Você está na página 1de 114

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO

APLICADAS À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

2a edição

iniciar
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional

Robson Braga de Andrade


Presidente

SENAI – Departamento Nacional

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
Caro leitor, nesta tela você conhecerá os comandos básicos Os elementos gráficos a seguir trazem informações adicionais
que o auxiliarão a navegar pelo material. É possível desco- e enriquecedoras sobre o conteúdo. Sempre que encontrá-los,
brir, por meio das setas pontilhadas, a funcionalidade dos clique para saber mais.
botões inseridos ao longo de todo o PDF interativo.
Além disso, fique atento às seguintes informações:

• Sumário: ao clicar nos números coloridos, você será dire-


cionado à página do conteúdo relacionado.

• Textos com destaque em azul ou amarelo, como os exem-


plos abaixo, direcionam para links externos. Saiba Mais Atenção Destaque Vídeos

Exemplo de hiperlink externo


Glossário:
Exemplo de hiperlink externo
Clique nas palavras destacadas para ler sua definição.

A navegação do curso deve ser feita por meio das setas laterais.

Direciona para a capa do curso Direciona para o sumário

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 3


S SUMÁRIO
i
SUMÁRIO
Introdução

1 2 3
Para onde caminhamos na Ferramentas de TIC para Ferramentas do
educação profissional com uso em sala de aula Senai
as tecnologias móveis

R
Referências

5
i INTRODUÇÃO
Olá professor! Este curso foi desenvolvido para enriquecer Para tanto, você, professor, precisa estar sempre atuali-
seu trabalho como docente com o apoio de tecnologias e zado em relação aos aplicativos e técnicas, que mudam
aplicativos disponíveis dentro e fora da escola, que permi- constantemente.
tem ampliar as possibilidades de pesquisa, colaboração,
personalização, mobilidade e produção.
Dessa forma, ao longo deste curso você irá se apropriar das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para apli-
Ele foi planejado para ajudá-lo a entender o contexto de cá-las aos processos de ensino e aprendizagem e assimilar
mudanças que vêm acontecendo no processo de ensinar e os benefícios de tais ferramentas para compartilhar conhe-
aprender, e o papel facilitador e ampliador das tecnologias cimentos, respeitando os direitos de propriedade intelec-
que hoje integram todos os espaços e tempos. tual. Com isso, será possível selecionar aplicativos tecnoló-
gicos para auxiliar no planejamento de atividades a serem
desenvolvidas (softwares de apoio ao desenvolvimento de
Por isso, a educação profissional formal é cada vez mais
atividades pedagógicas) a fim de produzir informação on-li-
misturada, híbrida, porque não acontece só no espaço físi-
ne socialmente partilhada (colaboração), sempre mantendo
co da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano,
postura ética na utilização dos recursos tecnológicos.
inclusive os digitais. O professor precisa seguir se comuni-
cando frente a frente com os alunos, mas também digital-
mente, com tecnologias móveis, equilibrando a interação Bom curso!
com todos e com cada um.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 7 Introdução


capítulo PARA ONDE CAMINHAMOS

1 NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
COM AS TECNOLOGIAS MÓVEIS
Caminha-se de uma educação formal, industrial, massiva, de
produto pronto, igual para todos, para modelos bem mais
flexíveis, que combinam o melhor dos percursos individuais
com momentos de aprendizagem em grupo, de colaboração
intensa. As tecnologias Web 2.0, gratuitas e colaborativas,
facilitam a aprendizagem entre colegas, próximos e distan-
tes. Com a Web 3.0, comunicação e interação foram intensi-
ficadas, especialmente pelas tecnologias mobile.

Tudo caminha para ser um processo mais


aberto, ágil, intuitivo.

Os próximos passos da educação profissional estarão cada


vez mais interligados à mobilidade, flexibilidade e facilida-
de de uso que tablets e smartphones oferecem a um custo
reduzido e com soluções mais interessantes, motivadoras e
encantadoras.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 9 com as Tecnologias Móveis
As tecnologias móveis expandem os horizontes do mundo, O perigo está no encantamento que as tecnologias mais
abrem as janelas da escola para a vida e permitem a comuni- novas exercem em muitos (jovens e adultos), sendo usadas
cação de múltiplos grupos por afinidade, independentemente mais para entretenimento do que aprendizado, e a falta de
de onde cada um estiver. As redes sociais hiperbolizam as planejamento das atividades didáticas.
trocas, a exposição, a publicação e a comunicação. Há um
pulsar virtual muito rico, incessante, que estimula e também
dificulta; facilita e complica. Tudo está no virtual, tudo fica
registrado, tudo pode ser compartilhado – o interessante, o
problemático e o banal.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 10 com as Tecnologias Móveis
Caminha-se para fórmulas diferentes de organização de É bom lembrar que a grande tecnologia é nossa capacidade
processos de ensino-aprendizagem e rapidamente para a de encantar, motivar, acolher e estimular os alunos de todas
flexibilização progressiva e acentuada de cursos, tempo, es- as formas possíveis. Você, docente, tem sempre as tecnolo-
paços, gerenciamento, interação, metodologias, tecnologias, gias mais sofisticadas: seu conhecimento abrangente, sua
avaliação. Isso obriga o professor a experimentar pessoal e comunicação afetuosa e a coerência entre o que fala e o
institucionalmente modelos de curso, aula, técnica, pesqui- que pratica.
sa e comunicação. Todas as organizações educacionais, em
todos os níveis, precisam experimentar novas soluções para
cada situação, curso e grupo. 1.1 O que foi alterado no processo de
aprendizagem?
Com a educação on-line e o avanço da banda larga na inter-
A aprendizagem está vinculada a um sujeito – aluno – que
net, existem inúmeras possibilidades de ensino e aprendi-
está em constante busca por conhecimento para aplicá-lo
zagem formal e informal, de propostas totalmente prontas
em seu dia a dia. Você, professor, exerce o papel de media-
e até construídas durante o processo, com forte interação
dor no processo de crescimento, desenvolvimento intelec-
de grupo e pouca previsibilidade, propostas totalmente
tual e formação para a vida desse aluno, em que deve ser o
individualizadas e outras baseadas em colaboração, além
facilitador do processo de aprendizagem, motivando e in-
de projetos total ou parcialmente on-line. Muitas pessoas
centivando seu aprendiz.
aprendem com outras, e começa a ser possível se submeter
a validação final de aprendizagem para fins de certificação.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 11 com as Tecnologias Móveis
O avanço do mundo digital traz inúmeras Online Course
possibilidades para que o professor crie Design
novas estratégias de ensino para auxiliar
o processo de ensinar e aprender
de seus alunos.

O ensinar e o aprender acontecem em uma interligação


simbiótica, profunda e constante entre o que se chama de
mundo físico e mundo digital. Não são dois mundos ou
espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula am-
pliada, que se mescla constantemente. Por isso, a educação
formal está cada vez mais misturada, híbrida, porque não
acontece só no espaço físico da sala de aula, mas nos múl-
tiplos espaços do cotidiano, que incluem os digitais. Você,
professor, precisa seguir se comunicando frente a frente
com os alunos, mas também digitalmente, com tecnologias
móveis, equilibrando a interação com todos e cada um.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 12 com as Tecnologias Móveis
?
A tecnologia aplicada à educação se mostra uma grande
ferramenta para dinamizar seu papel de mediador, propor-
cionando formas mais interessantes e motivadoras para a
relação entre professor e aluno, tendo em vista que a va-
riação das estratégias de ensino também visa o respeito ao
diferente ritmo de aprendizagem de cada aluno. Assim, uso
e aproveitamento destas tecnologias estarão sempre condi- COMO DEVERIA SER A
cionados aos seus usuários. EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI?
A aprendizagem torna-se mais significativa quando o pro- Clique aqui e descubra
fessor incentiva os alunos intimamente! Eles acham sentido
nas atividades propostas quando você consulta as motiva-
ções mais profundas, quando os engaja em projetos que
trazem contribuições pessoais e quando há diálogo sobre as
atividades e a forma de realizá-las.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 13 com as Tecnologias Móveis
Com isso, não se deve defender um único modelo, uma
proposta ou um caminho. Trabalhar com desafios, projetos
reais e jogos parece o mais significativo, e pode ser realiza-
do de várias formas e em contextos diferentes.

Há muitas formas novas de aprender juntos na sociedade,


formal e informalmente. Com os avanços das redes e da
mobilidade, as pessoas estão aprendendo de forma muito
mais flexível, horizontal, informal e independente.

Além da mobilidade, há avanços nas ciências cognitivas:


aprende-se de formas diferentes e em ritmos diferentes e
existem ferramentas mais adequadas para monitorar esses
avanços.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 14 com as Tecnologias Móveis
Se for importante que os alunos saibam pesquisar, a apren- desafios cada vez maiores. As simulações são importantes
dizagem precisa incentivar diferentes atividades e formas para poderem arriscar sem medo, experimentar situações de
de pesquisa. Se você quiser que os alunos sejam proativos, perigo sem se machucar, ou errar sem receio.
precisa adotar metodologias para que se envolvam em ati-
vidades cada vez mais complexas, para que tomem decisões Assim, desafios e atividades podem ser dosados, planeja-
e avaliem os resultados com apoio de materiais relevantes. dos, acompanhados e avaliados com o apoio de tecnologias.
Se quiser que sejam criativos, eles precisam experimentar Desafios bem planejados contribuem para mobilizar as
novas possibilidades de mostrar iniciativa. As metodologias competências desejadas, intelectuais, emocionais, pesso-
precisam acompanhar os objetivos pretendidos. ais e comunicacionais. Exigem pesquisar, avaliar situações,
pontos de vista diferentes, fazer escolhas, assumir alguns
No SENAI, você, professor, possui a Metodologia SENAI de riscos, aprender pela descoberta e caminhar do simples para
Educação Profissional (MSEP), que contém embasamento o complexo. Nas etapas de formação, os alunos precisam de
para o planejamento das atividades a serem desenvolvidas acompanhamento de profissionais mais experientes para
em sala de aula. Nela são destacadas metodologias ativas ajudá-los a se tornar conscientes sobre alguns processos, a
que promovem a importância de trabalhar com desafios estabelecer conexões não percebidas, a superar etapas mais
de aprendizagem, começando pelos simples, ligados à rapidamente, a confrontá-las com novas possibilidades.
realidade dos alunos, e evoluindo para outros mais comple-
xos. Nos jogos, os alunos planejam, pensam em estratégias,
agem, analisam e antecipam o movimento da máquina ou
do adversário, aprendem com o erro e aprendem a gostar de

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 15 com as Tecnologias Móveis
O articulador das etapas é você, o docente, com sua capa- vínculos para uma comunicação rica entre uma pessoa mais
cidade de acompanhar, mediar e analisar os processos, os experiente e alunos, desejosos de aprender. Com tanta in-
resultados, as lacunas e as necessidades dos alunos a partir formação, o aluno sai de uma visão tradicional de executor
dos percursos realizados. Esse novo papel do professor é de atividades e tarefas para o de coautor, corresponsável
mais complexo do que o anterior, de apenas transmitir in- pelo processo de aprender.
formações. Você precisa se preparar além do conhecimento
do conteúdo. Precisa saber como se adaptar ao grupo e a Quando você consegue criar um clima de acolhimento,
cada aluno; planejar, acompanhar e avaliar atividades signi- confiança e interação real, é muito mais fácil ensinar e
ficativas e diferentes. aprender. É preciso desenvolver mais fortemente o conceito
de comunidade de práticas , de saberes, de coautores.
Trabalhar com desafios é complexo, porque cada um dos Você, professor, passa a ser um orientador de grupos que
alunos envolvidos tem expectativas, motivações e atitudes interagem vivamente a partir de atividades e desafios, em
diferentes diante da vida. Você, professor, precisa descobrir que os alunos aprendem fazendo e interagindo.
o que motiva cada aluno e traçar percursos mais adequa-
dos para sua aprendizagem, combinar atividades em grupo Consequência disso, é que os alunos se tornam produtores
e pessoais de aprendizagem cooperativa e competitiva, de de informação, coautores com seus colegas e professores,
aprendizagem tutorada e autônoma, com tecnologias próxi- reelaborando materiais em grupo, contando histórias com
mas da vida dos alunos. seus colegas (storytelling), debatendo ideias em um fórum,
divulgando seus resultados em ambiente de web conferên-
Seu papel é mais amplo do que antes (educação tradi- cia, blog ou página da web.
cional): é ajudar o aluno a encontrar sentido entre tantas
informações, a avaliar as mais relevantes e a estabelecer

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 16 com as Tecnologias Móveis
Os aplicativos móveis, conhecidos como app, também possuem grande
contribuição na produção e no compartilhamento de informação.
Confira alguns exemplos clicando nas imagens:

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 17 com as Tecnologias Móveis
Além dos apps educacionais, as redes sociais, como o Fa- incentivar a colaboração entre todos, ao mesmo tempo que
cebook, e apps de mensagens, como o WhatsApp, repre- cada um escolhe seu caminho. Você é, portanto, gestor de
sentam ferramentas que suportam muita interatividade e caminhos coletivos e individuais, previsíveis e imprevisí-
podem ser direcionados para o uso educacional, com a me- veis, prontos e em construção.
diação do professor.

