Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SENHOR DO BONFIM – BA
2010
2
SENHOR DO BONFIM – BA
2010
3
Aprovada em ____________/____________/____________
BANCA EXAMINADORA:
____________________________________
MSc. Miriam Ferreira de Brito Avaliador (a)
_____________________________________
Esp. Wagner Ferreira de Santana Avaliador (a)
______________________________________
Dr. Ricardo José Rocha Amorim (Orientador)
4
AGRADECIMENTOS
Aos alunos do mini-curso, que tivemos uma experiência proveitosa durante as aulas
que vivenciemos com o Winplot.
A minha família pelo total apoio que prestou e por sua compreensão e ajuda em todos
os momentos que precisei.
Aos meus queridos pais pelo carinho, amor e dedicação que me deram em minha vida.
A Deus, por tudo, pelo ar que respiro, pela vida e por esta aqui com vocês nesse dia,
vivendo e compartilhando esse momento especial.
5
RESUMO
Esta pesquisa teve como finalidade fazer um estudo de caso com o intuito de verificar o
potencial do Winplot no ensino/aprendizagem do aluno e um breve comparativo do ensino
tradicional e do software Winplot, mostrando situações de ambos os estilos no processo
educativo. Resolvemos elaborar um mini-curso (Estudo de Caso com Winplot: ensino e
aprendizagem de funções quadráticas mediado por computador), foi desenvolvida no
Colégio Estadual Teixeira de Freitas com alunos do 1º A e 1º B do turno matutino que
participaram de noves sessões. Considerando que os discentes saem do ensino médio com
dificuldades em interpretações gráficas sem assimilar os conceitos e as definições sobre
funções, surgiu então esta proposta de utilizar um artifício que incentivasse e motivasse o
educando na aprendizagem usando tecnologias atuais e também para que assim pudéssemos
vivenciar o uso do computador na sala de aula. Este mini-curso teve como objetivo
caracterizar e mostrar situações em sala de aula com o uso de tecnologia digital, a fim de
identificar formas de uso com o Winplot na aprendizagem do aluno, abordado as ferramentas
computacionais do software Winplot e estudando funções quadráticas na demonstração de
interpretações gráficas, através de conjecturas criadas e resolvidas pelos os discentes no
laboratório de informática. Estudando conceitos básicos ate chegar a conceitos bem mais
complexos para introduzir noções de intervalos e domínio da função, caracterizando plotagem
de gráficos sobre a concavidade da parábola e valores máximo e mínimo da função
quadrática.
ABSTRACT
This research was focused on a case study aiming to investigate the potential of Winplot in
teaching / student learning and a brief comparison of traditional teaching and software
Winplot, showing positions of both styles in the educational process. We decided to prepare a
mini-course (Winplot case study: education and learning of quadratic functions mediated
by computer) was developed in State College Teixeira de Freitas students with the 1° A and
1° B who participated in nine sessions. Whereas the students leave the school with difficulties
in interpreting graphics without assimilating the concepts and definitions of functions, then
came the proposal to use a gimmick to encourage and motivate the student learning using
current technologies and also so that we could experience the computer use in the classroom.
This mini-course aimed at characterizing and showing situations in the classroom with the use
of digital technology in order to identify ways to use with Winplot on student learning,
addressed the computational tools and software Winplot studying quadratic functions in the
statement graphic interpretations, through conjecture created and solved by the students in the
computer lab. Studying the basics until you reach the more complex concepts and to introduce
concepts of intervals and area of function, featuring plot graphs on the concavity of the
parabola and maximum and minimum values of quadratic functions.
Key Words: Winplot, Teaching and Learning, Quadratic Function and Traditional Teaching.
7
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas com a popularização da informática e internet tem ocorrido uma
considerável compra de computadores por empresas, escolas e usuários domésticos, tornando-
se assim mais acessíveis a boa parte da população. Com isso, produziu-se uma necessidade de
utilização dos computadores, pois essa máquina oferece inúmeras facilidades e vantagens no
trabalho e na escola. Nesse contexto o uso do computador tem sido promovido nas escolas
como um recurso educacional capaz de melhorar o ensino/aprendizagem. Fato considerado
fundamental para muitos autores:
Diante dessa proposta o computador pode ser uma parte integrante no processo de
ensino e aprendizagem sendo muito enriquecedor na construção de conhecimento e a partir
disso acarretaram-se novas exigências não somente no trabalho, mas também na educação que
necessita dessas mudanças para o ensino e aprendizagem do educando.
