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Aluno: Luís Henrique Sousa Santos

Curso: Direito
Disciplina: Teoria Constitucional e Direitos Fundamentais

A análise do princípio da força normativa:


 Valorização das soluções e a possibilidade de atualizações com eficácia
e permanência da Lei Maior.
 A máxima efetividade das normas constitucionais.
 Concepção das doutrinas.
 Durante a interpretação da constituição deve se buscar constantemente
a atualização de suas normas, compreendendo, investigando, tudo dentro
do alcance das normas e preceitos fundamentais.
 Não abrangendo somente os aspectos históricos mais atual realidade
social.
A atuação do princípio da força normativa:
 A Lei Maior não deve ser apenas teórica, mas possível de ser colocada
em prática, sempre tendo como principal finalidade atender os anseios e
necessidades sociais do Estado.
 O supremo é o guardião da constituição cabe a ele dar a ultima palavra
sobre como dever ser interpretação da coisa julgada assim evitando que
uma decisão judicial transitada em julgado, continue a produzir seus
efeitos.
 O mesmo que dizer que o STF tem rigidez das normas constitucionais e
o controle.
Sabemos que a teoria da força normativa constitucional analisada pelo
Jurista alemão, Konrad Hesse diz que “A constituição tem força ativa para
alterar a realidade”.

A importância da interpretação constitucional revela-se uma alternativa de


utilização e aplicação da lei de forma clara, com o poder de reparar ou mudar
até mesmo constituir de forma democrática uma decisão.

Como exemplo: acórdãos bastante explicativos deste princípio.


“ (...) A educação infantil representa prerrogativa constitucional indisponível, que,
deferida às crianças, a estas assegura, para efeito de seu desenvolvimento integral,
e como primeira etapa do processo de educação básica, o atendimento em creche
e o acesso à pré-escola (CF, art. 208, IV). - Essa prerrogativa jurídica, em
conseqüência, impõe, ao Estado, por efeito da alta significação social de que se
reveste a educação infantil, a obrigação constitucional de criar condições objetivas
que possibilitem, de maneira concreta, em favor das “crianças até 5 (cinco) anos de
idade” (CF, art. 208, IV), o efetivo acesso e atendimento em creches e unidades de
pré-escola, sob pena de configurar-se inaceitável omissão governamental, apta a
frustrar, injustamente, por inércia, o integral adimplemento, pelo Poder Público, de
prestação estatal que lhe impôs o próprio texto da Constituição Federal. - A educação
infantil, por qualificar-se como direito fundamental de toda criança, não se expõe, em
seu processo de concretização, a avaliações meramente discricionárias da
Administração Pública nem se subordina a razões de puro pragmatismo
governamental. - Os Municípios - que atuarão, prioritariamente, no ensino
fundamental e na educação infantil (CF, art. 211, § 2º) - não poderão demitir-se do
mandato constitucional, juridicamente vinculante, que lhes foi outorgado pelo art.
208, IV, da Lei Fundamental da República, e que representa fator de limitação da
discricionariedade político-administrativa dos entes municipais, cujas opções,
tratando-se do atendimento das crianças em creche (CF, art. 208, IV), não podem
ser exercidas de modo a comprometer, com apoio em juízo de simples conveniência
ou de mera oportunidade, a eficácia desse direito básico de índole social - O Poder
Público - quando se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de
implementar políticas públicas definidas no próprio texto constitucional - transgride,
com esse comportamento negativo, a própria integridade da Lei Fundamental,
estimulando, no âmbito do Estado, o preocupante fenômeno da erosão da
consciência constitucional. Precedentes: ADI 1.484/DF, Rel. Min. CELSO DE
MELLO, v.g.. - A inércia estatal em adimplir as imposições constitucionais traduz
inaceitável gesto de desprezo pela autoridade da Constituição e configura, por isso
mesmo, comportamento que deve ser evitado. É que nada se revela mais nocivo,
perigoso e ilegítimo do que elaborar uma Constituição, sem a vontade de fazê-la
cumprir integralmente, ou, então, de apenas executá-la com o propósito subalterno
de torná-la aplicável somente nos pontos que se mostrarem ajustados à
conveniência e aos desígnios dos governantes, em detrimento dos interesses
maiores dos cidadãos. - A intervenção do Poder Judiciário, em tema de
implementação de políticas governamentais previstas e determinadas no texto
constitucional, notadamente na área da educação infantil (RTJ 199/1219-1220),
objetiva neutralizar os efeitos lesivos e perversos, que, provocados pela omissão
estatal, nada mais traduzem senão inaceitável insulto a direitos básicos que a própria
Constituição da República assegura á generalidade das pessoas. Precedentes (...).
“(...) E MENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO À SAÚDE (ART. 196, CF).
FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. SOLIDARIEDADE PASSIVA ENTRE OS
ENTES FEDERATIVOS. CHAMAMENTO AO PROCESSO. DESLOCAMENTO DO
FEITO PARA JUSTIÇA FEDERAL. MEDIDA PROTELATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE.
1. O artigo 196 da CF impõe o dever estatal de implementação das políticas públicas,
no sentido de conferir efetividade ao acesso da população à redução dos riscos de
doenças e às medidas necessárias para proteção e recuperação dos cidadãos. 2. O
Estado deve criar meios para prover serviços médico-hospitalares e fornecimento de
medicamentos, além da implementação de políticas públicas preventivas, mercê de
os entes federativos garantirem recursos em seus orçamentos para implementação
das mesmas. (arts. 23, II, e 198, § 1º, da CF). 3. O recebimento de medicamentos
pelo Estado é direito fundamental, podendo o requerente pleiteá-los de qualquer um
dos entes federativos, desde que demonstrada sua necessidade e a impossibilidade
de custeá-los com recursos próprios. Isto por que, uma vez satisfeitos tais requisitos,
o ente federativo deve se pautar no espírito de solidariedade para conferir efetividade
ao direito garantido pela Constituição, e não criar entraves jurídicos para postergar
a devida prestação jurisdicional. 4. In casu, o chamamento ao processo da União
pelo Estado de Santa Catarina revela-se medida meramente protelatória que não
traz nenhuma utilidade ao processo, além de atrasar a resolução do feito, revelando-
se meio inconstitucional para evitar o acesso aos remédios necessários para o
restabelecimento da saúde da recorrida. 5. Agravo regimental no recurso
extraordinário desprovido.(STF - RE: XXXXX SC, Relator: Min. LUIZ FUX, Data de
Julgamento: 31/05/2011, Primeira Turma, Data de Publicação: DJe-116 DIVULG 16-
06-2011 PUBLIC 17-06-2011 EMENT VOL-02546-01 PP-00209)

REFERÊNCIAS
CARVALHO; Kildare Gonçalves. Direito Constitucional: Teoria do Estado e
da Constituição, Direito Constitucional Positivo. 11ª Ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2005.

https://haradaadvogados.com.br/principios-de-interpretacao-constitucional-sua-importancia-
pratica/

BARROSO, L. A. A força normativa dos princípios fundamentais como vetores da


formação do Estado ideal. Rio de Janeiro: EMERJ, v. 11, 2013.

FILHO, N. S. Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 2004.


LASSALE, F. A essência da constituição. 3. ed. Rio de Janeiro: Líber Iuris, 2014.
STF, RE 136237/DF, 2ª T., Rel. Min. Paulo Brossard, v. u., j. 29/06/1993, DJ 08/04/1994.

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