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RESUMO DOS SLIDES

1° slide:
A sexualidade não está relacionada somente ao ato sexual. A sexualidade está relacionada à
vida, sensações, sentimentos e emoções relacionados ao prazer. Como envolve diversas
dimensões humanas, é um tema muitas vezes difícil de ser tratado e, por isso, permeado de
dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus.

Muitas pessoas acham que ao falar de sexualidade estamos falando de sexo, mas é importante
entender que sexo se refere a definição dos órgãos genitais, masculino ou feminino, ou também
pode ser compreendido como uma relação sexual, enquanto que o conceito de sexualidade está
ligado a tudo aquilo que somos capazes de sentir e expressar. Abaixo vamos conhecer o Conceito
da Organização Mundial de Saúde.

"A sexualidade faz parte da personalidade de cada um, é uma necessidade básica e um aspecto
do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Sexualidade não é
sinônimo de coito (relação sexual) e não se limita à ocorrência ou não de orgasmo. Sexualidade é
muito mais que isso, é a energia que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade e se
expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A
sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física
e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser
considerada um direito humano básico." (WHO TECHNICAL REPORTS SERIES, 1975)

Devemos compreender também que tudo que sentimos e vivemos acontece no nosso corpo,
portanto, não é possível separar a sexualidade do corpo ou pensar no corpo sem considerar a
sexualidade. Por isso, ouvimos tantas mensagens de controle do nosso corpo, “fecha a perna”,
“não chora”, “tira a mão daí” etc., que tem por objetivo controlar também a nossa sexualidade e
como consequência acaba nos afastando de conhecer e cuidar do nosso corpo e aumentando a
nossa vulnerabilidade.

Sim, afinal a sexualidade está presente deste quando nascemos até nossa morte, o que irá
acontecer é que a sexualidade humana pode se transformar ao longo dos anos, dependendo das
experiências que a pessoa se permite vivenciarem. Sendo assim, é possível entender a
sexualidade como uma característica dinâmica e não estática, imutável, ou seja, assim como os
cabelos mudam de cor e de textura ao longo dos anos, a sexualidade também muda conforme o
tempo passa. A maneira como nos sentimos atraídos pelas outras pessoas também pode mudar
em intensidade, em orientação e em identidade, ao longo da vida e de acordo com as vivências
que os indivíduos se permitem.
2° slide
A sexualidade na terceira idade é frequentemente vista com base em velhos estereótipos
privados de significados, como também é associada a disfunção ou a alguma insatisfação. Dessa
forma, pensa-se que envelhecer é incompatível com uma boa qualidade de vida. Entretanto,
uma velhice satisfatória não necessariamente precisa ser um privilégio, ou ser um atributo
biológico, psicológico, ou social, embora resulte da qualidade da interação entre pessoas e do
entorno que as circunda.

Os estereótipos de que as pessoas idosas não são atraentes fisicamente, não têm interesse por
sexo, ou são incapazes de sentir algum estímulo sexual ainda são amplamente difundidos. Esses,
acrescidos da falta de informação, induzem as pessoas a assumirem uma atitude pessimista em
tudo que se refere ao sexo na velhice. Entretanto, com os recursos tecnológicos atualmente
existentes, a maioria das pessoas idosas está apta a usufruir uma vida sexual satisfatória. Para
isso, uma atividade sexual regular ajuda a manter a habilidade no sexo, embora com o passar do
tempo seja possível constatar certa diminuição de resposta aos estímulos sexuais, fenômeno
relacionado ao processo normal de envelhecimento.

Os idosos sofrem com problemas sexuais e preocupações que não são diferentes daqueles das
pessoas jovens, todavia os fatores biológicos e psicológicos da velhice podem exigir mais
atenção. Os idosos contemporâneos, e sobretudo os casais idosos, podem ter os mesmos
problemas que envolvem as pessoas de todas as idades, o que provoca certas dúvidas em pessoas
mais jovens, preocupadas com o que o futuro que lhes está reservado. É preciso ter em mente
que na velhice é importante manter-se ativo sexualmente, pois fazer sexo com regularidade
ajuda a manter os órgãos sexuais saudáveis. Nas mulheres, por exemplo, contribui para manter a
vagina lubrificada e flexível. É preciso também que se vejam com naturalidade as modificações
ocorridas no organismo e não se cobre um desempenho atlético, afinal, uma relação sexual é um
momento de prazer e relaxamento, não de desafio, ou de uma disputa a ser ganha (NOGUEIRA,
200).

