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Anatomia aplicada a enfermagem (aula 1)

Sistema nervoso:

 Cérebro humano:
 Pequeno;
 Leve 1,3 – 1,4 kg;
 Textura esponjosa e gelatinosa;
 Neurônios – 86 bilhões (pesquisadores brasileiros);
 Células da glia – altamente versáteis.

 Neurônios:
 São células que recebem e transmitem informações;
 Realizam em média 1000 – 10000 conexões entre neurônios.
O neurônio é a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é
especializada para a comunicação rápida. Tem a função básica de receber,
processar e enviar informações. Os neurônios têm tamanhos variados. São
células eletricamente excitáveis, basicamente são compostas por: um corpo
(soma ou pericárdio), onde se localizam o núcleo e a maior parte das organelas e
vesículas de armazenamento. É da soma que saem os dendritos e o axônio;
dendritos, prolongamentos celulares que fazem as conexões com outros
neurônios, recebendo e propagando os impulsos nervosos através das sinapses;
Axônio, prolongamento oposto aos dendritos, originado no cone de implantação.
É único, embora possa se ramificar. Em sua região distal as ramificações axonais
formam as sinapses com outros neurônios.
 Morfologia do tecido nervoso:
 Neurônios: unidades funcionais do SN, de tamanhos variáveis e sensíveis a
vários estímulos.

 Funções: Conversão dos estímulos em impulsos nervosos (potenciais de


ação); Transporte dos estímulos; Organização: dendritos, corpo celular,
axônios.

 Classificação dos neurônios:


 Quanto a estrutura: de acordo com nº de extensões que se estendem do
corpo celular.

 De acordo com sua


morfologia, os neurônios
podem ser multipolares
(diversos dendritos + um
axônio), pseudounipolares
(axônio bifurcado) e
bipolar (1 dendrito + 1
axônio).

 Classificação dos neurônios:


 Quanto a função: de acordo com a direção em que o IN é transmitido
ao SNC
 São três tipos: Motor, Sensitivo, Interneurônio.
 Neurônios sensoriais: Recebem estímulos sensoriais do meio ambiente
e do próprio organismo
 Interneurônios: Conexões entre outros neurônios formando circuitos
 Neurônios motores: Controlam órgãos efetores (glândulas exócrinas,
endócrinas e fibras musculares)

 Contração muscular:
 Terminações de uma célula nervosa em íntimo contato com fibras
musculares;
 Junção Neuromuscular e Miastenia Grave:
 Miastenia Grave (MG) - doença autoimune, raramente fatal, mas que pode
ameaçar o paciente quando músculos da respiração e da deglutição são
afetados.
Obs: Neurotransmissores não atuam apenas no contato entre neurônios.
 Células do tecido nervoso:
 Função das neuroglias:
 Sustentação, proteção e manutenção dos neurônios;
 Oxigenação, nutrição e formação dos circuitos neuronais na fase
embrionária;
 Crescimento e migração dos nervos;
 Barreira hematoencefálica;
 Mantém a homeostase do líquido intersticial;
 Regeneração dos axônios.
Além de “ajudar” os neurônios a se comunicar, a glia também os mantém vivos:
sem ela, os neurônios morrem. Nos primeiros anos de vida, o tamanho do
cérebro aumenta radicalmente com a multiplicação das células gliais – enquanto
os neurônios são os mesmos cem bilhões desde o nascimento.
 Células da glia:
 Astrócitos: podem ser
protoplasmáticos (típicos da
substância cinzenta) e fibrosos
(substância branca). Atuam
nas trocas gasosas e
metabólicas entre o sangue e
os neurônios e também no
reparo tecidual;
 Oligodendrócitos: células de
suporte responsáveis por
restaurar a bainha e mantê-la
sã. As células de Schwann
tem a mesma função, mas no
SNP;
 Cél. Ependimárias: revestem os ventrículos e atuam na produção do
Líquido cefalorraquidiano (LCR)
 Micróglia: os “macrófagos do SNC”, atuam na defesa e fagocitose de
corpos estranhos, resíduos e células mortas;
 Célula-satélite: células planas que envolvem os corpos celulares dos
neurônios dos gânglios do SNP.
Obs: Células da glia criam o microambiente adequado para os neurônios.
Oferecendo sustentação e proteção neuronal e também modula a atividade
neuronal.
 Neurônios são
células altamente
excitáveis que se
comunicam entre si
ou com células
efetuadoras, usando
basicamente uma
linguagem elétrica.
 Dendritos são os
processos ou
projeções que
transmitem impulsos para os corpos celulares dos neurônios ou para os
axônios.
 Axônios são os processos que transmitem impulsos que deixam os corpos
celulares dos neurônios ou dos dendritos. A porção terminal do axônio
sofre várias ramificações para formar os terminais axônicos
(neurotransmissores químicos).

