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Antonio Gomes
Funções Trigonométricas
sen B̂ = b
a
(Seno do ângulo B̂)
sen Ĉ = c
a
(Seno do ângulo Ĉ)
cos B̂ = c
a
(Cosseno do ângulo B̂)
cos Ĉ = b
a
(Cosseno do ângulo Ĉ)
tg B̂ = b
c
(Tangente do ângulo B̂)
tg Ĉ = c
b
(Tangente do ângulo Ĉ)
Observe que os valores dessas relações só dependem dos ângulos B̂ e Ĉ. e não das medidas dos
lados AB, AC e BC. Para mostrar este fato, vamos considerar o triângulo A0 B 0 C 0 abaixo, tal que
 = Â0 , B̂ = B̂ 0 e Ĉ = Ĉ 0 :
b0 λb b
sen B̂ 0 = a0
= λa
= a
= sen B̂
c0 λc c
sen Ĉ 0 = a0
= λa
= a
= sen Ĉ
c0 λc c
cos B̂ 0 = a0
= λa
= a
= cos B̂
b0 λb b
cos Ĉ 0 = a0
= λa
= a
= cos Ĉ
b0 λb b
tg B̂ 0 = c0
= λc
= c
= tg B̂
c0 λc c
tg Ĉ 0 = b0
= λb
= b
= tg Ĉ
Posto isso e observando os resultados das relações trigonométricas no triângulo ABC, podemos
perceber que a tangente de um ângulo é igual ao seu seno dividido pelo seu cosseno. Notemos ainda
que se α e β são ângulos complementares (α + β =90°), segue que cosα = senβ, senα = cosβ e
tgα · tgβ = 1.
45°: Para calcular o seno, o cosseno e a tangente de 45° vamos nos basear no seguinte quadrado
de lado l:
Observando o triângulo retângulo ABC que tem a diagonal do quadrado como hipotenusa, temos
√
que sen45° = cos45° = l
√
l 2
= √1
2
= 2
2
e que tg45° = ll = 1.
30° e 60°: Para calcular o seno, o cosseno e a tangente de 60° e 30° vamos nos basear triângulo
equilátero ABC de lado l, abaixo:
2
Figura 4: Razões trigonométricas do ângulo de 30° e 60°
l
Observando o triângulo retângulo BAD temos que sen30° = cos60° = m(BD)
m(AB)
= 2
l
= 1
2
, que
√ √
l 3 √ l 3 √
sen60° = cos30° = m(AD)
m(AB)
= 2
l
= 2
3
, que tg60° = m(AD)
m(BD)
= 2
l = 3 e que
2
l √
tg30° = m(BD)
m(AD)
= 2
√
l 3
= 3
3
.
2
Definição: Vamos chamar de Ciclo Trigonométrico, a circunferência de centro (0, 0) e raio 1.
Como o comprimento de uma circunferência de raio r é dado por C = 2πr, temos que o
comprimento do ciclo trigonométrico é 2π, uma vez que seu raio é 1. Nessas condições, vamos
considerar as funções f, g : R → R, definidas da seguinte forma, para cada x ∈ R:
3
Figura 6: Arco de comprimento x medido no sentido anti-horário a partir do ponto (1, 0)
Definição: A função f definida acima é chamada de função cosseno e usamos a notação cosx
para representar o cosseno de x. Além disso, a função g definida acima é chamada de função seno e
usamos a notação senx para representar o seno de x.
Vamos encontrar os valores do seno e do cosseno para alguns valores especiais de x:
1) Quando x = 0, temos que P (1, 0), pois não percorremos distância alguma a partir do ponto
(1, 0). Sendo assim, segue que sen 0 = 0 e que cos 0 = 1.
2) Quando x = π2 , temos que P (0, 1), pois neste caso, para chegar em P temos que percorrer 1
4
do ciclo no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0). Sendo assim, segue que sen π
2
= 1 e que
π
cos 2
= 0.