Essa mescla entre sala de aula e ambientes virtuais é funda-


mental para abrir a escola para o mundo e vice-versa. Outro
método é mesclar processos de comunicação mais planeja-
dos, organizados e formais com outros mais abertos, como
os que acontecem nas redes sociais, onde há linguagem
mais familiar, espontaneidade maior, fluência de imagens,
ideias e vídeos constantes.
Sala de computadores Biblioteca

As tecnologias gratuitas facilitam a aprendizagem colabora-


tiva entre colegas próximos e distantes. É de extrema impor-
tância a comunicação dos alunos entre si, trocando informa-
ções, participando de atividades em conjunto, resolvendo
desafios, realizando projetos e se avaliando mutuamente.

A qualidade da docência também depende da capacidade


de combinar o trabalho em grupo com a personalização, Educação online Auditório

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 18 com as Tecnologias Móveis
Para que a educação seja significativa, é preciso que você, Para a MSEP (2013), é indispensável que o docente:
docente, perceba a relação dialética que possui o ato de en-
sinar e aprender. De acordo com SENAI (2009), o processo de
ensinar não basta em transmitir conhecimentos, mas abran-
ge a criação de possiblidades para a sua construção. Cons-
truir conhecimentos implica, então, em uma ação partilhada, A
já que é por intermédio dos outros que as relações entre
sujeito e objeto de conhecimento são estabelecidas. Ou
seja, conhecimento não é algo vazio ou sem relação, ao con-
trário, pois se envolve ao ambiente de aprendizagem. Mas,
para que esse envolvimento seja concreto, é necessária a
sua mediação para relacionar os conhecimentos acadêmicos
B
e sociais, associando o aprendizado à realidade do aluno.

De acordo com a MSEP (2013), o desenvolvimento dos pro-


cessos de ensino e aprendizagem envolve todas as ações
que devem ser empreendidas pelo docente com vistas à
consecução das situações de aprendizagem planejadas.

Vale ressaltar que quando o aluno tem clareza da razão de


C
estudar um tema/assunto e de sua relação com sua futura
atuação profissional, sua motivação e seu interesse se agu-
çam (SENAI, 2013).

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 19 com as Tecnologias Móveis
É de fundamental importância para o docente saber que Além disso, você deve levantar também os conhecimentos
cada turma responde de maneira diferente às aulas, confor- prévios dos alunos, com o objetivo de constante alinhamen-
me o perfil de cada estudante e da própria turma, que vai se to de sua prática às características dos estudantes, garan-
construindo conforme o desenvolvimento das interações. tindo a construção de novos conhecimentos e o desenvolvi-
Nesse sentido, lembre-se que você precisa levantar infor- mento de capacidades. Assim o aluno percebe sentido nos
mações referentes à escolaridade, experiência profissional, processos de ensino e de aprendizagem e garante maior
maturidade dos alunos, entre outros. eficácia em sua educação.

De acordo com a MSEP (2013), a prática docente deve pos-


sibilitar:

a) a expressão de diferentes modos de aprender;

b) a flexibilização das ações para atender às demandas e às


necessidades individuais de aprendizagem;

c) a ampliação da eficácia das estratégias de ensino utilizadas;

d) a integração dos alunos, proporcionando-lhes oportu-


nidades de articular, discutir dificuldades comuns e afinar
entendimentos, fortalecendo a aprendizagem solidária e
compartilhada.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 20 com as Tecnologias Móveis
Quando você proporciona situações de intercâmbio e cola- As tecnologias móveis desafiam nossas escolas SENAI a pro-
boração em sala de aula, os alunos podem trocar informa- porcionar aprendizagem mais participativa e integrada, com
ções, discutir de maneira produtiva e solidária e aprender momentos presenciais e on-line, mantendo vínculos pesso-
uns com os outros. Para poder explicar a um colega seu ais e afetivos entre docente e aluno, juntos virtualmente.
jeito de pensar, o aluno precisa argumentar com precisão e
clareza, o que favorece a sistematização de seus próprios
conhecimentos. Quando se contradiz e percebe isso, pode
reorganizar as ideias em função dos argumentos dos cole-
gas e avançar em sua aprendizagem. Além disso, é oportuno
ressaltar que se você cultivar a cooperação e o respeito à Você não precisa trabalhar o mesmo conteúdo e atividades
diversidade de opinião, o aluno, muito provavelmente, fará para todos no mesmo ritmo (MASETTO, 2003). Os alunos
o mesmo com seus colegas (Ibid.). querem ser tratados de forma individualizada e aprender
de forma diferente. Isso porque aprende-se de formas dife-
Pode-se perceber que o processo de aprendizagem evoluiu
rentes e em ritmos diferentes (AUSUBEL, 1980; GARDNER,
imerso no contexto da evolução tecnológica dos dias atuais,
1994; KOLB, 1985).
diante das diversas ferramentas que impulsionam a integra-
ção, automatização de processos e comunicação, reduzin-
do distâncias geográficas e ampliando a sala de aula para
o mundo virtual. Diante desse cenário, a análise e escolha
de ferramentas adequadas para aplicação na educação tor-
nam-se fundamentais.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 21 com as Tecnologias Móveis
ATIVISTA
SAIBA
MAIS
Das várias teorias sobre estilos de aprendizagem, a de REFLEXIVO
Kolb (1984) é uma das mais difundidas e validadas,
podendo ser muito útil para adequar as propostas pe-
dagógicas e atividades às preferências dos diferentes
tipos de alunos. A aprendizagem se baseia na sequên-
cia de quatro etapas: experiência, reflexão, conceitua- TEÓRICO
ção e ação. Kolb identificou quatro estilos diferentes de
aprendizagem que correspondem à preferência por um
dos quatro estágios descritos: ativista, reflexivo, teórico
e pragmático.
PRAGMÁ-
Para entender cada estilo, clique sobre eles: TICO

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 22 com as Tecnologias Móveis
A partir dos estilos de aprendizagem de seus alunos, você atividades de uso intensivo de tecnologias), na internet (ati-
pode oferecer propostas personalizadas para cada estilo pre- vidades on e off-line) e no acompanhamento das práticas,
dominante de aprendizagem, monitorando-as, avaliando-as projetos e experiências que ligam o aprendiz à realidade,
em tempo real, o que não era possível na educação massiva ao seu trabalho, às práticas profissionais (ponto entre teo-
ou convencional. Alunos mais pragmáticos preferirão ativida- ria e prática); e tudo isso fazendo parte da carga horária da
des diferentes em relação aos alunos mais teóricos ou con- sua Unidade Curricular, visível na matriz curricular, flexibili-
ceituais, e a ênfase nas atividades também será distinta. zando o tempo de estada em aula e incrementando outros
espaços e tempos de aprendizagem. Educar com qualidade
Consequentemente, suas estratégias como mediador do implica organizar e gerenciar atividades didáticas em, pelo
processo de ensino e aprendizagem podem ser muito mais menos, quatro espaços.
diversificadas, com metodologias mais ativas, que combinem
o melhor do percurso individual e em grupo. É possível pla- A sala de aula como ambiente presencial tradicional precisa
nejar atividades diversas para grupos de alunos diferentes, ser redefinida e ampliada. Dependendo da idade e matu-
com ritmos distintos e possibilidade real de acompanhamen- ridade dos seus alunos, esse espaço será mais presencial-
to por você. Esses recursos mapeiam, monitoram, facilitam e mente intenso, com frequência maior ou menor, e, aos pou-
interprendem com a prática e a experiência (SIEMENS, 2004). cos, começa a se tornar um local multifuncional, multiativo,
multitecnológico, onde os mais jovens permanecem mais
Durante as aulas, o educador precisa aprender a gerenciar tempo, enquanto os mais adultos os alternam com outros
vários espaços e integrá-los de forma aberta, equilibrada e espaços e tempos de forma mais flexível.
inovadora, já que anteriormente a preocupação estava dire-
cionada para o aluno em sala de aula. Agora continua para
o estudante nos laboratórios (físicos-virtuais para algumas

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 23 com as Tecnologias Móveis
O formato mais interessante e promissor é o blended, am- O ensino híbrido combina momentos de atividades de
biente semipresencial, com parte das atividades iniciada aprendizado on-line com outros de orientação dos pro-
no ambiente virtual e finalizada em sala de aula. O modelo fessores de forma coletiva e personalizada, dependendo
pedagógico do ensino semipresencial é concentrar, no am- das necessidades de cada aluno. Ele amplia o potencial da
biente virtual, informações básicas e, na sala de aula, ativi- educação por competências do SENAI ao dar ferramentas
dades mais criativas e supervisionadas. interessantes de acompanhamento dos avanços de toda a
classe, de cada grupo e de cada aluno.

O ensino híbrido já se consolidou como uma das tendências


mais importantes para a educação do século XXI. Um dos
especialistas internacionais que tem ajudado na dissemina-
ção dessas práticas e na análise de como o fenômeno tem
se manifestado em diferentes redes de ensino é Michael
Horn, que em 2008 escreveu com seu professor em Har-
BLENDED LEARNING vard, o renomado Clayton Christensen, o livro Disrupting
class: how disruptive innovation will change the way the
world learns (Classe disruptiva: como a inovação disruptiva
vai mudar a forma como o mundo aprende, em livre tradu-
ção), no qual abordava o nascimento de uma nova forma de
fazer educação. Horn tornou-se cofundador do Innosight
Institute, que em 2013 passou a se chamar Clayton Christen-
sen Institute.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 24 com as Tecnologias Móveis
1ª habilidade
O que se chama de aula invertida, ou flipped learning, é a
combinação de aprendizagem por desafios, problemas reais
ou jogos com a aula. Esse tipo de classe é muito importante
2ª habilidade
para que os alunos aprendam fazendo, juntos e, também,
em seu próprio ritmo. É decisivo também seu papel de pro-
fessor como gestor de processos de aprendizagens signifi-
cativas, e não o de simples “transmissor de informações”.
3ª habilidade
Para saber mais sobre sala de aula invertida, clique aqui.

Para promover uma sala de aula interativa, você precisa


desenvolver pelo menos cinco habilidades, entre outras.
Clique nas habilidades para conhecê-las:
4ª habilidade

5ª habilidade

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 25 com as Tecnologias Móveis
Sobre qualquer tema, há na internet materiais muito ricos, As tecnologias te libertam das tarefas mais penosas – as
variados, que transmitem informações básicas. Seu papel repetitivas – e permitem que se concentre nas atividades
como professor é ajudar na escolha e validação dos ma- mais criativas, produtivas e fascinantes. Os alunos gostam
teriais mais interessantes, roteirizar a sequência de ações de alguém que os surpreenda, que traga novidades, que
prevista e mediar a interação com o grande grupo, com varie suas técnicas e métodos de organizar as atividades de
pequenos grupos e com cada um dos alunos. ensino e aprendizagem.

É um papel mais complexo, flexível e dinâmico. É preciso As tecnologias móveis permitem que alunos e professores
ir além e se concentrar no essencial, aprofundar o que os participem em processos muito mais intensos de ativida-
alunos não percebem, ajudar cada um de acordo com seu des em grupo e individuais, em ritmos diferentes para cada
ritmo e necessidades, e isso é muito mais difícil e exige um e supervisionados pelo professor, permitindo-lhes ex-
maior preparação em todos os sentidos, como em compe- perimentar muitas formas de pesquisa e desenvolvimento
tências mais amplas, além de conhecimento do conteúdo, de projetos, jogos, atividades dentro e fora da sala de aula,
saber se adaptar ao grupo e a cada aluno, planejar, acompa- individual e em grupo.
nhar e avaliar atividades significativas e diferentes utilizan-
do todos os recursos e aplicativos disponíveis em sala de Você não precisa focar sua energia em transmitir informa-
aula e outros ambientes da escola e fora dela. ções, mas em disponibilizá-las, gerenciar atividades signi-
ficativas desenvolvidas pelos alunos e saber mediar cada
etapa das atividades didáticas.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 26 com as Tecnologias Móveis
Com isto, as aulas são mais focadas em projetos colaborati- É interessante que você, professor, detalhe as estratégias de
vos, os alunos aprendem juntos, realizam atividades diver- apresentação do tema (abordagem) e a motivação dos alu-
sificadas, em ritmos e tempos diferentes. O educador muda nos. Também é bom definir os tipos de atividade, os recur-
sua postura, sai do centro da lousa para circular, orientando sos ou as fontes de informação: vídeos, animações, simu-
os alunos individualmente e em pequenos grupos. lações, áudios, imagens, infográficos, experimentos, mapas
conceituais, softwares educacionais, hipertextos.

