Centro de Biociências
Natal
2021
1
PRIVAÇÃO DE SONO E FUNÇÕES EXECUTIVAS EM PROGRAMADORES
Natal
2021
2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo Nelson - Centro de Biociências - CB
3
Título:
PRIVAÇÃO DO SONO E FUNÇÕES EXECUTIVAS EM PROGRAMADORES
Autora:
NATHALYA CHRISPIM LIMA
Data da Defesa:
23/08/2021
Banca Examinadora
4
AGRADECIMENTOS
Realizar esse projeto foi uma viagem, e eu não sou mais a mesma pessoa que o
iniciou.
Gostaria de agradecer, antes de tudo, à minha família: minha mãe, meu pai, meu irmão
e minha avó. Vocês que estiveram desde o início ao meu lado, que me viram crescer na vida e
enxergar meu sonho. Obrigada por estarem lá para me apoiar quando precisei.
Um obrigada muito especial a meus orientadores, Profa. Katie e Prof. Roumen, com
quem eu aprendi não somente o fazer científico, como também a ser uma pessoa melhor.
Obrigada por serem meus exemplos, meus guias e, de vez em quando, as pessoas que
colocavam medo em mim para me fazer dar o meu melhor. Obrigada por enxergarem em mim
Aos meus amigos do grupo dos “Calangos”: Diandra Santiago, Daniel Gurgel, Bárbara
Davim, Lukas Paiva, Talissa Bordonalli e Beatriz Klausner, pela escuta, pelos conselhos, pelo
apoio incondicional, por chamarem minha atenção para o que eu não via e para quando não
fui justa comigo mesma. Minha vida nunca seria a mesma sem vocês, e serei sempre, sempre
grata por ter conhecido cada um de vocês. Obrigada pela ajuda quando eu estava surtando
com o N!
Aos meus companheiros de diversas campanhas de RPG: Pedro Thiago, Brayan Lira,
Arthur Coelho e Francisco Monte. Por me ouvirem quando eu estava frustrada, por apoiarem
pesquisa, e por me ajudarem a manter a sanidade durante os períodos mais intensos de 2020.
5
Aos meus amigos que estão longe fisicamente, mas perto no meu coração: Renata
Murakami e Diego Jota. Obrigada por todo o apoio que sempre me deram na minha carreira
To my friends who continued by my side from the other site of the world: Debbie, Tea,
Laura and Dante. Thank you for helping me organize my anxious brain and listening to me
ramble about how tired I was. Thank you also for the great English and graphs advice!
Aos meus colegas do GpNaPbC: Julianna, Ralina, Débora, Gabriela, Marina. Obrigada
por todas as sugestões, apontamentos, críticas construtivas e apoio que ajudaram esse projeto
Aos voluntários, programadores e comparação, sem os quais essa pesquisa não seria
possível, e a quem ela é dedicada desde o princípio. Obrigada por acreditarem em mim, por
acreditarem nesse trabalho, e por dividirem comigo um pouco da vida de cada um de vocês.
Espero que os frutos dessa pesquisa possam ajudar a todos pelos anos que virão.
Aos professores membros da banca, Profa. Dra. Cristina Salles e Prof. Dr. John F.
Araújo, pelas correções, sugestões, apontamentos e ideias que elevaram o meu trabalho.
pelo financiamento de pesquisa, e ao CNPq pela bolsa de pesquisadora com a qual fui
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Médias de horas de uso de tecnologia por dia para ambos os grupos. ..................... 77
Figura 2. Histograma representando a distribuição de escores do Índice de Qualidade do
Sono de Pittsburgh (IQSP) por grupo. ...................................................................................... 81
Figura 3. Histograma representando a distribuição de escores da Escala de Sonolência de
Epworth (ESE) por grupo amostral. ......................................................................................... 83
Figura 4. Histograma da distribuição de escores de cronotipo para os grupos de estudo e
comparação. Histograma da distribuição de escores de cronotipo para os grupos de estudo e
comparação. .............................................................................................................................. 84
Figura 5. Gráfico em barras comparando os escores no teste TEM-R de acordo com a
variável gênero no grupo de estudo. ....................................................................................... 100
Figura 6. Gráfico de dispersão ilustrando a correlação entre os escores no teste AOL-D e a
variável Tempo total de escolaridade no grupo de estudo...................................................... 101
Figura 7. Gráfico em barras comparando os escores no teste TEM-R de acordo com a
variável Uso de Medicação no grupo de comparação. ........................................................... 114
Figura 8. Gráfico em barras comparando os escores no teste G-38 de acordo com a variável
Estado Civil no grupo de comparação. ................................................................................... 115
Figura 9. Representação gráfica do modelo de regressão múltipla para os escores de AOL-C.
................................................................................................................................................ 120
Figura 10. Representação gráfica do modelo de regressão múltipla para os escores de AOL-
D. ............................................................................................................................................ 121
Figura 11. Representação gráfica do modelo de regressão múltipla para os escores de TEM-
R. ............................................................................................................................................ 122
Figura 12. Representação gráfica do modelo de regressão múltipla para os escores de G-38.
................................................................................................................................................ 123
7
LISTA DE TABELAS
8
Tabela 28. Correlações e associações entre parâmetros do sono e índices de humor e fadiga no
grupo comparação................................................................................................................... 216
Tabela 29. Correlações entre parâmetros do sono e escores neurocognitivos para o grupo
comparação. ............................................................................................................................ 217
9
LISTA DE SIGLAS
10
RESUMO
duração do sono, sono fragmentado e sonolência diurna, e alterações cognitivas como prejuízo
às funções executivas. No entanto, há poucos estudos que analisem o efeito das TICs como
ferramenta de trabalho em adultos fazendo uso constante e a longo prazo de tecnologia. Este
estudo teve o objetivo de avaliar a relação entre uso de tecnologia, privação de sono e alterações
a um grupo de não programadores (n = 15). Para avaliação dos parâmetros de sono, utilizamos
executivo foi avaliado através de uma bateria online de testes neuropsicológicos remotos
TEM-R. A influência de fatores de humor foi avaliada a partir dos questionários PHQ-9 de
p<,026)], condizente com os efeitos de jet-lag social. Tanto as horas de sono totais no fim de
11
ao desempenho em G-38 (ρ = -,548, p<,008; ρ = -,560, p<,007 respectivamente), sugestivo de
em atenção sustentada (β: ,467; t = 2,981; p = ,006), enquanto o horário de acordar durante a
semana previu o desempenho em atenção seletiva [β: -1,063; t = -3,095; p < ,004]. O estado
desempenho em flexibilidade cognitiva e memória operacional [(β: -,555; t = -3,309; p < ,003)
e (β: -528; t = -3,309; p< ,002) respectivamente]. Através do presente estudo observamos que
o uso de tecnologia para o trabalho relacionou-se à privação parcial crônica do sono, atraso de
avaliação neuropsicológica
12
ABSTRACT
Recent studies associate the prolonged and excessive use of Information and
worsening sleep quality and lesser sleep duration, fragmented sleep and daytime sleepiness.
However, few studies analyze the effect of ICTs in adult professionals of the field, who are
subject to constant and long-term use of technology. Long-term effects of chronic sleep
deprivation include cognitive impairment to processes such as memory, attention and executive
functions. In view of these three factors - chronic sleep deprivation, prolonged use of
technology by professionals in the field and impairment of executive functions, this study aimed
to assess the relationship between technology use, sleep deprivation and potential executive
programmers (n = 15). To assess sleep parameters, we used the Pittsburgh Sleep Quality Index,
the Epworth Sleepiness Scale, the Horne and Östberg Morning and Evening Questionnaire, and
a two-week sleep diary. Technology use was assessed through an online questionnaire.
tests consisting of the Online Attention Test (Sub-items of Alternating, Focused and Divided
Attention), the G-38 Non-Verbal Intelligence Test and the TEM-R Recognition Memory Test.
The influence of mood factors was assessed using the PHQ-9 depression and GAD-7 anxiety
questionnaires, and fatigue levels were assed using the Fatigue Severity Scale. Instruments were
applied in relation to both the pre-COVID-19 period and the current period to reduce the
possible bias of the pandemic on the results. RESULTS: We found a profile of chronic sleep
deprivation in both groups, associated with poor sleep quality and excessive sleepiness.
Programmers have more irregularity in wake and getting up times than the comparison group
[t = 92.00; p< .016; t=99.00; p <.028], mainly associated with excessive fatigue [Bedtime
Irregularities (ρ = .436, p<.038), Waking Time (ρ = .457, p<.028) and Getting Up Time (ρ =
13
.464, p<.026)], consistent with the effects of social jet-lag. Both total weekend sleep hours and
total bedtime irregularity were negatively correlated with performance in G-38 (ρ = -.548,
performance. Insufficient sleep predicted sustained attention performance (β: .467; t = 2.981; p
= .006), while waking time during the week predicted selective attention performance [β: -
1.063; t = -3.095; p < .004]. Marital status predicted performance in recognition memory (β =
.451; t = 3.733; p = .001) and both the fatigue index and the frequency of postings to work
predicted performance in cognitive flexibility and working memory [( β: -.555; t = -3.309; p <
.003) and (β: -528; t = -3.309; p< .002) respectively]. We conclude that usage of technology for
work is related to chronic partial sleep deprivation, phase delay and worsening of sleep quality
working memory and cognitive flexibility, and to associated cognitive processes such as
neuropsychological evaluation
14
Sumário
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 3
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 7
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... 8
LISTA DE SIGLAS ................................................................................................................. 10
RESUMO ................................................................................................................................. 11
ABSTRACT ............................................................................................................................. 13
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 17
2.1 CONTEXTO DO TRABALHO ......................................................................................... 17
2.2. Privação de sono: Frequência nas Populações e Impactos para o Indivíduo..................... 19
2.3. Mecanismos de Regulação do Sono .................................................................................. 22
2.4. Déficits cognitivos relacionados à privação de sono ......................................................... 26
2.5. Por que a privação de sono se relaciona à perda cognitiva? .............................................. 29
2.6. Funções Executivas: Modelos e discussões ...................................................................... 33
1.6.1. Sistema Supervisionado de Atenção de Norman & Shallice (1986) ......................... 34
1.6.2. Modelo Clínico de Lezak (1995) ............................................................................... 35
2.6.3. Modelo de Autorregulação de Barkley (1997) ............................................................... 36
2.6.4 Modelo de Controle Cognitivo de Miller & Cohen (2001) ............................................. 37
2.6.5. Modelo de Cascata Temporal de Banich (2009) ............................................................ 38
2.6.6. Modelo de Miyake (2000) e Diamond (2013) ................................................................ 39
2.7. Privação de sono e prejuízo para funções executivas? ...................................................... 45
2.8. A influência da tecnologia sobre o sono ............................................................................ 49
2.8.1. Tecnologia e Trabalho: A visão acadêmica sobre programadores ................................. 53
2.9. Justificativa ........................................................................................................................ 58
3. OBJETIVOS: ........................................................................................................................ 59
4. HIPÓTESES: ........................................................................................................................ 59
4.1 PREDIÇÕES ...................................................................................................................... 60
5. METODOLOGIA................................................................................................................. 60
5.1. Procedimentos ................................................................................................................... 61
5.1.1. Procedimentos Éticos ..................................................................................................... 61
5.1.2 Protocolos e instrumentos utilizados ............................................................................... 62
5.1.3 Procedimentos ................................................................................................................. 68
5.2 Análise Estatística .............................................................................................................. 71
5. RESULTADOS ................................................................................................................. 73
6.1 Caracterização sociodemográfica da amostra geral............................................................ 73
15
6.2 Caracterização dos Hábitos de Uso de Tecnologia na Amostra Geral ............................... 75
6.3. Análise de sintomatologia depressiva e ansiosa na amostra geral..................................... 77
6.4 Caracterização da fadiga na amostra geral ......................................................................... 78
6.5 Análise das Variáveis do Sono Para a Amostra Geral........................................................ 80
6.5.1 Caracterização dos Hábitos de Sono por Grupo .............................................................. 80
6.5.2. Análise da Qualidade do Sono........................................................................................ 81
6.5.3. Análise da Sonolência Excessiva ................................................................................... 82
6.5.4. Análise do Cronotipo ...................................................................................................... 83
6.5.5. Análise dos Padrões e da Duração do Sono ................................................................... 85
6.6 Análise das Variáveis Cognitivas ....................................................................................... 88
6.7 Comparações adicionais entre grupos de estudo e comparação ......................................... 90
6.7.1 Caracterização das Diferenças de Uso de Tecnologia entre Grupos ............................... 90
6.8. Correlações e Associações................................................................................................. 91
6.8.1 Associações entre os dados sociodemográficos no grupo de estudo ............................... 91
6.8.2 Correlações entre dados sociodemográficos e questionários de humor e fadiga no grupo
de estudo ................................................................................................................................... 94
6.8.3 Correlações entre os dados sociodemográficos e variáveis do sono no grupo de estudo 96
6.8.4 Correlações entre os dados sociodemográficos e as variáveis cognitivas no grupo de
estudo ...................................................................................................................................... 100
6.8.5 Correlações entre as variáveis de sono, humor e fadiga no grupo de estudo ................ 102
6.8.6 Correlações entre as variáveis de sono e variáveis cognitivas no grupo de estudo ....... 104
6.8.7 Correlações entre as variáveis de sono e variáveis de uso de tecnologia no grupo de
estudo ...................................................................................................................................... 106
6.8.14 Regressão Múltipla das Variáveis Cognitivas para a Amostra Geral ......................... 120
6. Dados Suplementares: COVID-19 .................................................................................. 124
7.1 Dados Sociodemográficos na Amostra Geral ................................................................... 125
7.2 Humor e Fadiga na Amostra Geral ................................................................................... 126
7.3. Sono e COVID-19 na Amostra Geral .............................................................................. 127
7. Discussão......................................................................................................................... 129
8. Limitações ....................................................................................................................... 152
9. Conclusões ...................................................................................................................... 153
10. REFERÊNCIAS: ......................................................................................................... 154
16
1. INTRODUÇÃO
sociedade moderna, com aplicações nas mais diversas esferas da economia, saúde, educação,
código são fundamentais para a funcionalidade final do objeto ou processo em que este é
aplicado.
vitais para a operação de qualquer sistema que envolva código (Vann-Roy & Haridi, 2004). É
importante compreender que, sem o trabalho constante dos programadores, é impossível manter
17
Considerando essa importância, é necessária atenção ao programador como indivíduo -
como ser biopsicossocial com necessidades individuais, vivências e objetivos, além de produtor
sua produtividade, níveis de estresse e formas de aprendizado (Fritz & Müller, 2016; Siegmund
et al, 2017; Peitek et al, 2019). Outras questões relevantes à sua prática e qualidade de vida,
como questões de sono e humor, são pouco exploradas, em especial no contexto brasileiro. Tal
sobre o sono, a serem discutidos a fundo mais a frente, e a epidemia de distúrbios e alterações
do sono cada vez mais prevalentes na sociedade atual (Hirshkowitz et al, 2015).
igualmente relevantes, ou até mesmo mais, a se aplicar a seus desenvolvedores, tendo em mente
cometidos por programadores podem ser catastróficas ou mesmo fatais. Podemos citar
exemplos como o da máquina de radiação médica Therac-25, que entre 1985 e 1987 esteve
recentemente, em 2018 e 2019, dois acidentes envolvendo o modelo Boeing 737 Max
resultaram na morte de 346 pessoas, e na proibição de voo dos modelos da aeronave por quase
dois anos, gerando bilhões em perda de faturamento da Boeing. Uma das principais falhas por
18
trás dos dois acidentes envolve erros no software atualizado do modelo 737 Max (Johnston &
Harris, 2019). Durante nossa pesquisa, não encontramos exemplos de erros similares
atual (Barros et al, 2020), os efeitos do uso excessivo de tecnologia sobre o sono, a relação
programadores para a sociedade moderna, e a lacuna a respeito de estudos sobre essa população
Estudos debatem sobre a quantidade de sono que seria ideal por noite; é difícil precisar
nos padrões de sono. No geral, define-se que, para indivíduos adultos, 7h à 8h de sono por noite
pode ser uma quantidade de sono média que repercute em benefícios para a saúde física e mental
(Kripke, 2004; Watson et al, 2015; Hirshkowitz et al, 2015), e que menos 6h traz potenciais
prejuízos (Watson et al, 2015; Hirshkowitz et al, 2015). Entretanto, o modelo funcional da
entre países: na Noruega, 7.1% da população relata sono não-reparador e horas de sono
reduzidas (Uhlig et al, 2014), enquanto no Canadá, essa porcentagem é 13.4% (Morin, Leblanc
19
& Bélanger, 2011). Até 28% da população nos Estados Unidos identifica horas de sono
desses relatos chega a 38.2% da população (Madrid-Valero et al, 2017). No Brasil, ao menos
23% da população relata dormir horas de sono insuficientes, 27% percebem sono não-reparador
ou superficial, e 12% percebem sonolência diurna (Hirotsu et al, 2014). Ainda de acordo com
Hirotsu et al (2014), num estudo realizado com amostras representativas de todas as regiões
menos uma demanda relacionada ao sono, o que evidencia a importância de pesquisas a respeito
Pessoas de todas as idades podem sofrer de privação de sono, com estudos realizados
acordo com a faixa etária, dependendo de fatores fisiológicos, ambientais e sociais (Maurice et
vasculares, tais como hipertensão (Liu et al, 2016), cardiopatias (Tobaldini, 2016), diabetes ou
resistência à insulina (Menna-Barreto, 2011; Barone, 2015; Anothaisintawee et al, 2016), assim
outras esferas da saúde, como o humor, a saúde mental, e a cognição, a ser discutida em detalhes
mais à frente.
2010). A relação do sono com a depressão é presente, visto que 90% dos indivíduos com
depressão têm prejuízos de sono, e os indivíduos com distúrbios de sono apresentam sintomas
depressivos (Jansson-Frojmark & Lindblom, 2008; Paunio et al, 2015). Outros estudos também
apontam para prejuízos de percepção emocional relacionados à privação de sono, com uma
20
perda por parte dos indivíduos privados de sono da autopercepção de emoções positivas (Rossa
et al, 2014), uma característica também presente em indivíduos deprimidos. Além de depressão
queixas de insônia, mas apenas cerca de 6-10% destes atende aos critérios para ser considerado
um distúrbio clinicamente classificado (Morphy et al 2007; Ohayon & Reynolds, 2009), com o
restante desses sintomas resultante de causas diversas, como outros quadros clínicos,
sono focam primariamente na região Sudeste do país, em grandes centros urbanos, com poucos
dados em relação a outras regiões ou à população brasileira como um todo. Como parte do
população de São Paulo, algumas pesquisas apontam para uma prevalência de 45% para
sintomas regulares de insônia, e uma prevalência de 15% para sintomas considerados frequentes
e graves de insônia, ambas em adultos e idosos entre 20 e 80 anos (Castro et al, 2013). Em
relação a outros transtornos do sono, Tufik et al (2010), como parte da mesma iniciativa do
de síndrome da apneia central do sono na mesma faixa etária (Tufik et al, 2010).
avaliada reportou ter desenvolvido novas alterações do sono durante o período de quarentena,
21
enquanto 48% relatou a piora de alterações do sono pré-existentes. O estudo não discriminou
diferentes alterações de sono entre si. Indivíduos jovens adultos, mulheres e/ou com histórico
prévio de depressão foram os mais afetados (Barros et al, 2020). Dados semelhantes são
diversos aspectos da saúde do indivíduo afetado. Dada a variedade e amplitude dessa influência,
é de se esperar que vários fatores influenciem nas causas dessa privação. Primariamente, a
privação de sono pode ser relacionada à falta de sincronização dos mecanismos reguladores do
Segundo Borbély (1982), revisado por Borbély & Achermann (2000) e por Borbérly et
sono no indivíduo, o fator homeostático e o fator circadiano, que agem na regulação do sono de
pela quantidade de vigília e sono anteriores, momentos de maior ou menor propensão ao sono.
Essa variação ao longo do tempo se daria através de uma pressão para o sono, que seria
caracterizada por marcadores fisiológicos como a atividade de ondas lendas durante o sono não-
REM, ou no aumento da atividade de ondas theta (ondas longas) durante EEG em vigília
(Bobérly & Achermann, 2000). A adenosina, uma substância que age como neuromodulador
sistema nervoso central), seria outro marcador fisiológico possível da pressão homeostático
para o sono. Níveis maiores de adenosina extracelular são registrados ao longo da vigília, com
uma diminuição gradual dessa concentração durante o sono (Krause et al, 2017).
22
Já o fator circadiano regularia a propensão do sono e vigília principalmente através da
forma endógena através da ação de neurônios especializados, os neurônios clock. Essas células
programada de genes específicos chamados genes clock (Hastings, Maywood & Brancaccio,
2018). O NSQ, portanto, é denominado como oscilador, ou seja, uma estrutura que gera ritmos.
arrastamento. Por meio de vias de contato externo, como a incidência de luz sobre o trato
retinohipotalâmico, que se liga ao NSQ, se estabelece uma relação de fase e período fixa entre
um ritmo exógeno, como o ciclo claro-escuro, e o ritmo endógeno gerado pela ação do NSQ.
Esse processo permite ao oscilador modular, inibir e iniciar diferentes processos ajustados a
encéfalo, no coração ou nos rins, e na manutenção das respostas entre esses osciladores, sendo
assim a principal estrutura que gera e sincroniza os ritmos, como um ‘marcapasso’ ou ‘relógio’
biológico (Brandstaetter 2004). Ele realiza essa função ao regular a produção de outras
substâncias que agem como arrastadores para os neurônios clock em outros tecidos, em um
de melanina em humanos varia ao longo do ciclo claro-escuro, com pico no início da noite e
reduzindo ao longo do período escuro e início do período claro (Zisapel, 2018). Essa variação
23
2018). Informação sobre a variação do estímulo luminoso chega ao longo do dia ao NSQ através
Uma vez na corrente sanguínea, a melatonina age sobre receptores em diferentes órgãos,
2012). Dessa forma, o NSQ realiza o arrastamento entre o ciclo circadiano endógeno e fatores
externos, assim como regula a sincronização entre o próprio sistema de osciladores biológicos
(Wurtman, Axelrod & Philips, 1963; Moore & Eichler, 1972; Stephan & Zucker, 1972;
diferentes níveis de sincronização – a chamada ordem temporal interna. Isso se daria, como
Ainda de acordo com Borbély et al (2016), esses dois processos regulatórios do sono, o
fase de claro ambiental ou início do dia, a propensão ao sono pela regulação homeostática e
24
circadiana está baixa, favorecendo o despertar. Ao longo da fase de claro ambiental, o dia, a
que pela regulação circadiana essa propensão é baixa, favorecendo a manutenção da vigília ou
atividade. No início da fase de escuro ambiental, há uma maior propensão ao sono, promovida
sono. Ao longo da noite de sono, a propensão homeostática reduz gradativamente, com o sono
organização temporal externa, sugerindo que os referenciais externos devam ser compreendidos
não como fatores isolados que atuem separadamente e independentemente sobre os osciladores
circadianos, e sim como um conjunto de fatores que constituem juntos uma janela específica de
único fator específico (por exemplo, no cair da noite, pela incidência menor de luminosidade),
a organização temporal externa propõe que vários fatores externos agiriam simultaneamente
apresentar a animais, presentes em um ambiente de luz fraca constante, diversos estímulos não-
fóticos (sons, vento, leves mudanças de temperatura, leve balanço das gaiolas, movimentação
de objetos) de forma repetitiva e regrada todos os dias por um período de pelo menos 50 dias,
o autor constatou que os animais passavam por um processo de arrastamento a esses estímulos
que, isoladamente, não seriam capazes de gerar essa sincronização (Menna-Barreto & Diéz-
através da presença repetitiva dos estímulos não-fóticos como um conjunto regrado, sugerindo
que uma conjunção de fatores individualmente pouco relevantes possam ter um impacto
25
defendem que tal arranjo seria o mais próximo das condições normais do ambiente, onde os
funcionamento correto desses mecanismos que podemos, então, explorar mais a fundo os
al, 2010; Wadhwa et al, 2017). Um estudo por Alzoubi et al (2016), realizado em ratos,
evidenciou perdas de memória espacial de curto e longo prazo nos animais após um protocolo
de privação de sono por quatro semanas. O mesmo estudo apontou para a manutenção da
protocolo de privação de sono, foram injetados com melatonina. Uma explicação para esse
são relacionados ao aumento de danos oxidativos aos neurônios, danos esses que podem ser
durante o sono tendo uma ação neuroprotetora contra esses danos, e, na privação de sono, uma
26
produção reduzida de melatonina traria mais danos a esses neurônios (Alzoubi et al, 2016;
Por outro lado, estudos de neuroimagem têm revelado mudanças biológicas na resposta
informações voltadas à execução de uma tarefa) (Chee & Chuah, 2007; Lim, Choo, & Chee,
2007; Chengyang et al, 2016), onde foi observado que a privação de sono produz um impacto
considerável nas funções neurais associadas com tarefas de memória de curto prazo visual.
Esses dados sinalizam que os efeitos da perda de sono nem sempre são identificados por
protocolos cognitivos, mas são identificados com mais eficácia por imageamento, que revela
escolhida, à dificuldade da tarefa e à vulnerabilidade a privação de sono (Chee & Chuah, 2008).
de uma soneca por 90 minutos após o treino de tarefas de memória associativa tinham melhor
desempenho do que os voluntários que não cochilaram. Outros estudos sugerem que haveria
um período ótimo de tempo em que o sono, ou um estágio de sono específico, seria relevante à
outras funções, como a memória de procedimento, um tipo de memória implícita (de ativação
sono com habilidades de leitura, seguindo a hipótese de que indivíduos privados de sono
27
significado ou informação que se queira passar) e compreensão de leitura. Contrário ao previsto,
os autores não encontraram correlação entre qualidade e quantidade de sono com o desempenho
nas tarefas de leitura, com indivíduos classificados com má qualidade de sono apresentando
ao invés da perda de compreensão e do uso de vocabulário mais simples que era esperado pela
equipe. Os autores elencam duas explicações possíveis para esses resultados contraditórios: a
primeira seria de que a realização da atividade de leitura em privação de sono levaria à ativação
de sistemas compensatórios, com mais áreas cerebrais sendo acionadas para compensar as
informações) das palavras durante a privação de sono, sem necessitar de atenção sustentada
sono e vigília. Visto que tal padrão se configura em um ciclo e ritmo biológico que apresenta
alternância entre os momentos de sono e vigília ao longo das 24 horas, com repetições regulares,
apresentam flutuação rítmica, com fases de maior alerta coincidindo com a fase de menor
coincidindo com prejuízo nos processos atencionais (Krause, 2017), ainda que alguns
indivíduos se mostrem mais resistentes a essa perda (Mollicone, 2010). Outros trabalhos
em tarefas de tempo de reação simples, e um aumento nos erros de omissão (falha em reagir ao
estímulo) em tarefas como o teste de Stroop (Stenuit & Kerkhofs, 2008). Essas interferências
seriam relacionadas aos processos atencionais (Krause et al, 2017), com um possível aumento
28
do custo de manutenção da atenção sustentada durante a privação de sono (Massar, Lim, Samita
Massar, Lim, Sasmita e Chee (2019) exploraram outros aspectos do prejuízo na atenção
sustentada em situação de privação de sono, com achados sugerindo um custo maior dessa
tarefa. Isso se daria em razão do custo da atenção sustentada ser maior no indivíduo privado de
sono, tanto através da pressão do sono como por uma diminuição da motivação, o que levaria
cognitivos, ainda que não estejam totalmente claros os mecanismos pelos quais esses prejuízos
ocorrem. Outros autores propuseram teorias para explicar os impactos que a privação de sono
instabilidade na vigília (Dorrian, Rogers, & Dinges, 2005; Doran et al, 2001; Williams, 1959)
propõe que a interação entre a necessidade de sono e fatores circadianos de propensão ao sono
respostas requeridas pelo meio ambiente e deterioração em tarefas longas, simples e monótonas,
em que são requeridas velocidade de reação e vigilância (Almondes, 2019). Durmer & Dinges
29
(2005) e Lim & Dinges (2010) argumentam que os déficits na cognição estariam relacionados
ao papel da atenção sustentada em vários processos cognitivos que dependem dela. Entretanto,
memória de curto prazo, da memória operacional e dos processos das funções executivas.
O outro modelo que explica a relação dos prejuízos neurocognitivos ocasionados pelas
alterações de sono propõe que a perda de sono afeta essencialmente o córtex pré-frontal, o que
como uma abordagem neuropsicológica baseada no sono (Babkoff, Zukerman, Fostick, &
Artzi, 2005), sugere que a perda de sono impacta na eficiência do funcionamento do córtex pré-
consistente com a disfunção do lobo pré-frontal (Killgore et al, 2008; Thomas et al., 2000;
Esse modelo também enfrenta críticas, com exames de neuroimagem apontando várias
áreas além do córtex pré-frontal que seriam afetadas durante a privação de sono (Chee & Choo,
2004; Um et al., 2005; Javaheipour et al, 2019). Em adição a esse ponto, o desempenho em
tarefas executivas mais complexas, como tarefas para manipulação de informações retidas pela
memória operacional verbal, tende a ser preservado mesmo em privação de sono (Tucker et al,
2010; Chee & Choo, 2004), sugerindo uma interrelação entre a tarefa, sua dificuldade e a
privação. Para explicar os resultados contraditórios, alguns autores têm proposto que o cérebro
(hipótese da adaptação compensatória – Chee et al, 2005; Drummond et al, 2000; Drummond
et al, 2005; Ellis et al, 2014; Whitney, Hinson & Nusban, 2019).
30
Ainda há poucos estudos testando estas duas hipóteses. Além disso, há resultados
tarefa, e às condições experimentais envolvendo os indivíduos que, muitas vezes, não levam
A privação de sono total aguda se refere a episódios de vigília com duração maior ou
igual a 72 horas, acompanhada pela perda de 90% de sono REM e NREM. Este tipo de privação
médicos e militares, assim como em situações clínicas como casos graves de insônia. Devido
descrito na literatura (Reynolds & Banks, 2010). Em relação à cognição, há processos que
sofrem prejuízo marcante em privação total aguda, como a atenção vigilante, a consolidação da
2005; Lo et al, 2012; Short & Banks, 2014; Krause, 2017). Pacientes em estado de privação
de percepção de erros quando comparados à própria performance anterior (Reynolds & Banks,
2010).
da quantidade de sono a cada dia. Esse processo pode decorrer de três formas: em função da
devido a distúrbios fisiológicos que reduzam ou eliminem uma fase específica do sono
(restrição seletiva do sono); ou através do débito de sono causado por horas reduzidas de sono
total, seja por demandas acadêmicas, de trabalho ou de estilo de vida, ou também por condições
clínicas como a insônia (Banks & Dinges, 2007). Em todos os três casos, os principais processos
31
processamento, consolidação da memória de longo prazo, atenção sustentada e
comprometimento de funções executivas como a memória operacional (Lo et al, 2012; Short &
Banks, 2014; Cousins, Sasmita & Chee, 2017; Krause, 2017; Lowe, Safati & Hall, 2017), com
semelhante ao de 3 dias de privação total do sono (Banks & Dinges, 2007). Entre tais estudos,
destacamos o conduzido recentemente por Lo & Chee (2020) com adolescentes, que aponta
para efeitos cumulativos de disfunção cognitiva após sucessivas noites de restrição do sono. De
2007; Rupp et al, 2012; Krause, 2017). Alguns indivíduos se mostram mais resistentes à
enquanto outros se mostram resistentes à perda de atenção sustentada; outros ainda se mostram
especialmente vulneráveis à privação do sono em graus mais leves, o que sugere um possível
relacionados a elas sendo pontos de discussão quanto da validade das três principais teorias a
respeito dos impactos da privação de sono. A fim de compreender melhor como se dão esses
32
prejuízos, se faz necessário conceituar melhor o que são as funções executivas e como se
organizam.
interdependentes, com atuação associada à ativação do córtex pré-frontal, que são fundamentais
como tomar decisões, reavaliar estratégias, traçar planos e se adaptar a circunstâncias novas
(Banich, 2009; Miyake & Friedman, 2012; Diamond, 2013). Esses processos são de sumária
impulsos com o objetivo de atingir uma meta. São, portanto, fundamentais ao funcionamento
decisões.
comportamentais após lesões frontais (Hamdan & Pereira, 2009). Em 1840, médicos
severos danos ao lobo frontal após uma barra de ferro que atravessar seu crânio. Depois do
até o fim de sua vida (Goldstein et al, 2014). O caso de Gage ajudou a motivar mais estudos
quanto às bases biológicas do comportamento, abrindo caminho para o que viria a se tornar o
estudo das funções executivas. Apesar disso, foi a partir dos trabalhos de Luria, estudando
veteranos da Segunda Guerra Mundial, que o primeiro modelo que relacionava lesões frontais
33
a perdas na capacidade de raciocínio, planejamento e controle do comportamento (Luria, 1981;
Há certa discordância na literatura sobre quantas e quais são essas funções, com diversos
executivas por diferentes autores (Malloy-Diniz et al, 2008). Entre essas, três funções se
modelos do funcionamento executivo, o proposto por Miyake (2000) e Diamond (2013), assim
operacional e o controle inibitório. (Friedman & Miyake, 2017). Os modelos iniciais que
(1986). Um modelo de regulação unitária logo se mostrou limitado como construto para
apresentados pelos pacientes, com trabalhos mais recentes propondo modelos de processos
historicamente mais relevantes para funções executivas, concluindo com o modelo que usamos
Norman & Shallice (1986) reconheceram isso ao revisar o modelo inicial de sistema de
supervisão ativado no que viria a ser o modelo de Sistema Supervisionado de Atenção, SAS
(1986). De acordo com o modelo, revisado por Shallice & Burgess (1996) e Struss et al (2002),
situações se dividiriam entre as que necessitam de atenção sustentada e as que podem ser
34
realizadas de forma automática. Essas situações demandariam ativações de diferentes
pré-programado, que ativa ou inibe diferentes esquemas inatos ou aprendidos para realização
sustentada em tarefas que exigem estratégias mais complexas, como tomada de decisões ou
definição de objetivos. Shallice & Burgess (1996) subdividiram a ativação do SAS em três
modelo difícil de aplicar à prática clínica, pela dificuldade de adaptar metodologias para a
aplicação clínica, oposta ao viés teórico do modelo SAS, e é a primeira pessoa a usar o termo
“funções executivas” para se referir a seus conceitos. A estrutura proposta compreende quatro
grandes domínios de funções executivas: a Vontade, que seria a decisão ou intenção de realizar
necessários para efetuar o plano traçado; e a Performance Efetiva, que seria a capacidade de
35
Lezak se mostram importantes menos como um modelo teórico detalhado, e mais como ponto
inicial para a unificação e direcionamento de mais pesquisas na área (Uehara et al, 2013).
Outro construto que abrange múltiplos processos de funções executivas seria o modelo
sobre o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), com o objetivo primário
e controle de impulsos, e seria definido como “qualquer ação autodirecionada que altera a
probabilidade de uma resposta subsequente para alterar a chance de uma consequência futura”
(Barkley, 1997). Essa autorregulação teria como objetivo alterar o comportamento ou ações do
funcional de inibir respostas, como as sinapses inibitórias capazes de inibir uma reação
visto que ela se torna impossível sem a capacidade de inibir e modular essas respostas. São três
as funções inibitórias primárias identificadas por Barkley como chaves para a autorregulação:
prepotente), a inibição de uma estratégia inicial que não atinge o objetivo desejado, e a inibição
36
Esse mecanismo inibitório influenciaria diretamente nos seguintes processos
(como lembrar a forma correta de abrir um depósito), o senso de passado e futuro, o senso de
estratégia de acordo. (Barkley, 2012). Apesar do potencial, o modelo de Barkley ainda precisa
importantes como as interrelações entre os quatro domínios e o nível da influência de cada uma
córtex pré-frontal. Miller & Cohen (2001) propuseram um modelo de controle cognitivo com
específicos. De acordo com os autores, o córtex pré-frontal pode ativar circuitos específicos
37
distratores, para a manutenção do mecanismo de atenção sustentada. Esse tipo de controle fino
da ativação neuronal ocorreria através das conexões entre a circuitaria cortical e outras áreas do
respostas motoras e inputs sensoriais, com modulação da própria atividade do córtex pré-frontal
através de respostas dos sistemas límbico, sensitivo e motor. De acordo com esse modelo, várias
os próprios autores apontam para limitações do modelo: levantam dúvidas quanto à capacidade
Stroop, que mede atenção seletiva e controle inibitório. Com base nesses dados, os autores
de informações relevantes à tarefa, e a região do córtex cingular anterior sendo mais responsiva
a estímulos externos, para modulação da resposta atual. O controle exercido pelas três áreas
segue uma ordem temporal de ativação, porém de intensidade e eficiência influenciadas pelo
funcionamento das outras. Por exemplo, o aumento de ativação da área medial do córtex pré-
frontal tende a se correlacionar a uma ativação menor do córtex cingular anterior especialmente
38
em pacientes jovens. Em pacientes mais velhos, tem-se o oposto, com menor ativação da área
qual existiriam três funções executivas centrais: controle inibitório, memória operacional e
controle e supressão de impulsos internos e respostas prepotentes. A atenção seletiva agiria para
inibição cognitiva funciona junto à memória operacional, que discutiremos a seguir, ao inibir a
enquanto se escreve uma lista de compras. Já o autocontrole agiria para a inibição de ações
impulsivas e vontades, como uma resposta agressiva durante uma discussão ou a tentação de
comer um doce durante a dieta, e também está envolvido na manutenção da disciplina, como a
capacidade de ignorar tentações e distrações momentâneas enquanto se realiza uma tarefa longa
39
e exigente. Um exemplo dessa disciplina seria o controle da vontade de checar as redes sociais
que não estejam sendo percebidas, ou seja, que o indivíduo não esteja em contato naquele
informações já armazenadas. Por isso mesmo, é uma função fundamental para vários outros
número de telefone a uma pessoa, identificar a disposição dos algarismos no teclado do telefone
decisão mais ponderada e reflexiva, ao invés de uma escolha realizada por impulso. Diamond
(2013) chama atenção que, para alguns modelos, a memória operacional chega a ser identificada
com todas as funções executivas, com mesmo a inibição sendo derivada de um bom
funcionamento executivo.