3) Quando x = π, temos que P (−1, 0), pois neste caso, para chegar em P temos que percorrer
metade do ciclo no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0). Sendo assim, segue que sen π = 0
e que cos π = −1.
4
4) Quando x = 3π
2
, temos que P (0, −1), pois neste caso, para chegar em P temos que percorrer
3
4
do ciclo no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0). Sendo assim, segue que sen 3π
2
= −1 e
que cos 3π
2
= 0.
5) Quando x = 2π, temos que P (1, 0), pois neste caso, para chegar em P temos que dar uma
volta completa no ciclo, no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0). Sendo assim, segue que
sen 2π = 0 e que cos 2π = 1.
Observe que os valores dos senos de 0 e 2π são iguais, bem como os valores dos cossenos de 0 e 2π.
Mais ainda, note que para cada x real, temos que sen(x + 2π) = senx e que cos(x + 2π) = cosx, uma
vez que percorrendo x ou x + 2π, a partir do ponto (1, 0), chegamos no mesmo ponto P , a diferença
é que para chegar em x + 2π temos que dar uma volta a mais. Este fato nos leva a definição a seguir.
Agora, vamos fazer um procedimento, usando a trigonometria do triângulo retângulo, que nos
fornece com precisão, o seno e o cosseno de alguns múltiplos racionais de π.
Como exemplo, vamos calcular o seno e o cosseno de x = − 13π
3
. Para isso, primeiro, vamos
encontrar um arco no intervalo [0, 2π] cujos seno e cosseno sejam os mesmos de x = − 13π
3
. Observe
que dividindo 13 por 3, vemos que 13 = 4 · 3 + 1. Assim, segue que − 13π
3
= − (4·3+1)π
3
= −4π − π3 .
Isto é, para encontrar o ponto P devemos dar duas voltas no sentido horário e depois percorrer mais
π
3
, também no sentido horário. Observe que 2π − π
3
= 5π
3
é um arco no intervalo [0, 2π] cujos seno e
cosseno são os mesmos de x = − 13π
3
. Finalmente, vamos usar o triângulo retângulo ABP da figura
abaixo, cuja hipotenusa AP mede 1, para encontrar o seno e o cosseno de x = − 13π
3
:
5
Observe que fazendo uma regra de três simples, vemos que o ângulo é de 60°, uma vez que
para dar uma volta de completa (360°) no ciclo trigonométrico percorremos 2π. Sendo assim, o
ponto P é dado por P (m(AB), −m(BP )). Agora, vamos calcular m(AB) e m(BP ), observando que
√
2
3
= sen 60 = m(BP )
m(AP )
= m(BP 1
)
= m(BP ) e que 21 = cos 60 = m(AB)m(AP )
= m(AB)
1
= m(AB). Sendo
√ √
assim, temos que P ( 12 , − 23 ). Logo, segue que cos(− 13π
3
) = 12 e sen(− 13π
3
) = − 23 .
Exercício
1: Use esse procedimento para encontrar o seno e o cosseno de π π π 2π 3π 5π 7π 5π 4π 5π 7π
, , , , 4, 6, 6, 4, 3, 3, 4
6 4 3 3
e 11π
6
.
Observe que com esse procedimento, não conseguimos calculamos precisamente, por exemplo,
sen3 e cos3, pois nesse caso não podemos usar a geometria dos ângulos notáveis do triângulo
retângulo, uma vez que não podemos precisar o ângulo . Entretanto, como 3 é perto de π, que
é aproximadamente 3,14, podemos perceber que o cos 3 é próximo de -1 e que sen 3 é positivo e
próximo de zero. Vejamos na figura abaixo:
Agora que já sabemos encontrar pontos dos gráficos do seno e do cosseno, plotando alguns desses
pontos obtemos os seguintes gráficos:
Note que por causa da periodicidade dessas funções, os gráficos das mesmas se repetem de 2π,
em 2π. Observe que imagem de ambas as funções é o intervalo [−1, 1].
