MATERIAL DE PESQUISA
O conceito de loft nasceu em Nova Iorque, na década de 1950 e 1960, com os artistas
a procurar grandes espaços vazios para utilizarem como atelier. Devido à forte ligação
com o trabalho e às poucas exigências em termos de espaço doméstico, seria o local
onde acabariam por viver e trabalhar. The Factory, de Andy Warhol, é o grande
expoente dos lofts, onde se promovia "a transformação da vida quotidiana, a busca de
uma arte de viver que se confundisse com o próprio trabalho criativo, o abandono da
ideia de família como projeto de vida" (Ábalos, 2003, p.47}.
O loft de Andy Warhol serviu como inspiração para aumentar o leque de tipologias
suscetíveis de intervenção, incentivando a intervenção em edifícios históricos ou
patrimoniais e inaugurando a moda do loft como espaço adaptado ao contemporâneo,
que aliava a tradicional solução de casa nova com espaço de trabalho (Kliczowski,
2002, p.34}.
Segundo Ábalos (2003, p. 22), "o loft será, basicamente, uma casa-oficina, com uma
grande superfície e um grande espaço interno, quase sempre alugada por preços
muito baixos, instalada num galpão industrial ou num armazém ( ... ), na qual se
fundem os âmbitos privado e do trabalho". De facto, os lofts de Nova Iorque eram
conhecidos por não terem paredes dividindo os ambientes, pelos mezaninos de
madeira ou ferro e pelos seus grandes elevadores de carga, além de pés-direitos altos
e grandes janelas.
Um verdadeiro loft deve transmitir uma sensação de amplitude e abertura espacial,
estando implícita essa sensação na forma de distribuição das paredes, sendo elas
minimizadas ao separarem as diversas áreas funcionais. A luz é ambicionada por
todos os que habitam num loft, porém é algo que não consegue chegar a todos os
espaços de igual forma: varia conforme a dimensão, a profundidade do espaço e
também a existência de vãos. A solução mais prática e eficaz são as clarabóias para a
entrada de luz natural.
Zukin (1989) refere que desde a década de 1930 os artistas que vivem em Manhattam
são os verdadeiros "pioneiros no deserto virgem", ao ocuparem as antigas indústrias
abandonadas: "(. . .) A partir do pós-guerra, momento em que os artistas se
aperceberam das vantagens das construções industriais para as converter em estúdio
e casa, um grande número de profissionais, inicialmente pertencentes
maioritariamente às áreas criativas e à comunicação, decidiram adquirir, remodelar e
mudar-se para esse tipo de lugares( ... ) " (Kliczkowski, 2002: p.28). J
Este processo de reutilizar fábricas e armazéns foi expresso num novo estilo
arquitetónico que abordamos nesta tese: o conceito de loft. Segundo Zukin (1989) e
James Hudson (1987), o aumento desta procura expandiu-se a partir de 1970 e
deveu-se a profundas mudanças sociais e culturais. "Atraídos pela diversidade social e
cultural e pelos baixos aluguéis, artistas e intelectuais passaram a ocupar os antigos
galpões industriais e [decidiram] convertê-los em moradia e atelier" (Kara, 2007: p.65).
Como exemplo deste modelo, refira-se que desde "o início dos anos cinquenta um
grande número de artistas concentrou-se nos arredores da Rua 10, atraídos pelas
rendas baixas e pelos edifícios espaçosos" (Kliczkowski, 2002:p.31). A ideia de
reutilizar um edifício industrial para viver e trabalhar surgiu da imaginação improvisada
de grupos de artistas, entre eles da Art Pop Minimalista.
Zukin (1989) aponta a vinda dos artistas para o coração de Manhattan devido a dois
fatores dominantes: pelos "baixos preços das rendas dos imóveis" e pela "proximidade
da localização geográfica" (centralidade). A intenção de poupar as suas economias
favorecia a fixação nas proximidades de "comércios de roupas e serviços", facilitando
o seu modo de vida. Este mundo global de inquilinos no bairro era, na década de
1960, normalmente formado por "artistas, fotógrafos, carpinteiros e estudantes".
As fábricas foram ocupadas, tanto legal como ilegalmente, por "artistas e intelectuais" .
