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Disciplina: Dermocosmética | Módulo Nº 3623

Ano Letivo 2022/2023 Turma 1_º __

Dermocosmética

Módulo 3623

Ana Filipa Figueiredo


DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

ÍNDICE
Introdução 5
Conceito de Dermocosmética 6
O que são dermocosméticos? 6
Anatomia da Pele 6
Camadas da pele 7
Epiderme 9
Derme 10
Hipoderme 11
Vascularização da pele 12
Melanócitos 13
A pele 13
Classificação da pele segundo a sua espessura da camada córnea:
14
Funções da pele 15
• Protetora 15
• Sensorial 15
• Termo reguladora 15
• Metabólica 15
Estados da Pele 16
Porque é importante o pH da pele? 17
Factores Externos 18
Factores Internos 19
Como é o pH da pele nas diferentes partes do corpo? 20
Luz Ultravioleta e a pele: 21
O que é a luz solar? 22

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Como a luz solar afeta a pele? 23


Fotossensibilidade originada por medicamentos 27
Proteger a pele contra a radiação UVA e UVB 28
Fototipos de pele e o factor de protecção solar 28
Efeitos positivos do sol 30
Vitamina D 32
Efeitos negativos do sol na pele 32
Queimaduras solares 32
O Pêlo 33
Anatomia do Pelo: 33
Estrutura do pelo: 34
Tipos de pelo: 34
Função do pelo: 35
Fases dos crescimento do pelo: 35
Hipertricose e hirsutismo 39
Fisiopatologia 39
Resposta aumentada do órgão final aos andrógenos 40
As unhas 41
Anatomia 41
Alterações das unhas 42
Unhas quebradiças 42
Unhas com manchas brancas 42
Unhas amareladas 43
Unhas azuladas 43
Unhas avermelhadas 44
Unhas esverdeadas 44
Unhas com linha escura 44
Descolamento da unha 46

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Tipologia de intervenção estética 47


Eletrocoagulação 47
Eletrocoagulação – Aplicações e Contraindicações 47
Criocirurgia 47
Colagénio 48
Botox – toxina botulínica 48
Plasma rico em plaquetas – PRP 49
Acido hialurónico 49
Correção de cicatrizes 50
Ritidectomias - o lifting 50
Rinoplastias 51
Mamoplastias 51
O que é a mamoplastia? 51
Tipos de mamoplastia: 51
Mastopexia 52
Abdominoplastias 53
Cirurgia de contorno corporal. Lipossucção 53
Dermobrazão e peeling químico 54
Doenças da pele 54
Lesões elementares da pele (primárias e secundárias) 54
A pele e as doenças sistémicas 55
Acnes, eczemas, dermatite (atópica e de contacto) 55
Dermatoses profissionais 56
Doenças da pele causadas por fungos 56
Frieiras 56
Esporotricose 57
Psoríase 57
Dermatite seborreica 57

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Introdução
O manual de formação que se apresenta incide em novos
conhecimentos para o desenvolvimento laboral, na área de Cuidados
de Beleza e Saúde.
A formação de Dermocosmética, envolve conhecimentos teóricos
que permitirá ao formando no término da formação a obtenção dos
principais saberes – saber/saber, saber/estar e saber/fazer, para
identificar as diversas soluções e intervenções estéticas.

Objetivo:

✓ Reconhecer a importância da dermocosmética nos cuidados de


beleza.

✓ Identificar o estado e as doenças da pele e/ou unhas através de


processos de análise e diagnóstico.

✓ Identificar as diversas soluções e intervenções estéticas para


correção de problemas de pele e/ou Unhas.

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Conceito de Dermocosmética

Dermatologia é a ciência que estuda as patologias da pele.


Dermatologista é o médico especialista que trata as patologias da pele.
Dermocosmética é a ciência que estuda os processos cosméticos
adequados a cada tipo de pele, visa a aquisição de competências
técnicas e práticas que possibilitam o aconselhamento e aplicação de
tratamentos cosméticos e ou corretivos apropriados e personalizados.

O que são dermocosméticos?

Os dermocosméticos são produtos para cuidados da pele que


contam com substâncias e ativos farmacológicos na sua composição e
aparecem em diversos tipos de fórmulas, com variados objetivos, como
aumentar a firmeza da pele, reduzir manchas, suavizar rugas entre
outras.
Esta característica faz com que essa classe de cosméticos tenha
maior ação em camadas profundas da pele, ao invés de lidar apenas
com as camadas superficiais.

Anatomia da Pele

A pele, para além de revestir o corpo humano, é o órgão de maior


dimensão e volume do nosso corpo. Desempenha várias actividades
muito importantes, pois constitui, por um lado, a barreira protetora do
organismo, já que impede a entrada de agentes nocivos para o seu
interior e, por outro lado, também participa no controlo da temperatura
corporal e do meio interno.
Para além disso, regista inúmeras sensações que nos permitem
conhecer detalhes dos objectos e do que nos rodeia e constitui a nossa

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''montra", ou seja, a primeira coisa que os outros vêem ao olharem


para nós, o que justifica o facto de nos preocuparmos tanto com o
aspecto da nossa tez, através do recurso a cosméticos.
No fundo, como é o órgão mais externo, qualquer anomalia ao
nível da pele é na maioria das vezes reflexo de problemas no interior
do nosso organismo.
Formada por várias camadas, a pele constitui uma membrana
espessa e resistente mas flexível, composta pelas glândulas
sudoríparas, glândulas sebáceas e pêlos. De facto, o profundo
conhecimento da estrutura da pele e dos seus elementos é
extremamente útil para se cuidar bem da mesma e também para se
compreender melhor a natureza das suas várias doenças.

Camadas da pele

A pele é um órgão de revestimento complexo, atingindo cerca de


16% do nosso peso corporal.
É composto por três camadas:
Epiderme
Derme
Hipoderme

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Fig. 1 - Constituição da Pele

Fig. 2 - Epiderme

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Epiderme

A epiderme é a camada mais superficial da pele, ou seja, a que


está directamente em contacto com o exterior.
Tendo uma espessura que varia entre os 0,05mm e os 0,5mm
conforme as partes do corpo, a epiderme é essencialmente constituída
por células unidas entre si que não apresentam qualquer substância
intercelular entre elas. De facto, estas células encontram-se dispostas
em camadas sobrepostas de modo a constituírem 4 camadas, embora
em alguns sectores sejam 5.

Camada basal
É a camada mais profunda, sendo composta por uma única fila
de células de forma prismática situadas sobre uma membrana basal
que separa a epiderme da derme e através da qual essas células
recebem os elementos necessários para a sua nutrição.
Estas células estão em constante divisão, ou seja, à medida que
se multiplicam, as novas vão empurrando as mais antigas em direcção
à superfície, de modo a que estas passem a pertencer a outras
camadas.

Camada espinhosa
É formada por várias células provenientes da camada basal que,
à medida que as novas células profundas vão nascendo, se vão
deslocando para o exterior. As mais profundas são as arredondadas,
enquanto que as que estão mais próximas da superfície são mais
planas.

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Camada granulosa.
É formada por uma ou duas filas de células muito planas em que
é possível apreciar alguns grânulos, nos quais é elaborada a queratina,
a proteína fibrosa que garante à pele a sua peculiar consistência.
Embora estas células, durante a sua maturação, produzam
queratina, em simultâneo vão igualmente perdendo o seu núcleo e os
restantes elementos intracelulares, o que proporciona a perda da sua
vitalidade.

Camada lúcida.
Apenas presente na pele das palmas das mãos e na planta dos
pés, é constituída por uma ou duas filas de células planas e
praticamente transparentes que, embora ainda conservem o núcleo,
não desempenham qualquer actividade essencial.