Por fim, a flexibilidade cognitiva permite a mudança de foco entre diferentes estímulos,
processos cognitivos, prioridades e pontos de vista. É a função que possibilita manter e alternar
40
entre processos diferentes, se adaptar a novas situações, desenvolver novas estratégias, reavaliar
convencional (“fora da caixa”). É através da flexibilidade cognitiva que se pode, por exemplo,
alterar o foco entre duas ações simultâneas, como conversar e ler as notícias, ou realizar cálculos
enquanto se fala com outra pessoa. Essa função se desenvolve depois da memória operacional
e do controle inibitório, já que se baseia em e expande as funções realizadas pelas outras duas
de forma mais rápida e fluida: como exemplo, a inibição permitiria a supressão de uma
anteriores para a elaboração de uma perspectiva nova, mas a flexibilidade cognitiva vai além,
para a elaboração de um novo ponto de vista e a possibilidade de outros mais. Portanto, esses
aplicação desses modelos pode ser visto na tabela abaixo (Tabela 1):
41
o O organizador pré-programado ativa esquemas
inatos ou de ação simples;
o O Sistema Supervisionado de Atenção age sobre
situações mais complexas que precisem de atenção
sustentada, ou nas quais o esquema básico é
insuficiente;
o A ativação do SAS se subdivide em três etapas:
o Criação do esquema;
o Implementação do esquema;
o Regulação e correção do esquema;
o Prós: Explica bem a atividade neural para a atenção;
o Contra: Dificuldade em avaliar os esquemas para prática
clínica.
Modelo Clínico de o Cunhou o termo “Funções Executivas”
Lezak (1995) o Dividido em quatro processos:
o Vontade;
o Planejamento;
o Ação Motivada;
o Performance Efetiva;
o Prós: Tem amplo uso clínico, foi fundamental para a
unificação da área de pesquisa sobre as funções
executivas;
o Contras: Funciona melhor como conceituação do que
como modelo desenvolvido.
Modelo de o Fundamentado com bases em déficits cognitivos e
Autorregulação de comportamentais em TDAH;
Barkley (1997) o A autorregulação teria o objetivo de ajustar o
comportamento ou ações do próprio indivíduo para
aumentar a chance de influenciar fatores externos a esse
indivíduo;
o Considera três funções inibitórias:
o Inibição da resposta prepotente;
o Inibição de estratégias disfuncionais;
42
o Inibição de estímulos distratores;
o Considera quatro processos autorreguladores:
o Memória operacional não-verbal;
o Regulação de afetos;
o Memória operacional verbal (também chamada
internalização da fala);
o Reconstituição;
o Contras: Falha em explicar as interrelações entre os quatro
domínios, o nível da influência de cada uma das três
funções inibitórias sobre esses domínios.
Modelo de Controle o Fundamentado na organização fisiológica do córtex pré-
Cognitivo de Miller & frontal;
Cohen (2001) o Através de conexões entre córtex pré-frontal com outras
áreas do cérebro, o córtex poderia potencializar sinapses
sensitivas, motoras e interneuronais;
o Essa potencialização permitiria o ajuste fino da percepção,
memória, emoção, reações motoras e controle do
comportamento através do reforço a sinapses excitatórias
ou inibitórias;
o Contras:
o Dúvidas quanto à energia e capacidade de
processamento necessários para manter a
potencialização simultânea em infinitas conexões
cerebrais;
o Potencialização e conexões neuronais não explica
completamente a complexidade de processos como
raciocínio e formulação de estratégias.
Modelo de Cascata o Fundamentado na organização fisiológica do córtex pré-
Temporal de Banich frontal;
(2009) o Três regiões diferentes do córtex pré-frontal agiriam sobre
diferentes processos cognitivos, de forma hierárquica:
o A primeira ativação, da região dorsolateral seria
relacionada a processos inibitórios;
43
o A segunda ativação, da região medial, seria
relacionada à ativação e seleção de informações
relevantes à tarefa;
o A terceira ativação, da região do córtex cingular
anterior seria mais responsiva a estímulos externos
para modulação da resposta;
o O controle exercido pelas três áreas segue uma ordem
temporal de ativação, porém de intensidade e eficiência
distintas;
o Ativação maior de uma das três áreas implica numa
ativação reduzida da seguinte.
Modelo de Diamond o Define funções executivas como independentes, porém
(2013) e Miyake (2000) altamente interrelacionadas;
o Elege três funções executivas primárias:
o Memória Operacional, que permite manter em
mente, reorganizar e modificar informações já
armazenadas;
o Controle Inibitório, dividido entre controle de
interferência (referente a atenção e pensamentos) e
autocontrole (referente a comportamento e
emoções), para resistir a impulsos internos ou
evitar distrações externas;
o Flexibilidade Cognitiva, permite a mudança de
foco entre diferentes estímulos, processos
cognitivos, prioridades e pontos de vista;
o A memória operacional e o controle inibitório formam a
base mais fundamental do processamento executivo,
agindo em conjunto para o controle fino de
comportamento e cognição;
o A flexibilidade cognitiva se desenvolve a partir da
memória operacional e da inibição, e amplia a atuação de
ambos.
44
o As três funções em conjunto possibilitam a ação de vários
processos mais complexos, como planejamento, tomada
de decisão ou criatividade.
considerar no estudo das funções executivas tanto o arcabouço teórico que embasa a dissertação
proposta quanto os instrumentos apropriados para mensuração desses processos. Para esse
trabalho, usamos como base o modelo previamente discutido de Diamond e Miyake, com
Os dados de impacto da privação de sono nos componentes das funções executivas são
performance da flexibilidade cognitiva (Stenuit & Kerkhofs, 2008; Von Dongen et al, 2003),
com tanto Liu & Zhou (2016) quanto Honn, Hinson, Whitney, & Van Dongen (2019) apontando
(alternância da atenção entre mais de um estímulo) em si pode ser afetada pela perda de sono
na tarefa Go-No Go, que mede a habilidade de inibir a resposta prepotente (resposta automática
associada ao estímulo por reforço positivo) (Stenuit & Kerkofs, 2008). Em privação de sono, é
45
com a quantidade de horas acordado, com melhora após uma noite completa de sono
comportamentos durante privação de sono não têm sido replicadas em estudos com tarefas
complexas de múltiplas escolhas (Jennings, Monk & Van der Molen, 2003). Outros estudos
mais recentes apontam para prejuízos na tomada de decisão (capacidade de analisar opções em
uma situação incerta e escolher uma opção vantajosa) relacionados à perdas no controle
Já Chen et al (2017) avaliaram uma tendência à tomada de decisão baseada em hábitos, ou seja,
Schmidt, Gay, Ghisletta & Van der Linden (2010) apontam que horas de sono reduzidas
Smith, Allan & Sullivan (2014) sugerem um aumento de decisões de risco em jovens em estado
de privações de sono. De acordo com os autores, essas decisões de risco estariam associadas a
tipo de tarefa utilizado para acessar esse processo. Alguns estudos têm demonstrado que,
usando tarefas simples com indivíduos privados de sono, há redução da acurácia da resposta
(Drummond et al., 2004; Habeck et al., 2004). Entretanto, utilizando tarefas mais complexas
estímulo N-posições anteriores em uma sequência, não foi encontrada interferência da privação
de sono especificamente sobre as funções executivas, o que foi sugerido se dever a mecanismos
46
compensatórios ativados durante a execução de tarefas mais complexas (Drummond et al.,
2004; Choo et al, 2005). Trabalhos como o de Tucker et al (2010) avaliam efeito mais
pronunciado da privação de sono sobre a atenção sustentada do que sobre as funções executivas,
de privação de sono total aguda ou parcial crônica. O estudo identifica ainda falhas mais
aguda de sono do que em privação crônica, o que sugere mais uma vez que os impactos dos
diferentes tipos de privação sobre o funcionamento cognitivo sejam distintos entre si.
Ainda em relação ao N-back, Araújo (2012) investigou a relação entre qualidade de sono
memória operacional, através de intervenção com jogos virtuais. O principal jogo utilizado na
quando comparado ao desempenho desse mesmo grupo antes da intervenção com os jogos.
Entretanto, essa melhora do grupo experimental não foi significativa quando comparada ao
desempenho do grupo controle, que também apresentou melhora no desempenho nos mesmos
quesitos após a realização de uma tarefa livre com um software de desenho, ao invés da
intervenção com os jogos. O autor levanta a hipótese de que o ganho de memória operacional
do grupo experimental possa, nesse caso, ter sido um ganho indireto em função da melhora de
Por outro lado, Gradisar et al (2008) encontraram prejuízo em tarefas mais complexas
47
menos de 7 horas por noite a adolescentes que dormiram entre 8 e 9 horas, ainda que, ao
contrário do esperado, não tenha sido verificada diferença significativa entre os adolescentes
que dormiram horas insuficientes e os que dormiram mais de 9 horas como recomendado
(Gradisar et al, 2008). Alguns anos mais tarde, Lo, et al (2016) encontraram prejuízos
funções executivas foram menores e tardios comparados aos prejuízos atencionais, com atenção
sustentada sendo o domínio mais afetado. De acordo com os autores, tarefas mais simples e
seriam afetados por último após processos atencionais, o que é coerente com a teoria de
adaptação compensatória.
operacional através do Span Espacial (versão digitalizada de Cubos de Corsi, teste que mede a
memória operacional visual) em pacientes adultos com privação de sono parcial crônica por
seis noites. Podemos inferir que, no geral, não há um consenso sobre o nível de prejuízo da
memória operacional em indivíduos privados de sono, nem qual seria o melhor instrumento
A pesquisa a respeito de prejuízo nas funções executivas em privação de sono está longe
como avaliar a ativação desses possíveis mecanismos compensatórios. Portanto, mais estudos
são necessários a fim de levantar informações e dados relacionados a essas questões, com o
48
Entre as possibilidades de novas pesquisas, podemos levantar as diferenças de
a dia dos indivíduos. Essas novas tecnologias incluem computadores, tablets, smartphones, a
(Kaplan & Haenlein, 2010; Andreassen, 2015), ou envolvendo a dimensão do lazer, através do
2007; Burgess & Green, 2018), o uso das interfaces de Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICS; Salanova, Llorens & Cifre, 2013) se torna cada vez mais prevalente no
dia a dia da população, o que, naturalmente, leva a indagações sobre a interferência que o uso
excessivo dessas tecnologias possa ter na saúde, qualidade de vida ou funcionamento dos
indivíduos.
qualidade, quantidade e timing (variação dos horários) do sono, através de agentes como
exposição à luz de eletrônicos ou o uso de mídias sociais antes de dormir em excesso (Shochat,
2012). Fatores como a frequência de luz azulada em aparelhos eletrônicos agiriam sobre as
(Cajochen et al, 2006; Chellapa et al, 2011; Chellapa et al, 2013; Heo at al, 2017). Já outros
49
fatores, como o uso de mídia sociais, influiriam na privação do sono através do arrastamento
uso dessas tecnologias na cama (Reynolds et al, 2015, Bartel & Gradisar, 2017; Exelmans &
Van Den Bulck, 2017), e através de excitação cognitiva ou estresse causados pelo tipo de mídia
consumida, como redes sociais e videogames (Levenson et al, 2016; Exelmans & Bulck, 2014).
longo da noite, com tanto a maior excitabilidade quanto alerta sendo correlacionados à
de insônia, sugerindo que indivíduos que fazem uso de computadores durante a noite por longos
períodos apresentam dificuldade em iniciar atividades cedo e uma autopercepção pior do sono,
comparados aos que não façam esse uso (Fossum et al, 2013). O uso de celulares durante a noite
insônia, o que é um resultado condizente com o de pesquisas posteriores (Exelmans & Van Den
Bulcks, 2015; Bhat et al, 2017). Curiosamente, em Fossum et al (2013), o uso de celulares
tendendo a passar mais tempo usando o celular durante a noite comparado ao uso de outras
tecnologias. Os autores sugerem duas explicações possíveis para esse fenômeno: a primeira, de
que o uso excessivo do celular durante a noite seja um fator agravante em um atraso de fase, ou
50
que indivíduos de cronotipos mais vespertinos somente se sintam mais despertos durante a
noite, e portanto usem mais o celular por não estarem com sono (Fossum et al, 2013).
diminuição das horas médias de sono e o despertar precoce como associados ao uso de todas as
categorias de eletrônicos para os adolescentes, com algumas TICS específicas sendo associadas
associados a dificuldades para cair no sono (Arora et al, 2014). Esses resultados poderiam
comparados a adultos.
A maior parte das pesquisas com enfoque na relação sono-tecnologia se volta ao efeito
que novas tecnologias como tablets e smartphones têm sobre o sono de crianças e adolescentes,
visto o uso dessas tecnologias ser proeminente nessas faixas etárias (Gradisar et al, 2013; Pew
Research Center, 2019). Diversos estudos apontam para o uso de dispositivos eletrônicos como
& Gradisar, 2010; Bartel, Gradisar, & Williamson, 2015; Hale & Guan, 2015; Mazzer,
Bauducco, Linton & Boersma, 2018), com a percentagem de adolescentes relatando poucas
(Keyes, Maslowsky, Hamilton, & Schulenberg, 2015), enquanto as horas de uso de TICS
aumentam (Bucksch et al. 2016). Trabalhos apontam que crianças cujos pais limitam horários
para uso de eletrônicos dormem mais (Smith, Gradisar, King, & Short, 2017; Bartel, Gradisar
& Williamson, 2015), o que sugeriria uma relação direta entre a privação de sono em crianças
51
Em relação a prejuízos de funções executivas relacionados à privação de sono e uso de
tecnologia nessa faixa etária, Lo et al (2016) encontraram prejuízo nas funções executivas e
atenção sustentada em adolescentes em privação crônica por sete noites. Esse prejuízo perdurou
adolescentes no uso de mídias eletrônicas e possíveis impactos nas funções executivas, com
é a relação entre saúde mental e uso de tecnologia, com trabalhos sugerindo uma relação direta
sociais (Woods & Scott, 2016), e outros sugestivos de que adolescentes e crianças em
sofrimento psíquico buscariam apoio nas comunidades estabelecidas através dessas mídias
Härenstam, & Hagberg, 2011; Li, Lepp & Barkley, 2015; Patrick et al, 2017), com resultados
sugerindo que a influência de dispositivos eletrônicos sobre o sono, seja causal ou como uma
estratégia para lidar com a latência originada por outros motivos, refletiria em um rendimento
acadêmico mais baixo em comparação ao rendimento de alunos que não relatam privação de
sono (Patrick et al, 2017). Por outro lado, trabalhos distintos encontraram resultados que
sugerem o uso de eletrônicos como estratégia para lidar com uma latência de sono já instalada,
52
sem determinar uma relação direta entre esse uso e a privação de sono (Tavernier &
ansiedade e depressão em jovens adultos (Thomée et al, 2005; Thomée, Härenstam & Hagberg,
2011; Rosen et al, 2016; Primack et al, 2017; Dhir, Yossatorn, Kaur & Chen, 2018), nos quais
estresse (Thomée et al, 2005; Thomée, Härenstam & Hagberg, 2011), sugerindo que o uso de
eletrônicos e redes sociais poderia ser um fator de manutenção de estresse crônico já instalado
nessa população.
Algumas ressalvas importantes são necessárias em relação ao que foi encontrado até
agora sobre o estudo dos efeitos de tecnologia excessiva sobre o sono. A maioria dos estudos
para o lazer, antes de dormir ou ao longo do dia, com poucos fazendo discriminação entre os
eletrônicos utilizados ou a motivação para o uso, como estudo, trabalho ou consumo de notícias
(Thomée et al, 2005). Também há poucos estudos que investiguem relações semelhantes em
idosos, em parte pelos índices menores de uso de tecnologia da informação por essa faixa etária
(Gradisar et al, 2013; Pew Research Center, 2019). Esses pontos sugerem que pesquisas mais
relação das novas tecnologias sobre o sono, e de que forma podemos manter um uso saudável
53
As novas tecnologias também influenciam em novos ritmos e formas de trabalho. O
rápido fluxo de informações e bens, assim como a comunicação quase instantânea e em alta
manutenção dos novos horários de trabalho que nossa sociedade exige, como esquemas de
e cada vez mais otimizados. No entanto, os impactos que os hábitos da prática da tecnologia de
Na interface da privação de sono com uso excessivo de tecnologia para o trabalho, Lanaj
& Barnes (2014) investigaram o uso de smartphones antes de dormir para funções de trabalho,
de sono, o que os autores atribuem ao estado de alerta em função das notificações e à associação
maior de smartphones a questões de trabalho comparados a outros aparelhos (Lanaj & Barnes,
Entre os profissionais que trabalham diretamente e por longos períodos com as novas
tecnologias estão os programadores. A maior parte dos estudos na área de neuropsicologia com
54
componente desses processos na prática da programação (Siegmund et al, 2014; Peitek et al,
2019). Os autores também sugerem instrumentos como a ressonância magnética como recursos
processamento de códigos mais complexos (Siegmund et al, 2017). Tais trabalhos não abordam
o sono como influência possível sobre esse processamento, e atém-se a investigar os processos
informações por programadores (Crk, Kluthe & Stefik, 2015), enquanto outros ainda analisam
códigos, assim como a distinção entre código e prosa, através de aparelhos de ressonância
magnética (Peitek et al, 2019; Floyd, Santander & Weimer, 2017) ou de medição do fluxo de
sangue cerebral (Nakagawa et al, 2014). Essas pesquisas apontam para diferenças no
análise do desempenho dos profissionais. Novamente, o sono não é uma variável considerada
55
como o rastreio de olhar (dispositivo que rastreia direção e frequência do movimento dos olhos),
dos programadores durante a escrita e revisão do código com um grau final de acurácia acima
de 64.99% (Fritz et al, 2014). Em Fritz & Müller (2016), os autores utilizaram mais sensores
Profile of Mood Status (POMS), a duração do sono nesse protocolo foi obtida somente através
mais aprofundados. Além disso, foram medidos sintomas clínicos através da entrevista com um
médico, utilizando uma lista de sintomas previamente listados. O estudo obteve resultados
pesquisa apontou para uma média de 5.8 horas de sono por noite para uma amostra de 391
56
(Kakinuma et al, 2010). A amostra foi dividida em dois grupos, tendo um deles recebido
após o experimento ter terminado. O grupo experimental apresentou um efeito positivo quanto
a estimular a reposição de sono com cochilos, mas não foram encontradas evidências de
alterações na eficiência de sono desses profissionais durante a noite (Kakinuma et al, 2010).
Uma amostra de 45 estudantes universitários da área foi dividida entre dois grupos,
noite anterior à avaliação. Ambos os grupos foram submetidos a uma tarefa de prática de
desenvolvimento de software em Java (Test First Development practice - TFD), em que foram
delineados pela tarefa e seu engajamento individual com a tarefa. Os autores observaram que o
(50% reduzida), assim como necessitaram de mais correções posteriores na sintaxe do código
(54% a mais de correções), em comparação ao grupo controle, o que sugere que uma noite de
dos programadores do grupo experimento com a tarefa, assim como sua habilidade em atingir
57
constatar, estudos que se dediquem à análise dos padrões, qualidade e/ou privação do sono
dessa população são poucos, e estudos que analisem fatores cognitivos nesse grupo não foram
encontrados. Da mesma forma, não foram encontrados estudos a respeito dessa população
repercute no funcionamento diurno, o que torna este problema uma pauta para a saúde pública
pois atinge a todos de forma indiscriminada e em todas as áreas (saúde, trabalho, social);
sobre o uso de TICs e as repercussões para sono; propõe-se a presente pesquisa que tem como
2.9. Justificativa
por preencher a lacuna de estudos com essa população no contexto brasileiro. Por fim, o
trabalho também se mostra viável através de plataformas online seguras para a realização do
58
3. OBJETIVOS:
ESPECÍFICOS:
comparação.
4. HIPÓTESES:
59
H2: Há diferença nas horas totais de uso de tecnologia entre programadores e não-
4.1 PREDIÇÕES
comparação.
5. METODOLOGIA
função que envolva escrita e interpretação de linguagens de computação, seja com vínculo
60
queixas em relação à qualidade e duração do sono, ou sono não-reparador; 2) Tem idade
variando entre 20 e 50 anos; 3) Não fazem uso de tecnologia como computadores, tablets,
prática de trabalho, com uso de TICS apenas para momentos de lazer e interação social não
ou qualquer outra distribuição de trabalho que impacte diretamente nos padrões de sono; e 5)
apresentem sintomas psicóticos; 2) Apresentam algum transtorno clínico que impacte no sono,
como condições que causem dor crônica; 3) Fizerem uso de substâncias psicoativas e
5.1. Procedimentos
61
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com CAE número 23720119.9.0000.5537, e
e-mail para os programadores através de contato com o projeto Incuba Metrópole em Natal-
RN, e para os voluntários do grupo comparação após contato inicial através de postagens nas
foi respondido uma vez por participante, após assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido.
questões de sono (média de horas de sono, latência de sono, sono fragmentado, sonolência
alterações de humor, delírios, alucinações), uso de tecnologia (horas de uso de tecnologia para
trabalho e para outros fins, tipo de mídia utilizado e tempo gasto em cada aparelho, as atividades
mais frequentes nesses aparelhos, frequência do uso de redes sociais e para quais funções) e
desempenhadas, horas de trabalho fora do turno habitual) pelos participantes dos dois grupos,
assim como seu interesse em continuar a participar da pesquisa e uma forma de contato para
essa continuidade. Com essa avaliação inicial, mapeamos o perfil da amostra e respondemos
plataforma de teleconferência, como o Zoom ou Google Meet. Cada entrevista foi previamente
agendada e se deu de forma individual e sigilosa, com senha de entrada para a sessão, triagem
62
anterior para confirmar a identidade dos participantes e bloqueio de opções de gravação ou
testes neuropsicológicos foram assegurados todos os cuidados éticos possíveis para garantir o
sigilo dos participantes, com armazenamento em nuvem mediante criptografia e acesso limitado
os links para que os participantes respondessem aos questionários de sono, assim como o
neuropsicológica.
Diário do sono: Foi utilizado para obter um relato diário sobre o sono de um indivíduo, através
despertares noturnos. Os participantes registraram seu sono diariamente por cerca de 14 dias
consecutivos.
queixas relacionadas ao sono (latência de sono, sono fragmentado, sonolência diurna, sono não-
teleconferência.
63
Índice da Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP): Instrumento desenvolvido por Buysse,
Reynolds, Monk, Berman e Kupfer (1989), sendo utilizado para quantificar a qualidade de sono
dos indivíduos. Ele é formado por 10 questões, que devem ser respondidas levando em
consideração o mês anterior à aplicação do teste. A pontuação do IQSP varia de 0 a 20, em que
pontuações de 0-4 indicam boa qualidade do sono, de 5-10 indicam qualidade ruim e acima de
(1991) para avaliar a sonolência diurna, com base em observações quanto à ocorrência e
(1990), que mede preferências individuais de horário na realização de tarefas ao longo de 24h,
cada questão, e soma-se todos os pontos para obter a pontuação final. O escore final é indicativo
64
Para a avaliação dos sintomas psiquiátricos, tanto no grupo de estudo quanto no grupo de
Brasil pelo MAPI Research Institute, 2006. A escala consiste em sete itens compreendendo
vários sintomas de ansiedade, que o sujeito atribui escores de 0 (nunca acontece) a 3 (acontece
quase todos os dias) com base em uma referência de tempo das últimas duas semanas. O escore
população brasileira por Osório, Mendes, Crippa e Loureiro (2009). Consiste em nove questões
(nunca acontece) a 3 (acontece quase todos os dias) com base em uma referência de tempo das
últimas duas semanas. O escore total vai de 0 a 27, sendo 10 identificado como indicativo de
um transtorno depressivo.
Na segunda etapa da avaliação remota, foi realizada a avaliação das funções executivas,
disponibilizado pela Editora Vetor. A escolha desses testes se deu em função das medidas de
segurança vigentes durante a pandemia COVID-19, sendo o combo cognição o único pacote de
às funções executivas. Apesar dos testes descritos a seguir não avaliarem diretamente os
65
domínios de controle inibitório e flexibilidade cognitiva, eles podem ser utilizados para avaliar
a memória operacional, parte fundamental do modelo aqui descrito, assim como processos
exercido pelo controle inibitório. Estudos mais recentes como o de van Moorselaar & Slagter
(2020) refletem a respeito do papel do controle inibitório como uma influência top-down (de
cima para baixo) na inibição de estímulos distratores, em que a atenção seletiva também
função pode ser influenciada pelas representações armazenadas pela memória operacional,
tanto sendo capaz de ressaltar quanto de inibir as informações armazenadas. Esses resultados
são similares ao descrito por Diamond (2013) sobre a forte influência mútua no funcionamento
adequado do controle inibitório e memória operacional. Além disso, van Moorselaar & Slagter
Diamond descreve ainda tanto em Diamond (2013) quanto em Diamond & Ling (2016)
66
atencionais como atenção seletiva e sustentada para a manutenção apropriada dessas funções.
Trabalhos adicionais como o de Kuo et al (2012) apontam que indivíduos respondem mais
entre esses processos para o funcionamento executivo adequado (Kuo et al. 2012).
Spearman (1927) para explicar a correlação positiva entre diversos processos cognitivos
2004; Friedman et al, 2008; Van Aken et al, 2016; Johann, Könen & Karbach, 2020). De acordo
operacional, cujos índices são mais fortemente relacionados a G (Friedman et al, 2008; Van
instrumentos:
Psicológica para Avaliação da Atenção, elaborada por Rueda (2013). O Teste de Atenção
Online é composto de três subtestes que avaliam diferentes tipos de atenção: atenção alternada,
com Diamond (2013), fundamentais para o mecanismo das funções de memória operacional e
67
controle inibitório. Na realização do teste, o voluntário é apresentado a sequências de símbolos
diferentes, porém com elementos similares, e deve identificar apenas um estímulo de acordo
processamento (Jensen & Weng, 1994). O teste é composto por diferentes itens envolvendo
TEM-R avalia a memória operacional verbal e visual. O teste oferece figuras e palavras para
serem memorizados, e o sujeito deve posteriormente recordar quais itens foram apresentados
O grupo de estudo foi composto por programadores adultos voluntários, enquanto o grupo
comparação foi composto por indivíduos adultos voluntários com distribuição de idade e gênero
semelhantes à do grupo de estudo, porém que não fazem uso de computadores, tablets,
contato inicial com os participantes do grupo de estudo se deu através de divulgação por e-mail
68
posteriormente, através da divulgação da pesquisa em redes sociais voltadas a programadores
Após concordarem com o termo de consentimento livre e esclarecido, seja por assinatura
ou por assinalar a opção de aceite do termo no TCLE virtual, os sujeitos de ambos os grupos
do questionário inicial era o de mapear a amostra e levantar informações iniciais sobre essas
questões que possam ser aprofundadas durante a entrevista clínica subsequente. Após o
confirmação do preenchimento do questionário quanto uma cópia de seu TCLE. Para cumprir
Google Meet, em sala privativa, agendada previamente e criptografada com senha, disponível
somente entre o participante e o pesquisador, para resguardar o sigilo dos dados do participante.
Além disso, foram bloqueadas opções para compartilhar ou gravar os dados da entrevista a
69
e foram instruídos quanto ao preenchimento e entrega do diário de sono. Um total de 48
Foi solicitado que o diário do sono fosse preenchido por um período de 14 dias. Foram
disponibilizados métodos de contato por e-mail e telefone através dos quais os participantes
puderam tirar dúvidas quanto aos procedimentos e realizar a entrega do diário do sono. O
número de participantes que cumpriu adequadamente essa etapa e entregaram diários de sono
Vetor (Editora licenciada de testes neuropsicológicos que dispõe de plataforma segura para
avaliação remota) e enviados um link seguro para a realização remota e individual dos testes
neuropsicológicos do Combo Cognição, composto pelo Teste de Atenção Online (AOL), G-38
bateria foi realizada em sua totalidade através da plataforma online para esses testes validada e
foram utilizadas para identificar e classificar a possível privação do sono em todos os indivíduos
dos dois grupos. Aos dados obtidos durante a entrevista, questionários e testes psicológicos
foram assegurados todos os cuidados éticos possíveis para garantir o sigilo dos participantes,
70
com armazenamento em nuvem mediante criptografia e acesso limitado somente aos
nos critérios de exclusão tiveram a avaliação descontinuada. Com esses indivíduos foi realizada
A análise dos dados foi realizada através do programa IBM SPSS (Statistical Package
for Social Sciences) versão 25.0, com nível de significância de 5% atribuído a todos os testes.
Foram realizadas estatísticas descritivas (mediana e frequência) e inferenciais para análise dos
dados.
quanto à frequência pelo teste de McNemar. Os parâmetros obtidos a partir do diário de sono
irregularidade nos horários de dormir e acordar entre semana e fim de semana - obtida pelo
desvio padrão dos horários de dormir e acordar na semana e fim de semana) foram comparados
Para avaliação das funções executivas, os escores finais obtidos pela correção dos testes
71
de Student e da Análise de Variância Fatorial, e correlacionados com o teste de Pearson ou de
de identificar modelos que pudessem explicar a variação dos escores dos testes
subsequentes de regressão backwards para identificar quais dessas variáveis teriam maior peso
72
5. RESULTADOS
é composta de sujeitos do sexo masculino (77,8%), com predominância da faixa etária entre 18
entre participantes dos grupos de estudo e comparação foi significativa (t = 14,45, p<,002),
do que os programadores.
seguir.
73
Viúvo 0 0 0
Escolaridade N (%) N (%) N (%)
EM Completo 3 (4,7%) 1 (2,6%) 2 (8,0%) 5,44/,245
Curso técnico 1 (1,6%) 1 (2,6%) 0
Superior Incompleto 23 (35,9%) 11 (28,9%) 12 (48,0%)
Superior Completo 15 (23,4%) 12 (31,6%) 3 (12,0%)
Pós-graduação 22 (34,4%) 13 (34,2%) 8 (32,0%)
Escolaridade em anos: 17,88 (3,89)
Divide a casa com outras N (%) N (%) N (%)
pessoas? 1,48/,686
Moro sozinho 5 (7,8%) 3 (7,9%) 2 (8,0%)
2-4 pessoas 53 (82,8%) 32 (84,2%) 20 (80,0%)
5-7 pessoas 5 (7,8%) 3 (7,9%) 2 (8,0%)
8-10 pessoas 1 (1,6%) 0 1 (4,0%)
Mais de 10 pessoas 0 0 0
Renda N (%) N (%) N (%)
Sem renda própria 1 (1,6%) 0 1 (4,0%) 8,66/,278
Até 1 SM 2 (3,1%) 2 (5,3%) 0
De 1 a 3 SMs 17 (26,6%) 8 (21,1%) 9 (36,0%)
De 3 a 6 SMs 19 (29,7%) 14 (36,8%) 4 (16,0%)
De 6 a 9 SMs 9 (14,1%) 6 (15,8%) 3 (12,0%)
De 9 a 12 SMs 7 (10,9%) 5 (13,2%) 2 (8,0%)
Entre 12 e 15 SMs 3 (4,7%) 1 (2,6%) 2 (8,0%)
Acima de 15 SMs 6 (9,4%) 2 (5,3%) 4 (16,0%)
Comorbidades N (%) N (%) N (%)
Hipertensão 4 (6,3%) 4 (10,5%) 0 7,23/,204
Diabetes 2 (3,1%) 0 2 (8,0%)
Hipo/Hipertireoidismo 1 (1,6%) 1 (2,6%) 0
Cardiopatia 2 (3,1%) 1 (2,6%) 1 (4,0%)
Insuficiência Renal 0 0 0
Não apresento 48 (75%) 29 (76,3%) 18 (72,0%)
Outra 7 (10,9%) 3 (7,9%) 4 (16,0%)
Histórico Neurológico N (%) N (%) N (%)
Presente 6 (9,4%) 6 (15,8%) 0 4,53/0,33
Ausente 58 (90,6%) 32 (84,2%) 25 (100%)
Histórico Psicológico N (%) N (%) N (%)
Ausente 32 (50%) 22 (57,9%) 10 (40,0%) 5,95/,203
Ansiedade 6 (9,4%) 3 (7,9%) 7 (28,0%)
74
Terapia 10 (15,6%) 3 (7,9%) 3 (12,0%)
Múltiplas razões 5 (7,8%) 4 (10,5%) 4 (16,0%)
Outros¹ 11 (17,2%) 6 (15,8%) 1 (4,0%)
¹TDAH, Transtorno de Estresse
Pós-Traumático, Depressão
tecnologia pela amostra geral. A média relatada de horas de uso durante o tempo livre foi de
5,66 (σ=3,20), e a média para o trabalho foi de 6,39 (σ= 3,18), totalizando 12,05 horas gerais
de uso de tecnologia ao longo do dia, em média, para a amostra coletada. Para o grupo de
estudo, a média de horas de uso de tecnologia fora do horário de trabalho foi de 5,33h (σ=2,81),
75
e de 7,86h (σ=7,86) para uso dentro do horário de trabalho. Para os participantes do grupo de
comparação, as horas de uso de tecnologia foram de 6,12h (σ=3,71) no tempo livre e 4,20h
todo. Na amostra geral, 89,4% dos participantes de ambos os grupos confirmaram fazer uso de
tecnologia até logo antes de dormir. Desses, 52,6% afirmaram utilizar o celular na cama até
sentir sono; 23,7% descreveram usar o computador; 2,6% utilizam videogames; e 10,5%
relatam assistir televisão até sentirem sono. No grupo de estudo, 88,8% relataram fazer uso de
tecnologia até ficar sonolentos, com 58,3% utilizando o celular e 19,4% o computador. No
grupo de comparação, 86,7% dos participantes afirmaram fazer uso de tecnologia antes de
dormir, com 46,7% afirmando utilizar primariamente o celular, e 30% utilizando o computador.
frequentes realizadas ao longo do dia estão a checagem de e-mails pessoais, o acesso a redes
sociais, ouvir música, navegar na internet por lazer e acessar serviços de streaming (transmissão
de programas pela internet). O principal motivo citado para o uso de tecnologia nos dois grupos,
além do trabalho, foi para entretenimento, mencionado por 61,90% da amostra, seguido de
76
Média de horas de uso de tecnologia por dia
14 13,19
12 10,32
10
7,86
8 6,12
6 5,33
4,2
4
2
0
Grupo de Estudo Grupo Comparação
Horas totais/dia Uso para Lazer/dia Uso para Trabalho/dia
Figura 1. Médias de horas de uso de tecnologia por dia para ambos os grupos.
Na imagem acima, o eixo das abcissas corresponde às horas de uso de tecnologia totais
por dia, assim como o uso para o trabalho ou lazer. O eixo das ordenadas corresponde à
comparação.
sessão 6.7.1.
analisamos a prevalência desses fatores entre os participantes da amostra. A maior parte (66%)
77
escalas (31,2% da amostra geral tanto para depressão quanto para ansiedade) apresentou escores
significativamente mais altos do que o restante de seus respectivos grupos (de estudo ou de
possibilidade de vieses.
mais altas do que o escore médio de seus respectivos grupos, como detalhado na tabela 3. A
diferença entre os escores de ambas as escalas foi significativa tanto entre Comparação+ e
escalas não foram significativas. Esses resultados são indicativos de que uma porcentagem
significativa dos indivíduos pesquisados apresenta sintomas depressivos e/ou ansiosos a nível
patológico que podem interferir nos parâmetros de sono e funcionamento executivo, e que essa
quanto para o grupo de comparação são sugestivos de fadiga excessiva em relação à norma da
população brasileira. A diferença entre os escores dos grupos não foi significativa, o que indica
78
que tanto programadores quanto não-programadores apresentaram níveis similares de fadiga
excessiva.
