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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE – FAVENI

GABRIEL COSTA DE CARVALHO

LOGÍSTICA PORTUÁRIA BRASILEIRA E SUA EVOLUÇÃO DO SETOR E


PERSPECTIVAS

RIO DE JANEIRO
2022
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE – FAVENI

GABRIEL COSTA DE CARVALHO

LOGÍSTICA PORTUÁRIA BRASILEIRA E SUA EVOLUÇÃO DO SETOR E


PERSPECTIVAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado
como requisito parcial à obtenção do título
especialista em Logística.

RIO DE JANEIRO
2022
LOGÍSTICA PORTUÁRIA BRASILEIRA E SUA EVOLUÇÃO DO SETOR E
PERSPECTIVAS

Gabriel Costa de Carvalho1


Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também
que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido
copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte
além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim
realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis,
penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o
crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do
Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO: A seguinte pesquisa, inicialmente, visa apresentar e identificar aspectos


que influenciam nas perspectivas do sistema portuário, como também a gestão de
fluxo de pessoas e mercadorias. Por meio de uma analise dos modelos atuais
utilizados, preza-se por compreender a eficiência e, consequentemente, o corte de
gastos previstos nessa estrutura. Além disso, fala-se sobre a evolução, de forma
objetiva, do sistema portuário brasileiro, a fim basear tal informação com o
desenvolvimento deste projeto. Destarte, são abordados os diversos tipos de portos
e como vem a afetar o desenvolvimento econômico do país, observando esta
relação com a importância da tecnologia e modernização deste sistema e sua
valorização.

PALAVRAS-CHAVES: Portuário. Brasileiro. Hidroviário. Tecnologia.

1 INTRODUÇÃO
Inicia-se apresentando a contextualização da logística portuária brasileira a
fim de instruir informação e coerência com esta pesquisa. Desde os primórdios da
colonização do país, o sistema portuário é considerado um dos segmentos mais
tradicionais da historia, e consequentemente da economia. (CORREIA; MATOS &
ZELAYA, 2015)

Sabe-se que sua função era baseada no transporte de mercadorias, que eram
comercializadas entre os países, além de imigrantes vindos da Europa,
essencialmente. Neste sentido, observa-se a relevância desse segmento para a
economia. (CORREIA; MATOS & ZELAYA, 2015)

Destarte, compreendendo de forma breve a inserção do sistema portuário no


mercado brasileiro, entende-se atualmente, que a organização dos portos são
baseados na logística das plataformas, que relacionam-se com a interface do
sistema de produção e de consumo. (FRANKEL, 1989)

No entanto, no mesmo momento é visível a transformação que os portos


estão enfrentando como um componente estratégico de atuação das autoridades
portuárias e sua comunidade. (CORREIA; MATOS & ZELAYA, 2015)

De acordo com os autores Correia, Matos e Zelaya (2015) “O processo de


planejamento portuário desempenha um papel-chave na determinação da posição
de um porto na hierarquia marítima”. Dito isso, nota-se a expansão destes portos
além de seus limites históricos.

Esta expansão pode ser deslumbrada por diversos responsáveis ou


autoridades, conforme Akabane (p. 3, 2008) cita:

O novo estilo de planejamento portuário não é mais baseado


exclusivamente nas opiniões de especialistas em infraestrutura,
economistas, gestores de transporte e advogados. Requerem agora as
recomendações de peritos ambientais, planejadores urbanos, consultores
financeiros, especialistas em comunicação e profissionais de marketing.

Tal comentário pode ser compreendido pelas inovações que o mercado e o


mundo enfrentam, isto é, a necessidade de responder as demandas atuais está
cada vez mais exigente, de tal modo que esta autoridade portuária necessitará de
fundamentos para negociar com outras instituições e/ou entidades.

Portanto, este trabalho visa apresentar o sistema portuário e,


consequentemente sua logística a fim de entender seus processos internos e sua
evolução para a economia brasileira.
2 LOGÍSTICA PORTUÁRIA

Compreendendo que este transporte marítimo está se modernizando no país


como todo, segundo Coelho (2010) é notável as mudanças que esse sistema recebe
no decorrer da história.

Ainda de acordo com Coelho (2010):

Atualmente, dos 10 maiores portos marítimos e fluviais do mundo, 07


concentram-se na china. Destaca ainda, que Por estes dois tipos de porto,
circula boa parte do tráfego de granéis secos (carvão, minério de ferro, entre
outros), granéis líquidos (óleo, derivados de petróleo e químicos), assim
como, um grande percentual de cargas outras variadas.

Dito isso, percebe-se através de um ranking baseado nos grandes portos


mundiais, a classificação como referencia da potencialização desse sistema,
segundo dados divulgados em 2011 “o porto de Xangai, na China, aparece como o
maior porto do mundo. Num total de 05 áreas de trabalho, este porto movimentou
somente em 2010, cerca de 29 milhões de TEUS (contêineres)” (COELHO, 2010)

Neste sentido, é possível observar que os portos encontrados na Ásia são


considerados de excelente infraestrutura, como Cingapura, Xangai e de Hong Kong,
possuindo de uma posição considerada estratégica, com redes de comunicação
moderna e mão de obra qualificada. (PRANDI, 2011)

3 SISTEMA PORTUÁRIO BRASILEIRO ATUALMENTE

Compreendendo que as trocas comerciais brasileiras ocorrem em seus 95%


com o exterior, através do modal aquaviário. Neste sentido, torna-se indispensável à
cadeia logística como elo de eficiência.