Camada córnea.
É a camada mais externa da epiderme, sendo formada por várias
filas de células repletas de queratina que entretanto já perderam o seu
núcleo e que não desempenham qualquer actividade vital, sendo por
isso células mortas.

Derme

A derme é a camada subcutânea que se encontra por baixo da


epiderme, separadas por uma fina membrana basal, sendo constituída
por proteínas e várias substâncias químicas e por inúmeras pregas
cutâneas.
É possível observar a existência de proeminências cónicas da
epiderme viradas para a derme, denominadas papilas dérmicas,
intercaladas com outras proeminências da epiderme viradas para a
derme, designadas sulcos interpapilares, o que proporciona um
considerável aumento da superfície de contacto entre ambas as

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camadas, algo muito importante, já que a nutrição da epiderme


depende dos vasos sanguíneos que apenas chegam à derme.
A derme é formada por tecido conjuntivo, composto por vários
tipos de células e fibras e por uma substância fundamental que
preenche as fendas entre esses elementos.
Entre as células, é importante destacar umas muito especiais, os
fibroblastos, que se encarregam da produção das fibras e da matriz
extracelular, embora existam outras igualmente muito importantes,
como os histiócitos ou macrófagos, células dotadas de mobilidade
pertencentes ao sistema imunitário com a missão de eliminarem os
microorganismos, que eventualmente possam ter chegado à derme, e
devorarem as restantes células mortas e resíduos.
Para além disso, existem vários tipos de fibras: as fibras de
colagénio, as mais abundantes e que se encontram em paralelo à
superfície cutânea; as fibras elásticas, que têm a capacidade de se
distenderem e de imediatamente recuperarem as suas dimensões
anteriores; e, por fim, as fibras reticulares, as mais finas, que formam
um septo com a aparência de uma rede.
É a derme que acolhe as glândulas sudoríparas, as glândulas
sebáceas e os folículos pilosos e é através dela que circulam os vasos
sanguíneos que nutrem as células superficiais da pele e as fibras
nervosas responsáveis pela sensibilidade cutânea.

Hipoderme

A hipoderme é a camada mais profunda da pele, apesar de ter


limites muito pouco definidos com a derme e de ser composta por
elementos comuns.
A espessura da hipoderme varia de pessoa para pessoa e
também conforme as várias regiões do corpo, já que esta camada é

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bastante espessa em várias áreas e praticamente inexistente noutras,


como por exemplo nas pálpebras.
Os principais componentes da hipoderme são os adipócitos,
células especializadas na síntese e acumulação de gorduras. Estes
adipócitos, que constituem a principal reserva de energia do
organismo, encontram-se agrupados em pequenos lóbulos separados
entre si por finos septos de tecido conjuntivo através dos quais
circulam os vasos sanguíneos e as fibras nervosas.

Vascularização da pele
A pele é composta por uma vasta rede de vasos sanguíneos, que
lhe proporcionam os elementos nutritivos, recolhem as substâncias
residuais e contribuem, igualmente, para o controlo da temperatura do
corpo, e por inúmeras artérias, que lhe transportam o sangue rico em
oxigénio e nutrientes, que penetram pela hipoderme e permanecem
adjacentes à superfície cutânea no limite com a derme.

A partir daí surgem, verticalmente, pequenas arteríolas que, ao


unirem-se às papilas dérmicas, se transformam em finos capilares, que
se encarregam das trocas entre o sangue e a pele.Estes capilares vão
posteriormente unir-se e transformar-se em vénulas que se alastram
a um plexo de veias dispostas em paralelo com a rede arterial. É
importante referir que como os vasos sanguíneos apenas chegam até
à derme, as células da epiderme apenas podem manter as suas trocas
com o sangue através da membrana basal que a separa da camada
subjacente.

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Melanócitos
Para além das células epiteliais, a epiderme é constituída por
outras células muito específicas com a missão de sintetizarem
melanina, um pigmento escuro cuja concentração proporciona o
fenómeno do bronzeado. Os melanócitos encontram-se localizados na
profundidade da epiderme, intercalados entre as células da camada
basal, e têm uma forma arredondada com inúmeros prolongamentos
que se estendem até às células vizinhas, dando-lhe o aspecto de uma
estrela. Os melanócitos são constituídos por pequenos corpúsculos
denominados melanossomas, que sob a influência de determinados
factores hormonais e dos raios ultravioleta do sol começam a fabricar
melanina.
A principal função da melanina consiste em absorver as radiações
solares e em impedir a passagem destas para o interior do organismo,
onde teriam efeitos nocivos, sendo por isso que a elaboração de
melanina aumenta com a exposição ao sol. Todavia, tanto a quantidade
de melanócitos como o seu grau de actividade dependem de factores
genéticos, o que explica a diferente coloração cutânea das pessoas de
diferentes etnias e também a variabilidade entre os próprios indivíduos
de uma mesma etnia.

A pele
A forma da pele é variável conforme o local e as condições
a que é exposta. Pode ser lisa, grossa ou rugosa e com pregas,
e ainda fina e transparente. É firme nas zonas ósseas e
deslizável, sobre os músculos não desliza e é mole e por isso
pode apresentar flacidez.

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Classificação da pele segundo a sua espessura da


camada córnea:

Pele grossa – encontramos na palma das mãos, nas


pontas dos dedos e na planta dos pés, onde se encontra a maior
exposição a pressão. Possui todas as camadas da epiderme e na
camada córnea tem muitas camadas de células.

Na derme as papilas se encontram paralelas contornando


as curvas subjacentes em impressões digitais (dedos) e
hieróglifos (pés). Estas rugosidades aumentam a fricção e
aderência das mãos e dos pés.

Pele fina – em quase todo o corpo, menos nas referidas


como pele grossa ou semi-mucosas. Esta é mais flexível do que
a grossa e contem menos células em cada camada, a camada
granulosa é constituída por apenas uma ou duas camadas de
célula, a translúcida geralmente é inexistente. A derme projeta-
se para cima com as papilas separadas e não forma rugosidades.
Só na pele fina podem nascer pelos.

Pele semi-mucosa – lábios e zonas genitais

Atenção para não utilizar mal os termos fina e grossa (que se


referente a espessura apenas da epiderme). Na pele fina e
espessa temos como exemplos respectivamente: 0,04
milímetros nas pálpebras e 1,5 milímetros nas costas.

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Funções da pele
Tem 4 funções principais:

• Protetora: a pele serve de barreira contra as agressões


mecânicas, térmicas, luminosas e químicas. A proteção
contra as bactérias e vírus dev-se à barreira química da
superfície.

• Sensorial: a pele é o maior órgão sensorial do corpo e


apresenta uma variedade de receptores para o tacto,
pressão, dor e temperatura.

• Termo reguladora: no homem a pele é o maior órgão


de termo regulação. O corpo encontra-se protegido das
perdas de calor pela pele, de pelos e tecido adiposo
subcutâneo. A perda de calor é facilitada pela evaporação
do suor da superfície da pele e aumento do fluxo
sanguíneo através da rica rede vascular existente na
derme.

• Metabólica: o tecido adiposo sub cutâneo constitui a


maior fonte de energia, principalmente na forma de
triglicéridos. A vitamina D é sintetizada na epiderme.
Nas diferentes regiões do corpo, a pele apresenta
variações ao nível da espessura, cor, presença de pelos.
Apesar destas variações todas apresentam a mesma
estrutura básica.

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Estados da Pele
Compreender a pele - pH da pele

• O que é o ph da pele?

• Porque é importante o pH da pele?

• O que afecta o pH da pele?

• Como é o pH da pele nas diferentes partes do corpo?

• Produtos relacionados

A pele tem muitas funções e muitas são essenciais para o nosso


bem-estar geral.

