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Início e término do projeto são definidos antes do início do trabalho. Este termina quando:
- Os objetivos são alcançados;
- Fica claro que os objetivos não podem ou não serão alcançados;
- A necessidade que originou o projeto não existe mais;
- Único - Produz um resultado único;
- Desenvolvido progressivamente, em etapas distintas.
Em 1969, foi criado o PMI® (Project Management Institute), tendo como base a ideia de que
existiam muitas práticas comuns de gerenciamento de projeto e que estas práticas poderiam ser
documentadas.
O PMI® foi criado com o objetivo de organizar, difundir e incentivar as melhores práticas em
gerenciamento de projetos no mundo. O instituto produziu “Um Guia do Conjunto de
Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos” (Guia PMBOK®), que é uma referência básica no
nível de conhecimentos e melhores práticas de gerenciamento de projetos.
Também é ele que certifica profissionais em gerenciamento de projetos. Esta certificação, muito
valorizada no mercado, é denominada PMP – Project Management Professional. Esta disciplina se
fundamenta na visão de gerenciamento de projetos preconizada pelo PMI®.
• Gerente do projeto;
• Patrocinador;
• Cliente;
• Gerentes funcionais;
• Equipe do projeto;
• Escritório de projetos.
Gerenciar projetos possibilita uma maior previsibilidade e probabilidade de atingir seus objetivos.
Os principais benefícios do gerenciamento do projeto são:
Embora os projetos variem em tamanho e complexidade, sua estrutura pode ser mapeada no ciclo
de vida genérico:
- Início;
- Organização e preparação;
- Execução do trabalho;
- Encerramento.
O início do projeto abrange definir ações para dar início ao projeto ou uma fase de um projeto em
andamento. Algumas ações envolvem:
O documento que, após sua aprovação, autoriza formalmente o início do projeto ou uma fase do
projeto é denominado “termo de abertura do projeto” (project charter). Esse documento:
A identificação das partes interessadas deve ser realizada o mais cedo possível. Descobrir a
existência de uma parte interessada tardiamente pode causar impacto negativo nos objetivos do
projeto.
• Cliente – É aquele que solicita e geralmente quem utiliza o produto, serviço ou resultado do
projeto;
• Gerentes funcionais - Podem ser afetados pelo projeto diretamente, através da direta e
efetiva participação no projeto, ou indiretamente, na disponibilização de recursos humanos;
A partir dessa análise, devem-se traçar estratégias de abordagem para cada uma das partes
interessadas, para garantir seu engajamento durante o desenvolvimento do projeto.
Algumas informações são coletadas durante a identificação e análise das partes interessadas,
como por exemplo: nome, cargo, papel ou função no projeto, informações de contato, principais
interesses no projeto, nível de influência, nível de autoridade, impacto no caso dos interesses não
serem atendidos e estratégias definidas para minimizar os riscos negativos.
Para documentar estas informações, é criado o documento denominado “registro das partes
interessadas”, que é mantido atualizado ao longo do desenvolvimento do projeto. As informações
desse registro serão utilizadas na elaboração do plano de comunicação do projeto e no plano de
engajamento dos stakeholders.
O planejamento do projeto abrange definir ações para planejar e manter um plano de trabalho
viável para atingir os objetivos do projeto.
Os processos de planejamento possuem forte iteração entre si. À medida que os processos são
elaborados, geram análises mais detalhadas em outros processos. Por exemplo: a limitação de
custo ou prazo pode provocar riscos no projeto. Por outro lado, um plano de ação relacionado a
um risco pode prever a inclusão de atividades no cronograma para minimizá-lo.
O plano do projeto deve ser aprovado pelos envolvidos na sua execução e usado no dia a dia do
projeto. Para tanto, usualmente, como término do processo planejamento, é realizada uma
reunião para a apresentação do plano. Esta reunião (chamada de reunião de kickoff) dá a partida
para a execução do projeto.
Esse plano serve como referência no controle de mudanças do projeto e, geralmente, é revisado e
atualizado após uma mudança aprovada.
Para a coleta dos requisitos do projeto e do produto do projeto, são utilizadas diversas técnicas. O
gerente de projetos deve utilizar a técnica mais apropriada para cada parte interessada. Um
requisito não identificado nesta fase pode exigir mudanças e criar conflitos durante a execução do
projeto.
