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PMPE

2022
|Conhecimentos de História
Conteúdo programático (PMPE)
- Ocupação pré-colonial do atual Estado de Pernambuco: Ocupação Pré-Histórica de
Pernambuco; Características socioculturais das populações indígenas que habitavam o
território do atual estado de Pernambuco, antes dos primeiros contatos euro-
americanos.
- A Capitania de Pernambuco: a “Guerra dos Bárbaros”; a lavoura açucareira e mão de
obra escrava.
- A Guerra dos Mascates; as instituições eclesiásticas e a sociedade colonial; Insurreição
Pernambucana.
- A Província de Pernambuco no I e II Reinado: Pernambuco no contexto da
Independência do Brasil; Movimentos Liberais: Confederação do Equador e Revolução
Praieira.
- O tráfico transatlântico de escravos para terras pernambucanas; Cotidiano e formas de
resistência escrava em Pernambuco; Crise da Lavoura canavieira.
- A participação dos políticos pernambucanos no processo de emancipação/abolição da
escravatura.
Conteúdo programático (PMPE)

- Pernambuco Republicano: Voto de Cabresto e Política dos


governadores.
- Pernambuco sob a interventoria de Agamenon Magalhães.
- Movimentos sociais e repressão durante a Ditadura Civil-Militar (1964-
1985) em Pernambuco.
- Herança afro-descendente em Pernambuco; Processo político em
Pernambuco (2001-2015).
|Questão
1. (UPE 2020) O Parque Nacional do Catimbau está localizado em
Buíque, Pernambuco, e sobre ele escreveu Ricardo José Neves Barbosa:
“é duplamente importante para a composição parcial do quadro das
migrações pré-históricas nordestinas. No plano macro, permite
visualizar a região como área de passagem (...) aceitando-se o
deslocamento de grupos humanos da calha do São Francisco para o
Seridó (...). No plano micro, possibilita a identificação das ‘fronteiras
gráficas de passagem’, resultantes do fluxo de grupos culturalmente
distintos para a região (...).”

(BARBOSA. As pinturas rupestres da área arqueológica Vale do Catimbau Buíque,


Pernambuco: estudo das fronteiras gráficas de passagem, p. 24 (adaptado). Disponível
em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/728 Acesso em: mai., 2019.

.
1. (UPE 2020) Conforme as informações presentes no texto sobre
as populações pré-históricas nordestinas, é CORRETO afirmar que

a) eram sedentárias, evitando deslocamentos.


b) desconheciam a estrutura geográfica da região.
c) utilizavam os cursos fluviais como importantes vias de
deslocamento.
d) se deslocavam, mais ou menos, conforme os atuais territórios
dos estados.
e) compreendê-las é impossível, pois não deixaram quaisquer
registros escritos.
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1. (UPE 2020) Conforme as informações presentes no texto sobre
as populações pré-históricas nordestinas, é CORRETO afirmar que

a) eram sedentárias, evitando deslocamentos.


b) desconheciam a estrutura geográfica da região.
c) utilizavam os cursos fluviais como importantes vias de
deslocamento.
d) se deslocavam, mais ou menos, conforme os atuais territórios
dos estados.
e) compreendê-las é impossível, pois não deixaram quaisquer
registros escritos.
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|Outros sítios arqueológicos
Pernambuco
Sítio arqueológico Pedra do Tamanduá, Custódia – PE.
|Questões
2. (UPE 2018)
.
2. (UPE 2018) Observando os grafismos, assinale a
alternativa CORRETA.

a) Não havia animais nesse período específico.


b) Essas manifestações culturais não podem ser consideradas
arte.
c) Nada sabemos sobre essas populações humanas.
d) Inexistiam técnicas para produção de pigmentos.
e) Há grande relevância histórica e artística.
2. (UPE 2018) Observando os grafismos, assinale a
alternativa CORRETA.

a) Não havia animais nesse período específico.


b) Essas manifestações culturais não podem ser consideradas
arte.
c) Nada sabemos sobre essas populações humanas.
d) Inexistiam técnicas para produção de pigmentos.
e) Há grande relevância histórica e artística.
AGUIAR, Alice. Tradições e estilos na arte rupestre no
Nordeste brasileiro. UFPE. Pesquisa financiada pelo CNPQ.
3. (UPE 2017) Na bacia do Rio São Francisco, nas paleolagoas
conhecidas hoje como tanques, foram achados ossos de
animais extintos da fauna pleistocênica, que conviveram com
o homem em diversas áreas da região, como Salgueiro e
Alagoinha, em Pernambuco. Pesquisas mais recentes
assinalaram, também, a presença de megafauna, como o
mastodonte e a preguiça-gigante, como é o caso da Lagoa Uri
de Cima em Salgueiro.
(MARTIN, Gabriela; PESSIS, Anne-Marie. Breve Panorama da Pré-História do
Vale do São Francisco no Nordeste do Brasil. Revista FUMDHAMentos, Volume
1 – Número 10 – Ano 2013, p. 14, adaptado).
3. (UPE 2017) O trecho acima propõe uma leitura da História do
Brasil, que se caracteriza pela

a) presença essencial dos europeus no continente americano.


b) inexistência de exemplares da megafauna em território
brasileiro.
c) carência de estudos paleoantropológicos e sítios arqueológicos
no Nordeste.
d) antiguidade da presença humana no país, anterior à chegada
dos portugueses.
e) existência de répteis de porte avantajado, popularmente
conhecidos como dinossauros.
3. (UPE 2017) O trecho acima propõe uma leitura da História do
Brasil, que se caracteriza pela

a) presença essencial dos europeus no continente americano.


b) inexistência de exemplares da megafauna em território
brasileiro.
c) carência de estudos paleoantropológicos e sítios arqueológicos
no Nordeste.
d) antiguidade da presença humana no país, anterior à
chegada dos portugueses.
e) existência de répteis de porte avantajado, popularmente
conhecidos como dinossauros.
|Lagoa Uri de Cima
Salgueiro - PE
 Na bacia do Rio São Francisco, nas paleolagoas conhecidas
hoje como tanques na linguagem popular, foram achados
ossos de animais extintos da fauna pleistocênica, que
conviveram com o homem em diversas áreas da região, como
Salgueiro e Alagoinha, em Pernambuco (Guerin, 1993).