Do ponto de vista metodológico, faz sentido disponibilizar


o conteúdo com antecedência – um vídeo sobre um novo
tema (por exemplo, no YouTube), um texto, uma apresen-
Durante o planejamento de uma Unidade Curricular e de tação – e colocar algumas questões para ver se os alunos
cada aula, há inúmeros aplicativos e ferramentas para lhe entenderam os conceitos fundamentais, que são avaliados
auxiliar. Isso facilita e complica, como tudo na vida, quan- automaticamente pelo sistema no caso de cursos semipre-
do se tem muitas opções. Cada professor pode escolher as senciais ou totalmente a distância, e, com esses resultados,
ferramentas que já conhece ou as que a instituição educa- você poderá se concentrar nas questões menos compreen-
cional recomenda ou disponibiliza. didas e aprofundar o nível de discussão com os alunos ou
ampliar as possíveis aplicações do que se aprendeu.
O importante é ter clareza dos objetivos de apren-
dizagem pretendidos, o conhecimento concreto
dos alunos e os caminhos mais interessantes para
ajudá-los a aprender (metodologias).

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 27 com as Tecnologias Móveis
No planejamento inovador, o foco na aula é privilegiar me-
todologias ativas, propondo pesquisas e debates para que
os alunos participem e se envolvam mais, sejam mais ativos
na construção, na colaboração entre colegas, no registro e
na divulgação de novos conhecimentos. É fundamental pro-
por atividades que contribuam para o desenvolvimento dos
alunos nos diversos aspectos: conceituais, procedimentais e
atitudinais (comportamento, valores).

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 28 com as Tecnologias Móveis
1.2 Papel do professor no Mundo Digital
Os papéis do professor no mundo conectado se tornam muito mais ricos e complexos com blended learning, cursos
on-line, MOOC, redes sociais e informais e Recursos Abertos Educacionais (REA). Você, professor, é autor, curador,
orientador e gestor de conteúdo e de atividades colaborativas e personalizadas.

Conheça agora os papéis do professor segundo George Siemens, publicados em Teaching in social and technological
networks, em 2010. Clique em cada um deles e descubra mais detalhes.

Revelador
Curador de sentido “Modelador”
no percurso

Pesquisador
Difusor da Presença
e orientador “Filtrador”
informação constante
de caminhos

Quadro 1 - Síntese dos novos papéis do professor


Fonte: Adaptação de Rita Albuquerque (2011)

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 29 com as Tecnologias Móveis
Siemens cita como exemplo os recursos de uma das mídias
Difusor da sociais mais populares no mundo, o Twitter, e como um pro-
informação fessor pode ampliar sua influência entre os alunos e seus
seguidores, à medida que se torna um nó importante na
(amplifying) rede de seus relacionamentos.

[voltar]

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 30 com as Tecnologias Móveis
Como em um museu, em que o curador escolhe as melhores obras,
o professor, em um ambiente em rede, torna-se referência. De
acordo com o autor, o curador, no contexto de aprendizagem, or-
ganiza elementos-chave de um assunto de tal maneira que os alu-
nos vão “entrar de cabeça”, para além do curso. Ou seja, o curador
trabalha de outra maneira com os alunos, a partir das suas refle-
xões pessoais, comentários sobre um post, como forma de provo-
Curador car os alunos e ampliar o significado de cada contribuição. como
em um museu, em que o curador escolhe as melhores obras, o
(curating) professor, em um ambiente em rede, torna-se referência. De acor-
do com o autor, o curador, no contexto de aprendizagem, organiza
elementos-chave de um assunto de tal maneira que os alunos vão
“entrar de cabeça”, para além do curso. Ou seja, o curador traba-
lha de outra maneira com os alunos, a partir das suas reflexões
pessoais, comentários sobre um post, como forma de provocar os
alunos e ampliar o significado de cada contribuição.

[voltar]

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 31 com as Tecnologias Móveis
Pesquisador e
orientador de auxilia o aluno a dar sentido às informações fragmentadas na
rede e a tudo que está disponível. Segundo Siemens, dar um
caminhos sentido às informações fragmentadas é um processo social, uma
parte da responsabilidade do novo papel do professor.
(wayfinding and
socially-driven
sensemaking)

[voltar]

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 32 com as Tecnologias Móveis
Revelador de Revelar a estrutura e o conteúdo do curso a partir das intera-
sentido no ções de todos os participantes, em vez de defini-la totalmente
com antecedência, com apoio de aplicativos que analisam os
percurso metadados (ainda de forma parcial).
(aggregating)

[voltar]

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 33 com as Tecnologias Móveis
O professor auxilia os alunos no fornecimento de um fluxo
Filtrador de informação filtrada a partir da sua experiência e compe-
tência, facilitando as escolhas e o foco dos alunos no meio
(filtering) de tantas informações disponíveis.

[voltar]

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 34 com as Tecnologias Móveis
Modelador Siemens cita uma declaração de Stephen Downes durante
um curso em 2007 sobre o que seria esse processo: “ensi-
(modelling) nar é modelar e demonstrar. Aprender é praticar e refletir”.

[voltar]

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 35 com as Tecnologias Móveis
O autor defende que o professor precisa ter uma identidade
virtual para ser encontrado pelo aluno. Pode ser um blog,
Twitter, qualquer outra mídia que lhe ofereça “um ponto de
Presença existência on-line”. Não é possível falar em novo papel do
constante professor em um contexto de aprendizagem em rede se ele
não fizer parte dela. Para Siemens, a presença persistente
na rede faz-se necessária para o professor assumir os de-
(persistent presence)
mais papéis de amplificador, curador, agregador, filtragem
de conteúdo e reflexão sobre o modelo de pensamento
crítico de uma disciplina.

[voltar]

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 36 com as Tecnologias Móveis
Agora que você já conheceu as mudanças nos processos de
aprendizagem a partir dos avanços tecnológicos, a seguir
irá conhecer algumas ferramentas e de que forma elas po-
dem ser utilizadas.

Capítulo 1 - Para onde caminhamos na Educação Profissional


Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 37 com as Tecnologias Móveis
capítulo FERRAMENTAS DE TIC PARA

2
USO EM SALA DE AULA
Tecnologias e aplicativos para uso em sala de aula e on-line Há inúmeros aplicativos e programas que podem ser utiliza-
são muitos, mudam rapidamente, e continuamente surgem dos de forma criativa e inovadora. Entretanto, mais importan-
novos em todas as áreas do conhecimento. Alguns são mais te que os recursos tecnológicos é a visão pedagógica por trás
permanentes, enquanto outros perdem protagonismo. É di- deles, as metodologias ativas, a ênfase no compartilhamento,
fícil e muito subjetivo escolher quais são mais importantes na remixagem de conteúdo, na coautoria, na aprendizagem
para a educação técnica dentro e fora da sala de aula. colaborativa e na personalização de cada curso.

Faz-se necessária uma integração com


práticas inovadoras, que rompam com o modelo
tradicional, para que o aluno esteja preparado
para enfrentar desafios cada vez mais complexos,
que exigem criatividade, agilidade, flexibilidade e
empreendedorismo.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 39 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Pensando mais especificamente em tecnologias para pro-
fessores, os principais usos de tecnologias digitais são para
ensino, pesquisa, atividades discentes, comunicação com
os alunos e dos alunos entre si, produção e publicação de
materiais, integração entre grupos dentro e fora da turma,
publicação de páginas na web, blogs, vídeos, participação
em redes sociais, entre muitas outras possibilidades. Além
disso, há tecnologias mais organizadas, como os Ambientes
Virtuais de Aprendizagem (AVA), que permitem certo con-
trole de quem acessa o ambiente e do que é preciso fazer
em cada etapa de cada curso, e um conjunto de tecnologias
mais abertas, fáceis, gratuitas (blogs, podcasts, wikis), em
que os alunos podem ser protagonistas de seus processos
de aprendizagem e que facilitam a aprendizagem horizon-
tal, isso é, dos alunos entre si, das pessoas em redes de
interesse, etc.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 40 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
A combinação dos ambientes mais formais com os infor- sos de aprendizagem), da sua disponibilidade de tempo (es-
mais, feita de forma integrada, nos permite a necessária or- tudo assíncrono e síncrono), do seu estilo de aprendizagem
ganização dos processos com a flexibilidade de adaptação a e do seu meio ambiente cultural (acessibilidade). É possível
cada aluno. dar ao estudante a gestão das suas atividades de aprendiza-
gem e, ao propor atividades significativas, muitas combina-
Antes o conteúdo era o elemento mais importante de um ções são possíveis.
curso; agora seu significado se ampliou muito: o professor
é um remixador de conteúdo, o elaborador de roteiros de Independentemente das escolhas, o educador deve sempre
aprendizagem e o gestor de percursos, apoiado por tecno- trabalhar com o maior número de possibilidades. Quando
logias de metadados. você planeja um curso, é preciso incluir vários tipos de ma-
teriais para buscar atender aos diversos estilos de aprendi-
Ao desenhar materiais de aprendizagem para seus cursos, é zagem e fazer com que os estudantes tenham experiências
possível colocar o estudante no bojo do processo e fazê-lo significativas.
tomar conta de seu meio físico (espaço, materiais e recur-

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 41 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
De acordo com Laurillard (2002), os materiais de aprendizagem podem ser classificados em gêneros.
Clique em cada um deles e veja!

NARRATIVOS INTERATIVOS ADAPTATIVOS COMUNICATIVOS PRODUTIVOS

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 42 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.1 Utilizando o ambiente virtual de
aprendizagem
O conceito de laboratório está mais amplo do que antes. Os
laboratórios físicos se conectam e se integram com os vir-
Seu papel, professor, é mais importante como orientador
tuais, muitas simulações podem ser feitas nos laboratórios
de percursos, a partir de alguns materiais básicos, do que
físicos, e também remotamente, de qualquer lugar. Há uma
explicador de conceitos. Com o apoio de tecnologias adap-
combinação de situações práticas de aprendizagem que,
tativas que orientam os alunos nas atividades mais previ-
em alguns momentos, exigem a presença física de todos, e
síveis e fáceis, a atividade mais importante do educador é
em outros, podem ser realizadas remotamente, ou seja, via
a orientação mais rica e abrangente: a de ampliar signifi-
Ambiente Virtual de Aprendizagem.
cados, descobrir novas trilhas, costurar os elementos dis-
persos e contraditórios, ajudar a construir narrativas que Ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) – do inglês,
façam sentido, reafirmar caminhos ricos e produtivos para virtual learning environment – são programas integrados
desenvolver competências e sínteses novas, incentivar a que auxiliam na montagem de cursos acessíveis pela web.
criação de novas produções. Elaborados para ajudar os docentes no gerenciamento de
conteúdo e atividades dos seus alunos, têm também ferra-
mentas de comunicação e de gestão para melhor interação
A seguir, você vai conhecer algumas ferramentas de TIC que
e acompanhamento de cada um e do grupo de estudantes
podem ser utilizadas em sala de aula na condução do pro-
como um todo.
cesso de ensino e aprendizagem.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 43 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Esses sistemas de gerenciamento da aprendizagem on-line
são conhecidos pela sigla LMS, do inglês Learning Manage-
ment System; são cada vez mais abrangentes e incorporam
todos os recursos de publicação, comunicação e gestão
digitais. São utilizados em todos os tipos de cursos: pre-
senciais, on-line, corporativos, livres, etc. O ambiente mais
utilizado atualmente é o Moodle.

No começo foram planejados para os cursos on-line, depois


ampliaram sua atuação para cursos presenciais em todos os
níveis de ensino. Alguns ambientes virtuais mais conheci-
dos no Brasil são Moodle, TelEduc, da Unicamp, Blackboard
e Desire2Learn.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 44 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
No SENAI, você encontra o Moodle e a plataforma da Time o professor avalia o nível de compreensão dos alunos e, na
to Know. aula, foca as dificuldades e amplia o assunto com explica-
ções, atividades e projetos adaptados a cada aluno.

Além dos estilos de aprendizagem, também é importante


que você, professor, avalie os diferentes perfis de ambien-
tes de aprendizagem on-line, para que possam ser concilia-
dos da melhor maneira possível às suas diferentes formas
de aprendizagem.

Esses ambientes podem ser classificados como instrucio-


Os AVAs são como extensões da sala de aula e permitem nista, interativo e cooperativo, e incorporam cada vez mais
desenvolver metodologias integradoras entre a sala de recursos de comunicação em tempo real e off-line, de pu-
aula e os espaços on-line, principalmente o ensino híbrido, blicação de materiais impressos, vídeos, etc. Os recursos
blended e flipped learning, que é a aula invertida: os mate- de edição on-line permitem que professor e alunos possam
riais básicos estão on-line, o aluno os acessa antes da aula, compartilhar ideias, modificar textos, comentá-los, além de
propor discussões organizadas por tópicos (off-line) e fazer
discussões ao vivo, com som, imagem e texto.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 45 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Clique nas caixas abaixo para saber mais.

INSTRUCIONISTA INTERATIVO COOPERATIVO

Foca oINSTRUCIONISTA
material impresso e o Tem comoINTERATIVO
ponto central a COOPERATIVO
Objetiva a participação e a
suporte por tutoria, reduzin- participação do aluno, com interação entre os alunos,
do a participação do aluno e a aprendizagem por meio da usando ferramentas on-line,
individualizando-a. discussão e reflexão. proporcionando pesquisas e
novas descobertas.