No entanto, o professor tem que se articular para poder interagir com esses recursos
tecnológicos e viabilizar condições que facilitem a aprendizagem do aluno na utilização de
determinado recursos tecnológicos não o limitando apenas ao lápis e papel.
11
Os educadores não podem mais fechar os olhos á realidade apresenta: em plena era
do homem virtual, com advento a globalização, na qual as informações do mundo
chegaram por meio da televisão, do radio, do vídeo e dos computadores, a relutância
de muitos professores de não utilizar os recursos da informática não respaldo.
Percebe-se que ainda não assimilaram totalmente a importância de despertar em seu
aluno e aprendizado com autonomia, o processo do computador é maior facilitado.
As informações correm soltas, a disposição de quem quiser utilizá-las. Esse novo
aluno dever ser preparado para desenvolver senso critico e suficiente para selecionar
as informações e utilizá-las (PETITTO, apud, MAIA, 2007, p. 58).
Por sua vez entende-se que a aula tradicional é aquela em que o professor transmite a
informação para os alunos cabendo a estes apenas recebê-las de forma passiva. Na atualidade
existem inúmeros programas de ensino com softwares matemáticos que podem auxiliar o
12
aluno na aprendizagem juntamente com o professor. Tais softwares podem ser usados pelos
educadores como um novo recurso de ensinar e aprender. Diante de tal situação destacamos a
importância do uso de softwares ou ferramentas computacionais no ensino e aprendizagem da
matemática. Neste sentido, Maia (2007) considera que:
De que forma o Winplot pode ajudar aos alunos na sua aprendizagem? Como o
professor de matemática planejaria atividades com o uso do Winplot no ensino e
aprendizagem? Como essas atividades seriam realizadas? E como os alunos seriam avaliados
tendo o Winplot como ferramenta de suporte para sua aprendizagem? Estas questões levaram
ao caminho da pesquisa descrita neste trabalho e foram decisivas na definição dos objetivos
detalhados na seção seguinte:
CAPÍTULO I: OBJETIVOS
Realizar uma revisão bibliográfica sobre o uso das TIC no ensino da matemática;
Portanto, esta proposta se justifica se considerarmos que o uso das TIC permite
promover a aplicação de práticas pedagógicas diversas e baseadas em inovação
possibilitando-se uma ampla variedade de formas diferentes de ensinar e aprender, facilitando
a compreensão e reflexão:
O uso das TIC na educação auxilia a compreensão de, por exemplo, conceitos
abstratos visto que os estudantes podem alterar variáveis e verificar as mudanças
resultantes. A disponibilidade do imenso armazém de dados que é a Web combinada
com o uso de aplicações como MathML, SVG, SMIL oferece diversas perspectivas
que podem ser exploradas pelo aprendiz, tornando a aquisição de novos
conhecimentos mais fácil.Perceba que as ‘fronteiras’ da sala de aula estão em
processo de mutação, facilitando cada vez mais o processo de consulta, ensino,
aprendizado e colaboração entre estudantes, professores e profissionais de várias
especialidades. Uma modesta parcela dos educadores já percebeu a riqueza das TIC
e como elas podem aprimorar o processo de aprendizado. (SILVA FILHO, 2007.)
Assim, o Winplot pode ser considerado como um elemento capaz de melhorar a
16
motivação do discente em aprender e que permite facilitar o trabalho do docente em uma nova
abordagem de ensino e aprendizagem de funções quadráticas.
17
Concomitante com os recursos utilizados foi realizado uma revisão bibliográfica tendo
em vista um aprofundamento sobre o uso das TIC, em especial tecnologia digital e no
software Winplot foram consultados os seguintes autores: Maia (2007); Rossi (2009); Silva
Filho (2007); Ponte (2000); Ferraz (2006) e outros.
Este trabalho teve caráter qualitativo, pois se entende que o pesquisador buscou
descreve os dados obtidos nesta pesquisa, com objetivo de explorar o ambiente como fonte
direta dos dados.
selecionados vinte alunos de 1°ano. A seleção foi realizada através de um sorteio com a
caderneta de frequência dos alunos, no qual foram sorteados 10 alunos de cada turma do
ensino médio do 1ª ano.