Workshops facilitados - São sessões que trazem profissionais de diversas áreas funcionais
para definir os requisitos. É uma técnica muito utilizada para rapidamente definir requisitos
que transpassam diversas áreas da organização e conciliar as diferenças;
Técnicas criativas de grupo - São atividades em grupo que podem ser usadas para
identificar requisitos do projeto e do produto a ser criado, ou mesmo formas alternativas de
solução. Seguem alguns exemplos:
Diagrama de afinidade – As ideias geradas por qualquer outra técnica são classificadas de
acordo com sua semelhança;
Protótipos - uma forma de obter o feedback dos interessados, criando algo que eles
possam experimentar. Há algo concreto para criticar.
O escopo do projeto abrange todo o trabalho que deve ser realizado para entregar o produto,
serviço ou resultado com as características e funções especificadas. São representados pelas
entregas intermediárias do projeto. Uma entrega é qualquer produto e serviço a ser produzido
para a conclusão do projeto.
Entregas do projeto - Qualquer produto, serviço ou resultado que deverá ser produzido
para a conclusão de um projeto;
Restrições do projeto – São fatores que restringem as opções da equipe do projeto. Por
exemplo: restrição de recursos profissionais, de tecnologia, de prazo ou orçamentária;
A estrutura analítica de projetos (EAP), ou work breakdown structures (WBS), é uma forma de
representar o escopo do projeto, ou seja, o trabalho do projeto, em forma de entregas. A figura é
similar a um organograma de pessoal.
• Pode ser organizada de diversas maneiras, como, por exemplo, por fases ou principais
entregas:
É possível realizar medições a partir do elemento da EAP e avaliar quais entregas já foram
realizadas, quantas estão em andamento e quais estão atrasadas;
A linha de base do escopo é formada pela declaração do escopo, EAP e dicionário da EAP;
A linha de base do escopo faz parte do plano do projeto. A linha de base do escopo serve
como referência quando ocorrerem dúvidas se determinado trabalho ou entrega está ou não
contemplada no escopo do projeto;
As atividades do cronograma, que representam como o trabalho do projeto deve ser feito,
serão definidas a partir dos pacotes de trabalho.
São utilizadas algumas técnicas para realizar estas estimativas, tais como:
• Dados históricos de projetos realizados;
• Análise de alternativas de execução, como por exemplo, a análise de “fazer com
recursos próprios” ou “comprar”;
• Dados publicados para auxílio a estimativas, como por exemplo, taxas de produção,
preços preestabelecidos com fornecedores, entre outros. Na construção civil, esta
técnica é comum.
Após estimar os recursos, é preciso estimar o período de trabalho ou horas que serão
necessárias para concluir as atividades do cronograma. Algumas técnicas utilizadas na
elaboração das estimativas de duração:
Uma vez criado o cronograma, é necessário analisá-lo. Para tanto, é preciso conhecer o
caminho crítico do projeto, confirmar se as datas planejadas atendem às necessidades do
cliente e avaliar a utilização dos recursos programados para a execução das atividades.
O método do caminho crítico é uma técnica de análise de rede sequencial do cronograma que
calcula as datas de início e término mais cedo e mais tarde, de cada atividade do cronograma,
considerando sua duração e precedência. Nesta técnica, não é avaliada a disponibilidade dos
recursos para a realização das atividades.
A partir desse cálculo, é possível avaliar o tempo de folga ou flexibilidade do cronograma e das
atividades.
O caminho crítico do projeto é o caminho de maior duração nas quais todas as atividades
possuem folga zero ou folga mínima, caso o próprio projeto tenha folga para o término.
Qualquer atraso nas atividades do caminho crítico ocasiona igual atraso na conclusão do
projeto.
Atrasos em tarefas que não se encontram no caminho crítico não afetam a duração do projeto,
pois possuem folgas. Pode haver mais de um caminho crítico no projeto.
O conhecimento do caminho crítico do projeto é fundamental para a avaliação dos riscos e
controle, pois qualquer atraso nas atividades do caminho crítico deve ser criteriosamente
avaliado.