Dando sequência aos seus estudos, você vai entender a utilização de desafios e jogos no processo de ensino e aprendizagem.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 46 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.2 Utilizando desafios e jogos Os dois são importantes para a aprendizagem: aprendemos
pelos jogos a conviver com regras, limites, explorando nos-
Os jogos e as aulas roteirizadas com linguagem de jogos
sas possibilidades, e, pelas brincadeiras, a encontrar variá-
estão cada vez mais presentes no cotidiano escolar. Para as
veis, inovações a partir de objetos ou pessoas.
gerações acostumadas a jogar, a linguagem de desafios, re-
compensas, competição e cooperação é atraente e fácil de Nos jogos, os alunos planejam, pensam em estratégias,
perceber. Os jogos colaborativos e individuais, de competi- agem, analisam e antecipam o movimento da máquina ou
ção e colaboração, de estratégia, com etapas e habilidades do adversário, aprendem com o erro e aprendem a gostar
bem definidas, se tornam cada vez mais presentes nas di- de desafios cada vez maiores. No uso de games em educa-
versas áreas de conhecimento e nos níveis de ensino. ção, há o conceito de aprendizado tangencial, que diz que
É cada vez mais importante aprender brincando. o aprendizado acontece na exposição a situações ou, nesse
contexto, na prática de jogos. No citado conceito, existe
Brincar é diferente de jogar; brincar é ter o espírito livre para
ainda diferenciação entre jogos educacionais e comerciais,
explorar, ser e fazer por puro prazer, e jogo é uma atividade
sendo estes mais atrativos e divertidos, portanto mais in-
definida por um conjunto de regras, como no futebol, na com-
dicados, pois são usados como meio para o aprendizado
posição de um soneto, de uma sinfonia ou na diplomacia.
e, também, pelo fato de o indivíduo estar envolvido com o
O jogo nos ensina a conviver com regras e a encontrar solu- game, provocando pré-disposição e aumento da probabili-
ções para desafios, em parte previstos, enquanto na brinca- dade para o aprendizado.
deira há maior liberdade de criação, de reorganização.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 47 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Os jogos são meios de aprendizagem adequados principal- 2.3 Utilizando mapas conceituais
mente para as novas gerações, para as quais os jogos ele-
Você sempre utilizou esquemas, mapas e diagramas para
trônicos fazem parte do cotidiano desde sua infância, aju-
ajudar seus alunos a entender melhor a complexidade dos
dando a desenvolver habilidades de decisão e motoras.
temas ou fenômenos que explica.
Nesse tipo de atividade, o aprendizado é progressivo, os
Atualmente, o uso de mapas conceituais (ou Web Maps) tem
participantes aprendem ao analisar seus acertos e erros ao
sido muito difundido nas mais diversas etapas do proces-
longo da partida. São desenvolvidas habilidades de diag-
so educacional. Eles são diagramas que mostram relações
nóstico em situações de planejamento e implementação de
entre conceitos trabalhados em uma disciplina ou tema de
soluções, além de exigir a capacidade de trabalho em grupo.
pesquisa, contribuindo para organizar conceitos (geralmen-
te armazenados em caixas ou círculos) e suas relações.

O importante nos mapas conceituais é relacionar conceitos


sem classificação fechada.

Há vários programas interessantes para elaborar mapas


Confira na sequência como os mapas conceituais são um mentais, como o CMapTools, o Coggle e o Mindmeister. Eles
excelente recurso de ensino. Acompanhe! são ferramentas colaborativas que permitem a criação de
mapas e relações entre conceitos, e são livres.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 48 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
É uma ferramenta colaborativa em tempo real, que fica
hospedada na nuvem (o que permite acesso de qualquer
aparelho). É uma ótima opção de planejamento de aulas e
projetos, que permite que o professor possa criar diagramas
contando com figuras e ícones sem precisar instalar nada
no computador.

O aplicativo funciona na base do arrastar e soltar, ou seja,


para inserir um novo objeto no diagrama, basta arrastar e
soltar o ícone desejado; você irá reparar que ao posicionar o
cursor sobre um objeto, aparecerá uma seta em seu centro.
Então, é só pressionar essa seta e arrastar para um segundo
objeto, formando, assim, a sequência lógica do diagrama.

Se quiser inserir algum texto, também poderá fazê-lo: basta


dar um duplo clique sobre os objetos; será aberta a caixa de
texto de cada item, podendo, então, inserir o texto que quiser.

O programa também oferece recursos básicos de edição, tais


Um aplicativo muito útil para criar diagramas para organizar como configuração dos objetos, formatação de fonte e linhas
ideias e fluxos de informação é o Diagramly. e manipulação do layout do diagrama e de compartilhamen-
to dos resultados no ambiente virtual e nas redes sociais.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 49 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O CMapTools, desenvolvido no Institute for Human and com editor de página da web, bloco de anotações, área de
Machine Cognition (IHMC), da University of West Florida, transferência bag, histórico de palavras-chave ou agenda.
permite construir mapas conceituais e publicá-los em servi-
dores, bem como transformá-los em figuras que podem ser Os mapas conceituais podem ser utilizados no planejamen-
publicadas em páginas da internet. to e elaboração de atividades para educação on-line, mais
especificamente para:
Outro software interessante é o Nestor Web Cartographer,
um browser que permite navegar na internet e registrar o a) representação gráfica para facilitar a navegação;
caminho percorrido durante a navegação pelos mapas. Esse
b) fonte inicial de consulta, bibliografia visual;
software, desenvolvido na França pelo pesquisador Romain
Zeiliger, oferece vários recursos para organizar informações, c) mapa de ambiente de aprendizagem;
facilitando a leitura de dados da internet, e também a rees-
crita de novas páginas da web para publicação na internet, d) hipertexto visual com relações entre diversos signos;
inclusive comunicação síncrona e assíncrona entre usuários,
possibilitando também a aprendizagem colaborativa. e) orientação do processo cognitivo do aprendiz;

A leitura de dados da internet pode ser organizada por ma- f) guia de informações relevantes para facilitar a constru-
pas de navegação, classificação, ampliação e compactação de ção do conhecimento;
áreas do mapa, destaques nas páginas da web, palavras-cha-
g) articulações tecidas e reorganizadas para facilitar a
ve, inclusão de outros tipos de documento no mapa e guia
elaboração de textos.
de orientação de navegação. A reescrita pode ser organizada

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 50 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
SAIBA
MAIS

Avaliação de aprendizado através de Como fazer um mapa mental


mapas conceituais Um vídeo bem claro e de fácil entendi-
O vídeo, do prof. Renato Rocha Souza, mostra como mento sobre mapas mentais, do prof.
se constrói um mapa conceitual e dá algumas pistas Marco Carvalho.
de como pode ser trabalhado na avaliação.
Organize seu plano de aula com mapa mental.
Veja algumas opções de ferramentas que po-
Introdução aos mapas conceituais
dem ser usadas para criar seu mapa mental:
aplicados à educação
Outro vídeo que explica detalhadamente a Sete aplicativos para Criação de Mapa Mental
construção do mapa conceitual, produzido
pelo prof. Henrique Cristovão. Seis herramientas para crear mapas
conceptuales

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 51 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.4 Utilizando ebooks
O ebook (ou e-book), termo originado da abreviação de elec-
tronic book, é uma tendência de migração do livro físico
para o digital, apresentando diversas vantagens, como o
custo reduzido e a portabilidade. Nele é possível ter em
mãos diversos livros em um único equipamento, além de
níveis de enriquecimento, realidade aumentada e possibili-
dades de personalização e colaboração.

Os livros digitais podem ser acessados em diferentes equi- BOOK


pamentos, como computadores, tablets, smartphones, entre
outros, mas existem equipamentos mais apropriados para a
leitura dos livros nesse formato, conhecidos como e-readers.
No mercado brasileiro destacam-se três modelos, o Kindle,
produzido pela Amazon, o Kobo, desenvolvido pela livraria
Cultura, e o Lev, criado pela livraria Saraiva. Cada equipa-
mento tem diferentes características, mas buscam imagens
semelhantes às páginas de livros impressos.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 52 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Dicas de E-books gratuitos:

• No site da editora da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), você encontra vários
livros para baixar, bastando preencher um cadastro.
• A editora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) também oferece vários de seus
títulos gratuitamente.
Dando sequência aos seus estudos, você
• No site da Universia Brasil, você consegue salvar diversos clássicos da literatura. verá o que são e como utilizar os Recur-
• Domínio Público é a biblioteca virtual do Ministério da Educação (MEC) que reúne obras sos Educacionais Abertos (REA).
digitais de literatura e também disponibiliza teses e dissertações para download.
Acompanhe!
• A Biblioteca Brasiliana da Universidade de São Paulo (USP) tem cerca de 3,6 mil livros
para download, além de oferecer um acervo de documentos históricos, imagens e ma-
nuscritos.
• A Biblioteca Digital Camões oferece obras da literatura portuguesa, e o leitor pode bus-
cá-las pelo nome da obra ou por autor.
• No site da Editora Moderna, você encontra livros sobre políticas públicas educacionais
que podem contribuir para suas pesquisas ou trabalho em sala de aula.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 53 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.5 Utilizando Recursos Educacionais Abertos
Os REA ganham cada vez mais importância. São materiais de
ensino, aprendizado e pesquisa, em qualquer suporte ou mí-
dia, que estão sob domínio público ou licenciados de manei-
ra aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por
terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o aces-
so e reúso potencial dos recursos publicados digitalmente.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 54 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Para entender melhor como funciona a produção dos REA, vale a pena pensar em todo um “ciclo de vida” para o recurso educa-
cional. Na perspectiva de um professor, começa com uma tarefa que faz parte do cotidiano: o desejo ou a necessidade de apren-
der ou ensinar algo.

ENCONTRAR

CRIAR

ADAPTAR

USAR

COMPARTILHAR

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 55 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
EDUCAÇÃO
ABERTA
SAIBA
MAIS
Clique nas nuvens para acessar os portais com Vídeo sobre
todas as ferramentas de pesquisa e criação de REA
conteúdos educacionais abertos:
REA

REA e Redes
Sociais

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 56 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O professor pode organizar seus materiais de forma mais personalizada e publicá-los com algum dos
aplicativos para criar livros didáticos abertos. A seguir você irá conhecer algumas dessas ferramentas.
Clique e conheça:

WIKILIVROS CONNEXIONS
É uma das wikis mantidas pela Fundação É um projeto desenvolvido por William &
Wikimedia e utiliza o mesmo software da Flora Hewlett Foundation, Bill & Melinda
Wikimedia, o MediaWiki, com algumas ex- Gates Foundation, 20 Million Minds Foun-
tensões (como Quiz e Liquid Threads). O dation, Maxfield Foundation, Open Society
MediaWiki é estável, extensível e conta Foundations e Rice University.

WIKILIVROS
com uma grande comunidade internacional,
tanto de usuários como desenvolvedores.
CONNEXIONS

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 57 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
BOOKTYPE FIDUS WRITER SHARELATEX
É um editor on-line para É um editor on-line voltado para É um editor on-line para LaTeX.
criação de livros. artigos, mas que também pode ser O grande problema é a curva de
utilizado para livros. aprendizado do LaTeX e a inexis-
tência de um editor WYSIWYG.

BOOKTYPE FIDUS WRITER SHARELATEX

Consulte a página e contribua.


Existem também portais para publicação em português de livros on-line de qualquer pessoa, como o Bubok.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 58 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Confira na sequência como utilizar o WebQuest na sua prá- e ideias obtidas. Podem ser utilizadas diversas ferramentas,
tica docente. Acompanhe! como a escrita colaborativa, o compartilhamento de ideias,
a criação de um portfólio do grupo e individual, blogs, sites,
publicação de vídeos, etc. Tudo pode ser integrado e com-
2.6 Utilizando o WebQuest
partilhado de acordo com cada etapa do projeto.
Todas as tecnologias e aplicativos podem ser utilizados
para desenvolver um projeto. No Portal do MEC e nos por-
tais educacionais de diversas secretarias de educação já
citadas, há materiais sobre como utilizar tecnologias em
projetos. Uma das mais fáceis e exitosas é o WebQuest.

Resolver um WebQuest é um processo de aprendizagem in-


teressante, porque envolve pesquisa e leitura, interação, co-
laboração e criação de um novo produto a partir do material

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 59 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O termo “WebQuest” pode ser traduzido como
“desafio investigativo na web”, uma proposta a. INTRODUÇÃO b. TAREFA c. PROCESSO
de atividades de pesquisa orientada na inter-
net. O conceito foi proposto pelo professor
Bernie Dodge, da San Diego State University,
em 1995, ao propor atividades de pesquisa
com o uso da internet.

Um WebQuest tem o intuito de estimular o alu-


no a buscar informações a respeito de sua pes-
quisa e induzir nele o desenvolvimento de seu
d. RECURSOS e. AVALIAÇÃO f. CONCLUSÃO
raciocínio lógico. Uma das mais importantes
funções do WebQuest é desenvolver no aluno
seu lado crítico e perceptivo com um tema, bem
como a obtenção de novas ideias a partir de
uma base de conhecimento, e fazê-lo responder
determinada tarefa sem o conceito de reprodu-
ção de conteúdo. É semelhante a um estudo de
caso, induzindo o aluno à pesquisa para solu-
cionar um problema. Foi concebida e construída
segundo uma estrutura lógica que contém os
elementos a seguir. Clique para acessá-los.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 60 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.7 Utilizando simuladores
Os simuladores educacionais buscam aproximar aos estu-

SAIBA dantes a realidade profissional e a tecnologia, viabilizando


essas ferramentas, cada vez mais presentes em cursos su-
MAIS periores e de capacitação profissional. As vantagens no uso
de simuladores são diversas, pois proporcionam o aprendi-
zado na prática, geralmente com menor custo e com redu-
Para conhecer melhor o WebQuest, clique nas ção de riscos, dependendo da simulação, tornando-se uma
indicações de leitura a seguir. tendência na educação.

