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• Esgoto doméstico
O esgoto doméstico tem como principal característica a composição orgânica,
com efluente contendo matéria originada pelos dejetos humanos provenientes dos
sanitários domiciliares, comerciais, empresariais, entre outros, ou de águas servidas de
atividades domésticas, principalmente lavagens em geral. O volume habitual é
condicionado pela população atendida. Segundo apresentado em Brasil (2019), os esgotos
domésticos podem ser divididos em:
- Águas negras: parcela proveniente das instalações sanitárias, contendo fezes e urina.
- Águas cinzas: parcela proveniente de banhos, lavagens e demais usos domésticos.
• Esgoto industrial
A grande diferenciação entre o esgoto industrial e o doméstico é o fato de que sua
composição pode variar de orgânica a mineral, com maior oferta de sólidos dissolvidos
minerais do que os esgotos domésticos.
É fato que há uma fração associada às instalações sanitárias dos funcionários e
dos efluentes do refeitório. Estes apresentam resultados semelhantes ao esgoto doméstico.
Além desses “comuns”, os efluentes industriais também podem ser provenientes de
indústrias com material orgânico, como de alimentos, matadouros e outros; ou de
composições químicas como as indústrias de metais, químicas, cerâmicas, entre outros.
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matéria
orgânica
sólidos
resíduos
em
tóxicos
solução
Composição
do esgoto
micro-
organismos sólidos em
não- suspensão
patogênicos
micro-
organismos
patogênicos
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• Sistema misto
Em virtude das características apresentadas, este sistema não é permitido no
Brasil, assim como ocorre também com o sistema unitário.
A rede projetada tem condições de receber esgoto sanitário e mais alguma parcela
de águas pluviais. A coleta dessas águas pluviais varia. Em alguns lugares, há unicamente
a recepção de águas dos telhados. Em outros locais, as bocas de lobo do sistema de
drenagem recolhem as águas das chuvas mínimas e limita a contribuição das chuvas de
grande intensidade. O uso de ligações clandestinas faz com que em algumas localidades,
o uso seja denominado de sistema misto.
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Figura 5. Exemplos de privada convencional com fossa seca e privada com fossa seca ventilada
• Privada Química
Esse modelo é uma interessante opção para eventos de grande concentração
populacional, principalmente com uso temporário. Comumente se utilizam em feiras,
obra em vias públicas, acampamentos, colônias de férias, ou situações de emergências ou
desastres. O processo de uso é o mesmo concebido para ônibus e aviões. Por apresentar
custo de aquisição e manutenção altos, é aplicável exclusivamente nestas circunstâncias
(Figura 6).
Seu modelo de tratamento se baseia em uma estrutura contendo solução cáustica
(NaOH), que recebe os dejetos procedentes de uma bacia sanitária comum. A soda
cáustica destroi o material sólido, bactérias, ovos de helmintos e demais micro-
organismos. A dosagem recomendada é de 10 kg de soda cáustica para 50 litros de água.
Quando saturado, o módulo é substituído ou seu tanque esvaziado por um
caminhão apropriado (limpa-fossa) e reabastecido com nova porção de solução química.
É importante que a destinação dos rejeitos seja em locais adequados para o receber.
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FONTE: https://patoban.com.br/como-funciona-um-banheiro-quimico/#prettyPhoto
1) Soluções individuais
• Tanques Sépticos
É um modelo mais conhecido como fossa séptica (Figura 7). Sua construção é
composta por um tanque que retém o esgoto domiciliar por um tempo suficiente (tempo
de detenção) para que o tratamento aconteça. O resultado é um efluente líquido livre de
sólidos, mas com elevada carga de patógenos, posteriormente direcionado para
distribuição e infiltração do efluente da fossa séptica no solo, por meio de sumidouro ou
a vala de infiltração.
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• Tanques de evapotranspiração
Esse modelo de tratamento sanitário utiliza como tecnologia a reciclagem dos
nutrientes. O sistema é composto por um tanque impermeabilizado, preenchido com
camadas de substrato e plantado com espécies vegetais de crescimento rápido e alta
demanda por água como, bananeiras (Musa sp.); inhames e taiobas (Colacasia sp.);
mamoeiros (Carica papaya); plantas ornamentais como copo-de-leite (Zantedeschia
aethiopica); maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana); lírio-do-brejo (Hedychium
coronarium); caeté- -banana (Heliconia spp.) e junco (Zizanopsis bonariensis). Neste
modelo (Figura 8), não há saída de água para filtros ou sumidouros.
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• Círculo de bananeiras
Esta técnica tem como principal objetivo a recepção de “água cinza”. Consiste em
uma vala preenchida com brita ou matéria orgânica de demorada decomposição, como
troncos, galhos e pedaços de madeira e posteriormente coberta com solo e restos vegetais,
como folhas secas, grama e capim. Ao seu redor são plantadas bananeiras e outras plantas
com grande capacidade de evaporação de água (Figura 9).
Fonte: Vieira (2006) apud Brasil (2020). Fonte: Paes, Crispin e Furtado (2014) apud Brasil
(2020).
2) Soluções coletivas
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• Lagoa de estabilização
O mecanismo funciona basicamente a partir de uma lagoa escavada, protegida
com taludes e impermeabilizada. O esgoto bruto é inserido e a estabilização da matéria
orgânica ocorre por meio de processos naturais.
Os modelos empregados dependem da área e topografia do terreno, além da
eficiência desejada, sendo: lagoas anaeróbias, facultativas e lagoas aeradas.
Lagoas anaeróbias são projetadas com grandes profundidades para receber altas
cargas de esgoto e reduzir a penetração de radiação solar, favorecendo a conversão
anaeróbia da matéria orgânica.
Lagoas facultativas apresentam uma combinação de processos de tratamento
aeróbios e anaeróbios (a razão do termo “facultativas”). Apresenta um processo simples,
onde o esgoto se mantém por um período de tempo longo para desenvolvimento dos
processos aeróbios nas camadas superiores, enquanto os processos anaeróbios
predominam em camadas próximas ao fundo.
Lagoas aeradas tem a fonte de oxigênio realizada por aeradores mecânicos de
superfície, funcionando como um tanque de aeração, acelerando a decomposição da
matéria orgânica
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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