Após a determinação do caminho crítico, é possível que a data de término prevista do projeto
seja maior do que a data esperada. Neste caso, podem-se utilizar técnicas de compressão do
cronograma que possibilitam reduzir o prazo do projeto sem alterar o seu escopo. São elas:
Uma vez que o cronograma foi aprovado, sua representação pode ser de várias formas, mas
as mais usuais são:
Após a aprovação do cronograma, este servirá como linha de base para o gerenciamento do
tempo do projeto.
As estimativas são elaboradas para todos os recursos cujos custos serão atribuídos ao projeto,
como por exemplo: mão de obra, materiais, equipamentos, serviços e instalações.
Existem diversas técnicas e ferramentas para auxiliar nestas estimativas, como por exemplo:
− Estimativa bottom-up (de baixo para cima) – estima-se o custo de cada atividade do
projeto, para posteriormente agrupá-las numa estimativa de custo total do projeto;
Após a elaboração das estimativas das atividades, o próximo passo é elaborar o orçamento do
projeto. Esta etapa consiste em agregar os custos estimados das atividades para definir a linha
de base de custos a ser utilizada na medição do desempenho do projeto. Nesta linha de base,
devem ser consideradas as reservas de contingência para os riscos identificados do projeto.
Planejamento da Qualidade
Existe um custo de atender aos padrões de qualidade para o projeto, denominado custo da
qualidade. Há três tipos de custos de qualidade:
A prevenção vem antes da correção, pois o custo de corrigir defeitos é maior do que preveni-
los.
Alguns fatores devem ser considerados para o planejamento da equipe do projeto, como: tipo
de organização, fatores técnicos, habilidades interpessoais, localização da equipe e influência
das partes interessadas.
Os requisitos dos recursos das atividades, definidos por ocasião do trabalho para estimar os
recursos a serem utilizados para conclusão das atividades, ajudam no planejamento da equipe
do projeto.
A falha de comunicação nos projetos representa uma das maiores ameaças para o sucesso do
projeto, como se pode observar no estudo de caso “Venda de produtos na internet”.
Pesquisas mostram que aproximadamente 60% das empresas que participaram do “Estudo de
Benchmarking em Gerenciamento de Projetos Brasil, Project Management Institute”
consideram que a comunicação é um dos problemas que ocorrem com mais frequência nos
projetos.
“Comunicação eficaz significa que as informações são fornecidas no formato correto, no tempo
adequado e com o impacto necessário. Comunicação eficiente significa fornecer somente as
informações que são necessárias”.
Existem diversos meios de transmissão das informações como: reuniões, e-mail, videoconferência,
ferramentas de colaboração e ferramentas eletrônicas de gerenciamento de projeto.
Etapa 2 - Identificar e classificar o impacto potencial que cada parte interessada pode gerar para
o projeto. Os modelos de classificação podem ser: poder x interesse; poder x influência e
influência x impacto.
As informações que podem ser coletadas das partes interessadas são: nome, cargo,
responsabilidades, departamento, expectativa, papel ou função no projeto, informações de
contato, principais interesses no projeto, nível de influência, nível de autoridade, impacto no caso
dos interesses não serem atendidos e estratégias definidas para minimizar os riscos negativos.
Quanto mais cedo forem identificadas as partes interessadas, menor o risco impacto negativo no
projeto. A partir dessa análise, traçam-se estratégias de abordagem específicas para cada parte
interessada, as quais são gerenciadas ao longo do projeto.
“Risco é um evento ou condição incerta que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou negativo
nos objetivos de um projeto”. Os riscos podem impactar escopo, custo, tempo ou qualidade.
Ao longo do ciclo de vida do projeto, podem surgir riscos até então desconhecidos. A prática é
prever no planejamento do projeto folgas de prazo e de custos para suportar estes riscos não
identificados inicialmente.
Diversas partes interessadas podem participar na identificação dos riscos, além da equipe de
projeto. Diversas técnicas e ferramentas podem auxiliar nesta identificação como, por exemplo:
- Análise qualitativa dos riscos - Em seguida, os riscos identificados passam pelo processo de
análise qualitativa de riscos, em que são avaliados e classificados em relação ao impacto e
probabilidade de ocorrência.
- Análise quantitativa dos riscos - Após a análise qualitativa, os riscos priorizados podem passar
pelo processo de análise quantitativa dos riscos.
Esse processo avalia os impactos dos riscos e atribui uma probabilidade numérica a cada risco.
