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Henrique André
Revisão
Amanda Bitisururu Dayo
substantivo feminino
1.
convulsão forte, agitação convulsiva.
“debater-se na v. da dor”
2.
ânsia que precede os últimos momentos;
estertor, agonia.
“na v. da morte, perdoou o filho”
3.
FIGURADO (SENTIDO)•FIGURADAMENTE
momento extremo; fim, final, limite.
“as v. da resistência”
4.
POR EXTENSÃO
careta, trejeito, macacada.
5.
ânsia de vômito, náusea, enjoo.
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ao patrão, ter seu espaço violado, ter medo de entrar num ôni-
bus lotado, medo de denunciar agressão, nós mulheres temos,
vivemos esses medos...
Benício: - Me desculpa... Ser empático com essa dor
não é senti-la...
Chorou na sua lembrança e chorou a se lembrar...
Benício: - Estou com medo da polícia, medo dessa tal
ordem de primeiro atirar para depois perguntar...
Luiza: - Não tenha medo preto, não tenha medo do Sier!
Benício: - Meu medo não é dele, meu medo é dessa
legião que ele inflamou e que está descontrolada. São os fis-
cais do “diferente”, querem armas e licença para exterminar
pretos, gays, lésbicas, trans... Estou com medo do meu instinto
de sobrevivência e como o monstro que dorme em mim pode
reagir numa situação extrema...
Luiza se aproximou e abraçou Benício, que sentiu o
acolhimento de imediato, mas não sabia como retribuir aquele
afeto, se mantendo blindado a saraivada de amor, que aquela
mulher despejava sobre ele...
Cai um copo, o estilhaçar de vidros no chão o traz de
volta...
Mensagens no whats, depois do veredito das eleições
ela saiu de todos os grupos, desiludido das pessoas e de suas
crenças, triste por pessoas que ele ama o terem colocado na
alça de mira dos que querem o exterminar, resolveu se isolar,
ficando apenas em dois grupos: um do trabalho, que só tra-
tava de assuntos profissionais e outro de pessoas que dividiam
as mesmas angústias e sentiam as mesmas dores que a sua,
saborearam o mesmo amargor por tudo que acontecia no país
e sentias cada um a sua forma o impacto do acontecido no
país. Nesse grupo estavam Raoni e Ricardo, amigos, artistas...
Raoni é um ítalo brasileiro, nascido no Brasil e adotado por um
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Fim
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E l e t av a b e m v e s t i d o, v o z c a l m a , n ã o
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S e r g i n h o : - C a l m a , s e nt a . Q u e ro f a z e r
u ma e nt re v ist a ante s . Q u e r tomar a l g u ma
cois a? Suco, água, um vin ho p ara relaxar.
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Poi s é , pro du c e r, f oi f o d a , s a b e ? Vo c ê
sair para trabalhar e ser objetificada desse
jeito é muita falta de respeito. Nossa, foi uó.
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Eloá: - Tá doendo.
Armando: - Calma amor, tá rolando.
Eloá: - É melhor parar que está doendo.
Armando: - Só a cabecinha, amor.
O rapaz sem prática e de tanto insistir, conseguiu
penetrar. A ansiedade era tanta que com duas bombadas,
gozou.
Eloá: - Você gozou dentro?
Armando: - Go-gozei…
O coito consumado, a menina constrangida se cobriu
e se virou; o rapaz extasiado, só pensava que enfim tinha
perdido a virgindade, sem pensar nas consequências.
Essa lembrança de Eloá trazia a ela um misto de sen-
timentos e sensações. De fora, ela via uma menina apai-
xonada e um rapaz inexperiente; um casal de namorados
que, logo na primeira vez, por falta de orientação, de diá-
logo e acolhimento, geraram uma criança. Uma criança
que foi muito amada, mas que trouxe a Eloá um amadure-
cimento precoce e responsabilidades que uma menina de
14 anos não deveria ter. A sociedade abrandou a parcela de
responsabilidade de Armando, – que não foi companheiro,
mas foi provedor. Continuaram juntos por um tempo, mas
logo o jovem espanou de suas responsabilidades paternas,
exercendo seu papel de pai apenas de 15 em 15 dias. Ao
lembrar do bebê, vinha um sorriso nos lábios de Eloá,
mas ao pensar nela e na sua trajetória, era tomada por
uma melancolia. Só chegou a um orgasmo anos depois
de perder a virgindade, conseguiu estudar depois do seu
filho grande, atrasou planos, antecipou responsabilidades,
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E l o á : - Ti m Ti m , u m br i nd e pr a m i m !
Fim
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