Foi o que sucedeu "no século XIX, em Vie Bohéme, na cidade de Paris": os artistas
ocupavam "sótãos e porões" como espaço para "viver e trabalhar" (Hudson, 1987: p.
109). 28 Complementarmente a esta inspiração, temos "as antigas fábricas e
armazéns de Londres e Berlim", considerados "Uma importante componente do
património nacional para a transformação em espaço de vida, empenhando-se os
locatários em a adaptar ao conceito de loft". "Os artistas foram os primeiros a
reconverterem estes espaços comerciais para habitação, atelier e sala de exposições,
como forma de vida" (Pennisi, 2009: p.5).
A necessidade de acomodação racional, improvisada, exigida pelo espaço industrial
reconvertido em habitação, criou uma atmosfera viva de um renascimento urbano que
ficou "associado à criação de um novo estilo de vida americano" (Kara, 2007: p. 66).
Assim, de 1955 até 1961, atrás de uma porta fechada manifestava-se a "produção da
arte e um estilo de vida longe dos olhares públicos". Uma vida escondida num espaço
cheio de arte e imaginação pertencente a um grupo clandestino que vivia e trabalhava
num refúgio de ferro fundido (Hudson, 1987: p.94).
Segundo a arquiteta Estela Netto (2010), "O loft não era apenas um espaço
pragmático composto por áreas quadradas, mas convidava a uma forma específica de
adaptar o espaço ao seu estilo de vida". Designava uma "casa-oficina", ocupada por
uma ampla superfície. Do bairro de Manhattan, o SoHo, o conceito foi-se expandido
por diversos espaços vazios, numa espécie de "comunidade alternativa" (Revista
Habitat).
Como afirma KliczkowsKi (2002), a chegada destes novos artistas a Nova Iorque
transformou a vida cultural da cidade e proporcionou a reconfiguração dos bairros
mais tradicionais e, certamente, os seus costumes diários. Nestes espaços,
transformados em refúgio de "artistas e intelectuais", os "galeristas" improvisaram
salas de exposições onde exibiam obras de "artistas célebres" e não célebres. Este
facto causou um enorme impacto. O reconhecimento social e económico desta forma
de viver e trabalhar e estas novas conceções tipológicas acarretaram, a partir da
década de 1950/1960, novas características flexíveis de espaço, na sociedade pós-
moderna.
Segundo o autor Featherstone (2007), o SoHo Loft aumentou o interesse pela
produção artística, tendo como "intermediário o consumo cultural" e estético, vindo dos
profissionais artísticos e intelectuais. A comunidade que vivia no Loft era
"heterogénea" e, na sua maioria, vivia ilegalmente no país. A diversidade destas
culturas de "origens japonesas, haitianas, dominicanas, etc." protagonizou um espaço
improvisado, sem a intenção de se 29 repercutir num novo entusiasmo aos olhos dos
outros indivíduos e, principalmente, num novo estilo arquitetónico (Zukin, 1989).
Nos primeiros espaços loft não havia separações entre os espaços públicos e
privados. Todas as funcionalidades do espaço encontravam-se no mesmo piso,
desprovido inteiramente de separação: "O fenômeno loft nasceu e cresceu [pelas}
grandes cidades norte-americanas e na Europa. Mesmo em Londres, Berlim e Paris,
as fábricas tornaram-se casas e locais de trabalho" (Pennisi, 2009, p.8}.
Este conceito loft continua a ser utilizado até aos dias de hoje e não distingue estilos
arquitetónicos, seja numa construção nova, industrial, religiosa ou de valor histórico; é
puro interiorismo. Podem ser utilizadas várias formas arquitetónicas. ARTIGO 2
Loft é uma palavra de origem inglesa que significa mezanino ou sótão. Segundo
Portes e Martins (2003), os lofts são definidos pela transformação de edificios
industriais desativados em habitação ou local de trabalho. Nessas edificações, busca-
se manter presente suas características principais, como os pés-direitos altos,
espaços generosos, amplas janelas e tubulações hidráulicas e elétricas aparentes.