Algumas das técnicas utilizadas são: simulação de Monte Carlo e análise de decisões.
Essa análise quantitativa é pouco usada nos projetos, enquanto a análise qualitativa é
frequentemente aplicada.
- Respostas aos riscos - O último processo de planejamento dos riscos é responsável pela
elaboração de procedimentos e técnicas para ampliar as oportunidades e reduzir as ameaças
aos objetivos do projeto.
- Elaboração do edital de licitação - O edital de licitação é utilizado para solicitar propostas aos
potenciais fornecedores. São também chamados de: convite, tomada de preço, concorrência,
solicitação de proposta e solicitação de cotação, entre outros.
As organizações que realizam licitações com frequência têm diversos padrões de edital de
licitação, específicos para cada situação.
Todos os termos e condições da licitação e da contratação devem ser incluídos no edital de
licitação. Para tanto, é importante fazer constar, anexa ao edital de licitação, a minuta do
futuro contrato.
Também os critérios de avaliação das propostas são incluídos no edital de licitação e devem
ser objetivos e usados para pontuar e classificar as propostas dos fornecedores. São exemplos
de critérios utilizados para a seleção de propostas:
– Preço de compra;
– Custo total (custo da aquisição + custo da operação + custo da
manutenção);
– Capacidade técnica;
– Capacidade gerencial;
– Abordagem técnica;
– Capacidade financeira;
– Capacidade de produção;
– Tamanho e tipo de negócio;
– Referência de outros clientes.
– Contrato com preço fixo ou global: envolve um preço fixo total para o
fornecimento de serviços ou produto. Neste tipo de contrato, o fornecedor assume a
maior parte do risco de custo;
Por exemplo: a contratação de mão de obra, quando ainda não se tem a definição
do escopo do projeto, mas a natureza do trabalho é conhecida.
Algumas técnicas são utilizadas para auxiliar neste desenvolvimento, como por exemplo:
Envolve:
A garantia da qualidade é realizada a partir de diversas ações que visam a melhoria contínua
dos processos do projeto. As atividades ocorrem durante o andamento do projeto, em vez de
serem realizadas apenas no final. O objetivo é reduzir os desperdícios e melhorar a eficiência
dos processos.
As reuniões de progresso geralmente são realizadas para coletar informações sobre o status
do projeto, atividades já realizadas, entregas atrasadas, riscos ativos, novos riscos
identificados, bem como identificação e proposta de ações preventivas e corretivas.
Durante a licitação, o papel do gerente de projetos é esclarecer dúvidas e riscos envolvidos com o
projeto. Em geral, ele não é o condutor do processo.
As mudanças do projeto podem surgir por diversas razões, como por exemplo:
• Gráfico de controle;
• Gráfico sequencial;
• Diagrama de causa e efeito, Ishikawa ou espinha de peixe;
• Histograma;
• Diagrama de Pareto;
• Diagrama de dispersão;
• Fluxogramas.
O controle das comunicações abrange a avaliação de diversas informações coletadas para avaliar
o desempenho do projeto, como:
• Atividades concluídas no período;
• Atividades a serem concluídas no próximo período;
• Desvios de prazo e custos;
• Mudanças aprovadas no período;
• Situação dos riscos;
• Entregas aceitas e rejeitadas;
• Próximas entregas;
• Avaliação do engajamento das partes interessadas;
• Problemas ocorridos e suas correções;
• Estimativas para a conclusão do projeto.
O registro das partes interessadas deve ser mantido atualizado, pois sempre pode haver inclusões
e exclusões de partes interessadas.
O monitoramento e controle dos riscos devem ser realizados durante todo o ciclo de vida do
projeto e envolvem atividades como:
Novos riscos sempre podem surgir durante o projeto. Neste caso, é necessário retornar aos
processos de análise e planejamento de respostas aos riscos.
Já o controle dos contratos do projeto visa à gestão das relações contratuais, monitoramento do
desempenho do contrato e confirmação de mudanças e correções contratuais necessárias,
através de aditivos contratuais.
O procedimento de encerramento dos contratos confirma que todo trabalho e entregas foram
aceitos pelo projeto. Envolve também atividades administrativas, de modo a garantir o
arquivamento de todos documentos e correspondências do projeto.