 Neurônios são a minoria quase insignificante em termos numéricos: 2% a


10% do total de células cerebrais...o resto são células gliais.
 A neuróglia compreende células que ocupam os espaços entre os
neurônios, com funções de sustentação, revestimento ou isolamento,
modulação da atividade neuronal e defesa.
Tanto no sistema nervoso central (SNC) como no sistema nervoso periférico
(SNP), os neurônios relacionam-se com células coletivamente denominadas
neuróglia, glia ou gliócitos.
 Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas por neurônios,
armazenadas em vesículas e liberadas no espaço extracelular (fissura
sináptica) com a função de transmitir informação entre um neurônio e outra
célula localizada nas proximidades.

 Sistema nervoso – divisão:


 Tem função: sensitiva, integradora e motora;
Responsável por:
 Ajustamento do organismo ao ambiente
 Interpretar estímulos e elaborar respostas (adaptação) às diferentes
condições
 Controlar ações voluntários (conscientes) e involuntários (inconscientes);
 Sistema mais complexo dentre os 11 sistemas do corpo

 Quais as principais estruturas do SN?


 Encéfalo;
 Nervos cranianos;
 Medula espinal;
 Nervos espinais;
 Gânglios;
 Plexos entéricos;
 Receptores sensitivos.

 Divisão do sistema nervoso:


 Sistema Nervoso Central (SNC): Neuroeixo > localizado dentro do
esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral);
Composto: ENCÉFALO e MEDULA ESPINAL

 Sistema Nervoso Periférico (SNP): distribui-se por todo corpo.


Composto: Nervos cranianos (12 pares), Nervos Raquidianos (31 pares) e
gânglios.

 O SNC está conectado aos receptores sensitivos, músculos, e


glândulas que estão na parte periférica do nosso corpo por meio do
SNP.

 O SNP é formado por nervos que emergem do encéfalo ou da


medula espinal e vão enviar os impulsos nervosos para fora ou para
dentro do SNC.

 Sistema nervoso periférico:


Podem ser:
 Somático: ações voluntarias (musculo estriado esquelético)
 Autônomo: ações involuntárias (musculo estriado cardíaco e musculo liso
não estriado)

 Estrutura e funções do sistema nervoso central:


 Processa diferentes informações sensitivas
 Fonte de pensamentos, emoções e memória
 Origina a maioria dos IN que estimulam músculos e glândulas
 Subst. Cinzenta: tec. nervoso constituído de
neuróglia, corpos de neurônios e fibras
predominantemente amielínicas.

 Subst. Branca: tec. nervoso formado de


neuróglia e fibras predominantemente
mielínicas.

 Núcleo: grupo de corpos de neurônios do SNC dentro de substc. branca,


com aproximadamente a mesma estrutura e função.
 Gânglio: grupo de corpos de neurônios do SNP com aproximadamente a
mesma estrutura e função.

 Partes do sistema nervoso central:


 Cérebro: telencéfalo, Diencéfalo.

 Tronco encefálico: mesencéfalo, ponte e bulbo.

 Cerebelo: cerebelo.

 Encéfalo: Forma-se no início do desenvolvimento embrionário. É


protegido pela caixa craniana e revestido por meninges sobrepostas de
tecido conjuntivo. A parte mais desenvolvida do encéfalo humano é o
cérebro, que compõe entre 85% e 90% da massa encefálica presente no
crânio.

 Cerebelo: Parte do encéfalo responsável pela manutenção do equilíbrio,


pelo controle do tônus muscular, dos movimentos voluntários e
aprendizagem motora.

 Córtex cerebral: Corresponde à camada mais externa


do cérebro dos vertebrados, sendo rico em neurônios e o local
do processamento neuronal mais sofisticado e distinto.