PHQ-9
Geral: 7,81±5,74 6,33±4,86 10,41±6,37 -8,667/,000²* -2,465/,018¹
Grupos+:
14,93±3,71 14,50±2,66 15,22±4,41 -5,665/,000³* -357/,726¹
Grupo médio:
4,47±2,57 4,29±2,56 5,00±2,72 -667/,510¹
Legenda: Valores gerais se referem aos escores da amostra geral. Valores de Grupo+ se referem
exclusivamente aos participantes com maiores índices em cada grupo amostral. Valores de Grupo médio se referem
aos índices de cada grupo amostral excluindo-se os participantes com escores mais altos. Valores de t
correspondentes aos resultados do Teste T de Student. ¹ = valores de t referentes a comparações entre grupos
amostrais (estudo x comparação). ² = valores de t referentes a comparações intra-grupo (grupo+ x grupo médio)
79
para o grupo de estudo. ³ - valores de t referentes a comparações intra-grupo (grupo+ x grupo médio) para o grupo
A caracterização dos hábitos de sono dos voluntários é realizada através das questões
geral é de aproximadamente 6,8h (σ = 0,99) o que coloca a amostra geral numa posição limítrofe
entre restrição do sono e número mínimo de horas recomendadas de sono por noite.
Considerando-se a divisão por grupos, a média de horas de sono do grupo controle foi de 6,9h
(σ = 1,13), e a média de horas de sono do grupo de estudo foi de 6,7h (σ = 0,95). A diferença
No grupo de estudo, 72,41% dos voluntários relatou ter tido a saúde mental afetada
negativas de sua saúde mental na pandemia, com 64,70% classificando esse impacto como
grave. A diferença entre esses valores não foi significativa estatisticamente (x²[4] = 3,043,
p<,551).
80
Mais detalhes a respeito dos escores de cada um dos questionários se encontram na
tabela 4 a seguir, assim como mais detalhes a respeito dos resultados de IQSP, de Epworth e do
Em relação à qualidade do sono, os índices foram avaliados a partir dos escores dos
participantes no IQSP. Tanto a média da amostra geral quanto as médias dos grupos de estudo
prevalente em toda a população pesquisada. A diferença entre as médias dos dois grupos não
que apresentaram índices mais próximos da média brasileira e os que apresentaram índices
bastante prejudicados (t=-,5839, p< ,000), o que sugere variância no relato da qualidade do sono
dentro dessa população. Mais detalhes da distribuição de escores por grupos na Figura 2 abaixo:
Figura 2. Histograma representando a distribuição de escores do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP) por grupo.
81
Na figura acima, o eixo das abcissas corresponde aos escores dos voluntários no IQSP,
população avaliada. O grupo de estudo é identificado pela cor azul, e o grupo de comparação
pela cor vermelha. A média de IQSP para a amostra geral foi de 6,50±3,18. Para o grupo de
estudo, a média foi de 6,24±3,06. Já para o grupo de comparação, foi de 6,94±3,43. A diferença
entre os grupos não foi significativa de acordo com o valor de u no teste de Mann-Whitney (u
= 199,500/ p<,281). O teste de Mann-Whitney foi utilizado para analisar os resultados de IQSP
devido à distribuição dos escores não seguir a distribuição normal de acordo com o teste de
Shapiro-Wilk.
Epworth, detalhados mais a fundo na Figura 3 a seguir. Houve significância na diferença entre
as médias dos dois grupos nos escores de Epworth (t= -7,790, p = ,000), com sugestão de
maiores prejuízos por parte dos participantes do grupo de comparação. É possível que esses
resultados ocorram em função da diferença de distribuição entre os dois grupos, como pode ser
visto com mais detalhes na figura mais abaixo. Também é possível, considerando os efeitos do
período pandêmico sobre os hábitos dos participantes, que o uso de tecnologia mais tardio pelos
Importante notar que também foi constatada diferença significativa entre programadores
mais sonolentos e menos sonolentos (t=-8,077, p<,000), o que sugere que alguns programadores
sejam mais suscetíveis à sonolência relacionada à privação do sono crônica do que outros.
82
Figura 3. Histograma representando a distribuição de escores da Escala de Sonolência de Epworth (ESE) por grupo amostral.
Na imagem acima, o eixo das abcissas corresponde aos escores dos voluntários na ESE,
população avaliada. O grupo de estudo é identificado pela cor azul, e o grupo de comparação
pela cor vermelha. A média de ESE para a amostra geral foi de 11,76±11,36. Para o grupo de
estudo, a média foi de 5,21±3,59. Para o grupo de comparação, foi de 22,94±11,40. A diferença
entre os grupos foi significativa de acordo com o valor de t no Teste t de Student (-7,790¹/
p<,000).
distribuição dos cronotipos pela amostra geral, a maioria foi de moderadamente vespertinos a
83
comparação aos participantes do grupo de comparação, como pode ser visto na Figura 4 mais
ligeira maioria.
como moderadamente vespertinos, com nenhum tendo sido classificado como definitivamente
matutinos. A diferença entre as médias dos dois grupos não foi significativa através do Teste T
Figura 4. Histograma da distribuição de escores de cronotipo para os grupos de estudo e comparação. Histograma da
distribuição de escores de cronotipo para os grupos de estudo e comparação.
Na imagem acima, o eixo das abcissas corresponde aos escores dos voluntários no
Questionário de Vespertinidade e Matutinidade, enquanto o eixo das ordenadas corresponde à
frequência da distribuição dos escores. A indicação é majoritariamente de cronotipo
intermediário. A média de escores de cronotipo para a amostra geral foi de 51,21±10,85. Para
84
o grupo de estudo, a média foi de 51,45±11,26. Para o grupo de comparação, foi de
50,33±10,31.
Uma análise mais aprofundada dos padrões e da duração do sono foi realizada com base
no relato obtido através do diário do sono. Dos 48 participantes que completaram a etapa de
sono recebidos, 2 foram excluídos por estarem incompletos, resultando em um uma amostra
variáveis, elas foram avaliadas de acordo com o teste T de Student ou com o teste de Mann-
Tabela 4. Resultados da análise dos componentes do diário do sono para a amostra geral.
85
Semana 24:08 ± 1:37 24:07 ± 1:35 24:09 ± 1:43 -0,75¹/,941
Fim de 24:07 ± 1:39 23:55 ± 1:30 24:27 ± 1:50 115,00²/,126
Semana
Latência
Estimada (Em
minutos)
Semana 20,53 ± 15,26 9,78 ± 18,52 23,57 ± 8,72 147,00²/,446
Fim de 21,27 ± 23,27 17,51 ± 11,82 27,05 ± 34,67 -1,222¹/,230
Semana
Fragmentação do
Sono (Episódios) 10,08 ± 15,26 10,30 ± 18,52 9,73 ± 8,72 147,500²/,453
Horário de
Despertar
(hh:mm)
Semana 07:43 ± 1:14 07:25 ± 1:09 08:11 ± 1:14 -1,957¹/,058
Fim de 08:09 ± 1:31 07:49 ± 1:20 08:40 ± 1:40 -1,712¹/,095
Semana
Horário de
Levantar
(hh:mm)
Semana 08:06 ± 1:22 07:49 ± 1:19 08:32 ± 1:21 -1,511¹/,140
Fim de 08:32 ± 1:31 08:13 ± 1:22 09:02 ± 1:39 -1,643¹/,109
Semana
Sono Total
Estimado (em
minutos)
Semana 421,8 ± 47 420,6 ± 40 424,2 ± 58 -,341¹/,735
Fim de 432 ± 64 431,4 ± 59 432 ± 73 ,063¹/,950
Semana
Irregularidade
(Delta)
Deitar 0,04 0,04 0,05 115,00²/,089
Dormir 0,05 0,05 0,05 144,00²/,408
86
Acordar 0,04 0,03 0,06 92,00²/,016*
Levantar 0,05 0,03 0,07 99,00²/,028*
Latência 11,59 8,88 15,74 141,00²/,359
Tempo na 0,02 0,02 0,02 ,346¹/,744
Cama
Legenda: Os horários de deitar, dormir, de uso de tecnologia, de despertar e de acordar são apresentados
pela média dos horários de todos os participantes do diário do sono, não em quantidade de horas totais. A latência
e o sono total são expressos através do total em minutos. A fragmentação do sono é representada em episódios por
semana. A Irregularidade é representada pelo valor de delta, calculado a partir da diferença no desvio padrão dos
horários de deitar, dormir, acordar, levantar, latência e do tempo de cama entre o registrado no fim de semana e na
teste de Mann-Whitney é de acordo com a distribuição dos dados avaliada através do teste de Shapiro-Wilk.
semana para os horários de deitar, dormir, utilizar tecnologia, acordar ou levantar, nem da
latência ou do total de sono estimado entre os dois grupos. Da mesma forma, não foi encontrada
diferença significativa na média dos horários da semana ou do fim de semana, incluindo latência
e tempo de sono total, entre o grupo de estudo e de comparação. Não foram identificadas
sonolência diurna nem na frequência e duração de cochilos entre os dois grupos durante o
período de duas semanas coletado. Cochilos foram comuns tanto no grupo de estudo quanto de
apenas as diferenças entre as irregularidades de acordar e levantar dos dois grupos são
0,28 para o horário de levantar) de acordo com o teste de Mann-Whitney. Esse resultado é
87
levantar quando comparados a não-programadores, o que é sugestivo de alterações no timing
testes. O resultado obtido foi de acordo com os critérios da Tabela de Percentis de 2017 da
região Nordeste, a mais atualizada para a faixa etária e localização geográfica disponível na
plataforma da Editora Vetor para o Combo Cognição. Os resultados da amostra geral foram
grupo de estudo foram no geral superiores aos escores do grupo de comparação, com a única
exceção sendo o teste de AOL-C, em que a média do grupo controle foi ligeiramente superior
(56,96±5,56 > 55,50±11,80), sugerindo desempenho menos acurado por parte dos
dois grupos não apresentou valor significativo para nenhum dos testes neurocognitivos, tendo
todos os testes [TEM-R (t=-,7068, p<,000); AOL-A (t=-7,126, p<,000); AOL-C (t=-4,065,
p<,001); AOL-D (t=-6,046, p<,000); G-38 (t=-5,219, p<,000)]. No entanto, a diferença entre
mais e menos afetados pelos índices de irregularidade dos horários do sono, má qualidade do
88
sono ou sonolência, o que implica que nenhum desses fatores do sono seja o preditor principal
É possível que uma conjunção de fatores influa nas variações de desempenho cognitivo
qualidade do sono,. Esses resultados são discutidos mais a frente, na seção 6.8.1.4, em relação
Mais detalhes a respeito dos resultados gerais dos testes neuropsicológicos na Tabela 5,
Tabela 5. Média, desvio padrão, valor de t e de p para a amostra geral e por grupo no protocolo
neuropsicológico (Combo Cognição).
Legenda: AOL = Teste de Atenção Online. AOL-A = Teste de Atenção Online, subitem de Atenção
Alternada. AOL-C = Teste de Atenção Online, subitem de Atenção Concentrada. AOL-D: Teste de Atenção
Online, subitem de Atenção Dividida. G-38 = Teste Não-Verbal de Inteligência G-38. TEM-R = Teste de Memória
89
6.7 Comparações adicionais entre grupos de estudo e comparação
número de horas de uso de tecnologia durante o período pandêmico em função das normas de
Como comparativo, 48,27% dos programadores notaram fazer mais uso de tecnologia durante
esse período, com a maioria (51,72%) afirmando que seu uso não mudou significativamente
por ambos os grupos foi significativa (t = 5,361; p = ,001), assim como o aumento da frequência
de uso durante o período pandêmico (x²[2] = 11,519, p<,003). Esses resultados sugerem que,
apesar dos membros do grupo de comparação terem mudado drasticamente seus hábitos de uso
de tecnologia, o grupo de estudo ainda utiliza tecnologia por mais tempo para o trabalho e como
aproximadamente 52,8% dos programadores avaliados utiliza filtros de luz azul em seus
dispositivos eletrônicos, enquanto 2,8% utilizam um programa para limitar suas horas de uso
ao longo do dia. Os 44,4% restantes não fazem uso de nenhum recurso citado. Entre os não-
programadores, apenas 43,3% faz uso de filtros de luz azul, com a maioria de 56,7% não
utilizando nenhum recurso para limitar a exposição à luz dos dispositivos. Nenhum recurso para
limitar as horas de uso de tecnologia foi mencionado pelos participantes do grupo comparação.
Por fim, em relação ao perfil de trabalho do grupo de estudo, a maior parte dos
(39,5%), com uma porcentagem significativa (26,3%) que trabalha acima de 40 horas. A
maioria segue uma jornada de trabalho habitual na faixa entre 8h e 19h, com aproximadamente
18,4% relatando trabalhar no turno noturno, até meia noite com uso da internet. Além da carga
90
horária da empresa, trabalho freelance (comissionado) é comum, com uma média de 5,76 horas
(σ=8,18) dedicadas a esse tipo de função ao longo da semana, focadas primariamente no horário
entre 18h-24h, o que resulta em horas adicionais de uso de tecnologia para a escrita do código
programador, como funções administrativas, em que 76,2% da amostra declarou ainda fazer
Em adição a esses pontos, a maior parte dos profissionais avaliados declarou estudar
código fora do horário de trabalho para exercer suas funções, o que é correspondente a mais
horas de uso de internet, visto que as informações para esses estudos se encontram
primariamente online. A média de horas de estudo de código por semana, além do horário de
trabalho, foi de 9,05 (σ= 15,29). Horas extras também foram citadas como frequentes
longo da semana foi de 6,26 (σ= 15,73) para a amostra coletada. No total, a média de horas de
Escolaridade no grupo de estudo [x² = 26,464, p<,004; 42,045, p<,000; x² = 25,284, p<,009; ρ
91
mais velhos apresentarem mais anos de escolaridade, assim como maior índice de
dos participantes (x²= 22,225, p<,024) e ao tempo total de escolaridade (F[5,58]= 2,351;
Renda
Faixa Mensal Histórico Tempo total
Etária (em de de
(em Estado Escolaridade salários- Doenças escolaridade
Gênero anos) Civil (categoria) mínimos) Crônicas² (em anos)²
Faixa Etária (em x² de Pearson 3,481 1 26,464** 42,045* 29,704 0,293 25,284**
anos)
N 38 38 38 38 38 38 38
**
Estado Civil x² de Pearson ,313 26,464 1 16,955 18,174 0,079 10,351
N 38 38 38 38 38 38 38
Escolaridade x² de Pearson 1,007 42,045* 16,955 1 25,093 22,225* ,509*²
(categoria)
N 38 38 38 38 38 38 38
Renda Mensal x² de Pearson 6,362 29,704 18,174 25,093 1 0,235 25,000
(em salários-
mínimos)
Sig. (2 0,360 0,195 0,462 0,223 0,156 0,081
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38
92
Tempo total de Correlação de -0,067 0,293 0,079 ,509** 0,235 [5,58] 1
escolaridade (em Pearson/F de 2,351
anos) Fisher
Sig. (2 0,689 0,074 0,636 0,001 0,156 0,052
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38
Legenda: x² referente ao valor de x² no teste de Qui-Quadrado Independente. Coeficiente de correlação referente
ao ρ de Pearson como aplicado no teste de correlação ponto-biserial. Entre as variáveis de Escolaridade em anos
e Histórico de doenças crônicas, o valor apresentado se refere ao F de Fisher devido à quantidade de grupos. * =
p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
93
6.8.2 Correlações entre dados sociodemográficos e questionários de humor e fadiga no grupo
de estudo
as variáveis de Uso de Álcool (F[2,27]= 3,876; p<,033) e Uso de Cigarros (F[2,27]= 3,441; p<,047)
e os escores em GAD-7, sugerindo uso mais frequente dessas substâncias entre programadores com
maiores índices de ansiedade. Similarmente, a frequência de atividades físicas também foi maior entre
os programadores mais ansiosos, tanto em relação ao escore bruto de GAD-7 (F[3,26]= 4,438;
p<,012) quanto em relação ao grupo de Programadores+ para ansiedade (x² = 9,445; p<,024).
De forma semelhante grupo de Programadores+ tanto para depressão (x² = 5,972; p<,057)
quanto para ansiedade (x² = 7,861; p<,020) apresentou associação significativa com o uso de álcool,
reafirmando a ligação entre esse uso mais frequente e alterações de humor na população estudada.
Mais detalhes a respeito desses resultados podem ser encontrados na Tabela 7 abaixo.
N 30 30 30 30 30
Escores F de Fisher [4,25] [1,28] [2,27] [2, 27] [3,26]
no GAD-7 1,424 ,003 3,876* 3,441* 4,438*
N 30 30 30 30 30
*
Depressão x² de Pearson 4,144 0,003 5,972 5,004 5,416
por
Grupo+
94
Sig. (2 0,387 0,843 0,057 0,082 0,144
extremidades)
N 30 30 30 30 30
*
Ansiedade x² de Pearson 4,261 0,067 7,861 5,308 9,445*
por
Grupo+
Sig. (2 0,372 0,795 0,020 0,070 ,024
extremidades)
N 30 30 30 30
Legenda: F de Fisher referente ao valor de F no teste Anova-One Way. x² referente ao valor de x² no teste de Qui-
Quadrado Independente. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com
análise do SPSS
95
6.8.3 Correlações entre os dados sociodemográficos e variáveis do sono no grupo de estudo
semana (ρ =,329, p<,044), o que sugere maiores índices de latência e um horário de despertar médio
mais tardio entre esses participantes. Em adição a isso, verificamos correlações entre o Uso de
Medicação e o escore de IQSP (ρ = ,434, p<,003), o que sugere maiores prejuízos à qualidade do sono
de Fragmentação do sono (ρ =,323, p<,048), o que sugere maior frequência de fragmentação do sono
entre os participantes de maior escolaridade. Esse mesmo fator foi negativamente correlacionado ao
Horário de Deitar no fim de semana (ρ = -,448, p<,005) e ao Horário de Acordar no fim de semana
(ρ = -,323, p<,048), o que sugere que os participantes de escolaridade mais alta apresentem horários
Correlações negativas significativas foram encontradas para o grupo de estudo entre o Gênero
e o Horário de Deitar no fim de semana (-,325, p<,047), o que sugere que as programadoras tendam
a deitar mais tarde durante esses dias do que seus colegas homens. Correlação similar foi atestada
entre o tempo total de escolaridade e o horário de deitar no fim de semana (ρ = -,448, p<,005), o que
sugere um horário de deitar mais tardio entre os participantes com escolaridade mais baixa.
A Faixa Etária foi associada ao horário de acordar durante a semana [F[4,18]= 4,067; p<,016]
e ao horário de deitar durante o fim de semana [F[4,18]= 5,312; p<,005], o que indica que a idade dos
3,400; p<,031), sugerindo que participantes mais jovens a apresentem maiores índices de
irregularidade entre os horários de sono e despertar da semana e do fim de semana que participantes
mais velhos.
96
Por fim, o estado civil dos participantes foi associado à latência durante a semana (F [3,19]=
97
Tabela 8. Correlações e Associações entre dados sociodemográficos e parâmetros de sono no grupo de estudo.
Índice
de Horas
Qualida Escala Fragment Totais Horári Horári Irregulari
de do de Latênci ação do Horário Horário de Horári o de o de Horas Irregulari Irregularid Irregularida dade do
Sono de Sonolên a sono de de Sono o de Latênc Acord Levant Totais dade do ade do de do Horário
Pittsbur cia de (Sema (episódios Acordar Levantar (Sema Deitar ia ar ar de Sono Horário Horário de Horário de de
gh Epworth na) /período) (Semana) (Semana) na) (FDS) (FDS) (FDS) (FDS) (FDS) de Deitar Dormir Acordar Levantar
Faixa F de Fisher [4,24] [4,24] [4,18] 0,076 [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18]
Etária 1,646 2,178 ,874 4,067* 2,007 1,567 5,312* ,422 2,275 1,415 1,438 1,105 40,994** 5,210** 3,400**
(em anos)
Sig. (2 0,195 0,102 0,499 0,652 0,016 0,137 0,226 0,005 0,791 0,101 0,269 0,262 0,385 0,000 0,006 0,031
extremidad
es)
N 46 46 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Estado F de Fisher [3,25] [3,25] [3,19] -0,051 [3, 19] [3,19] [3,19] [3,19] [3,19] [3,19] [3,19] [3,19] [3,19] [3,19] [3,19] 1,760 [3,19]
Civil ,041 ,674 16,072 ,784 1,654 ,946 868 ,480 1,700 1,415 ,621 1,591 1,452 ,851
**
Sig. (2 0,988 0,576 0,000 0,760 0,518 0,211 0,438 0,475 0,700 0,201 0,269 0,610 0,224 0,259 0,189 0,483
extremidad
es)
N 46 46 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
** *
Gênero¹ Correlação -0,069 ,378 -0,066 -0,031 -0,048 0,040 0,202 -,325 -0,004 -0,063 -0,054 0,079 0,050 -0,130 -0,052 -0,042
de Pearson
Sig. (2 0,649 0,010 0,694 0,854 0,773 0,811 0,225 0,047 0,979 0,707 0,746 0,638 0,768 0,437 0,758 0,801
extremidad
es)
N 46 46 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
* ** *
Tempo Correlação 0,168 -0,031 -0,096 ,323 -0,245 -0,209 0,008 -,448 -0,029 -,323 -0,272 -0,023 -0,090 -0,222 0,010 0,061
total de de Pearson
escolarida
de (em Sig. (2 0,269 0,839 0,566 0,048 0,138 0,207 0,961 0,005 0,864 0,048 0,099 0,889 0,589 0,180 0,955 0,716
anos)¹ extremidad
es)
98
N 45 45 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
** * * ** ** **
Uso Correlação ,434 0,205 ,344 0,006 ,329 0,302 -0,132 0,189 0,211 0,263 0,279 -0,095 ,478 ,426 ,430 ,382*
Diário de de Pearson
Medicaçã
o¹ Sig. (2 0,003 0,173 0,035 0,970 0,044 0,066 0,428 0,255 0,204 0,110 0,090 0,568 0,002 0,008 0,007 0,018
extremidad
es)
N 46 46 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Legenda: F de Fisher referente ao valor de F no teste Anova-One Way. ¹ =Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson como aplicado no teste de correlação ponto-
biserial. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS
99
6.8.4 Correlações entre os dados sociodemográficos e as variáveis cognitivas no grupo de estudo
cognitivas no grupo de estudo. A primeira foi a correlação positiva moderada entre o escore de AOL-
D e o tempo de escolaridade em anos (ρ = ,579; p<,005), que sugere melhor desempenho em atenção
participantes [F (1) = 4,055; p<,044], que sugere melhor desempenho em memória operacional entre
participantes homens do que entre participantes mulheres. É possível, no entanto, que essa diferença
Figura 5. Gráfico em barras comparando os escores no teste TEM-R de acordo com a variável gênero no grupo de estudo.
100
Figura 6. Gráfico de dispersão ilustrando a correlação entre os escores no teste AOL-D e a variável Tempo total de escolaridade no
grupo de estudo.
101
6.8.5 Correlações entre as variáveis de sono, humor e fadiga no grupo de estudo
em PHQ-9 e GAD=7 (ρ = ,593, p<,003; ρ = ,628, p<,001 respectivamente), o que sugere que maiores
relataram maiores índices de depressão (ρ = ,628, p<,001), mas não significativamente aos que
relataram maiores índices de ansiedade (ρ = ,514, p<,012), o que sugere uma associação mais forte
p<,046) e aos escores em PHQ-9 (ρ = ,396, p<,034), sugerindo pior qualidade do sono entre os
Dormir (ρ = ,436, p<,038), Acordar (ρ = ,457, p<,028) e Levantar (ρ = ,464, p<,026), o que sugere
maiores queixas relacionadas à fadiga entre os participantes de horários mais irregulares do grupo de
estudo.
Por fim, o escore em GAD-7 foi negativamente correlacionado ao Horário de Dormir no fim de
semana (ρ = -,423, p<,044), o que indica um horário de despertar mais matutino entre os participantes
O índice de IQSP também foi associado ao grupo de Programadores+ tanto em relação aos
escores de ansiedade [F (1,44) = 5,928; p<,019] quanto de depressão [F (1,44) = 4,372; p<,042], o
que é indicativo de índices mais pronunciados de má qualidade do sono entre os indivíduos mais
102
Similarmente, o grupo de Programadores+ com maiores índices de ansiedade apresentou
associações adicionais com as variáveis de horas totais de sono durante a semana [F (1,36) = 3,934;
p<,055), latência no fim de semana [F (1,36) = 4,979; p<,032) e irregularidade da latência (F (1,36)
= 5,584; p<,024), indicando influência da sintomatologia ansiosa sobre a latência e o tempo de sono
desses indivíduos. Os Programadores+ com maiores índices de depressão, por sua vez, apresentaram
4,881; p<,034], o que sugere maior disparidade entre esses horários na semana para o fim de semana
Tabela 9. Correlações e Associações entre variáveis de humor e variáveis do sono no grupo de estudo
N 29 29 29 29 29
Correlação de
0,157 ,593** ,628** ,628** ,514*
Pearson
Fragmentação do
sono
Sig. (2
(episódios/período) 0,476 0,003 0,001 0,001 0,012
extremidades)
N 23 23 23 23 23
Correlação de
0,068 -0,331 -,423* [1,45] ,021 [1,36] 1,589
Pearson
Horário de Dormir
(Fim de Semana) Sig. (2
0,759 0,123 0,044 0,884 0,216
extremidades)
N 23 23 23 23 23
Horas Totais de Correlação de -0,266 -0,029 0,144 [1,36] 3,934* [1,36]
Sono (Semana) Pearson ,933
103
Sig. (2 0,219 0,897 0,511 0,055 0,341
extremidades)
N 23 23 23 23 23
Latência (Fim de Correlação de 0,161 0,403 0,359 [1,36] 4,979* [1,36]
Semana) Pearson ,028
N 23 23 23 23 23
Correlação de
,436* 0,077 -0,059 [1,36] ,321 [1,36] ,155
Pearson
Irregularidade do
Horário de Dormir Sig. (2
0,038 0,728 0,79 0,574 0,574
extremidades)
N 23 23 23 23 23
Correlação de [1,36]
,457* 0,181 -0,005 [1,36] ,041
Pearson 4,410*
Irregularidade do
Horário de
Sig. (2
Acordar 0,028 0,409 0,983 0,841 0,043
extremidades)
N 23 23 23 23 23
Correlação de [1,36]
,464* 0,242 0,079 [1,36] ,008
Irregularidade do Pearson 4,881*
Horário de
Sig. (2
Levantar 0,026 0,267 0,718 0,927 0,034
extremidades)
N 23 23 23 23 23
N 23 23 23 23 23
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. ¹= Coeficiente de correlação correspondente ao F de
Fisher em análise realizada através de ANOVA One-Way. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** =
p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
averiguadas na amostra geral. Dentre elas, a Irregularidade do Tempo de Cama foi moderadamente e
Similarmente, há indicações de que o desempenho em AOL-D tenha sido menor entre participantes
com horário de acordar mais tardio durante a semana (ρ =,-344, p<,046). Mais detalhes a respeito
desempenho em AOL-A (ρ = ,446, p<,037), o que indica melhor desempenho em atenção alternada
apresentaram maior distoância na latência da semana para o fim de semana. Similarmente, foi
dormir da semana para o fim de semana. O desempenho em TEM-R também foi positivamente
correlacionado aos escores de Epworth (ρ = ,431, p<,045), sugerindo melhor desempenho entre os
Entre as correlações negativas, tanto as horas de sono totais no fim de semana quanto a
executivo geral. Por fim, o escore em Epworth também foi negativamente correlacionado ao
desempenho em AOL-D (ρ = -,504, p<,017), sugerindo maiores prejuízos em atenção dividida entre
105
Tabela 10. Correlações entre as variáveis do sono e escores neuropsicológicos no grupo de estudo
Correlação de
,431* -0,19 0,139 -,504* 0,143
Escala de Pearson
Sonolência de
Epworth Sig. (2
0,045 0,396 0,536 0,017 0,527
(Pós-COVID) extremidades)
N 22 22 22 22 22
Correlação de
-0,312 -0,107 0,248 0,185 -,548**
Pearson
Horas Totais
de Sono (Fim
Sig. (2
de Semana) 0,158 0,637 0,266 0,411 0,008
extremidades)
N 22 22 22 22 22
Correlação de
,457* -0,137 -0,286 -0,193 0,181
Pearson
Irregularidade
do Horário de
Sig. (2
Dormir 0,032 0,542 0,196 0,39 0,42
extremidades)
N 22 22 22 22 22
Correlação de
-0,147 ,446* 0,246 0,258 0,003
Pearson
Irregularidade
da Latência Sig. (2
0,513 0,037 0,27 0,246 0,99
extremidades)
N 22 22 22 22 22
Correlação de
-0,271 -0,035 0,121 0,127 -,560**
Irregularidade Pearson
de Tempo
Total na Sig. (2
0,223 0,877 0,592 0,574 0,007
Cama extremidades)
N 22 22 22 22 22
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
6.8.7 Correlações entre as variáveis de sono e variáveis de uso de tecnologia no grupo de estudo
uso de tecnologia, em especial para o trabalho. Entre os resultados encontrados, os escores da Escala
106
de Sonolência de Epworth foram positivamente e significativamente correlacionados às horas de uso
de tecnologia para o trabalho (ρ =-,599, p<,000), o que sugere que horas prolongadas de uso de
adição a isso, os escores de Epworth ainda foram negativamente correlacionados às horas de trabalho
por semana (ρ = -,537, p<,000) e às horas de estudo de código (ρ = -,545, p<,000), o que sugeriria
que participantes com maiores índices de sonolência dedicam menos horas por semana a essas tarefas.
irregularidade relacionado ao trabalho comissionado extra e à extensão das horas de trabalho dos
quantidade de Horas Extras por semana (ρ = ,348, p<,032), o que indica maior irregularidade entre
os programadores que relatam maior frequência de Horas Extras. A frequência de uso de Tecnologia
durante a semana também foi correlacionada à frequência de Horas Extras (ρ = ,403, p<,012),
sugerindo maior uso de tecnologia entre os participantes que relatam mais horas extras semanais.
Estudo de Código (ρ = -,399, p<,014), sugerindo que o uso de tecnologia no tempo livre seja mais
frequente entre os programadores que dedicam menos tempo estudando código. Similarmente, tanto
Horário Usual de Trabalho [(ρ = -,348, p<,032) e (ρ = -,338, p<,038) respectivamente], sugerindo
maior irregularidade dos horários de início do sono entre os participantes com horários de trabalho
mais tardios.
Mais informações a respeito desses índices mais importantes na Tabela 11 a seguir, com os
107
Tabela 11. Correlações entre as variáveis do sono e de uso de tecnologia para o trabalho no grupo de
estudo
Horas Horas
de de
Horas de Trabalh Estudo
Uso de Horas de Horas Horas de o em de Horário Horas
Tecnologi Uso de de Trabalho Outras Código Usual de Extras
a ao Tecnologi Trabalh Freelanc Funções por Trabalho por
Longo do a para o o por e por por Seman (categoria Seman
Dia Trabalho Semana Semana Semana a ) a
Escala de Correlação 0,192 -,599** -,537** -0,270 0,002 -,545** -0,174 -0,257
Sonolência de Pearson
de Epworth
(Pós- Sig. (2 0,206 0,000 0,000 0,070 0,992 0,000 0,248 0,084
COVID) extremidades
)
N 45 46 46 46 29 46 46 46
Horário em Correlação 0,270 0,168 0,015 0,301 0,244 0,204 -0,053 ,403*
que usou de Pearson
tecnologia
(Semana) Sig. (2 0,106 0,315 0,929 0,066 0,261 0,218 0,752 0,012
extremidades
)
N 37 38 38 38 23 38 38 38
*
Horário em Correlação 0,112 -0,144 -0,257 0,029 0,181 -,399 0,069 -0,211
que usou de Pearson
tecnologia
(Fim de Sig. (2 0,514 0,394 0,124 0,865 0,421 0,014 0,685 0,210
Semana) extremidades
)
N 36 37 37 37 22 37 37 37
*
Irregularidad Correlação 0,239 -0,054 -0,070 0,014 -0,151 0,041 -,348 0,088
e do Horário de Pearson
de Deitar
Sig. (2 0,153 0,747 0,677 0,932 0,490 0,809 0,032 0,601
extremidades
)
N 37 38 38 38 23 38 38 38
** *
Irregularidad Correlação 0,164 0,110 0,148 ,514 0,117 0,115 -,338 ,348*
e do Horário de Pearson
de Dormir
Sig. (2 0,333 0,512 0,376 0,001 0,594 0,493 0,038 0,032
extremidades
)
N 37 38 38 38 23 38 38 38
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS
108
6.8.8 Correlações entre as variáveis sociodemográficas no grupo comparação
foram semelhantes às encontradas no grupo de estudo. Associações entre Faixa Etária x Estado Civil
(x² [8] = 20,431; p<,006), Faixa Etária x Escolaridade (x² [12] = 25,770; p<,003) e Estado Civil x
Escolaridade (x² [6] 13,768; p<,032), assim como a correlação encontrada entre Faixa Etária x Tempo
Total de Escolaridade (ρ =,588; p<,003), são portanto similarmente indicativas de que o nível de
sérios e apresentar mais anos de escolaridade total que indívuos mais jovens.
Os principais índices mencionados podem ser encontrados na tabela a seguir, com os demais
encontrados no Apêndice F.
N 25 25 25 25 24
**
Estado Civil x² de Pearson [2] 205 [8] 1,000 [6] 13,768 0,342
20,431
N 25 25 25 25 24
**
Escolaridade x² de Pearson [3] [12] 25, ,601 1,000 ,504*
(categoria) 7,503 770**
109
N 25 25 25 25 24
** *
Tempo total de Coeficiente 0,117 ,588 0,342 ,504 1,000
escolaridade (em de Correlação
anos)¹
Sig. (2 0,587 0,003 0,102 0,012
extremidades)
N 24 24 24 24 24
Legenda: Coeficiente de associação referente ao h de Kruskal-Wallis. ¹=Coeficiente de correlação referente ao ρ de
Spearman. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
A variável Histórico Neurológico é ausente no grupo comparação e não foi incluída.
Apenas uma correlação significativa foi encontrada entre variáveis sociodemográficas e índices
de humor e fadiga nesse grupo: entre os índices de fadiga excessiva e o tempo de escolaridade ( ρ =,
587; p<,017), o que indica níveis de fadiga excessiva maiores entre os participantes de mais
escolaridade.
relevantes. Entre elas, o uso de medicação foi correlacionado à latência durante a semana (ρ =,680,
p<,005), o que sugere maior latência por parte dos participantes que não utilizam medicação. O uso
de medicação diário também foi positivamente associado às irregularidades dos horário de deitar (ρ
=,588, p<,021), dormir (ρ =,711, p<,003), acordar (ρ =,557, p<,031) e levantar (ρ = ,557, p<,031),
que sugere que os indivíduos que não fazem uso de medicação também apresentam maior
irregularidade nos horários de sono entre a semana e o fim de semana. Esse resultado é semelhante
,588, p<,021). Esse resultado sugere que as participantes femininas do grupo comparação tendem a
110
dormir mais cedo e apresentar menores índices de irregularidade entre os horários de despertar da
A faixa etária dos participantes foi associada aos horários de acordar, tanto durante a semana
(x² [2] = 7,490, p<,0,024) quanto no fim de semana (x² [2] = 10,652, p<,005), assim como ao horário
de levantar da cama nos fins de semana (x² [2]) = 10,633, p<,005) e às horas de sono totais no fim de
semana (x² [2] 9,048, p<,011). Essas associações sugerem diferenças significativas entre os horários
de despertar dos participantes mais velhos e mais jovens, o que é condizente com a tendência
observada entre os participantes mais jovens a horários de despertar mais tardios e menos horas de
Por fim, a variável de histórico psicológico foi associada à irregularidade do tempo de latência
na cama (x² [4] = 9,504 p<,050), o que sugere que indíviduos com histórico psicológico prévio
apresentam maior latência antes de cair no sono do que indivíduos sem esse histórico. Esse resultado
é condizente com o encontrado na análise dos índices de humor da população de estudo, em que
111
Tabela 13. Associações entre parâmetros de sono e variáveis sociodemográficas no grupo comparação.
