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Universidade Federal Rural de Pernambuco

Antonio Gomes
Funções Trigonométricas

Antes de começar o estudo das funções trigonométricas, precisamos entender a trigonometria no


triângulo retângulo (triângulo que possui um ângulo reto). Sendo assim, vamos considerar o triângulo
retângulo abaixo, para definir seus principais elementos:

Figura 1: Razões trigonométricas num triângulo retângulo

Chamamos de catetos os segmentos AB e AC, e de hipotenusa o segmento BC.


Estabelecidos estes elementos e considerando que a é a medida de BC, b é a medida de AC e c é
a medida de AB, vamos definir as relações trigonométricas no triângulo retângulo da seguinte forma:

sen B̂ = b
a
(Seno do ângulo B̂)

sen Ĉ = c
a
(Seno do ângulo Ĉ)

cos B̂ = c
a
(Cosseno do ângulo B̂)

cos Ĉ = b
a
(Cosseno do ângulo Ĉ)

tg B̂ = b
c
(Tangente do ângulo B̂)

tg Ĉ = c
b
(Tangente do ângulo Ĉ)
Observe que os valores dessas relações só dependem dos ângulos B̂ e Ĉ. e não das medidas dos
lados AB, AC e BC. Para mostrar este fato, vamos considerar o triângulo A0 B 0 C 0 abaixo, tal que
 = Â0 , B̂ = B̂ 0 e Ĉ = Ĉ 0 :

Figura 2: Razões trigonométricas no triângulo retângulo A0 B 0 C 0


Observe que este triângulo é semelhante ao triângulo inicial ABC, uma vez que eles tem os
mesmos ângulos. Sendo assim, considerando que a0 é a medida de B 0 C 0 , b0 é a medida de A0 C 0 e c0
é a medida de A0 B 0 , existe λ real positivo tal que a0 = λa, b0 = λb e c0 = λc. Logo, calculando as
razões trigonométricas no triângulo A0 B 0 C 0 temos que:

b0 λb b
sen B̂ 0 = a0
= λa
= a
= sen B̂

c0 λc c
sen Ĉ 0 = a0
= λa
= a
= sen Ĉ

c0 λc c
cos B̂ 0 = a0
= λa
= a
= cos B̂

b0 λb b
cos Ĉ 0 = a0
= λa
= a
= cos Ĉ

b0 λb b
tg B̂ 0 = c0
= λc
= c
= tg B̂

c0 λc c
tg Ĉ 0 = b0
= λb
= b
= tg Ĉ
Posto isso e observando os resultados das relações trigonométricas no triângulo ABC, podemos
perceber que a tangente de um ângulo é igual ao seu seno dividido pelo seu cosseno. Notemos ainda
que se α e β são ângulos complementares (α + β =90°), segue que cosα = senβ, senα = cosβ e
tgα · tgβ = 1.

Agora, vamos encontrar as razões trigonométricas de alguns ângulos especiais:

45°: Para calcular o seno, o cosseno e a tangente de 45° vamos nos basear no seguinte quadrado
de lado l:

Figura 3: Razões trigonométricas do ângulo de 45º

Observando o triângulo retângulo ABC que tem a diagonal do quadrado como hipotenusa, temos

que sen45° = cos45° = l

l 2
= √1
2
= 2
2
e que tg45° = ll = 1.

30° e 60°: Para calcular o seno, o cosseno e a tangente de 60° e 30° vamos nos basear triângulo
equilátero ABC de lado l, abaixo:

2
Figura 4: Razões trigonométricas do ângulo de 30° e 60°

l
Observando o triângulo retângulo BAD temos que sen30° = cos60° = m(BD)
m(AB)
= 2
l
= 1
2
, que
√ √
l 3 √ l 3 √
sen60° = cos30° = m(AD)
m(AB)
= 2
l
= 2
3
, que tg60° = m(AD)
m(BD)
= 2
l = 3 e que
2
l √
tg30° = m(BD)
m(AD)
= 2

l 3
= 3
3
.
2
Definição: Vamos chamar de Ciclo Trigonométrico, a circunferência de centro (0, 0) e raio 1.

Figura 5: Ciclo Trigonométrico

Como o comprimento de uma circunferência de raio r é dado por C = 2πr, temos que o
comprimento do ciclo trigonométrico é 2π, uma vez que seu raio é 1. Nessas condições, vamos
considerar as funções f, g : R → R, definidas da seguinte forma, para cada x ∈ R:

- Se x ≥ 0, vamos percorrer a distância x no ciclo trigonométrico (em cima da linha da


circunferência), no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0), até chegar no ponto P do ciclo
trigonométrico. Sendo assim, vamos definir f (x) como sendo a abscissa (primeira coordenada) do
ponto P e g(x) como sendo a ordenada (segunda coordenada) do ponto P . Observe que se x > 2π,
teremos que dar pelo menos uma volta completa no ciclo para chegar no ponto P , uma vez que o
comprimento do ciclo trigonométrico é 2π.