 Lobos cerebrais: Divisões por áreas do córtex cerebral, cada uma com
funções diferenciadas e especializadas.
 Tronco encefálico:

 Mesencéfalo: Recepção e coordenação de informações sobre o grau de


contração dos músculos (tônus muscular) e sobre a postura corporal.
 Ponte: Constituída principalmente por fibras nervosas que ligam o córtex
cerebral ao cerebelo, contém também centros nervosos coordenadores de
movimentação dos olhos, do pescoço e de várias partes do corpo.

 Bulbo raquidiano: Estabelece comunicação entre o cérebro e a medula


espinhal. É um órgão condutor de impulsos nervosos, relaciona-se funções
vitais: respiração, os batimentos do coração e a pressão arterial e com
alguns tipos de reflexos como mastigação, movimentos peristálticos, fala,
piscar de olhos, secreção lacrimal e vômito.

 Nervos cranianos:
Nervos cranianos são aqueles que partem do encéfalo. Os nomes específicos dos
nervos cranianos estão relacionados as estruturas que serão inervadas por eles. A
maioria dos nervos cranianos tem função mista: sensitiva e motora o que
significa que dentro desses nervos existem tanto neurônios sensitivos quanto
motores.
 12 pares de nervos cranianos;
 A posição anatômica de cada par é representada por nome e algarismo
romano;

 Estrutura da medula espinhal:


 Quais as funções da MEDULA ESPINAL? Transmitir informações do
encéfalo para a periferia do corpo e vice-versa; coordenar atividades
musculares e reflexo.

 Elementos fundamentais dos nervos espinhais:


Cada segmento medular dará origem a 1 par de nervos espinais. Os elementos
fundamentais que irão compor os nervos espinais são: as raízes nervosas
motoras e sensitivas, que irão conferir inervação aos músculos para estes
gerarem movimentos, e à pele para termos sensibilidade cutânea.
 Raiz Motora: Terá origem na coluna anterior da medula espinal e será
responsável por conduzir estímulos eferentes (do SNC para o SNP) aos
músculos, através de neurônios multipolares. Este neurônio irá estimular a
placa motora do músculo para que ele possa contrair e gerar movimentos
voluntários;
 Raiz Sensitiva: Tem origem na coluna posterior da medula espinal e será
responsável por conduzir estímulos aferentes (do SNP para o SNC)
provenientes dos receptores sensitivos da pele. Estes receptores conduzem
estímulos de dor, calor, frio, tato, pressão e vibração para o sistema
nervoso central. Note que a raiz sensitiva possui uma dilatação denominada
“gânglio sensitivo”, pois os neurônios sensitivos são do tipo pseudo-
unipolares e o gânglio abriga o corpo celular destes neurônios;
 Nervo Espinal: É formado a partir da união de uma raiz motora e de uma
raiz sensitiva, portanto dentro dos nervos trafegam informações eferentes
(motoras) e aferentes (sensitivas). Por este motivo os nervos espinais são
mistos, pois conduzem estímulos motores aos músculos e sensitivos
provenientes da pele e órgãos internos. Dentro dos nervos temos apenas os
AXÔNIOS dos neurônios, portanto podemos afirmar que os nervos são
conjuntos de axônios motores e sensitivos.
A Medula Espinhal (ME) leva e traz informações para o encéfalo. Lembrar que
embora tenhamos 33 vertebras temos 31 pares de nervos espinais.
Anatomia aplicada a enfermagem (aula 2)
Potencial de Ação e transmissão sináptica:
 Tecido nervoso:
Contem 2 tipos básicos de células:
 Neurônios: conduzem os sinais pelo sistema nervos;
 Células de suporte: neuroglias
 Células de suporte/isolamento ou neuroglias: mantem os neurônios em suas
posições e evitam que os sinais sejam dispersados;

 Os neurônios são a estrutural e funcional unidades do sistema nervoso


central.

 Condução unidirecional: permite que os impulsos sejam direcionados no


sentido desejado;

 Fadiga da sinapse:
 ocorre muito mais rapidamente que na fibra muscular;
 É empecilho para o sistema nervoso, mas é característica necessária
para que uma atividade cesse para dar lugar a outra;

 Sinapses: obs: os impulsos nervosos são as sinapses.