6
Definição: Uma função real f : X → Y é dita limitada, se existir M ∈ R, M > 0, tal que
|f (x)| ≤ M , para todo x ∈ X.
Observe que as funções seno e cosseno são limitadas, pois podemos escolher M = 1, uma vez que
a imagem de ambas as funções é o intervalo [−1, 1].
Definição: Dizemos que um função real f : R → R é par, quando f (−x) = f (x), para todo
x ∈ R e dizemos que f é ímpar, quando f (−x) = −f (x), para todo x ∈ R.
Observe dos gráficos que a função cosseno é uma função par e que a função seno é uma função
ímpar, uma vez que cos(−x) = cos x e que sen(−x) = −sen x, para todo x ∈ R.
sen 0
tg 0 = cos 0
= 01 = 0
π 1 √
π sen 6 3
tg 6
= π = √3
cos 6
2
= 3
√2
π 2
π sen
tg 4
= cos
4
π = √2
2
=1
4
√2
π sen π 3 √
tg 3
= cos
3
π = 2
1 = 3.
3 2
Observe que ao passo que aumentamos os valores de x, os valores de tg x também foram
aumentando. Note ainda, que ao passo que os valores de x se aproximam de π
2
, temos que sen x
se aproxima de 1 e que cos x se aproxima de 0. Logo, os valores de tg x ficam cada vez maiores
e gigantes, uma vez que se dividirmos um número perto de 1, por exemplo 0,9999, por um número
perto de zero, por exemplo 0,0001, obtemos o quociente 0,9999
0,0001
= 9999, que é um número grande, e
7
quanto mais perto de 1 for o numerador e mais perto de zero for o denominador, o quociente fica
ainda maior.
Figura 12: Gráfico de tg x, em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto
Observe que as raízes da função tangente são as mesmas da função seno, logo o conjunto das raízes
da função tangente é o seguinte {x ∈ R|x = kπ, k ∈ Z}. Note que a imagem da função tangente é R,
logo a função tangente não é limitada e não possui máximos, nem mínimos globais. Observe ainda
que a função é crescente nos intervalos da forma (− π2 + kπ, π2 + kπ) e tem como assíntotas verticais
as retas x = π
2
+ kπ, onde k ∈ Z.
1
sec 0 = cos 0
= 11 = 1
√
2 3
sec π6 = 1 1
π = √3 =
cos 6 3
2
8
π 1 1
√
sec 4
= cos π4
= √
2
= 2
2
π 1 1
sec 3
= cos π3
= 1 = 2.
2
Observe que ao passo que aumentamos os valores de x de 0 a π
3
, os valores de sec x também
foram aumentando. Note ainda, que ao passo que os valores de x se aproximam de π
2
,temos que
cos x se aproxima de 0. Logo, os valores de sec x ficam cada vez maiores e gigantes, uma vez que se
dividirmos 1, por um número perto de zero, por exemplo 0,0001, obtemos o quociente 1
0,0001
= 10000,
que é um número grande, e quanto mais perto de zero for o denominador, o quociente fica ainda
maior.
9
Figura 13: Gráfico de sec x, em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto
Observe que a função secante não tem raízes e que sua imagem é o conjunto (−∞, −1] ∪ [1, +∞),
logo a função secante não é limitada e não possui máximos, nem mínimos globais. Entretanto, nos
intervalos da forma (− π2 +2kπ, π2 +2kπ), k ∈ Z temos que a secante é decrescente em (− π2 +2kπ, 2kπ]
e crescente em [2kπ, 2kπ + π2 ), atingindo o valor mínimo 1, em x = 2kπ. Neste caso, dizemos que o
ponto (2kπ, 1) é um mínimo local do gráfico da secante, para todo k ∈ Z . Observe que este ponto
não é um mínimo global, pois a secante assume valores negativos, como nos intervalos da forma
( π2 +2kπ, 3π
2
+2kπ), k ∈ Z. Note que neste tipo de intervalo, a secante é crescente em ( π2 +2kπ, 2kπ+π]
e decrescente em [2kπ + π, 2kπ + 3π
2
), atingindo o valor máximo -1, em x = 2kπ + π. Neste caso,
dizemos que o ponto (2kπ + π, −1) é um máximo local do gráfico da secante, para todo k ∈ Z.