Horário Horas
Índice em que Horári Horári Totais
de usou o de o de de Irregula Irregul
Qualida Horário tecnoloAcorda Levant Sono ridade aridade Irregular
de do Escala de Latênci de gia r (Fim ar (Fim (Fim do do idade do Irregularid
Sono de Sonolênc a Acordar (Fim de de de de Horário Horári Horário ade do Irregular
Pittsbur ia de (Seman (Semana Semana Seman Seman Seman de o de de Horário de idade da
gh Epworth a) ) ) a) a) a) Deitar Dormir Acordar Levantar Latência
Faixa H de [2] [2] 4,366 [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] 0,557 [2]
Etária (em Kruskal- 2,828 1,315 7,490* 3,01510,652 10,633 9,048** 0,265 0,265 0,387 1,690
anos) Wallis ** **
Sig. (2 0,243 0,113 0,518 0,024 0,221 0,005 0,005 0,011 0,876 0,581 0,824 0,757 0,429
extremidad
es)
N 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
Histórico H de [4] [4] 6,971 [4] [4] [4] [4] [4] [4] [4] [4] [4] [4] 5,392 [4]
Psicológic Kruskal- 3,910 2,229 6,150 0,982 0,660 1,223 3532 4,227 3,517 6,510 9,504*
o Wallis
Sig. (2 0,418 0,137 0,684 0,188 0,913 0,956 0,874 0,473 0,376 0,475 ,164 0,249 0,050
extremidad
es)
N 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
* * *
Gênero Coeficiente -0,231 0,205 0,000 -0,186 -,557 -0,278 -0,139 0,217 -0,217 -0,433 -,526 -,588 -0,309
de
Correlação
Sig. (2 0,373 0,431 1,000 0,508 0,031 0,315 0,620 0,438 0,438 0,107 0,044 0,021 0,262
extremidad
es)
N 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
** * ** * *
Uso Diário Coeficiente 0,185 -0,012 ,680 0,247 0,155 -0,103 -0,032 -0,124 ,588 ,711 ,557 ,557 0,402
de de
Medicação Correlação
¹ Sig. (2 0,478 0,963 0,005 0,374 0,582 0,714 0,909 0,660 0,021 0,003 0,031 0,031 0,137
extremidad
es)
112
N 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
Legenda: Coeficiente de associação referente ao h de Kruskal-Wallis. ¹= Variáveis de Gênero e Uso de Medicação avaliadas através do ρ de Spearman em correlação Ponto-
Biserial. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS. A variável Histórico Neurológico é ausente no grupo
comparação e não foi incluída.
113
6.8.11 Correlações entre as variáveis sociodemográficas e variáveis cognitivas no grupo
comparação
Entre os indivíduos do grupo comparação, foi encontrada forte associação entre a variável de
Estado Civil e o escore no teste G-38 (x² [2]= 8,221, p<,016). Esse resultado sugere que os
memória operacional e flexibilidade cognitiva de acordo com o averiguado pelo teste G-38 do que os
participantes solteiros.
acordo com TEM-R foi correlacionado ao uso diário de medicação (ρ = ,636, p<,020 de acordo com
a correlação Ponto-Biserial), o que indica melhores desempenhos por parte dos indivíduos do grupo
As figuras abaixo ilustram melhor as associações encontradas. As outras associações entre essas
Figura 7. Gráfico em barras comparando os escores no teste TEM-R de acordo com a variável Uso de Medicação no
grupo de comparação.
114
Figura 8. Gráfico em barras comparando os escores no teste G-38 de acordo com a variável Estado Civil no grupo de
comparação.
entre os parâmetros de sono e os escores de PHQ-9. Tanto as irregularidades dos horários de deitar
quanto de dormir foram significativamente correlacionadas aos escores de PHQ-9 (ρ = ,831, p<,000;
os indivíduos do grupo Comparação+ (x²[1]= 5,317, p<,021 para as três irregularidades de dormir,
acordar e levantar entre os indivíduos desse grupo). Esses resultados sugerem maiores variações no
timing de deitar e dormir entre os participantes do grupo comparação com maiores indícios de
sintomas depressivos.
Por outro lado, houve correlações positivas entre os escores de GAD-7 no grupo comparação e
o índice de IQSP (p = ,599, p<,011), assim como entre GAD-7 e o aumento na latência (p = ,540,
p<,038), o que aponta para a influência da sintomatologia ansiosa tanto na má qualidade quanto na
diminuição da propensão ao sono, gerando maior latência. Ainda em relação aos escores de ansiedade,
115
houve correlação negativa entre GAD-7 e as horas totais de sono durante a semana (p = -,627,
p<,012), o que aponta que participantes ansiosos do grupo comparação dormem menos ao longo da
semana que os participantes menos ansiosos. Similarmente, os indíviduos com maiores índices de
ansiedade desse grupo apresentam fortes associações ao horário de levantar e às horas totais de sono
durante a semana (x²[1]= 4,371, p<,037; x²[1]= 6,153, p<,013), sugerindo a influência da
Por fim, a Escala de Fadiga foi negativamente correlacionada ao horário de acordar no fim de
semana, sugerindo que participantes do grupo comparação com níveis mais altos de fadiga busquem
Mais detalhes a respeito desses resultados na tabela 14 a seguir. Resultados adicionais podem
Tabela 14. Correlações e Associações entre parâmetros do sono e variáveis de humor no grupo de
comparação.
Horas
Índice Horário Totais Irregul
de Horário de de Irregu aridad
Qualida Horário de Horas Acorda Sono larida e do Irregulari
de do Latênci de Levanta Totais r (Fim (Fim de do Horári dade do Irregularida
Sono de a Acordar r de Sono de de Horári o de Horário de do
Pittsbur (Seman (Semana (Semana (Semana Semana Seman o de Dormi de Horário de
gh a) ) ) ) ) a) Deitar r Acordar Levantar
Escala de Coeficiente 0,057 0,064 -0,311 -0,018 -0,186 -,551* -0,355 0,460 0,274 0,145 0,125
Severidade de de
Fadiga Correlação
Sig. (2 0,828 0,820 0,259 0,950 0,507 0,033 0,194 0,085 0,324 0,606 0,657
extremidad
es)
N 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
* ** ** *
Escores no Coeficiente ,490 0,253 -0,032 0,134 -0,450 -0,284 -0,369 ,831 ,721 ,569 ,561*
PHQ-9 de
Correlação
Sig. (2 0,046 0,363 0,909 0,635 0,092 0,306 0,176 0,000 0,002 0,027 0,029
extremidad
es)
N 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
* * *
Escores no Coeficiente ,599 ,540 -0,372 -0,414 -,627 -0,209 -0,477 0,479 0,396 0,405 0,372
GAD-7 de
Correlação
Sig. (2 0,011 0,038 0,172 0,125 0,012 0,455 0,072 0,071 0,144 0,135 0,172
extremidad
es)
N 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
116
Depressão por H de [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] 5,317*
Grupo+ Kruskal- 2,412 1,085 0,121 0,164 3,013 0,567 0,567 7,085 5,317* 5,317*
Wallis
Sig. (2 0,120 0,298 0,728 0,685 0,083 0,452 0,452 0,008 0,021 0,021 0,021
extremidad
es)
N 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
Ansiedade por H de [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] 1,381 [1] 1,091
Grupo+ Kruskal- 2,970 2,455 3,341 4,371* 6,153** 2,258 3,598 0,835 0,273
Wallis
Sig. (2 0,085 0,117 0,068 0,037 0,013 0,133 0,058 0,361 0,602 0,240 0,296
extremidad
es)
N 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
117
6.8.13. Correlações entre parâmetros do sono e escores neurocognitivos no grupo comparação
horário de levantar dos participantes no fim de semana (ρ = ,667, p<,018), sugerindo um desempenho
melhor no teste entre os participantes com horário de levantar mais tardio. Similarmente, o
desempenho de atenção dividida em acordo com AOL-D foi correlacionado aos índices de sonolência
em Epworth (,603, p<,002), sugerindo melhor desempenho no teste por parte dos indivíduos com
atenção sustentada de acordo com AOL-C e os horários de dormir durante a semana (ρ = -,618,
p<,024), de uso de tecnologia durante a semana (ρ = -,592, p<,043), de deitar no fim de semana (ρ =
-,592, p<,043), de dormir no fim de semana (ρ = -,690, p<,013), e de uso de tecnologia no fim de
semana (ρ = -,732, p<,007), que indicariam que participantes que usaram tecnologia até mais tarde
horário de acordar durante a semana (ρ = -,588, p<,044), o que sugere um desempenho mais
Tabela 15. Correlações entre parâmetros do sono e escores neurocognitivos para o grupo de
comparação
Horário Horári Horári Horário Horári
em que o de o de em que o de
Horário usou Horário Deitar Dormir usou Levant
Escala de de tecnolog de (Fim (Fim tecnolog ar (Fim
Sonolênc Dormir ia Acordar de de ia (Fim de
ia de (Seman (Semana (Semana Seman Seman de Seman
Epworth a) ) ) a) a) Semana) a)
118
TEM- Coeficien 0,138 0,099 0,347 0,481 0,263 0,130 0,119 ,667*
R te de
Correlaçã
o
Sig. (2 0,653 0,747 0,269 0,114 0,409 0,688 0,712 0,018
extremida
des)
N 13 13 12 12 12 12 12 12
AOL- Coeficien 0,211 -,618* -,592* -0,472 -,592* -,690* -,732** -0,472
C te de
Correlaçã
o
Sig. (2 0,490 0,024 0,043 0,121 0,043 0,013 0,007 0,121
extremida
des)
N 13 13 12 12 12 12 12 12
* *
AOL- Coeficien ,603 -0,169 -0,361 -,588 -0,298 -0,273 -0,336 -0,441
D te de
Correlaçã
o
Sig. (2 0,029 0,580 0,249 0,044 0,347 0,390 0,285 0,151
extremida
des)
N 13 13 12 12 12 12 12 12
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Spearman. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
119
6.8.14 Regressão Múltipla das Variáveis Cognitivas para a Amostra Geral
A fim de avaliar quais das variáveis registradas podem ter influenciado mais fortemente o
desempenho cognitivo dos participantes da amostra geral, foi realizada também a regressão múltipla
fadiga. Dos cinco testes observados, apenas as variáveis analisadas para o teste AOL-A não
A demonstrar pouca sensitividade nos resultados obtidos pela nossa amostra, o não permitiria
identificadas como parte do modelo foram: Horas de Trabalho Freelance por Semana (β: -,345; t = -
2,403; p = ,023), Sono Insuficiente (β: ,467; t = 2,981; p = ,006), Tempo Total de Escolaridade (em
anos) (β: ,301; t = 1987; p = ,057) e Leitura e Envio de e-mails Pessoais (β: -420; t = -2,403; p =
,023), sendo sono insuficiente a variável mais significativa. O resultado sugere que o sono insuficiente
120
seja um fator fortemente relacionado ao desempenho do voluntário em tarefas de atenção
Figura 10. Representação gráfica do modelo de regressão múltipla para os escores de AOL-D.
pelas variáveis de: Histórico Neurológico (β: -,404 ; t = -2,809; p < ,009), Histórico de Doenças
Crônicas (β: ,330; t = 2,346; p < ,026), Horário de Acordar (semana) [β: -1,063; t = -3,095; p < ,004]
e Horário de Levantar (semana) [β: ,699; t = 2,042; p < ,051]. Dentre as variáveis supracitadas, a mais
significativa foi a média do horário de acordar no diário do sono. O resultado sugere que menor
121
Figura 11. Representação gráfica do modelo de regressão múltipla para os escores de TEM-R.
identificadas incluíram: Tempo Total de Escolaridade (em anos) (β = -,307/ t= -2,415; p = ,023), os
hábitos de Leitura e Envio de E-Mails Pessoais (β = -,345; t = -2,349 ; p = ,026), o Envio de E-Mails
Durante a Semana (β: ,219; t = 1,724; p = ,096) e o Estado Civil do voluntário (β = ,451; t = 3,733; p
= ,001). Dentre as variáveis citadas, o estado civil foi a mais significativa. O resultado é sugestivo de
que participantes em relações sérias, em sua maioria os participantes mais velhos, tenham um
122
Figura 12. Representação gráfica do modelo de regressão múltipla para os escores de G-38.
identificadas incluem o escore de FSS antes da pandemia Sars-COV-2 (β: -,555; t = -3,309; p < ,003)
e o Compartilhamento de Postagens em Redes Sociais para o Trabalho (β: -528; t = -3,309; p< ,002).
Ambas as variáveis foram significativas. Os resultados sugerem que indivíduos de desempenho mais
123
6. Dados Suplementares: COVID-19
Wuhan, província de Hubei, China (N.Zhu et al, 2020), e rapidamente se tornou pandêmica. No
meses seguintes, a doença se espalhou mundialmente, com mais de 248 milhões de casos confirmados
e 5 milhões de mortes ao redor do planeta (até o início de Novembro de 2021) (Dong et al, 2020). No
Brasil, o governo declarou estado de emergência em Fevereiro de 2020 (Ministério da Saúde, 2020a),
com o primeiro caso confirmado de infecção por COVID-19 em território brasileiro anunciado em 26
de Fevereiro de 2020. Desde então, a doença se espalhou por todas as regiões brasileiras (Ministério
da Saúde, 2020b), com 21.8 milhões de casos confirmados e mais de 600 mil mortos até o início de
de sono e a saúde mental dos indivíduos. De acordo com Brooks et al (2020), indivíduos que passaram
pelo isolamento social e quarentena durante a pandemia COVID-19 relatam maior prevalência de
alterações psicológicas, de sono e de humor como depressão, estresse, humor negativo, irritabilidade,
sintomas de estresse pós-traumático e insônia, quando comparados a indivíduos que não estiveram
em quarentena. Foram identificados também pelo mesmo estudo aumentos na incidência de doenças
infectado ou passar por perdas financeiras (Brooks et al, 2020). Outro estudo, conduzido por
quarentena comparado aos índices da população antes do período pandêmico. Entre as alterações
124
Considerando a importância desse momento socio-histórico, durante a realização do atual
trabalho analisamos também dados referentes à pandemia e realizamos comparações entre o obtido
durante o período pandêmico e o período anterior. Nessa seção, analisamos alguns desses dados como
baixo percentual, escolhemos não realizar análises inferenciais comparando os voluntários com
diagnóstico positivo para COVID-19 aos de diagnóstico negativo. Todos os voluntários que
avançaram para a fase de entrevistas (n= 49) aderiram às medidas de isolamento social pelo menos
progressão da pandemia todos os dias, e 34,8% relataram se informar sobre algumas vezes por
semana. Os principais motivos citados para esse acompanhamento foram ansiedade, receio de se
contaminar ou contaminar entes queridos, e o hábito de checar notícias diariamente. Entre os 23,9%
motivos de ansiedade e falta de confiança nas pesquisas e/ou na mídia como justificativas para essa
decisão.
Aproximadamente 67,4% dos avaliados avaliaram que a COVID-19 teve um impacto negativo
sobre seu trabalho. No grupo de estudo, 68,96% relataram efeitos negativos da pandemia sobre seu
trabalho, com 41,37% relatando um efeito pouco grave. Já no grupo de comparação, 64,70% dos
voluntários afirmaram terem seu trabalho impactado negativamente pela COVID-19, com 58,82%
definindo esse impacto como grave. A diferença entre esses percentuais dos dois grupos não foi
125
Indivíduos de ambos os grupos citaram dificuldades semelhantes no teletrabalho, como se
dividir entre tarefas domésticas e funções da empresa, se distrair mais facilmente, e a queda na
produtividade em casa. No entanto, parte dos programadores relatou ter realizado teletrabalho no
passado, o que não foi afirmado por nenhum dos indivíduos do grupo comparação. Pode-se concluir
que a população programadora se adaptou mais rapidamente ao novo regime de trabalho comparados
negativamente seus hábitos de sono, enquanto 19,6% relataram alterações negativas em menor grau.
Por outro lado, 15,2% afirmaram que o isolamento social foi bastante positivo para seu regime de
sono, e 17,2% também registraram mudanças positivas no sono em menor grau. Para o grupo de
estudo, a porcentagem de voluntários que perceberam piora em seus hábitos de sono chega a 48,27%.
No grupo comparação, esse percentual chega a 58,82%. A diferença entre esses valores não foi
Entre as alterações negativas citadas por participantes de ambos os grupos estão horários
tardios para dormir e acordar, aumento da latência e sensação de sono não reparador. A principal
alteração positiva citada foi a possibilidade de horas extras de sono em função dos horários flexíveis
períodos de crise, analisamos também a prevalência desses fatores entre os participantes da amostra
perceber piora na saúde mental durante o período de pandemia, com as queixas mencionadas
incluindo aumento da ansiedade, sensação de medo e solidão. No grupo de estudo, 72,41% dos
voluntários relatou ter tido a saúde mental afetada negativamente durante esse período de isolamento
social, com 41,37% classificando suas alterações como graves. Em relação ao grupo comparação,
126
88,23% relataram alterações negativas de sua saúde mental na pandemia, com 64,70% classificando
esse impacto como grave. A diferença entre esses valores não foi significativa estatisticamente (x²[4]
= 3,043, p<,551).
questionários GAD-7 e PHQ-9. A média geral da amostra para o questionário GAD-7 de ansiedade
foi de 6,43 (σ= 4,96) em relação ao período antes da pandemia COVID-19, e 7,34 (σ=5,75) em relação
ao período pandêmico, o que indica a influência do momento sociohistórico sobre o humor dos
voluntários. Alteração similar foi encontrada também entre os escores da escala PHQ-9 de
sintomatologia depressiva, com média de 5,28 (σ=3,53) para o período pré-pandêmico e 7,81
(σ=5,75) durante o período pandêmico. Dentre essas médias, apenas a diferença entre os escores do
questionário PHQ-9 foi significativa para a amostra geral (t= -1,350; p=,000).
No que se refere às diferenças dos escores de ambas as escalas entre os grupos, um efeito
similar em relação ao período pandêmico ainda pode ser observado. Tanto programadores quanto
não-programadores apresentaram aumento dos índices quando comparados a seus escores em relação
em ambos tanto antes quanto depois das normas de isolamento social. Apesar disso, a diferença entre
os escores dos dois grupos não foi significativa. Os escores encontrados sugerem possíveis
Aproximadamente 47,61% da amostra geral relatou abertamente sobre queixas de sono, com
a maior parte dessas queixas reportadas pelo grupo de estudo (50% contra 44% do grupo
comparação). Dentre essas queixas, insônia, dificuldade em iniciar o sono e sonolência foram mais
mencionando queixas múltiplas. Quando questionados a respeito de queixas de sono específicas (sono
127
fragmentado, sonolência diurna, dificuldade em iniciar o sono e sono não reparador) o grupo de
estudo relatou ainda maior frequência de queixas do que o grupo comparação, em especial quanto a
sonolência diurna (44,73% > 24%). A diferença entre a frequência de queixas dos dois grupos não
em iniciar o sono: x²[5] = 1,331, p<,932; Sono fragmentado: x²[5] = ,682, p<,984; Sono insuficiente:
negativamente seus hábitos de sono, enquanto 19,6% relataram alterações negativas em menor grau.
Por outro lado, 15,2% afirmaram que o isolamento social foi bastante positivo para seu regime de
sono, e 17,2% também registraram mudanças positivas no sono em menor grau. Para o grupo de
estudo, a porcentagem de voluntários que perceberam piora em seus hábitos de sono chega a 48,27%.
No grupo comparação, esse percentual chega a 58,82%. A diferença entre esses valores não foi
No que se referem aos escores dos questionários de sono avaliados, verifica-se um aumento
19. Os escores de IQSP foram indicativos de baixa qualidade do sono para ambos os grupos em
social. Os escores da Escala de Sonolência de Epworth não foram sugestivos de sonolência excessiva
para nenhum dos dois grupos em relação ao período pré-pandêmico. No entanto, o grupo comparação
Em relação à diferença entre os escores pré e pós pandêmico dos dois grupos, verifica-se
128
7. Discussão
tecnologia para o lazer e para o trabalho, os índices de qualidade do sono, sonolência, o cronotipo, os
padrões de sono através do diário do sono, e o desempenho das funções executivas (memória
Avaliamos também os índices de fadiga, assim como a presença de sintomas ansiosos e/ou
privação do sono crônica que afetaria o funcionamento executivo. Essa expectativa foi parcialmente
confirmada. De fato averiguamos fortes correlações entre o uso de tecnologia, parâmetros de sono e
funcionamento cognitivo entre os participantes do grupo de estudo, que sugerem ligações mais
profundas entre esses fenômenos na população de programadores natalense. Assim como condições
associadas como má qualidade do sono, sonolência diurna excessiva e altos índices de fadiga.
De acordo com nossos dados, o programador natalense médio relata pelo menos uma queixa de
sono frequente, principalmente dificuldade em iniciar o sono e/ou sonolência diurna. Antes da
pandemia, já apresentava má qualidade do sono, que se agravou durante o período pandêmico. Suas
horas de uso de tecnologia tanto na semana quanto no fim de semana podem ser correlacionadas ao
timing, qualidade e duração do sono, assim como sonolência, alterações de humor e índices de fadiga.
No entanto, prejuízos cognitivos associados aos prejuízos de sono não foram encontrados, com
escores classificados entre médio a médio superior para sua faixa etária e nível de escolaridade.
129
Embora correlações tenham sido encontradas entre as variáveis de sono e uso de tecnologia e o
principal índice que pôde ser relacionado à redução de horas de trabalho e aumento de episódios de
distração foi a sonolência, sugerindo que os padrões de sono influam diretamente na qualidade do
encontrando relações significativas entre a frequência de erros cometidos sob efeito de sonolência
diurna excessiva e a privação de sono crônica durante a noite. Em especial, foram encontradas
relações entre os erros cometidos durante períodos de maior sonolência com índices demográficos,
incluindo participantes mais jovens e de nível educacional mais alto, como também verificado no
nosso estudo. De acordo com os autores, esses participantes relatam com maior frequência dormirem
mais tarde do que o planejado, mesmo que apenas uma ou duas horas a menos, o que levaria à privação
do sono e à demanda de sonolência diurna excessiva. Participantes que relatam a restrição do sono
mais erros sob sonolência e de se queixar de sono insuficiente. Similar a esses resultados,
encontramos no presente trabalho relações entre sonolência e queixas de sono insuficiente sobre o
desempenho do grupo de estudo, ainda que não se tenha averiguado prejuízo executivo em si.
de sono, uso de tecnologia e desempenho cognitivo do grupo de estudo para o grupo comparação. No
entanto, isso não se confirmou, com os hábitos de sono dos dois grupos se mostrando bastante
130
sociohistórico de realização desse trabalho, consideramos que a pandemia Sars-COV-2 tenha
Com base nas informações relatadas no questionário inicial, nos índices referentes aos períodos
pré e pós pandêmico e nos relatos dos participantes de ambos os grupos durante a entrevista
estudo, dificultando a análise das diferenças entre ambos os grupos. Não apenas os não-
programadores relatam fazer muito mais uso de tecnologia no período pós-pandêmico, como o
isolamento em casa se reflete na tendência a horários tardios e menos uniformes do que seu usual no
participantes do grupo de estudo relatam menos alterações de seus hábitos e demonstram horários
mais uniformes, apesar de também tardios em comparação a seus horários pré-pandêmicos. Esses
resultados sugerem que os programadores se adaptaram mais facilmente a essa mudança de horários
Um estudo por Baltes & Diehl (2016) caracteriza a dificuldade em conseguir amostras representativas
com esse grupo, ressaltando a dificuldade em aproximação dos pesquisadores com as empresas da
área, taxas baixas de engajamento da população e a falta de recursos que permitam traçar perfis
conduzida por Yamanoe (2018), aponta-se para uma população primariamente jovem e com forte
presença masculina. No entanto, por ser um estudo qualitativo, a amostra trabalhada por Yamanoe
foi limitada a aproximadamente 14 sujeitos, o que limita também as generalizações demográficas que
131
Considerando isso, buscamos através da presente amostra traçar um perfil médio dos
programadores de Natal-RN que pudesse embasar futuros estudos e auxiliar nas medidas de contato
com essa população considerando a relevância estrutural de sua função para a sociedade e a lacuna
potiguares são em sua maioria homens entre 24-30 anos, solteiros, com ensino superior completo e
renda média de 3 a 6 salários-mínimos por mês. A maioria não apresenta histórico clínico,
neurológico ou psicológico significativo. Em relação a hábitos de saúde, fazem uso social de álcool
e não fumam. São majoritariamente sedentários. A maior parte apresenta poucos indícios de
alterações do humor como depressão e ansiedade. Entre os indivíduos dessa população que
associadas como fadiga excessiva e sonolência diurna excessiva, o que vai de acordo ao encontrado
Em relação ao gênero, o número de homens que compõem o grupo dos programadores foi
significativamente maior do que o número de mulheres. Isso é condizente com o relatado na literatura
desenvolvedoras mulheres ao longo dos anos, continua sendo uma população predominantemente
masculina (Burnett et al, 2010; Yamanoe, 2018). De forma semelhante, a média de idade do grupo
de estudo apresenta maioria de jovens adultos, na faixa entre 18-24 anos, idade similar à encontrada
em estudos com essa população em outros países (Nakagawa et al, 2014; Siegmund et al, 2014;
Siegmund et al, 2017; Elvsashegen et al, 2019) e outras regiões do Brasil (Yamanoe, 2018). Essa
faixa etária também é esperada considerando como os primeiros contatos com essa população foram
132
No presente estudo, verificamos diversas correlações entre a idade, escolaridade, estado civil
programadores mais velhos apresentam maiores índices de escolaridade e renda, o que também é
digitais paranaenses, ainda que a maioria seja caracterizada como muito jovem. Os resultados são
aperfeiçoamento tendem a serem melhor recompensados, o que também foi encontrado entre os
(Lam et al, 2013). Enquanto o processo de envelhecimento geralmente é associado à lentificação das
funções cognitivas (Juan & Adlard, 2019), a escolaridade agiria como um fator protetivo sobre o
desempenho cognitivo através da reserva cognitiva (Satz, Cole, Hardy, & Rassovsky, 2011). A
reserva cognitiva (Satz et al, 2011) seria a capacidade de manter o funcionamento cognitivo usual,
mesmo com evidências de danos clínicos prévios, através da adaptação e compensação de funções
que se mantenham preservadas. Entre os fatores que mais afetam essa capacidade está a educação,
desempenho mais preservado em testes neuropsicológicos, o que poderia explicar o desempenho geral
Ainda assim, entre os dados que encontramos, registramos correlações que indicam melhor
desempenho cognitivo entre os participantes mais velhos, o que iria de encontro ao registrado na
literatura. É possível que outros fatores como a irregularidade nos horários de sono e de trabalho
133
possam ter influído nesse resultado, considerando que encontramos maior frequência de horários
irregulares e noturnos entre os participantes mais jovens do grupo de estudo. Trabalhos como o de
Chellapa, Morris & Sheer (2019) analisam a relação entre a irregularidade dos horários de trabalho e
prejuízo cognitivo a longo prazo, sugerindo que longos turnos de trabalho irregular, primariamente à
subjetiva e prejuízo da qualidade do sono, similar ao que encontramos no presente trabalho, em uma
amostra primariamente jovem. De acordo com a literatura, trabalhadores mais velhos podem se
mostrar mais vulneráveis aos prejuízos associados às irregularidades do sono e do trabalho, ainda que
os resultados sejam mistos (Rouch et al, 2005; Saksvik, 2011; Bokenberger et al, 2017). Considerando
que os programadores veteranos que compõem a nossa amostra demonstraram horários mais
matutinos e estáveis do que os programadores mais jovens, essa estabilidade poderia explicar a
de álcool entre os participantes do grupo de estudo e do grupo de comparação, com maior frequência
neurotóxico (Clark, Thatcher & Tapert, 2008) e pode ter influências negativas sobre o funcionamento
cognitivo mesmo em populações mais jovens, sendo associado a prejuízos de memória operacional,
memória episódica verbal e aprendizagem (Nguyen-Louie et al, 2016; Carbia et al, 2017; Hendriks
et al, 2020). No entanto, estudos a respeito dos efeitos cognitivos em indivíduos jovens que
consomem doses médias a moderadas de álcool não indicam prejuízo significativo em relação a
indivíduos abstêmios de mesma idade (Hendriks et al, 2020). Considerando essas informações e os
dados coletados, não podemos concluir que o uso de álcool tenha influência significativa sobre os
134
Como esperado, a população de programadores apresenta mais horas de exposição total às TICS
grupo comparação durante o tempo livre ser ligeiramente maior, as horas totais de uso de tecnologia
pelo grupo de estudo ainda superam o total do grupo comparação. De fato, o uso de tecnologia pelos
programadores pode ser caracterizado como ubíquo, perpassando diversas atividades laborais,
O perfil de consumo de tecnologia entre os dois grupos no tempo livre não foi muito diferente,
com o uso de tecnologia para entretenimento e o engajamento em redes sociais sendo proeminentes
entre os dois grupos. A maior frequência de utilização de redes sociais foi associada a maiores índices
do grupo de estudo. Na literatura, vários trabalhos documentam associações entre o uso excessivo de
redes sociais e alterações do sono e humor, primariamente em adolescentes e jovens adultos do sexo
feminino (Thomée et al, 2005; Huang et al, 2020; Hena & Gamy, 2020). No presente trabalho,
identificamos correlações similares, ainda que em menor grau, em uma amostra de maioria masculina.
Levantamos para trabalhos futuros a discussão sobre possíveis diferenças de gênero na manifestação
O hábito de usar tecnologia até sentir sono é extremamente frequente entre os indivíduos de
ambos os grupos avaliados, com proeminência do uso de tecnologia até o último minuto antes de
dormir. Consequentemente, o horário de uso de tecnologia, tanto na semana quanto no fim de semana,
foi fortemente correlacionado aos horários de dormir e acordar em ambos os grupos, sendo a relação
mais forte entre os membros do grupo de estudo. Isso sugere que o uso da tecnologia antes de dormir
tenha efeito considerável sobre o timing (horário) do sono, o que é coerente com achados anteriores
135
da literatura (Cain & Gradisar, 2010; Mazzer, Bauducco, Linton & Boersma, 2018). Similarmente,
horários tardios de uso de tecnologia também são associados à percepção de baixa qualidade do sono
(Oliveira, 2016; Patrick et al, 2017), perfil semelhante ao que encontramos na amostra geral do
presente trabalho. Na literatura, o timing irregular do sono é associado ao atraso de fase do sono entre
o padrão de exposição à luz ao longo dia e o fator circadiano do sono, o que prejudica o mecanismo
de arrastamento e previne uma relação de fase fixa entre os ritmos endógeno e exógeno (Wittman et
qualidade do sono são associadas a esse atraso de fase (Philips et al, 2017), condições também
qualidade do sono e sonolência diurna excessiva é um hábito comum na nossa amostra que também
é discutido na literatura (Hilditch et al, 2017). Trabalhos como o de Salentin et al (2017) discutem o
papel de cochilos em condições de restrição de sono parcial crônica, apontando que a estratégia
apresenta um efeito limitado de atenuar a percepção subjetiva de sonolência até algumas horas após
o cochilo no máximo. Ainda de acordo com os mesmos autores, medidas objetivas de sonolência
apontam para um retorno ao estado de sonolência pré-cochilo poucas horas antes do retorno de acordo
com a percepção subjetiva de sonolência do indivíduo. Traços como esses limitariam a viabilidade
associada na literatura a prejuízos na qualidade e quantidade do sono através da exposição à luz azul
et al, 2013; Yang et al, 2019; Huang et al, 2020). Os resultados que encontramos seguem ao encontro
dessas alterações descritas, com índices maiores de uso de tecnologia antes de dormir sendo
136
associados à irregularidade do sono, baixa qualidade do sono e horas reduzidas de sono. O uso
iniciar o sono, sono insuficiente e sonolência diurna, assim como ao aumento da latência, o que
também vai ao encontro do registrado previamente na literatura (Murdock, Horrisian & Crichlow-
Ball, 2017).
A relação entre uso de tecnologia e privação e má qualidade do sono foi mais forte entre os
participantes do grupo de estudo do que do grupo comparação, apesar dos índices do grupo
comparação serem mais prejudicados. É possível que essa relação não tenha sido encontrada no grupo
robustas.
Apesar da possibilidade de horários flexíveis, a maioria concentra suas horas de trabalho numa
jornada usual aproximada entre 8h e 20h, com variações individuais consideráveis. Esses resultados
são parcialmente congruentes aos encontrados por Claes et al (2018), ao descreverem que em média
dois terços dos engenheiros de software seguem um horário de trabalho aproximado entre 10h e 18h,
e não trabalham normalmente durante o fim de semana e à noite. Os autores reforçam que a variação
entre indivíduos e projetos dentro dessa estimativa é grande (Claes et al, 2018). Nos dados que
encontramos, a maior parte dos desenvolvedores pesquisados trabalha em projetos da empresa numa
faixa de horário similar ao descrito, porém estende o horário hábil de trabalho para projetos freelance
durante a noite, chegando a estender seu horário de trabalho entre as 20h-0h. Em adição a isso,
indivíduos que realizam funções adicionais como gestores ou administradores também resultam em
137
Constatamos que essa jornada de trabalho é significativamente associada à má qualidade do
freelance e a prática de funções adicionais que também utilizam computadores. É possível que isso
se deva à carga estendida de trabalho levando diretamente à extensão dos horários de uso de
tecnologia para cumprir prazos de projetos, como registrado por Claes et al (2018), ainda que a
frequência em que esse hábito foi registrado na presente pesquisa seja maior do que a registrada no
foram desenvolvidos.
correlacionados às horas de trabalho e estudo de código por semana, indicativo de que programadores
com maiores índices de sonolência apresentam rendimento mais baixo. Trabalhos como os de
Ferguson et al (2019) apontam para maiores indícios de prejuízos relacionados à privação do sono e
sonolência diurna excessiva entre indivíduos mais jovens e de horários de trabalho não-fixos, como
participantes no presente estudo, com maiores irregularidades de deitar, dormir, acordar e levantar
entre participantes mais jovens e de horários mais flexíveis. De acordo com os autores, além das horas
irregulares do trabalho, o hábito de trabalhar durante a hora anterior ao sono também foi associado
ao maior índice de erros devido à sonolência (Ferguson, 2019), um hábito que também é verificado
Outro fator de peso sobre os escores obtidos em relação ao humor foi evidentemente o atual
significativas entre os escores de PHQ-9 antes e depois da pandemia para a amostra geral, o que
sugere um aumento na incidência de sintomas depressivos na população estudada após o início das
medidas de contenção para COVID-19. Esses achados são congruentes com os de Goularte et al
138
(2020) e Barros et al (2020) sobre os efeitos da pandemia e do distanciamento social sobre o humor
da população brasileira, sendo notado em ambos maior incidência de sintomas depressivos e ansiosos.
Similarmente, na presente pesquisa, os escores de GAD-7 aumentaram após a pandemia, ainda que a
diferença entre os dois grupos não tenha sido significativa. Esse resultado ainda é sugestivo de agravo
da sintomatologia ansiosa durante o período pandêmico, apontado na literatura como mais comum
entre indivíduos jovens adultos (Barros et al, 2020), maioria na nossa amostra. De acordo com
ansiosa quanto de sofrimento psíquico durante o período de isolamento social está a faixa etária mais
59 países, apontam que maiores índices de alterações de humor foram encontrados em indivíduos
mais jovens do que 30 anos na maior parte dos países pesquisados, o que é condizente com a faixa
que pode sugerir a atuação de um fator protetivo. É possível que a maior familiaridade dos
programadores com interações laborais e sociais através da tecnologia permita que o impacto
emocional negativo sobre eles seja menor, em comparação à população que não tinha essa
experiência. Também é possível que, por realizar uma função que se adapte mais facilmente ao
outros fatores agravantes que podem estar em questão entre os membros do grupo comparação.