3
Figura 6: Arco de comprimento x medido no sentido anti-horário a partir do ponto (1, 0)

- Se x ≤ 0, vamos percorrer a distância |x| no ciclo trigonométrico (em cima da linha da


circunferência), no sentido horário, a partir do ponto (1, 0), até chegar no ponto P do ciclo
trigonométrico. Sendo assim, vamos definir f (x) como sendo a abscissa (primeira coordenada) do
ponto P e g(x) como sendo a ordenada (segunda coordenada) do ponto P . Observe que se x < −2π,
teremos que dar pelo menos uma volta completa no ciclo para chegar no ponto P .

Figura 7: Arco de comprimento x medido no sentido horário a partir do ponto (1, 0)

Definição: A função f definida acima é chamada de função cosseno e usamos a notação cosx
para representar o cosseno de x. Além disso, a função g definida acima é chamada de função seno e
usamos a notação senx para representar o seno de x.
Vamos encontrar os valores do seno e do cosseno para alguns valores especiais de x:

1) Quando x = 0, temos que P (1, 0), pois não percorremos distância alguma a partir do ponto
(1, 0). Sendo assim, segue que sen 0 = 0 e que cos 0 = 1.

2) Quando x = π2 , temos que P (0, 1), pois neste caso, para chegar em P temos que percorrer 1
4
do ciclo no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0). Sendo assim, segue que sen π
2
= 1 e que
π
cos 2
= 0.

3) Quando x = π, temos que P (−1, 0), pois neste caso, para chegar em P temos que percorrer
metade do ciclo no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0). Sendo assim, segue que sen π = 0
e que cos π = −1.

4
4) Quando x = 3π
2
, temos que P (0, −1), pois neste caso, para chegar em P temos que percorrer
3
4
do ciclo no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0). Sendo assim, segue que sen 3π
2
= −1 e
que cos 3π
2
= 0.

5) Quando x = 2π, temos que P (1, 0), pois neste caso, para chegar em P temos que dar uma
volta completa no ciclo, no sentido anti-horário, a partir do ponto (1, 0). Sendo assim, segue que
sen 2π = 0 e que cos 2π = 1.

Observe que os valores dos senos de 0 e 2π são iguais, bem como os valores dos cossenos de 0 e 2π.
Mais ainda, note que para cada x real, temos que sen(x + 2π) = senx e que cos(x + 2π) = cosx, uma
vez que percorrendo x ou x + 2π, a partir do ponto (1, 0), chegamos no mesmo ponto P , a diferença
é que para chegar em x + 2π temos que dar uma volta a mais. Este fato nos leva a definição a seguir.

Definição: Uma função f : R → R é dita periódica, se existir p ∈ R positivo, tal que


f (x + p) = f (x), para todo x real. O menor valor de p, tal que f (x + p) = f (x), para todo x
real, é chamado de período da função.
Sendo assim, temos que as funções seno e cosseno são periódicas e que o período de ambas é 2π.
Nestas condições se soubermos o comportamento dessas funções no intervalo [0, 2π], por exemplo,
podemos deduzir o comportamento dessas funções para os outros valores de x, basta usarmos a
periodicidade das mesmas.

Agora, vamos fazer um procedimento, usando a trigonometria do triângulo retângulo, que nos
fornece com precisão, o seno e o cosseno de alguns múltiplos racionais de π.
Como exemplo, vamos calcular o seno e o cosseno de x = − 13π
3
. Para isso, primeiro, vamos
encontrar um arco no intervalo [0, 2π] cujos seno e cosseno sejam os mesmos de x = − 13π
3
. Observe
que dividindo 13 por 3, vemos que 13 = 4 · 3 + 1. Assim, segue que − 13π
3
= − (4·3+1)π
3
= −4π − π3 .
Isto é, para encontrar o ponto P devemos dar duas voltas no sentido horário e depois percorrer mais
π
3
, também no sentido horário. Observe que 2π − π
3
= 5π
3
é um arco no intervalo [0, 2π] cujos seno e
cosseno são os mesmos de x = − 13π
3
. Finalmente, vamos usar o triângulo retângulo ABP da figura
abaixo, cuja hipotenusa AP mede 1, para encontrar o seno e o cosseno de x = − 13π
3
:

Figura 8: Arco de comprimento π


3
medido no sentido horário a partir do ponto (1, 0)

5
Observe que fazendo uma regra de três simples, vemos que o ângulo é de 60°, uma vez que
para dar uma volta de completa (360°) no ciclo trigonométrico percorremos 2π. Sendo assim, o
ponto P é dado por P (m(AB), −m(BP )). Agora, vamos calcular m(AB) e m(BP ), observando que

