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A MÃE SUFICIENTEMENTE BOA E O AMBIENTE

Para Winnicott a mãe suficientemente boa (good enough), não é analisada visando
a perspectiva de uma mãe boa ou má, mas analisa essa mãe da forma como o bebê
percebe a mãe e seu ambiente, já que é através dela que o mundo é reconhecido
por ele.
Segundo Winnicott, good enough mother, é a mãe que é capaz de cumprir a função
de reconhecer as necessidades do “ego” da recém chegada criança. Essa função
deve ser o suficiente para que esse bebê se sinta amparado por esse ambiente que
é, nesse momento, uma extensão de suas próprias necessidades. Esse ambiente
não é conhecido, exceto quando há uma ausência ou vazio
A mãe suficientemente boa é uma mãe comum, que desempenha o papel depois de
um tempo, como mãe ambiente. É através da mãe que o bebê reconhece e é
apresentado ao mundo a sua volta, a mãe (ambiente) nessa fase é extremamente
importante, visto que é ela quem sustenta (hold) e possibilita o desenvolvimento do
bebê em função de seu potencial inato. Esse ambiente é a continuidade de ser e se
transforma no sentimento de existir do bebê (personalidade unificada).
(Por que Winnicott pág. 32-33)
A proposta dessa análise é enxergar pela perspectiva de uma criança que ainda não
conhece o mundo que precisa ser apresentado a ele para assim torná-lo seu. Só
assim é possível a apresentação do “outro” na fase transicional, que vem a ser o
local de relação com o mundo, uma percepção criativa desse mundo. (Donald W.
Winnicott: uma Nova Abordagem pág. 9-11)

Referência:
DETHIVILLE,Laura.DonaldW.Winnicott:umanovaabordagem.Campinas:Armazémdo Ipê,
2011.

Fulgencio, Leopoldo. Por quê Winnicott? São Paulo : Zagodoni, 2016

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