Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PUC/SP
São Paulo
2010
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC/SP
São Paulo
2010
Banca Examinadora
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta
dissertação por processos de fotocopiadoras ou eletrônicos.
A minha sogra Maria Rosa dos Santos pelo apoio em tudo que
precisei, que pra mim é mais que uma mãe que se preocupa com
meu bem estar.
Muito obrigada!
A Autora
R esumo
The aim of this research was to verify which are the difficulties and possibilities of
Mathematics teachers when they use the Geogebra software on activities related
to Thales Theorem. Alternatively, this work intended too to investigate what would
be the role of technologies on an eventual pedagogical work of teachers related to
Thales´ Theorem. Four teachers of public schools of São Paulo State,
Fundamental Level, took part of this investigation. The teachers participated in a
workshop related to teaching math subject in focus in this work, and which
proposed the development of teaching strategies using the software GeoGebra. In
the analysis of the proposed activities for teachers, resorted to the study of
seizures proposed by Duval as well as to the work of "pedagogical transposition"
proposed by Chevallard. Other elements of this analysis considered the research
related to the "computer transposition" of Balacheff and some works about the use
of technology in Education in general, and in Mathematics Education in particular:
the researches of Kenski, Frota & Borges and Oliveira. From the descriptions of
the teachers, different profiles of use of technologies and educational
performance, in relation to teaching strategies, were identified, highlighting the
connection between the degree of reference mathematical knowledge and the
proposed approaches with mediation by computational interface. Moreover, in the
context of software use, it was possible to detect connections between the
mastery of the topic itself, in a pedagogical and scientific ways, and the use of
exposition in classroom, as well as the advance (or not) in the figurative seizure
levels of teachers.
I N T R OD U Ç Ã O ........................................................................................................... 17
Uma primeira apresentação ................................................................................... 17
Motivações da pesquisa ......................................................................................... 18
Justificativa sobre o tema e problematização ......................................................... 27
Estrutura do trabalho .............................................................................................. 31
C AP Í T U L O 1 ............................................................................................................. 33
Referencial teórico ............................................................................................... 33
1.1 TICs na educação e na educação matemática ............................................... 33
1.2 Transposição Didática ..................................................................................... 47
1.3 Transposição informática ................................................................................ 54
1.4 Níveis de Apreensão ....................................................................................... 55
C AP Í T U L O 2 ............................................................................................................. 59
Teorema de Tales ................................................................................................. 59
2.1 Introdução Histórica ........................................................................................ 59
2.2 Teorema de Tales: De que se trata? ............................................................... 66
2.2.1 Justificativa da demonstração do Teorema de Tales pelo método
das Áreas .............................................................................................. 71
2.2.2 Aplicações do Teorema de Tales ......................................................... 72
C AP Í T U L O 3 ............................................................................................................. 77
Aportes Metodológicos ....................................................................................... 77
3.1 Pesquisa qualitativa ......................................................................................... 77
3.2 Descrição dos sujeitos da pesquisa ................................................................ 79
3.3 Descrição dos instrumentos da pesquisa ........................................................ 84
3.3.1 Atividade 1 ............................................................................................ 86
3.3.2 Atividade 2 ................................................................................................ 89
C AP Í T U L O 4 ............................................................................................................. 91
Análise dos dados ................................................................................................ 91
4.1 Atividade 1 ....................................................................................................... 91
4.1.1 Professora A ........................................................................................... 92
4.1.2 Professora B ........................................................................................... 94
4.1.3 Professora C ........................................................................................... 96
4.1.4 Professora D ........................................................................................... 98
4.2 Atividade 2A .................................................................................................... 101
4.2.1 Professora A ........................................................................................... 102
4.2.2 Professora B ........................................................................................... 104
4.2.3 Professora C ........................................................................................... 105
4.2.4 Professora D ........................................................................................... 107
4.3 Atividade 2B .................................................................................................... 109
4.3.1 Professora A ........................................................................................... 110
4.3.2 Professora B ........................................................................................... 112
4.3.3 Professora C ........................................................................................... 115
4.3.4 Professora D ........................................................................................... 118
4.4 Atividade 2C .................................................................................................... 121
4.4.1 Professora A ........................................................................................... 121
4.4.2 Professora B ........................................................................................... 123
4.4.3 Professora C ........................................................................................... 127
4.4.4 Professora D ........................................................................................... 129
C O N S I D E R AÇ Õ E S FI N AI S ...................................................................................... 133
R E F E R Ê N C I AS B I B LI O GR Á FI C AS ........................................................................ 139
L ista das F iguras
I ntrodução
Motivações da pesquisa
x z
Retas paralelas: p1, p2, p3 Retas transversais: t1, t2 = .