Apesar dos escores encontrados em PHQ-9 não terem sugerido prevalência de transtornos
à má qualidade do sono, queixas de fadiga excessiva, sonolência diurna excessiva, sono insuficiente,
dificuldade em iniciar o sono e horas de uso de tecnologia para esse grupo, em especial no período
139
Pós-COVID. Essas correlações se encaixam com o discutido anteriormente à respeito da associação
entre depressão, ansiedade, uso de tecnologia, qualidade e duração do sono na literatura durante a
revisão bibliográfica (Thomée et al, 2005; Thomée, Härenstam & Hagberg, 2011; Rosen et al, 2016;
Por outro lado, um estudo recente por Stankovic et al (2021) não relacionou o uso de celulares
ao aumento de sintomatologia depressiva, e sim a uma redução desses sintomas. Os autores levantam
a possibilidade de que smartphones possam ser utilizados como métodos de enfrentamento para
resultados que encontramos não se alinham aos descritos por Stankovic et al, já que, no presente
estudo, a correlação entre sintomatologia depressiva e uso de tecnologia antes de dormir, incluindo
celulares, foi positiva. No entanto, não discriminamos entre diferentes dispositivos ao analisar o uso
de tecnologia pelos participantes, podendo um efeito similar ao descrito no artigo não ser identificado
em função disso.
crônica/restrição do sono nos participantes de ambos os grupos. De acordo com os critérios delineados
por Reynolds & Banks (2010), a privação de sono parcial crônica se refere primariamente à redução
quantidade do sono durante a semana (dias úteis) e a tentativa de compensação com horas extras de
sono no fim de semana, conceito geralmente referido como jet-lag social (Wittman et al, 2006). O
jet-lag social se refere à discrepância de horários, como os horários de sono, entre dias de trabalho e
dias livres. Tal discrepância geralmente ocorre em indivíduos de cronotipos mais vespertinos, cujos
horários sociais matutinos como trabalho e estudos conflituam com a tendência biológica a horários
140
Entre os dois grupos, os programadores apresentaram a maior tendência ao jet-lag social,
estendendo as horas de sono durante o fim de semana para compensar os horários restritos durante a
significativamente associado ao aumento nos índices de fadiga, sonolência e estresse, com forte
intercorrelação também entre esses três fatores. Correlação similar entre restrição do sono, fadiga e
sonolência pôde ser constatada também no nosso trabalho, associada a uma população mais jovem
No que se referem aos escores dos questionários de sono avaliados, verifica-se uma piora
19, o que também é coerente com a literatura atual. Estudos como o de Barros (2020) e Goularte
(2020) relatam piora considerável de alterações de sono pré-existentes na população brasileira durante
Apesar de nenhum dos dois grupos apresentar médias condizentes com sonolência diurna
excessiva antes da pandemia, a diferença entre os valores de Epworth Pré e Pós-COVID foi
141
participantes durante esse período. Curiosamente, enquanto o grupo de estudo apresenta maior
possível que os impactos negativos advindos do período pandêmico sejam mais visíveis nesses
indivíduos do que nos programadores, cuja rotina não foi tão seriamente afetada. É possível que os
hábitos de uso de tecnologia dos programadores permitam que eles se adaptem ao isolamento com
menores índices de sofrimento psíquico, o que se refletiria em escores mais estáveis de sono e humor.
matutinos. Apesar das diferenças entre os escores de ambos os grupos em relação ao cronotipo não
levantar durante a semana, assim como às médias dos horários de deitar, acordar e levantar no fim de
semana, apontam para a ideia de que indivíduos matutinos tendem a acordar e levantar mais cedo do
(Enright & Refinetti, 2016; Taylor & Hassler, 2018). O horário de uso de tecnologia foi
negativamente associado ao cronotipo, o que indica que indivíduos vespertinos tendem a estender
suas horas de uso de tecnologia até mais tarde do que os matutinos, relação que também foi encontrada
em Fossum et al (2013).
grupos, indicando que o grupo comparação apresenta maior variação dos horários de despertar e
levantar do que o grupo de estudo. Os programadores apresentaram em média horários regrados para
acordar e levantar, com maiores variações nos horários de dormir. Tanto os horários de início do sono
142
quanto os horários de despertar de ambos os grupos foram fortemente correlacionados aos horários
de uso de tecnologia, indicando a força da associação entre esse uso noturno de tecnologia e os
horários do indivíduo. No entanto, essa relação foi mais uma vez mais forte entre os indivíduos do
grupo de estudo.
grupo de estudo compreendendo desde indivíduos matutinos de horários fixos até indivíduos que
chegaram a passar 24h em privação total de sono. A alta variância nos hábitos de sono se correlaciona
também à variância nos hábitos e nos horários de trabalho, com programadores de jornadas mais
definidas apresentando horários mais rígidos e geralmente dormindo mais cedo, o que se relaciona
com os resultados de Claes et al (2018) a respeito da variação na jornada de trabalho dessa população.
sono, fadiga, sonolência e sintomatologia depressiva e ansiosa, tanto na amostra geral quanto no
grupo de estudo. A relação entre alterações do sono, ansiedade e depressão foi amplamente abordada
na literatura nas últimas décadas, sendo caracterizada como bidirecional (Riemann et al, 2020). Há
forte tendência a alterações do sono comórbidas em indíviduos depressivos, assim como a índices
mais elevados de sintomatologia depressiva entre indivíduos insones ou privados de sono (Raniti et
al, 2016; Freeman et al, 2020). De fato, em indivíduos que apresentam tanto alterações do sono quanto
depressão, tratar apenas uma das condições sem considerar a outra sendo prejudicial para a
a ansiedade também apresenta altos níveis de comorbidade com a depressão (Baglioni et al, 2010) e
com alterações do sono, mesmo em graus leves de restrição do sono (Baglioni et al, 2010; Sullivan
143
Os resultados do presente estudo se encaixam nos achados dessa linha teórica, visto a alta taxa
de correlação encontrada entre os índices de PHQ-9 e GAD-7 na amostra geral e nos grupos, as
índices de qualidade do sono associada. As três condições também são significativamente afetadas
por estressores psicossociais como a situação de pandemia (Riemann et al, 2020; Casagrande et al,
2020; Barros et al, 2020; Yuksel et al, 2020), o que é congruente com os achados na nossa pesquisa
período Pré-COVID.
como aumento da latência e atraso dos horários de sono e despertar, são similares às encontradas em
diversos estudos de outros países, sugerindo que sejam mudanças associadas ao período de
isolamento e tensão da pandemia (Yuksel et al, 2020). Na Itália, Marelli et al (2020) descrevem um
aumento significativo no horário de dormir e duração da latência, assim como um horário de despertar
dormir e acordar mais tarde foi associada à piora na qualidade do sono, ao aumento de sintomas
No entanto, é importante destacar que nossa avaliação do sono se deu unicamente através de
como o diário do sono empregado em nosso protocolo. Estudos como os de Shockman et al (2018)
Te Lindert et al (2019) apontam para divergências significativas entre esses métodos, especialmente
totais. Outros estudos, como o de Lucas-Thompson, Crain & Brossoit (2020) não relatam diferenças
144
significativas entre medidas objetivas e subjetivas de sono, mesmo em amostras mais jovens como
adolescentes. No entanto, realizar estudos com métodos objetivos em situação de pandemia incorreria
em sérios riscos para participantes e pesquisadores. Ressaltamos através disso como a comparação
entre métodos objetivos e subjetivos pode ser importante para o desenvolvimento de futuros
trabalhos.
dos testes realizados. Entre os fatores que potencialmente influem nesse resultado, podemos citar o
número reduzido de participantes de ambos os grupos que finalizaram o protocolo de pesquisa, o que
limita o poder de generalização dos resultados obtidos. Da mesma forma, ressaltamos as diferenças
entre os dois grupos no processamento de impactos negativos do momento pandêmico, com o grupo
comparação apresentando índices que denotam mais dificuldade em adaptação à nova rotina do que
o grupo de estudo. É possível que essa dificuldade tenha influenciado os resultados dos testes
neurocognitivos.
média do grupo de estudo foi mais baixa do que a do grupo comparação. Ainda que essa diferença
não seja significativa, o desempenho mais baixo em AOL-C pode sugerir maior dificuldade em
atenção sustentada por parte dessa população. Isso é congruente com estudos como os de Tucker
(2010) e Lo et al (2016), que apontam a atenção sustentada como um dos principais processos
cognitivos a serem abalados em privação crônica do sono como a encontrada na população estudada.
Ambos os estudos apontam que o impacto sobre as funções executivas apresenta tamanho de efeito
menor do que o impacto sobre a atenção sustentada, o que, em conjunto com o número limitado da
amostra que concluiu o protocolo, podem ter impedido que pudéssemos averiguar esse tamanho de
145
efeito de maneira adequada. Novamente, os nossos resultados de prejuízos primários à atenção
Na literatura, há pelo menos um estudo inicial que sugere uma associação entre os níveis de
fadiga de desenvolvedores e prejuízos na atenção sustentada: o trabalho de Sarkar & Parnin (2017)
avaliou os níveis de atenção e frequência de erros através da observação de variáveis do trabalho dos
de 9 desenvolvedores elencado por esse trabalho, os resultados obtidos não são generalizáveis nem
facilmente replicáveis. Apesar dessas limitações, os resultados obtidos na presente dissertação são
congruentes com os apontados por Sarkar & Parnin, considerando que averiguamos prejuízo de
atenção sustentada associada à fadiga no grupo de estudo em contraste com o grupo comparação.
entre fadiga e prejuízo atencional. Xiao et al (2015) aponta para uma relação significativa entre fadiga
por Sarkar & Parnin. Similarmente, Guo et al (2016) avaliam a possibilidade de que a fadiga possa
devido ao prejuízo à atenção sustentada. Os autores sugerem que a diminuição dos recursos
atencionais disponíveis durante um período extenso de fadiga leve ao aumento nos tempos de reação
e diminuição da acurácia das respostas. Ambos esses resultados vão ao encontro do discutido por
146
executivo, como a influência top-down do controle inibitório e da memória operacional na percepção
Ainda a respeito dos processos atencionais, estudos realizados em outras populações, como o
para prejuízos de atenção dividida relacionados ao jet-lag social e fadiga. Considerando que, no
que relação similar possa ser encontrada entre os desenvolvedores. No geral, a possibilidade de
considerada.
correlação entre o desempenho em TEM-R e os índices de sonolência de acordo com Epworth, o que
indicaria melhores desempenhos por parte dos voluntários com maiores índices de queixa de
sonolência. É possível que isso se deva através de uma ação compensatória, em função da maior
testes neurocognitivos, o que indica alta variância desse desempenho na população estudada. Essas
diferenças entre escores cognitivos não se mantém quando dividimos a população entre grupos de
do sono, o que indica que esses fatores do sono por si só não explicam a variância dos resultados
147
participantes sejam mais vulneráveis ao prejuízo cognitivo associado à privação do sono crônica,
Esses resultados são congruentes com os de pesquisas anteriores, que avaliam um fator de traço
o de Van Dogen et al (2004) e o de Banks & Dinges (2007) já descrevem as diferenças de desempenho
notam que a vulnerabilidade cognitiva à privação do sono se mantém constante no mesmo indivíduo
entre diferentes testagens, e que mesmo entre indivíduos da mesma população há grande variação na
susceptibilidade ou resistência ao prejuízo cognitivo em privação do sono (Van Dogen et al, 2004;
Banks & Dinges, 2007; Rupp et al, 2012). Um estudo mais recente por Yamanazaki & Goel (2020)
privação do sono aguda quanto crônica, concluindo que o grau de vulnerabilidade individual se
mantenha o mesmo independente do tipo de privação do sono afetando o indivíduo. Apesar disso,
fatores como gênero, escolaridade, faixa etária não foram preditores de vulnerabilidade de acordo
É possível, como foi sugerido por Mollicone (2010) e Arnardottir et al (2014) que haja um
componente genético que melhor preveja essa vulnerabilidade. Essa possibilidade explicaria de forma
sono, enquanto outros se mostrariam mais vulneráveis. Investigações futuras a respeito da resistência
148
Os resultados das regressões múltiplas realizadas sugerem influência tanto de fatores de sono,
como sono insuficiente, restrição do sono e histórico de fadiga, quanto de uso de tecnologia, como a
frequência de uso de mídias sociais, sobre os escores no protocolo neuropsicológico, o que vai de
acordo ao esperado em nossas hipóteses. A análise de AOL-C identificou como fator preditor
primariamente a queixa de sono insuficiente (β: ,467; t = 2,981; p = ,006), o que vai de acordo ao
como detalhado a fundo na nossa revisão bibliográfica. Como apontado por Krause et al (2017) e por
sustentada pode ser relacionado à maior propensão ao sono, com o aumento da pressão para o sono
coincindindo com diminuição do alerta e prejudicando a manutenção da atenção (Massar et al, 2019).
Miyake (2000) e Diamond (2013), o sono insuficiente como preditor apresenta respaldo na literatura.
A análise do domínio de atenção divida, através de AOL-D, apontou para o timing do sono
como o fator mais importante do modelo, em especial o horário de acordar durante a semana [β: -
1,063; t = -3,095; p < ,004]. Tanto o horário de acordar quanto de levantar da cama, delineados pelo
trabalhos como o de McGowan et al (2020) analisam a relação entre o jet-lag social e a performance
composta primariamente por adultos jovens. Os autores concluem que maiores índices de
maior de erros de repetição relacionada à prejuízos de atenção sustentada, relação que se manteve
mesmo ao se controlar por fatores intervenientes como a má qualidade do sono (McGowan et al,
2020). Poucas informações a respeito da relação entre atenção dividida especificamente e jet-lag
149
social foram encontradas na literatura, com o resultado que encontramos indicando o potencial de
reconhecimento, resultou no fator mais significativo do modelo sendo o estado civil dos participantes
(β = ,451; t = 3,733; p = ,001). Há indícios na literatura de que o casamento possa ser um fator
protetivo contra prejuízos de memória, como a memória de reconhecimento que também compõe o
mesmo ao controlar por fatores intervenientes como nível educacional, doenças, idade cronológica e
atividades de lazer. Os autores teorizam que isso ocorra em função da frequente estimulação cognitiva
mútua que ocorre durante um relacionamento, o que levaria a uma maior reserva cognitiva por parte
desses indivíduos (Mousavi-Nassab et al, 2012). Também é possível que outros fatores associados,
como maior estabilidade de horários na rotina dos participantes em relações estáveis, tenha
desempenhado um efeito positivo sobre seu desempenho em comparação aos participantes solteiros,
Por fim, a análise de G-38, referente primariamente aos domínios de memória operacional e
referente ao período anterior à COVID-19 (β: -,555; t = -3,309; p < ,003) e o Compartilhamento de
Postagens em Redes Sociais para o Trabalho (β: -528; t = -3,309; p< ,002). Esses resultados são
congruentes com o apontado anteriormente a respeito da relação entre fadiga e lapsos atencionais,
que levariam a uma lentificação do processamento executivo e maior propensão a erros. Como
descrito em estudos como o de Levenson et al (2016), o uso de redes sociais por períodos prolongados
ou durante a noite é fortememente associado ao aumento na excitação cognitiva, o que a longo prazo
pode se relacionar ao aumento nos níveis de fadiga. Análises mais robustas a respeito dessas relações
150
não são possíveis devido ao número reduzido de participantes limitar a quantidade de observações
obtidas para fundamentar as regressões. No entanto, os resultados que encontramos podem servir
como ponto de partida para futuros estudos nesse sentido com mais participantes.
Apesar de não termos averiguado prejuízo cognitivo associado, pudemos constatar o perfil de
privação crônica do sono, assim como a má qualidade do sono e a fadiga excessiva, na população de
e o sono de má qualidade são prejudiciais para a saúde dos indivíduos afetados, com consequências
negativas em diversas esferas da vida dos sujeitos afetados. Portanto, podemos através dos resultados
desse trabalho apontar para a população de programadores como um grupo de trabalhadores de risco
em relação à privação crônica do sono. Encontramos também correlações entre os hábitos de uso de
tecnologia, os hábitos de sono e o desempenho cognitivo que podem apontar para novas vertentes de
população brasileira, em especial natalense, durante esse período. Não só isso, como identificamos
os programadores como um possível grupo menos afetado pelos impactos biopsicossociais desses
Por fim, sugerimos que futuras pesquisas foquem na utilização de instrumentos objetivos,
subjetivos de sono e cognição, como era a intenção inicial do presente projeto. Similarmente,
pesquisas longitudinais podem avaliar mais profundamente e à longo prazo algumas das relações
apontadas por esse trabalho, podendo caracterizar com mais detalhes as relações entre sono e uso de
dessa pesquisa, sugerimos que estudos futuros busquem realizar comparações com grupos
151
controle/comparação de pouquíssimo contato com tecnologia, a fim de melhor visualizar os
resultados.
8. Limitações
quanto a não-programadores se mostrou difícil durante o período pandêmico, com baixo engajamento
e alta taxa de desistência durante a realização do protocolo de pesquisa. Portanto, a amostra limitada
Em adição a isso, é possível que a limitação ao uso de tecnologia incluída nos critérios de
inclusão do grupo comparação também reduza o potencial de generalização dos dados, considerando
que exclui outros grupos de não-programadores que façam uso mais frequente de tecnologia em suas
atividades laborais.
Outra limitação a ser considerada é o momento socio-histórico em que esse trabalho foi
executivas, visto que as opções presentes para esses construtos são, em sua maioria, de aplicação
presencial, e as alternativas virtuais específicas para medição de funções executivas não apresentavam
validação para a população brasileira. Apesar de termos encontrado uma alternativa de correlatos
cognitivos válidos para a nossa análise, a impossibilidade de avaliar diretamente as FEs é uma
não foi possível elencar testes objetivos para comparação com o relato subjetivo dos voluntários.
Apesar do alto grau de confiabilidade dos instrumentos utilizados, a avaliação subjetiva é por natureza
sujeita a possíveis vieses dos voluntários, em especial se tratando dos índices referentes ao período
152
9. Conclusões
compatível com situação de jet-lag social. Esses resultados são fortemente correlacionados às
horas de uso de tecnologia, o que aponta para a influência do uso de tecnologia para o trabalho
horas totais de sono, qualidade do sono e índices de sonolência diurna excessiva de ambos os
grupos foram bastante similares, com diferenças significativas entre as irregularidades dos
horários de acordar e despertar que apontam para maiores índices de jet-lag social entre
prejuízo aos parâmetros de sono dos dois grupos, assim como no desempenho inferior dos
153
10. REFERÊNCIAS:
Almondes, K. M (2019). Como Avaliar em Neuropsicologia do Sono, 1st edition. Pearson Clinical.
ISBN: 978-85-8040-865-2
Almondes, K. M. (2013). Psicologia da saúde e cronobiologia: diálogo possível?. Psicologia Ciência
e Profissão, vol.33, n.3, pp. 646-655. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932013000300010
Alzoubi, K. H., Mayyas, F. A., Khabour, O. F., Salama, F. M. B., Alhashimi, F. H., & Mhaidat, N.
M. (2016). Chronic melatonin treatment prevents memory impairment induced by chronic sleep
deprivation. Molecular neurobiology, 53(5), 3439-3447. https://doi.org/10.1007/s12035-015-9286-z
American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders.
5th ed. Washington, DC: American Psychiatric Association.
https://doi.org/10.1176/appi.books.9780890425596
Ancker, J. S., Edwards, A., Nosal, S., Hauser, D., Mauer, E., & Kaushal, R. (2017). Effects of
workload, work complexity, and repeated alerts on alert fatigue in a clinical decision support system.
BMC medical informatics and decision making, 17(1), 1-9. https://doi.org/10.1186/s12911-017-
0430-8
Anderson, V., Jacobs, R., & Anderson, P. J. (Eds.). (2010). Executive functions and the frontal lobes:
A lifespan perspective. Psychology Press. https://doi.org/10.4324/9780203837863
Andreassen, C. S. (2015). Online social network site addiction: A comprehensive review. Current
Addiction Reports, 2(2), 175-184. https://doi.org/10.1007/s40429-015-0056-9
Anothaisintawee, T., Reutrakul, S., Van Cauter, E., & Thakkinstian, A. (2016). Sleep disturbances
compared to traditional risk factors for diabetes development: systematic review and meta-analysis.
Sleep medicine reviews, 30, 11-24. https://doi.org/10.1016/j.smrv.2015.10.002
Araújo, D. D. F. (2012). Avaliação da relação entre qualidade de sono e uma intervenção com jogos
para o desempenho de crianças e adolescentes (Master's thesis, Universidade Federal do Rio Grande
do Norte). https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/17510
Arnardottir, E. S., Nikonova, E. V., Shockley, K. R., Podtelezhnikov, A. A., Anafi, R. C., Tanis, K.
Q., ... & Pack, A. I. (2014). Blood-gene expression reveals reduced circadian rhythmicity in
individuals resistant to sleep deprivation. Sleep, 37(10), 1589-1600.
https://doi.org/10.5665/sleep.4064
Arora, T., Broglia, E., Thomas, G. N., & Taheri, S. (2014). Associations between specific
technologies and adolescent sleep quantity, sleep quality, and parasomnias. Sleep medicine, 15(2),
240-247. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2013.08.799
154
Baek, Y., Jung, K., & Lee, S. (2020). Effects of sleep restriction on subjective and physiological
variables in middle-aged Korean adults: an intervention study. Sleep medicine, 70, 60-65.
https://doi.org/10.1016/j.sleep.2020.02.006
Baglioni, C., Spiegelhalder, K., Lombardo, C., & Riemann, D. (2010). Sleep and emotions: A focus
on insomnia. Sleep Medicine Reviews, 14(4), 227–238. https://doi.org/10.1016/j.smrv.2009.10.007
Barkley, R. A. (1997). Behavioral inhibition, sustained attention, and executive functions:
constructing a unifying theory of ADHD. Psychological bulletin, 121(1), 65.
https://psycnet.apa.org/doi/10.1037/0033-2909.121.1.65
Barkley, R. A. (2012). Executive functions: What they are, how they work, and why they evolved.
Guilford Press. ISBN: 9781462505357 146250535X
Baltes, S., & Diehl, S. (2016, September). Worse than spam: Issues in sampling software developers.
In Proceedings of the 10th ACM/IEEE International Symposium on Empirical Software Engineering
and Measurement (pp. 1-6). https://doi.org/10.1145/2961111.2962628
Barone, Mark Thomaz Ugliara, Wey, Daniela, Schorr, Fabiola, Franco, Denise Reis, Carra, Mario
Kehdi, Lorenzi Filho, Geraldo, & Menna-Barreto, Luiz. (2015). Sleep and glycemic control in type
1 diabetes. Archives of Endocrinology and Metabolism, 59(1), 71-78.
https://dx.doi.org/10.1590/2359-3997000000013
Bartel, K., & Gradisar, M. (2017). New directions in the link between technology use and sleep in
young people. In Sleep disorders in children (pp. 69-80). Springer, Cham.
https://doi.org/10.1007/978-3-319-28640-2_4
Bartel, K., van Maanen, A., Cassoff, J., Friborg, O., Meijer, A. M., Oort, F., ... & Gradisar, M. (2017).
The short and long of adolescent sleep: the unique impact of day length. Sleep medicine, 38, 31-36.
https://doi.org/10.1016/j.sleep.2017.06.018
Baumgartner, S. E., Weeda, W. D., van der Heijden, L. L., & Huizinga, M. (2014). The Relationship
Between Media Multitasking and Executive Function in Early Adolescents. The Journal of Early
Adolescence, 34(8), 1120–1144. https://doi.org/10.1177/0272431614523133
Beijamini, F., Pereira, S. I. R., Cini, F. A., & Louzada, F. M. (2014). After being challenged by a
video game problem, sleep increases the chance to solve it. PloS one, 9(1), e84342.
https://doi.org/10.1371/journal.pone.0084342
Benedito-Silva, A. A., Menna-Barreto, L., Marques, N., & Tenreiro, S. (1990). A self-assessment
questionnaire for the determination of morningness-eveningness types in Brazil. Progress in Clinical
and Biological Research, 341,89-98. PMID: 2217379
Bhat, S., Pinto-Zipp, G., Upadhyay, H., & Polos, P. G. (2018). “To sleep, perchance to tweet”: in-
bed electronic social media use and its associations with insomnia, daytime sleepiness, mood, and
sleep duration in adults. Sleep health, 4(2), 166-173. https://doi.org/10.1016/j.sleh.2017.12.004
155
Borbély A. A. (1982). A two process model of sleep regulation. Human neurobiology, 1(3), 195–204.
Borb, A. A., & Achermann, P. (1999). Sleep homeostasis and models of sleep regulation. Journal of
biological rhythms, 14(6), 559-570. https://doi.org/10.1177%2F074873099129000894
Borbély, A. A., Daan, S., Wirz‐Justice, A., & Deboer, T. (2016). The two‐process model of sleep
regulation: a reappraisal. Journal of sleep research, 25(2), 131-143. https://doi.org/10.1111/jsr.12371
Bradley, A. J., Webb-Mitchell, R., Hazu, A., Slater, N., Middleton, B., Gallagher, P., ... & Anderson,
K. N. (2017). Sleep and circadian rhythm disturbance in bipolar disorder. Psychological medicine,
47(9), 1678-1689. https://doi.org/ 017/S0033291717000186
Brandstaetter, R. (2004). Circadian lessons from peripheral clocks: is the time of the mammalian
pacemaker up? Proceedings of the National Academy of Sciences ofthe United States of America,
101, 5699-5700. https://doi.org/10.1073/pnas.0401378101
Burke, D. (1995). All circuits are busy now: The 1990 AT&T long distance network collapse.
California Polytechnic State University. CSC440-01
Bucksch, J., Sigmundova, D., Hamrik, Z., Troped, P. J., Melkevik, O., Ahluwalia, N., et al. (2016).
International trends in adolescent screen-time behaviors from 2002 to 2010. Journal of Adolescent
Health, 58, 417–425. https://doi.org/10.1016/j.jadohealth.2015.11.014
Burgess, J., & Green, J. (2018). YouTube: Online video and participatory culture. John Wiley &
Sons.
Burnett, M., Fleming, S. D., Iqbal, S., Venolia, G., Rajaram, V., Farooq, U., ... & Czerwinski, M.
(2010, September). Gender differences and programming environments: Across programming
populations. In Proceedings of the 2010 ACM-IEEE international symposium on empirical software
engineering and measurement (pp. 1-10). https://doi.org/10.1145/1852786.1852824
Buysse, D. J., Reynolds, C. F., Monk, T. H., Berman, S. R., & Kupfer, D. J. (1989). The Pittsburg
sleep quality index: a new instrument for psychiatric practice and research. Psychiatry Research, 28,
193-213. https://doi.org/10.1016/0165-1781(89)90047-4
Cain, N., & Gradisar, M. (2010). Electronic media use and sleep in school-aged children and
adolescents: A review. Sleep medicine, 11(8), 735-742. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2010.02.006
Cajochen, C., Jud, C., Münch, M., Kobialka, S., Wirz‐Justice, A., & Albrecht, U. (2006). Evening
exposure to blue light stimulates the expression of the clock gene PER2 in humans. European Journal
of Neuroscience, 23(4), 1082-1086. https://doi.org/10.1111/j.1460-9568.2006.04613.x
Carbia, C., Cadaveira, F., Caamano-Isorna, F., Rodriguez-Holguin, S., & Corral, M. (2017). Binge
drinking during adolescence and young adulthood is associated with deficits in verbal episodic
memory. PLoS One, 12(2), e0171393. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0171393
156
Casagrande, M., Favieri, F., Tambelli, R., & Forte, G. (2020). The enemy who sealed the world:
Effects quarantine due to the COVID-19 on sleep quality, anxiety, and psychological distress in the
Italian population. Sleep medicine, 75, 12-20. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2020.05.011
Castellanos, F. X., Sonuga-Barke, E. J., Milham, M. P., & Tannock, R. (2006). Characterizing
cognition in ADHD: beyond executive dysfunction. Trends in cognitive sciences, 10(3), 117-123.
https://doi.org/10.1016/j.tics.2006.01.011
Castro, E. D. A. S., & de Almondes, K. M. (2018). Sleep pattern and decision-making in physicians
from mobile emergency care service with 12-h work schedules. International Journal of
Neuroscience, 128(6), 530-539. https://doi.org/10.1080/00207454.2017.1400970
Castro, L. S., Poyares, D., Leger, D., Bittencourt, L., & Tufik, S. (2013). Objective prevalence of
insomnia in the São Paulo, Brazil epidemiologic sleep study. Annals of neurology, 74(4), 537-546.
https://doi.org/10.1002/ana.23945
Chee, M.W., & Choo, W.C. (2004). Functional imaging of working memory after 24 hr of total sleep
deprivation. Journal of Neuroscience, 24, 4560–4567. https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.0007-
04.2004
Chee, M.W., &Chuah, L.Y. (2007). Functional neuroimaging and behavioral correlates of capacity
decline in visual short-term memory after sleep deprivation. Proceedings of the National Academy of
Science of the United States of America, 104(22), 9487–9492.
https://doi.org/10.1073/pnas.0610712104
Chee, M. W., & Chuah, L. Y. (2008). Functional neuroimaging insights into how sleep and sleep
deprivation affect memory and cognition. Current opinion in neurology, 21(4), 417-423.
https://doi.org/10.1097/WCO.0b013e3283052cf7
Chengyang, L., Daqing, H., Jianlin, Q. et al. Brain Imaging and Behavior (2017) 11: 954.
https://doi.org/10.1007/s11682-016-9570-1
Chellappa, S. L., Steiner, R., Oelhafen, P., Lang, D., Götz, T., Krebs, J., & Cajochen, C. (2013). Acute
exposure to evening blue‐enriched light impacts on human sleep. Journal of sleep research, 22(5),
573-580. https://doi.org/10.1111/jsr.12050
Chellappa, S. L., Steiner, R., Blattner, P., Oelhafen, P., Götz, T., & Cajochen, C. (2011). Non-visual
effects of light on melatonin, alertness and cognitive performance: can blue-enriched light keep us
alert?. PloS one, 6(1), e16429. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0016429
Chen, J., Liang, J., Lin, X., Zhang, Y., Zhang, Y., Lu, L., & Shi, J. (2017). Sleep deprivation promotes
habitual control over goal-directed control: behavioral and neuroimaging evidence. Journal of
Neuroscience, 37(49), 11979-11992. https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.1612-17.2017
157
Choo, W.-C., Lee, W.-W., Venkatraman, V., Sheu, F.-S., & Chee, M. W. L. (2005). Dissociation of
cortical regions modulated by both working memory load and sleep deprivation and by sleep
deprivation alone. NeuroImage, 25(2), 579–587. https://doi.org/10.1016/j.neuroimage.2004.11.029
Clark, D. B., Thatcher, D. L., & Tapert, S. F. (2008). Alcohol, psychological dysregulation, and
adolescent brain development. Alcoholism: Clinical and Experimental Research, 32(3), 375-385.
https://doi.org/10.1111/j.1530-0277.2007.00601.x
Claes, M., Mäntylä, M. V., Kuutila, M., & Adams, B. (2018, May). Do programmers work at night
or during the weekend?. In Proceedings of the 40th International Conference on Software Engineering
(pp. 705-715). https://doi.org/10.1145/3180155.3180193
Conway, A. R., Kane, M. J., & Engle, R. W. (2003). Working memory capacity and its relation to
general intelligence. Trends in cognitive sciences, 7(12), 547-552.
https://doi.org/10.1016/j.tics.2003.10.005
Colom, R., Martínez-Molina, A., Shih, P. C., & Santacreu, J. (2010). Intelligence, working memory,
and multitasking performance. Intelligence, 38(6), 543-551.
https://doi.org/10.1016/j.intell.2010.08.002
Cox, R. C., & Olatunji, B. O. (2016). A systematic review of sleep disturbance in anxiety and related
disorders. Journal of anxiety disorders, 37, 104-129. https://doi.org/10.1016/j.janxdis.2015.12.001
Crk, I., Kluthe, T., & Stefik, A. (2016). Understanding programming expertise: an empirical study of
phasic brain wave changes. ACM Transactions on Computer-Human Interaction (TOCHI), 23(1), 2.
https://doi.org/10.1145/2829945
Diamond, A. (2013). Executive functions. Annual Review of Psychology, 64, 135–168
https://doi.org/10.1146/annurev-psych-113011-143750
Diamond, A., & Ling, D. S. (2016). Conclusions about interventions, programs, and approaches for
improving executive functions that appear justified and those that, despite much hype, do not.
Developmental cognitive neuroscience, 18, 34-48. https://doi.org/10.1016/j.dcn.2015.11.005
Dhir, A., Yossatorn, Y., Kaur, P., & Chen, S. (2018). Online social media fatigue and psychological
wellbeing—A study of compulsive use, fear of missing out, fatigue, anxiety and depression.
International Journal of Information Management, 40, 141-152.
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2018.01.012
Dong, E., Du, H., & Gardner, L. (2020). An interactive web-based dashboard to track COVID-19 in
real time. The Lancet infectious diseases, 20(5), 533-534. https://doi.org/10.1016/S1473-
3099(20)30120-1
Doran, S.M., Van Dongen, H.P., &Dinges, D.F. (2001). Sustained attention performance during sleep
deprivation: Evidence of state instability. Archives of Italian Biology, 139(3), 253–267.
https://doi.org/10.4449/aib.v139i3.503
158
Drummond, S. P. A., Walker, M. Almklo Fernandez-Mendoza, J., Calhoun, S., Bixler, E. O., Pejovic,
S., Karataraki, M., Liao D., ..., &Vgontzas, A. N. (2010). Insomnia with objective short sleep duration
is associated with deficits in neuropsychological performance: a general population study. Sleep,
33(4), 459-65. https://doi.org10.1161/HYPERTENSIONAHA.112.193268.
Drummond, S.P., Bischoff-Grethe, A., Dinges, D.F., Ayalon, L., Mednick, S.C., &Meloy, M.J.
(2005). The neural basis of the psychomotor vigilance task. Sleep, 28(9), 1059–1068.
https://doi.org/10.1093/sleep/28.9.1059
Drummond, S.P., Brown, G.G., Gillian, J., Stricker, J., Wong, E., & Buxton, R. (2000). Altered brain
response to verbal learning following sleep deprivation. Nature, 403, 655–657.
https://doi.org/10.1038/35001068
Drummond, S.P., Brown, G.G., Salamat, J.S., &Gillin, J.C. (2004). Increasing task difficulty
facilitates the cerebral compensatory response to total sleep deprivation. Sleep, 27, 445–451.
https://doi.org/10.1093/sleep/27.3.445
Drummond, S.P., Gillin, J.C., & Brown, G.G. (2001). Increased cerebral response during a divided
attention task following sleep deprivation. Journal of Sleep Research, 10, 85–92.
https://doi.org/10.1046/j.1365-2869.2001.00245.x
Drummond, S.P., Meloy, M.J., Yanagi, M.A., Orff, H.J., & Brown, G.G. (2005). Compensatory
recruitment after sleep deprivation and the relationship with performance. Psychiatry Research, 140,
211–223. https://doi.org/10.1016/j.pscychresns.2005.06.007
Durmer, J.S., & Dinges, D.F. (2005). Neurocognitive consequences of sleep deprivation. Seminars in
Neurology, 25(1), 117–129. https://doi:10.1055/s-2005-867080
Ellis, S.K., Walczyk, J.J., Bulboltz, W., & Felix, V. (2014). The relationship between self-reported
sleep quality and reading comprehension skills. Sleep Science, 7, 189-196.
https://doi.org/10.1016/j.slsci.2014.12.001
Enright, T., & Refinetti, R. (2017). Chronotype, class times, and academic achievement of university
students. Chronobiology international, 34(4), 445-450.
https://doi.org/10.1080/07420528.2017.1281287
Exelmans L, Van den Bulck J. Sleep quality is negatively related to video gaming volume in adults.
J Sleep Res 2015;24(2):189–96 https://doi.org/10.1111/jsr.12255
Exelmans, L., & Van den Bulck, J. (2016). Bedtime mobile phone use and sleep in adults. Social
Science & Medicine, 148, 93-101. https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2015.11.037
Exelmans, L., & Van den Bulck, J. (2017). Bedtime, shuteye time and electronic media: sleep
displacement is a two‐step process. Journal of sleep research, 26(3), 364-370.
https://doi.org/10.1111/jsr.12510
159
Ferguson, S. A., Appleton, S. L., Reynolds, A. C., Gill, T. K., Taylor, A. W., McEvoy, R. D., &
Adams, R. J. (2019). Making errors at work due to sleepiness or sleep problems is not confined to
non-standard work hours: results of the 2016 Sleep Health Foundation national survey.
Chronobiology international, 36(6), 758-769. https://doi.org/10.1080/07420528.2019.1578969
Freeman, D., Sheaves, B., Waite, F., Harvey, A. G., & Harrison, P. J. (2020). Sleep disturbance and
psychiatric disorders. The Lancet Psychiatry, 7(7), 628-637. https://doi.org/10.1016/S2215-
0366(20)30136-X
Friedman, N. P., & Miyake, A. (2017). Unity and diversity of executive functions: Individual
differences as a window on cognitive structure. Cortex, 86, 186-204.
https://doi.org/10.1016/j.cortex.2016.04.023
Fossum, I. N., Nordnes, L. T., Storemark, S. S., Bjorvatn, B., & Pallesen, S. (2014). The association
between use of electronic media in bed before going to sleep and insomnia symptoms, daytime
sleepiness, morningness, and chronotype. Behavioral sleep medicine, 12(5), 343-357.
https://doi.org/10.1080/15402002.2013.819468
Fritz, T., Begel, A., Müller, S. C., Yigit-Elliott, S., & Züger, M. (2014, May). Using psycho-
physiological measures to assess task difficulty in software development. In Proceedings of the 36th
international conference on software engineering (pp. 402-413). ACM.
https://doi.org/10.1145/2568225.2568266
Fritz, T., & Müller, S. C. (2016, March). Leveraging biometric data to boost software developer
productivity. In 2016 IEEE 23rd International Conference on Software Analysis, Evolution, and
Reengineering (SANER) (Vol. 5, pp. 66-77). IEEE. https://doi.org10.1109/SANER.2016.107.