O que é um WebQuest e como utilizá-lo na sala


de aula

Los diez consejos principales para evaluar el


aprendizaje basado en proyectos

Formación professional, metología y competên-


cia digital

Na sequência, você vai estudar como utilizar os simuladores


no processo de ensino e aprendizagem.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 61 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
A simulação pode acontecer em diferentes formas e forma-
tos, desde o uso de software de realidade virtual para simu-
lar ambientes hostis, como programas computacionais para
emular a gestão administrativa de organizações, ou ainda
pode-se simular em laboratórios atividades de desenvolvi-
mento de produtos ou serviços, como a criação de produtos
de baixo custo para comercialização.

Dando sequência aos seus estudos, confira como os recur-


sos tecnológicos de comunicação e publicação podem tra-
zer benefícios para o aprendizado dos alunos. Acompanhe!

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 62 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.8 Aprendendo com tecnologias de/para comunicação e publicação

Com a internet, tecnologias móveis e redes sociais, desen- Com o avanço do acesso à banda larga, os streamings de
volvem-se formas abrangentes de comunicação, escrita, vídeo e áudio se incorporam cada vez mais ao cotidiano. Os
fala, narrativa e autoria digitais. Fundamentalmente, o que jovens baixam músicas e as ouvem o tempo todo em seus
se faz na internet é escrever para registrar (ideias, notícias, celulares. Acessam shows on-line, debates com jornalistas e
sentimentos), publicar (divulgar páginas pessoais, serviços) famosos nos grandes portais. O celular serve para conversar,
e nos comunicar (instantaneamente ou não). O brasilei- enviar mensagens, acessar a internet, tirar e enviar fotos. As
ro gosta de falar, comunicar-se, relacionar-se presencial e tecnologias caminham na direção da integração, da instan-
virtualmente. É muito ativo em listas de discussão, salas de taneidade, da comunicação audiovisual e interativa. Aconte-
bate-papo, programas de comunicação instantânea, sites de cerá nos próximos anos em grande escala na comunicação
relacionamento (como o Facebook), blogs ou videoblogs e digital educacional a facilidade com que atualmente repór-
também pelos podcasts. teres e apresentadores de televisão se veem, falam e com-
partilham simultaneamente uma mesma tela a distância.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 63 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
A web 3.0 oferece muitas tecnologias simples, baratas, co-
laborativas e com ênfase em mobilidade, como o blog, o
wiki, o Google Docs, o Twitter, o Facebook, o podcast e apli-
cativos que suportam todas as tecnologias e ferramentas
citadas e ainda novas tendências, como apps de mensagem
instantânea, exemplificados pelo sucesso do WhatsApp.
Permitem que professores e alunos sejam produtores e
divulgadores das suas pesquisas e projetos, de forma muito
rica e estimulante.

Cada professor e aluno pode criar sua página com todos os


recursos integrados. Nela, o professor pode disponibilizar
seus materiais: textos, apresentações, vídeos, grupos de
discussão, compartilhamento de documentos, blogs, etc.
Com isso, ele pode diminuir o tempo dedicado a passar in-
formações, a dar aulas expositivas e se concentrar em ativi-
dades mais criativas e estimulantes, como contextualização,
interpretação, discussão e realização de novas sínteses.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 64 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Um avanço que se percebe no YouTube, agora anunciado 2.9 Utilizando o Facebook
também no Skype, é a tradução simultânea em outras lín-
O Facebook pode ser explorado como ferramenta pedagó-
guas de vídeos e conversas por câmeras em tempo real.
gica importante, permitindo a construção crítica e reflexiva
Isso facilita muito a interação entre professores e alunos
de informação e conhecimento. É o espaço mais familiar de
de diversos países e idiomas, abrindo um imenso campo de
comunicação dos alunos, que, em geral, o preferem aos es-
visibilidade para todos na web. Quem tem boas ideias, pro-
paços virtuais formais tradicionais (Moodle e equivalentes).
jetos e propostas pode compartilhá-las com quem estiver
interessado em tempo real e em diversas línguas. Esse é o No grupo do Facebook, é possível postar notícias, imagens,
horizonte que está finalmente maduro para acontecer no vídeos, links, documentos do Word, arquivos em PDF, apre-
nosso mundo conectado. sentações de slides e arquivos do Excel. Diversas atividades
podem ser dinamizadas, basta usar a criatividade. Você cria
Confira a seguir, como utilizar o Facebook na sua prática
um espaço fora da sala de aula para ampliar estudos e ainda
educacional.
se aproxima dos alunos.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 65 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
As mensagens internas servem como um canal de comuni- O mural do grupo pode servir de espaço de comunicação
cação rápida, possibilitando o envio de mensagens privadas e discussão, no qual alunos e a própria professora podem
para um aluno ou para todos ao mesmo tempo. O uso do ser marcados para incentivar a participação. O item “Criar
chat do grupo estimula o aluno a interagir com professores evento” permite lembrar prazos de entrega de trabalhos,
e colegas fora do ambiente escolar. Exemplo: marcar um dia confirmar datas de provas, encontros, lembrete de leitura
no chat para uma revisão do conteúdo para a prova. de textos, etc.

O aluno já está no Facebook para uso pessoal e, ali mesmo,


pode estudar. Existe a possibilidade de criar uma rotina de
estudo com a mediação do professor, desenvolvendo laços
de amizade e parceria, importantes para uma equipe. Per-
mite conhecer melhor os alunos, o que às vezes não é pos-
sível no formato formal das aulas. As redes sociais também
estimulam atividades em grupo (JULIANI et al., 2012).

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 66 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
A seguir você conhecerá outro recurso que você pode ser
utilizado na sua prática educacional. Acompanhe!

SAIBA 2.10 Utilizando os blogs


MAIS O blog é um recurso consolidado, fácil de trabalhar e que
permite apresentar, desenvolver e avaliar projetos e outras
atividades de aprendizagem. Há diferentes possibilidades
Clique nos links abaixo e aprofunde-se: didáticas dos blogs: produção de textos, contar histórias, di-
vulgar textos literários, análise de autores, ideias, situações,
Guia do Facebook
contextos, descrição e análise de estudos de um assunto
“Utilização das redes sociais na educação: guia específico (visitas), publicação e análise de vídeos, fotos,
para o uso do Facebook em uma instituição de infográficos feitos por professores e alunos. Os alunos são
ensino superior” autores, leitores e pensadores em blogs bem planejados e
criativos.
“As redes sociais na internet como ferramentas
de integração cultural no ensino” Os blogs mostram, visualizam como cada aluno pensa,
como se expressa, como se relaciona. Podem registrar cada
etapa de um projeto interdisciplinar, incluindo novos parti-
cipantes de fora da escola (família, comunidade).

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 67 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Em um blog ou em um AVA, como o Moodle, também podem
ser inseridos mapas conceituais, para que os alunos mos-
trem como eles relacionam os conceitos principais aprendi-
dos ou o diagrama de um projeto desenvolvido.

A utilização dos blogs por professores dos vários níveis de en-


sino, incluindo o universitário, vem aumentando a cada ano.
Essa ferramenta permite a atualização constante da informa-
ção, pelo professor e pelos alunos, favorece a construção de
projetos e pesquisas, individuais e em grupo, e a divulgação
de trabalhos. Permite que os docentes acompanhem o pro-
gresso de cada aluno, tanto nas ideias como na escrita.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 68 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
A possibilidade de os alunos se expressarem, tornarem suas A professora Gutiérrez lembra que os blogs registram a
ideias e pesquisas visíveis, confere uma dimensão mais concepção do projeto e os detalhes de todas as suas fases,
significativa aos trabalhos e pesquisas acadêmicas. Para o que incentiva e facilita os trabalhos interdisciplinares e
Suzana Gutierrez, pesquisadora do Núcleo de Estudos, Ex- transdisciplinares.
periências e Pesquisas em Trabalho, Movimentos Sociais e
Educação (TRAMSE), da UFGRS:
“Pode-se assim, dar alternativas interativas e
suporte a projetos que envolvam a escola e até
“Os weblogs abrem espaço para a consolidação famílias e comunidade”.
de novos papéis para alunos e professores no pro-
cesso de ensino-aprendizagem, com uma atu-
ação menos diretiva destes e mais partici-
pante de todos”.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 69 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Os blogs também são importantes para aprender a pesqui- 2.11 Utilizando produção compartilhada
sar e a publicar os resultados. Há diferentes tipos de blogs É importante incentivar os alunos a terem um espaço de di-
educacionais: discussão de casos, projetos, produção de vulgação dos seus trabalhos, suas experiências e ideias, vi-
textos, narrativas, poemas, análise de obras literárias, opi- sando sua participação, tornando-os proativos e produtivos.
nião sobre atualidades, relatórios de visitas e excursões de
estudos, publicação de fotos, desenhos e vídeos produzidos Os textos podem ser organizados por meio de algumas ferra-
por alunos. Os professores podem se comunicar diretamen- mentas colaborativas, como o Wiki ou Google Docs, dentro do
te com os alunos, mostrando materiais, discutindo-os com Google Drive – softwares que permitem a edição coletiva dos
os alunos, divulgando novas questões. Os alunos, indivi- documentos usando um sistema simples de escrita e sem que
dualmente e em grupos, vão construindo seu processo de o conteúdo tenha que ser revisado antes da sua publicação. A
aprendizagem. maioria dos wikis é aberta a todo o público ou pelo menos a
todas as pessoas que têm acesso ao seu servidor.
Agora que você entendeu o que são e como utilizar os blo-
gs, o próximo tópico irá abordar a produção compartilhada. Uma Wiki pode ser criada em um ambiente on-line, como o
Confira! Wikispace, que oferece o serviço gratuitamente, instalado
em servidor com banco de dados, como as plataformas Deki
Wiki, Twiki ou Tiki Wiki.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 70 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O Google Drive oferece um único local para armazenar,
acessar, criar, editar e compartilhar documentos, arquivos e
pastas de todos os tipos. Ele integra o Google Docs, Google
Planilhas e Google Apresentações on-line. O Google Drive
mantém automaticamente tudo atualizado, portanto o pro-
fessor pode fazer edições e acessar a versão mais recente a
partir de qualquer lugar.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 71 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.12 Utilizando podcast
Outro recurso popular na educação é o podcast, um pro-
grama de áudio personalizado e disponibilizado na web.
Existem alguns programas que permitem gravar qualquer
som do computador, entre eles o Audacity, que possibilita
a criação e edição de som com uma qualidade profissional.
Há podcasts em todas as áreas.

O podcast envolve produção, transmissão e distribuição


de arquivos de áudio ou vídeo que podem ser ouvidos ou
vistos em aparelhos móveis, celulares, computadores ou
tablets. A utilização mais promissora do podcast acontece
quando os alunos produzem seus próprios programas e os
divulgam.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 72 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Participar como produtores de informação é mais importan-
te para os alunos do que apenas ter acesso aos materiais
prontos, mesmo que estejam bem elaborados. E como o
podcast está no cotidiano dos jovens, tem uma linguagem
familiar e habitual, não havendo necessidade de capaci-
tá-los com uma formação específica, como acontece para
trabalhar em ambientes virtuais de aprendizagem, como o
Moodle. Além disso, a linguagem do podcast é estimulante
para o aluno e permite também gravar a aula e disponibili-
zá-la na internet para download.

2.13 Utilizando vídeos


Uma parte importante da produção e publicação digital de
podcasts se faz no formato específico de vídeo. Crianças
e jovens gostam de assistir a vídeos sobre os assuntos da
aula e de contar eles mesmos as histórias, utilizando des-
de recursos simples, como os celulares, até gravações mais
profissionais. As histórias com som e imagem são cada vez
mais populares e fáceis de produzir e veicular. Qualquer um
pode ser produtor e divulgador de materiais audiovisuais.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 73 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Deve-se começar por vídeos mais simples e, depois, vídeos
mais complexos, tanto do ponto de vista temático quanto
técnico. Pode-se partir de vídeos do YouTube, do Portal do
Professor, de vídeos mais simples deixar para depois a exi-
bição de mais elaborados.

Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo


assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para
novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos
para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.

O vídeo ajuda a mostrar o que se fala em aula, a compor


cenários desconhecidos dos alunos.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 74 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Alguns vídeos trazem assuntos já preparados para os alu-
nos, já organizados como conteúdos didáticos. Utilizam
técnicas interessantes para manter o interesse, como dra-
matizações, depoimentos, cenas de filmes, jogos, tempo
para atividades. O professor age a partir do vídeo, com
questionamentos, problematização, discussão, elaboração
de síntese e formas de aplicação no dia a dia.