O papel mais importante que desempenha é a sua função de


barreira protectora entre o nosso corpo e o mundo exterior, e o seu pH
é um dos seus principais mecanismos de protecção. O pH da pele é
constantemente desafiado por agressores externos como a poluição,
as mudanças de temperatura e os produtos químicos. Proteger a pele
com produtos superiores ajuda a manter o seu pH ideal, para que ela
possa realizar o trabalho vital de nos proteger

O que é o ph da pele?

Fig. 3 - Escala PH

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Fig. 4 – Pele

O manto protector da pele é levemente ácido. O pH ideal da pele


na maior parte do rosto e corpo encontra-se entre 4,7 e 5,75. Um pH
de 7 (a da água pura) é considerado neutro. Qualquer valor abaixo é
ácido e acima é alcalino, assim o pH natural da pele é ligeiramente
ácido. Este pH levemente ácido é criado pelo manto ácido da pele, a
parte de água do filme hidrolipídico que protege as camadas externas
da pele.

O pH da pele varia de acordo com ambos os géneros e onde está


situado no corpo. O pH também oscila em diferentes fases da vida.

Porque é importante o pH da pele?


O pH da pele desempenha um papel importante nas condições
de pele. O manto ácido é essencial para a barreira protectora da pele.
Neutraliza agressores à base de alcalinos (tais como os tensioactivos
abrasivos), inibe o crescimento de bactérias, restaura e mantém o
ambiente ácido ideal para a flora natural da pele prosperar.

Se o pH da pele sobe para alcalino, o seu equilíbrio natural é


perturbado. Os lipídos epidérmicos essenciais não podem ser
sintetizados e a pele perde água e seca. Nesta condição, a camada

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exterior da pele (ou epiderme) já não é capaz de funcionar como uma


barreira de protecção.

Quando a função de barreira da pele é comprometida pode


tornar-se seca, sensível ou com hipersensibilidade. É susceptível a
infecções, doenças, tais como a dermatite atópica e condições, tais
como rosácea, e a sua capacidade de proteger o corpo fica
comprometida.

Fig.5 - Pele Saudável

Quando o pH da pele é comprometido, é propenso a infecções. O


manto ácido ajuda a manter a pele saudável.

O que afecta o pH da pele?

Há muitos factores externos e internos que podem ter impacto


no pH da pele. A zona da pele no corpo também pode afectar o pH e
certas doenças de pele, tais como Dermatite Atópica, que alteram o pH
da pele.

Factores Externos
Factores externos que stressam a pele incluem:

• Alterações de temperatura e humidade;

• Sujidade e poluição;

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• Cosméticos alcalinos;

• Químicos

Fig. 6 - Água

Produtos químicos com um pH alcalino são particularmente


prejudiciais para o pH da pele. Eles sobrecarregam a capacidade de
neutralização natural da pele, causam danos na sua estrutura e
prejudicam a barreira protectora.

Certos medicamentos (quimioterapia, diuréticos e antibióticos) e


procedimentos médicos (radioterapia e diálise) também podem afectar
a defesa natural da pele, alterar o seu pH e prejudicar a sua função de
barreira de protecção.

Químicos abrasivos afectam o pH natural da pele. Lavagem


frequente, com água muito quente, pode stressar a pele.

Factores Internos

A nossa genética, idade biológica e hormonas também podem


afectar o pH da pele.

O pH da pele masculina e feminina são ligeiramente diferentes.


O pH médio da pele masculina é mais baixo devido à maior taxa de
produção de sebo na pele masculina.

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Durante as primeiras semanas de vida, a pele de um bebé tem


um pH mais elevado, entre 6,5 e 5,5, porque o manto ácido protector
ainda não está totalmente formado. Leia mais sobre a pele dos bebés
e das crianças. Como as hormonas mudam mais tarde na vida (como
por exemplo, durante a puberdade, a gravidez e a menopausa), o pH
da pele também pode mudar. Leia mais sobre a pele em diferentes
idades.

Podemos ajudar a apoiar pH ideal da pele com as escolhas de


estilo de vida saudável, uma rotina de cuidados regular e o uso de
produtos que respeitam o pH natural da pele e mantenham a sua
barreira de protecção. Leia mais em rotina diária de cuidados para o
rosto e para o corpo.

Procure produtos médicos para a pele com ingredientes que


restaurem o pH natural da pele e apoiem a sua regeneração. Também
é aconselhável tratar determinadas áreas do corpo (como as mãos,
axilas e área íntima) com produtos formulados para respeitar o seu pH
natural.

Produtos que suportam o pH natural da pele ajudam a manter a


pele em bom estado.

O manto ácido protector leva tempo para se formar, por isso, os


recém-nascidos têm a pele particularmente sensível.

Como é o pH da pele nas diferentes partes do


corpo?
A estrutura da pele, e o seu pH, difere ligeiramente de onde se
situa no nosso corpo. Enquanto a maioria da pele do rosto e do corpo
tem um pH entre 4,7 e 5,75, há algumas diferenças notáveis:

• Mãos - As mãos trabalham muito e estão constantemente


expostas a forças externas. Como resultado, o pH da pele das

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mãos é stressado. O seu manto ácido protector pode enfraquer


e a pele é mais susceptível a secar e a irritar.

• Axilas - A pele das axilas pode ficar longos períodos sem luz ou
ar, em condições que ajudam as bactérias a crescer. A pele das
axilas também é frequentemente submetida a produtos
químicos em alguns anti-transpirantes e/ou produtos de
remoção de pêlos. Por estas razões, tem um pH mais perto de
6.5. Esta redução significativa da acidez torna-o mais
susceptível a bactérias. É a desagregação desta bactéria que
pode criar um odor corporal desagradável.

• Área genital - Assim como a pele das axilas, a pele na área


genital tem um pH de 6,5. A sua reduzida acidez torna-a
propensa a infecções bacterianas.

Luz Ultravioleta e a pele:

A luz UV existe em três formas, ultravioleta A (UVA), ultravioleta


B (UVB) e ultravioleta C (UVC):

• A luz UVB dá a energia de que a sua pele precisa para


produzir Vitamina D, mas é também responsável pelas
queimaduras solares e danos no ADN.

• A luz UVA também contribui para os danos da pele,


especialmente envelhecimento prematuro.

• A luz UVC é bloqueada pela atmosfera terrestre e, como tal, não


atinge a pele.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

O sol é a fonte de toda a energia e traz muitos benefícios, desde


a fotossíntese até à produção de Vitamina D nos humanos. No entanto,
como em todos os processos biológicos é necessário um equilíbrio. A
exposição solar é benéfica à pele mas pode ser prejudicial quando for
em demasia.

O que é a luz solar?


A luz solar consiste num espectro de raios de comprimento de
onda variável. A luz visível tem um comprimento de onda de 400-
700nm, enquanto que a luz invisível (UV) tem um comprimento de
onda mais curto. Por sua vez a luz infra-vermelha invisível tem um
comprimento de onda mais longo (700nm - 1mm). Os comprimentos
de onda mais longos, visível e luz infra-vermelha, conseguem penetar
mais profundamente na pele, provocando contudo menos danos.A luz
UV de comprimento de onda mais curto que interage com as células
da pele gera radicais livres altamente reactivos.

Estes radicais livres em excesso (moléculas de oxigénio) causam


danos nas células. Quanto mais danos causam, maior a possibilidade
de ter rugas, doenças crónicas e outras doenças, incluindo cancro de
pele.

O stress oxidativo é causado pelo desequilíbrio entre a produção


de moléculas de oxigénio e a capacidade natural do corpo para
neutralizá-los com antioxidantes.