2
3
= sen 60 = m(BP )
m(AP )
= m(BP 1
)
= m(BP ) e que 21 = cos 60 = m(AB)m(AP )
= m(AB)
1
= m(AB). Sendo
√ √
assim, temos que P ( 12 , − 23 ). Logo, segue que cos(− 13π
3
) = 12 e sen(− 13π
3
) = − 23 .
Exercício
1: Use esse procedimento para encontrar o seno e o cosseno de π π π 2π 3π 5π 7π 5π 4π 5π 7π
, , , , 4, 6, 6, 4, 3, 3, 4
6 4 3 3
e 11π
6
.
Observe que com esse procedimento, não conseguimos calculamos precisamente, por exemplo,
sen3 e cos3, pois nesse caso não podemos usar a geometria dos ângulos notáveis do triângulo
retângulo, uma vez que não podemos precisar o ângulo . Entretanto, como 3 é perto de π, que
é aproximadamente 3,14, podemos perceber que o cos 3 é próximo de -1 e que sen 3 é positivo e
próximo de zero. Vejamos na figura abaixo:

Figura 9: Arco de comprimento 3 medido no sentido anti-horário a partir do ponto (1, 0)

Agora que já sabemos encontrar pontos dos gráficos do seno e do cosseno, plotando alguns desses
pontos obtemos os seguintes gráficos:

Figura 10: Gráfico de sen x

Figura 11: Gráfico de cos x

Note que por causa da periodicidade dessas funções, os gráficos das mesmas se repetem de 2π,
em 2π. Observe que imagem de ambas as funções é o intervalo [−1, 1].

6
Definição: Uma função real f : X → Y é dita limitada, se existir M ∈ R, M > 0, tal que
|f (x)| ≤ M , para todo x ∈ X.

Observe que as funções seno e cosseno são limitadas, pois podemos escolher M = 1, uma vez que
a imagem de ambas as funções é o intervalo [−1, 1].

Definição: Dizemos que um função real f : R → R é par, quando f (−x) = f (x), para todo
x ∈ R e dizemos que f é ímpar, quando f (−x) = −f (x), para todo x ∈ R.

Observe dos gráficos que a função cosseno é uma função par e que a função seno é uma função
ímpar, uma vez que cos(−x) = cos x e que sen(−x) = −sen x, para todo x ∈ R.

Note ainda que o conjunto das raízes da função cos x é {x ∈ R|x = π


2
+ kπ, k ∈ Z} e que o
conjunto das raízes da função sen x é {x ∈ R|x = kπ, k ∈ Z}.

Observe que a função seno é decrescente nos intervalos da forma [ π2 + 2kπ, 3π


2
+ 2kπ], atingindo
seus mínimos globais nos pontos da forma ( 3π
2
+ 2kπ, −1) e crescente nos intervalos da forma
[ 3π
2
+ 2kπ, 5π
2
+ 2kπ], atingindo seus máximos globais nos pontos da forma ( π2 + 2kπ, 1), onde k é um
inteiro qualquer. Enquanto a função cosseno é decrescente nos intervalos da forma [2kπ, π + 2kπ],
atingindo seus mínimos globais nos pontos da forma (π +2kπ, −1) e crescente nos intervalos da forma
[π +2kπ, 2π +2kπ], atingindo seus máximos globais nos pontos da forma (2kπ, 1), onde k é um inteiro
qualquer.
Definição: A função f : R\{x ∈ R|x = π
2
+ kπ, k ∈ Z} → R, dada por f (x) = sen x
cos x
é chamada
de Função Tangente e usamos a notação tg x para representá-la.

Observe que o domínio da função tangente é R\{x ∈ R|x = π


2
+ kπ, k ∈ Z}, pois não podemos
calcular a tangente para valores onde o cosseno se anula.

Vamos calcular os valores de tg x para alguns valores de x:

sen 0
tg 0 = cos 0
= 01 = 0
π 1 √
π sen 6 3
tg 6
= π = √3
cos 6
2
= 3
√2
π 2
π sen
tg 4
= cos
4
π = √2
2
=1
4
√2
π sen π 3 √
tg 3
= cos
3
π = 2
1 = 3.
3 2
Observe que ao passo que aumentamos os valores de x, os valores de tg x também foram
aumentando. Note ainda, que ao passo que os valores de x se aproximam de π
2
, temos que sen x
se aproxima de 1 e que cos x se aproxima de 0. Logo, os valores de tg x ficam cada vez maiores
e gigantes, uma vez que se dividirmos um número perto de 1, por exemplo 0,9999, por um número
perto de zero, por exemplo 0,0001, obtemos o quociente 0,9999
0,0001
= 9999, que é um número grande, e

7
quanto mais perto de 1 for o numerador e mais perto de zero for o denominador, o quociente fica
ainda maior.