 São junção entre os neurônios;
 São responsáveis por transmitir os sinais de um neurônio para outro;
 A sinapse tem a capacidade de transmitir alguns sinais e de refugar
outros.
 Ocorre semelhante a fibra motora, secreta substancias transmissoras
excitatórias e inibitórias, alguns terminais excitam o neurônio
enquanto outros inibem.
 Potenciais de ação:
“A célula neuronal desenvolveu potenciais, que estão atrelados a membrana.
Uma célula nervosa possui a capacidade na sua membrana de possuir canais
que podem ser chamados de bombas ou Canais para transporte de íons para
dentro e para fora do citoplasma.”
Os neurônios se comunicam uns com os outros por meio de potenciais de ação,
também chamados de impulsos nervosos.
A geração de potenciais de ação nas células musculares e nos neurônios
depende de duas características básicas da membrana plasmática:
 A existência de um potencial de repouso;
 Presença de canais iônicos.

 Canais iônicos:
Canais iônicos se abrem e se fecham em virtude da presença de comportas, uma
parte da proteína canal capaz de fechar ou de se mover para abrir o poro canal.
Canais de vazamento: se alternam aleatoriamente entre as posições aberta e
fechada. Existem mais canais de íons K+ do que de Na+, e permeabilidade da
membrana é maior para K+ do que para Na+.
Canais controlados por voltagem: se abrem em resposta a uma alteração no
potencial de membrana (voltagem).
Obs:
 comportas são as proteínas que se abrem e fecham para a
passagem de informação.
 Os receptores são as proteínas.
 Os canais de voltagem controlam o equilíbrio das células.

 Potencial de membrana em repouso:


Um valor normal para o potencial de membrana em repouso (diferença na carga
elétrica pela membrana plasmática) é de -70mV.
Uma célula que exibe um potencial de membrana está polarizada.
O potencial de membrana em repouso se origina da distribuição desigual de
vários íons no citosol e no líquido extracelular.

Obs: os canais de voltagem controlam o equilíbrio das células.


 Geração de potenciais de ação:
“A célula neuronal desenvolveu potenciais, que estão atrelados a membrana.
Uma célula nervosa possui a capacidade na sua membrana de possuir canais que
podem ser chamados de bombas ou Canais para transporte de íons para dentro e
para fora do citoplasma.”
De acordo com o princípio de tudo ou nada, se um estímulo é forte o suficiente
para gerar um potencial de ação o impulso gerado é de um tamanho constante.
Durante o período refratário, não é gerado outro potencial de ação.
Obs: citosol: dentro da célula.
 Resumo:
Obs: Durante um potencial de ação, os canais de Na+ e K+ controlados por
voltagem se abrem em sequência. A abertura dos canais de Na+, controlados por
voltagem resulta a despolarização, a perda e depois a reversão da polarização da
membrana (de -70mV pra +30mV). Após, a abertura dos canais de K+
controlados por voltagem permite a repolarização, restauração do potencial de
membrana aos níveis de repouso.
Obs:
 Célula Despolarizada: A
célula está saindo de repouso e
entrando em ação;
 Célula Repolarizada: A célula
está saindo do potencial de
ação e entra no potencial de
repouso

 Condução dos impulsos nervosos:


 Condução contínua: o tipo de potencial de ação que ocorre nos axônios
amielínicos (e nas fibras musculares). Neste caso, cada segmento adjacente
da membrana plasmática se despolariza até o limiar e gera um potencial de
ação que despolariza o trecho seguinte da membrana.
 Condução saltatória: o tipo de potencial de ação que ocorre nos axônios
mielínicos. A corrente transportada pelos íons Na+ e K+ flui pelo líquido
intersticial envolvendo a bainha de mielina e pelo citosol de um nódulo até
o seguinte. Cada nódulo se despolariza e, em seguida, se repolariza. Como
a corrente flui pela membrana somente nos nódulos, o impulso parece saltar
de um nódulo para o outro.
 Transmissão simpática:
 Os neurônios se comunicam com outros neurônios e com efetores nas
sinapses, em uma série de eventos conhecidas como Transmissão Sináptica.