Como a luz UV é de comprimento de onda curto, apenas pode


penetrar através da camada córnea, epiderme e derme (as camadas
superiores) e não na hipoderme (camada inferior), podendo provocar
vários problemas nestes tecidos.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Fig. 7 - Penetração do espectro electromagnético do sol na pele

A protecção solar é recomendada-a radiação UVA e UVB podem


danificar a pele. A quantidade de luz UV com que a pele entra em
contacto depende de muitos factores, tais como a hora do dia, a
estação do ano, altitude e localização geográfica. Nos momentos em
que a radiação UV é intensa, por exemplo ao meio-dia num dia quente
de Verão, é aconselhável usar roupa protectora e protector solar
quando estiver em exposição solar.

Como a luz solar afeta a pele?

A luz solar, especialmente a radiação UVA e UVB, pode provocar


queimaduras, envelhecimento prematuro da pele, danos oculares,
enfraquecimento do sistema imunitário, reacções fotoalérgicas e
fototóxicas e até cancro de pele.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Os médicos e dermatologistas avisam com maior frequência


sobre a ligação da problemáticas do cancro de pele com a extensão de
danos no ADN, lembrando-nos que mais de 90% dos cancros de pele
resultam da exposição solar. É amplamente conhecido que o melhor
tratamento é a prevenção através da protecção solar.

O sol é a fonte de toda a energia e traz muitos benefícios, desde a


fotossíntese até à produção de Vitamina D nos humanos. No entanto,
como em todos os processos biológicos é necessário um equilíbrio. A
exposição solar é benéfica à pele mas pode ser prejudicial quando for
em demasia.

Os comprimentos de onda mais longos, visível e luz infra-


vermelha, conseguem penetrar mais profundamente na pele,
provocando contudo menos danos.

A luz UV de comprimento de onda mais curto que interage com


as células da pele gera radicais livres altamente reactivos.

Estes radicais livres em excesso (moléculas de oxigénio) causam


danos nas células. Quanto mais danos causam, maior a possibilidade
de ter rugas, doenças crónicas e outras doenças, incluindo cancro de
pele.

O stress oxidativo é causado pelo desiquilíbrio entre a produção


de moléculas de oxigénio e a capacidade natural do corpo para
neutralizá-los com antioxidantes. Como a luz UV é de comprimento de
onda curto, apenas pode penetrar através da camada córnea,
epiderme e derme (as camadas superiores) e não na hipoderme
(camada inferior), podendo provocar vários problemas nestes tecidos.
Leia mais em estrutura da pele.

A luz UV existe em três formas, ultravioleta A (UVA), ultravioleta


B (UVB) e ultravioleta C (UVC):

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• A luz UVB dá a energia de que a sua pele precisa para


produzir Vitamina D, mas é também responsável pelas
queimaduras solares e danos no DNA .

• A luz UVA também contribui para os danos da pele,


especialmente envelhecimento prematuro.

• A luz UVC é bloqueada pela atmosfera terrestre e, como tal, não


atinge a pele.

Fig. Fatores que influenciam a exposição aos UV

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

A luz solar, especialmente a radiação UVA e UVB, pode provocar


queimaduras, envelhecimento prematuro da pele, danos oculares,
enfraquecimento do sistema imunitário, reacções fotoalérgicas e
fototóxicas e até cancro de pele. Os médicos e dermatologistas avisam
com maior frequência sobre a ligação da problemáticas do cancro de
pele com a extensão de danos no ADN, lembrando-nos que mais de
90% dos cancros de pele resultam da exposição solar. É amplamente
conhecido que o melhor tratamento é a prevenção através da
protecção solar.

A maior parte do impacto da luz solar na pele é causado pelos


UVB e UVA. A tabela abaixo explica em detalhe as propriedades e
efeitos destes dois tipos de luz UV na sua pele.

• Propriedades dos UV

• Propriedades dos UVA

• Propriedades dos UVB

• Os UVA estão constantemente presentes ao longo do dia.

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• Activam o pigmento da melanina já presente nas células


superiores, originando um bronzeado de curta duração.

• Os UVA podem passar através das nuvens e do nevoeiro sem


qualquer obstrução.

• Os raios podem inclusivamente atravessar vidro e janelas.

À medida que os UVA penetram profundamente na camada inferior


da pele (derme), têm um papel importante nos danos a longo prazo,
em vez de danos agudos.

• Envelhecimento prematuro da pele

• Alergia ao Sol, EPL e intolerância ao sol

• Supressão da imunidade

• Danos oculares e na retina

Os efeitos indiretos no ADN são mediados através da formação de


radicais livres.

• Mutações genéticas (Melanoma)

Fotossensibilidade originada por


medicamentos

Os UVB oscilam ao longo do dia e são mais fortes ao meio-dia.


Estimulam a produção de nova melanina, responsável pelos
bronzeados de longa duração, e estimulam as células a produzir uma
epiderme mais grossa.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Podem queimar e danificar a pele, especialmente durante o


Verão e em altitudes altas.
Penetram menos profundamente mas originam radicais livres em
todos os níveis da epiderme.
Afectam o ADN mais do que os UVA sendo os principais
causadores dos seus danos.
• Queimaduras

• Danos directos no ADN e cancro de pele (cancros de pele não-


melanoma)

• Danos oculares e da retina

Proteger a pele contra a radiação UVA e UVB

Os UVA e UVB são prejudiciais à pele, mas a intensidade dos UVA


é bastante constante ao longo do dia, enquanto a intensidade dos UVB
oscila. O sistema de graduação dos factores de protecção solar (FPS)
nos protectores, é baseado no nível de protecção UVB que o produto
oferece. No entanto, os produtos que contêm o símbolo de proteção
UVA têm de dar um mínimo de protecção UVA. O rácio deve ser 1:3
para protecção UVA:UVB.

É importante saber qual a intensidade da luz UV na sua região e


aplicar diariamente um nível adequado de protecção.

Fototipos de pele e o factor de protecção solar

A protecção solar ideal tem de ser escolhida tendo em conta a


sensibilidade da pele de cada indivíduo (pigmentação da pele) e
intensidade da radiação solar. O fator de protecção solar (FPS)
multiplicado com a protecção natural da pele em minutos, indica o

28
DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

tempo máximo de exposição ao sol sem arriscar sofrer danos


provocados pelos UV.

A pele das crianças é mais fina e altamente sensível ao sol. Neste


caso, um factor de protecção muito alto é essencial para prevenir
danos causados pelos UV. Leia mais sobre a pele das crianças e sol.

29
DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Efeitos positivos do sol

É sabido que a luz solar pode melhorar a disposição, embora o


processo exacto ainda não seja completamente compreendido.
Contudo, diversos estudos indicam que a ausência de exposição solar
pode conduzir à deficiência de Vitamina D e Desordem Afetiva Sazonal
(DAS).

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Elevação da boa disposição - prevenção da Desordem Afectiva


Sazonal (DAS)
Estudos revelaram que a velocidade de produção da serotonina
no cérebro é afectada pela quantidade de luz solar a que o corpo fica
exposto nesse dia. Os níveis de seratonina são mais altos em dias de
sol do que em dias nublados. A serotonina é um químico cerebral
poderoso que controla a disposição e está associado a sensações de
felicidade.
Do mesmo modo, as pessoas que se expõem pouco à luz solar
(por norma a população do hemisfério norte), têm sintomas de
depressão, dificuldade de concentração, baixa energia, fadiga e
excesso de sono. Estes sintomas juntos são classificados de Desordem
Afetiva Sazonal ou DAS. A causa exacta da DAS não é conhecida, mas
é sabido que é provocada pela falta de exposição solar. Tem sido
discutido que talvez seja devido a uma menor produção de Vitamina
D mas tal não foi provado.