3.3 Questionários
Nesse Trabalho, para efeito de melhor compreensão do texto, entende-se por ensino
tradicional, o ensino que se baseia em um modelo normalmente aplicado em sala de aula nas
últimas décadas. Nesse modelo geralmente os alunos participam de forma passiva, como
ouvintes e o professor se dedica à realização de atividades como, por exemplo, exposição de
conteúdos com uso de quadro e rotulador ou giz e auxilio a resolução de exercícios. Nesse
sentido, entende-se que o ensino deve ser bem mais vasto do que uma aula expositiva, o
professor deve buscar novas alternativas metodológicas que ajudem o despertar do discente na
aprendizagem, que motivem e chame atenção destes.
A partir desse argumento de Freire (2006), citado acima sobre os sujeitos que ensinam
e os que aprendem ou apenas são vasilhas preenchidas sem terem opiniões próprias, percebe-
se que os educadores do ensino tradicional transmitem apenas o saber formal, constituído ao
seu discente, preenchendo esses recipientes vazios, sem dar-lhe a chance de questionar,
indagar e expor o que pensam sobre o mundo atual. Surge então à pergunta: qual será o papel
do professor?
O papel do professor não perde a importância, antes ganha novas dimensões e maior
responsabilidade. Há quem pense que um bom computador será melhor que um mau
professor. Essa forma de ver as coisas tende, porém, a ignorar que mesmo melhor o
computador tem tremendas limitações. De facto, não faz sentido opor o computador
e o professor como se fossem antagonistas. Será a combinação dos dois, ambos no
máximo das suas possibilidades, que constituirá a equipe pedagógica do futuro
(PONTE, 1997, p. 57).
Percebe-se na citação de Ponte que o computador não deve ser ignorando pelo
professor e muito menos opor-se a essa máquina, no entanto se houve uma combinação de
ambos, terá possivelmente um efeito eficaz e produtivo para desenvolver diversas
possibilidades aos alunos.
Os professores não devem apenas ter domínio do software para usá-los no processo de
ensino e aprendizagem como meros consumidores, mais oferecer aos seus discentes
capacidade e habilidade para produzirem conhecimento por si próprio, cujo principal objetivo
é torná-los críticos.
22
Observa-se que as novas tecnologias estão cada vez mais incorporadas aos indivíduos
que usam a todo o momento, e que tal pratica que venha a ser usada pelos educadores
23
Uma alternativa a esta abordagem são os estudos culturais e os estudos dos media
que não se debruçam apenas sobre a noção da tecnologia entrando na escola, mas
também sobre a noção do utilizador da tecnologia baseado na escola entrando no
mundo da tecnologia. O computador, por exemplo, pode localizar o utilizador no
ciberespaço, um «espaço alternativo sem espaço» e fornecer o potencial para que o
estudante, como qualquer outro utilizador, explore e assuma muitas outras
identidades e se torne parte de uma cibersociety e de comunidades no ciberespaço
(WRIGTH, apud, PONTE, 2000, p.88).
Portanto a tecnologia está cada vez mais inserida nas escolas e os discentes utilizam-se
dessa tecnologia no seu cotidiano, como qualquer outro utilizador, explorando e assumindo
muitas outras identidades no ciberespaço.
Podemos observar na citação de Ponte (2000) que as TIC trazem diversas possibilidades de
criação de espaço de interação e comunicação, fornecendo assim uma expressão criativa, de realização
de projetos e reflexão crítica. De acordo com os PCN, (1998): Os computadores podem ser usados nas
aulas de matemática com varias finalidades:
Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem pensar,
refletir e criar soluções;
Nesse contexto nos PCN justifica-se que as TIC podem ser usadas nas aulas de
matemática com varias finalidades, como ferramentas computacionais que possibilitam aos
indivíduos pensar, refletir e criar soluções com autonomia para resolver problemas
matemáticos.
E, assim, diante dessa abordagem teórica surge outra pergunta: Quais serão as
vantagens e a desvantagens que o uso de software para matemática pode oferecer ao ensino
desta disciplina?
Para responder a esta questão, neste trabalho foi realizado um estudo sobre o uso do
software Winplot com o propósito de identificar as vantagens que este software pode
promover na aprendizagem do aluno quando usado de maneira direcionada.
O professor não deve ter apenas um planejamento para envolver o aluno dentro do
despertar do conhecimento matemático, mas algo que possa ser aplicável, podendo assim
planejar e esquematizar os conteúdos matemáticos com os objetivos e metodologia que
possam promover ensino e aprendizagem.