Ford, E. S., Wheaton, A. G., Cunningham, T. J., Giles, W. H., Chapman, D. P., & Croft, J. B. (2014).
Trends in outpatient visits for insomnia, sleep apnea, and prescriptions for sleep medications among
US adults: findings from the National Ambulatory Medical Care survey 1999-2010. Sleep, 37(8),
1283-1293. https://doi.org/10.5665/sleep.3914
Gradisar, M., Terrill, G., Johnston, A., & Douglas, P. (2008). Adolescent sleep and working memory
performance. Sleep and Biological Rhythms, 6(3), 146-154. https://doi.org/10.1111/j.1479-
8425.2008.00353.x
Gradisar M, Wolfson AR, Harvey AG, Hale L, Rosenberg R, Czeisler CA. The sleep and
technology use of Americans: findings from the National Sleep Foundation's 2011 Sleep in America
poll. J Clin Sleep Med 2013;9(12):1291. https://doi.org/10.5664/jcsm.3272
Grandner, M. A. (2019). Epidemiology of insufficient sleep and poor sleep quality. In Sleep and
Health (pp. 11-20). Academic Press. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-815373-4.00002-2
160
Goldstein, S., Naglieri, J. A., Princiotta, D., & Otero, T. M. (2014). Introduction: A history of
executive functioning as a theoretical and clinical construct. In Handbook of executive functioning
(pp. 3-12). Springer, New York, NY. https://doi.org/10.1007/978-1-4614-8106-5_1
Habeck, C., Rakitin, B.C., Moeller, J., Scarmeas, N., Zarahn, E., Brown, T., Stern, Y., 2004. An
event-related fMRI study of the neurobehavioral impact of sleep deprivation on performance of a
delayed-matchto-sample task. Brain Res. Cogn. Brain Res. 18, 306 – 321.
https://doi.org/10.1016/j.cogbrainres.2003.10.019
Hardeland, R., Madrid, J. A., Tan, D. X., & Reiter, R. J. (2012). Melatonin, the circadian
multioscillator system and health: the need for detailed analyses of peripheral melatonin signaling.
Journal of pineal research, 52(2), 139-166. https://doi.org/10.1111/j.1600-079X.2011.00934.x
Hale, L., & Guan, S. (2015). Screen time and sleep among school-aged children and adolescents: a
systematic literature review. Sleep medicine reviews, 21, 50-58.
https://doi.org/10.1016/j.smrv.2014.07.007
Hagewoud, R., Havekes, R., Novati, A., Keijser, J. N., Van der Zee, E. A., & Meerlo, P. (2010). Sleep
deprivation impairs spatial working memory and reduces hippocampal AMPA receptor
phosphorylation. Journal of sleep research, 19(2), 280-288. https://doi.org/10.1111/j.1365-
2869.2009.00799.x
Hastings, M. H., Maywood, E. S., & Brancaccio, M. (2018). Generation of circadian rhythms in the
suprachiasmatic nucleus. Nature Reviews Neuroscience, 19(8), 453. https://doi.org/10.1038/s41583-
018-0026-z
Hena, M., & Garmy, P. (2020). Social Jetlag and Its Association With Screen Time and Nighttime
Texting Among Adolescents in Sweden: A Cross-Sectional Study. Frontiers in neuroscience, 14, 122.
https://doi.org/10.3389/fnins.2020.00122
Hendriks, H., van de Rest, O., Snippe, A., Kieboom, J., & Hogenelst, K. (2020). Alcohol
Consumption, Drinking Patterns, and Cognitive Performance in Young Adults: A Cross-Sectional
and Longitudinal Analysis. Nutrients, 12(1), 200. https://doi.org/10.3390/nu12010200
Heo JY, Kim K, Fava M, Mischoulon D, Papakostas GI, Kim MJ, Kim DJ, Chang KA, Oh Y, Yu
BH, Jeon HJ. Effects of smartphone use with and without blue light at night in healthy adults: a
randomized, double-blind, cross-over, placebo-controlled comparison. J Psychiatry Res 2017;87:61–
70 https://doi.org/10.1016/j.jpsychires.2016.12.010
Hilditch, C. J., Dorrian, J., & Banks, S. (2017). A review of short naps and sleep inertia: do naps of
30 min or less really avoid sleep inertia and slow-wave sleep?. Sleep medicine, 32, 176-190.
https://doi.org/10.1016/j.sleep.2016.12.016
161
Hirshkowitz, M., Whiton, K., Albert, S. M., Alessi, C., Bruni, O., DonCarlos, L., ... & Neubauer, D.
N. (2015). National Sleep Foundation’s sleep time duration recommendations: methodology and
results summary. Sleep health, 1(1), 40-43. https://doi.org/10.1016/j.sleh.2014.12.010
Hirotsu, C., Bittencourt, L., Garbuio, S., Andersen, M. L., & Tufik, S. (2014). Sleep complaints in
the Brazilian population: Impact of socioeconomic factors. Sleep Science, 7(3), 135-142.
https://doi.org/10.1016/j.slsci.2014.08.001
Honn, K. A., Hinson, J. M., Whitney, P., & Van Dongen, H. P. A. (2019). Cognitive flexibility: a
distinct element of performance impairment due to sleep deprivation. Accident Analysis &
Prevention, 126, 191-197. https://doi.org/10.1016/j.aap.2018.02.013
Horne, J. A., & Östberg, O. (1975). A self-assessment questionnaire to determine morningness-
eveningness in human circadian rhythms. International Journal of Chronobiology, 4(2),97-110.
PMID: 1027738
Huang, Q., Li, Y., Huang, S., Qi, J., Shao, T., Chen, X., ... & Chen, H. (2020). Smartphone use and
sleep quality in Chinese college students: a preliminary study. Frontiers in Psychiatry, 11.
https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00352
International Labour Organization. (Org.). Report II: Measurement of working time. Geneva: ILO;
2008. ISBN : 92-2-121621-7
Jansson-Frojmark, M., & Lindblom, K. (2008). A bi-directional relationship between anxiety and
depression, and insomnia? A prospective study in the general population. Journal of Psychosomatic
Research, 64, 440–443. https://doi.org/10.1016/j.jpsychores.2007.10.016
Javaheipour, N., Shahdipour, N., Noori, K., Zarei, M., Camilleri, J., Laird, A., ... & Khazaie, H.
(2019). Functional brain alterations in acute sleep deprivation: an activation likelihood estimation
meta-analysis. Sleep medicine reviews. https://doi.org/10.1016/j.smrv.2019.03.008
Jaeggi, S. M., Buschkuehl, M., Perrig, W. J., & Meier, B. (2010). The concurrent validity of the N-
back task as a working memory measure. Memory, 18(4), 394-412.
https://doi.org/10.1080/09658211003702171
Johann, V., Könen, T., & Karbach, J. (2020). The unique contribution of working memory, inhibition,
cognitive flexibility, and intelligence to reading comprehension and reading speed. Child
Neuropsychology, 26(3), 324-344. https://doi.org/10.1080/09297049.2019.1649381
Johns, M. W. (1991). A new method for measuring daytime sleepiness: the Epworth sleepiness scale.
sleep, 14(6), 540-545. https://doi.org/10.1093/sleep/14.6.540
Johnston, P., & Harris, R. (2019). The Boeing 737 MAX saga: lessons for software organizations.
Software Quality Professional, 21(3), 4-12. https://doi.org/10.1016/j.eng.2019.11.002
Juan, S. M., & Adlard, P. A. (2019). Ageing and cognition. Biochemistry and Cell Biology of Ageing:
Part II Clinical Science, 107-122. https://doi.org/10.1007/978-981-13-3681-2_5
162
Kakinuma, M., Takahashi, M., Kato, N., Aratake, Y., Watanabe, M., Ishikawa, Y., ... & Tanaka, K.
(2010). Effect of brief sleep hygiene education for workers of an information technology company.
Industrial health, 1006240002-1006240002. https://doi.org/10.2486/indhealth.MS1136
Kaplan, A. M., & Haenlein, M. (2010). Users of the world, unite! The challenges and opportunities
of Social Media. Business horizons, 53(1), 59-68. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2009.09.003
Kerkhof GA, Epidemiology of Sleep and Sleep Disorders in The Netherlands, Sleep Medicine (2016),
https://doi.org/10.1016/j.sleep.2016.09.015
Keyes, K. M., Maslowsky, J., Hamilton, A., & Schulenberg, J. (2015). The great sleep recession:
Changes in sleep duration among US adolescents, 1991–2012. Pediatrics, 135, 460–468
https://doi.org/10.1542/peds.2014-2707
Killgore, W.D., Balkin, T.J., &Wesensten, N.J. (2006). Impaired decision making following 49 h of
sleep deprivation. Journal of Sleep Research, 15(1), 7–13. https://doi.org/10.1111/j.1365-
2869.2006.00487.x
Killgore, W.D., Kahn-Greene, E.T., Lipizzi, E.L., Newman, R.A., Kamimori, G.H., &Balkin, T.J.
(2008). Sleep deprivation reduces perceived emotional intelligence and constructive thinking skills.
Sleep Medicine, 9(5), 517–526. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2007.07.003
Kim, S. J., Lee, Y. J., Cho, S. J., Cho, I. H., Lim, W., & Lim, W. (2011). Relationship between
weekend catch-up sleep and poor performance on attention tasks in Korean adolescents. Archives of
pediatrics & adolescent medicine, 165(9), 806-812. https://.doi.org/10.1001/archpediatrics.2011.128
Kolla, B. P., He, J. P., Mansukhani, M. P., Frye, M. A., & Merikangas, K. (2020). Excessive
sleepiness and associated symptoms in the US adult population: prevalence, correlates, and
comorbidity. Sleep health, 6(1), 79-87. https://doi.org/10.1016/j.sleh.2019.09.004
Kosti, M. V., Georgiadis, K., Adamos, D. A., Laskaris, N., Spinellis, D., & Angelis, L. (2018).
Towards an affordable brain computer interface for the assessment of programmers’ mental
workload. International Journal of Human-Computer Studies, 115, 52-66.
https://doi.org/10.1016/j.ijhcs.2018.03.002
Krause, A. J., Simon, E. B., Mander, B. A., Greer, S. M., Saletin, J. M., Goldstein-Piekarski, A. N.,
& Walker, M. P. (2017). The sleep-deprived human brain. Nature Reviews Neuroscience, 18(7), 404.
http://dx.doi.org/10.1038/nrn.2017.55
Kripke, D.F. (2004). Do we sleep too much? Sleep, 27(1), 13–14. PMID: 14998231
Kwon, K. J., Lee, E. J., Kim, M. K., Jeon, S. J., Choi, Y. Y., Shin, C. Y., & Han, S. H. (2015). The
potential role of melatonin on sleep deprivation-induced cognitive impairments: implication of FMRP
on cognitive function. Neuroscience, 301, 403-414.
https://doi.org/10.1016/j.neuroscience.2015.05.079
163
Kuo, B. C., Stokes, M. G., & Nobre, A. C. (2012). Attention modulates maintenance of
representations in visual short-term memory. Journal of cognitive neuroscience, 24(1), 51-60.
https://doi.org/10.1162/jocn_a_00087
Lam, M., Eng, G. K., Rapisarda, A., Subramaniam, M., Kraus, M., Keefe, R. S., & Collinson, S. L.
(2013). Formulation of the age–education index: Measuring age and education effects in
neuropsychological performance. Psychological assessment, 25(1), 61.
https://doi.org/10.1037/a0030548
Lanaj, K., Johnson, R. E., & Barnes, C. M. (2014). Beginning the workday yet already depleted?
Consequences of late-night smartphone use and sleep. Organizational Behavior and Human Decision
Processes, 124(1), 11-23. https://doi.org/10.1016/j.obhdp.2014.01.001
Lee, S., Buxton, O. M., Andel, R., & Almeida, D. M. (2019). Bidirectional associations of sleep with
cognitive interference in employees' work days. Sleep health, 5(3), 298-308.
https://doi.org/10.1016/j.sleh.2019.01.007
Lee, S., Hooshyar, D., Ji, H., Nam, K., & Lim, H. (2018). Mining biometric data to predict
programmer expertise and task difficulty. Cluster Computing, 21(1), 1097-1107.
https://doi.org/10.1007/s10586-017-0746-2
Leveson, N. G., & Turner, C. S. (1993). An investigation of the Therac-25 accidents. Computer,
26(7), 18-41. https://doi.org/10.1109/MC.1993.274940
Levenson JC, Shensa A, Sidani JE, Colditz JB, Primack BA. The association between social media
use and sleep disturbance among young adults. Prev Med 2016;85:36–41
https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2016.01.001
Lezak, M. D., Howieson, D. B., Loring, D. W., & Fischer, J. S. (2004). Neuropsychological
assessment. Oxford University Press, USA. https://doi.org/10.1007/s00415-005-0003-0
Li, J., Lepp, A., & Barkley, J. E. (2015). Locus of control and cell phone use: Implications for sleep
quality, academic performance, and subjective well-being. Computers in Human Behavior, 52, 450-
457. https://doi.org/10.1016/j.chb.2015.06.021
Liew, S. C., & Aung, T. (2020). Sleep deprivation and its association with diseases-A review. Sleep
medicine. https://doi.org/10.1016/j.sleep.2020.07.048
Lim, J., &Dinges, D.F. (2010). A meta-analysis of the impact of short-term sleep deprivation on
cognitive variables. Psychological Bulletin, 136(3), 375–389. https://doi.org/10.1037/a0018883
Lim, J., Choo, W.C., & Chee, M.W. (2007). Reproducibility of changes in behaviour and fMRI
activation associated with sleep deprivation in a working memory task. Sleep, 30(1), 61–70.
https://doi.org/10.1093/sleep/30.1.61
Liu, R. Q., Qian, Z., Trevathan, E., Chang, J. J., Zelicoff, A., Hao, Y. T., ... & Dong, G. H. (2016).
Poor sleep quality associated with high risk of hypertension and elevated blood pressure in China:
164
results from a large population-based study. Hypertension Research, 39(1), 54.
https://doi.org/10.1038/hr.2015.98
Lo, J. C., Groeger, J. A., Santhi, N., Arbon, E. L., Lazar, A. S., Hasan, S., ... & Dijk, D. J. (2012).
Effects of partial and acute total sleep deprivation on performance across cognitive domains,
individuals and circadian phase. PloS one, 7(9), e45987.
https://doi.org/10.1371/journal.pone.0045987
Lo, J. C., Ong, J. L., Leong, R. L., Gooley, J. J.,& Chee, M. W. (2016). Cognitive performance,
sleepiness, and mood in partially sleep deprived adolescents: the need for sleep study. Sleep, 39(3),
687-698. https://doi.org/10.5665/sleep.5552
Lowe, C. J., Safati, A., & Hall, P. A. (2017). The neurocognitive consequences of sleep restriction:
A meta-analytic review. Neuroscience and biobehavioral reviews, 80, 586–604.
https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2017.07.010
Lucas-Thompson, R. G., Crain, T. L., & Brossoit, R. M. (2021). Measuring sleep duration in
adolescence: comparing subjective and objective daily methods. Sleep Health, 7(1), 79-82.
https://doi.org/10.1016/j.sleh.2020.06.005
Lund, H. G., Reider, B. D., Whiting, A. B., & Prichard, J. R. (2010). Sleep patterns and predictors of
disturbed sleep in a large population of college students. Journal of adolescent health, 46(2), 124-132.
https://doi.org/10.1016/j.jadohealth.2009.06.016
Luria, A. R. (1981). Fundamentos de neuropsicologia. São Paulo, SP: Editora da Universidade de São
Paulo. ISBN: 85-216-0152-2
Lye, S. Y., & Koh, J. H. L. (2014). Review on teaching and learning of computational thinking
through programming: What is next for K-12? Computers in Human Behavior, 41, 51–61.
https://doi.org/10.1016/j.chb.2014.09.012
Madrid-Valero, J. J., Martínez-Selva, J. M., Couto, B. R. D., Sánchez-Romera, J. F., & Ordoñana, J.
R. (2017). Age and gender effects on the prevalence of poor sleep quality in the adult population.
Gaceta sanitaria, 31, 18-22. https://doi.org/10.1016/j.gaceta.2016.05.013
Malloy-Diniz, L. F., Sedo, M., Fuentes, D., & Leite, W. B. (2008). Neuropsicologia das funções
executivas. Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 187. ISBN: 978-85-8271-056-2
Marelli, S., Castelnuovo, A., Somma, A., Castronovo, V., Mombelli, S., Bottoni, D., ... & Ferini-
Strambi, L. (2021). Impact of COVID-19 lockdown on sleep quality in university students and
administration staff. Journal of Neurology, 268(1), 8-15. https://doi.org/10.1007/s00415-020-10056-
6
Massar, S. A., Lim, J., Sasmita, K., &Chee, M. W. (2019). Sleep deprivation increases the costs of
attentional effort: performance, preference and pupil size. Neuropsychologia, 123, 169-177.
https://doi.org/10.1016/j.neuropsychologia.2018.03.032
165
Maurice M. Ohayon, Mary A. Carskadon, Christian Guilleminault, Michael V. Vitiello, Meta-
Analysis of Quantitative Sleep Parameters From Childhood to Old Age in Healthy Individuals:
Developing Normative Sleep Values Across the Human Lifespan, Sleep, Volume 27, Issue 7, October
2004, Pages 1255–1273, https://doi.org/10.1093/sleep/27.7.1255
Mazzer, K., Bauducco, S., Linton, S. J., & Boersma, K. (2018). Longitudinal associations between
time spent using technology and sleep duration among adolescents. Journal of adolescence, 66, 112-
119. https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2018.05.004
Millman RP; Working Group on Sleepiness in Adolescents/Young Adults; AAP Committee on
Adolescence. Excessive sleepiness in adolescents and young adults: causes, consequences, and
treatment strategies. Pediatrics. 2005 Jun;115(6):1774-86. doi: 10.1542/peds.2005-0772. PMID:
15930245.
Miyake, A., Friedman, N. P., Emerson, M. J., Witzki, A. H., Howerter, A., & Wager, T. D. (2000).
The Unity and Diversity of Executive Functions and Their Contributions to Complex “Frontal Lobe”
Tasks: A Latent Variable Analysis. Cognitive Psychology, 41(1), 49–100.
https://doi.org/10.1006/cogp.1999.0734
Moore-Ede, M. C., & Sulzman, F. M. (1981). Internal temporal order. In Biological rhythms (pp.
215-241). Springer, Boston, MA. https://doi.org/10.1007/978-1-4615-6552-9_12
Moore, R. Y., & Eichler, V. B. (1972). Loss of a circadian adrenal corticosterone rhythm following
suprachiasmatic lesions in the rat. Brain research. https://psycnet.apa.org/doi/10.1016/0006-
8993(72)90054-6
Morphy, H., Dunn, K. M., Lewis, M., Boardman, H. F., & Croft, P. R. (2007). Epidemiology of
insomnia: a longitudinal study in a UK population. Sleep, 30(3), 274-280.
https://doi.org/10.1093/sleep/30.3.274
Mousavi-Nasab, S. M., Kormi-Nouri, R., Sundström, A., & Nilsson, L. G. (2012). The effects of
marital status on episodic and semantic memory in healthy middle-aged and old individuals.
Scandinavian journal of psychology, 53(1), 1–8. https://doi.org/10.1111/j.1467-9450.2011.00926.x
Murdock, K. K., Horissian, M., & Crichlow-Ball, C. (2017). Emerging adults’ text message use and
sleep characteristics: A multimethod, naturalistic study. Behavioral sleep medicine, 15(3), 228-241.
https://doi.org/10.1080/15402002.2015.1120203
Mollicone, D. J., Van Dongen, H., Rogers, N. L., Banks, S. & Dinges, D. F. (2010) Time of day
effects on neurobehavioral performance during chronic sleep restriction. Aviat. Space Environ. Med.
81, 735–744 https://doi.org/10.3357/ASEM.2756.2010
Morin, C. M., LeBlanc, M., Bélanger, L., Ivers, H., Mérette, C., & Savard, J. (2011). Prevalence of
insomnia and its treatment in Canada. The Canadian Journal of Psychiatry, 56(9), 540-548.
https://doi.org/10.1177%2F070674371105600905
166
Nakagawa, T., Kamei, Y., Uwano, H., Monden, A., Matsumoto, K., & German, D. M. (2014, May).
Quantifying programmers' mental workload during program comprehension based on cerebral blood
flow measurement: a controlled experiment. In Companion Proceedings of the 36th International
Conference on Software Engineering (pp. 448-451). ACM. https://doi.org/10.1145/2591062.2591098
Ng, T. H., Chung, K. F., Ho, F. Y. Y., Yeung, W. F., Yung, K. P., & Lam, T. H. (2015). Sleep–wake
disturbance in interepisode bipolar disorder and high-risk individuals: A systematic review and meta-
analysis. Sleep medicine reviews, 20, 46-58. https://doi.org/10.1016/j.smrv.2014.06.006
Nguyen‐Louie, T. T., Tracas, A., Squeglia, L. M., Matt, G. E., Eberson‐Shumate, S., & Tapert, S. F.
(2016). Learning and memory in adolescent moderate, binge, and extreme‐binge drinkers.
Alcoholism: clinical and experimental research, 40(9), 1895-1904.
https://doi.org/10.1111/acer.13160
Norman, D. A., & Shallice, T. (1986). Attention to action. In Consciousness and self-regulation (pp.
1-18). Springer, Boston, MA. https://doi.org/10.1007/978-1-4757-0629-1_1
Oliveira, M. L. C. D. (2016). Relação entre o uso de" mídias eletrônicas" e os hábitos de sono,
sonolência diurna e processos cognitivos em adolescentes (Master's thesis, Brasil).
Patrick, Y., Lee, A., Raha, O., Pillai, K., Gupta, S., Sethi, S., ... & Smith, S. F. (2017). Effects of sleep
deprivation on cognitive and physical performance in university students. Sleep and biological
rhythms, 15(3), 217-225. https://doi.org/10.1007/s41105-017-0099-5
Paunio, T., Korhonen, T., Hublin, C., Partinen, M., Koskenvuo, K., Koskenvuo, M., & Kaprio, J.
(2015). Poor sleep predicts symptoms of depression and disability retirement due to depression.
Journal of affective disorders, 172, 381-389. https://doi.org/10.1016/j.jad.2014.10.002
Peitek, N., Siegmund, J., Apel, S., Kästner, C., Parnin, C., Bethmann, A., ... & Brechmann, A. (2018).
A look into programmers' heads. IEEE Transactions on Software Engineering.
https://doi.org/10.1109/TSE.2018.2863303
Pereira, Alexandre Alves, Ceolim, Maria Filomena, & Neri, Anita Liberalesso. (2013). Association
between insomnia symptoms, daytime napping, and falls in community-dwelling elderly. Cadernos
de Saúde Pública, 29(3), 535-546. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000300011
Pereira, Érico Felden, Barbosa, Diego Grasel, Andrade, Rubian Diego, Claumann, Gaia Salvador,
Pelegrini, Andreia, & Louzada, Fernando Mazzilli. (2015). Sono e adolescência: quantas horas os
adolescentes precisam dormir?. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 64(1), 40-44.
https://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000055
Pew Research Center. Mobile fact sheet. [homepage on the internet]. Available from:
https://www.pewinternet.org/2019/06/13/mobile-technology-and-home-broadband-2019/; 2019.
[Updated June 13 2019; Cited July 15 2019].
167
Primack, B. A., Shensa, A., Escobar-Viera, C. G., Barrett, E. L., Sidani, J. E., Colditz, J. B., & James,
A. E. (2017). Use of multiple social media platforms and symptoms of depression and anxiety: A
nationally-representative study among US young adults. Computers in human behavior, 69, 1-9.
https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.11.013
Purim, K. S. M., Guimarães, A. T. B., Titski, A. C. K., & Leite, N. E. I. V. A. (2016). Privação do
sono e sonolência excessiva em médicos residentes e estudantes de medicina. Rev. Col. Bras. Cir,
43(6), 438-444. https://doi.org/10.1590/0100-69912016006005
Reynolds, C.M., Gradisar, M., Kar, K., Perry, A., Wolfe, J., Short, M.A., 2015. Adolescents who
perceive fewer consequences of risk-taking choose to switch off games later at night. Acta Paediatr.
104 (5), 222e227 n/aen/a. http://doi.org/10.1111/apa.12935
Ricker, T. J., Nieuwenstein, M. R., Bayliss, D. M., & Barrouillet, P. (2018). Working memory
consolidation: insights from studies on attention and working memory. Annals of the New York
Academy of Sciences, 1424(1), 8-18. https://doi.org/10.1111/nyas.13633
Riemann, D., Krone, L. B., Wulff, K., & Nissen, C. (2020). Sleep, insomnia, and depression.
Neuropsychopharmacology, 45(1), 74-89. https://doi.org/10.1038/s41386-019-0411-y
Román-González, M., Pérez-González, J. C., & Jiménez-Fernández, C. (2017). Which cognitive
abilities underlie computational thinking? Criterion validity of the Computational Thinking Test.
Computers in Human Behavior, 72, 678-691. https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.08.047
Rosen, L., Carrier, L. M., Miller, A., Rokkum, J., & Ruiz, A. (2016). Sleeping with technology:
cognitive, affective, and technology usage predictors of sleep problems among college students. Sleep
health, 2(1), 49-56. https://doi.org/10.1016/j.sleh.2015.11.003
Rosen, L. D., Whaling, K., Carrier, L. M., Cheever, N. A., & Rokkum, J. (2013). The media and
technology usage and attitudes scale: An empirical investigation. Computers in human behavior,
29(6), 2501-2511. https://doi.org/10.1016/j.chb.2013.06.006
Rossa, K. R., Smith, S. S., Allan, A. C., & Sullivan, K. A. (2014). The effects of sleep restriction on
executive inhibitory control and affect in young adults. Journal of Adolescent Health, 55(2), 287-292.
https://doi.org/10.1016/j.jadohealth.2013.12.034
Rupp, T. L., Wesensten, N. J. & Balkin, T. J. (2012). Trait-like vulnerability to total and partial sleep
loss. Sleep 35, 1163–1172. https://doi.org/10.5665/sleep.2010
Salanova, M., Llorens, S., & Cifre, E. (2013). The dark side of technologies: Technostress among
users of information and communication technologies. International Journal of Psychology, 48(3),
422-436. https://doi.org/10.1080/00207594.2012.680460
Saletin, J. M., Hilditch, C. J., Dement, W. C., & Carskadon, M. A. (2017). Short daytime naps briefly
attenuate objectively measured sleepiness under chronic sleep restriction. Sleep, 40(9).
https://doi.org/10.1093/sleep/zsx118
168
Sampasa-Kanyinga, H., & Lewis, R. F. (2015). Frequent use of social networking sites is associated
with poor psychological functioning among children and adolescents. Cyberpsychology, Behavior,
and Social Networking, 18(7), 380-385. https://doi.org/10.1089/cyber.2015.0055
Sarkar, S., & Parnin, C. (2017, May). Characterizing and predicting mental fatigue during
programming tasks. In 2017 IEEE/ACM 2nd International Workshop on Emotion Awareness in
Software Engineering (SEmotion) (pp. 32-37). IEEE. https://doi.org/
https://doi.org/10.1109/SEmotion.2017.2
Santisteban, J. A., Brown, T. G., Ouimet, M. C., & Gruber, R. (2019). Cumulative mild partial sleep
deprivation negatively impacts working memory capacity but not sustained attention, response
inhibition, or decision making: a randomized controlled trial. Sleep health, 5(1), 101-108.
https://doi.org/10.1016/j.sleh.2018.09.007
Satz, P., Cole, M. A., Hardy, D. J., & Rassovsky, Y. (2011). Brain and cognitive reserve: mediator
(s) and construct validity, a critique. Journal of clinical and experimental neuropsychology, 33(1),
121-130. https://doi.org/10.1080/13803395.2010.493151
Schmidt, R. E., Gay, P., Ghisletta, P., & Van der Linden, M. (2010). Linking impulsivity to
dysfunctional thought control and insomnia: a structural equation model. Journal of Sleep Research,
19(1‐Part‐I), 3-11. https://doi.org/10.1111/j.1365-2869.2009.00741.x
Schokman, A., Bin, Y. S., Simonelli, G., Pye, J., Morris, R., Sumathipala, A., ... & Glozier, N. (2018).
Agreement between subjective and objective measures of sleep duration in a low-middle income
country setting. Sleep health, 4(6), 543-550. https://doi.org/10.1016/j.sleh.2018.08.008
Short, M. A., & Banks, S. (2014). The functional impact of sleep deprivation, sleep restriction, and
sleep fragmentation. In Sleep deprivation and disease (pp. 13-26). Springer, New York, NY.
https://doi.org/10.1007/978-1-4614-9087-6_2
Siegmund, J., Kästner, C., Apel, S., Parnin, C., Bethmann, A., Leich, T., ... & Brechmann, A. (2014,
May). Understanding understanding source code with functional magnetic resonance imaging. In
Proceedings of the 36th International Conference on Software Engineering (pp. 378-389). ACM.
https://doi.org/10.1145/2568225.2568252
Siegmund, J., Peitek, N., Parnin, C., Apel, S., Hofmeister, J., Kästner, C., ... & Brechmann, A. (2017,
August). Measuring neural efficiency of program comprehension. In Proceedings of the 2017 11th
Joint Meeting on Foundations of Software Engineering (pp. 140-150). ACM.
https://doi.org/10.1145/3106237.3106268
Simonneaux, V., & Ribelayga, C. (2003). Generation of the melatonin endocrine message in
mammals: a review of the complex regulation of melatonin synthesis by norepinephrine, peptides,
and other pineal transmitters. Pharmacological reviews, 55(2), 325-395.
https://doi.org/10.1124/pr.55.2.2
169
Smith, A. (2013). Smartphone ownership–2013 update. Pew Research Center: Washington DC, 12,
2013. No DOI found.
Smith, L. J., Gradisar, M., King, D. L., & Short, M. (2017). Intrinsic and extrinsic predictors of video-
gaming behaviour and adolescent bedtimes: The relationship between flow states, self-perceived risk-
taking, device accessibility, parental regulation of media and bedtime. Sleep Medicine, 30, 64–70
https://doi.org/10.1016/j.sleep.2016.01.009
Shochat, T. (2012). Impact of lifestyle and technology developments on sleep. Nature and science of
sleep, 4, 19. https://dx.doi.org/10.2147%2FNSS.S18891
Spencer, R. M., Walker, M. P., & Stickgold, R. (2017). Sleep and memory consolidation. In Sleep
disorders medicine (pp. 205-223). Springer, New York, NY. https://doi.org/10.1007/978-1-4939-
6578-6_13
Spearman, C. (1927). The abilities of man: Their nature and measurement. Journal of Philosophical
Studies, 2(8).
Spitzer, R. L., Kroenke, K., & Williams, J. B. W. (1999). Validation and utility of a self-report version
of PRIME-MD: the PHQ primary care study. Journal of the American Medical Association, 282(18),
1737-1744 https://doi.org/10.1001/jama.282.18.1737
Spitzer, R. L., Kroenke, K., Williams, J. B. W., & Löwe, B. (2006). A brief measure for assessing
generalized anxiety disorder: the GAD-7. Archives of Internal Medicine, 166(10), 1092-1097.
https://doi.org/10.1001/archinte.166.10.1092
Stanković, M., Nešić, M., Čičević, S., & Shi, Z. (2021). Association of smartphone use with
depression, anxiety, stress, sleep quality, and internet addiction. Empirical evidence from a
smartphone application. Personality and Individual Differences, 168, 110342.
https://doi.org/10.1016/j.paid.2020.110342
Stenuit, P., & Kerkhofs, M. (2008). Effects of sleep restriction on cognition in women. Biological
Psychology, 77(1), 81–88. https://doi.org/10.1016/j.biopsycho.2007.09.011
Stephan, F. K., & Zucker, I. (1972). Circadian rhythms in drinking behavior and locomotor activity
of rats are eliminated by hypothalamic lesions. Proceedings of the National Academy of Sciences,
69(6), 1583-1586. https://doi.org/10.1073/pnas.69.6.1583
Stephan, F. K., & Zucker, I. (1972). Rat drinking rhythms: central visual pathways and endocrine
factors mediating responsiveness to environmental illumination. Physiology & behavior, 8(2), 315-
326. https://doi.org/10.1016/0031-9384(72)90379-4
Studte, S., Bridger, E., Mecklinger, A. (2015). Nap sleep preservers associative but not item memory
performance. Neurobiol Learn Mem, 120, 84-93. https://doi.org/10.1016/j.nlm.2015.02.012
170
Sullivan, K., & Ordiah, C. (2018). Association of mildly insufficient sleep with symptoms of anxiety
and depression. Neurology, Psychiatry and Brain Research, 30, 1-4.
https://doi.org/10.1016/j.npbr.2018.03.001
Tavernier, R., & Willoughby, T. (2014). Sleep problems: predictor or outcome of media use among
emerging adults at university?. Journal of sleep research, 23(4), 389-396.
https://doi.org/10.1111/jsr.12132
Te Lindert, B. H., Blanken, T. F., van der Meijden, W. P., Dekker, K., Wassing, R., van der Werf, Y.
D., ... & Van Someren, E. J. (2020). Actigraphic multi‐night home‐recorded sleep estimates reveal
three types of sleep misperception in Insomnia Disorder and good sleepers. Journal of sleep research,
29(1), e12937. https://doi.org/10.1111/jsr.12937
Tempesta, D., Couyoumdjian, A., Curcio, G., Moroni, F., Marzano, C., DeGennaro, L., & Ferrara,
M. (2010). Lack of sleep affects the evaluation of emotional stimuli. Brain Research Bulletin, 82,
104–108. https://doi.org/10.1016/j.brainresbull.2010.01.014
Thomée, S., Härenstam, A., &Hagberg, M. (2011). Mobile phone use and stress, sleep disturbances,
and symptoms of depression among young adults-a prospective cohort study. BMC public health,
11(1), 66. https://doi.org/10.1186/1471-2458-11-66
Thurstone, L. L., & Thurstone, T. G. (1941). Factorial studies of intelligence. Psychometric
Monographs, 2, 94. OCLC: 14734479
Tobaldini, E., Costantino, G., Solbiati, M., Cogliati, C., Kara, T., Nobili, L., & Montano, N. (2017).
Sleep, sleep deprivation, autonomic nervous system and cardiovascular diseases. Neuroscience &
Biobehavioral Reviews, 74, 321-329. https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2016.07.004
Touitou, Y., Reinberg, A., & Touitou, D. (2017). Association between light at night, melatonin
secretion, sleep deprivation, and the internal clock: Health impacts and mechanisms of circadian
disruption. Life sciences, 173, 94-106. https://doi.org/10.1016/j.lfs.2017.02.008
Tucker, A.M., Whitney, P., Belenky, G., Hinson, J.M., & Van Dongen, H.P. (2010). Effects of sleep
deprivation on dissociated components of executive functioning. Sleep, 33(1), 47–57.
https://doi.org/10.1093/sleep/33.1.47
Tufik, S., Santos-Silva, R., Taddei, J. A., & Bittencourt, L. R. A. (2010). Obstructive sleep apnea
syndrome in the Sao Paulo epidemiologic sleep study. Sleep medicine, 11(5), 441-446.
https://doi.org/10.1016/j.sleep.2009.10.005
Uehara, E., Charchat-Fichman, H., & Landeira-Fernandez, J. (2013). Funções executivas: Um retrato
integrativo dos principais modelos e teorias desse conceito. Neuropsicologia Latinoamericana, 5(3).
http://dx.doi.org/10.5579/rnl.2013.145
171
Uhlig BL, Sand T, Odegård SS, et al. Prevalence and associated factors of DSM-V insomnia in
Norway: the Nord-Trøndelag Health Study (HUNT 3). Sleep Med. 2014;15:708–13.
https://doi.org/10.1016/j.sleep.2014.01.018
Valderramas, S., Feres, A. C., Melo, A. (2012). Reliability and validity study of a Brazilian-
Portuguese version of the fatigue severity scale in Parkinson's disease patients. Arq. Neuro-
Psiquiatr. [online]. 2012, vol.70, n.7, pp. 497-500. ISSN 0004-
282X. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2012000700005.