y w
a) Se x, y e z forem números racionais, é possível que w seja um número irracional?
b) Admita x = 2 , y = 3 e w = 3 e calcule o valor de z. Em seguida, encontre uma
aproximação decimal para z admitindo que 2,45 × 2,45 ≅ 6 .
Quadro 1. Questão 2 da Aula 2 – Jornal da Proposta do Estado de São Paulo (São Paulo, 2008)
19
Quadro 2. Aula 13 – Jornal da Proposta do Estado de São Paulo (São Paulo, 2008)
Quadro 3. Aula 14 – Jornal da Proposta do Estado de São Paulo (São Paulo, 2008)
20
Quadro 4. Aula 17 – Jornal da Proposta do Estado de São Paulo (São Paulo, 2008)
21
a) HK b) LI
Quadro 5. Aula 18 – Jornal da Proposta do Estado de São Paulo (São Paulo, 2008)
Atividade Diagnóstica
1. O que você entende por razão entre duas medidas?
2. Observe as figuras abaixo e verifique se os lados correspondentes são proporcionais.
Atividade diagnóstica 2
1. Calcule o valor de x nos casos a seguir:
Além disso, os dados coletados indicam que, mesmo que as figuras desta
atividade trouxessem feixes de retas paralelas, tanto no primeiro caso como no
segundo da Atividade Diagnóstica 2, haveria dificuldade dos alunos em relação à
resolução, o que possibilitaria diferentes respostas para o valor de x (erros
algébricos e de identificação dos elementos proporcionais do esquema), ainda
que a propriedade fundamental das proporções tenha sido utilizada por todos os
alunos.
27
Analisando todos os dados, pode-se dizer que a maior parte dos alunos
aplicava a propriedade fundamental das proporções instintivamente quando se
deparavam com problemas que apresentavam um feixe de três retas cortadas por
duas transversais, mesmo não apresentando retas paralelas. Metade deles tinha
a ideia de proporção e 60% do total de alunos sabia o que é uma razão.
na aplicação dos saberes desenvolvidos desta forma, o que envolve o uso dos
conhecimentos em contextos distintos daqueles nos quais foram ensinados.
____________
2
Termo criado por Seymour Papert (1994, 1999) para designar uma abordagem na educação com o uso do
computador, voltado para um processo de interação aluno-máquina, ou seja, um instrumento para a
representação do pensamento sobre o conhecimento em construção.
31
Estrutura do trabalho
C apítulo 1
Referencial teórico
Esta visão pode ser completada pela ideia das TICs como mediadoras dos
processos pedagógicos nos quais estão inseridas, e como partes de estratégias
pedagógicas amplas, com uso de diversificados artefatos, mas com foco nas
pessoas. Esta é a visão de Oliveira (2009), quando afirma que as tecnologias por
si só não substituem a concepção dos processos e das estratégias, nem
implementam ou melhoram as metodologias. Isto pode ser feito, sim, mas a partir
de um cenário em que as pessoas planejam e usam as tecnologias para compor
suas concepções do processo de ensino-aprendizagem, como suportes para
ampliar as interações e os meios de experimentação, para por em foco cenários
de construção dinâmicos e modificáveis, para implementar novas possibilidades
de interação e intervenção, entre outros propósitos. Mas tais dimensões, segundo
o autor, são aquelas construídas a partir da critica e da reflexão no uso de
tecnologias, cujo resultado, na aplicação em um desenvolvimento de natureza
pedagógica, é a existência de roteiros didáticos, com a inclusão de momentos e
formas variadas que proporcionem a apreensão dos conteúdos – inclusive com
uso de TICs, por exemplo, mas sem elas, também.
superação para o uso efetivo de tecnologias nas escolas que depende de dois
movimentos que os autores interpretam como paralelos. Como primeiro
movimento, o professor é visto enquanto sujeito, mas especificamente na sua
formação, para incorporar a tecnologias. No segundo movimento, foca-se o
sistema educacional, que deve fornecer as condições de incorporação da
tecnologia nas escolas.