Obter níveis adequados de exposição UVB é necessário para


vários processos vitais no corpo
.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

A serotonina, produzida no cérebro, é diretamente afectada pela


quantidade de luz solar a que o corpo fica exposto diariamente.

Vitamina D

A Vitamina D é necessária para vários processos vitais no nosso


corpo e mantém, entre outros, os nossos ossos saudáveis e diminui o
risco de depressão.

Efeitos negativos do sol na pele

Existem muitas complicações adversas que podem ser causadas


pela sobreexposição ao sol. Segue-se uma descrição breve das
complicações mais comuns - das queimaduras solares ao cancro de
pele.

Queimaduras solares

A queimadura solar é a forma mais comum dos danos causados


pelo sol e é principalmente causada pelos UVB. É caracterizada por
pele vermelha e com bolhas. Estes sintomas podem não aparecer
imediatamente e demorar até cinco horas a manifestar-se. Pode
prevenir-se a queimadura solar através da aplicação de protector solar
diariamente, mas também pela diminuição da exposição solar quando
os UV estão mais fortes (entre as 10h e as 16h). O tratamento de

32
DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

queimaduras solares passa por arrefecer a pele para aliviar a dor e a


inflamação. Isto inclui aplicar um pano frio na área afectada e usar
produtos after sun para refrescar e acalmar a pele..

A queimadura é caracterizada por pele vermelha e com bolhas.


Em casos graves de queimadura solar, deve consultar
imediatamente um médico. Deve também consultar um médico se tiver
uma queimadura e se sinta fraca, desidratada e com muitas bolhas.
Consulte também um médico caso uma criança ou bebé sofra uma
queimadura solar.

O Pêlo

Anatomia do Pelo:

O pelo é uma haste queratinizada formada pelo folículo piloso.


Os pelos recobrem toda superfície corporal, com exceção da palma das
mãos e das plantas dos pés. Sua espessura é a mais variada possível,
desde alguns centésimos de milímetro, como a lanugem, até 0.30mm
na barba e nas sobrancelhas. Sua espessura varia em função dos tipos
de pele, maior na pele negra, menor na pele dos orientais e
extremamente menor na pele branca, na miscigenação ocorre a
variação da espessura e quantidade de pelos em cada individuo.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Os pelos tem função protetora e sensitiva, e os pelos sexuais


fazem parte da característica sexuais secundárias. Na menopausa os
pelos diminuem ou até desaparecem, desde que a mulher não
necessite de tomar medicamentos que contenham hormônios. Os
hormônios produzidos através dos ovários impedem o crescimento de
pelos no rosto e no corpo da mulher.
Os hormônios produzidos nos testículos tem efeitos contrário nos
homens, isto é, fazem surgir pelos no rosto e no corpo. O mau
funcionamento da hipófise provoca o surgimento de pelos
desordenados nas mulheres, ou seja, no rosto, no pescoço e no peito.
No homem esse mau funcionamento provoca efeito contrário, ou seja,
ausência parcial ou total da barba, bigode e pelo no peito. A hipófise é
uma glândula de secreção interna, de funções múltiplas.

Estrutura do pelo:

Em cada pelo podemos distinguir 2 porções:

a) Raiz: porção do pelo dentro do folículo piloso;

b) Haste ou talo: porção do pelo fora do folículo piloso.

Tipos de pelo:

Existem 2 tipos de pelo:

a) Lanugem ou velo: pelo mais fino, claro e de crescimento


lento (demora cerca de dois meses para reaparecer após uma
epilação), o folículo responsável pela produção deste pelo é mais
superficial e se sofrer estimulo hormonal pode passar a produzir pelo
mais grosso.
b) Terminal: pelo grosso, escuro, de crescimento mais rápido e
com folículo piloso mais profundo.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

A distribuição destes dois tipos de pelos é diferente no homem e


na mulher. Devido a diferentes concentrações hormonais nos dois
sexos. No homem encontramos pelos terminais em couro cabeludo,
sobrancelhas, barba, região de tórax, púbis (subindo até a cicatriz
umbilical), axilas, pernas e coxas. Na mulher encontramos pelos
terminais em couro cabeludo, sobrancelhas, axilas, púbis e as vezes as
pernas.
O aparecimento de pelos do tipo terminal em locais não usuais
na mulher, como por exemplo em região de queixo e buço, denomina-
se hirsutismo e pode ser devido a um fator racial ou um problema de
ordem hormonal que deve ser diagnosticado e tratado pelo médico.

Função do pelo:

Os pelos exercem no corpo humano as funções de proteger


(manutenção de temperatura corporal estável), por exemplo: os
cabelos servem para proteger do sol e do frio, assim como os pelos do
corpo, que também exercem função sensitiva. Já as sobrancelhas
protegem os olhos quando o suor ou água escorrem pela testa, os cílios
protegem nossos olhos contra ciscos, pó e luz excessiva, além de um
papel estético de grande importância.
Os pelos pubianos são características sexuais secundárias, sua
quantidade e qualidade variam de acordo com as diferenças hormonais
e tipos de pessoas.

Fases dos crescimento do pelo:


Os pelos do corpo humano são constantemente renovamos, um
fio de cabelo (couro cabeludo) dura em média quatro anos, podendo
durar até oito anos. Nessa renovação o folículo piloso passa por três
fases:

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

a) Fase anágena: é a fase de crescimento do pelo, as células


do folículo estão continuamente se dividindo, produzindo o
crescimento capilar, dura de três a cinco anos.

b) Fase catágena: a divisão celular é interrompida parando o


crescimento capilar, o folículo piloso involui e se torna mais
superficial, dura de 3 a 4 semanas.
c) Fase telógena: é a fase da queda, o cabelo permanece preso
apenas por sua base e cai facilmente, dura de três a quatro
meses. Após este período forma-se um novo fio neste folículo.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Folículo Piloso:

Os folículos pilosos são as estruturas presentes na derme,


responsáveis pela produção dos pelos. São formados por células
semelhantes às células presentes na epiderme que produzem
queratina (proteína que constitui o pelo) e melanina (proteína que dá
cor aos pelos). Todo folículo piloso é acompanhado por uma glândula
sebácea, por isso é comum denominação “folículo pilo-sebáceo”.
Dependendo da quantidade de sebo produzida teremos cabelos e pele
oleosos, secos ou normais.

Estrutura do folículo piloso:

A) Papila: na fase do folículo, é aonde chegam os vasos sanguíneos


responsáveis pela nutrição do folículo.
B) Bulbo: onde estão as células germinativas, é a partir dele que o pelo
cresce.
C) Glândula sebácea: responsável pela produção do sebo.
D) Músculo eretor de pelo: quando este músculo se contrai o pelo fica
ereto, observamos na pele o arrepio.

Divisão do folículo piloso:

A) Segmento inferior: porção abaixo da inserção do músculo eretor do


pelo.
B) Istmo: porção entre a glândula sebácea e o músculo eretor do pelo.
C) Infundíbulo: porção acima da glândula sebácea.
D) A abertura do folículo na pele se chama óstio folicular.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Hipertricose e hirsutismo
Hirsutismo é o crescimento excessivo de pelos grossos e negros
em mulheres em localizações que são mais típicas do homem (p. ex.,
bigode, barba, região mediotorácica, ombros, abdome inferior, dorso e
face lateral interna das coxas). A quantidade de crescimento dos pelos
que é considerada excessivca depende da etnia e interpretação
cultural.

Hipertricose é uma condição distinta. Representa simplesmente


o crescimento aumentado de pelos em qualquer área do corpo. A
hipertricose pode ser localizada ou generalizada.

Em homens a quantidade de pelos no corpo varia


significantemente, alguns têm muitos pelos, mas raramente procuram
avaliação médica.