Note que a função tangente é ímpar pois, tg(−x) = sen(−x)


cos(−x)
= −sen x
cos x
= −tg x, lembre que o seno

é ímpar e que o cosseno é par. Sendo assim, podemos concluir que tg(− π6 ) = − 33 , tg(− π4 ) = −1,

tg(− π3 ) = − 3 e que ao passo que os valores de x se aproximam de − π2 , os valores de tg x vão
ficando cada vez mais negativos.
Sendo assim, concluímos que a função tangente é crescente no intervalo (− π2 , π2 ) e que ao passo
que x percorre este intervalo, os valores de tg x percorrem todos os números reais.
Atribuindo mais valores a x, podemos observar que comportamento da função tangente vai se
repetir no intervalo ( π2 , 3π
2
), o que nos diz que o período da função tangente é π. Sendo assim, temos
o seguinte esboço para o gráfico da função tangente:

Figura 12: Gráfico de tg x, em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto

Observe que as raízes da função tangente são as mesmas da função seno, logo o conjunto das raízes
da função tangente é o seguinte {x ∈ R|x = kπ, k ∈ Z}. Note que a imagem da função tangente é R,
logo a função tangente não é limitada e não possui máximos, nem mínimos globais. Observe ainda
que a função é crescente nos intervalos da forma (− π2 + kπ, π2 + kπ) e tem como assíntotas verticais
as retas x = π
2
+ kπ, onde k ∈ Z.

Definição: A função f : R\{x ∈ R|x = π


2
+ kπ, k ∈ Z} → R, dada por f (x) = 1
cos x
é chamada
de Função Secante e usamos a notação sec x para representá-la.

Observe que o domínio da função secante é R\{x ∈ R|x = π


2
+ kπ, k ∈ Z}, pois não podemos
calcular a secante para valores onde o cosseno se anula.

Vamos calcular os valores de sec x para alguns valores de x:

1
sec 0 = cos 0
= 11 = 1

2 3
sec π6 = 1 1
π = √3 =
cos 6 3
2

8
π 1 1

sec 4
= cos π4
= √
2
= 2
2
π 1 1
sec 3
= cos π3
= 1 = 2.
2
Observe que ao passo que aumentamos os valores de x de 0 a π
3
, os valores de sec x também
foram aumentando. Note ainda, que ao passo que os valores de x se aproximam de π
2
,temos que
cos x se aproxima de 0. Logo, os valores de sec x ficam cada vez maiores e gigantes, uma vez que se
dividirmos 1, por um número perto de zero, por exemplo 0,0001, obtemos o quociente 1
0,0001
= 10000,
que é um número grande, e quanto mais perto de zero for o denominador, o quociente fica ainda
maior.

Observe que a função secante é par pois, sec(−x) = 1


cos(−x)
= cos1 x = sec x, lembre que o cosseno
√ √
é par. Sendo assim, podemos concluir que sec(− π6 ) = 2 3
2
, sec(− π
4
) = 2 e sec(− π3 ) = 2 e que ao
passo que os valores de x se aproximam de − π2 , os valores de sec x vão ficando cada vez maiores
positivamente.
Sendo assim, concluímos que a função secante é decrescente no intervalo (− π2 , 0] e crescente no
intervalo [0, π2 ) e que ao passo que x percorre um desses intervalos, os valores de sec x percorrem o
intervalo [1, +∞).
Agora, para analisarmos a função secante em um período completo, que é 2π, basta analisarmos
a função secante no intervalo ( π2 , 3π
2
), uma vez que já estudamos o comportamento da secante no
intervalo (− π2 , π2 ). Note que a secante é negativa no intervalo ( π2 , 3π
2
), uma vez que o cosseno é
negativo no mesmo. Então, vamos começar analisando o centro desse intervalo, que é x = π.
1 1
sec π = cos π
= −1
= −1
Agora vejamos o comportamento da secante para alguns valores maiores que π no intervalo ( π2 , 3π
2
).

sec 7π
6
= 1
cos 7π
= = −233
1√
− 23
5π 1
6

sec 4
= cos 5π
= 1√2 = − 2
4 − 2
4π 1 1
sec 3
= cos 4π
= − 12
= −2.
3
Finalmente, vejamos o comportamento da secante para alguns valores menores que π no intervalo
( π2 , 3π
2
).

sec 5π
6
= 1
cos 5π
= = −233
1√
3

3π 1
6
√2
sec 4
= cos 3π
= 1√2 = − 2
4 − 2
2π 1 1
sec 3
= 2π
cos 3
= − 12
= −2.
Observe que ao passo x se afasta de π, tanto para esquerda (valores menores que π) como para
direita (valores maiores que π), no intervalo ( π2 , 3π
2
), temos que os valores de sec x vão ficando cada
vez mais negativos. Note ainda, que ao passo que os valores de x se aproximam de π
2
ou de 3π
2
, no
intervalo ( π2 , 3π
2
),temos que cos x se aproxima de 0, mas com valores negativos. Logo, os valores de
sec x ficam cada vez mais negativo e gigantes, uma vez que se dividirmos 1, por um número negativo
perto de zero, por exemplo -0,0001, obtemos o quociente 1
−0,0001
= −10000, que é um número muito
negativo, e quanto mais perto de zero for o denominador, o quociente fica ainda mais negativo.
Sendo assim, com os dados obtidos na nossa análise, temos o seguinte esboço para o gráfico da
secante:

9
Figura 13: Gráfico de sec x, em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto

Observe que a função secante não tem raízes e que sua imagem é o conjunto (−∞, −1] ∪ [1, +∞),
logo a função secante não é limitada e não possui máximos, nem mínimos globais. Entretanto, nos
intervalos da forma (− π2 +2kπ, π2 +2kπ), k ∈ Z temos que a secante é decrescente em (− π2 +2kπ, 2kπ]
e crescente em [2kπ, 2kπ + π2 ), atingindo o valor mínimo 1, em x = 2kπ. Neste caso, dizemos que o
ponto (2kπ, 1) é um mínimo local do gráfico da secante, para todo k ∈ Z . Observe que este ponto
não é um mínimo global, pois a secante assume valores negativos, como nos intervalos da forma
( π2 +2kπ, 3π
2
+2kπ), k ∈ Z. Note que neste tipo de intervalo, a secante é crescente em ( π2 +2kπ, 2kπ+π]
e decrescente em [2kπ + π, 2kπ + 3π
2
), atingindo o valor máximo -1, em x = 2kπ + π. Neste caso,
dizemos que o ponto (2kπ + π, −1) é um máximo local do gráfico da secante, para todo k ∈ Z.
Observe também que as retas verticais x = π
2
+ kπ são assíntotas verticais do gráfico da secante, para
todo k ∈ Z.

Definição: A função f : R\{x ∈ R|x = kπ, k ∈ Z} → R, dada por f (x) = 1


sen x
é chamada de
Função Cossecante e usamos a notação cossec x para representá-la.

Definição: A função g : R\{x ∈ R|x = kπ, k ∈ Z} → R, dada por g(x) = cos x


sen x
é chamada de
Função Cotangente e usamos a notação cotg x para representá-la.
Exercício 2: Para as funções cossecante e cotangente, faça o seguinte:
1) Determine o período
2) Encontre a Imagem
3) Estude o sinal
4) Encontre todos os intervalos onde as funções são crescentes e os intervalos onde elas são
decrescentes
5) Encontre todos os seus máximo e mínimos globais, caso existam
6) Encontre todos seus máximo e mínimos locais, caso existam
7) Encontre todas as assíntotas dos seus gráficos, caso existam
8) Esboce o gráfico
Assim como fizemos nas funções exponenciais e logarítmicas também podemos estudar as
funções trigonométricas com pequenas modificações, aqui vamos fazer algumas alterações além das

10
translações.
Exemplo 1: Considere a função f : R → R, dada por f (x) = 2sen x. Observe que o período
dessa função é 2π, como o da função seno. Entretanto, enquanto x varia no intervalo [0, 2π] (um
período completo), temos que 2sen x varia no intervalo [−2, 2], uma vez que para encontrar os
elementos da imagem de 2sen x, multiplicamos os elementos da imagem de sen x, que é [−1, 1], por
2. Nestas condições, temos o seguinte esboço para o gráfico de f :

Figura 14: Gráfico de 2sen x

Em geral, como ocorreu no Exemplo 1 (k=2), o gráfico de ksen x, bem como o de kcos x, têm
período 2π, e suas imagens são o intervalo [−|k|, |k|], para todo k 6= 0.
Exercício 3: Diga o período, a imagem e esboce o gráfico da função f : R → R, dada por
cos x
f (x) = 2
Exemplo 2: Considere a função f : R → R, dada por f (x) = sen(2x). Observe que o período
dessa função é π, metade do período da função seno. Pois, enquanto x varia entre 0 e π, por exemplo,
temos que 2x varia entre 0 e 2π (um período completo da função seno). Nestas condições quando
x percorre todos os elementos do intervalo [0, π], temos que sen(2x) percorre todos os elementos do
intervalo [−1, 1]. Assim, a imagem de f (x) = sen(2x) é o intervalo [−1, 1],assim como a da imagem
função seno. Nestas condições, temos o seguinte esboço para o gráfico de f :

Figura 15: Gráfico de sen(2x)

Em geral, como ocorreu no Exemplo 2 (k=2), o gráfico de sen(kx), bem como o de cos(kx), têm
período 2π
|k|
, e ambas têm como imagem o intervalo [−1, 1], para todo k 6= 0.