Todavia, no Brasil, não se acompanhou o conceito original de conversão de um
edifício industrial, já que optou -se por realizar a construção de um loft, ao invés de
reformar um espaço (PORTES; MARTINS, 2003). Assim, Zdrojewski (2014) aponta
que O aparecimento de novos tipos de relacionamento entre as pessoas contribui para
a crescente busca de residências inspiradas em /ofts, flats e quitinetes. Nesse sentido,
Villa (2002) esclarece que a diminuição do tamanho dos grupos familiares provém,
dentre outros fatores, da redução da natalidade, do envelhecimento da população e do
aumento
do número de divórcios.Tal situação revela o novo contexto social atual, no qual
grande parte da população reside sozinha e muitos dos casais optam por não terem
filhos. Por tais motivos, o trabalho em questão visa tomar como objeto de análise os
lofts, que se apresentam como um conceito contemporâneo de moradia.
MONOGRAFIA 4
A residência é o espaço -base do ser humano, o lar, onde ele deveria se sentir mais à
vontade, mais confortável. Em todas as atividades desempenhadas, a arquitetura
estará acompanhando usuário, não somente como cenário, mas como agente
participativo e servidor das ações realizadas. (Zdrojewski, 2014)
A família tem passado por mudanças estruturais que têm influenciado os espaços
residenciais e criado demandas novas e distintas de moradia. Talvez a principal
alteração foi a conquista da privacidade –o grupo familiar tem deixado de ser um grupo
doméstico controlado por uma pessoa para ser um encontro de indivíduos e vidas
individuais, significando que o espaço doméstico tem de responder de outra forma a
essas solicitações (VILLA, 2006, s/p).
A mudança comportamental dos indivíduos acaba afetando diretamente os
ambientes de convivência, sejam eles maiores ou menores, como a própria
residência, por exemplo, que deveria ser o local de interação mais íntimo e
próximo.As diferentes formas de relacionar-se com a própria família e as
novas dinâmicas estabelecidas num lar contemporâneo alteram a demanda do
programa de necessidades usual de um projeto de arquitetura de interiores
residencial. É um exercício de reflexão para os arquitetos repensarem os usos
reais, atuais,dos espaços, no comportamento de cada usuário, cada vez mais
individualizado (revista 16)
PRINT 1 E 2 -MONOGRAFIA 4
Durante o século XX, nos anos 1950, em Nova lorque, o loft surgiu como o resultado
de uma busca, por parte dos artistas, por espaços grandes e vazios, que pudessem
ser usados como atelier. Nessa procura, os armazéns e galpões são vistos como um
excelente local para trabalhar e também viver, em razão da forte ligação com o
trabalho (MARTINS,2009).
No Brasil, esse tipo de moradia começou a ser implantado a partir da década de 1990,
nos grandes centros, como em São Paulo. Todavia, não se acompanhou o conceito
original de conversão de um edifício industrial, optando-se por realizar a construção de
um loft, ao invés de reformar um espaço (PORTES; MARTINS,2003).
Dessa forma, Zdrojewski (2014) afirma que a crescente busca por residências do
tipo /oft,flat e quitinete se deve, principalmente, aos novos tipos de relacionamentos
entre as pessoas. Nesse sentido, Villa (2002) realça que a diminuição do tamanho dos
grupos familiares provém, dentre outros fatores, da redução da natalidade, do
envelhecimento da população e do aumento do número de divórcios.
Quanto ao público-alvo dos lofts, inicialmente, os usuários eram da classe dos artistas.