Existem programas simples que facilitam a produção de


vídeos e que podem ser usados na educação, como o Goo-
gle Fotos, o MovieMaker ou o Jumpcut – um editor de vídeo
on-line gratuito.

Há programas, como o Ustream, que permitem que cada um


transmita do seu celular ou computador ao vivo como se
fosse uma emissora de TV, deixando seus programas grava-
dos para quem quiser assistir.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 75 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
• introduzir um assunto;
• complementar informações;
• criar discussões;
• trabalhos de grupo para discussão;
ATIVIDADES MAIS ADEQUADAS
Os celulares mais avançados, como os smartphones, permi- • debates;
UTILIZANDO VÍDEOS:
tem que um aluno ou professor filmem ao vivo, editem cada • levantamento de sugestões do grupo;
vídeo rapidamente e o enviem ao YouTube ou outro site • estudos dirigidos para verificar a compreensão e a habilidade de
imediatamente. É muito fácil, rápido e divertido ser produ- transferir conhecimentos recebidos para novas situações;
tor e transmissor de vídeo digital com tecnologias móveis. • trabalhos sobre o vídeo feito por alunos.

O vídeo pode ser planejado como documentação, registro


• aulas mais atraentes;
de eventos, aulas, estudos do meio, experiências, entrevis-
tas, depoimentos. Isso facilita o trabalho do professor e dos • melhor fixação do conteúdo do programa;
alunos. O professor deve documentar o que é mais impor- • realidade trazida para a sala de aula;
tante para seu trabalho, ter seu próprio material de vídeo, • complementação das discussões dos livros;
assim como ter seus livros e apostilas para preparar as aulas. BENEFÍCIOS QUE A PRODUÇÃO E
• visão mais concreta do assunto (mais detalhes);
ANÁLISE
• facilidade DE VÍDEOS
no trabalho expositivo PODEM
do professorTRAZER
(fixam cenários,
PARA OS ALUNOS:
histórias e conceitos);
• maior interesse do aluno;
• estímulo de discussões acerca do tema;
• desenvolvimento da criatividade, comunicação audiovisual e
interação com outros colegas e outras escolas.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 76 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O YouTube é o portal de vídeos mais conhecido e utilizado A revista Nova Escola traz uma matéria que estimula a utili-
também na educação. É fácil acessar vídeos sobre qualquer zação do portal de vídeos a favor da educação, cujo título é
assunto, manter um espaço com todos os vídeos, criar um 8 razões para usar o YouTube em sala de aula, as quais es-
canal de transmissões ao vivo. O YouTube Edu organiza es- tão listadas a seguir.
ses vídeos por área de conhecimento. Clique na imagem e
aprenda mais: Oferecer conteúdos que sir-
Ajudar estudantes com
vam como recursos didáticos
dificuldades
para as discussões em aula

Elaborar uma apresentação


Armazenar todos os vídeos que
de slides narrada para ser
você precisa em um só lugar
usada em sala

Incentivar os alunos a
Montar um acervo virtual de
produzirem e compartilhar
seus trabalhos em vídeo
conteúdo

Permitir que estudantes explo- Permitir que os alunos


rem assuntos de interesse com deixem suas dúvidas
maior profundidade registradas

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 77 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Confira a seguir como utilizar o fórum e o chat em sua práti-
ca educacional!

2.14 Utilizando fórum e chat


O fórum e o chat são mais um recurso que você, professor,
pode utilizar na sua prática docente. Com eles é possível
avaliar a qualidade das contribuições dos alunos. Os fóruns
e chats podem ser da turma toda ou de grupos menores.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 78 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O professor pode colocar alguns alunos como mediadores
tanto no fórum como no chat e solicitar que todos partici- a) registro completo das participações, facilitando
pem na avaliação dos seus colegas (avaliação por pares). o acompanhamento do professor e a análise da
opinião dos alunos;
O fórum é um recurso de comunicação assíncrono, um am-
biente em que as mensagens podem ser postadas a qual-
b) estímulo à escrita como instrumento significati-
quer momento, por todos os participantes, e ficam orga-
vo de comunicação entre pares;
nizadas em listas, disponíveis para leitura. Os fóruns são
adequados para realizar debates e estudos aprofundados,
c) valorização do papel do aluno, com incentivo à
com mensagens longas, reflexivas ou descritivas.
participação dos mais tímidos.
Em relação às discussões presenciais, os fóruns em meio
digital apresentam algumas vantagens para o uso pedagó-
gico, como:

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 79 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O fórum pode ser combinado com o chat feito para comu-
nicação em tempo real. É interessante utilizar ambientes
de videochat, em que o professor é visto e, dependendo da
largura da banda, alguns dos alunos também, simultanea-
mente. Nas atividades a distância, interagir de forma plena,
ao combinar texto, voz e imagem, torna o estudo mais inte-
ressante e completo. Permite também planejar a gravação
do bate-papo, caso se queira enviar o registro da conversa
para os ausentes ou analisá-lo posteriormente; e em caso
de entrevistas, preparar previamente as perguntas. É inte-
ressante estabelecer um mediador para evitar conversas
paralelas e desvios do tema.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 80 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Em relação à conversa presencial, o bate-papo tem em co- É uma tecnologia que, se bem utilizada, torna as aulas mais
mum com o fórum a mudança na dinâmica entre os alunos. interessantes, motivadoras, para facilitar a compreensão de
Se for gravado, também engloba a qualidade do registro. conceitos complexos, para estabelecer uma ponte entre a
Ambos desenvolvem a leitura, escrita e comunicação em sala de aula e o mundo, para que os alunos sejam protago-
meio digital, embora com exigências de habilidades e com- nistas efetivos do processo de aprender.
petências distintas.
A interatividade é uma das qualidades mais relevantes da
Confira na sequência o que é e como utilizar a lousa digital. lousa, fazendo os alunos se expressarem nela e mostrarem
suas pesquisas, em que as páginas web podem ser relacio-
nadas ao assunto tratado. O mix entre vídeos produzidos
2.15 Utilizando lousa digital e novas informações acrescentadas no momento é outro
A lousa digital é um quadro-negro mais completo, sofistica- grande diferencial.
do, que permite inúmeras possibilidades de exibição, inte-
As lousas digitais interativas geralmente vêm acompanha-
ração, publicação e compartilhamento de qualquer material
das de softwares que o professor pode usar em sua casa ou
impresso, sonoro e visual de interesse para o ensino e a
em outros computadores da escola, durante seu tempo de
aprendizagem.
preparação de aulas, que permitem que a lousa seja toda
“montada” antes de o professor entrar na sala.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 81 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
A aula preparada pode ser alterada durante a aula real. O
professor pode escrever, apagar, modificar, acrescentar ou
fazer o que bem entender durante a aula e ainda pode “sal-
var e gravar” a aula modificada como uma nova versão (às
vezes pode ser interessante ter diversas versões para diver-
sas salas, já que as aulas “reais” raramente são idênticas em
salas diferentes).

Os alunos podem usar a lousa de forma individual, como


o professor, ou em duplas, trios ou grupos ainda maiores.
Para o uso múltiplo e simultâneo, a lousa precisa de tecno-
logia adequada e um software de controle que permita o
uso simultâneo por várias pessoas. Nessas lousas os alunos
podem trabalhar de forma cooperativa, participar de jogos
e outras atividades que podem ser feitas em grupo.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 82 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Quando os alunos dispõem de dispositivos móveis, como percurso ao longo da vida. A instituição educacional tam-
notebooks, é possível também compartilhar as lousas dire- bém define o grau de compartilhamento (com o professor
tamente pelos próprios notebooks, tablets e vice-versa, ou e/ou colegas) de cada atividade dentro de um módulo espe-
seja, o professor pode “conferir a tarefa do aluno” direta- cífico de aprendizagem.
mente na sua lousa e pode “copiar sua lousa” diretamente
para o dispositivo dele.

2.16 Utilizando portfólio digital SAIBA


O portfólio digital é um recurso poderoso para avaliação MAIS
por competências, facilitando o diálogo formativo entre
professores e alunos. O portfólio também se denomina Am-
biente Pessoal de Aprendizagem, ou PLE (personal learning Alguns vídeos no YouTube explicam como cons-
environment). Ele registra o percurso de cada aluno, quan- truir um portfólio (estão em inglês e espanhol,
to avançou desde o começo de uma Unidade Curricular de mas permitem ativar a tradução com legendas).
Ensino ou módulo, as lacunas que têm e permite dar tempo
para completar a formação desejada, refazendo algum pro- E-portfolios para principiantes
jeto ou atividade se for necessário. Pode servir para guardar (“e-portfolios for starters”)

e visualizar todo o percurso de um aluno ao longo de vários Crie um portfólio eletrônico com o Google Sites
anos de estudo e os avanços nos diversos níveis de ensino.
O aluno define o grau de compartilhamento de todo o seu

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 83 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
A seguir, confira um infográfico com os aplicativos e as 2.17 Utilizando redes sociais para a avaliação de
ferramentas digitais de um portfólio de um professor es- aprendizagem
panhol. Veja que diversas ferramentas são utilizadas para
Os alunos já utilizam as redes sociais em seu cotidiano.
várias atividades didáticas: escolha de materiais, desenho
Apesar de alguns problemas de dispersão, podem contri-
de atividades, colaboração e publicação multimídia.
buir para aprender. Nelas é fácil navegar, postar e comparti-
Alguns aplicativos são mais específicos, como realizar pro- lhar informações, pesquisas, materiais. Os alunos se sentem
vas on-line, um exemplo é Hot Potatoes, e outros servem coautores, remixadores de conteúdo, protagonistas de seu
para situações diferentes, incluídos nos grandes portais e processo pessoal de aprender.
também nas redes sociais, como fórum, chat, blog, mapas
Ambientes como o Facebook, já estudado anteriormente,
conceituais, etc.
têm muitos recursos disponíveis para acompanhar o per-
curso da turma, de grupos e de cada aluno (grupos do Face-
book, documentos, bate-papo, tarefas, eventos, mensagens,
vídeos, etc.).

O quadro a seguir mostra as principais ferramentas das re-


des sociais e como utilizá-las na educação.
Na sequência você vai ver como utilizar as redes sociais
para avaliação da aprendizagem. Confira!

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 84 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
FERRAMENTAS COMO USAR?
Tirar dúvidas em tempo real. Professor e professor, aluno e professor, secretaria e aluno, comunidade junta-
CHAT mente com alunos, professores e secretaria.

Divulgar os trabalhos e atividades realizadas. Por exemplo, um vídeo de uma palestra ocorrida no campus, ou
FOTOS E VÍDEOS fotos de um estudo de campo. É importante buscar a melhor qualidade das imagens que serão publicadas.
Difundir informações e conhecimentos relevantes para os usuários do Facebook que não participam direta-
COMPARTILHAMENTO mente dos grupos criados (unidades curriculares/disciplinas).

EVENTOS Divulgar e receber a confirmação da participação em reuniões, viagens, palestras, entre outros.

COMENTÁRIOS/ Lembrar as provas, trabalhos e resolver dúvidas individuais. Criar um ambiente de interação/debate sobre
MENSAGENS determinadas temáticas.

ENQUETES Coletar a opinião dos alunos ou demais atores a respeito de um determinado assunto.

Criação de novas páginas dentro de um grupo. Podem ser colocados assuntos diversos que ficam armazena-
CONTEÚDO dos por tempo indefinido. Ecemplos: notas de exames, resumos de aula, planos de ensino, entre outros.

MARCAÇÃO DE IMAGENS, Sempre que possível, marcar todos os envolvidos no conteúdo exposto para explicitar e estimular o
VÍDEOS E COMENTÁRIOS participante.

Quando o professor divulgar algum material, é possível oferecer um espaço para debate, orientando os
DEBATES alunos a deixarem apenas um comentário e depois discutirem o assunto com seus colegas e professores.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 85 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Dando sequência aos seus estudos, agora você vai estudar informação, à educação e à cultura como direitos mais rele-
sobre a propriedade intelectual e também vai conhecer vantes. Com o avanço das tecnologias digitais e o acesso de
alguns aplicativos contra plágio. Acompanhe! qualquer lugar e de qualquer equipamento móvel, a dispo-
nibilização de conteúdo está se tornando muito mais com-
plexa do que antes.
2.18 Utilizando aplicativos on-line contra
plágios Vive-se numa fase de transição do material escrito para o
digital, evoluindo da simples digitalização para materiais
Antes de você conhecer os aplicativos contra plágio é im-
enriquecidos pelos próprios usuários, que se tornam coau-
portante entender a questão do direito autoral no Brasil.
tores, remixando o conteúdo. De outro lado, muitas insti-
Acompanhe!
tuições educacionais disponibilizam os materiais dos seus
cursos para acesso gratuito e livre. Os exemplos principais
2.18.1 Entendendo a importância da propriedade
são de consórcios de universidades, como o Coursera, EdEx,
intelectual na elaboração de recursos tecnológicos
e na utilização de ferramentas Udacity, Veduca, MiriadaX.

