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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE ENGENHARIA

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES E
DISJUNTORES

Prof.: Aureo Cezar de Lima


UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE ENGENHARIA

PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS ELÉTRICOS


Dimensionamento
1. Seção mínima dos condutores;
2. Escolha do disjuntor;
3. Capacidade de condução de corrente e coordenação
com o disjuntor;
4. Limites de queda de tensão;
5. Seção do condutor neutro e de proteção;
6. Proteção contra choques elétricos (outra aula).
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DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
NBR 5410 – 2004 rev. 2008

6.2.6.1.2 A seção dos condutores deve ser determinada de forma a que


sejam atendidos, no mínimo, todos os seguintes critérios:
a) a capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual ou
superior à corrente de projeto do circuito, incluindo as componentes
harmônicas, afetada dos fatores de correção aplicáveis (ver 6.2.5);
b) a proteção contra sobrecargas, conforme 5.3.4 e 6.3.4.2;
c) a proteção contra curtos-circuitos e solicitações térmicas, conforme 5.3.5
e 6.3.4.3;
d) a proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da
alimentação em esquemas TN e IT, quando pertinente (5.1.2.2.4);
e) os limites de queda de tensão, conforme 6.2.7; e
f) as seções mínimas indicadas em 6.2.6.1.1.
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1. Seção mínima dos condutores


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2. Escolha do disjuntor (Determina-se a corrente de projeto)

Determinação da corrente de projeto IB

Circuito Circuito Para motores


Monofásico Trifásico equilibrado

𝐼𝐵 = 𝑆𝑉𝑛 𝐼𝐵 = 𝑆𝑛 P𝑛
𝑆𝑛 = (cosφ∗η) ∗𝐹𝑠
3∗𝑉
Sendo:
IB – Corrente de projeto, em ampères (A) Pn – Potência no eixo do motor (W)
Sn – Potência nominal do circuito, em Volt ampère (VA) Cos φ – Fator de potência
V – Tensão nominal do circuito, em Volt (V) η – Rendimento
Fs – Fator de serviço (para motores)
OBS.: Circuito trifásico desequilibrado é
calculado como monofásico para cada OBS.: 1cv = 735,5 W
fase independentemente.
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2. Escolha do disjuntor (Norma aplicada)

1. Norma NM 60898 - disjuntor não desarma


abaixo de 1,13 In para a temperatura de
calibração (30ºC);
2. Disjuntor desarma com 1,45 In
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2. Escolha do disjuntor – Funcionamento

a. Corrente nominal de operação;


b. Capacidade de interrupção;
c. Tensão nominal;
d. Frequência nominal;
e. Tipo:
• Térmico, magnético,
termomagnético, ajustável, ...
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2. Escolha do disjuntor – Correntes comerciais (In)

DEVE SER MAIOR QUE A CORRENTE DE PROJETO IB

Disjuntor padrão
Europeu “DIN”
Disjuntor padrão
NEMA
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2. Escolha do disjuntor – Tempo de atuação


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2. Escolha do disjuntor – Tempo de atuação


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2. Escolha do disjuntor – Capacidade de interrupção


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3. Capacidade de condução de corrente – depende de...

a. Material do condutor;
b. Temperatura do condutor;
c. Método da instalação;
d. Temperatura ambiente;
e. Número de circuitos;
f. Número de condutores carregados.
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3. Capacidade de condução de corrente – Tabela de dimensionamento


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3. Capacidade de condução de corrente – Material do condutor

Condutores de
cobre e alumínio

Resistividade
e
Conexão
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3. Capacidade de condução de corrente – Temperatura dos condutores


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3. Capacidade de condução de corrente – Método de instalação (tipo de


linha elétrica
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3. Capacidade de condução de corrente – Temperatura ambiente

Temperatura em um telhado – instalação elétrica sobre forros

Fonte: https://www.redalyc.org/jatsRepo/3517/351756239009/html/index.html
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3. Capacidade de condução de corrente – Temperatura ambiente

FCT – Fator de correção de temperatura (ambiente)


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3. Capacidade de condução de corrente – Número de circuitos

FCA – Fator de correção de agrupamento


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3. Capacidade de condução de corrente – Número de condutores carregados

Circuito trifásico

Circuitos monofásicos

a dois fios a três fios


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3. Capacidade de condução de corrente (CCC) – Tabela de dimensionamento


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3. Capacidade de condução de corrente e coordenação com o disjuntor