25
Nesta etapa buscou-se verificar o potencial de uso do Winplot, nos diversos momentos
relacionados com as aulas: desde o planejamento, a realização das atividades.
O mini-curso foi elaborado em dois momentos; sendo que o primeiro momento teve a
finalidade de introduzir o software Winplot e apresentar aos alunos os comandos necessários
para a utilização do programa Winplot abordando as ferramentas computacionais na busca de
ver como eles se sentiam a usar os recursos tecnológicos.
Inicialmente fizemos uma explanação do Winplot e construções de alguns gráficos de
funções para tentar identificar maiores dificuldades dos alunos e possíveis dúvidas referentes
ao conteúdo. No quadro abaixo mostra uma aula com o uso do Winplot, aplicada pelo
professor de matemática, o seu planejamento com o software, o objetivo e as maneiras
identificadas ao usar o programa.
Durante a realização desse tipo de aula encontrou-se uma grande vantagem, que é o
aluno poder visualizar maior variedade de gráficos e suas características. Sendo assim,
acreditamos que uma aula planejada se torna mais rico em conteúdos e possibilidades de
aprendizagem. O planejamento e a realização de aula com uso do Winplot pode ser visto a
seguir no quadro 1:
27
Objetivo:
Aplicar o software Winplot na construção de
vários gráficos de funções quadráticas
Mostrar aos alunos os comandos do software
Plano de aula utilizando o na construção de funções quadráticas e mostrando a
software Winplot utilidade do Winplot como ferramenta de ensino e
aprendizagem
Identificar os zeros da função focalizando os
pontos e a imagem com a utilização do Winplot
Identificar o valor máximo e mínimo da
função quadrático e seus receptivos valores com o
uso do Winplot.
Fase ativa
Aplica o Winplot nas plotagem de gráficos
Encontra os zeros da função e a imagem
Interpretações gráficas sobre o crescimento e
O uso do Winplot durante as decrescimento da função
aulas Fazer translações de gráficos com o Winplot
Fazer atividades de funções quadráticas com o
uso do Winplot
Fase pós-ativa
ATIVIDADE 1
y = x^2-2x-3 y
y = -x^2+2x-1
3
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
−2
−3
y = x²-2x-3 e y = - x²+2x-1
Verificaram também que quando delta é maior que zero, terá duas raízes reais e
distintas. Na segunda função y = -x²+2x-1, os alunos comentaram que a função só tinha
apenas uma única raiz e foi nesse momento que explicamos que quando as funções tiverem
um delta igual à zero, admitirá um zero real duplo, ou seja, duas raízes reais e iguais que é o
caso desta função, tendo apenas o 1 como raiz.
Com auxílio do data show e do software Winplot, a questão foi corrigida e explicada
sobre a concavidade da parábola; mostrando intervalos de crescimento e decrescimento,
ficando assim mais claro para os alunos.
30
Ao final, estes concluíram que quando “a” e “b” for maior que zero, a parábola
intercepta o eixo das ordenadas com sua concavidade crescente, e quando “a” e “b” for
menor que zero, a parábola intercepta o eixo das ordenadas com sua concavidade decrescente.
Isso vale para “a” maior ou menor que zero então este fato ocorrerá em relação ao coeficiente
“b”.
ATIVIDADE 2
y
y = x^2+2x-1
y = x^2+2x+1 3
y = x^2+2x+2
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
−2
−3
O questionamento sobre o coeficiente “c” foi respondido pelos alunos, este que
cometeram alguns equívocos nas suas respostas. Os alunos só conseguiram interpretar a
questão por completo depois de observar a explicação da questão no Winplot. Argumentaram
que na função y = x²+2x-1, sendo o delta é maior que zero, possuirá duas raízes reais e
31
distintas e na segunda função y = x²+2x+1 onde o delta é igual a zero, a função admitirá um
zero real duplo.
Na terceira função, y = x²+2x+2 a parábola não tem ponto em comum e foi a partir
disso que explicamos aos alunos que a função não admite raízes, pois o delta é menor que
zero.
A partir disso, os alunos compreenderam que quando mudamos o coeficiente “a” há
uma mudança no comportamento dos gráficos, demonstrando as características diferenciadas
que cada função apresenta com essa alteração.