Para Kenski (2007), o grande desafio para o uso das TICS em sala de
aula para o professor é a própria formação, pois, às vezes, o docente não
consegue lidar pedagogicamente com as divergências de conhecimentos dos
alunos em nível tecnológico, tanto nas instituições equipadas com modernas
tecnologias digitais como nas que possuem recursos precários. A autora defende
que o professor que tem uma boa formação possui segurança para lidar com a
diversidade de conhecimentos dos alunos, ao mesmo tempo em que aproveita o
conhecimento dos alunos mais avançados e garante o acesso às tecnologias aos
alunos em situação de exclusão digital. Assim, o uso das TICS em aula pode
alterar a relação existente entre professor e aluno, a partir da formação de
equipes de trabalho, que permitem que os participantes passem a ser parceiros
na construção do conhecimento, em regime de colaboração.
É claro que esses riscos podem ser vistos como possibilidade para
desenvolvimento tanto do professor quanto do aluno e situações de ensino-
47
Para Pais (2008) a transposição didática pode ser analisada tendo como
base três saberes: o saber científico, o saber a ensinar e o saber ensinado.
O mesmo autor salienta que o saber sábio não é adequado, em sua forma
original, ao processo de ensino-aprendizagem desenvolvido na escola. Assim,
CHEVALLARD (1991 apud OLIVEIRA, 2009) destaca a existência de um “saber a
ensinar”, que é ligado a uma abordagem didática, e a finalidade é de organizar
pedagogicamente e apresentar aos estudantes determinado saber. Ainda é
destacada a existência do “saber ensinado”, que é aquele que tem lugar na sala
de aula e demais ambientes de ensino-aprendizagem, representando o trabalho
didático efetivamente constituído no cotidiano escolar. O saber ensinado é
resultado da atuação do professor em relação aos grupos de alunos com os quais
trabalha em suas aulas, no âmbito de um determinado sistema didático.
Nesta lógica, Oliveira (2009) destaca que, em termos ideais, este tipo de
saber tem por base imediata o saber a ensinar, contido nos programas
curriculares, e como referência o saber sábio, mas é permeado pela prática
docente e suas especificidades. Não é um saber independente e apartado das
instâncias formais de constituição do conhecimento matemático, tendo com ele
ligações que devem ser de toda forma identificáveis, ainda que tenha sofrido, no
48
____________
3
Segundo Almouloud (2007), obstáculos epistemológicos são aqueles que possuem rejeição explícita no
saber ensinado/ aprendido, os quais podem ser identificados nas dificuldades que encontram na utilização
dos conceitos ou na compreensão dos mesmos. Obstáculos didáticos são aqueles que parecem depender
de apenas uma escolha e são provocados por uma transposição didática.
49
____________
4
Segundo Silva (2008), o contrato didático é o conjunto das cláusulas que estabelecem relações entre
professores e alunos, mantendo o saber.
5
Segundo Almouloud (2007), uma situação didática é o conjunto de relações estabelecidas entre um aluno
ou grupo de alunos, um certo milieu e um sistema educativo para que os alunos constituam um saber.
Situação adidática acontece quando o professor elabora uma estratégia ou sequência didática sem que a
intenção de ensino seja revelada ao aprendiz.
50
____________
6
Para Menezes (2006), a transposição didática interna é o passo final na transformação sofrida pelo saber
científico, cujos envolvidos são o professor e o(s) aluno(s), e que tem o professor como elemento humano
responsável por tal acontecimento.
51
Quadro 10. Elementos fundamentais de análise dos fenômenos didáticos na sala de aula
Fonte: Menezes, 2006 p. 26.
C apítulo 2
Teorema de Tales
O mesmo autor relata que não há nenhuma obra de Tales sobrevivente aos
tempos, e que não há documentos que comprovem as contribuições a ele
atribuídas em relação à matemática. Mas as tradições persistiram, e é segundo
estas tradições que a história de Tales, seus teoremas e proposições são
contados.