Observe também que as retas verticais x = π
2
+ kπ são assíntotas verticais do gráfico da secante, para
todo k ∈ Z.
10
translações.
Exemplo 1: Considere a função f : R → R, dada por f (x) = 2sen x. Observe que o período
dessa função é 2π, como o da função seno. Entretanto, enquanto x varia no intervalo [0, 2π] (um
período completo), temos que 2sen x varia no intervalo [−2, 2], uma vez que para encontrar os
elementos da imagem de 2sen x, multiplicamos os elementos da imagem de sen x, que é [−1, 1], por
2. Nestas condições, temos o seguinte esboço para o gráfico de f :
Em geral, como ocorreu no Exemplo 1 (k=2), o gráfico de ksen x, bem como o de kcos x, têm
período 2π, e suas imagens são o intervalo [−|k|, |k|], para todo k 6= 0.
Exercício 3: Diga o período, a imagem e esboce o gráfico da função f : R → R, dada por
cos x
f (x) = 2
Exemplo 2: Considere a função f : R → R, dada por f (x) = sen(2x). Observe que o período
dessa função é π, metade do período da função seno. Pois, enquanto x varia entre 0 e π, por exemplo,
temos que 2x varia entre 0 e 2π (um período completo da função seno). Nestas condições quando
x percorre todos os elementos do intervalo [0, π], temos que sen(2x) percorre todos os elementos do
intervalo [−1, 1]. Assim, a imagem de f (x) = sen(2x) é o intervalo [−1, 1],assim como a da imagem
função seno. Nestas condições, temos o seguinte esboço para o gráfico de f :
Em geral, como ocorreu no Exemplo 2 (k=2), o gráfico de sen(kx), bem como o de cos(kx), têm
período 2π
|k|
, e ambas têm como imagem o intervalo [−1, 1], para todo k 6= 0.
11
Figura 16: Gráfico de tg x, em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto
Figura 17: Gráfico de tg( x3 ), em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto
12
Figura 18: Gráfico de −tg( x3 − π), em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto
√
Passo 5: Finalmente, para obter o gráfico de f (x) = −tg( x3 − π) + 3, basta elevar o gráfico de
√
−tg( x3 − π), 3 unidades para o norte. Sendo assim temos o seguinte esboço para o gráfico de f :
√
Figura 19: Gráfico de f (x) = −tg( x3 − π) + 3, em verde, juntamente com suas assíntotas verticais,
em preto
1) Determine o domínio de f ;
2) Determine o contra-domínio de f ;
3) Determine a imagem de f ;
13
4) Esboce o gráfico de f ;
5) Determine se f é injetiva;
6) Determine se f é sobrejetiva;
7) Determine se f é bijetiva;
8) Estude o sinal de f .
(a) f : [ −π
2
, 2π] → [−1, 1], dada por f (x) = sen(x + π)
(d) f : [− 3π
2
, − π2 ] → [0, 2], dada por f (x) = − cos x + 1
Identidades Trigonométricas
Demonstração: Lembre que cos x é a abscissa e que sen x é a ordenada de um ponto P que
pertence à circunferência de centro (0, 0) e raio 1. Logo, a distância de P ao ponto (0, 0) tem que ser
igual a 1. Usando a fórmula de distância entre pontos, temos que (cos x − 0)2 + (sen x − 0)2 = 1.
p
sen2 x+cos2
Demonstração: Dividindo ambos os lados de sen2 x + cos2 x = 1 por cos2 x, obtemos cos2 x
=
1
cos2 x
. Reescrevendo essa igualdade temos ( sen x 2
cos x
) + cos x 2
( cos x
) = ( cos1 x )2 . Como tg x = sen x
cos x
e
sec x = 1
cos x
, temos que sec x = 1 + tg x.