Para Pontes (2009) a infraestrutura desses portos, como também a


adequabilidade e, consequentemente seus equipamentos às cargas que serão
movimentadas e seu gerenciamento, que segundo este autor:

Gerenciamento dos sistemas empregados representam fatores que têm


ligação direta com o seu custo operacional. Assim, a eficiência e o custo
das operações de embarque e desembarque das cargas constituem fatores
condicionantes da competitividade do modal aquaviário na logística de
transporte dentro do país e do próprio desenvolvimento do nosso comércio
exterior.

Com o grande número de portos marítimos que foram sendo estabelecidos ao


longo da costa brasileira, vem a causar certa fragmentação dos recursos públicos
que foram destinados a este sistema. Por conseguinte, pode-se observar que tais
portos brasileiros não conseguem acompanhar o avanço dos transportes marítimos.

“Estes demandam águas cada vez mais profundas, desocupação de berços


de atracação maiores, e instalações especializadas e de grande amplitude para a
movimentação contêineres.” Conforme exemplificado por Correia (2015).

Ainda neste sentido, deve-se destacar que, “embora ainda existam alguns
problemas relacionados à gestão portuária no Brasil, esta já se encontra em um
nível avançado no que se refere à adição da iniciativa privada, mesmo que sob
forma de prestação de serviços.” (CORREIA, 2015)

Torna-se outro ponto relevante a ser citado, é como se encontra o atual


regime jurídico, que se refere sobre exploração portuária de tal modo que admitem
que ocorram arrendamentos de áreas, concessões de serviços, assim como
concessões da administração portuária.

Vale ressaltar que é levado em consideração o atual decreto que dá


oportunidade a concessão de portos à pessoa jurídica, o qual é editado Governo
Federal. Com isso, é possível que a administração portuária seja realizada por entes
privados e, consequentemente tenha a gestão de portos realizada pela iniciativa
privada, priorizando investimentos em infraestrutura.

4 PERSPECTIVAS DA LOGISTICA PORTUÁRIA


Neste capitulo, preza-se pela análise realizada nos tópicos anteriores que
condiz com uma possível perspectiva para o sistema portuário brasileiro, buscando a
médio e longo prazo.

Ao que diz respeito a um cenário possível em médio prazo, é levado em


consideração o ambiente econômico e institucional. Observando que é possível que
as capacitações tecnológicas, produtivas e institucionais tendem a ampliar este
sistema.

Segundo a Lei n° 12.815 de 5 de junho de 2013, foi possível obter algumas


perspectivas perante os portos, estabelecendo uma nova Lei dos Portos, alterando
diretrizes de cargas e terminais, além de normas de funcionamento.

Ao que diz respeito ao funcionamento dos órgãos, preza-se pelo período de


24 horas ininterruptas. Outras perspectivas visíveis é a extinção de conceitos como
carga própria e carga de terceiros e, consequentemente, a diferença entre terminais
de uso publico e uso privado.

No entanto, em relação à mão de obra, percebe-se a liberação de contratos


avulsos de trabalhadores com vinculo empregatício.

Por conseguinte, os setores produtivos no Brasil, inclusive no mundo todo,


iniciaram o processo de adaptação a fim de manter o ritmo de produção e logística
para abastecer o mercado, que neste sentido, utilizou-se a tecnologia, como uso de
robôs. (E.SALES, 2020)

Levando em consideração ao momento pandêmico vivenciado, a perspectiva


é com tais mudanças de hábitos que os brasileiros tomaram, obriga a logística
portuária se adequar o atual panorama que se encontra. Segundo dados do e.Sales
(2020) afirma que o setor de vendas está em crescimento de forma considerável a
R$ 100 bilhões no ano de 2020. (E.SALE, 2020)

Neste sentido, portanto, observa-se a falta de infraestrutura que o sistema


portuário brasileiro possui, mesmo com o crescimento do e-commerce que influencia
a economia do Brasil.

Contudo, ainda é possível utilizar de recursos estáveis como investimento na


logística portuária, como o uso de tecnologias, consistindo em imensas
possibilidades neste setor. (E.SALE, 2020)
5 CONCLUSÃO
Notório é que o sistema portuário brasileiro veio a evoluir de forma
assombrosa em um curto espaço de tempo. Vale a ressalva histórica de que, desde
os primórdios, o sistema portuário sempre fora uma via de importação e exportação
bastante utilizada, vez esta que seu custo não é demasiadamente alto.

Ainda que o transporte via aeronaves seja mais rápido, esta modalidade não
suporta grande encomendas, as quais de fato causam impacto na economia de
forma direta. Atualmente, a importação de produtos via contêiner facilita tanto quanto
ao custo, como também a mobilidade.

Desta feita, conforme explicitado no decorrer do trabalho ora apresentado, a


organização portuária se dá de suma importância, tendo em vista que para que esta
via de transporte de mercadoria seja de fato efetiva, é necessário uma excelente
gestão de Porto, sendo esta tanto administrativa, bem como interpessoal quanto aos
obreiros.
6 REFERÊNCIAS
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