ATIVIDADE 3
y = x^2 y
y = 3x^2
y = 4x^2 3
y = -x^2
y = -3x^2
y = -4x^2
−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−1
−2
−3
Nessa atividade, que teve como intuito explorar a translação vertical: o que diferencia
os gráficos, as concavidades das parábolas, os sinais de cada função e as suas respectivas
raízes, propomos aos alunos que construíssem os gráficos das seguintes funções no Winplot:
1) y = x²
2) y = 3x²
32
3) y = 4x²
4) y = -x²
5) y = -3x²
6) y = -4x
y = x^2-4x+3 y
−5 −4 −3 −2 −1 1 2 3 4
−1
−2
−3
FIGURA 4: Estudo dos gráficos sobre as coordenadas dos vértices quanto ao valor máximo e
mínimo
Fonte: questão adaptada Giovanni (2002).
33
Mostramos que quando o coeficiente “a” tem valor menor que zero assumi valor
máximo, quando o coeficiente “a” é maior que zero assume ponto de mínimo. Dai alguns
alunos notaram a diferença e passaram a visualizar e identificar estas características melhor
no gráfico. O objetivo foi familiarizar o Winplot com a função quadrática para que os
discentes pudessem visualizar as características apresentada de cada gráfico construído.
Da mesma maneira que os alunos começaram a criar varias funções, gerando vários
gráficos e identificando seus pontos de intersecção, os zeros da função, valores máximos e
mínimos no Winplot, caracterizando o comportamento da função.
34
Com este software o aluno pode construir conceitos e definições sobre o conteúdo de
função quadrática. Vale relembrar que numa aula tradicional os professores não poderiam
fazer inúmeros gráficos e em tão pouco tempo.
Percebe-se que a utilização de uma ferramenta computacional pode ser muito útil,
quando os educadores utilizam um programa na aprendizagem do aluno sobre um
determinado conteúdo.
Na segunda etapa do mini-curso com Winplot, tivemos que fazer uma sondagem sobre
a aprendizagem com a utilização do software matemático, visto que eles já detinham do
conhecimento de tecnologia. Procuramos analisar se os alunos que participaram do mini-curso
havia aprendido o conteúdo matemático, já que durante todo o mini-curso observaram-se a
facilidade de aprendizagem com software e se eles concordavam com uso de tecnologia como
uma forma nova de aprender.
Objetivos:
Identificar o domínio e a imagem da função quadrática
Identificar o valor máximo e valor mínimo da função quadrática
Construir gráficos a partir dos valores dos coeficientes da
função quadrática e visualizar e representar.
.
Metodologia:
Aula expositiva, utilizando livros didáticos sobre o conteúdo
programado e explicar o assunto no quadro com piloto.
Primeiro momento: Explicar o conteúdo programático ao aluno
Segundo momento: Tirar dúvidas dos alunos sobre o conteúdo
Plano de aula Terceiro momento: aplicar atividades sobre o conteúdo
programático e analisa se os alunos entenderam.
Fase Ativa
Resolver atividades de função quadrática proposta pelo
professor viabilizando ao ensino/aprendizagem do educando
Verificar se os alunos aprenderam o conteúdo programático
Durante as aulas desenvolvidas na sala de aula,
Notar se os alunos sabem resolver as atividades do conteúdo
programático,
Diagnosticar situações em que o aluno não resolve as questões,
pois tem dificuldade em resolver tais atividades.
Fase pós-ativa
Avaliação dos Aplicar avaliação sobre o conteúdo de função de segundo grau
alunos/curso ou função quadrática; a partir das aulas que foram desenvolvidas
na sala de aula.
FONTE: Plano de aula
36
Atividade 1:
As seguintes funções são definidas em IR. Verifique quais delas são funções
quadráticas e identifique em cada um de seus valores de a, b e c.
a) f(x) = 2x(3x-1)
b) f(x) = (x+2)(x-2) – 4
c) f(x) = (1+x)(1-x) + x²
Atividade 2
a) f(x) = x²+4x+3
37
b) f(x) = x²+2x+1
c) f(x) = -x²+6x-9
Diante dessa proposta tive uma experiência em sala de aula com duração de três dias
úteis que aconteceram na terça, quarta e sexta com carga horária de 6h. A sala foi composta
de 35 alunos, mas apenas 28 alunos participaram das aulas.
No quadro negro esboçamos o gráfico da função y = x²+2x -3. Diante dessa explicação
pudemos verificar que os alunos tinham dificuldades com o sinal negativo e também com a
construção de gráficos, pois apresentavam dificuldade em focalizar o “x” e o “y” no plano
cartesiano.