2 2
14
cos(a − b) = cos a cos b + sen a sen b, para quaisquer a, b ∈ R
Figura 20: Figura que ajuda a calcular sen(a + b), sen(a − b), cos(a + b) e cos(a − b)
sen(a − b) = sen(a + (−b)) = sen a cos (−b) + cos a sen (−b) = sen a cos b − sen b cos a
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cos(a − b) = cos(a + (−b)) = cos a cos (−b) − sen a sen (−b) = cos a cos b + sen a sen b
5) tg(a + b) = tg a+tg b
1−tg a tg b
tg a−tg b
tg(a − b) = 1+tg a tg b
8) tg(2x) = 2tg x
1−tg 2 x
Como já pudemos observar, as funções trigonométricas não são bijetivas, mas fazendo restrições
apropriadas em seus domínios e(ou) em seus contradomínios, podemos torná-las bijetivas e com a
maior imagem possível.
Observe que a função f : [− π2 , π2 ] → [−1, 1], dada por f (x) = sen x é injetiva, pois o seno é
crescente em [− π2 , π2 ] e é sobrejetiva, pois o sen x varia de -1 a 1, quando x varia em [− π2 , π2 ]. Nestas
condições a função f é bijetiva e possui uma inversa f −1 : [−1, 1] → [− π2 , π2 ].
Definição: A inversa da função f definida acima é chamada de Arco Seno e usamos a notação
f −1
(y) = arcsen y para representá-la.
16
Sendo assim, temos que x = arcsen y se, e somente se, y = sen x.
Observe que:
Refletindo o gráfico de f em relação à reta y = x, obtemos o seguinte gráfico para a função arco
seno.
Observe que a função g : [0, π] → [−1, 1], dada por g(x) = cos x é injetiva, pois o cosseno é
decrescente em [0, π] e é sobrejetiva, pois o cos x varia de 1 a -1, quando x varia em [0, π]. Nestas
condições a função g é bijetiva e possui uma inversa g −1 : [−1, 1] → [0, π].
Definição: A inversa da função g definida acima é chamada de Arco Cosseno e usamos a notação
g −1 (y) = arccos y para representá-la.
Sendo assim, temos que x = arccos y se, e somente se, y = cos x.
Observe que:
Refletindo o gráfico de g em relação à reta y = x, obtemos o seguinte gráfico para a função arco
cosseno:
17
Figura 22: Gráfico de arccos x, em verde
- arctg 1 = π4 , pois tg π4 = 1
- arctg 0 = 0, pois tg 0 = 0.
- arctg (−1) = − π4 , pois tg(− π4 ) = −1
Refletindo o gráfico de h em relação à reta y = x, obtemos o seguinte gráfico para a função arco
tangente.
Observe que a função j : [0, π2 ) ∪ ( π2 , π] → (−∞, −1] ∪ [1, +∞), dada por j(x) = sec x é injetiva,
pois a secante assume valores positivos e é crescente em [0, π2 ) e assume valores negativos e é crescente
em ( π2 , π]. Note ainda que j é sobrejetiva, pois sec x percorre todos os elementos de [1, +∞), quando
x varia em [0, π2 ) e sec x percorre todos os elementos de (−∞, −1], quando x varia em ( π2 , π].
Nestas condições a função j é bijetiva e possui uma inversa
j −1 : (−∞, −1] ∪ [1, +∞) → [0, π2 ) ∪ ( π2 , π].
Definição: A inversa da função j definida acima é chamada de Arco Secante e usamos a notação
j −1
(y) = arcsec y para representá-la.
18
Sendo assim, temos que x = arcsec y se, e somente se, y = sec x.
Observe que:
Refletindo o gráfico de j em relação à reta y = x, obtemos o seguinte gráfico para a função arco
secante.
Figura 24: Gráfico de arcsec x, em verde, com sua assíntota horizontal y = π2 , em preto
19