 Em uma sinapse química, um neurotransmissor é liberado de um neurônio


pré-sináptico dentro da fenda sináptica e, em seguida se liga aos receptores
na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico.
Obs: pós sináptica: já recebeu informação.
 Eventos de uma sinapse química:
1. Um impulso nervoso chega ao botão terminal sináptico de um axônio pré-
sináptico.
2. A fase de despolarização do impulso nervoso abre os canais de Ca2+
controlados por voltagem, presentes na membrana dos botões terminais
sinápticos. Como os íons cálcio estão mais concentrados no líquido
intersticial, o Ca2+ flui para o botão terminal sináptico pelos canais abertos.
3. Um aumento na concentração de Ca2+ dentro do botão terminal sináptico de
um axônio pré-sináptico desencadeia a exocitose de algumas vesículas
sinápticas, que liberam milhares de moléculas do neurotransmissor.
4. As moléculas do neurotransmissor se difundem pela fenda sináptica e se
ligam aos receptores do neurotransmissor na membrana plasmática do
neurônio pós-sináptico.
5. A ligação das moléculas dos neurotransmissores abre os canais iônicos,
permitindo que determinados íons fluam pela membrana.
6. À medida que os íons fluem por meio dos canais abertos, a voltagem pela
membrana se altera. dependendo dos íons que fluem pelos canais, a
mudança da voltagem pode ser uma despolarização ou uma
hiperpolarização.
7. Se a despolarização ocorre no neurônio pós-sináptico e atinge o limiar,
ocorre o desencadeamento de um ou mais potenciais de ação.

 Neurotransmissores:
 Um neurotransmissor excitatório despolariza a membrana do neurônio pós-
sináptico, traz o potencial de membrana para perto do limiar e aumenta as
chances de surgimento de um ou mais potenciais de ação.
 Um neurotransmissor inibitório hiperpolariza a membrana do neurônio pós-
sináptico, inibindo desse modo, a geração do potencial de ação.
 O neutrotransmissor é removido de três maneiras: difusão, destruição
enzimática e recaptação pelos neurônios ou pela neuróglia.
 Aminoácidos:
 Excitatório: Glutamato, Aspartado;

 Inibitórios: Glicina, GABA

 Aminoácidos modificados:

 Norepinefrina: Desempenha funções na excitação (acordar do sono


profundo), no sonho e na regulação do humor;
 Dopamina: Estão ativos durante as respostas emocionais, comportamentos
aditivos e experiências prazerosas. Neurônios liberadores de dopamina
ajudam a regular o tônus da musculatura esquelética. Uma forma de
esquizofrenia é consequência do acúmulo do excesso de dopamina.

 Serotonina: Acredita-se que participe na percepção sensorial, regulação da


temperatura, controle do humor, apetite e início do sono.

 Aminoácidos unidos por ligação peptídica:


Também chamados de neuropeptídios:
 Endorfinas
 Atuam como analgésicos naturais do corpo.
 A acupuntura produz analgesia, aumentando a liberação de
endorfinas.
 Também estão associados à melhora da memória e do aprendizado e à
sensação de prazer e euforia

 Gas:
 Óxido nítrico (NO)
 Não é antecipadamente sintetizado e armazenado nas vesículas
sinápticas.
 É formado com base em demanda, se difunde para fora das células
que o produzem e pra dentro das células vizinhas e age
imediatamente.
 Exerce função na memória e aprendizado.

 Monóxido de carbono (CO)


 É excitatório, produzido no encéfalo e em resposta a algumas funções
neuromusculares e neuroglandulares.
 Provavelmente está relacionado com dilatação dos vasos sanguíneos,
memória, olfato, visão, termorregulação, liberação de insulina e
atividade anti-inflamatória.

Anatomia aplicada a enfermagem (aula 3)


Reconhecimento das estruturas e órgãos anatômicos
acometidos no caso de acidente vascular encefálico:

Sistema nervoso: local onde as informações são interpretadas e a ação nervosa é


coordenada por ele.

 Subdivisão: Central e periférico


(Central: Medula espinhal e
encéfalo)

Encéfalo se subdivide em:


Cérebro, tronco encefálico e
cerebelo.

(O tronco encefálico se
subdivide em: Mesencéfalo,
ponte e bulbo)
 Sistema periférico: Nervos e gânglios

 O sistema nervoso humano, assim como de outros vertebrados pode ser


subdivido em dois grandes
Ramos: SNC e SNP:

 O SNC - É onde as
informações são interpretadas
e a ação nervosa é
coordenada;
 O SNP - Estabelece pontes de comunicado entre os sentidos, e o snc e os
órgão de resposta.