Guedj (1999) ainda declara que Tales não se preocupou muito com os
números, mas se interessou pelas figuras geométricas, como a reta,
circunferência, triângulo, entre outros. Foi o primeiro a considerar o ângulo como
um objeto matemático e fez desse objeto a quarta grandeza da Geometria, que
até então eram três: comprimento, superfície e volume. Tales afirma, por
exemplo, que os ângulos opostos pelo vértice formados por duas retas que se
cruzam são congruentes.
Foi Tales também quem mostrou que a cada triângulo podia corresponder
uma circunferência, a qual passa pelos três vértices do triângulo e é denominada
de circunscrita. Em outras palavras, para três pontos não alinhados, sempre
passa uma circunferência.
61
Figura 3. Três pontos não alinhados definem, além de um triângulo, uma circunferência
Havia encontrado a tão procurada solução para o desafio, mas não haveria
como executar sozinho a tarefa. Acredita-se que tenha conseguido um ajudante.
Tales traçou uma circunferência de raio igual sua estatura e se posicionou ao
centro da mesma, em pé e bem reto. No mesmo instante, começou a observar a
ponta de sua sombra. Quando sua sombra tocou a circunferência, e ao mesmo
tempo igualou sua altura, seu ajudante fixou uma estaca no lugar atingido pela
63
A pirâmide de Quéops possui uma base quadrada e seu eixo (ponto mais
alto da pirâmide até o solo) recai no centro do quadrado. A altura da pirâmide é
igual ao comprimento do eixo. Tales mediu apenas a parte da sombra que estava
exposta em relação à base.
Com esse esquema, pode-se observar que Tales ficou impedido de medir a
distância entre o centro da base quadrada (A) e a extremidade (H). O sábio
percebeu que, quando a direção dos raios do Sol formava com o lado da base um
ângulo qualquer, ele não podia fazer nada. Mas ele conhecia a medida do lado da
base piramidal, que, quando perpendicular aos raios solares, fornecia-lhe o
momento ideal para o feito.
GC GD
=
GE GF
66
____________
7
Para países como a Alemanha, o Teorema de Tales é conhecido como teorema dos feixes de retas
concorrentes: para eles, o Teorema de Tales faz menção ao triângulo inscrito numa semicircunferência.
67
Este livro enuncia o Teorema das paralelas cortadas por uma transversal
da seguinte forma:
AD AE
=
DB EC
AE AD AE AD
= e =
AC AB EB DC
Figura 13. Triângulo ABC e segmento DE paralelo a uma das bases. Com DG e EF, alturas
relativas do triângulo ADE.
1 1
A ADE
= . AE.DG ou A ADE
= . AD.EF
2 2
Como AE ⋅ DG = AD ⋅ EF , logo:
AE EF
= . (1)
AD DG
A CDE
= A
BDE
69
Figura 14. Representação dos triângulos CDE e BDE, ambos com altura h.
Como:
1 1
ACDE
= .CE.DG e A BDE
= .BD.EF
2 2
Conclui-se que:
EC EF
CE .DG = BD.EF ; logo: = (2)
BD DG
EC AE AD AE
= ou =
DB AD DB EC
Agora, será demonstrada a proporção existente entre uma parte dos lados
do triângulo com o todo dos segmentos determinados por uma reta paralela à
base.
AC QC
Assim, observa-se que é válida a proporção = desde que o
AB BP
AD AE
processo de demonstração da proporção = seja considerado.
DB EC
AC QC AB AC
Quando a proporção = é comparada à = , que é
AB BP DB EC
AC EC EC QC
equivalente à = , pode-se escrever que = , para concluir que
AB DB BP BP
DB EC
= .
BP QC
Figura 18. Interpretação do Teorema de Tales como proporções entre segmentos obtidos por retas
paralelas e transversais.