Então traçamos o plano cartesiano com os valores das ordenadas e das abcissas,
mostrando os valores positivos e negativos no gráfico. Em seguida, esboçamos o gráfico e
verificamos os motivos pelos quais a concavidade da parábola é voltada para cima, pois o
coeficiente “a” é maior que zero, e os alunos entenderam perfeitamente essa parte do
conteúdo.
38
Os gráficos construídos com o uso do Winplot são bem mais definidos e acabados, no
qual a visualização gráfica é mais perceptível ao analisar o crescimento e decrescimento da
parábola de uma função quadrática, focalizando os pontos do domínio e o eixo que intercepta
a parábola, observando o que esta acontecendo com o gráfico. No entanto, com o uso do
Winplot podemos constatar que os alunos podem fazer simulação na plotagem gráfica,
movimento, animação e ampliação contribuindo para que o discente tenha uma visão ampla e
definida do conteúdo de função quadrática na interpretação gráfica.
6.1 Análise e interpretação dos gráficos e das perguntas feitas aos alunos
30%
70%
10,00%
15,00%
50,00%
25,00%
A partir desse contexto, no gráfico 3 foi feita uma investigação, se os alunos já tiveram
aulas de matemática no Laboratório de Informática sobre o conteúdo de matemática com uso
de software.
Como pudemos comprovar, a maioria afirma ter tido aula com o computador para
pesquisar conteúdos de alguma disciplina, porém desconhecem softwares matemáticos.
Verificamos que os alunos têm facilidades em opera os comandos computacionais. Sendo que
35% destes já tiveram aula com o computador e 65% disseram que não, porém os discentes
ainda desconhecem do uso do software para o auxílio do ensino/aprendizagem.
42
35%
65%
Sim Não
6.3 Analisando o uso do software na sala de aula e questionando se aulas com o uso de
software são suficientes ou necessitam de aulas tradicionais
A partir das respostas no gráfico 4, os quais constatamos que o uso de softwares é bem
favorável ao ensino e aprendizagem do aluno, uma vez que tal programa estabelece
possibilidades para visualização, ampliação e simulação de gráficos.
20%
80%
Sim Não
Gráfico 4. Você acha suficiente a aula realizada com software ou necessita de aulas
tradicionais
Fonte: questionário aplicado aos alunos
43
Neste caso os indicadores demonstram que 80% dos discentes acha interessante e
inovador o uso de software e 20% acham suficiente. Mas todos concordam que devem ter as
duas formas, com aulas tradicionais e com o uso de software, pois necessitam de ambas.
De acordo com os PCN, o uso de alguns softwares pode ser muito útil para a
construção de gráficos, no qual é bem mais fácil visualizar as informações gráficas da função,
explicita pelos PCN:
Os indicadores abaixo mostram no gráfico 5, que dos vinte alunos que fizeram o mini-
curso tiveram êxito com uso do Winplot para facilitar a aprendizagem de função quadrática.
Pois foram capazes de fazer o estudo do gráfico,um exemplo disso é o gráfico da função y =
x² obtidos por translações verticais em torno do eixo x, no entanto se houve uma constante a
variável x implica em uma translação horizontal y = (x + q)².
0,00%
100,00%
Sim Não
Você concorda que a tecnologia digital deve ser usada em sala de aula como um novo
recurso de ensinar?
( ) Sim ( ) Não
Nesta questão indagamos se o aluno concorda com o uso da tecnologia digital com
base no questionário aplicado aos alunos no mini-curso, verificamos algumas respostas
justificadas pelos alunos sobre o uso da tecnologia.
“... Por que fica bem mais rápida a informação com o uso da tecnologia.” (Aluno A).
“... Sim porque é mais fácil e pratico em visualizar o gráfico e também podemos
ampliar e visualizar com o uso das ferramentas do winplot.” (Aluno B).
“... Por que a tecnologia é uma forma inovadora de ensinar.” (Aluna C).
“... E uma forma de inovar, tornando as aulas mais atrativas.” (Aluna D).
“... Por que a tecnologia nos ensinar coisas novas.” (Aluno E).
Nesta questão sobre o uso da tecnologia em sala de aula, os vinte alunos que o
responderam o questionário aplicado concordaram com o uso da tecnologia para o
ensino/aprendizagem. Com base na questão acima, mostra que o uso tecnologia na sala de
aula tornou-se necessária, pois os Parâmetros Curriculares já apontam à necessidade da TIC.
