Nesta atividade laboratorial os pigmentos fotossintéticos
da acelga foram extraídos através da técnica de cromatografia.
Esta técnica tem como principal objetivo separar os pigmentos fotossintéticos uns dos outros permitindo a sua identificação. Cortou-se as folhas em pedaços para dentro do almofariz de forma a facilitar o esmagamento da planta. O passo seguinte foi juntar areia. A areia fez com que, ao esmagar as folhas com o pilão, a quebra da membrana do tilacoides (presentes nos cloroplastos da célula da acelga) fosse facilitada. Esta quebra da membrana dos tilacoides fez com que os pigmentos fotossintéticos lá presentes saíssem para o exterior. O procedimento de esmagar as folhas (macerar) deve ser feito recorrendo a uma técnica específica: o pilão deve ser prensado e girado sobre o almofariz até obter a textura desejada (neste caso até formar uma pasta com o mínimo de grumos possível). De seguida adicionou-se acetona que tem como função dissolver os pigmentos fotossintéticos, possibilitando assim uma melhor visualização dos mesmos. Após mexer a mistura, filtrou-se a mistura para a meia caixa de Petri de modo que apenas se ficasse com a parte líquida (constituída pela acetona, pelos pigmentos e o hialoplasma das célula), removendo os resíduos como a areia e as paredes celulares. Ao transferir a mistura do almofariz para o funil, o líquido foi vertido com a ajuda do pilão, visto que a solução (que possui água, uma molécula polar cm propriedade de adesão) vai aderir ao pilão, impedindo que a solução salpique para fora do funil. No último passo, depois de colocar o papel de filtro no topo da caixa de Petri, teve-se que esperar algum tempo para que o papel absorvesse os pigmentos dissolvidos na acetona. Esta absorção foi possível também devido à propriedade de adesão da água presente na solução, que faz com que esta suba pelo papel. Os pigmentos subiram ao longo do papel de filtro e distribuiram-se de forma diferente. Os pigmentos que apresentavam menor solubilidade ficaram mais abaixo no papel de filtro e os mais solúveis ficaram mais acima no papel de filtro. Foi esta diferença de solubilidade que permitiu distinguir os diferentes pigmentos. Nesta atividade foram identificados três pigmentos diferentes. O pigmento presente em menor quantidade foi os carotenos (6,7%). Este pigmento apresentava uma cor alaranjada e era o que se encontrava mais acima no papel de filtro, o que indica que era o mais solúvel. O segundo pigmento em menor quantidade é as xantofilas que contituem 40% dos pigmentos totais. Este é o segundo pigmento mais solúvel visto que ficou representado na faixa do intermédia. Apresenta uma cor amarela esverdeada. O pigmento menos solúvel que ficou na faixa mais abaixo no papel de filtro foi a clorofila b. Este pigmento apresenta uma cor verde e é o que estava presente em maior quantidade (53,3%). A cromatografia em papel é uma técnica que não é tão precisa como as realizadas em laboratório com equipamentos mais sofisticados. Esta técnica é uma técnica simples que não exige muitos materiais contudo não é uma técnica tão exata e podem ocorrer erros. É quase certo ocorrerem erros de medições das proporções dos pigmentos no papel de filtro visto que é complicado perceber onde acaba uma faixa de pigmentos e onde começa outra.
Conclusao:
Esta atividade prática permitiu identificar os diversos
pigmentos fotossintéticos de uma planta (neste caso a acelga), através da técnica de cromatografia com papel de filtro. Concluiu-se que a acelga tem três pigmentos fotossintéticos: clorofila b, xantofilas e carotenos.