Van Aken, L., Kessels, R., Wingbermühle, E., Van der Veld, W., & Egger, J. (2016). Fluid
intelligence and executive functioning more alike than different? Acta Neuropsychiatrica, 28(1), 31-
37. doi:10.1017/neu.2015.46
Van Dongen, P. A., Baynard, M. D., Maislin, G., & Dinges, D. F. (2004). Systematic interindividual
differences in neurobehavioral impairment from sleep loss: evidence of trait-like differential
vulnerability. Sleep, 27(3), 423-433. https://doi.org/10.1093/sleep/27.3.423
Van-Roy, P., & Haridi, S. (2004). Concepts, techniques, and models of computer programming. MIT
press. ISBN 0-262-22069-5
Wadhwa, M., Kumari, P., Chauhan, G., Roy, K., Alam, S., Kishore, K., ... & Panjwani, U. (2017).
Sleep deprivation induces spatial memory impairment by altered hippocampus neuroinflammatory
responses and glial cells activation in rats. Journal of neuroimmunology, 312, 38-48.
Consensus Conference Panel, Watson, N. F., Badr, M. S., Belenky, G., Bliwise, D. L., Buxton, O.
M., ... & Tasali, E. (2015). Recommended amount of sleep for a healthy adult: a joint consensus
statement of the American Academy of Sleep Medicine and Sleep Research Society. Journal of
Clinical Sleep Medicine, 11(6), 591-592. https://doi.org/10.5664/jcsm.4758
Whitney, P., Hinson, J. M., & Nusbaum, A. T. (2019). A dynamic attentional control framework for
understanding sleep deprivation effects on cognition. Progress in brain research, 246, 111-126.
https://doi.org/10.1016/bs.pbr.2019.03.015
Whitty, M. T., & McLaughlin, D. (2007). Online recreation: The relationship between loneliness,
Internet self-efficacy and the use of the Internet for entertainment purposes. Computers in Human
Behavior, 23(3), 1435-1446. https://doi.org/10.1016/j.chb.2005.05.003
Wittmann, M., Dinich, J., Merrow, M., & Roenneberg, T. (2006). Social jetlag: misalignment of
biological and social time. Chronobiology international, 23(1-2), 497-509.
https://doi.org/10.1080/07420520500545979
Woods, H. C., & Scott, H. (2016). # Sleepyteens: Social media use in adolescence is associated with
poor sleep quality, anxiety, depression and low self-esteem. Journal of adolescence, 51, 41-49.
https://doi.org/10.1016/j.adolescence.2016.05.008
172
Wurtman, R. J., Axelrod, J., & Phillips, L. S. (1963). Melatonin Synthesis in thepineal gland: control
by light. Science, 142(3595), 1071-1073. https://doi.org/10.1126/science.142.3595.1071
Yamazaki, E. M., & Goel, N. (2020). Robust stability of trait-like vulnerability or resilience to
common types of sleep deprivation in a large sample of adults. Sleep, 43(6), zsz292.
https://doi.org/10.1093/sleep/zsz292
Yamanoe, M. C. P. (2018). Formação para o trabalho, pelo trabalho e para além do trabalho: análise
dos processos formativos de programadores de software da região Sudoeste do Paraná. (Master's
thesis, Universidade Tecnológica Federal do Paraná.)
http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3100
Yang, J., Fu, X., Liao, X., & Li, Y. (2020). Association of problematic smartphone use with poor
sleep quality, depression, and anxiety: A systematic review and meta-analysis. Psychiatry research,
284, 112686. https://doi.org/10.1016/j.psychres.2019.112686
Yuksel, D., McKee, G. B., Perrin, P. B., Alzueta, E., Caffarra, S., Ramos-Usuga, D., ... & Baker, F.
C. (2021). Sleeping when the world locks down: Correlates of sleep health during the COVID-19
pandemic across 59 countries. Sleep Health. https://doi.org/10.1016/j.sleh.2020.12.008
Zisapel, N. (2018). New perspectives on the role of melatonin in human sleep, circadian rhythms and
their regulation. British Journal of Pharmacology, 175(16), 3190–3199.
https://.doi.org/10.1111/bph.14116
173
Apêndice A
174
175
Apêndice B
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO
1) Gênero
a) Masculino
b) Feminino
c) Outro
2) Idade
a) Entre 18 e 24 anos
b) Entre 25 e 30 anos
c) Entre 30 e 35 anos
d) Entre 35 e 40 anos
e) Entre 40 e 45 anos
f) Acima de 50 anos
3) Estado civil
a) Solteiro
b) Relacionamento estável
c) Casado
d) Divorciado
e) Viúvo
4) Escolaridade
a) Fundamental Incompleto
b) Fundamental Completo
c) Ensino médio Incompleto
d) Ensino médio Completo
e) Curso Técnico
f) Superior Incompleto
g) Superior Completo
h) Pós-Graduação
5) Sua escolaridade em anos (a partir da alfabetização): (Escreva por extenso)
6) Quantas pessoas moram com você?
a) Moro sozinho
b) 2-4 pessoas
c) 5-7 pessoas
d) 8-10 pessoas
e) Mais de 10 pessoas
7) Qual é aproximadamente sua renda familiar mensal?
a) Nenhuma renda
b) Até 1 salário mínimo (até R$ 998,00)
c) De 1 a 3 salários mínimos (entre R$ 998,00 até R$ 2994,00)
176
d) De 3 a 6 salários mínimos (entre R$ 2994,00 até R$ 5988,00)
e) De 6 a 9 salários mínimos (entre R$ 5988,00 até R$ 8982,00)
f) De 9 a 12 salários mínimos (entre R$ 8982,00 até R$ 11976,00)
g) Entre 12 e 15 salários mínimos (entre R$ 11976,00 até R$ 14970,00)
h) Acima de 15 salários mínimos (Acima de R$ 14970,00)
HISTÓRICO CLÍNICO
1) Você está ou esteve em tratamento por alguma doença crônica? Se sim, qual?
a) Hipertensão
b) Diabetes
c) Hiper/hipotireoidismo
d) Cardiopatia (doença cardíaca)
e) Insuficiência renal
f) Tenho diagnóstico de outra doença (Espaço para escrita por extenso)
g) Nunca fui diagnosticado com alguma doença crônica.
2) Você já passou por acompanhamento neurológico por algum motivo, como por exemplo um
acidente de trânsito, uma concussão grave ou um acidente vascular encefálico? Se sim, qual?
a) Sim. (Espaço para escrita por extenso)
b) Não.
3) Você passa ou já passou por acompanhamento psiquiátrico e/ou psicológico? Por qual razão?
a) Sim. (Espaço para escrita por extenso)
b) Não.
4) Você faz ou já fez recentemente (esse ano ou o anterior) uso prolongado de medicação? Se sim,
qual? (Espaço para escrita por extenso)
5) Você já fez ou faz uso de álcool?
a) Faço uso de álcool regularmente
b) Faço uso ocasional
c) Já fiz, não faço mais
d) Nunca consumi álcool de nenhuma forma.
6) Você já fez ou faz uso de cigarro?
a) Faço uso de cigarro regularmente
b) Faço uso ocasional
c) Já fiz, não faço mais
d) Nunca fumei.
7) Você costuma praticar atividade física regularmente?
a) Sim, pratico frequentemente.
b) Sim, mas pratico apenas algumas vezes por semana.
c) Pratico de vez em quando.
d) Não, sou sedentário.
SONO
1) Você considera que tem problemas de sono? Se sim, qual?
a. Sim. (Espaço para escrita por extenso)
b. Não.
177
2) Você nota dificuldade em iniciar o sono?
a. (Escala de intensidade do sintoma: 0. Nunca 1. Raramente 2. Às vezes, de forma
infrequente ou até 1 vez por semana. 3. Usualmente, até duas vezes por semana. 4.
Frequentemente, três ou mais vezes por semana 5. Todos os dias)
3) Você acorda com frequência durante a noite (sono fragmentado)?
a. (Escala de intensidade do sintoma: 0. Nunca 1. Raramente 2. Às vezes, de forma
infrequente ou até 1 vez por semana. 3. Usualmente, até duas vezes por semana. 4.
Frequentemente, três ou mais vezes por semana 5. Todos os dias)
4) Você sente que seu sono é insuficiente (sono não-reparador?)
a. (Escala de intensidade do sintoma: 0. Nunca 1. Raramente 2. Às vezes, de forma
infrequente ou até 1 vez por semana. 3. Usualmente, até duas vezes por semana. 4.
Frequentemente, três ou mais vezes por semana 5. Todos os dias)
5) Você se sente sonolento na manhã seguinte?
a. (Escala de intensidade do sintoma: 0. Nunca 1. Raramente 2. Às vezes, de forma
infrequente ou até 1 vez por semana. 3. Usualmente, até duas vezes por semana. 4.
Frequentemente, três ou mais vezes por semana 5. Todos os dias)
6) Quantas horas de sono, em média, você dorme por noite? (Espaço para escrita por extenso)
7) Você nota outros problemas em relação ao seu sono?
a. Se revira muito na cama durante a noite?
b. Roncos?
c. Boca seca na manhã seguinte?
d. Pesadelos frequentes?
e. Sonhos vívidos (muito realistas)?
f. Dores e incômodo frequentes nas pernas, quando deitado por muito tempo?
g. Sonambulismo?
8) Você costuma beber café, chá (preto ou mate) ou refrigerante?
a. Sim, consumo alguma dessas bebidas várias vezes durante o dia.
b. Sim, consumo alguma dessas bebidas pelo menos uma vez por dia.
c. Sim, consumo alguma dessas bebidas ocasionalmente.
d. Não, raramente consumo alguma dessas bebidas.
e. Não consumo nenhuma dessas bebidas em momento algum.
9) Você divide o quarto com outra pessoa?
a. Não, somente eu durmo no meu quarto.
b. Sim, divido com meu cônjuge.
c. Sim, divido com um (ou mais) irmãos.
d. Sim, divido com um colega de quarto.
e. Outros (Espaço para escrita por extenso)
10) Algo no seu quarto lhe incomoda enquanto está dormindo (ex: entrada de luz, barulhos altos
próximos, colchão novo)? (Espaço para escrita por extenso)
11) Faz uso de medicação para dormir? Se sim, qual?
a. Sim. (Espaço para escrita por extenso)
b. Já fiz, mas não mais. (Espaço para escrita por extenso)
c. Nunca fiz uso de medicação para dormir.
TECNOLOGIA
178
1. Considerando seu tempo livre, quantas vezes você realiza as seguintes atividades durante o
dia? (escala de frequência de uso: 0. Nunca 1. Uma vez por dia 2. Algumas poucas vezes
durante o dia. 3. Várias vezes ao longo do dia. 4. A cada hora. 5. Mais de uma vez por hora).
a. Checar e-mails pessoais
b. Checar redes sociais
c. Falar com um parente ou amigo através de rede social
d. Falar por rede social com uma pessoa que você conhece somente pela internet
(amigo virtual)
e. Usar a internet para se informar sobre as notícias do dia
f. Usar a internet para o lazer
g. Tirar fotos com o celular
h. Gravar vídeos com o celular
i. Compartilhar conteúdo nas redes sociais
j. Ouvir música no celular, computador ou outro aparelho
k. Jogar no celular
l. Jogar num console específico ou no computador (sozinho)
m. Jogar num console específico ou no computador (em grupo)
n. Fazer videoconferência ou ligação pela internet
o. Assistir televisão
p. Assistir serviços de streaming
q. Ler no celular, tablet ou num leitor de livros
r. Alguma outra função? (Escreva por extenso)
2. Considerando seu tempo no trabalho, quantas vezes você realiza as seguintes atividades
durante o dia? (escala de frequência de uso: 0. Nunca 1. Uma vez por dia 2. Algumas poucas
vezes durante o dia. 3. Várias vezes ao longo do dia. 4. A cada hora. 5. Mais de uma vez por
hora).
a. Checar e-mails do trabalho
b. Checar redes sociais da empresa
c. Falar com um colega de trabalho através de rede social
d. Falar por rede social com um colaborador que você conhece somente pela internet
e. Usar a internet para se informar sobre as notícias do dia
f. Tirar fotos com o celular
g. Gravar vídeos com o celular
h. Compartilhar conteúdo nas redes sociais
i. Ouvir música no celular, computador ou outro aparelho
j. Jogar no celular
k. Fazer videoconferência ou ligação pela internet
l. Ler no celular, tablet ou num leitor de livros
m. Alguma outra função? (Escreva por extenso)
3. Quantas horas por dia você gasta, em média, usando a tecnologia voltada ao seu trabalho?
4. Quantas horas por dia você gasta, em média, usando a tecnologia para outros motivos que
não seu trabalho?
5. Você usou a tecnologia no trabalho para outras funções (ex: assistiu um vídeo no YouTube,
ou jogou uma partida de um jogo)? Lembrando que esses dados são sigilosos e seu
empregador não terá acesso a eles.
6. Quais seus principais motivos para usar tecnologia, afora o trabalho?
a. Ficar a par das notícias
b. Fonte de entretenimento
179
c. Entrar em contato com amigos e familiares
d. Conhecer pessoas novas
e. Aprender sobre diversos assuntos
f. Outro (Espaço para escrita por extenso)
7. Faz uso de tecnologia antes de dormir?
a. Sim, fico no computador até sentir sono.
b. Sim, fico no celular até sentir sono.
c. Sim, fico jogando videogame até sentir sono.
d. Sim, fico vendo televisão até sentir sono.
e. Não, eu paro de usar tecnologia até 1h antes de dormir.
f. Não, eu paro de usar tecnologia até 2h antes de dormir.
8. Você usa filtros de luz azul ou algum outro programa que controle sua exposição à
tecnologia?
a. Sim, uso bloqueadores.
b. Sim, uso um programa de limite de horas.
c. Sim, uso outro programa.
d. Não, não uso nada do gênero.
TRABALHO
1) Quantas horas você trabalha na empresa por semana?
a. Sem jornada fixa, até 10 horas semanais.
b. De 11 a 20 horas semanais.
c. De 21 a 30 horas semanais.
d. De 31 a 40 horas semanais.
e. Mais de 40 horas semanais
2) Quantas horas por semana você trabalha por fora da empresa (freelance, outras empresas)?
3) Quantas horas por semana você trabalha em outra função que não envolva programação?
4) Caso trabalhe em outra função além de programação, essa função envolve uso frequente do
computador?
a. Sim
b. Não
5) Quantas horas por semana você estuda ou pesquisa código para aplicar no seu trabalho?
6) Qual, é aproximadamente, o horário do seu turno de trabalho habitual?
a. Das 7h às 14h
b. Das 8h às 15h
c. Das 9h às 18h
d. Das 10h às 19h
e. Das 11h às 20h
f. Das 18h às 00h (turno noturno)
g. Outra opção (Espaço para escrita por extenso)
h. Tenho turnos flexíveis (Espaço para escrita por extenso)
7) Quantas horas por semana você trabalha em questões da empresa além do seu turno normal
de trabalho?
8) Você costuma programar durante a noite? Se sim, em que horários?
a. Entre 18h-20h
b. Entre 20h-21h
180
c. Entre 22h e 0h
d. Entre 0h e 3h
e. Entre 3h e 6h
9) Você sente que seu sono atrapalha seu desempenho no trabalho?
a. Sim, sinto que meu sono atrapalha bastante meu desempenho.
b. O sono me incomoda um pouco, mas consigo compensar.
c. O sono incomoda, mas não acredito que afete meu desempenho.
d. Não, não acho que o sono atrapalhe o meu desempenho.
181
Apêndice C
182
183
C2. Questionário de Matutinidade e Vespertinidade de Horne e Östberg
184
185
186
187
188
189
190
C3. Escala de Sonolência de Epworth
191
C4. Diário do Sono
192
Apêndice D
193
D3. GAD-7 (Generalyzed Anxiety Disorder Scale)
194
195
Apêndice E
Versão online validada e normatizada da Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção, elaborada
por Rueda (2013). O Teste de Atenção Online é composto de três subtestes que avaliam diferentes
tipos de atenção: atenção alternada, atenção concentrada e atenção dividida. Esses processos
atencionais são, de acordo com Diamond (2013), fundamentais para o mecanismo das funções
de símbolos diferentes, porém com elementos similares, e deve identificar apenas um estímulo de
acordo com as regras do teste. O teste é realizado em uma plataforma online segura disponibilizada
pela própria editora, e pode ser acessado através de laptops e desktops. A aplicação dura em média
oito minutos.
Por ser um teste psicológico, de acordo com a Resolução CFP n.º 002/2003 do Conselho Federal de
Elaborado inicialmente por Boccalandro (1979), objetiva avaliar o Fator G de inteligência, uma
velocidade de processamento (Jensen & Weng, 1994). O teste é composto por diferentes itens
196
dificuldade. O teste é realizado em uma plataforma online segura disponibilizada pela própria editora,
e pode ser acessado através de laptops e desktops. A aplicação dura em média trinta minutos.
Por ser um teste psicológico, de acordo com a Resolução CFP n.º 002/2003 do Conselho Federal de
Elaborado por Rueda (2012), o teste TEM-R avalia a memória operacional verbal e visual. O teste
oferece figuras e palavras para serem memorizados, e o sujeito deve posteriormente recordar quais
itens foram apresentados anteriormente, seja verbalmente ou visualmente. O teste é realizado em uma
plataforma online segura disponibilizada pela própria editora, e pode ser acessado através de laptops
Por ser um teste psicológico, de acordo com a Resolução CFP n.º 002/2003 do Conselho Federal de
197
Apêndice F
Renda
Faixa Tempo total Mensal Histórico
Etária de (em de Uso
(em Estado Escolaridade escolaridade salários- Doenças Histórico Diário de Uso de
Gênero anos) Civil (categoria) (em anos)¹ mínimos) Crônicas Psicológico Medicação Álcool
Gênero x² de Pearson 1 [4] 3,481 [3] 0,313 [4] 1,007 [1,36] 0,162 [6] 6,362 [4] 2,464 [4] [1] 2,607 [2]
3,852 2,192
Sig. (2 0,481 0,957 0,909 0,689 0,384 0,651 0,426 0,106 0,334
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Faixa Etária x² de Pearson [4] 3,481 1 [12] [16] [4,33] 4,967 [24] [16] [16] [4] [8]
(em anos) 26,464** 42,045** 29,704 25,284 12,942 6,178 8,443
Sig. (2 0,481 0,009 0,000 0,003 0,195 0,065 0,677 0,186 0,391
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Estado Civil x² de Pearson [3] 0,313 [12] 1 [12] 16,955 [3,34] 0,042 [18] [12] [12] [3] [6]
26,464** 18,174 10,351 11,540 3,930 7,095
Sig. (2 0,957 0,009 0,151 0,734 0,444 0,585 0,483 0,269 0,312
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Escolaridade x² de Pearson [4] 1,007 [16] [12] 1 [4, 33] [16] [16] [16] 23,803 [4] [8]
(categoria) 42,045** 16,955 6,718** 22,225 22,225 5,711 11,251
Sig. (2 0,909 0,000 0,151 0,000 0,136 0,136 0,094 0,222 0,188
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Tempo total F de Fisher [1,36] [4,33] [3,34] [4, 33] 1 [6, 31] [4,33] [4,33] [1,36] [2,35]
de 0,162 4,967 0,042 6,718** 2,520** 3,085* 1,177 0,002 1,850
escolaridade
(em anos)¹ Sig. (2 0,689 0,003 0,734 0,000 0,042 0,029 0,339 0,967 0,172
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Renda x² de Pearson [6] 6,362 [24] [18] [16] 22,225 [6, 31] 1 [24] [24] 26,015 [6] 7,614 [12]
Mensal (em 29,704 18,174 2,520** 25,000 19,848
salários-
mínimos) Sig. (2 0,384 0,195 0,444 0,136 0,042 0,406 0,352 0,268 0,070
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Histórico de x² de Pearson [4] 2,464 [16] [12] [16] [4,33] [24] 1 [16] 23,701 [4] [8]
Doenças 25,284 10,351 22,225 3,085* 25,000 12,215** 10,269
Crônicas
Sig. (2 0,651 0,065 0,585 0,136 0,029 0,406 0,096 0,016 0,247
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Histórico x² de Pearson [4] [16] [12] [16] 23,803 [4,33] 1,177 [24] [16] 1 [4] 2,118 [8]
Psicológico 3,852 12,942 11,540 26,015 23,701 19,996*
Sig. (2 0,426 0,677 0,483 0,094 0,339 0,352 0,096 0,714 0,011
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Uso Diário x² de Pearson [1] 2,607 [4] [3] [4] [1,36] 0,002 [6] 7,614 [4] [4] 2,118 1 [2] 1,970
de 6,178 3,930 5,711 12,215*
Medicação
Sig. (2 0,106 0,186 0,269 0,222 0,967 0,268 0,016 0,714 0,373
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
*
Uso de x² de Pearson [2] [8] [6] [8] 11,251 [2,35] 1,850 [12] [8] [8] 19,996 [2] 1,970 1
Álcool 2,192 8,443 7,095 19,848 10,269
198
Sig. (2 0,334 0,391 0,312 0,188 0,172 0,070 0,247 0,011 0,373
extremidades)
N 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS
199
Tabela 17. Associações totais entre dados sociodemográficos e índices de humor e fadiga no grupo de estudo.
N 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Escores no F de Fisher [1] [4,25] [3,26] -0,036 [4,25] [1,28] [2] [2,27] [3,26]
PHQ-9 0,094² 1,397 0,213 1,418 1,329 4,317 2,101 3,125*
Sig. (2 0,759 0,264 0,887 0,850 0,257 0,259 0,116 0,142 0,043
extremidades)
N 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Escores no F de Fisher [1,28] [4,25] [3,26] -0,011 [4,25] [1,28] [2,27] [2,27] [3,26]
GAD-7 1,760 1,725 0,898 1,424 0,003 3,876* 3,441* 4,438*
Sig. (2 0,195 0,176 0,456 0,955 0,255 0,956 0,033 0,047 0,012
extremidades)
N 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Depressão por x² de Pearson [1] [4] [3] 0,188 [4] 4,144 [1] 0,039 [2] [2] [3] 5,416
Grupo+ 2,154 3,878 1,857 6,067* 5,004
Sig. (2 0,169 0,423 0,603 0,320 0,387 0,843 0,048 0,082 0,144
extremidades)
N 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Ansiedade por x² de Pearson [1] [4] [3] 0,126 [4] 4,261 [1] 0,067 [2] [2] [3] 9,445*
Grupo+ 0,817 4,732 4,321 7,861* 5,308
Sig. (2 0,366 0,316 0,229 0,505 0,372 1,000 0,020 0,070 0,024
extremidades)
N 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. ² = Referente ao h de Kruskal-Wallis devido à
distribuição da variância de acordo com o teste de Levene. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** =
p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
200
Tabela 18. Associações totais entre dados sociodemográficos e parâmetros do sono no grupo de estudo.
Horário
Índice Horário em que Horário
de em que Horário Horário usou Horário de Horas
Qualida Horário Horário usou Horário de Horas de tecnolo Latênci de Levanta Totais Irregulari Irregulari Irregulari Irregulari
Escore de do Escala de de de tecnolo Fragmentaçã de Levanta Totais Horário Dormir gia a (Fim Acordar r (Fim de Sono Irregulari dade do dade do dade do dade de
de Sono de Sonolênc Deitar Dormir gia o do sono Acordar r de Sono de Deitar (Fim de (Fim de de (Fim de de (Fim de dade do Horário Horário Horário Irregularid Tempo
Cronoti Pittsbur ia de (Seman (Seman (Seman Latência (episódios/p (Seman (Seman (Seman (Fim de Semana Semana Semana Semana Semana Semana Horário de de de ade da Total na
po gh Epworth a) a) a) (Semana) eríodo) a) a) a) Semana) ) ) ) ) ) ) de Deitar Dormir Acordar Levantar Latência Cama
Gênero Correlaç 0,165 -0,069 ,378** 0,178 0,186 -0,259 -0,066 -0,031 -0,048 0,040 0,202 -,325* 0,012 0,136 -0,004 -0,063 -0,054 0,079 0,050 -0,130 -0,052 -0,042 -0,053 -0,106
ão de
Pearson
Sig. (2 0,268 0,649 0,010 0,162 0,145 0,116 0,694 0,854 0,773 0,811 0,225 0,047 0,945 0,422 0,979 0,707 0,746 0,638 0,768 0,437 0,758 0,801 0,751 0,534
extremid
ades)
N 47 46 46 63 63 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
Faixa F de [4,25] [4,24] [4,24] [4, 33] [4,33] [4] [4] 3,305¹ [4,18] 0,395 [4] [4] [4,18] [4,18] [4,18] [4,17] [4,18] [4] [4] [4,18] [4] [4] [4,18] [4,18] [4] 3,780¹ [4,18]
Etária Fisher 1,150 1,646 2,178 0,291 0,253 4,532¹ 6,340¹ 5,437¹ 1,567 5,312** 0,118 0,281 0,422 6,803¹ 4,831¹ 1,438 4,254¹ 3,897¹ 5,210** 3,400* 0,315
(em
anos) Sig. (2 0,356 0,195 0,102 0,882 0,906 0,339 0,508 0,809 0,175 0,245 0,226 0,005 0,974 0,886 0,791 0,147 0,305 0,262 0,373 0,420 0,006 0,031 0,437 0,864
extremid
ades)
N 47 46 46 63 63 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
Estado F de [2] [3,25] [2] [2] [2] [3,19] [3,19] [3,19] 0,172 [3,19] [3,19] [3,19] [3,19] [2] [2] [3,18] [3,19] [2] [3,19] [3,19] [2] [3,19] [3,19] [3,19] [3,19]
Civil Fisher 2,095¹ 0,041 1,239¹ 1,887¹ 1,362¹ 0,307 16,072** 0,784 1,654 0,946 0,868 1,134¹ 2,226¹ 0,649 0,480 2,226¹ 0,621 1,591 3,088¹ 1,760 0,851 0,431 0,128
Sig. (2 0,351 0,988 0,538 0,389 0,506 0,820 0,000 0,914 0,518 0,211 0,438 0,475 0,567 0,329 0,594 0,700 0,329 0,610 0,224 0,214 0,189 0,483 0,733 0,942
extremid
ades)
N 47 46 47 63 63 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
Escolari F de [2,27] [2,26] [2,26] [4] [4] [2,20] [2,20] [2,20] 0,843 [2,20] [2,20] [2] [2,20] [2] [2] [2] [2,20] [2,20] [2,20] [2] [2,20] [2,20] [2,20] [2] 0,291¹ [2,20]
dade Fisher 0,270 1,314 0,731 9,009¹ 7,576¹ 2,315 1,376 2,492 1,145 0,005¹ 3,733* 2,208¹ 0,007¹ 0,024¹ 1,581 1,161 0,115 1,034¹ 1,174 1,278 0,700 0,414
(categor
ia) Sig. (2 0,766 0,286 0,491 0,061 0,108 0,125 0,275 0,455 0,108 0,338 0,998 0,042 0,332 0,997 0,168 0,230 0,334 0,892 0,596 0,329 0,300 0,508 0,864 0,667
extremid
ades)
N 47 46 46 63 63 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
* ** *
Tempo Correlaç -0,096 0,168 -0,031 -0,013 -0,006 -0,248 -0,096 ,323 -0,245 -0,209 0,008 -,448 -0,030 0,083 -0,029 -,323 -0,272 -0,023 -0,090 -0,222 0,010 0,061 -0,151 -0,049
total de ão de
escolari Pearson
dade Sig. (2 0,525 0,269 0,839 0,920 0,962 0,133 0,566 0,048 0,138 0,207 0,961 0,005 0,856 0,627 0,864 0,048 0,099 0,889 0,589 0,180 0,955 0,716 0,367 0,774
(em extremid
anos) ades)
N 46 45 45 62 62 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
Históric F de [4,25] [3] [4,24] [3] [3] [4,18] [4,18] [4,18] 0,363 [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [4,17] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [3] [4,18] [4,18] [4,18] [4,18] [3]
o Fisher 1,441 7,242¹ 1,309 4,009¹ 4,172¹ 0,227 19,131** 0,605 0,116 0,750 0,899 0,210 0,647 4,898 1,278 1,344 1,11 0,135¹ 0,228 0,816 0,578 14,805** 3,356¹
Psicológ
ico Sig. (2 0,250 0,065 0,295 0,261 0,243 0,920 0,000 0,832 0,664 0,975 0,571 0,485 0,929 0,637 0,008 0,315 0,292 0,383 0,987 0,919 0,531 0,682 0,000 0,340
extremid
ades)
N 47 46 46 63 63 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
201
Uso Correlaç -0,023 ,434** 0,205 0,199 0,204 0,288 ,344* 0,006 ,329* 0,302 -0,132 0,189 0,190 -0,131 0,211 0,263 0,279 -0,095 ,478** ,426** ,430** ,382* 0,261 0,002
Diário ão de
de Pearson
Medicaç Sig. (2 0,880 0,003 0,173 0,117 0,109 0,079 0,035 0,970 0,044 0,066 0,428 0,255 0,254 0,440 0,204 0,110 0,090 0,568 0,002 0,008 0,007 0,018 0,114 0,990
ão extremid
ades)
N 47 46 46 63 63 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
Uso de F de [1,28] [3] [1,27] [1,36] [1,36] [1,21] [1,21] [1,21] 0,000 [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,20] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [3] [2] [3] [1,21] [1,21] [1,21]
Álcool Fisher 0,472 7,242¹ 8,414** 0,676 0,716 1,992 1,385 2,691 1,466 0,196 0,360 0,566 1,884 0236 0,535 0,464 0,195 0,135¹ 1,278¹ 1,752¹ 2,850 0,000 0,024
Sig. (2 0,460 0,065 0,007 0,416 0,403 0,173 0,252 0,993 0,116 0,239 0,663 0,555 0,460 0,185 0,632 0,473 0,503 0,663 0,987 0,734 0,625 0,106 0,997 0,877
extremid
ades)
N 47 46 46 63 63 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
Frequên F de [2,27] [3] [2,26] [2,35] [2,35] [2,20] [2,20] [2,20] 0,116 [2,20] [2,20] [2,20] [2,20] [2,20] [2,19] [3] [2,20] [2,20] [2,20] [3] [2,20] [2,20] [2,20] [3] 2,027¹ [2,20]
cia de Fisher 0,281 6,024¹ 1,126 0,607 0,560 0,577 0,084 0,053 2,586 1,242 0,271 0,788 0,417 4,413¹ 0,031 0,000 1,648 2,231¹ 0,081 0,684 3,495* 0,452
atividad
es Sig. (2 0,757 0,110 0,340 0,550 0,576 0,571 0,919 0,891 0,949 0,100 0,310 0,765 0,469 0,665 0,220 0,970 1,000 0,218 0,526 0,923 0,516 0,050 0,567 0,643
físicas extremid
ades)
N 47 46 46 63 63 38 38 38 38 38 38 38 38 37 38 38 38 38 38 38 38 38 38 37
Legenda: F de Fisher referente ao teste de ANOVA. Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. ¹= Resultado referente ao h de Kruskal-Wallis devido ao resultado do teste de Levene. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal
de acordo com análise do SPSS.
202
Tabela 19. Associações totais entre variáveis sociodemográficas e escores neuropsicológicos no grupo de estudo.
Renda
Faixa Tempo total Mensal Histórico
Etária de (em de
(em Escolaridade escolaridade salários- Doenças Histórico Histórico Uso de
Gênero anos) (categoria) (em anos)² mínimos) Crônicas Neurológico Psicológico Álcool
TEM- F de Fisher [1,20] [4] [2,19] 0,577 -,445* [5,16] [4,17] -0,273 [4,17] [2,19]
R 4,205 3,585¹ 5,717** 2,667 0,652 2,130
Sig. (2 0,054 0,465 0,571 0,038 0,003 0,068 0,219 0,633 0,146
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22
*
AOL- F de Fisher [1,20] [4] [2,19] 0,806 -,476 [5] 8,127¹ [4] 0,032¹ [4,17] [2,19]
A 2,189 2,535¹ 8,519¹ 3,636* 0,672
Sig. (2 0,155 0,638 0,461 0,025 0,149 0,074 0,887 0,026 0,523
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22
AOL- F de Fisher [1,20] [4] [2,19] 0,491 0,263 [5,16] [4] 0,109¹ [3] 3,322¹ [2]
C 0,892 8,500¹ 1,198 4,519¹ 2,301¹
Sig. (2 0,356 0,075 0,620 0,237 0,353 0,340 0,629 0,345 0,317
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22
AOL- F de Fisher KRUS [4,17] [2,19] 1,867 -0,292 [5,16] [4,17] -0,314 [4,17] [2]
D 2,375 0,330 2,750 1,337 0,916¹
Sig. (2 0,171 0,093 0,182 0,187 0,888 0,062 0,155 0,297 0,633
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22
G-38 F de Fisher [1,20] [4,17] [2,19] 0,074 -0,113 [5,16] [4,17] -0,148 [4,17] [2,19]
0,603 0,415 2,178 0,601 0,641 0,679
Sig. (2 0,447 0,796 0,929 0,617 0,108 0,667 0,511 0,640 0,519
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22
Legenda: : F de Fisher referente ao teste de ANOVA. ¹= Resultado referente ao h de Kruskal-Wallis devido ao resultado
do teste de Levene. ²= Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise
203
Tabela 20. Correlações e Associações completas entre parâmetros do sono e índices de humor e fadiga no grupo de estudo.
Horár
io em
Índice que
de Horário Horári usou Horário Horário Horas
Qualid Escala Horár Horár em que Horário Horário Horas Horário o de tecno de de Totais
ade do de io de io de usou de de Totais de Dormir logia Latênci Acorda Levant de Irregular Irregular Irregular Irregular Irregulari
Sono Sonolê Deita Dorm tecnolo Latênci Fragmentaç Acorda Levant de Deitar (Fim (Fim a (Fim r (Fim ar (Fim Sono idade do idade do idade do idade do dade de Duraçã
de ncia de r ir gia a ão do sono r ar Sono Sonolênci (Fim de de de de de de (Fim de Horário Horário Horário Horário Irregulari Tempo Frequên o de
Pittsbur Epwort (Sem (Sem (Seman (Seman (episódios/p (Seman (Seman (Seman a Diurna Seman Seman Sema Seman Seman Seman Seman de de de de dade da Total na cia de cochilo
gh h ana) ana) a) a) eríodo) a) a) a) (diário) a) a) na) a) a) a) a) Deitar Dormir Acordar Levantar Latência Cama cochilos s
Escala Correlaç ,374* -0,217 - - 0,405 0,127 0,157 0,262 0,253 -0,266 ,594** 0,143 0,068 0,032 0,161 0,252 0,289 -0,038 0,240 ,436* ,457* ,464* 0,279 0,208 -0,297 0,174
de ão de 0,123 0,104
Severi Pearson
dade Sig. (2 0,046 0,259 0,518 0,583 0,055 0,563 0,476 0,227 0,243 0,219 0,003 0,516 0,759 0,886 0,464 0,247 0,182 0,865 0,270 0,038 0,028 0,026 0,198 0,342 0,168 0,428
de extremid
Fadiga ades)
N 29 29 30 30 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
* ** **
Escore Correlaç ,396 0,021 0,144 0,162 0,040 0,152 ,593 0,134 0,249 -0,029 ,745 -0,110 -0,331 - 0,403 0,078 0,094 0,019 0,047 0,077 0,181 0,242 0,412 0,064 -0,298 -0,255
s no ão de 0,147
PHQ-9 Pearson
Sig. (2 0,034 0,913 0,449 0,393 0,856 0,489 0,003 0,541 0,251 0,897 0,000 0,616 0,123 0,513 0,057 0,725 0,669 0,932 0,831 0,728 0,409 0,267 0,051 0,773 0,167 0,239
extremid
ades)
N 29 29 30 30 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
** ** *
Escore Correlaç 0,268 0,000 0,295 0,308 0,028 -0,019 ,628 0,146 0,226 0,144 ,635 -0,088 -,423 - 0,359 0,123 0,137 0,114 -0,128 -0,059 -0,005 0,079 0,263 0,040 -0,293 -0,045
s no ão de 0,116
GAD- Pearson
7 Sig. (2 0,159 0,998 0,113 0,098 0,897 0,933 0,001 0,505 0,301 0,511 0,001 0,688 0,044 0,607 0,093 0,575 0,534 0,606 0,559 0,790 0,983 0,718 0,226 0,856 0,174 0,839
extremid
ades)
N 29 29 30 30 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
F de [1,28] [1,27] [1] [1] [1,21] [1,21] [1] 5,720¹* [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1] [1,20 [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21]
Fisher 0,179 2,120 0,300 0,787 0,275 0,017 0,004 0,276 0,162 13,493** 1,757 0,894¹ ] 2,298 0,003 0,043 0,378 0,378 0,405 0,044 0,332 1,985 0,299 1,646 1,003
¹ ¹ 0,056
Depres Sig. (2 0,675 0,157 0,584 0,375 0,606 0,896 0,017 0,949 0,605 0,691 0,001 0,199 0,344 0,815 0,144 0,955 0,837 0,545 0,545 0,532 0,835 0,571 0,173 0,590 0,213 0,328
são extremid
por ades
Grupo
+
N 29 29 30 30 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 29 29 29 29 29
F de [1,27] [1,27] [1] [1] [1,21] [1,21] [1] 3,786¹ [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1] [1] [1,20 [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21] [1,21]
Fisher 1,539 0,145 0,102 0,207 0,313 0,045 0,145 0,007 0,006 11,976** 0,818¹ 0,600¹ ] 1,208 0,404 0,218 0,043 0,120 0,327 0,012 0,206 1,985 1,182 0,091 0,417
¹ ¹ 0,007
Ansied Sig. (2 0,225 0,707 0,750 0,649 0,582 0,834 0,052 0,707 0,934 0,937 0,002 0,366 0,438 0,933 0,284 0,532 0,645 0,838 0,733 0,574 0,914 0,655 0,173 0,289 0,766 0,526
ade extremid
por ades
Grupo
+
204
N 29 29 30 30 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 29
Legenda: : F de Fisher referente ao teste de ANOVA. ¹= Resultado referente ao h de Kruskal-Wallis devido ao resultado do teste de Levene. ²= Coeficiente de correlação
referente ao ρ de Pearson. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
205
Tabela 21. Correlações entre parâmetros de sono e escores neurocognitivos no grupo de estudo.