Há uma discussão muito intensa na sociedade entre os que


defendem os direitos econômicos da propriedade intelec-
tual (autores, empresas) e os direitos sociais de acesso à

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 86 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O movimento dos recursos educacionais abertos (REA) avan- Infelizmente, a atual legislação é de 1998 e não consegue
ça no mundo inteiro e privilegia o direito social sobre o indi- responder à complexidade da evolução da web com tec-
vidual. O movimento mais amplo, por trás dos REA, é a defesa nologias móveis, mas é a que está em vigor. Por isso, você,
da educação aberta, baseada na premissa de que o conheci- professor precisa conhecer, na elaboração dos materiais do
mento deve ser livre e aberto para ser utilizado e reutilizado; curso ou nas suas pesquisas, as possibilidades e os limites
que a colaboração deve ser mais fácil, não mais difícil; que legais, sabendo que há tensões fortes entre especialistas
pessoas devem receber crédito e reconhecimento por contri- de direito na interpretação da aplicabilidade dos direitos
buir para a educação e pesquisa (AMIEL; SANTOS, 2013). autorais na educação.

Os direitos autorais visam proteger o criador de uma obra


2.18.2 Direito autoral
intelectual, bem como garantir a este a exposição, disposi-
A possibilidade de disseminar dados, informações sobre ção e exploração econômica dessa obra, permitindo, ainda,
procedimentos e guias de maneira aberta foi o estopim que impeça o uso não autorizado de sua obra por terceiros,
para inúmeros movimentos que usam a terminologia aber- mal-intencionados ou não.
ta, que incluem a ciência aberta, dados abertos, ferramentas
abertas, entre outros.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 87 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
A proteção do direito autoral no Brasil é proporcionada pela
Constituição Federal em seu artigo 5º, parágrafos 27 e 28,
bem como pelo Código Civil Brasileiro e pelas leis 9.610/98
e 12.853/2013, que substituíram alguns artigos da lei ante-
rior, para dispor sobre a gestão coletiva de direitos autorais,
entre outras providências.

Os direitos de autor, como os demais ramos da proprieda-


de intelectual, dizem respeito à proteção de determinadas
criações humanas. O domínio dos direitos de autor é a pro-
teção das expressões artísticas, literárias e científicas. No
âmbito da proteção, estão incluídos os textos acadêmicos
e didáticos, músicas, obras de arte, como pinturas e escul-
turas, e também as obras tecnológicas, como programas de
computador e bases de dados eletrônicas.

Os direitos de autor protegem obras, ou seja, as expressões


concretas, não simplesmente as ideias. Uma produção cien-
tífica recebe o mesmo tratamento das produções artísticas,
sendo protegidas pela mesma legislação de direitos autorais.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 88 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
As obras protegidas pelo direito podem ser individuais (um só autor), de coautoria (dois ou mais autores) ou coletivas
(coletâneas ou obras organizadas por uma ou duas pessoas).

Clique nas nuvens e saiba mais sobre o assunto.

Quais são as obras Quais são as exceções


Direitos autorais
protegidas pelo que não são protegidas
na educação
direito autoral? pelo direito autoral?

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 89 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
V - as composições musicais, tenham ou não letra;

VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinemato-


gráficas;

VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo aná-


Quais são as obras logo ao da fotografia;

protegidas pelo VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte
direito autoral? cinética;

IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;

X - os projetos, esboços e as obras plásticas concernentes a geografia,


São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;
por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou in-
tangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras origi-
nais, apresentadas como criação intelectual nova;
I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
XII - os programas de computador;
II - as conferências, alocuções os sermões e outras obras da mesma
natureza; XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicio-
nários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organiza-
III - as obras dramáticas e dramático-musicais; ção ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelec-
tual. (BRASIL, 1998b)
IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se
fixe por escrito ou por outra qualquer forma;
[voltar]

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 90 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
I - as ideias, os procedimentos normativos, sistemas, métodos, proje-
tos ou conceitos matemáticos como tais;

II - os esquemas, planos ou as regras para realizar atos mentais, jogos


ou

III- os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer


tipo de informação, científica ou não, e suas instruções;

Quais são as exceções IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamen-


que não são protegidas tos, as decisões judiciais e demais atos oficiais;

pelo direito autoral? V - as informações de uso comum tais como calendários, agendas,
cadastros ou legendas;

VI - os nomes e títulos isolados;

VII - o aproveitamento industrial ou comercial das ideias contidas


nas obras” (BRASIL, 1998a).

[voltar]

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 91 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de
comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo,
crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indi-
cando-se o nome do autor e a origem da obra;

IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aque-


les a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou par-
Direitos autorais cial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;
na educação
VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas
no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabe-
lecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro;

VIII - “a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de


O artigo 46 da Lei do Direito Autoral, permite algumas exceções na obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral,
sua aplicação: quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja
o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração
Não constitui ofensa aos direitos autorais: normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos
legítimos interesses dos autores. (Ibid.)
II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso
privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;

[…] a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras


preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de
artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo [voltar]
principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da
obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos
interesses dos autores. (BRASIL, 1998a)

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 92 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
Se na educação não há uma intenção de obter lucro, as
PLAGIUM
Um dos poucos sites sobre o tema em português, permite
interpretações sobre o “pequeno trecho” variam. Muitos PLAGIUM
consideram a cópia de algumas páginas, ou até de um que você cole o texto na página inicial e, em poucos segun-
capítulo de um livro para uso pessoal ou em sala de aula, dos, ele já aparece com os resultados da pesquisa.
como sendo “pequeno trecho”.
VIPER
Conheça a seguir os aplicativos contra plágio. O software permite que o professor pesquise trabalhos em
VIPER
diferentes formatos e compare-os com resultados da web,
2.18.3 Aplicativos on-line contra o plágio além de trabalhos e pesquisas acadêmicas.
Existem vários aplicativos que ajudam a detectar cópias
de materiais existentes na internet. Você, professor, pode SeeSources
utilizá-los em caso de dúvida. Confira na sequência alguns Por meio do SeeSources, o professor pode pesquisar gratui-
SeeSources
exemplos. tamente trechos e textos completos que ele suspeite conter
algum tipo de plágio.

A seguir você vai entender o que é computação em nuvem


e como ela pode ser utilizada como recurso educacional.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 93 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.19 Utilizando computação em nuvem
A expressão “computação em nuvem” é decorrente da re-
presentação da internet em esquemas de estruturas de
redes, simbolizada por uma nuvem. Dessa forma, tem-se
a ideia inicial de que a computação em nuvem é a própria
internet, porém sua definição é um pouco mais abrangen-
te, pois este termo a rigor consiste em uma infraestrutura
de rede, incluindo equipamentos de conexão e servidores
que hospedam aplicações disponibilizadas na internet para
usuários finais.

A computação em nuvem representa uma revolução na


tecnologia da informação, por apresentar vantagens como
a redução de custos operacionais, alta disponibilidade e
portabilidade, além de ter ferramentas muito úteis para a
A seguir você vai entender como utilizar a computação em
educação.
nuvem na educação. Acompanhe!

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 94 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.19.1 Uso da computação em nuvem na educação
A utilidade da computação em nuvem primordialmente é
disponibilizar, permitir a manipulação e o compartilhamento
de dados, por meio de diversos aplicativos que podem ser
executados em diferentes equipamentos, como computa-
dores, tablets, smartphones, entre outros. Na educação, a
disponibilização de informações e a transmissão de conheci-
Google Drive, como você já aprendeu, é essencialmente
mento são evidentemente muito importantes, e com a com-
uma ferramenta para armazenar e compartilhar dados, tam-
putação em nuvem, essa ação é altamente potencializada.
bém conhecido como um disco virtual, destinado a usuários
Entre as diversas ferramentas disponíveis, ganham desta- do Google. É possível criar uma estrutura de dados, dire-
que o Google Drive, Google Docs, que você já estudou an- tórios e definir diferentes níveis de acesso, possibilitando
teriormente, e o Dropbox, cujos possíveis usos na educação a organização e disponibilização de informação para dife-
serão definidos e exemplificados. rentes grupos ou classes. É possível acessar a ferramenta
a partir de diferentes equipamentos, como tablets e smar-
tphones, e tendo em vista que as alterações dos dados ou
a inclusão de novos dados são atualizados em tempo real,
o grupo que estiver compartilhando esse disco virtual terá
acesso às informações de forma simultânea.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 95 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
O Google Docs, conforme já estudado anteriormente, é O Dropbox tem basicamente a mesma função e caracterís-
uma ferramenta para criar, editar e compartilhar conteúdo ticas gerais do Google Drive, mas sem algumas facilidades,
on-line, com uso das mesmas ferramentas convencionais como a integração com o Office. Ele também apresenta
do pacote Office, como o Word, Excel e PowerPoint. Nessa planos de acesso gratuito como o Google Dirve, entretanto
ferramenta, o mesmo documento pode ser editado por dife- com menor espaço de armazenamento.
rentes usuários, permitindo a um mesmo grupo de alunos
desenvolver uma pesquisa acadêmica.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 96 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.20 Utilizando a internet
A Internet é a maior rede de computadores da atualidade,
ela interliga computadores em todos os continentes e per-
mite a troca de arquivos, informações, mensagens, áudio e Microsoft Edge Mozilla Firefox Apple Safari
vídeo instantaneamente. Uma das formas de obter informa- (Atualização do Micro-
soft Internet Explorer)
ções da internet é utilizando o serviço web via navegadores
ou browsers.

2.20.1 Navegadores
Navegadores, também conhecidos como browsers, são soft-
wares usados para navegar na Internet. Os navegadores
são responsáveis pela visualização de páginas na Internet,
apresentando, normalmente, uma Internet intuitiva. Alguns Opera Google Chrome
exemplos de navegadores são:

Confira na sequência o que são os mecanismos de busca e


alguns dos mais utilizados.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 97 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.20.2 Mecanismos de busca
São sites que contém mecanismos de busca que procuram informações em grandes bancos de dados, localizados na Internet,
e passam informações sobre páginas da mesma. Quando uma palavra ou frase é digitada no campo de pesquisa, aparecerá na
tela uma lista de páginas na Internet contendo informações com a palavra ou frase digitada. Veja, a seguir, alguns sites de busca
mais conhecidos.

A seguir você conhecerá os aplicativos que compõem o pacote office. Acompanhe!

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 98 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
2.20.3 Pacote Office
O Microsoft Office é um pacote de aplicativos da Microsoft para diferentes usos. Dentre os programas que o compõem, desta-
cam-se o Word (processador de texto), o Excel (planilha de cálculo) e o PowerPoint (apresentador gráfico).

Conheça a seguir um pouco da funcionalidade de cada um desses programas que compõem o pacote office. Clique nos ícones para
saber mais.

Microsoft Microsoft Microsoft


WORD EXCEL POWERPOINT

No próximo capítulo você conhecerá algumas ferramentas desenvolvidas pelo SENAI. Acompanhe!

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 99 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
MICROSOFT WORD
O Microsoft Word é o recurso mais utilizado do pacote Offi-
ce. Ele é um software que une as vantagens de um proces-
sador de texto, com recursos gráficos, tornando mais fácil,
agradável e eficiente a tarefa do usuário de elaborar um
documento.

Atualmente, encontra-se na versão 2016. Dentre as novas


funcionalidades dessa versão, é possível destacar a “Pes-
quisa Inteligente”, que permite selecionar e pesquisar pala-
vras na internet por meio do buscador Bing.

[voltar]

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 100 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
MICROSOFT EXCEL
O Excel é o aplicativo do pacote Office da Microsoft desti-
nado a desenvolver planilhas eletrônicas. Desde seu lan-
çamento, até hoje, é um dos programas mais comuns em
escritórios, instituições de ensino e demais instituições que
utilizam ferramenta de cálculo.

Um arquivo gerado no Excel é considerado uma pasta e,


nela, você pode inserir muitas planilhas. É possível realizar
comunicação entre as planilhas ou não, conforme a neces-
sidade. Cada planilha é composta por uma tabela contendo
colunas e linhas. Cada coluna é identificada pelas letras
do alfabeto (A, B, C, D, E, F, etc.) e cada linha é identificada
por números (1, 2, 3, 4, 5, 6, etc.). Assim como no Microsoft
Word, o Excel também conta com a “Pesquisa Inteligente”.

[voltar]

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 101 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
MICROSOFT POWERPOINT
O PowerPoint é o aplicativo do pacote Office da Microsoft
destinado a desenvolver apresentações e possui diversos
recursos, como: fotos, símbolos, opções de áudio e vídeo e
muitos outros. Ele é uma excelente ferramenta para criar
apresentações de trabalhos escolares e projetos. 

[voltar]

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 102 Capítulo 2 - Ferramentas de TIC para Uso em Sala de Aula
capítulo FERRAMENTAS

3
DO SENAI
O SENAI possui diferentes ferramentas que são utilizadas Clique na imagem a seguir e confira o vídeo que traz infor-
pelos professores na sua prática docente. Confira a seguir mações sobre o Mundo SENAI.
algumas delas em detalhes.