 Quem são os componentes do SNC? Nervos e Gânglios. Os nervos podem


ser os raquidianos (31 pares) e os cranianos (12 pares).
 Onde ocorre o local do derrame no cérebro? O local do derrame é
justamente na questão elétrica onde ocorre as sinapses. Ou seja, em um
derrame as sinapses não vão acontecer, a troca de informações não serão
passadas e sim interrompidas por que ocorre uma interrupção do fluxo
sanguíneo.

 Artéria cerebral anterior (esquerda e direita);


 Artéria comunicante anterior;
 Artéria carótida interna (esquerda e direita);
 Artéria cerebral posterior (esquerda e direita);
 Artéria comunicante posterior (esquerda e direita)

(A artéria basilar e a artéria cerebral média, apesar de irrigarem o cérebro, não


são consideradas parte do polígono)
 Qual o nome da artéria que leva sangue para o cérebro? Artérias Carótidas.

 Acidente vascular encefálico:


Neste caso a pessoa apresenta:
 Um lado do rosto inclinado ou entorpecido, pode parecer com edema;
 Dificuldade de fala;
 Fraqueza muscular de um lado do corpo.

 O que é um acidente vascular encefálico? A doença encefálica é mais


comum, conhecida como acidente vascular cerebral (AVC). O (AVE) é
caraterizado pelo início súbito de sinais, sintomas neuronais persistentes.

 Quais são esses sintomas? Paralisia ou perda de sensibilidade que são


secundários a destruição do tecido encefálico.

 Qual a etiologia do acidente vascular encefálico? Quais são as causas


frequentes?
Hemorragia intra cerebral (sangramento de um vaso que fica dentro do
cérebro na Pia Mater. ou do encéfalo);
Embolia (coágulo de sangue ou gordura);
Aterosclerose (são formações de placas ricas em colesterol que obstruem o
fluxo sanguíneo);
As placas de gordura podem se acometer nas paredes das artérias e isso
diminui o fluxo sanguíneo e dificulta a passagem de sangue e leva a falta de
oxigênio do cérebro.
 O que é um caso de embolia? Coágulos de sangue ou gordura. Tudo que se
acumular e dificultar o fluxo sanguíneo normal, faz com que uma área do
cérebro não receba oxigênio e nesse caso forma coágulos de sangue que
dificulta a passagem.

A embolia cerebral, da artéria cerebral


média, afetada por êmbolos originados
de uma trombose arterial

 Como acontece isso? O trombo que


são pequenas “bolinhas” de sangue que vão se solidificando. O sangue se
coagula e forma trombo que pode se descolocar e ir pro cérebro e lá
dificulta a passagem de sangue e vai impedir o processo de circulação
sanguínea na área do cérebro.

 O que é um caso de hemorragia? É um nível de plaquetas mais baixos que


dificulta a coagulação.

 O que é um caso de aterosclerose? placas ricas em colesterol que obstruem


o fluxo sanguíneo.

 Fisiopatologia:
Existem o acidente vascular encefálico isquêmico que acontece por falta de
oxigênio. E existe o acidente vascular hemorrágico, ou seja, é o extravasamento
de fluxo sanguíneo na área.
 Quando é acidente vascular encefálico, ocorre que o suprimento sanguíneo
cerebral é interrompido e os neurônios são privados do oxigênio e da
glicose que são necessários à sua sobrevivência.

 Podem ser isquêmicos (trombótico/embólicos) e hemorrágicos (intra


cerebrais ou nas meninges)
Como acontece um bloqueio do fluxo sanguíneo por um coágulo:

 Patogenia:
A patogenia entre os fatores de risco implicados no acidente vascular encefálico
estão:

 Estenose das artérias carótidas;


 Ataques isquêmicos transitórios;
 Obesidade;
 Coisas que acarretam esse processo:
Nível elevado de colesterol;
Idade;
Tabagismo;
Hipertensão arterial;
Uso de álcool e drogas;
Anticoncepcional;
Diabetes;
Sedentarismo;
Doenças do coração

 O que seria ataques isquêmicos transitórios?


