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COLINAS DO TOCANTINS – TO
03/07/2022
É notório que os profissionais da segurança pública no geral são negligenciados no que
diz respeito a sua defesa pelos órgãos de direitos humanos, que cada vez mais estão seletivos
no sentido de criar ferramentas que visam resguardar o cidadão infrator do que o policial que
se expõem nas ruas para proteger a sociedade. Esse fenômeno tem continuidade quando se
observa o trabalho da mídia, que por vezes dá muita ênfase para uma ocorrência onde o
malfeitor leva a pior do que quando o contrário, deixando a entender que a vida do policial vale
menos que a do bandido gerando grande revolta aos seus familiares e grande parte da população
que consegue enxergar isso. A sociedade devia estar mais a par de como são as condições de
trabalho dos policiais que fazer sua segurança, como é a remuneração desses profissionais, sua
saúde, o estresse do dia-a-dia, a taxa de policiais que morrem por simplesmente colocar uma
farda e sair as ruas e também como é feita a defesa dos direitos humanos desses homens e
mulheres.
A maioria das pessoas sequer sabe como é a rotina de trabalho de um policial, muito
menos a quantidade de policiais que são gravemente feridos durante o exercício de seu dever.
Nesse sentido, é importante ter uma política de mudança na informação, de modo que as pessoas
saibam mais sobre o trabalho da polícia e não mais seja influenciada pela mídia. Nessa situação
volta-se a estaca zero, onde todos os problemas se resolvem com educação de qualidade, saúde
e segurança, um problema estrutural que passa pelas mãos dos políticos que até o momento não
estão muito preocupados em mudar esse quadro.
A saúde física e mental e um assunto que sequer entra em pauta por parte da mídia e dos
governantes ao se discutir sobre a segurança pública. Na vida real não existem heróis a prova
de balas e imortais, pelo contrário, o que se ver são homens bem desgastados fisicamente por
anos e anos em pé, com equipamentos pesados e sem muitas vezes condições de pagar um
acompanhamento médico para tratamento de suas mazelas. O mental outro assunto bastante
importante, vem sendo ultimamente visto como um assunto sério, algo que foi passado batido
por várias décadas, mas que hoje é fator importante em casos de suicídios ou por
comportamentos estranhos a profissão do policial.
Para encerrar, mais uma vez é imprescindível destacar a força da mídia, que desde suas
reportagens ou até mesmo através de enquetes tendenciosas envolvendo bandidos e policiais,
tenta por sua vez diminuir a importância da vida do agente público nas ruas. O cidadão precisa
ser informado do trabalho árduo que a polícia presta todos os dias, a mídia por sua vez deveria
prestar-se ao trabalho de ajudar a educar as pessoas de que fazer o bem compensa e que fazer o
errado não e algo vantajoso e atentar para a forma como o direitos humanos enxerga o policial,
que do mesmo jeito que as pessoa comuns, tem direito a vida, a saúde, a um salário e condições
de trabalho dignos, além de poder sair por ai com sua família sem o temor de ser a qualquer
momento surpreendido por pessoas dispostas a tirar sua vida.