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Colégio Estadual Professor Elmano Lauffer Leal

Área do Conhecimento: Ciências Humanas


Componente Curricular: Filosofia NOTA
Professora: Carina Domercke Dias
Nome do aluno(a):                            Turma: Data:
___/09/2022
Avaliação Bimestral: Escolas Helenísticas e Filosofia Medieval

INSTRUÇÕES: ESTA AVALIAÇÃO CONSTA DE 5 QUESTÕES; LEIA COM MUITA ATENÇÃO ANTES DE
RESPONDER A SUA PROVA; UTILIZE CANETA DE TINTA AZUL OU PRETA; NAS QUESTÕES OBJETIVAS
SÓ HÁ UMA ALTERNATIVA A SER MARCADA; NÃO É PERMITIDO O EMPRÉSTIMO DE MATERIAIS ENTRE
COLEGAS; MARQUE COM UM (X) A RESPOSTA CORRETA; NÃO SÃO PERMITIDAS RASURAS E
CORRETIVO! É PROIBIDO O USO DE XEROX DE CADERNOS DOS COLEGAS PARA CONSULTA! UTILIZE SOMENTE O
SEU PRÓPRIO MATERIAL. Responda com atenção!

1) O Período Helenístico inicia-se com a conquista macedônica das cidades-Estado gregas. As


correntes filosóficas desse período surgem como tentativas de remediar os sofrimentos da condição
humana individual: o epicurismo ensinando que o prazer é o sentido da vida; o estoicismo instruindo a
suportar com a mesma firmeza de caráter os acontecimentos bons ou maus; o ceticismo de Pirro
orientando a suspender os julgamentos sobre os fenômenos. Sobre essas correntes filosóficas, assinale a
alternativa CORRETA:
(01) Os estoicos, acreditando na ideia de um cosmo harmonioso governado por uma razão universal,
afirmaram que feliz é o homem que vive de acordo com a natureza e a razão.
(04) Para o epicurismo, a felicidade é o prazer, mas o verdadeiro prazer é aquele proporcionado pela
ausência de sofrimentos do corpo e de perturbações da alma.
(08) Para Epicuro, se deve temer a morte porque quando ela nos sobrevém nós deixamos de ser.
(16) O ceticismo de Pirro sustentou que todas as opiniões são igualmente válidas e nossas sensações
não são verdadeiras nem falsas, nada se deve afirmar com certeza absoluta, assim é da suspensão do
juízo advém a paz e a tranquilidade da alma.

2) Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem
naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não
satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter
sua satisfação ou parecem geradores de dano.
Fonte: EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974
No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim:
(16) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
(16) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
(16) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
(16) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.

3) O filósofo Diógenes de Sínope foi apelidado de “o Cão”. Esse apelido não representava somente sua
postura diante da sociedade em que vivia, mas também o “espírito” da filosofia que aceitava como
apropriada. Assinale a alternativa CORRETA:
(16) Seus membros faziam preleções ao ar livre, criticavam a inutilidade de todo discurso filosófico
que procurava compreender a totalidade do cosmos e buscavam viver uma vida autêntica.
(16) Estudavam na Academia, discursavam em praças públicas e aceitavam a verdade derivada da
razão especulativa.
(16) Eram autodidatas, aceitavam as verdades matemáticas e buscavam uma vida contemplativa
cercados por luxo e belos banquetes.
(16) Suas teorias eram expostas somente para iniciados, aceitavam a autoridade vinda da religião e
procuravam se envolver em projetos políticos.
4) A filosofia helenística foi desenvolvida na Grécia Antiga durante o Império da Macedônia na região.
Associe as Escolas Helenísticas as suas respectivas características:

Escola Característica
Preocupava-se com o bem-viver. Seu maior representante foi Diógenes que vivia
Epicurismo (1) em um tonel de vinho e alimentava-se do que recebia das pessoas. Diziam que ele
andava com uma lanterna, à procura de alguém honesto. (16)

O maior representante foi Pirro de Élida (360-270 a.c.) Para ele, a atitude coerente
Cinismo (2) do sábio é a suspensão do juízo (epoché) e, como consequência prática, a aceitação
do fato de não poder discernir o verdadeiro do falso. (16)
Acredita que o prazer é a fonte de todos os males e, assim, todas as paixões
Estoicismo (3) deveriam ser eliminadas para se viver de acordo com a natureza e a razão. (16)
Os prazeres do corpo são causas de ansiedade e sofrimento. Para que a alma
permaneça imperturbável, em serenidade (ataraxia), é preciso aprender a gozar os
Ceticismo (4) prazeres com moderação. Assim, os prazeres são divididos em: naturais
necessários, naturais não necessários, não naturais e não necessários. (16)

5) Santo Agostinho foi um dos principais filósofos cristãos durante o período medieval. Ele
tinha particular interesse nos estudos sobre como conciliar fé e razão. Sendo a mente humana mutável e
falível, como atingir, a partir dela, a Verdade eterna? Para Santo Agostinho, a filosofia antiga, apesar de
pagã, seria uma preparação da alma, muito útil para a compreensão da verdade revelada. Afinal, sem o
intelecto o homem é incapaz de compreender as Sagradas Escrituras. Entretanto, tal como o olho
necessita da luz do sol para enxergar, o ser humano necessita da luz divina para chegar ao
conhecimento completo, não sendo suficiente (apesar de importante) o uso da razão. 
Deste modo, leia o trecho selecionado do livro “Confissões” de Santo Agostinho. 

O problema do mal
Vi claramente que todas as coisas boas podem, entretanto, se corromper, e não se poderiam corromper
se fossem sumamente boas, nem tampouco se não fossem boas. Se fossem absolutamente boas seriam
incorruptíveis, e se não houvesse nada de bom nelas, não poderiam se corromper. 
Com efeito, a corrupção é nociva e se não reduzisse o bem não seria nociva. Portanto, ou a corrupção
não prejudica em nada, o que não é admissível, ou todas as coisas que se corrompem são privadas de
algum bem; quanto a isso não há dúvidas. Mas se fossem privadas de todo o Bem, deixariam
completamente de existir. Se existissem e não pudessem ser alteradas, seriam melhores porque
permaneceriam incorruptíveis. O que seria mais monstruoso do que afirmar que as coisas se
tornariam melhores ao perderem todo o Bem? Por isso, se privadas de todo o Bem, deixariam
totalmente de existir. Portanto, enquanto existem, são boas. Portanto, todas as coisas que existem são
boas, e o Mal que eu procurava não é uma substância, pois se fosse substância seria um bem. Na
verdade, ou seria uma substância incorruptível e então seria um grande bem, ou seria corruptível e,
neste caso, a menos que fosse boa, não poderia se corromper. Percebi, portanto, e isto pareceu-me
evidente, que criastes todas as coisas boas e não existe nenhuma substância que Vós não criastes. E
porque não criastes todas as coisas iguais, todas as coisas individualmente são boas, e em conjunto
são muito boas, pois Deus viu que tudo que havia feito era muito bom (Gênesis, 1, 31).

Agora responda:
a) Por meio de que argumento Santo Agostinho procura mostrar que o Mal pressupõe a existência do
Bem? 
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b) Como Santo Agostinho define o Mal neste texto?


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