Sintomas: Tontura, fraqueza, formigamento, paralisia de um lado da face ou
corpo, cefaleia, dificuldade de fala, perda da visão, náuseas.
 O início dos sinais e sintomas é súbito e alcança a intensidade máxima
quase imediatamente;
 Os sinais de ataque isquêmico geralmente é de entre 5 e 10min e raramente
chegando a 24 horas de evolução, por que precisa ser rápido para prestar o
socorro a esta pessoa.

 Um ataque isquêmico transitório é um episódio temporário de disfunção


cerebral causada por uma alteração no fluxo sanguíneo em uma parte do
encéfalo.

Entre as causas do acidente isquêmico transitório estão:


 Coágulos sanguíneos;
 Aterosclerose;
 Alguns distúrbios hematológicos.

 Tratamento do acidente isquêmico transitório:


Inclui fármacos como:
AS que bloqueia agregação de plaquetas, e é um anticoagulante;
Enxerto para o desvio de artéria cerebral;
Endarterectomia carótida: Remoção de placas ricas em colesterol em um
revestimento interno de uma artéria.

 Locais de acometimento do acidente vascular encefálico:


Ocorre na artéria cerebral média onde irriga a região lateral hemisfério, após essa
obstrução do vaso o indivíduo apresenta sintomas como:
 Se há falta de oxigênio, o indivíduo vai apresentar sonolência, perda
sensorial com predomínios na face e os braços, pode perder a fala.
Dependendo da área onde é atingida é o local onde perde as funções.

 Sinais clínicos:
Sintomas mais comuns de acordo com a artéria acometida, a mais afeta é a artéria
cerebral média.
 Se for atingida a artéria cerebral média vai haver:
Déficit motor;
Déficit sensitivo predomínio na área facial.
 Na artéria cerebral posterior:
Alterações no campo visual.

 Artéria Basilar:
Déficit motor;
Déficit sensitivo;
Diminui a consciência;
Alterações dos nervos cranianos.

 Artéria vertebral:
Náuseas;
Vômito;
Tontura;
Alterações de nervos cranianos baixos;
Alterações cerebelares.

 Hemorragia intra-parenquimatosa:
Déficit neurológico;
Cefaleia;
Náuseas;
Vômito;
Redução do nível de consciência;
Crise convulsiva.
 Sub Aracnoide:
Cefaleia súbita intensa;
Náusea;
Vomito;
Tontura;
Sinais de irrigação da meninge.

 Tratamento para o acidente vascular encefálico:


O agente trombolítico conhecido como ativador plasminogênio tecidual é usado
para abrir os vasos cerebrais, porém é mais efetivo nas primeiras 3 horas. Após o
acidente vascular encefálico, somente é útil nos acidentes vasculares encefálicos
causado por coágulos.
Ex: Isquêmico, por que ele é temporário a presença de oxigênio naquela área. Por
isso precisa prestar socorro rápido.
 A utilização de tpA ajuda a diminui a incapacidade permanente associada
com esses tipos de acidente vascular encefálico em até 50%;
 O acidente vascular encefálico hemorrágico depende da gravidade. Envolve
intervenção cirúrgica.
Obs: Entretanto o tpA não deve ser utilizado em indivíduos cujo o acidente
vascular encefálico for causado por hemorragia, pois pode piorar as lesões e levar
à morte.

 Crioterapia:
Alguns estudos demonstraram que a crioterapia pode ser útil em limitar danos
tecidual após um acidente vascular encefálico.
 Em estados de hipotermia vivenciado por pessoas quede afogam em águas
muito frias aparentemente desencadeiam uma resposta de sobrevivência na
qual ocorrem diminuição da demanda corporal de oxigênio e aplicação
desse método em pacientes que sofreram um acidente vascular encefálico
parece promissora.

 Como é feito o diagnóstico do acidente vascular encefálico?


Na distinção entre os dois tipos de acidente vascular encefálico, é baseado no
exame físico, na história clínica direcionados a exame de imagem, sendo a
tomografia de crânio a mais utilizada.
É preciso fazer exame físico ao estado de hidratação, verificar a oxigenação,
frequência respiratória, frequência da ausculta cardíaca, nível de
consciência, pressão arterial, e exame do fundo do olho.

Obs: Aferir a pressão de forma sequenciada.

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