Como visto, esse grupo usava os espaços de antigas fábricas e armazéns como ateliê
e residência, concomitantemente. Com o passar do tempo, devido às alterações
ocorridas nos hábitos da sociedade e na estrutura familiar, os lofts se mostraram como
um conceito contemporâneo de moradia e passaram a contemplar um público mais
diversificado do que só a classe artística. Entretanto, a especulação imobiliária já criou
um nicho de mercado que disparou os preços, fazendo com que essa habitação seja
pertinente à classes que possuam maior poder aquisitivo. Tal situação subverte o
princípio desses espaços, que, originalmente, aproveitavam, através de um valor
baixo, edifícios industriais sem uso (MARTINS,2009). MONOFRAFIA 4
Até a década de 1970, morar em um loft não era considerado chique nem
confortável – se a possibilidade fosse considerada. Construir uma casa em um
distrito fabril contradizia claramente as ideias dominantes da classe média de “lar”
e “fábrica”, bem como os ambientes separados de família e trabalho nos quais
essas ideias se baseavam. Desde a década de 1950, os subúrbios dominavam
tanto as imagens populares do lar americano que era quase impossível imaginar
como alguém poderia conceber o desejo de se mudar para o centro da cidade em
uma antiga fábrica ou gráfica. No entanto, o mercado imobiliário de lofts que se
desenvolveu nos últimos dez anos não poderia ter começado sem esse desejo,
pelo menos por parte de algumas pessoas. O mercado não poderia ter crescido
tão rápido - no processo, transformar lofts de antigos espaços de fábricas em
mercadorias quentes – se esse desejo peculiar também não tivesse atingido a
imaginação de mais pessoas nas cidades de todo o país. Se eles realmente se
deitavam entre as prensas de impressão ou simplesmente aceitavam o loft como
um possível estilo residencial, as pessoas começaram a achar atraente a ideia de
morar em um loft. Isso aconteceu por causa de duas mudanças que ocorreram na
década de 1960: uma mudança nos lofts e uma mudança nos padrões de
consumo da classe média. (LIVRO SHARON ZUKIN P.10 2010)
O loft nasceu em Nova Iorque, durante os anos 50 do século XX, com os artistas a
procurar grandes espaços vazios, para utilizarem como atelier, e a encontrarem os
armazéns, onde acabariam por viver, devido à forte ligação com o trabalho e às
poucas exigências em termos de espaço doméstico – The Factory, de Andy Warhol
[Figs 33 e 34] é o grande expoente dos lofts, onde se propagandeava «a
transformação da vida quotidiana, a busca de uma arte de viver que se confundisse
com o próprio trabalho criativo, o abandono da ideia de família como projecto vital»
(DISSERTAÇÃO 15)
Hoje, a caracterização deste habitante, se é que se pode fazê-la, é muito mais
complexa, na medida em que quem quer/pode viver num loft é um grupo muito mais
diversificado do que só a classe artística. A opção do loft como casa pode ser
entendida não só como um desejo, mas também com uma (im)possibilidade, isto é,
mais do que querer viver num loft, tem que se poder viver num loft, seja pela (falta de)
disponibilidade deste tipo de habitação, seja pelos altos preços que estes adquirem no
mercado habitacional.(DISSERTAÇÃO 15)
Todo o fenómeno loft nasceu de uma atitude espontânea de um grupo de pessoas e a
partir daí várias concepções foram tecidas, positivamente, com base nesta situação:
(re)aproveitamento de edifícios industriais que estejam em determinadas condições e
o modo de vida que daí adveio; estas noções estão hoje mais “requintadas”, pois
também é agora que se mostra mais premente pensar neste tipo de capacidades do
loft, a de, reforçando, reutilizar os antigos edifícios industriais que estão actualmente
ao abandono, logo, com a mais valia de salvaguarda do património, adaptando-o à
contemporaneidade, e a de propiciar um modo de habitar a casa em que se vive em
muitos aspectos diferente do que se pode ter quando se mora numa casa tida como
tradicional.
O loft é o produto de uma reconversão de um edifício industrial quase que “por acaso”,
pois aquando da sua apropriação por parte dos artistas dos anos 50 do século XX,
apenas se pretendia que fosse um espaço que tivesse capacidade para albergar as
suas obras, bem como possibilidade de se poder lá morar. E o “loft living” foi algo
intuitivo que teve origem precisamente na mesma situação – com os artistas e com o
seu modo de vida, dito informal e despretensioso. Neste contexto de reconversão e de
estilo de vida «não era previsível que se pudesse difundir um modo de habitar tão
particular. Difícil depois destrinçar a confusão entre casa e trabalho, entre atelier e
galeria de arte, entre público e privado e assim sucessivamente. O mesmo vale para a
inédita co-presença de elementos high-tech com resíduos de uma época industrial
passada»136 .