Fisiopatologia
O crescimento de pelos depende do equilíbrio entre androgênios
(p. ex., testosterona, sulfato de desidroepiandrosterona [DHEAS], di-
hidrotestosterona [DHT]) e estrogênios. Andrógenos promovem o
crescimento espesso e escuro dos fios de cabelo.

A testosterona estimula o crescimento de pelos na região


pubiana e nas axilas. A di-hidrotestosterona estimula o crescimento

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

dos pelos da barba e regulam a perda dos pelos no couro


cabeludo. Estrógenos diminuem o crescimento dos pelos ou os
modulam para se tornarem finos e delicados.

Hirsutismo pode ocorrer por causa de Aumento dos níveis de


androgênio na circulação.

Resposta aumentada do órgão final aos


andrógenos
O hirsutismo tipicamente resulta de níveis anormalmente altos
dos androgênios pelo aumento de produção central de androgênios (p.
ex., decorrente de doenças ovarianas ou das suprarrenais) ou aumento
da conversão periférica da testosterona para a DHT pela 5-alfa-
redutase. Os níveis livres de androgênios também podem aumentar,
como resultado da diminuição da produção de hormônios sexuais
ligados à globulina, que pode ocorrer em uma variedade de condições,
incluindo hiperinsulinemia, hiperprolactinemia e no excesso do próprio
androgênio.

Todavia, a gravidade do hirsutismo não se correlaciona com o


nível de androgênios circulantes devido às diferenças da sensibilidade
dos androgênios do folículo piloso.

Hirsutismo também pode resultar de maior resposta do órgão


final a níveis plasmáticos normais dos androgênios e se manifesta
como um fenômeno familiar em pessoas com ancestrais do
Mediterrâneo, sul da Ásia ou Oriente Médio. Hirsutismo na gestação e
menopausa ocorre por causa de flutuações temporárias e fisiológicas
nos níveis de androgênios.

Quando causado pelo aumento dos níveis de androgênio, o


hirsutismo geralmente é acompanhado por virilização, que se
manifesta como diminuição da menstruação, aumento da massa

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

muscular, engrossamento da voz, acne, alopecia androgênica e


clitoromegalia. Hipertricose envolve o crescimento capilar não
androgênico.

As unhas
Anatomia

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Alterações das unhas


Unhas quebradiças

As unhas quebradiças e secas são aquelas que quebram ou


lascam muito facilmente e, normalmente, estão relacionadas com o
envelhecimento natural, mas também podem acontecer como
consequência de alergias a produtos como verniz, detergentes,
sabonetes ou produtos de limpeza, também pelo excesso de remoção
de verniz gel ou unhas de gel.

Esta alteração das unhas também pode ser sinal de deficiência


de ferro, ácido fólico, vitaminas A, B12 ou C, uma vez que são
responsáveis por produzir a proteína que confere força às unhas, ou
doenças como psoríase, micose, hipertireoidismo ou anemia.

Unhas com manchas brancas

As manchas brancas nas unhas são uma condição chamada


leuconíquia que normalmente surge devido a algum trauma no local,
como pancadas, bater com a unha na parede ou prender o dedo numa
porta. No entanto, este tipo de manchas também pode surgir com as
variações hormonais ao longo do ciclo menstrual.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Geralmente, essas manchas não indicam qualquer problema de saúde,


mas podem surgir com o uso de alguns antibióticos ou doenças como
vitiligo ou hanseníase, por exemplo.

Unhas amareladas

As unhas amareladas são comuns em pessoas idosas e nem


sempre indicam um problema de saúde. Este tipo de coloração nas
unhas também pode acontecer com o uso de alguns medicamentos
como os antibióticos, ser provocado pelo contato com produtos de
limpeza ou fumaça do cigarro. Além disso, a ingestão excessiva de
cenoura, abóbora ou batata doce também pode deixar as unhas
mais amareladas.

Ainda assim, as unhas amareladas também podem surgir por


infecção por fungos na unha, causando a onicomicose, ou por algumas
doenças como diabetes, psoríase ou artrite reumatóide, doenças do
fígado como cirrose ou hepatite, ou problemas pulmonares como
bronquite ou doença pulmonar obstrutiva crônica.

Unhas azuladas

As unhas azuladas podem ser causadas por um baixo nível ou


falta de oxigênio no sangue, fazendo com que a pele ou membrana
abaixo da pele fique com uma cor azul púrpura. Essa condição é
conhecida como cianose e normalmente é um sintoma comum quando
se está num ambiente frio, por exemplo. Porém, se a cor azul surgir
em outros momentos, pode indicar problemas circulatórios, como a
doença de Raynaud, alterações respiratórias, como enfisema, asma ou
pneumonia ou doenças do coração, como insuficiência cardíaca.

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Unhas avermelhadas

As unhas avermelhadas, principalmente nas bordas, podem ser


uma condição chamada paroníquia, causada por inflamações devido a
infecção por bactérias, vírus ou leveduras, devido a traumas como
remoção de cutículas, machucados, ou por unha encravada, por
exemplo. Em alguns casos, pode ocorrer formação de pus nas bordas
das unhas.
No entanto, alguns problemas de saúde podem deixar as unhas
completamente avermelhadas, como doenças do coração ou dos
pulmões, pressão arterial alta ou derrame cerebral, por exemplo.

Unhas esverdeadas

As unhas esverdeadas, também chamada de síndrome das unhas


esverdeadas, ocorre por uma infecção que deixa as unhas com aspecto
verde-azulado ou verde escuro e é causada pela bactéria Pseudomonas
aeruginosa.
Esta condição pode surgir nas unhas das mãos ou dos pés e
geralmente não causa dor, no entanto, a pele ao redor da unha pode
ficar inchada, dolorida ou vermelha.

Unhas com linha escura

As unhas com linhas escuras são causadas por uma alteração


conhecida cientificamente como melanoníquia, que é mais comum em
pessoas com pele escura, mas que também pode surgir
repentinamente pelo uso de alguns medicamentos como antibióticos
ou zidovudina, um remédio utilizado no tratamento do HIV.

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Estas linhas escuras podem apresentar cor marrom, cinza, ou


preta, que vão da base da unha até o topo, e se desenvolver nas unhas
das mãos ou dos pés. Quando essas linhas se desenvolvem ao longo
do tempo pode ser sinal de aumento da produção de melanina, que é
um pigmento que dá cor à pele, o que pode ser um dos primeiros
sintomas do melanoma, um tipo de câncer de pele.

As unhas onduladas ou rugosas pode ocorrer como um processo


natural de envelhecimento, sendo comum em pessoas idosas, mas
também pode ocorrer por doenças de pele que deixam as unhas mais
secas como psoríase, líquen plano, dermatite atópica, alopecia areata
ou lúpus, por exemplo.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

As unhas arredondadas e com as pontas dos dedos curvadas


podem iniciar de forma lenta ao longo dos anos, sem que a pessoa
perceba, e podem piorar com o tempo sendo geralmente sentidas
quando incham e tornam-se dolorosas quando pressionadas.

Esta condição pode ser consequência da baixa oxigenação do


sangue devido a doenças cardiovasculares ou pulmonares, mas
também pode surgir em doenças hepáticas, doença inflamatória
intestinal ou infecção pelo HIV.

As unhas viradas para cima, também chamadas de coiloníquia,


são uma condição em que as unhas se projetam para fora e ficam com
aspecto de colher. Geralmente, essa condição é um sinal de que a
circulação sanguínea não está conseguindo chegar corretamente ao
centro da unha, podendo ser um sintoma de falta de ferro, problemas
cardíacos ou hipotireoidismo, por exemplo.