Exercício 4: Diga o período, a imagem e esboce o gráfico da função f : R → R, dada por


f (x) = cos x2 .
Agora, vejamos um exemplo de função trigonométrica transladada e com esses tipos de
modificações que acabamos de estudar.
Exemplo 3: Vamos obter o gráfico da função f : R\{x ∈ R|x = 9π
2
+ 3kπ, k ∈ Z} → R, dada

por f (x) = −tg( x3 − π) + 3, a partir do gráfico de tg x.
Passo 1: Esboçar o gráfico de tg x:

11
Figura 16: Gráfico de tg x, em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto

Passo 2: Obter o gráfico de tg( x3 ) dilatando horizontalmente o gráfico de tg x, aumentando seu


período de π para 3π. Adaptando o argumento feito para o seno e o cosseno, temos que o período
de tg(kx) é igual π
|k|
, para todo k ∈ Z. No caso da função tg( x3 ), temos que k = 31 .

Figura 17: Gráfico de tg( x3 ), em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto

Passo 3: Obter o gráfico de tg( x3 − π) = tg( x−3π


3
), deslocando o gráfico de tg( x3 ) de 3π unidades
para a direita.
Observe que o gráfico de tg( x3 − π) é igual ao gráfico de tg( x3 ), uma vez que 3π é exatamente o
período de tg( x3 ).
Passo 4: Obter o gráfico de −tg( x3 − π), refletindo o gráfico de tg( x3 − π), em torno do eixo x.
Veja proposição abaixo:
Proposição: Sejam f, g : X → R funções reais de uma variável real, tais que g(x) = −f (x),
para todo x ∈ X. Então, o gráfico de g é a reflexão do gráfico de f , em relação ao eixo y.
Demonstração: Seja (x, f (x)) um ponto qualquer do do gráfico de f . Refletindo este ponto em
relação ao eixo x encontramos o ponto (x, −f (x)), que claramente é um ponto do gráfico de g, uma
vez que g(x) = −f (x). Sendo assim, refletindo todos os pontos do gráfico de f , em torno do eixo x,
obteremos o gráfico de g.
Sendo assim, temos o seguinte esboço para o gráfico de −tg( x3 − π):

12
Figura 18: Gráfico de −tg( x3 − π), em verde, juntamente com suas assíntotas verticais, em preto


Passo 5: Finalmente, para obter o gráfico de f (x) = −tg( x3 − π) + 3, basta elevar o gráfico de

−tg( x3 − π), 3 unidades para o norte. Sendo assim temos o seguinte esboço para o gráfico de f :


Figura 19: Gráfico de f (x) = −tg( x3 − π) + 3, em verde, juntamente com suas assíntotas verticais,
em preto

Observe que se quisermos saber, precisamente, as raízes de f , podemos resolver a equação:


√ √ √
−tg( x3 − π) + 3 = 0. Donde temos que tg( x3 − π) = 3. Lembre que a tangente dá 3, quando
avaliada em números da forma π
3
+ kπ, k ∈ Z. Sendo assim, temos que x
3
−π = π
3
+ kπ. Logo,
resolvendo essa equação, na incógnita x, obtemos que x = 4π + 3kπ, k ∈ Z. Também podemos
√ √
observar que o gráfico de f intersecta o eixo y no ponto (0, f (0)) = (0, −tg( 03 − π) + 3) = (0, 3).
Exercício 5: Para cada função f do item (a) ao item (g) faça o seguinte:

1) Determine o domínio de f ;

2) Determine o contra-domínio de f ;

3) Determine a imagem de f ;

13
4) Esboce o gráfico de f ;

5) Determine se f é injetiva;

6) Determine se f é sobrejetiva;

7) Determine se f é bijetiva;

8) Estude o sinal de f .

(a) f : [ −π
2
, 2π] → [−1, 1], dada por f (x) = sen(x + π)

(b) f : [−2π, 2π] → [−2, 3], dada por f (x) = 2 cos ( −x


2
)+1

(c) f : [ π4 , π2 ] → [−1, 1], dada por f (x) = sen(2x) − 1

(d) f : [− 3π
2
, − π2 ] → [0, 2], dada por f (x) = − cos x + 1

Identidades Trigonométricas

1) sen2 x + cos2 x = 1, para todo x ∈ R

Demonstração: Lembre que cos x é a abscissa e que sen x é a ordenada de um ponto P que
pertence à circunferência de centro (0, 0) e raio 1. Logo, a distância de P ao ponto (0, 0) tem que ser
igual a 1. Usando a fórmula de distância entre pontos, temos que (cos x − 0)2 + (sen x − 0)2 = 1.
p

Elevando ambos os lados ao quadrado, obtemos nossa identidade sen2 x + cos2 x = 1.

2) sec2 x = 1 + tg 2 x, para todo x ∈ R, tal que x 6= π


2
+ kπ, k ∈ Z.

sen2 x+cos2
Demonstração: Dividindo ambos os lados de sen2 x + cos2 x = 1 por cos2 x, obtemos cos2 x
=
1
cos2 x
. Reescrevendo essa igualdade temos ( sen x 2
cos x
) + cos x 2
( cos x
) = ( cos1 x )2 . Como tg x = sen x
cos x
e
sec x = 1
cos x
, temos que sec x = 1 + tg x.
2 2

3) cossec2 x = 1 + cotg 2 x, para todo x ∈ R, tal que x 6= kπ, k ∈ Z.