Este método foi o escolhido pela Proposta do Estado de São Paulo (São
Paulo, 2008) e, neste caso, para compreensão da demonstração em si, espera-se
que o aluno de qualquer escola da rede pública do Estado já tenha as noções de
área, razão, proporção e figuras congruentes. Tais assuntos são adotados pela
mesma Proposta no decorrer das séries anteriores a 7ª série, na qual o tema
Teorema de Tales é abordado, satisfazendo, assim, os pré-requisitos
estabelecidos para tal demonstração.
72
Atividade 1
(páginas 26 e 27 do Caderno do professor 7ª série – 4º Bimestre, 2008)
Quadro 11. Atividade 1 (7ª série, 4º Bimestre) – Caderno do Professor (São Paulo, 2008)
73
Atividade 2
(página 27 do Caderno do professor 7ª série – 4º Bimestre, 2008)
Pelas dimensões encontradas no primeiro projeto, Silvio percebeu que poderia explorar
melhor o canteiro dividindo-o mais uma vez por outra faixa paralela à base BC, indicada
na figura pelo segmento FG. Isso permitiria plantar outro tipo de flor, deixando o canteiro
ainda mais bonito.
Quadro 12. Atividade 2 (7ª série, 4º Bimestre) – Caderno do Professor (São Paulo, 2008)
Problema 7
(página 32 do Caderno do professor 8ª série – 3º Bimestre, 2008)
Quadro 13. Problema 7 – (8ª série, 3º Bimestre) – Caderno do Professor (São Paulo, 2008)
74
Figura 20. Interpretação do Teorema de Tales como proporções entre segmentos obtidos por retas
paralelas e transversais do Problema 7.
AC BC
=
AH AB
75
• Em problemas de semelhança
Problema 3
(página 24 do Caderno do professor 8ª série – 3º Bimestre, 2008)
Segmento CF DG OE OF OG
Medida (cm) 10
Quadro 14. Problema 3 – Caderno do Professor (8ª série, 3º Bimestre). (São Paulo, 2008)
C apítulo 3
Aportes Metodológicos
• Consumir tecnologia:
• Incorporar tecnologia:
3.3.1 Atividade 1
HG LK HG LK
I. = ≅ ≅
GB KD GB KD
IJ LK IJ LK
II. = ≅ ≅
JC KD JC KD
IJ FE IJ FE
III. = ≅ ≅
JC EA JC EA
FE HG FE HG
IV. = ≅ ≅
EA GB EA GB
3.3.2 Atividade 2
Atividade A
1. Construa um triângulo qualquer.
2. Coloque um ponto D sobre um dos segmentos do triângulo.
3. Trace uma reta paralela a base de modo que intercepte o ponto D.
4. Insira o ponto de intersecção entre a reta e o triângulo diferente de D
e nomeie de E.
5. Meça as distâncias entre os vértices do triângulo e os pontos D e E.
6. Movimente o ponto D, o que você observa?
8
7. Divida os valores das distâncias dos mesmos segmentos . Eles são
proporcionais? Por quê?
8. Se inserir mais um ponto F no mesmo segmento do ponto D e uma
reta paralela a base passando pelo ponto F. Quais proporções
podem-se estabelecer em relação às distâncias entre os pontos?
Atividade B
1. Traçar duas retas AB e AC concorrentes em A.
2. Criar o segmento BC.
3. Construir um ponto D sobre AB e por ele traçar uma paralela a BC.
4. Nomear o ponto de intersecção da reta obtida com AC de E.
5. Criar os segmentos AD, AE, BD, AB, AC, EC.
6. Quantos triângulos você observa na figura? Esses triângulos são
semelhantes?
7. Complete as tabelas abaixo, de acordo com o que se pede:
Dica: Procure identificar os lados dos triângulos, bem como suas
medidas, de forma que os lados correspondentes fiquem associados nas
colunas. A seguir calcule a razão entre a medida dos segmentos
correspondentes.
____________
8
Foi feita a orientação de quais segmentos se tratava.
90
Tabela 2. Razão entre as medidas dos lados dos triângulos – ponto à esquerda.
Tabela 3. Razão entre as medidas dos lados dos triângulos – ponto no centro.
Tabela 4. Razão entre as medidas dos lados dos triângulos – ponto à direita.
Atividade C
Como você utilizaria as informações dadas aqui para a elaboração de
uma atividade ou sequencia para os seus alunos abordando o mesmo
assunto (Teorema de Tales)?