3.1 Mundo SENAI Docente


O mundo SENAI Docente é a plataforma digital criada para
apoiar os docentes do SENAI no planejamento e desenvol-
vimento de suas aulas, de maneira contextualizada com os
Desenhos Curriculares Nacionais e alinhadas aos pressu-
postos da Metodologia SENAI de Educação Profissional. Ela
fornece ferramentas e materiais interessantes para o plane-
jamento docente.

Há todo tipo de sugestões de aulas com detalhamento de


cada uma e atividades, além da possibilidade de reelabora-
ção individual e em grupo de cada aula já publicada.
Para conhecer a plataforma, aqui.
Todas as aulas têm avaliações dos usuários professores. O
Portal disponibiliza também materiais diversos sobre todas
as áreas de conhecimento e níveis de ensino.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 104 Capítulo 3 - Ferramentas do Senai
3.2 Sistema de Gestão Escola - SGE 3.4 SENAI – APP
O Sistema de Gestão Escolar (SGE) foi criado para o aprimora- O SENAI APP foi desenvolvido para oferecer novas situa-
mento do controle das ações e das unidades de educação do ções e objetos de aprendizagem elaborados para privilegiar
SESI e do SENAI, além de melhorias no acompanhamento da as oportunidades de desenvolvimento do conhecimento
base de dados e na segurança nas informações, como as que técnico enquanto o aluno do SENAI se movimenta dentro e
envolvem as matrículas efetuadas pelas escolas e centros de fora da sala de aula.
educação e tecnologias para cursos presenciais e a distância.
A ferramenta possibilita a utilização de elementos do dia a
dia dos alunos e de diversos recursos e conteúdos do mundo
3.3 Sistema dos Itinerários Nacionais - SIN
digital para a geração de experiências diferenciadas de apren-
No SIN você encontra as versões atuais e anteriores dos dizagem, que complementam o esforço existente na educação
itinerários dos cursos do SENAI. Neles, estão disponíveis o presencial e a distância oferecida pelo SENAI, contribuindo
perfil profissional, com identificação da ocupação, unidade para enriquecer o processo de formação profissional.
e elemento de competência, padrões de desempenho, con-
texto de trabalho, competência de gestão e participantes O SENAI APP propõe a utilização de recursos como geoloca-
do comitê dos cursos. Além disso, você pode conferir no lização, fotografia, criação de vídeos, gravação de notas de
desenho curricular a organização curricular e requisitos de áudio entre outros. Clique a seguir e conheça.
acesso. Clique na imagem abaixo para saber mais.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 105 Capítulo 3 - Ferramentas do Senai
3.5 SENAI – Realidade Aumentada
O SENAI agora conta com livros didáticos que possuem
objetos em Realidade Aumentada. Para visualizá-los é ne-
cessário baixar o aplicativo de Realidade Aumentada do
SENAI e, por meio da câmera do seu celular ou tablet, fazer
reconhecimento de imagens impressas nos livros didáticos.
Com esse recurso, você e seus alunos acessam simuladores,
objetos em 3D, vídeos, além de uma variedade de recursos
multimídia pelos quais os conceitos ganham movimento,
imagem, som e interação.

Clique aqui e conheça o APP de Realidade Aumentada do


SENAI.

Nesta última etapa do seu aprendizado, aproveite para


apontar os conceitos que você considera mais relevantes.
Faça um resumo desses assuntos e coloque-os em prática,
pois dessa forma você reforçará todo o conteúdo adquirido
neste material didático.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 106 Capítulo 3 - Ferramentas do Senai
R REFERÊNCIAS
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Dicionário escolar da BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998b. Altera,
língua portuguesa. 2. ed. São Paulo: Nacional, 2008. atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20
AÇÃO EDUCATIVA; INSTITUTO PAULO MONTENEGRO. Indica- fev. 1998. Disponível em: <https://goo.gl/djWHGH>. Acesso
dor de Alfabetismo Funcional (Inaf) Brasil 2011: principais em: 17 abr. 2017.
resultados. São Paulo, 2012. Disponível em: <https://goo.
gl/aT9G1w>. Acesso em: 10 ago. 2017. BRITTO, S. P. Psicologia da aprendizagem centrada no estu-
dante. 3 ed. Campinas: Papirus, 1989.
AMIEL, T.; SANTOS, K. Uma análise dos termos de uso de re-
positórios de recursos educacionais digitais no Brasil. Trilha CHRYSOS, A. La universidad semi-presencial: una experien-
Digital, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 118-133, 2013. cia de colaboración internacional. Contextos de Educación,
Río Cuarto, v. 3, n. 4, p. 78-103, 2004. Disponível em: <ht-
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia edu- tps://goo.gl/Sq8Szb>. Acesso em: 30 jul. 2014.
cacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
DEWEY, J. Democracia e educação. 4. ed. São Paulo: Nacio-
BRASIL. Lei nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998a. Dispõe nal,1979.
sobre a proteção da propriedade intelectual de programa
de computador, sua comercialização no País, e dá outras DONALD, G. P. Editorial. International Journal of Instruc-
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 fev. tional Technology and Distance Learning, Mountain View, v.
1998. Disponível em: <https://goo.gl/4A8WeS>. Acesso em: 2, n. 1, p. 1-2, 2005. Disponível em: <https://goo.gl/VmvZ-
17 abr. 2017. Mz>. Acesso em: 17 abr. 2017.

108
EDUCAÇÃO ABERTA. Recursos educacionais abertos (REA): GARRIDO, J. M. Donde se habla de la vida, de educación y
um caderno para professores. Campinas, 2013. Disponível de afines. 2016. Disponível em: <https://goo.gl/aP48BQ>.
em: <https://goo.gl/QtM4am>. Acesso em: 17 abr. 2017. Acesso em: 17 abr. 2017.

ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA. GEE, J. P. What videogames have to teach us about learning
Direitos morais. [S.l.], [20--?]. Disponível em: <https://goo. and literacy. New York: Palgrave Macmillan, 2003.
gl/dMYFzU>. Acesso em: 30 jul. 2014.
GOMES, P. Diferenciar, individualizar e personalizar o en-
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à sino. [S.l.], 2012. Disponível em: <https://goo.gl/fsVPCT>.
prática educativa. 33 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006. Acesso em: 30 jul. 2014.

FULLAN, M.; LANGWORTHY, M. Towards a new end: new ped- JORNADA CATARINENSE DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL,
agogies for deep learning. Seattle: Collaborative Impact, 10., Florianópolis, 2013. Anais… Florianópolis: Sesc, 2013.
2013. Disponível em: <https://goo.gl/TB9MJz>. Acesso em: 143 p.
17 abr. 2017.
JULIANI, D. P. et al. Utilização das redes sociais na educação:
GABRIEL, M. Educar: a revolução digital na educação. São guia para o uso do Facebook em uma instituição de ensino
Paulo: Saraiva, 2013. superior. Renote – Novas Tecnologias na Educação, Porto
Alegre, v. 10, n. 3, 2012. Disponível em: <http://seer.ufrgs.
GARDNER, H. Estruturas da mente. Porto Alegre: Artmed, br/renote/article/viewFile/36434/23529>. Acesso em: 12
1994. ago. 2014.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 109 Introdução


KEENGWE, J. Pedagogical applications and social effects of MAINA, M. F.; GUARDIA, O. L. Un modelo de creación de
mobile technology integration. Hershey: IGI Global, 2013. contenidos en abiertos para el aprendizaje. In: EUROPEAN
CONFEDERENCE OF INFORMATION IN EDUCATION AND SO-
KOLB, D. A. Learning style inventory. Boston: McBer, 1985. CIETY, 3., 2012, Barcelona. Anais… Barcelona: Dialnet, 2012.

LAND, G.; JARMAN, B. Ponto de ruptura e transformação: MASETTO, M. Competência pedagógica do professor uni-
como entender e moldar as forças da mutação. São Paulo: versitário. São Paulo: Summus, 2003.
Cultrix, 1990.
MATTAR, J. Games em educação: como os nativos digitais
LAURILLARD, D. Rethinking university teaching. London: aprendem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
Routledge, 2002.
MCAULEY, A. et al. The MOOC model for digital practice.
LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (Org.). Educação a distância: o es- Charlottetown: University of Prince Edward Island, 2010.
tado da arte. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. Disponível em: <https://goo.gl/AoWy8k>. Acesso em: 19
set. 2013.
LOSSO, C. R. C.; CARMINATTI, S. S. H. Práticas pedagógicas
inovadoras: o uso de recursos tecnológicos em sala de aula. MIYASHITA, R.; OLIVEIRA, L. F. V. S. M.; YOSHIZAKI, H. T. Y. Os
In: JORNADA CATARINENSE DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL, jogos de empresas como instrumento de treinamento em
10., 2013, Florianópolis. Anais… Florianópolis: Sesc, 2013. logística empresarial. 2013. Disponível em: <https://goo.
gl/a6QDvK>. Acesso em: 17 abr. 2017.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos
e proposições. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas à Educação Profissional 110 Introdução


MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecno- OECH, R. V. Um “toc” na cuca. 14. ed. São Paulo: Cultura,
logias e mediação pedagógica. 21. ed. Campinas: Papirus, 1998.
2013.
OKADA, A. Web maps: um guia para construção do conheci-
MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e aprendizagem signifi- mento em ambientes virtuais de aprendizagem. [S.l], [20--
cativa. 1997. Disponível em: <https://goo.gl/S3Tc62>. Aces- ?]. Disponível em: <https://goo.gl/HtS5CH>. Acesso em: 6
so em: 17 abr. 2017. ago. 2014.

MONTES, M. T. A. Aprendizagem colaborativa e docência PALLOFF, R. M.; PRATT, K. Construindo comunidades de


online. 1. ed. Curitiba: Appris, 2016. 176 p. aprendizagem no ciberespaço: estratégias eficientes para
salas de aula on-line. Porto Alegre: Artmed, 2002.
MORAN, J. M. Apresentação: últimos textos meus
publicados. [S.l], [20--?]. Disponível em: <https://goo.gl/ PERALTA, P. P.; SILVA, E. F.; TERUYA, D. Y. Busca de consenso
vXhLYu>. Acesso em: 4 ago. 2014. entre o direito do autor e o acesso à informação pelo públi-
co na rede de computadores: uma ótica dos tratados relati-
______. Desafios na comunicação pessoal. 3. ed. São Paulo: vos ao direito autoral. Perspectivas em Ciência da Informa-
Paulinas, 2008. ção, Belo Horizonte, v. 16, p. 116-130, 2011. Disponível em:
<https://goo.gl/ArWCxZ>. Acesso em: 30 jul. 2014.
______. A educação que desejamos: novos desafios e como
chegar lá. 5. ed. Campinas: Papirus, 2012. ROGERS, C. Tornar-se pessoa. Lisboa: Moraes Editores,
1984.
MORETTO, V. P. Planejando a educação para o desenvolvi-
mento de competências. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. ______. Um jeito de ser. São Paulo: EPU, 1987.
SANTOS, J. C. F. Aprendizagem significativa: modalidades ______. Teaching and learning in social & technological
de aprendizagem e o papel do professor. 5. ed. Porto Ale- networks. Athabasca, 2010. Disponível em: <https://goo.
gre: Mediação, 2013. 93 p. gl/7Azz8n>. Acesso em: 18 abr. 2017.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM NACIONAL. Depar- SILVA, E. L. (Org.). Mídia-educação: tecnologias digitais na
tamento Regional de Santa Catarina. Módulo de práticas prática do professor. Curitiba: CRV, 2012.
pedagógicas. Florianópolis, 2009.
SILVA, M. Sala de aula interativa: a educação presencial e a
______. Departamento Regional de Santa Catarina. Módulo distância em sintonia com a era digital e com a cidadania.
de avaliação no processo de ensino e de aprendizagem. [S.l], 2003. Disponível em: <https://goo.gl/hM1Gmh>. Aces-
Florianópolis, 2010. so em: 30 jul. 2014.

______. Departamento Nacional. Metodologia Senai de edu- UNIVERSIA BRASIL. Conheça seis ferramentas online para
cação profissional. Brasília, 2013a. professores descobrirem plágios. [S.l.], 2014. Disponível
em: <https://goo.gl/xZajSBl>. Acesso em: 24 abr. 2017.
______. Departamento Regional de Santa Catarina. MED:
Manual de Educação. Florianópolis, 2013b. VELTE, A. T.; VELTE, T. J.; ELSENPETER, R. Cloud computing:
computação em nuvem: uma abordagem prática. Rio de Ja-
SIEMENS, G. Conectivism: a learning theory for a digital age. neiro: Alta Books, 2012. 334 p.
[S.l], 2004. Disponível em: <https://goo.gl/LMzpEs>. Acesso
em: 4 ago. 2014. WILLINGTON, J.; OLIVEIRA, J. N. A nova lei brasileira de di-
reitos autorais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1999.
WIKIPEDIA. Hot potatoes. [S.l], [20--?]. Disponível em: <ht-
tps://goo.gl/MBcZ7r>. Acesso em: 12 ago. 2014.

______. Wiki. [S.l], [20--?]. Disponível em: <https://goo.


gl/9bJGjX>. Acesso em: 7 ago. 2014.

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre:


Artmed, 1998.

Você também pode gostar