5.3.4.1 Coordenação entre condutores e dispositivos de proteção (NBR


5410/2004-2008
Para o funcionamento normal do circuito e a proteção dos condutores
contra sobrecarga seja assegurada, as características de não atuação
e atuação do dispositivo devem ser tais que:

a) IB ≤ In ≤ Iz

b) I2 ≤ Iz

Onde:
IB é a corrente de projeto do circuito;
Iz é a capacidade de condução de corrente dos condutores nas condições
previstas para sua instalação;
In é a corrente nominal do dispositivo de proteção nas condições previstas para
sua instalação;
I2 é a corrente convencional de atuação para disjuntores.
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3. Capacidade de condução de corrente e coordenação com o disjuntor


Sendo:
a) IB ≤ In ≤ Iz
Iz = Ic ∗ FCT ∗ FCA
b) I2 ≤ Iz
I2 = 1,45 In

Substituindo em b, tem-se: Tem-se de (a) que:


1,45 In ≤ Ic ∗ FCT ∗ FCA IB ≤ In
1,45 In
Ic ≥
𝐹𝐶𝑇 ∗ 𝐹𝐶𝐴
Onde:
IB é a corrente de projeto do circuito;
Ic é a capacidade de condução de corrente do condutor determinada pela tabela 36;
Iz é a capacidade de condução de corrente do condutor nas condições previstas para
sua instalação (considerando FCT e FCA);
In é a corrente nominal do dispositivo de proteção nas condições previstas para sua
instalação;
I2 é a corrente convencional de atuação para disjuntores (ABNT NM 60898).
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3. Capacidade de condução de corrente e coordenação com o disjuntor

5.3.4.1 Coordenação entre condutores e dispositivos de proteção (NBR


5410/2004-2008
EXCEÇÃO:
a) IB ≤ In ≤ Iz

b) I2 ≤ 1,45 Iz
OBS.:
A condição da alínea b) é aplicável quando for possível assumir que a
temperatura limite de sobrecarga dos condutores (ver tabela 35) venha a
ser mantida por um tempo INFERIOR a 100 h durante 12 meses
consecutivos, ou por 500 h ao longo da vida útil do condutor.

Neste caso são consideradas as condições:

In
IB ≤ In Ic ≥
𝐹𝐶𝑇 ∗ 𝐹𝐶𝐴
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3. Capacidade de condução de corrente e coordenação com o disjuntor

Exemplo para a Potência de chuveiro


aplicação da exceção:

# Com muito critério – é justificada a opção:


Para um equipamento específico, que não possa ser
substituído por outro de potência maior e, desta
forma, “Quando for possível assumir que a
temperatura limite de sobrecarga dos condutores não
venha a ser mantida por um tempo superior a 100 h
durante 12 meses consecutivos, ou por 500 h ao longo
da vida útil do condutor.” (NBR 5410).
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3. Capacidade de condução de corrente e coordenação com o disjuntor


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4. Limites de queda de tensão – Qual é o problema?

Especificação de:

TENSÃO NOMINAL DE
FUNCIONAMENTO

Especificação de:

TENSÃO MÍNIMA PARA


FUNCIONAMENTO
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4. Limites de queda de tensão – Do que depende?

I .... Lc ..... ρ .... Sc


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4. Limites de queda de tensão


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4. Limites de queda de tensão

Queda de tensão
durante a partida de
motores
<= 10%
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4. Limite de queda de tensão em circuitos a monofásicos/bifásicos


e trifásicos

Circuito monofásico (Fase e neutro) em 127 V


Circuito bifásico (Fase e fase) em 220 V
Circuito trifásico (Fase, fase e fase) em
200 ∙ 𝜌 ∙ σ(𝐿𝐶 𝐼𝐵) 220 V
𝑆𝑐 = ∙ (mm²)
∆𝑉% ∙ 𝑉𝑓𝑛 173,2 ∙ 𝜌 ∙ σ(𝐿𝐶 𝐼𝐵 )
𝑆𝑐 = ∙ (mm²)
∆𝑉% ∙ 𝑉𝑓𝑓

ρ - resistividade do condutor (cobre): 1/56 Ω.mm²/m;


Lc – comprimento do circuito, em m;
IB – corrente do circuito, em A;
ΔV% - queda de tensão máxima admitida em projeto, %;
Vfn – tensão entre fases ou fase e neutro, em V.
Vff – tensão entre fase e fase, em V.
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5. Seção do condutor neutro e de proteção


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5. Seção do condutor neutro e de proteção (é função do condutor fase)

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