91
C apítulo 4
4.1 Atividade 1
4.1.1 Professora A
IJ LK IJ LK
II. = ≅ 1, 59 ≅ 0, 57
JC KD JC KD
IJ FE IJ FE
III. = ≅ 1, 59 ≅ 0, 63
JC EA JC EA
FE HG FE HG
IV. = ≅ 0, 63 ≅ 0, 57
EA GB EA GB
Observação: Utilize a entrada na barra inferior e veja os resultados numéricos da janela
algébrica.
AE = 2, 06 FE = 1, 3 GB = 1,52 HG = 0,87
IJ = 1, 91 JC = 1, 2 KD = 1,95 LK = 1,12
Não verificou se as proporções são válidas.
4.1.2 Professora B
IJ LK IJ LK
II. = ≅ 2,14 ≅ 2,14
JC KD JC KD
IJ FE IJ FE
III. = ≅ 2,14 ≅ 1,12
JC EA JC EA
FE HG FE HG
IV. = ≅ 1,12 ≅1
EA GB EA GB
Observação: Utilize a entrada na barra inferior e veja os resultados numéricos da janela
algébrica.
AE = 1, 51 FE = 1, 69 GB = 1,57 HG = 1, 57
IJ = 3, 99 JC = 1,87 KD = 1, 44 LK = 3, 08
São válidas as proporções II e IV, já a I e III não são.
4.1.3 Professora C
IJ LK IJ LK
II. = ≅ 1, 07 ≅ 1, 07
JC KD JC KD
IJ FE IJ FE
III. = ≅ 1, 07 ≅ 1,13
JC EA JC EA
FE HG FE HG
IV. = ≅ 1,13 ≅ 1,15
EA GB EA GB
Observação: Utilize a entrada na barra inferior e veja os resultados numéricos da janela
algébrica.
AE = 0, 96 FE = 1, 09 GB = 0,87 HG = 1
IJ = 0, 73 JC = 0, 68 KD = 0, 72 LK = 0, 77
II e IV são verdadeiros, pois os segmentos são paralelos.
4.1.4 Professora D
IJ FE IJ FE
III. = ≅ 0,96 ≅ 2, 02
JC EA JC EA
FE HG FE HG
IV. = ≅ 2, 02 ≅ 2, 02
EA GB EA GB
Observação: Utilize a entrada na barra inferior e veja os resultados numéricos da janela
algébrica.
AE = 1, 35 FE = 2, 73 GB = 1, 77 HG = 3,59
IJ = 2, 34 JC = 2, 43 KD = 2, 05 LK = 1, 98
Proporções I e III não são válidas, pois os segmentos que interceptam os pontos dados não
são paralelos.
Proporções II e IV são válidas justamente porque temos feixes de paralelas, ou seja,
AB//EG//FH e IL//JK//CD.
4.2 Atividade 2A
4.2.1 Professora A
4.2.2 Professora B
4.2.3 Professora C
coesão. E com relação ao uso das tecnologias, pode-se afirmar que a professora
mencionada se encontra no primeiro nível de incorporar tecnologia, o qual,
segundo Frota e Borges (2004), a tecnologia se apresenta como mediadora.
4.2.4 Professora D
4.3 Atividade 2B
4.3.1 Professora A
Triângulo ABC AC BC
AB
Triângulo ADE
AD AE DE
AB AC BC
Razão
AD AE DE
Tabela 5. Razão entre as medidas dos lados dos triângulos – ponto à esquerda – Professora A.
Triângulo ABC BC AC
AB
Triângulo ADE
DE AD AE
BC AB AC
Razão
DE AD AE
Tabela 6. Razão entre as medidas dos lados dos triângulos – ponto no centro – Professora A.
Triângulo ABC AC BC AB
Triângulo ADE
AE DE AD
AC BC AB
Razão
AE DE AD
Tabela 7. Razão entre as medidas dos lados dos triângulos – ponto à direita – Professora A.
4.3.2 Professora B
Tabela 9. Razão entre as medidas dos lados dos triângulos – ponto no centro – Professora B.