Exercício 6: Demonstre a identidade 3) dividindo ambos os lados de sen2 x + cos2 x = 1 por


sen2 x.

4) sen(a + b) = sen a cos b + sen b cos a, para quaisquer a, b ∈ R

sen(a − b) = sen a cos b − sen b cos a, para quaisquer a, b ∈ R

cos(a + b) = cos a cos b − sen a sen b, para quaisquer a, b ∈ R

14
cos(a − b) = cos a cos b + sen a sen b, para quaisquer a, b ∈ R

Demonstração: Para fazer essa demonstração vamos recorrer a figura abaixo:

Figura 20: Figura que ajuda a calcular sen(a + b), sen(a − b), cos(a + b) e cos(a − b)

Primeiro vamos analisar as relações trigonométricas no triângulo ABC. Note que,


cos b = m(AC)
m(AB)
= m(AC)
1
= m(AC) e que sen b = m(BC)
m(AB)
= m(BC)
1
= m(BC)

Analisando o triângulo BCF , temos que sen a = m(F C)


m(BC)
= m(F C)
sen b
e cos a = m(BF )
m(BC)
= m(BF )
sen b
.
Donde temos que m(F C) = sen a sen b e m(BF ) = cos a sen b.

Agora, analisando o triângulo ACD, temos que sen a = m(CD)


m(AC)
= m(CD)
cos b
e cos a = m(AD)
m(AC)
= m(AD)
cos b
.
Donde temos que m(CD) = sen a cos b e m(AD) = cos a cos b.

Finalmente, analisando o triângulo ABE, temos que sen(a + b) = m(BE)


m(AB)
= m(BE)
1
= m(BE) e
cos(a + b) = m(AE)
m(AB)
= m(AE)
1
= m(AE). Observe que
m(BE) = m(BF ) + m(CD) = cos a sen b + sen a cos b e que
m(AE) = m(AD) − m(F C) = cos a cos b − sen a sen b. Com isso, temos que sen(a + b) =
sen a cos b + cos a sen b e que cos(a + b) = cos a cos b − sen a sen b, como queríamos demonstrar.
Para mostrar que sen(a−b) = sen a cos b−sen b cos a e que cos(a−b) = cos a cos b+sen a sen b,
basta observar que a − b = a + (−b) e utilizar a identidade da soma, para em seguida usar a paridade
da funções seno e cosseno (lembre que o seno é ímpar e que o cosseno é par. De fato,

sen(a − b) = sen(a + (−b)) = sen a cos (−b) + cos a sen (−b) = sen a cos b − sen b cos a

15
cos(a − b) = cos(a + (−b)) = cos a cos (−b) − sen a sen (−b) = cos a cos b + sen a sen b

5) tg(a + b) = tg a+tg b
1−tg a tg b

tg a−tg b
tg(a − b) = 1+tg a tg b

Demonstração: Note que tg(a + b) = sen(a+b)


cos(a+b)
= sen a cos b+sen b cos a
cos a cos b−sen a sen b
. Dividindo o numerador e
o denominador da última fração da igualdade, por cos a cos b , temos que

sen a cos b+sen b cos a sen a cos b


cos a cos b cos a cos b
+ sen b cos a
cos a cos b tg a + tg b
tg(a + b) = cos a cos b−sen a sen b
= cos a cos b sen a sen b
=
cos a cos b cos a cos b
− cos a cos b 1 − tg a tg b

Exercício 7: Demonstre a identidade tg(a − b) = tg a−tg b


1+tg a tg b
.

6) sen(2x) = 2sen x cos x, para todo x ∈ R

Demonstração: Substituindo a = x e b = x na identidade sen(a + b) = sen a cos b + sen b cos a,


obtemos sen(x + x) = sen x cos x + sen x cos x. Donde segue que sen(2x) = 2sen x cos x.

7) cos(2x) = cos2 x − sen2 x, para todo x ∈ R

8) tg(2x) = 2tg x
1−tg 2 x

Exercício 8: Demonstre 7) e 8) substituindo a = x e b = x nas identidades cos(a + b) =


cos a cos b − sen a sen b e tg(a + b) = tg a+tg b
1−tg a tg b
, respectivamente.

Inversas das Funções Trigonométricas

Como já pudemos observar, as funções trigonométricas não são bijetivas, mas fazendo restrições
apropriadas em seus domínios e(ou) em seus contradomínios, podemos torná-las bijetivas e com a
maior imagem possível.