Descolamento da unha

O descolamento da unha é uma condição chamada onicólise,


caracterizada por descolamento total ou parcial da unha da mão ou do
pé e pode ser causada por uso de sapatos apertados, limpeza excessiva
das unhas ou alergias a produtos de limpeza, por exemplo.
Essa condição também pode ser causada por infecção por fungos,
doenças como psoríase ou hipertireoidismo, ou uso de alguns
medicamentos como captopril ou retinóides.

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Tipologia de intervenção estética

Eletrocoagulação

A técnica consiste na introdução de uma agulha, especificamente


concebida para este efeito, dentro do folículo piloso, para depois ser
aplicada uma descarga elétrica de baixa intensidade, e, assim, desta
forma, coagular os vasos sanguíneos, destruindo as células matrizes e
enfraquecendo os pêlos.

A descarga elétrica atinge inicialmente o bulbo e depois a glândula,


diminuindo gradualmente, assim, a espessura dos pêlos, aos poucos,
até ao seu completo desaparecimento. Para que o resultado final seja
“definitivo”, tipicamente, são necessários alguns meses de sessões
de eletrocoagulação.

Eletrocoagulação – Aplicações e Contraindicações

A eletrocoagulação é uma técnica de epilação recomendada


para o buço, queixo e pescoço. Por vezes, em alguns casos raros, pode
provocar manchas em peles mais sensíveis, razão pela qual se deve
procurar sempre um profissional qualificado. Existem alguns casos
reportados, de queixas de dores e de algum desconforto, além de ser
um processo mais lento, na obtenção dos resultados desejados.

Criocirurgia

A criocirurgia, também designada por crioterapia, é uma técnica


cirúrgica minimamente invasiva que utiliza temperaturas negativas
para destruir, principalmente, lesões benignas e pré-malignas.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

A substância utilizada é azoto líquido e o arrefecimento da zona


a tratar é feito de forma controlada.

A criocirurgia tem muito bons resultados no tratamento de:

• Verrugas víricas;
• Quelóides (crescimento anormal do tecido da cicatriz);
• Queratoses seborreicas;
• Queratoses actínicas.
• Implantes de colagénio e outros

Colagénio

Aplicação de colagénio para:

a) reduzir sinais de rugas e envelhecimento;

b) Aumentar lábios

c) Correção de cicatrizes

d) Pele desidratadas

e) Redução de flacidez

Botox – toxina botulínica

Indicado em rugas de expressão causadas pela utilização dos


músculos responsáveis pela expressão facial:

• rugas frontais da testa,

• glabelares (rugas entre sobrancelhas),

• periorbitais (’pés-de-galinha’),

• infraorbitais (rugas localizadas por baixo dos olhos) e na depressão


do lábio.

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Plasma rico em plaquetas – PRP

O Plasma Rico em Plaquetas é um tratamento revolucionário na


Revitalização Facial, visto que estimula a produção de colagénio,
elastina e ácido hialurónico, provocando na pele mais elasticidade,
luminosidade e firmeza.

Este tratamento consiste numa colheita de sangue do cliente,


que é centrifugado e após a sua centrifugação é fracionado o plasma
mais rico em fatores de crescimento. Estes fatores de crescimento são
libertados pelas plaquetas, sendo responsáveis pela estimulação da
regeneração celular, pelo aumento de novos vasos sanguíneos e de
produção de novos tecidos. O plasma é injetado nos locais desejados.

Acido hialurónico

O ácido hialurónico é uma substância naturalmente presente no


organismo humano, uma molécula de açúcar que atrai a água, e pode
atuar como um lubrificante, e absorver choques em partes móveis do
corpo, como as articulações.

Do ácido hialurónico no nosso corpo, 56% dele está na pele, onde


este preenche o espaço entre as células, o que a mantém lisa, elástica
e bem hidratada. Porém, com o tempo, a sua concentração na pele
diminui, o que causa o aparecimento de rugas e também o seu
ressecamento.

O ácido hialurónico é indicado, principalmente, para melhorar a


qualidade da pele, suavizando as rugas e outras marcas da idade.
Quando usado de forma injetável, ele pode ser usado no contorno da
face, lábios (contorno e volume), sulcos naso-labiais, sulco naso-jugal

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

(olheiras), rugas faciais, e para repor volume na face, mãos e algumas


regiões corporais.

Além disso, este tratamento permite a volumização da


região dos malares, mandíbula e nas laterais do rosto, uma vez que
com o passar dos anos o tecido subcutâneo é perdido em algumas
partes do rosto. Este método é aplicado com anestesia local e através
de microcânulas, o que permite um maior conforto e segurança na
aplicação.

Correção de cicatrizes
Ritidectomias - o lifting

O lifting facial é o procedimento cirúrgico standard de


rejuvenescimento da face. O lifting facial, também designado de
ritidectomia facial, é um procedimento cirúrgico, de natureza estética,
com o objectivo de melhorar e por vezes eliminar a evidência do
envelhecimento a nível da face.

Na maioria dos casos o lifting facial é efectuado em conjunto com


outras cirurgias para rejuvenescer também o pescoço, a testa e mesmo
as pálpebras e desta forma conseguir-se um resultado final mais
abrangente e natural.

Em que consiste?

O lifting facial consiste numa intervenção cirúrgica que permite


tratar os sinais de envelhecimento da face e desta forma fazer com que
o relógio ande para trás cerca de 15/20 anos e recupere os seus traços
faciais que se foram perdendo com a passagem dos anos.

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O que pode esperar:

• tratamento da flacidez da face;

• tratamento do aspecto envelhecido cansado e triste da cara e/ou


pescoço;

• melhoria do excesso de pele;

• melhoria da queda de tecidos da face;

• obtenção de um aspecto mais jovem, atraente, menos cansado.

Rinoplastias

A rinoplastia é a cirurgia plástica indicada para correção


estética do nariz, existem inúmeras possibilidades: aumentar ou
diminuir o nariz, dar projeção à ponta, afinar as asas nasais e até
diminuir a giba óssea, que é com os médicos chamam o "osso" ou
"calo" do nariz.

Mamoplastias
O que é a mamoplastia?
A mamoplastia é toda cirurgia plástica que transforma e modifica
o formato das mamas, tendo por objetivo torná-lo mais harmonioso e
proporcional ao restante do corpo. Elas podem aumentar, diminuir ou
mesmo alterar a aparência dos seios.

Tipos de mamoplastia:

Aumento: implante de silicone nos seios

Redução: A técnica remove o excesso de gordura, o tecido


glandular e a pele para atingir um tamanho de mama proporcional com
o corpo da paciente.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Reparadora: A mamoplastia reparadora também pode ser


classificada como mastoplastia. Neste tipo são tratadas as assimetrias
mamárias acentuadas, a diminuição da aréola, entre outros casos. A
cirurgia corrige a diferença em tamanhos, formatos ou posição das
mamas e/ou aréolas, mas o processo do procedimento irá depender da
necessidade e do caso de cada paciente. Ou seja, pode-se colocar
implante na mama menor, reduzir a mama maior, reposicioná-los, etc.
Logo, tudo estará relacionado ao tipo de assimetria que exista e cada
qual terá a aplicação de uma determinada técnica.

Reconstrutiva: Essa técnica é indicada para quem tem câncer


de mama e é preciso retirar parte da mama ou ela completamente (a
chamada mastectomia). O cirurgião refaz a mama e em muitos casos
é necessário remover tecido de outras regiões do corpo (como costas,
abdômen) para se reconstruí-la.

A reconstrução mamária costuma ter duas variantes: a cirurgia


feita posteriormente a retirada da(s) mama(s) ou pode ser realizada
ao mesmo tempo que a mastectomia.

Deste modo, as pacientes nem precisam passar pelo trauma da


amastia cirúrgica. A colocação simples de um implante tem uma
recuperação muito mais curta e segue normalmente as mesmas
condições das demais técnicas que usam esse recurso. Porém, cada
paciente tem uma indicação diferente de tratamento.