 Pesquisas mais recentes nessa região do São Francisco


assinalaram, também, a presença de megafauna, como o
mastodonte e a preguiça-gigante, como é o caso da Lagoa Uri
de Cima, em Salgueiro-PE.
Processo de escavação dos ossos fossilizados. Lagoa Uri de Cima, Salgueiro – PE.
 As escavações na Lagoa Uri de Cima foram iniciadas a partir
de evidências paleontológicas em superfície, além de
informações locais de uma retirada de ossos de megafauna no
ano de 1953. Inicialmente, foram realizadas duas sondagens
em uma depressão no centro da lagoa.

 Essa depressão foi originada pela abertura de um fosso


escavado por moradores do lugar, para a retirada de argila
visando a fabricação de telhas artesanais. O referido fosso
serviu, até o ano de 2004, como bebedouro para gado.
 O sítio arqueológico Lagoa Uri de Cima está localizado em uma área onde
não se tinha ainda referências cronoestratigráficas para a ocupação pré-
histórica. Atualmente o clima da região é semiárido, quente e seco, com
índices pluviométricos anuais inferiores a 500 mm.

 Através de prospecções de superfície realizadas por equipes do Instituto


Nacional de Arqueologia, Paleontologia e Ambiente do Semiárido (Inapas),
foram evidenciadas FERRAMENTAS LÍTICAS em uma lagoa sazonalmente seca.

 Através de uma escavação arqueológica, foram achados MAIS DE 3.000


VESTÍGIOS LÍTICOS, com uma proporção excepcional de ferramentas em
relação a outras categorias técnicas. Foram também evidenciados vestígios
esqueletais de animais atuais e já extintos.
Vista geral do sítio arqueológico Lagoa Uri de Cima.
 Diante da relevância arqueológica inicialmente identificada na lagoa, foi realizada
uma análise detalhada dos seus materiais de preenchimento, com vistas a propor
modelos de reconstrução PALEOAMBIENTAIS que pudessem esclarecer aspectos
importantes para o entendimento de sua gênese e suas circunstâncias
PALEOGEOGRÁFICAS.

 A localização do sítio arqueológico em um patamar ainda não alcançado pela erosão


remontante da drenagem principal, assim como a existência de barramentos naturais,
impediu a transmissão lateral de água e sedimentos, favorecendo a sua preservação.

 A escavação do sítio arqueológico Lagoa Uri de Cima se deu a partir de sua área
central, AMPLIANDO TRINCHEIRAS NAS DIREÇÕES NORTE, SUL, LESTE E OESTE e
aprofundando-as até atingir uma camada de cascalheira cimentada por concreção
carbonática, onde foram encontrados FÓSSEIS DE MEGAFAUNA.
Vista geral da escavação do sítio arqueológico Lagoa Uri de Cima.
 As análises de amostras extraídas dos sedimentos da lagoa, assim
como sua escavação arqueológica em nível de detalhe, visou fornecer
dados para possibilitar uma reconstituição climática mais acurada para o
intervalo de tempo compreendido pela deposição (PLEISTOCENO
SUPERIOR E HOLOCENO).

 Os resultados das pesquisas na Lagoa Uri de Cima, em Salgueiro-PE,


fazem parte do importante panorama da Pré-História da grande
depressão sanfranciscana, que faz melhor entender a dinâmica das
ocupações humanas, especialmente dos sítios arqueológicos
diretamente relacionados com o vale do rio São Francisco.
 Entre as hipóteses aventadas, não se descartam a entrada e dispersão de grupos
pré-históricos no continente pelo vale do São Francisco. Num fluir de ida e volta,
grupos humanos procedentes desse vale chegaram até as serras da Capivara, no
sudeste do Piauí, e se expandiram também pelos vales da grande bacia. Essas
afirmativas estão baseadas nas pesquisas arqueológicas, nas INDÚSTRIAS LÍTICAS, na
difusão das PRÁTICAS CERAMISTAS e na expansão das TRADIÇÕES RUPESTRES.

 Pode-se afirmar também que, em torno de 10.000 anos, grandes áreas do semiárido
nordestino já estavam povoadas por numerosos e diversificados grupos de caçadores e
coletores, que circularam com grande mobilidade pelos espaços interplanálticos, vales
fluviais e antigas lagoas, HOJE TRANSFORMADAS EM DEPRESSÕES SECAS.

 Assim, com um clima totalmente diverso do atual, esses primeiros povoadores,


também designados como PALEOÍNDIOS, viveram e se desenvolveram numa paisagem
tropical úmida MAIS SEMELHANTE À REGIÃO AMAZÔNICA do que ao semiárido atual.
Vista geral e trincheiras de escavação arqueológica da Lagoa Uri de Cima, Salgueiro – PE.

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