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São muitos os desafios pelos quais as mães do século XXI passam.

As mães
tem um papel muito importante na criação e no desenvolvimento dos seus
filhos, elas cuidam, educam e dedicam todo o seu tempo para nós. Além disso
elas exercem profissões, estudam, socializam e cuidam de si mesmas, e
mesmo assim, elas também precisam enfrentar alguns sentimentos como: a
culpa, exaustão, insuficiência e em alguns casos o peso de ser mãe solo.
A maternidade é uma jornada de aprendizado e transformação capaz de
proporcionar novas experiências e conhecimentos para uma mulher. Mas no
meu ponto de vista não é uma tarefa simples, ser mãe nos dias de hoje é ter
que lidar com várias responsabilidades, é possível encontrar diversas
pesquisas que apontam diferentes tipos de modelos de maternidade, que são
resultado dos tempos em que vivemos e das pressões do mundo
contemporâneo. Em sua pesquisa a psicanalista Maria Helena Fernandes, nos
mostra que atualmente vivemos diante do modelo da mulher elástica, utilizando
o filme “Os Incríveis” (Pixar) como um comparativo, a pesquisadora notou que
desde que a mulher ganhou mais espaço no mercado de trabalho ela tem que
equilibrar a vida pessoal e profissional, e ainda lidar com as pressões para
manter seu corpo em forma e dentro dos padrões, o que nos faz questionar
que em pleno século XXI, a maternidade ao invés de ser um modelo de
inspiração para todos, seja um alvo de críticas e preconceito para algumas
pessoas.
De acordo com Sharon Hays, pesquisadora e autora de “The Cultural
Contradictions of Motherhood” (em português: As contradições culturais da
maternidade), o fato de der mãe intensiva alguns sentimentos como: a culpa, a
exaustão e a insuficiência. Lidar com esses sentimentos também fazem parte
dos desafios da maternidade, pois não importa o quão exausta e nem o quanto
uma mãe se dedique aos seus filhos, a sensação de que não é o suficiente
ainda permanece. Na minha opinião esses sentimentos se tornam ainda mais
frequentes quando se trata de uma família monoparental constituída apenas
pela figura materna. Ser mãe solo não é fácil, as responsabilidades são bem
maiores do que junto a um cônjuge, pois toda a renda familiar, decisões,
educação e carinho dependem exclusivamente da mãe.
Pesquisas feitas pelo IBGE no ano de 2015, apontam que no Brasil cerca de
5,5 milhões de crianças não possuem o nome do pai na certidão de
nascimento, além disso, 86,5% das crianças com menos de 4 anos tem como
primeira responsável a mãe e isso é um problema grave, considerando que
esses números provavelmente continuaram crescendo desde que essa
pesquisa foi realizada, e além disso, que muitas famílias não possuem uma
figura paterna ao lado da mãe para a criação dos filhos. Além desses dados,
ainda existe as pesquisas relacionadas ao mercado de trabalho, outras
pesquisas também realizadas pelo IBGE, indicam que a maioria das mães
perdem melhores oportunidades de trabalho por conta do preconceito. E alguns
dados coletados apontam que apenas duas em cada dez mães solteiras estão
empregadas durante a pandemia, o que deixa claro o preconceito durante a
contratação de funcionários.
Diante disso, eu acho de extrema importância que a maternidade venha a ser
mais valorizada e reconhecida por todos, pois na minha opinião as mães são
um símbolo da força, sabedoria e determinação e com toda a certeza não
merecem todo o preconceito, desigualdade e machismo pelo qual elas ainda
precisam lidar em pleno século XXI.

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