Também a família, como a conhecemos hoje, pode ser um ponto de partida para o
entendimento da escolha por este tipo de habitação. As famílias são cada vez mais
pequenas e mantêm uma relação mais, diga-se, informal, podendo todos habitar o
mesmo espaço, sem necessidade de hierarquias, pois «mudam-se os hábitos
familiares, os comportamentos e os papéis dos indivíduos dentro da esfera
doméstica»150 . Basta recuarmos no tempo, ainda antes das casas burguesas, em
que havia quartos destinados a cada membro da família – pais, filhos, alguma família
mais alargada e, inclusivé, criados -, em que as famílias viviam todas na mesma
divisão, partilhando tudo; pode quase dizer-se que o loft é o regresso a essa casa
“global”, mas com condições que não havia nessa altura, físicas, de higiene, sem
promiscuidade, até porque mesmo a mentalidade das pessoas de hoje é diferente das
de então, havendo hoje protecção da privacidade de cada um, ainda que se habite
num espaço maioritariamente comum, sendo que «nos lofts encontramos todos os
elementos da casa tradicional, mas como fragmentos, como traços livremente
dispostos e continuamente capazes de produzir novos significados»151 .(dissertação
15)
METODOLOGIA- VERMELHO
O processo da recolha de informação será realizado através da nota de campo. Será
aplicada uma metodologia qualitativa de certas variáveis, fazendo-se o uso das
informações recolhidas, por meio de pesquisa de documentação oficial e não oficial,
levantamento fotográfico e entrevistas informais, para verificar as possibilidades e
condicionantes a serem utilizadas ou não utilizadas no projeto de intervenção do
edifício "Garagem Zé Pequeno". ARTIGO 2
Neste exemplo, Marques (2012) cita os critérios que estão na base desta
diversificação tipológica: - A dimensão; - A área do loft; - As janelas; - A altura do pé-
direito; - Foi acrescentada uma mansarda, que permitiu o aumento do número do piso.
Outras características, representadas neste modelo da figura 21, são: - Em baixo, a
zona social e de serviços (que inclui um lavabo) e a cozinha do ti?o kitchenette; - No
piso superior, duplo pé-direito, que é aproveitado através de um mezanino: em cima
localiza-se a zona íntima do quarto e casa de banho. Este modelo caracteriza-se por
uma morfologia simples, sem grandes nuances, composto por uma janela e com uma
área média total de cerca de 130 m2, designada como "tipologia de loft tipo
standard"(Marques, 2012: p. 115). Neste mesmo edifício encontra-se outro modelo de
"loft tipo stardard", de piso único, semelhante a um TO. Marques (2012) afirma que
isto sucede devido as razões relativas à morfologia do próprio edifício. As
características deste apartamento Loft tipo Standard, como se vê na figura 22, são: -
Não dispõem de duplo pé-direito; - Dispõem de uma cozinha separada; - Dispõem de
duas janelas: uma na cozinha e outra na restante zona; - Inexistência do duplo pé-
direito, tratando-se, ainda assim, de apartamentos cujo pé-direito tem uma altura
superior à normal
A habitação e atelier da artista Carouschka Streijffert, localizada em Estocolmo, na
Suécia, datada no início do século XX, assinala este conceito de loft,
O desejo da artista Carouschka Streijiffert consistia em viver e trabalhar no mesmo
espaço. Com este propósito, ela optou pela mesma característica do loft Lisboa:
reaproveitou o telhado para a colocação de mansardas. Na intervenção, foram feitas
várias aberturas, com vãos retangulares e circulares, e com claraboias para a entrada
de luz natural em todo o espaço. Adicionalmente, a criação das aberturas permitia
melhor aproveitamento das vistas privilegiadas do Lago Malaren. ARTIGO 2
O presente capítulo discorre sobre as alterações significativas presentes nas plantas
baixas de edifícios residenciais desde a década de 1910 até a contemporaneidade. E
notável que essas transformações ocorreram como uma forma de atender às novas
demandas criadas pelas mudanças nos costumes da população. Por isso, são
tratadas as questões relacionadas à moradia e à sociedade, como as mudanças
presentes na estrutura familiar atual e em seus hábitos. Tal abordagem contribui para
a contextualização do tema, auxiliando na compreensão do habitar contemporâneo. O
estudo não teve foco em habitações sociais ou apartamentos de luxo. Assim, foram
levadas em consideração as habitações multifamiliares pertinentes à classe média.
MONOGRAFIA 4