De acordo com os PCN (Brasil, 1999), o computador é um instrumento de mediação no
aprimoramento da prática educativa, desde que possibilite investigar novas relações na
mobilização dos saberes e novas formas de atividade mental, como:
Com base nesta abordagem consideramos que a proposta da TIC na educação para
reflexão critica é um recurso novo, possibilitando maneiras diferentes de aprender e ensinar
ao aluno por meio do computador integrado ao trabalho metodológico do professor na sua
formação.
6.4 Análise e interpretação dos gráficos e das perguntas feitas aos professores
33%
67%
De acordo com o gráfico 6, os indicadores mostram que dos quinze professores que
responderam a seguinte pergunta usa o computador.
Nos quais 67% educadores usam sempre o computador e 33% deles usam às vezes,
comprovando que a tecnologia esta incorporada a esses docentes e que são capazes de usa tais
recursos computacionais.
33,00%
47,00%
20,00%
A tecnologia esta cada vez mais incorporada com o homem, pois somos frutos de tais
avanços tecnológicos que vem crescendo em ritmo acelerado e dispomos cada vez mais
desses recursos, sendo assim tanto o aluno e professor usam o computador, seja na sua casa,
no trabalho, escola e lan house para usufruir de tais benefícios que essa máquina vem
oferecendo ao homem.
47
40%
60%
Sim Não
Ficou constatado que dos quinze professores que responderam essa pergunta; 60%
disseram não ter tido capacitação com o uso de software, porém observamos que esses
professores já eram bem mais antigos na instituição de ensino e outros 40% tiveram o uso de
software na universidade, sendo que estes tiveram formação recente, pois foi oferecido o uso
da tecnologia na sua graduação, mas mesmo assim estes não ofereciam aos alunos um ensino
informatizado.
Porém tivemos as seguintes respostas: que 32% não se sentiam preparados, 32%
acham que os computadores nas escolas são insuficientes e 36% responderam dizendo que
crerem que seja interessante, mas não sentem capacitados com o uso de tecnologia. Podemos
observar nas respostas dos educadores que tinham a certeza que seria muito interessante e
proveitoso ensinar com uso de tecnologia, pois notavam que os discentes têm uma facilidade
de manipulação com tais recursos tecnológicos.
48
36,00% 32,00%
32,00%
Não me sinto preparado, pois não tive oportunidade de algum software na minha graduação
Os computadores na escola são insuficientes para atender tantos alunos
Creio que seja interessamte, porém não me sinto capacitada para usar um
Gráfico 9. Quais os motivos que dificultam o professor usar o software como ferramenta
de suporte para o ensino/aprendizagem
Fonte: questionário aplicado aos professores
O gráfico 10 aponta sobre a questão dos procedimentos que envolvam uma aula com
software ou tradicional.
0,00%
100,00%
Sim Não
Gráfico 10. Os procedimentos com aula tradicional seria o mesmo que com uma aula de
software
Fonte: questionário aplicado aos professores
49
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para melhor compreensão do uso das TIC e software Winplot, buscamos fazer uma
revisão bibliográfica, com fundamentos de teóricos que mostram quanto a tecnologia pode
contribuir para o ensino e aprendizagem quando usado de maneira direcionada pelo professor.
Nessa revisão bibliográfica percebemos as possibilidades e desenvolvimento que as TIC
podem promover para os alunos, estes que usam computadores em casa, na escola e demais
lugares, mostrando que a tecnologia esta relacionada ao cotidiano do aluno, o que leva-nos a
considerar a tecnologia digital como um novo recurso de ensino.
Quanto ao potencial do uso do Winplot, foi possível perceber durante as aulas que o
uso deste software facilita na visualização quanto ao crescimento e decrescimento da
parábola, automatiza a construção, trazendo um diferencial na aula, sendo satisfatório o
manuseio do software e desenvolvimento de habilidades do aluno na aprendizagem de função
quadrática, ampliando o conceito matemático, pois o software possibilita a simulação,
ampliação, permite a plotagem de vários gráficos num só plano, ao contrário do livro didático
que mostra apenas uma posição.
Ao avaliar os alunos com uso do Winplot, buscamos ver como estes reagem a esse tipo
de aula verificando se há ou não aprendizagem. Com dados dessa pesquisa é possível dizer
que a avaliação diária e em grupo, através de atividades usando o Winplot, levando em
consideração participação, frequência e habilidades durante as construções pode ser eficaz
nesse tipo de aula, pois acredita-se que somente uma avaliação não é o suficiente para
constatar a aprendizagem.