Mastopexia

Também conhecida como lifting de mamas, é a técnica que


levanta o tecido de mamas caídas (com ptose), e geralmente está
associada também à flacidez. Muitas pacientes que se submetem a
esta técnica também colocam prótese de silicone. O uso de implante

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

de silicone vai depender da textura, excesso de pele ou densidade do


tecido mamário e não apenas a queda do órgão. A cicatriz da cirurgia
do levantamento da mama, com ou sem implante de silicone, pode ser
apenas vertical, isto é, da aréola até o sulco da mama, ou associada
com outra cicatriz no sulco da mama, também chamada de T invertido.

Abdominoplastias

A cirurgia de abdominoplastia permite eliminar o excesso de pele


e de gordura do abdómen, assim como reforçar os seus músculos. É
uma operação que é feita com grande frequência por Cirurgiões
Plásticos (especialistas em cirurgia plástica).

Em muitas das situações clinicas, a abdominoplastia é associada


a lipoaspiração de forma a maximizar os resultados estéticos
(abdominoplastia com lipoaspiração, lipoabdominoplastia ou mais
vulgarmente chamada de abdominoplastia com lipo). A gordura
lipoaspirada pode ser usada para aumento de outras áreas do corpo
(lipoescultura).

Cirurgia de contorno corporal. Lipossucção

A lipoaspiração é uma cirurgia plástica indicada para retirar o


excesso de gordura localizada numa determinada área do corpo como
barriga, coxas, flancos, costas ou braços, por exemplo, ajudando a
melhorar o contorno do corpo.
Esse tipo de procedimento estético pode ser realizado tanto por
homens quanto por mulheres e é importante que seja feito por um
cirurgião plástico de confiança e sob condições adequadas de higiene
e segurança.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

Dermobrazão e peeling químico

A Dermoabrasão é um processo abrasivo que remove a epiderme


e a derme superficial, melhorando irregularidades da pele e rugas.

A renovação da pele é acelerada por meio mecânico, de forma


controlada, trazendo para a superficie a base imaculada da pele.
Juntamente, com a primeira camada de pele, livramo-nos das
impurezas, machas e rugas. Por isso, este tratamento é utilizado para
a limpeza da pele e para a eliminação de manchas, marcas e pontos
negros.

O peeling químico é um tipo de tratamento estético que é feito


com a aplicação de ácidos sobre a pele para retirar as camadas
danificadas e promover o crescimento de uma camada lisa, podendo
ser feito para eliminar manchas e linhas de expressão, por exemplo.

Doenças da pele
Lesões elementares da pele (primárias e
secundárias)

Doença primária ou causa primária é um termo da saúde para as


doenças que surgem espontaneamente, sem ter associação com, ou
ser causada por outra doença. Uma doença primária pode dar origem
a outras doenças, que serão chamadas de secundárias.

Ao tratar a doença primária, as doenças secundárias tendem a


reduzir ou desaparecer. Caso, pelo contrário, apenas a doença
secundária seja tratada, provavelmente essa doença vai voltar e
frequentemente ambas agravam com o tempo.

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DERMOCOSMÉTICA PROF-AP.15/1

A pele e as doenças sistémicas

É considerado uma doença sistémica uma doença que afeta uma


série de órgãos ou tecidos ou que afeta o corpo humano como um
todo.

Acnes, eczemas, dermatite (atópica e de contacto)

A acne nada mais é que uma lesão causada pelo aumento da


produção de sebo vinda das glândulas sebáceas. Esse excesso de
oleosidade deixa os poros obstruídos e aumenta a proliferação de
bactérias, resultando nos comedões, que chamamos mais comumente
de cravos. Quando ocorre a inflamação, chamamos de espinha. Essas
condições são classificadas em graus.

Grau 1 - acne comedônica, composta por “cravos ou pontos


negros” abertos ou fechados;

Acne inflamatória:

Grau 2 - Acne pápulo-pustulosa, apresentando lesões dolorosas,


avermelhadas e elevadas, podendo ter secreção amarelada no
seu interior;
Grau 3 - Acne nódulo-cística, mostrando lesões nodulares,
podendo ter pus no seu interior;
Grau 4 - Acne conglobata, com lesões maiores e com grande
saída de secreção. Tendência à formação de cicatrizes;
Grau 5 - Acne fulminante, com grande processo inflamatório na
pele, com possibilidade de febre e mal estar. Grande tendência
cicatricial.

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Dermatoses profissionais

A dermatose ocupacional é qualquer alteração na pele ou em


seus anexos que esteja relacionada direta ou indiretamente com a
atividade profissional desempenhada ou ambiente de trabalho,
podendo ser causada por variações de temperatura, exposição a
microrganismos e contato com agentes químicos, como borracha,
derivados do petróleo e ácidos, por exemplo.

• Reações cutâneas pelos cosméticos

Doenças da pele causadas por fungos

Frieiras
Um tipo de infecção comum entre os dedos dos pés. Ocorre
quando eles ficam úmidos e abafados, devido ao uso prolongado de
calçados fechados. Elas causam vermelhidão, coceira e rachaduras.

o Dermatofitose (Tinha/ Micoses)

Cientificamente chamada de dermatofitose, esta infecção fúngica


também é conhecida como tínea, e pode atingir diversos locais do
corpo, como pele, cabelos e unhas, e é provocada por fungos
como Trichophyton, Microsporum ou Epidermophyton, que são
transmitidos de uma pessoa para outra através do contato, ou também
pelo solo e animais contaminados.

Algumas das principais lesões provocadas são:


• Tinha corpórea, também chamada de impingem e surge em
qualquer área da pele;
• Tinha dos pés, também chamada de frieira ou pé-de-atleta, que
é localizada entre os dedos dos pés;
• Tinha cruris, que se desenvolve na virilha;

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• Tinha capitis, ou do couro cabeludo, que é mais comum em


crianças e pode provocar a queda do cabelo no local;
• Tinha das unhas, que torna a unha espessa e sem brilho.

Esporotricose

o Esta micose pode ultrapassar a pele e atingir também a


região subcutânea e os gânglios. Esta infecção é provocada
por fungos da família Sporothrix spp., que habitam a
natureza e estão presentes no solo, plantas, folhas e
madeira, por exemplo, por isso, infectam principalmente
fazendeiros, jardineiros ou agricultores.

Psoríase

A psoríase é uma doença autoimune, inflamatória e não contagiosa


da pele. O próprio sistema de defesa do corpo começa a atacar as
células dermatológicas por algum motivo, causando lesões.

Dermatite seborreica

A dermatite seborreica é uma inflamação crónica da pele que


provoca escamas gordurosas e caspa no couro cabeludo, na face, ao
longo do risco do penteado, ao redor das orelhas e, ocasionalmente,
em outras zonas.

A dermatite seborreica costuma surgir gradualmente,


provocando uma escamação seca ou gordurosa no couro cabeludo
(caspa), por vezes com coceira, mas sem perda de cabelo. Nos casos
mais graves, surgem caroços elevados escamosos amarelados ou
avermelhados, ao longo do risco do penteado, por detrás das orelhas,
no canal auditivo, sobre as sobrancelhas, no nariz e à volta deste, no
tórax, nas axilas e na região dorsal.

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Nos lactentes com menos de um mês, a dermatite seborreica


pode provocar uma lesão com crosta, amarela e espessa (gorro do
lactente) e, por vezes, uma escamação amarela por detrás das orelhas,
além de pápulas vermelhas na face. Surge, frequentemente, uma
erupção cutânea persistente na zona da fralda, ao mesmo tempo em
que a erupção do couro cabeludo.

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