Observe que a função f : [− π2 , π2 ] → [−1, 1], dada por f (x) = sen x é injetiva, pois o seno é
crescente em [− π2 , π2 ] e é sobrejetiva, pois o sen x varia de -1 a 1, quando x varia em [− π2 , π2 ]. Nestas
condições a função f é bijetiva e possui uma inversa f −1 : [−1, 1] → [− π2 , π2 ].

Definição: A inversa da função f definida acima é chamada de Arco Seno e usamos a notação
f −1
(y) = arcsen y para representá-la.

16
Sendo assim, temos que x = arcsen y se, e somente se, y = sen x.
Observe que:

- arcsen 1 = π2 , pois sen π


2
=1
- arcsen 0 = 0, pois sen 0 = 0.
√ √
- arcsen 2
2
= π4 , pois sen π
4
=2
2
.
- arcsen (− 21 ) = − π6 , pois sen(− π6 ) = − 12 .

Refletindo o gráfico de f em relação à reta y = x, obtemos o seguinte gráfico para a função arco
seno.

Figura 21: Gráfico de arcsen x, em verde

Observe que a função g : [0, π] → [−1, 1], dada por g(x) = cos x é injetiva, pois o cosseno é
decrescente em [0, π] e é sobrejetiva, pois o cos x varia de 1 a -1, quando x varia em [0, π]. Nestas
condições a função g é bijetiva e possui uma inversa g −1 : [−1, 1] → [0, π].
Definição: A inversa da função g definida acima é chamada de Arco Cosseno e usamos a notação
g −1 (y) = arccos y para representá-la.
Sendo assim, temos que x = arccos y se, e somente se, y = cos x.
Observe que:

- arccos (−1) = π, pois cos π = −1


- arccos 0 = π2 , pois cos π
2
=0
- arcos 1
2
= π3 , pois cos π
3
= 21 .

Refletindo o gráfico de g em relação à reta y = x, obtemos o seguinte gráfico para a função arco
cosseno:

17
Figura 22: Gráfico de arccos x, em verde

Observe que a função h : (− π2 , π2 ) → R, dada por h(x) = tg x é injetiva, pois o tangente é


crescente em (− π2 , π2 ) e é sobrejetiva, pois tg x percorre todos os reais, quando x varia em (− π2 , π2 ).
Nestas condições a função h é bijetiva e possui uma inversa h−1 : R → (− π2 , π2 ).
Definição: A inversa da função h definida acima é chamada de Arco Tangente e usamos a
notação h−1 (y) = arctg y para representá-la.
Sendo assim, temos que x = arctg y se, e somente se, y = tg x.
Observe que:

- arctg 1 = π4 , pois tg π4 = 1
- arctg 0 = 0, pois tg 0 = 0.
- arctg (−1) = − π4 , pois tg(− π4 ) = −1
Refletindo o gráfico de h em relação à reta y = x, obtemos o seguinte gráfico para a função arco
tangente.

Figura 23: Gráfico de arctg x, em verde, com as suas assíntotas horizontais y = π


2
e y = − π2 , em
preto

Observe que a função j : [0, π2 ) ∪ ( π2 , π] → (−∞, −1] ∪ [1, +∞), dada por j(x) = sec x é injetiva,
pois a secante assume valores positivos e é crescente em [0, π2 ) e assume valores negativos e é crescente
em ( π2 , π]. Note ainda que j é sobrejetiva, pois sec x percorre todos os elementos de [1, +∞), quando
x varia em [0, π2 ) e sec x percorre todos os elementos de (−∞, −1], quando x varia em ( π2 , π].
Nestas condições a função j é bijetiva e possui uma inversa
j −1 : (−∞, −1] ∪ [1, +∞) → [0, π2 ) ∪ ( π2 , π].
Definição: A inversa da função j definida acima é chamada de Arco Secante e usamos a notação
j −1
(y) = arcsec y para representá-la.

18
Sendo assim, temos que x = arcsec y se, e somente se, y = sec x.
Observe que:

- arcsec 1 = 0, pois sec 0 = 1


- arcsec (−1) = π, pois sec π = −1.

Refletindo o gráfico de j em relação à reta y = x, obtemos o seguinte gráfico para a função arco
secante.

Figura 24: Gráfico de arcsec x, em verde, com sua assíntota horizontal y = π2 , em preto

Exercício 9: Sejam I e J as imagens das funções cossecante e cotangente, respectivamente.


Encontre conjuntos A e B de forma que as funções f : A → I, dada por f (x) = cossec x e
g : B → J, dada por g(x) = cotg x, sejam bijetivas. Nestas condições, as inversas das funções
f e g, são chamadas de Arco Cossecante e Arco Cotangente, respectivamente e usamos a notação
f −1 (y) = arccossec y e g −1 (y) = arccotg y , para representá-las. Sendo assim, baseado nos seus

conjuntos A e B, encontre arccossec − 1, arccossec 2, arccotg 0 e arccotg 1.

19

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