistema de
controle interno do Executivo federal brasileiro. Em F. Abrucio, M. Loureiro, & R. Pacheco,
Burocracia e política no Brasil: desafios para a ordem democrática no século XXI (pp. 149-
181). Rio de Janeiro: FGV.
Paludo, A. V. (2010). Administração pública: teoria e questões (1° ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.
Teixeira, M. A. (2012). Estado, governo e administração pública. Rio de Janeiro: FGV.
Zymler, B. (2009). Direito Administrativo e controle. Belo Horizonte: Fórum.

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