4.3.3 Professora C
AB AC BC
Razão ≅ 2,96 ≅ 2,95 ≅ 2,92
AD AE DE
Tabela 11: Razão entre as medidas dos lados dos triângulos – ponto à esquerda – Professora C.
117
item 8 (Quadro 32) onde relaciona que apenas a tabela 1 apresenta razões iguais.
No item 8c consegue diferenciar a semelhança de triângulos do Teorema de
Tales e, enquanto manuseava o objeto com o auxílio do software, afirmou que os
triângulos são semelhantes, mas apresentou dificuldades para fazer a leitura das
tabelas. Ou seja, chega a conclusões distintas quando muda o tratamento para a
mesma atividade. Pode-se dizer que a professora permaneceu mais presa ao
domínio da validade epistemológica (Balacheff apud Oliveira, 2009) pois chega à
conclusão esperada, ou seja, aceita que as razões são iguais quando representa
as proporções válidas, sem prosseguir em direção de outras conjecturas, ou de
avaliar as consequências didáticas de suas experimentações. No decorrer do
exercício, relata que se trata de semelhança de triângulos e diferencia este
conteúdo do Teorema de Tales.
4.3.4 Professora D
4.4 Atividade 2C
4.4.1 Professora A
Como você utilizaria as informações dadas aqui para a elaboração de uma atividade ou
sequencia para os seus alunos abordando o mesmo assunto “Teorema de Tales”?
Primeiro:
Selecionaria alunos com disposição e base de informática (5 alunos por série: 7ª A, 7ª B, 7ª C
e 7ª D); totalizando 20 alunos.
Segundo:
Apresentaria o software Geogebra (com interligação com as aulas ministradas em sala de
aula, já com noções das retas proporcionais, segmento de reta, ponto, cálculo de razão e
resultados visualizados no Caderno); Permitiria que os alunos abrissem o software e
tentassem com apenas meu auxílio perceber que há a disponibilidade de um programa livre
em português; onde junta geometria, álgebra e cálculo, e que há duas janelas uma de
álgebra e outra de geometria; e cada objeto visualizado na janela geométrica é
representado algebricamente.
No início permitirei que os alunos façam atividades de forma empírica, somente para treino;
Logo após a familiarização do aluno com o software Geogebra, passarei exemplos a meu
pedido, ou ao do caderno do aluno de 7ª série; sugerindo que construa segmento de reta e
adicione os pontos das extremidades com mais um ponto no ponto médio do segmento,
somente para eles verem geometricamente grafado e simultaneamente a forma algébrica
ao lado.
Ou ainda podemos construir um triângulo qualquer, e para cada ponto que adicionarmos
entre os pontos de vértice do triângulo construiremos paralelas aos segmentos de reta
passando por esses pontos; o software nos proporciona a facilidade de mover os pontos em
relação aos segmentos nos representando com grande facilidade a visualização das
proporções e todas as razões entre as paralelas, ainda teremos certeza se é ou não uma
paralela. Dependendo do resultado, ao movermos um ponto sobre outro, se as retas
ficarem sobrepostas são paralelas, se não acontecer de ficarem sobrepostas não são
paralelas.
A visualização que o software nos atribui é essencial para o aprendizado dos alunos e de
fácil entendimento.
Terceiro:
Ao término das atividades, os alunos apresentarão seus resultados para o restante da turma
das séries; onde assim despertará interesse nos colegas e facilitará a introdução do uso do
software Geogebra para o restante da turma.
4.4.2 Professora B
Como você utilizaria as informações dadas aqui para a elaboração de uma atividade ou
sequencia para os seus alunos abordando o mesmo assunto “Teorema de Tales”?
Primeira Aula:
Abordagem do Teorema de Tales com o auxílio do Caderno do Professor, enfatizando as
razões e proporções.
Segunda Aula:
Atividades 1, 2 e 3 do Caderno do Professor/ Aluno deixando que os alunos trabalhem
individualmente ou em duplas, depois haveria discussão dos resultados obtidos.
Terceira Aula:
Apresentação do software, já aproveitando a oportunidade para frisar questões como o que
são retas paralelas e transversais.