51
REFERÊNCIAS
FERRAZ, Alexandre Barcellos. Pare ‘pra ver a banda passar’: Uma Organização
Socializadora Dentro do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Conclusão do Curso de
Licenciatura Plena em Educação Artística com Habilitação em Música da UNIRIO-
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Centro de Letras e Artes, Rio de janeiro,
2006.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo:
Cortez, 2001.
GIOVANNI, José Ruy. Matemática fundamental: uma nova abordagem: ensino médio.
Volume único / José Ruy Giovanni, José Roberto Bonjorno e José Ruy Giovanni Junior. São
Paulo: FTD, 2002.
ROSSI, Bianca Hoffmeister e Colegas. Winplot: Uma Nova Ferramenta Para Ensinar e
Aprender Funções de 1º e 2º Graus. GT 05 – Educação Matemática: Tecnologias Informáticas
e Educação à Distância. Encontro Gaúcho de Educação Matemática junho 2009.
APÊNDICE
55
APÊNDICE I
QUESTIONARIO APLICADO AOS ALUNOS
56
Colégio: ____________________________________________________________
Serie: ______________________
5°) Você concorda que a tecnologia deve ser usada em sala de aula como um novo recurso de
ensinar ?
( ) Sim ( ) Não
Justifique:
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
57
8°) Você já estudou algum conteúdo especifico usando algum software matemático na sua
escola?
( ) Sim ( ) Não
9°) Você notou diferença entre uma aula com software e outra sem o software? Justifique
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
10°) você percebeu alguma diferença em resolver um exercício com o software e outro apenas
com o livro didático?
___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________
13°) Você é capaz de fazer o estudo do gráfico e de identificar os zeros da função, valor
máximo e mínimo da função?
( ) Sim ( ) Não
58
14°) Você pode identificar o ponto de intersecção nas funções quadráticas e também
visualizar os coeficientes e nota como o gráfico mudar ao alterar o valor numérico da função
quadrática?
( ) Sim ( ) Não
15°) Você acha suficiente a aula realizada com software ou necessita também de aulas
tradicionais?
( ) Sim ( ) Não
16°) Sobre o uso de softwares matemáticos, o que você acha melhor? Uma aula:
( ) Apenas com o uso de software
( ) Aulas tradicionais com uso de softwares, usando as duas formas
( ) Apenas aulas tradicionais, sem softwares
59
APÊNDICE II
QUESTIONARIO APLICADO AO PROFESSOR
60
Formação: ____________________________________________________________
5°) Durante o período de graduação, você usou algum software especifico para matemática na
universidade?
( ) Sim ( ) Não
7°) Quando terminou a graduação teve oportunidade de fazer algum curso de extensão na área
de tecnologia com uso de software?
( ) Sim ( ) Não
8°) Você já usou algum software matemático para ensinar um conteúdo especifico de sua
disciplina?
( ) Sim ( ) Não
9°) Você acredita que o uso de software seja eficaz no ensino/aprendizagem do aluno:
( ) Sim ( ) Não
10°) Quais os motivos que dificultam o professor usar o software como instrumento de
suporte para o ensino/aprendizagem?
( ) Os computadores na escola são insuficientes para atender tantos alunos
( ) A escola não tem infra estrutura de manutenção necessária, pois sempre há muitos
computadores com problemas
( ) Os computadores são ultrapassados para o que necessito
( ) O tempo para cumprir o plano de curso é pouco e não há espaço para incluir uma
estratégia de ensino nova
( ) Creio que seria interessante, porem não tive capacitação para usar um software na sala
de aula
11°) Você acha interessante e inovadora uma aula com o uso de software para a motivação do
aluno?
( ) Sim ( ) Não
12°) Você acha que uma aula com o uso de software usada como um suporte para o
ensino/aprendizagem do aluno ajudaria a melhorar o rendimento dos alunos?
( ) Sim ( ) Não sei, pois não entendo de tecnologia ( ) Não tenho certeza
( ) Talvez sim, se usada de forma adequada ao conteúdo do professor
13°) Os procedimentos com um aula tradicional seria o mesmo que com uma aula de
software?
( ) Sim ( ) Não
62
15°) Você seria capaz de ensinar funções com o uso de winplot na sala de aula como
instrumento de suporte?
( ) Sim ( ) Não