Psicólogos e gerontólogos são concordes em afirmar que a sexualidade pode estar ou não
presente na vida das pessoas. Assim, como em outras áreas da existência, se a relação é boa e
saudável no decorrer da vida, as chances na velhice serão melhores. Os problemas decorrentes
do próprio desgaste do organismo, doenças, problemas familiares, financeiros, dentre outros,
podem causar dificuldades sexuais na velhice. Assim, o idoso tem de estar ciente das
modificações orgânicas que seu organismo sofrerá, mas também não deverá se preocupar.
Atualmente, as pessoas podem recorrer a intervenções medicamentosas, ou a tratamentos
terapêuticos, dietas, exercícios para resolver esses impasses. Dessa forma, a vida sexual de um
casal na terceira idade pode ser plena e feliz se eles encararem a velhice e o ato sexual com a
mesma tranquilidade com que o viveram na juventude e, ainda, mantendo vivo o desejo, mesmo
após seis, sete ou oito décadas de vida, se isso for importante na vida da pessoa. Muitos idosos,
infelizmente, deixam de ter relações sexuais com suas parceiras por medo, vergonha (dentre
outras possibilidades), acreditando-se impotentes.

Contudo, é importante destacar que a motivação para o sexo depende mais da saúde
mental, da disposição para o ato e da qualidade de vida dos componentes da relação que da
própria musculatura enrijecida percalços que a idade traz, e abandonar os conceitos e pré-
conceitos (e dos preconceitos) ultrapassados, que pressupunham a velhice como uma etapa de
decadência da vida de uma pessoa. O bom humor, o bem-estar, aliado aos cuidados com a
saúde, com o corpo, com o espírito, os sentimentos, as emoções fazem com que a idade não
atrapalhe, mas seja uma etapa prazerosa da vida, na qual a sabedoria, a tranquilidade e as
relações sociais podem trazer satisfação para viver a maturidade.

É importante abandonarmos posturas derrotistas e reeducarmos a nossa visão, aprendendo,


definitivamente, que o amor não acaba com o passar dos anos, pois não existe “aposentadoria”
para ele e, concomitantemente, para a vivência de uma sexualidade em idade avançada. O amor
romântico e a prática do erotismo na velhice são um direito, infelizmente nem sempre
respeitado. Ninguém, em seu perfeito juízo, negaria ao idoso todos os direitos que a vida lhe dá,
como comer, dormir, divertir-se, trabalhar, enfim, exercer plena e conscientemente a vida
que pulsa. Por que, então, lhe negar o direito ao amor e à vivência de sua sexualidade? Se
isso fosse normal, certamente esses desejos legítimos e saudáveis se arrefeceriam com o
passar do tempo; se não arrefecem, é porque a sábia natureza reconhece sua validade.
Pelo que constatamos, a libido não tem idade; ela pede e grita no velho como pedia e gritava no
jovem que ele foi. Assim, como aceitar uma restrição que lhe é exterior? Como ceder à pressão
e se enclausurar, renunciar a viver esse lado e direito exultante do eu?

Logo, amar na velhice é um direito de todos, pois não é somente na juventude que os sentimentos
e desejos podem se manifestar. O amor e a sexualidade na terceira idade são frequentemente
vistos segundo velhos estereótipos privados de significados. É preciso, portanto, acabar
com as atitudes pessimistas em tudo que se refere ao amor e sexo na velhice. As modificações
e alterações que acontecem no organismo com o envelhecimento não devem ser empecilhos para
que se tenha relação sexual de forma prazerosa. Os momentos íntimos devem ser de prazer e
relaxamento, não uma disputa. Portanto, o amor e a prática do erotismo podem e devem fazer
parte da vida produtiva do idoso.

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