Sig. (2 0,877 0,045 0,269 0,596 0,739 0,889 0,283 0,627 0,855 0,398 0,335 0,586 0,404 0,255 0,766 0,600 0,158 0,103 0,032 0,126 0,332 0,513 0,223 0,632 0,692
extremida
des)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 21 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22
AO Correlação 0,073 -0,190 -0,283 -0,291 -0,271 0,154 -0,302 -0,323 -0,169 -0,123 -0,239 -0,034 -0,137 0,247 -0,241 -0,251 -0,107 0,239 -0,137 0,076 0,104 ,446* -0,035 -0,139 -0,016
L-A de Pearson
Sig. (2 0,745 0,396 0,202 0,188 0,222 0,494 0,172 0,142 0,451 0,587 0,285 0,881 0,554 0,267 0,280 0,260 0,637 0,283 0,542 0,736 0,644 0,037 0,877 0,539 0,942
extremida
des)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 21 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22
AO Correlação 0,196 0,139 -0,077 -0,160 -0,223 -0,392 0,065 -0,082 -0,037 0,246 -0,029 0,010 -0,179 0,393 0,042 0,073 0,248 -0,004 -0,286 -0,274 -0,242 0,246 0,121 0,306 0,350
L-C de Pearson
Sig. (2 0,383 0,536 0,732 0,478 0,318 0,071 0,774 0,716 0,871 0,269 0,897 0,964 0,436 0,070 0,852 0,746 0,266 0,986 0,196 0,217 0,278 0,270 0,592 0,166 0,111
extremida
des)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 21 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22
AO Correlação -0,026 -,504* -0,193 -0,246 -0,202 -0,150 -0,181 -0,258 -0,082 0,149 -0,156 -0,111 -0,213 0,307 -0,077 -0,011 0,185 0,061 -0,193 -0,041 0,034 0,258 0,127 0,289 0,414
L-D de Pearson
Sig. (2 0,909 0,017 0,389 0,271 0,366 0,505 0,419 0,247 0,717 0,509 0,488 0,622 0,354 0,165 0,734 0,961 0,411 0,788 0,390 0,855 0,881 0,246 0,574 0,193 0,055
extremida
des)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 21 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22
G- Correlação 0,109 0,143 0,198 0,045 0,044 -0,268 -0,298 -0,012 0,123 -0,251 0,179 0,082 -0,158 -0,169 -0,215 -0,262 -,548** 0,373 0,181 0,406 0,406 0,003 -,560** 0,263 -0,075
38 de Pearson
Sig. (2 0,630 0,527 0,378 0,842 0,845 0,228 0,178 0,956 0,586 0,260 0,425 0,718 0,493 0,453 0,336 0,238 0,008 0,088 0,420 0,061 0,061 0,990 0,007 0,236 0,740
extremida
des)
N 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 21 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS
206
Tabela 22. Médias dos testes neurocognitivos de acordo com os índices de sono no grupo de estudo
Ir.
Ir. Ir. Ir. Ir.
Pittsburgh Epworth Ir. Deitar Tempo
Dormir Acordar Levantar Latência
de Cama
TEM-R Sig. (2
0,622 0,208 0,898 0,141 0,683 0,707 0,253 0,476
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22 22
AOL-A Sig. (2
0,519 0,258 0,571 0,889 0,914 0,967 0,261 0,632
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22
AOL-C Sig. (2
0,792 0,741 0,726 0,759 0,272 0,232 0,903 0,137
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22 22
AOL-D Sig. (2
0,703 0,106 0,144 0,053 0,993 0,641 0,461 0,831
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22
G-38 Sig. (2
0,238 0,812 0,998 0,544 0,824 0,946 0,403 0,527
extremidades)
N 22 22 22 22 22 22 22 22
Legenda: Valor de t referente ao Teste T. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS
207
Tabela 23. Correlações entre os parâmetros de sono e de uso de tecnologia no grupo de estudo.
Índice
de
Qualid
ade do Escala Horário Horári Horári Horas
Sono de Horário Horári Horári em que o de o de Totais
de Sonolên Horári em que Horári Horári Horas o de o de usou Latên Acord Levan de
Pittsbur cia de Horári o de usou o de o de Totais Deitar Dormi tecnolo cia ar tar Sono Irregularid
gh Epwort o de Dormi tecnolo Latênc Fragmentação Acord Levant de Sonolên (Fim r (Fim gia (Fim (Fim (Fim (Fim Irregularid Irregularid Irregularid Irregularid ade de Duraç
(Pós- h (Pós- Deitar r gia ia do sono ar ar Sono cia de de (Fim de de de de de ade do ade do ade do ade do Irregularid Tempo Frequên ão de
COVI COVID (Sema (Sema (Seman (Sema (episódios/per (Sema (Sema (Sema Diurna Sema Sema Semana Sema Sema Sema Sema Horário de Horário de Horário de Horário de ade da Total na cia de cochil
D) ) na) na) a) na) íodo) na) na) na) (diário) na) na) ) na) na) na) na) Deitar Dormir Acordar Levantar Latência Cama cochilos os
Horas Correlaçã -0,033 0,027 0,157 0,157 0,317 -0,078 -0,220 0,179 0,109 -0,231 -0,100 0,357 0,344 0,079 -0,127 0,367 0,400 0,097 0,298 0,249 0,071 -0,017 -0,034 0,332 0,012 0,205
de Uso o de
de Pearson
Tecnolo Sig. (2 0,867 0,891 0,352 0,353 0,140 0,724 0,312 0,414 0,621 0,290 0,650 0,094 0,107 0,726 0,565 0,085 0,059 0,660 0,167 0,252 0,747 0,939 0,878 0,122 0,955 0,348
gia para extremida
o des)
Trabalh
N 29 29 37 37 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
o
Horas Correlaçã -0,031 0,323 0,231 0,230 0,112 -0,020 0,007 0,096 0,002 -0,138 0,007 0,173 0,152 -0,076 -0,070 0,128 0,165 0,036 0,355 0,311 0,126 0,007 -0,061 0,167 0,191 0,276
de o de
Trabalh Pearson
o por Sig. (2 0,873 0,088 0,164 0,165 0,612 0,929 0,974 0,664 0,994 0,531 0,974 0,429 0,489 0,736 0,749 0,560 0,451 0,872 0,097 0,148 0,566 0,976 0,782 0,447 0,381 0,203
Semana extremida
des)
N 29 29 38 38 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Horas Correlaçã -0,109 0,062 0,136 0,142 ,451* -0,217 -0,164 0,394 0,350 -0,232 -0,126 0,377 0,127 0,150 -0,160 0,194 0,159 -0,238 0,188 ,632** ,435* ,460* -0,142 -0,100 -0,209 -
de o de 0,233
Trabalh Pearson
o Sig. (2 0,574 0,750 0,417 0,396 0,031 0,319 0,456 0,063 0,102 0,287 0,567 0,077 0,563 0,504 0,467 0,375 0,469 0,274 0,391 0,001 0,038 0,027 0,519 0,650 0,338 0,284
Freelan extremida
ce por des)
Semana
N 29 29 38 38 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Horas Correlaçã 0,200 0,002 0,203 0,209 0,244 -0,063 0,119 0,219 0,055 -0,102 0,319 0,219 0,196 0,181 0,067 0,338 0,299 0,107 -0,151 0,117 -0,095 -0,148 0,156 0,235 -0,222 -
de o de 0,137
Trabalh Pearson
o em Sig. (2 0,298 0,992 0,228 0,215 0,261 0,776 0,589 0,315 0,802 0,644 0,138 0,316 0,371 0,421 0,760 0,115 0,165 0,628 0,490 0,594 0,665 0,501 0,478 0,281 0,309 0,534
Outras extremida
Funções des)
por
N 29 29 37 37 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Semana
Horas Correlaçã ,429* -0,276 -0,140 -0,139 0,361 0,310 -0,344 0,246 0,309 -0,009 -0,017 0,221 0,316 -0,302 0,017 0,275 0,291 0,079 ,437* 0,165 0,376 0,395 0,171 0,132 -0,298 -
de o de 0,028
Estudo Pearson
de Sig. (2 0,020 0,148 0,401 0,404 0,091 0,150 0,108 0,259 0,151 0,968 0,939 0,311 0,142 0,172 0,937 0,204 0,178 0,720 0,037 0,452 0,077 0,062 0,436 0,549 0,168 0,901
Código extremida
por des)
Semana
N 29 29 38 38 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
208
HorárioCorrelaçã 0,021 0,191 0,096 0,092 -0,128 -0,128 -0,294 -0,145 -0,113 -0,180 0,145 -0,007 0,209 0,257 -0,034 0,044 0,015 0,005 -0,104 -0,310 -0,235 -0,167 0,042 0,148 -0,209 -
Usual o de 0,137
de Pearson
TrabalhSig. (2 0,914 0,320 0,568 0,582 0,561 0,560 0,173 0,508 0,608 0,412 0,509 0,974 0,339 0,249 0,876 0,842 0,946 0,982 0,638 0,150 0,280 0,446 0,849 0,501 0,339 0,534
o extremida
(categor
des)
ia)
N 29 29 38 38 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Horas Correlaçã 0,146 0,156 -0,122 -0,121 ,551** -0,124 -0,249 0,375 0,387 -0,373 -0,005 ,484* 0,232 -0,150 -0,200 0,222 0,217 -,462* ,425* ,497* ,496* ,478* 0,070 -0,299 -0,040 0,052
Extras o de
por Pearson
Semana Sig. (2 0,450 0,418 0,465 0,468 0,006 0,572 0,252 0,078 0,068 0,079 0,981 0,019 0,287 0,506 0,361 0,310 0,320 0,026 0,043 0,016 0,016 0,021 0,752 0,165 0,855 0,815
extremida
des)
N 29 29 38 38 23 23 23 23 23 23 23 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Pearson. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS
209
Tabela 24. Associações entre as variáveis sociodemográficas no grupo comparação.
Renda
Faixa Tempo total Mensal Histórico
Etária de (em de Uso
(em Estado Escolaridade escolaridade salários- Doenças Histórico Diário de Uso de
Gênero anos) Civil (categoria) (em anos)¹ mínimos) Crônicas Psicológico Medicação Álcool
Gênero x² de Pearson 1,000 [4] 5,022 [2] 0,205 [3] 7,503 [1] 0,314 [6] 9,010 [3] 3,375 [4] 3,693 [1] 0,263 [3]
1,931
Sig. (2 0,282 0,902 0,057 0,575 0,173 0,337 0,449 0,691 0,587
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
Faixa Etária (em x² de Pearson [4] 1,000 [8] [12] 25,770* [2] 8,880* [24] [12] [12] 13,607 [3] 1,966 [9]
anos) 5,022 20,431** 21,249 15,167 5,508
Sig. (2 0,282 0,009 0,012 0,012 0,624 0,232 0,326 0,579 0,788
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
*
Estado Civil x² de Pearson [2] [8] 1,000 [6] 13,768 [2] 5,625 [12] [6] 5,945 [8] 6,565 [2] 3,293 [6]
0,205 20,431** 11,398 4,722
Sig. (2 0,902 0,009 0,032 0,060 0,495 0,429 0,584 0,193 0,580
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
**
Escolaridade x² de Pearson [3] ,787 [6] 1,000 [3] 7,816* [18] [9] 7,261 [16] 19,327 [4] 6,224 [12]
(categoria) 7,503 13,768* 18,580 11,631
Sig. (2 0,057 0,000 0,032 0,050 0,418 0,610 0,252 0,183 0,476
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
Tempo total de x² de Pearson [1] [2] [2] 5,625 [3] 7,816* 1,000 [6] 2,747 [3] 3,003 [4] 3,278 [1] 0,326 [3]
escolaridade (em 0,314 8,880* 4,025
anos)
Sig. (2 0,575 0,012 0,060 0,050 0,840 0,391 0,512 0,568 0,259
extremidades)
N 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24
Renda Mensal x² de Pearson [6] [24] [12] [18] 18,580 [6] 2,747 1,000 [18] [24] 24,331 [6] 6,443 [18]
(em salários- 9,010 21,249 11,398 11,116 19,716
mínimos)
Sig. (2 0,173 0,624 0,495 0,418 0,840 0,889 0,443 0,375 0,349
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
210
Histórico de x² de Pearson [3] [12] [6] 5,945 [9] 7,261 [3] 3,003 [18] 1,000 [12] 14,094 [3] 5,855 [9]
Doenças Crônicas 3,375 15,167 11,116 8,646
Sig. (2 0,337 0,232 0,429 0,610 0,391 0,889 0,295 0,119 0,471
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
Histórico x² de Pearson [4] [12] [8] 6,565 [16] 19,327 [4] 3,278 [24] [12] 1,000 [4] 2,714 [12]
Psicológico 3,693 13,607 24,331 14,094 12,986
Sig. (2 0,449 0,326 0,584 0,252 0,512 0,443 0,295 0,607 0,370
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
Uso Diário de x² de Pearson [1] [3] 1,966 [2] 3,293 [4] 6,224 [1] 0,326 [6] 6,443 [3] 5,855 [4] 2,714 1,000 [3]
Medicação 0,263 1,918
Sig. (2 0,691 0,579 0,193 0,183 0,568 0,375 0,119 0,607 0,590
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
Uso de Álcool x² de Pearson [3] [9] 5,508 [6] 4,722 [12] 11,631 [3] 4,025 [18] [9] 8,646 [12] 12,986 [3] 1,918 1,000
1,931 19,716
Sig. (2 0,587 0,788 0,580 0,476 0,259 0,349 0,471 0,370 0,590
extremidades)
N 25 25 25 25 24 25 25 25 25 25
Legenda: Coeficiente de Associação correspondente ao valor de x² no teste de Qui-Quadrado. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
211
Tabela 25. Associações entre as variáveis sociodemográficas e índices de humor e fadiga no grupo comparação.
Renda
Faixa Tempo total Mensal Histórico Frequência
Etária de (em de Uso de
(em Estado Escolaridade escolaridade salários- Doenças Histórico Diário de Uso de Uso de atividades
Gênero anos) Civil (categoria) (em anos)¹ mínimos) Crônicas Psicológico Medicação Álcool Cigarro físicas
Escala de H de [1] [2] [2] [3] 1,934 ,587* [6] 2,203 [2] 2,185 [3] 3,086 [1] 0,086 [3] [3] [3] 7,382
Severidade de Kruskal- 0,114 2,987 3,170 4,370 4,094
Fadiga (Pós- Wallis
COVID) Sig. (2 0,736 0,225 0,205 0,586 0,017 0,900 0,335 0,379 0,769 0,224 0,251 0,061
extremidades)
N 17 17 17 17 16 17 17 17 17 17 17 17
Escores no PHQ- H de [1] [2] [2] [3] 3,544 0,407 [6] 4,884 [2] 3,870 [3] 1,938 [1] 0,345 [3] [3] [3] 2,641
9 (Pós-COVID) Kruskal- 1,574 0,954 2,811 3,625 2,245
Wallis
Sig. (2 0,210 0,621 0,245 0,315 0,118 0,559 0,144 0,585 0,557 0,305 0,523 0,450
extremidades)
N 17 17 17 17 16 17 17 17 17 17 17 17
Escores no H de [1] [2] [2] [3] 3,772 0,217 [6] 8,295 [2] 0,382 [3] 2,796 [1] 0,022 [3] [3] [3] 0,974
GAD-7 (Pós- Kruskal- 0,461 1,779 0,362 2,806 2,562
COVID) Wallis
Sig. (2 0,497 0,411 0,834 0,287 0,419 0,052 0,826 0,424 0,883 0,422 0,464 0,807
extremidades)
N 17 17 17 17 16 17 17 17 17 17 17 17
Depressão por x² de Pearson [1] [2] [2] [3] 2,496 [1] 2,849 [6] 4,641 [2] 2,709 [4] 6,506 [1] 1,672 [3] [3] [3] 1,811
Grupo+ 0,558 0,590 5,496 1,758 4,100
Sig. (2 0,637 0,745 0,065 0,476 0,091 0,591 0,258 0,164 0,335 0,624 0,251 0,613
extremidades)
N 17 17 17 17 16 17 17 17 17 17 17 17
Ansiedade por x² de Pearson [1] [2] [2] [3] 3,835 [1] 0,159 [6] 8,073 [2] 1,253 [4] 5,439 [1] 0,238 [3] [3] [3] 0,515
Grupo+ 1,449 2,470 1,955 2,592 3,749
Sig. (2 0,355 0,291 0,376 0,280 0,690 0,223 0,534 0,245 1,000 0,459 0,290 0,916
extremidades)
N 17 17 17 17 16 17 17 17 17 17 17 17
Legenda: Coeficiente de associação referente ao h de Kruskal-Wallis. ¹=Coeficiente de correlação referente ao ρ de Spearman. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
212
Tabela 26. Associações entre parâmetros de sono e variáveis sociodemográficas no grupo comparação.
Índice Horas
de Horário Horári Horári Horário Horári Horári Totais
Qualida Escala de em que Horário Horário o de o de em que o de o de de Irregula Irregul
de do Sonolênc Horário Horário usou de de Horas Deitar Dormir usou Latênc Acorda Levant Sono ridade aridade Irregular Irregularida
Escore Sono de ia de de de tecnolog Latênci Fragmentação Acorda Levanta Totais (Fim (Fim tecnolog ia (Fim r (Fim ar (Fim (Fim do do idade do Irregularid de de
de Pittsbur Epworth Deitar Dormir ia a do sono r r de Sono de de ia (Fim de de de de Horário Horári Horário ade do Irregular Tempo
Cronoti gh (Pós- (Pós- (Seman (Seman (Semana (Seman (episódios/perío (Seman (Seman (Seman Seman Seman de Seman Seman Seman Seman de o de de Horário de idade da Total na
po COVID) COVID) a) a) ) a) do) a) a) a) a) a) Semana) a) a) a) a) Deitar Dormir Acordar Levantar Latência Cama
Gênero¹ Coeficiente 0,289 -0,231 0,205 0,140 0,152 -0,449 0,000 -0,031 -0,186 -0,062 0,433 -0,402 -0,464 -,557* 0,248 -0,139 -0,278 0,217 -0,217 -0,433 -,526* -,588* -0,309 -0,054
de
Correlação
Sig. (2 0,261 0,373 0,431 0,503 0,468 0,093 1,000 0,912 0,508 0,826 0,107 0,137 0,082 0,031 0,373 0,620 0,315 0,438 0,438 0,107 0,044 0,021 0,262 0,855
extremidad
es)
N 17 17 17 25 25 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Faixa H de [2] [2] [2] 4,366 [4] [4] [2] [2] [2] 2,352 [3] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] 0,557 [2] [2] 3,862
Etária (em Kruskal- 2,410 2,828 8,452 7,427 3,468 1,315 7,490* 5,335 4,348 4,223 3,015 3,015 5,520 10,652 10,652 9,048* 0,265 1,087 0,387 1,690
anos) Wallis ** **
Sig. (2 0,300 0,243 0,113 0,076 0,115 0,177 0,518 0,309 0,024 0,069 0,114 0,121 0,221 0,221 0,063 0,005 0,005 0,011 0,876 0,581 0,824 0,757 0,429 0,145
extremidad
es)
N 17 17 17 25 25 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Estado H de [2] [2] [2] 5,436 [2] [2] [2] [2] [2] 2,689 [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] [2] 4,380 [2] [2] 2,631
Civil Kruskal- 1,808 0,012 1,534 1,897 2,675 1,755 2,697 2,609 0,870 3,495 3,122 3,474 2,390 0,274 0,750 0,462 0,795 0,137 3,750 2,097
Wallis
Sig. (2 0,405 0,994 0,066 0,464 0,387 0,263 0,416 0,261 0,260 0,271 0,647 0,174 0,210 0,154 0,303 0,872 0,687 0,794 0,672 0,934 0,153 0,112 0,351 0,268
extremidad
es)
N 17 17 17 25 25 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Escolarida H de [3] [3] [3] 2,962 [3] [3] [3] [3] [3] 2,987 [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] 3,195 [3] [3] 3,672
de Kruskal- 1,911 2,839 6,283 6,610 0,496 4,295 1,455 3,345 1,575 1,145 0,195 0,195 4,621 0,220 0,300 4,521 3,825 2,695 3,530 4,495
(categoria) Wallis
Sig. (2 0,591 0,417 0,398 0,099 0,085 0,920 0,231 0,394 0,693 0,341 0,665 0,766 0,978 0,978 0,202 0,974 0,960 0,210 0,281 0,441 0,317 0,363 0,213 0,299
extremidad
es)
N 17 17 17 25 25 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Tempo Coeficiente 0,088 0,296 0,140 -0,116 -0,038 -0,148 0,301 0,350 -0,208 0,013 -0,312 -0,500 -0,443 -0,389 0,464 -0,423 -0,404 -0,378 0,334 0,126 -0,027 -0,032 -0,208 -0,121
total de de
escolarida Correlação
de (em Sig. (2 0,746 0,266 0,606 0,589 0,858 0,598 0,275 0,201 0,457 0,965 0,257 0,057 0,098 0,152 0,081 0,116 0,136 0,165 0,224 0,656 0,924 0,909 0,457 0,681
anos)¹ extremidad
es)
N 16 16 16 24 24 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Histórico H de [4] [3] [3] 6,726 [3] [3] [3] [3] [3] 1,345 [3] [3] [3] [3] [3] [3] [2] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] 3,802 [3] [3] 4,696
Psicológic Kruskal- 1,405 3,347 3,350 2,806 1,019 2,160 5,673 6,352 0,373 1,643 1,645 0,754 2,031 0,496 1,093 2,717 2,379 1,019 4,400 8,050*
o Wallis
Sig. (2 0,843 0,341 0,081 0,341 0,422 0,797 0,540 0,718 0,129 0,096 0,946 0,650 0,649 0,860 0,566 0,920 0,779 0,437 0,498 0,797 0,218 0,284 0,045 0,195
extremidad
es)
N 17 17 17 25 25 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Uso Diário Coeficiente -0,281 0,185 -0,012 0,358 0,388 0,294 ,680** 0,016 0,247 0,263 -0,278 0,155 0,124 0,155 0,356 0,186 0,340 -0,124 ,588* ,711** ,557* ,557* 0,402 0,089
de de
Correlação
213
Medicação Sig. (2 0,275 0,478 0,963 0,079 0,055 0,287 0,005 0,956 0,374 0,343 0,315 0,582 0,660 0,582 0,193 0,507 0,215 0,660 0,021 0,003 0,031 0,031 0,137 0,763
¹ extremidad
es)
N 17 17 17 25 25 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Uso de H de [3] [3] [3] 3,744 [3] [3] [3] [3] [3] 2,580 [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] 1,439 [3] [3] 3,435
Álcool Kruskal- 1,782 3,053 3,606 4,573 2,844 1,355 1,418 1,751 3,748 1,173 0,764 1,766 1,387 3,975 4,366 1,740 2,139 0,218 1,364 4,393
Wallis
Sig. (2 0619 0,384 0,290 0,307 0,206 0,416 0,716 0,461 0,701 0,626 0,290 0,760 0,858 0,622 0,709 0,264 0,225 0,628 0,544 0,975 0,714 0,697 0,222 0,329
extremidad
es)
N 17 17 17 25 25 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Frequênci H de [3] [3] [3] 5,448 [3] [3] [3] [3] [3] 0,909 [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] [3] 3,756 [3] [3] 5,202
a de Kruskal- 1,093 1,411 3,514 3,665 1,665 4,765 1,424 0,557 2,390 1,065 1,333 1,333 0,690 3,401 2,633 5,201 3,576 7,381 4,381 5,581
atividades Wallis
físicas Sig. (2 0,779 0,703 0,142 0,319 0,300 0,645 0,190 0,823 0,700 0,906 0,495 0,785 0,721 0,721 0,876 0,334 0,452 0,158 0,289 0,061 0,223 0,289 0,134 0,158
extremidad
es)
N 17 17 17 25 25 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Legenda: Coeficiente de associação referente ao h de Kruskal-Wallis. ¹=Coeficiente de correlação referente ao ρ de Spearman de acordo com a correlação Ponto-Biserial. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com
análise do SPSS.
214
Tabela 27. Associações entre dados sociodemográficos e escores neurocognitivos no grupo comparação.
Renda
Faixa Tempo total Mensal Histórico Frequência
Etária de (em de Uso de
(em Estado Escolaridade escolaridade salários- Doenças Histórico Diário de Uso de Uso de atividades
Gênero anos) Civil (categoria) (em anos)¹ mínimos) Crônicas Psicológico Medicação Álcool Cigarro físicas
TEM-R H de 0,201 [2] 5,237 [2] 0,345 [3] 0,414 0,072 [6] 6,928 [2] 0,405 [3] 2,071 ,636* [3] 3,083 [3] 1,734 [3] 3,671
Kruskal-
Wallis
Sig. (2 0,510 0,073 0,841 0,937 0,815 0,328 0,817 0,558 0,020 0,379 0,629 0,299
extremidades)
N 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13
AOL-A H de 0,135 [2] 0,597 [2] 0,737 [3] 4,130 -0,145 [6] 4,585 [2] 4,568 [3] 5,102 -0,170 [3] 2,581 [3] 6,660 [3] 0,189
Kruskal-
Wallis
Sig. (2 0,661 0,742 0,692 0,248 0,637 0,598 0,102 0,164 0,578 0,461 0,084 0,979
extremidades)
N 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13
AOL-C H de 0,449 [2] 0,675 [2] 4,395 [3] 1,581 0,323 [6] 5,124 [2] 0,966 [3] 2,750 -0,043 [3] 1,428 [3] 4,446 [3] 3,173
Kruskal-
Wallis
Sig. (2 0,124 0,714 0,111 0,664 0,282 0,528 0,617 0,432 0,890 0,699 0,217 0,366
extremidades)
N 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13
AOL-D H de 0,201 [2] 5,300 [2] 2,267 [3] 2,523 0,366 [6] 5,058 [2] 0,316 [3] 4,387 -0,063 [3] 2,222 [3] 0,331 [3] 4,617
Kruskal-
Wallis
Sig. (2 0,511 0,071 0,322 0,471 0,219 0,536 0,854 0,223 0,837 0,528 0,954 0,202
extremidades)
N 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13
G-38 H de 0,224 [2] 4,346 [2] [3] 4,057 -0,154 [6] 6,141 [2] 1,662 [3] 3,071 0,446 [3] 4,187 [3] 3,557 [3] 2,909
Kruskal- 8,221*
Wallis
Sig. (2 0,463 0,114 0,016 0,255 0,615 0,408 0,436 0,381 0,127 0,186 0,313 0,406
extremidades)
N 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13 13
Legenda: Coeficiente de associação referente ao h de Kruskal-Wallis. ¹ = Coeficiente de correlação referente ao ρ de Spearman. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
215
Tabela 28. Correlações e associações entre parâmetros do sono e índices de humor e fadiga no grupo comparação.
Índice
de
Qualida Horário Horári Horári Horas
de do Escala Horário Horári Horári em que o de o de Totais
Sono de de em que Horári Horário o de o de usou Latênc Acord Levant de
Pittsbur Sonolên Horári Horári usou o de de Horas Deitar Dormi tecnolo ia ar ar Sono Irregularid
Escore gh cia de o de o de tecnolo Latênci Fragmentação Acorda Levant Totais (Fim r (Fim gia (Fim (Fim (Fim (Fim Irregularid Irregularid Irregularid Irregularid ade de
de (Pós- Epworth Deitar Dormir gia a do sono r ar de Sono de de (Fim de de de de de ade do ade do ade do ade do Irregularid Tempo
Cronoti COVID (Pós- (Sema (Sema (Seman (Sema (episódios/perí (Sema (Seman (Seman Seman Seman Semana Seman Seman Seman Seman Horário de Horário de Horário de Horário de ade da Total na
po ) COVID) na) na) a) na) odo) na) a) a) a) a) ) a) a) a) a) Deitar Dormir Acordar Levantar Latência Cama
Escala Coeficient -0,233 0,057 -0,160 -0,442 -0,335 -0,158 0,064 0,173 -0,311 -0,018 -0,186 -0,263 -0,354 -0,283 0,349 -,551* -0,481 -0,355 0,460 0,274 0,145 0,125 -0,100 -0,239
de e de
Severida Correlação
de de Sig. (2 0,367 0,828 0,539 0,076 0,188 0,575 0,820 0,538 0,259 0,950 0,507 0,344 0,195 0,307 0,202 0,033 0,069 0,194 0,085 0,324 0,606 0,657 0,722 0,410
Fadiga extremida
(Pós- des)
COVID)
N 17 17 17 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
* ** ** * *
Escores Coeficient -0,209 ,490 -0,401 -0,107 0,011 0,235 0,253 0,310 -0,032 0,134 -0,450 0,084 0,032 0,111 0,207 -0,284 -0,170 -0,369 ,831 ,721 ,569 ,561 0,224 0,013
no e de
PHQ-9 Correlação
(Pós- Sig. (2 0,420 0,046 0,111 0,683 0,966 0,399 0,363 0,260 0,909 0,635 0,092 0,765 0,909 0,693 0,458 0,306 0,544 0,176 0,000 0,002 0,027 0,029 0,422 0,964
COVID) extremida
des)
N 17 17 17 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Escores Coeficient -0,062 ,599* -0,115 -0,345 -0,116 0,212 ,540* 0,161 -0,372 -0,414 -,627* 0,164 0,253 0,238 0,461 -0,209 -0,224 -0,477 0,479 0,396 0,405 0,372 0,412 0,055
no e de
GAD-7 Correlação
(Pós- Sig. (2 0,812 0,011 0,660 0,175 0,657 0,449 0,038 0,567 0,172 0,125 0,012 0,558 0,363 0,392 0,084 0,455 0,422 0,072 0,071 0,144 0,135 0,172 0,127 0,853
COVID) extremida
des)
N 17 17 17 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
** * *
Depress H de [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] 0,166 [1] [1] 0, [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] 7,085 [1] 5,357 [1] 5,357 [1] 5,357* [1] 0,013 [1] 0,691
ão por Kruskal- 0,838 2,142 1,023 0,148 0,037 0,567 1,085 0,121 164 3,013 0,054 0,013 0,054 0,215 0,567 0,121 0,567
Grupo+ Wallis
Sig. (2 0,360 0,120 0,312 0,700 0,847 0,452 0,298 0,684 0,728 0,685 0,083 0,817 0,908 0,817 0,643 0,452 0,728 0,452 0,008 0,021 0,021 0,021 0,908 0,406
extremida
des)
N 17 17 17 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Ansieda H de [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] 0,039 [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] [1] 0,835 [1] 0,273 [1] 1,381 [1] 1,091 [1] 2,881 [1] 0,080
de por Kruskal- 0,003 2,970 0,365 2,923 0,570 0,273 2,455 3,341 4,371* 6,153** 0,017 0,426 0,835 2,886 2,258 2,063 3,590
Grupo+ Wallis
Sig. (2 0,960 0,085 0,546 0,087 0,450 0,601 0,117 0,844 0,068 0,037 0,013 0,896 0,514 0,361 0,089 0,133 0,151 0,058 0,361 0,602 0,240 0,296 0,090 0,777
extremida
des)
N 17 17 17 17 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 14
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Spearman. Coeficiente de associação referente ao h de Kruskal-Wallis. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
216
Tabela 29. Correlações entre parâmetros do sono e escores neurocognitivos para o grupo comparação.
Índice Horas
de Horário Horári Horári Horário Horári Horári Totais
Qualida Escala de em que o de o de em que o de o de de
de do Sonolênc Horário Horário usou Fragment Horário Horário Horas Deitar Dormir usou Latênci Acorda Levant Sono Irregulari Irregular Irregulari
Escore Sono de ia de de de tecnolog Latênci ação do de de Totais (Fim (Fim tecnolog a (Fim r (Fim ar (Fim (Fim Irregulari Irregulari dade do idade do dade de
de Pittsbur Epworth Deitar Dormir ia a sono Acordar Levantar de Sono de de ia (Fim de de de de dade do dade do Horário Horário Irregularida Tempo
Cronoti gh (Pós- (Pós- (Seman (Seman (Semana (Seman (episódios (Semana (Semana (Semana Seman Seman de Seman Seman Seman Seman Horário Horário de de de da Total na
po COVID) COVID) a) a) ) a) /período) ) ) ) a) a) Semana) a) a) a) a) de Deitar de Dormir Acordar Levantar Latência Cama
TEM- Coeficien -0,270 0,006 0,138 0,168 0,099 0,347 0,502 -0,303 0,481 0,348 0,084 0,263 0,130 0,119 0,436 0,573 ,667* -0,065 0,284 0,404 0,368 0,326 0,109 0,112
R te de
Correlaçã
o
Sig. (2 0,372 0,986 0,653 0,583 0,747 0,269 0,096 0,339 0,114 0,268 0,795 0,409 0,688 0,712 0,157 0,052 0,018 0,841 0,371 0,193 0,239 0,301 0,736 0,728
extremida
des)
N 13 13 13 13 13 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
AOL- Coeficien -0,053 0,132 0,098 -0,080 -0,249 -0,154 -0,056 0,012 -0,235 -0,283 -0,147 0,200 0,067 -0,102 0,053 -0,139 -0,144 -0,271 -0,109 -0,091 0,049 -0,049 -0,116 -0,176
A te de
Correlaçã
o
Sig. (2 0,864 0,667 0,749 0,794 0,411 0,632 0,862 0,970 0,462 0,373 0,648 0,533 0,837 0,753 0,871 0,667 0,656 0,395 0,736 0,778 0,879 0,879 0,720 0,585
extremida
des)
N 13 13 13 13 13 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
AOL- Coeficien 0,195 -0,039 0,211 -0,495 -,618* -,592* -0,106 0,337 -0,472 -0,257 0,000 -,592* -,690* -,732** -0,007 -0,508 -0,472 -0,078 -0,155 -0,099 -0,268 -0,338 -0,268 -0,275
C te de
Correlaçã
o
Sig. (2 0,523 0,899 0,490 0,085 0,024 0,043 0,744 0,283 0,121 0,419 1,000 0,043 0,013 0,007 0,983 0,092 0,121 0,811 0,631 0,760 0,400 0,283 0,400 0,387
extremida
des)
N 13 13 13 13 13 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
AOL- Coeficien 0,044 -0,142 ,603* -0,314 -0,169 -0,361 0,021 0,143 -,588* -0,502 0,018 -0,298 -0,273 -0,336 0,239 -0,291 -0,441 -0,023 -0,364 -0,403 -0,354 -0,326 -0,161 -0,212
D te de
Correlaçã
o
Sig. (2 0,886 0,642 0,029 0,297 0,580 0,249 0,948 0,657 0,044 0,096 0,957 0,347 0,390 0,285 0,455 0,358 0,151 0,944 0,244 0,194 0,259 0,301 0,617 0,508
extremida
des)
N 13 13 13 13 13 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
G-38 Coeficien -0,238 -0,283 0,544 0,160 -0,012 -0,250 0,172 -0,005 -0,183 -0,280 0,264 -0,091 -0,130 -0,292 0,275 0,308 0,232 -0,144 -0,246 -0,011 -0,292 -0,341 0,211 -0,433
te de
Correlaçã
o
Sig. (2 0,434 0,349 0,055 0,602 0,968 0,434 0,592 0,987 0,570 0,378 0,408 0,778 0,687 0,358 0,388 0,330 0,468 0,654 0,441 0,974 0,358 0,278 0,511 0,160
extremida
des)
N 13 13 13 13 13 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
Legenda: Coeficiente de correlação referente ao ρ de Spearman. * = p<,005 bicaudal de acordo com análise do SPSS. ** = p<,001 bicaudal de acordo com análise do SPSS.
217
Apêndice G
218
G3. Apresentação de Banner na 40° Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia
219
220