Quarta Aula:
Pegaria a Atividade I que realizamos na Apostila já com a construção pronta para a
manipulação pelos alunos, pois a mesma construção é idêntica ao da Atividade 4 do
Caderno do Professor/ Aluno. Deixaria eles explorarem para depois resolverem o do
Caderno.
Quinta Aula:
Discussão dos resultados e Abordagem histórica.
4.4.3 Professora C
Como você utilizaria as informações dadas aqui para a elaboração de uma atividade ou
sequencia para os seus alunos abordando o mesmo assunto “Teorema de Tales”?
Projeto: “Semelhança de Triângulos e o Teorema de Tales”
Apresentação
A ideia do projeto é que o professor trabalhe com o aluno semelhança de triângulo com
uma aplicação diferente. Tendo em vista que os alunos estão crescendo em uma era digital
a proposta parece ser muita adequada já que consiste em trabalhar com o computador, que
a maioria dos alunos já conhece.
Justificativa
Vivemos em um mundo onde somos bombardeados constantemente por novas tecnologias
e necessitamos estar sempre nos adaptando a elas. Para nossos alunos a escola deveria ser
o melhor ambiente para inclusão digital.
Principalmente para a disciplina de matemática, o computador pode ser grande aliado para
aplicações de conteúdos. Temos disponíveis, por exemplo, o software GEOGEBRA, e muitos
outros com finalidades matemáticas, podemos estudar também a função exponencial e seu
gráfico com o EXCEL; e assim por diante.
Para os alunos estas aplicações e diferentes formas de entender o conteúdo fazem grande
diferença.
Objetivos
Objetivo geral:
Ao final deste projeto o meu aluno deverá ser capaz de perceber que os conteúdos da
disciplina de matemática podem ser aplicados e desenvolvidos com o auxílio de programas
do computador proporcionando para ele maior afinidade e melhor compreensão.
Objetivos específicos:
Trabalhar com o programa proposto para o desenvolvimento da atividade
Observar a aplicação do Teorema de Tales na Semelhança de triângulos
Metodologia
Depois de passar o conteúdo na lousa e tomando como base que o aluno tem um
conhecimento básico em semelhança de triângulo, as aulas na sala de informática serão
para realização de exercícios.
Considerando que a escola tenha computadores suficientes para todos os alunos, que eles
trabalhem individualmente, se não, que trabalhem no máximo em duplas.
Depois de organizar a turma na sala de informática apresentar a proposta de trabalho para
eles.
Apresentar o software, e deixar que se familiarizem com ele.
Começar a construção de dois triângulos semelhantes com tamanhos iguais, apenas para
enxergarem.
Fazer a construção de dois triângulos semelhantes e com tamanhos diferentes.
Fazer a resolução dos exercícios utilizando o Teorema de Tales.
4.4.4 Professora D
Como você utilizaria as informações dadas aqui para a elaboração de uma atividade ou
sequencia para os seus alunos abordando o mesmo assunto “Teorema de Tales”?
Antes de abordar o assunto do teorema de Tales propriamente dito, apresentaria o
software Geogebra para os alunos, por ser gratuito, todos os que possuírem computador
poderão usufruir do programa até em casa e para outras atividades posteriores. Nessa
apresentação de software trabalharia com as propriedades fundamentais para o uso do
Teorema de Tales como: retas paralelas, retas transversais, ângulos opostos pelo vértice,
alternos externos e internos. Num segundo momento levaria a atividade I da apostila para
nós apresentada (a qual se intitula “Atividade I para o conhecimento do Software
Geogebra”) já construída e passaria para eles explorarem em quais feixes de retas é
validado o paralelismo e por que. E depois construiríamos mais algumas situações para
validar a questão da razão para a percepção da igualdade entre elas. Após esta fase
apresentaria o conteúdo formalmente e seguiria o cronograma do Caderno do Professor,
podendo adaptar algumas atividades para experimentação novamente em sala de
informática.
Público Alvo: 7ª série.
Tempo estimado: 11h e 10 min. (quatorze aulas).
Apresentação do software Geogebra para propriedades fundamentais: duas aulas.
Atividade I e situações extras: duas aulas.
Abordagem do assunto com o caderno do professor: dez aulas.
C onsiderações F inais
R eferências B ibliográficas