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estacoes-de-aprendizagem

Publicado em NOVA ESCOLA 21 de Outubro | 2016

Blog Tecnologia na Educação

Para uma aula diferente, aposte


na Rotação por Estações de
Aprendizagem
A metodologia prevê a criação de um circuito dentro da sala de aula, com
atividades diferentes em cada canto
Claudio Sassaki

Olá, educador! Tudo bem?

Já falamos, aqui, sobre Ensino Híbrido, abordagem que combina espaços, ferramentas e estilos de
aprendizagem para potencializar o desenvolvimento de cada aluno. Há diversas formas de aplicá-
lo - e uma delas, que vem mostrando resultados positivos, é a Rotação por Estações de
Aprendizagem.

A Rotação por Estações de Aprendizagem consiste em criar uma espécie de circuito dentro da
sala de aula. Cada uma das estações deve propor uma atividade diferente sobre o mesmo tema
central - ao menos uma das paradas deve incluir tecnologia digital. A ideia é que os estudantes,
divididos em pequenos grupos de 4 ou 5 pessoas, façam um rodízio pelos diversos pontos.

É importante ressaltar que o trabalho em cada estação deve ser independente das outras. Ou
seja, precisa ter começo, meio e fim, sem exigir um exercício prévio para sua compreensão. Por
quê? Como cada grupo vai começar em uma estação diferente e circular a partir dela, é preciso
que os grupos sejam capazes de resolver cada desafio isoladamente.

Reorganize e inove

É necessária uma aula de, no mínimo, 45 minutos para se implementar a Rotação por Estações de
Aprendizagem, afinal, os alunos precisam de pelo menos 15 minutos em cada atividade - se
houver disponibilidade, esses períodos podem ser mais longos. Dependendo do número de
alunos em sala, o professor também pode adaptar a metodologia, levando a turma inteira a cada
uma das estações.

Essa metodologia conta com três momentos essenciais: de interação entre alunos e professor
(em que ele pode sanar dúvidas, orientar projetos, explicar conteúdos, fazer perguntas e provocar
reflexões), de trabalho colaborativo (em que os estudantes trabalham em um projeto comum,
propõem questões uns para os outros, organizam debates ou desenvolvem um produto que
demonstre seu aprendizado) e de tecnologia (que pode incluir estudos individuais, exercícios
online, pesquisas, games, entre outros).

Histórias reais

O professor de Matemática Carlos Alberto de Carvalho Júnior, do Colégio Salesiano São João
Bosco, em Juazeiro do Norte, no Ceará, é um dos que aposta na tecnologia digital e encontrou
nessa abordagem uma maneira de engajar sua turma. Carlos começou a usar o sistema de
Rotação por Estações de Aprendizagem em 2015, juntamente com outros modelos, como o peer
to peer e a sala de aula invertida. Para isso, contou com a ajuda da plataforma Geekie Lab para
desenvolver as atividades.

Ele explica que a intenção foi aumentar o envolvimento e protagonismo dos alunos. O resultado
foi que de "um total de 32 alunos, só oito ficaram de recuperação no 3º ano do Ensino Médio", diz
o professor. No ano passado, ele conta, tinha sido praticamente o dobro.

Para ilustrar melhor como funciona essa abordagem, desenvolvemos um infográfico que você
pode ver abaixo:
E você, já experimentou essa abordagem em sua sala de aula? Conte para nós nos comentários!

Abraço e até a próxima,

Claudio Sassaki

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