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NR 35 – Trabalho em Altura
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Conteúdo
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Conteúdo Programático
1. Introdução à NR35

2. Impacto dos Acidentes e Doenças

3. Objetivo e campo de aplicação

4. Responsabilidades do Empregador

5. Responsabilidades dos trabalhadores

6. Capacitação e treinamento

7. Planejamento, organização e execução

8. Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem

9. Emergência e salvamento

10.Considerações Finais
Capítulo 1

Introdução à NR35
Uma das principais causas de acidentes de trabalho graves e fatais se deve a
eventos envolvendo quedas de trabalhadores de diferentes níveis.

Os riscos de queda em altura existem em vários ramos de Por mais detalhada que as medidas de proteção estejam estabelecidas na
atividades e em diversos tipos de tarefas. A necessidade de NR, não compreenderá as particularidades existentes em cada setor. Por
criação de uma norma mais ampla que atendesse a todos isso, a presente norma regulamentadora foi elaborada pensando nos
os ramos de atividade se fazia necessária para que estes aspectos da gestão de segurança e saúde do trabalho para todas as
trabalhos fossem realizados de forma segura. No mundo atividades desenvolvidas em altura com risco de queda. Como existe uma
do trabalho existem realidades complexas e dinâmicas e infinidade de diferentes trabalhos em altura, com dinâmicas diferenciadas,
uma nova Norma Regulamentadora para trabalhos em esta norma propõe a utilização dos preceitos da antecipação dos riscos
altura precisaria contemplar atividades que necessitam de para implantação de medidas adequadas para cada situação de trabalho
controle do estado. para que o mesmo se realize com a máxima segurança.
O Ministério do Trabalho e Emprego avaliou e acatou esta demanda
Como surgiu a NR35
e ato contínuo, através da DSST criou um grupo formado por
profissionais experientes, formados por representantes do governo,
Em setembro de 2010, se realizou no Sindicato dos
trabalhadores e empregadores de vários ramos de atividade que se
Engenheiros do Estado de São Paulo o 1º Fórum
reuniram em maio e junho de 2011 onde foi criada uma proposta
Internacional de Segurança em Trabalhos em
inicial de texto da nova NR.
Altura. Os dirigentes deste sindicato, juntamente
com a Federação de Sindicatos de Engenheiros se
Em agosto de 2011 foram analisadas e sistematizadas as sugestões
sensibilizaram com os fatos mostrados no Fórum e
recebidas da sociedade para inclusão ou alteração da norma. Em
reivindicaram ao MTE a necessidade de criação de
setembro de 2011 foi constituído o Grupo Técnico Tripartite da nova
uma norma específica para trabalhos em altura
NR35 que, após reuniões em setembro e outubro, em consenso,
que atendesse a todos os ramos dessa atividade.
chegaram ao texto final da Norma. Este foi encaminhada à CTPP
(Comissão Tripartite Paritária Permanente) para avaliação e análise.
Capítulo 2

Impacto dos Acidentes e Doenças


Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os acidentes e doenças
decorrentes do trabalho apresentam fatores extremamente negativos para a empresa,
para o trabalhador acidentado e para a sociedade. A redução do número
de acidentes e doenças
Anualmente, as altas taxas de acidentes e doenças registradas pelas estatísticas oficiais decorrentes do
expõem os elevados custos e prejuízos humanos, sociais e econômicos que custam
trabalho significa
maior competitividade,
muito para o País, considerando apenas os dados do trabalho formal.
redução de custos e
melhoria das condições
O somatório das perdas, muitas delas irreparáveis, é avaliado e determinado levando- e dos locais de
se em consideração os danos causados à integridade física e mental do trabalhador, os trabalho
prejuízos da empresa e os demais custos resultantes para a sociedade.
O que é acidente de trabalho

Acidente de trabalho é uma ocorrência decorrente do A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e
exercício do trabalho, que acontece de maneira individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, sendo
inesperada ou não, que interfere ou interrompe a também seu dever prestar informações pormenorizadas sobre os
atividade de trabalho, causando lesões, morte, perda riscos da operação a executar e do produto a manipular. Constitui
ou redução da capacidade de trabalho. contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir
as normas de segurança e higiene do trabalho. Nos casos de
Consideram-se também um acidente do trabalho as negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho
doenças ocupacionais, peculiares a determinadas indicadas para a proteção individual e coletiva, a previdência social
atividades e as doenças do trabalho, adquiridas ou proporá ação regressiva contra os responsáveis. O pagamento pela
desencadeadas em função de condições específicas em Previdência Social das prestações decorrentes do acidente do trabalho
que o trabalho é executado. não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros.
Brasil registrou mais de 4 milhões de
acidentes de trabalho entre 2012 e 2018

O Brasil registrou cerca de 4,2 milhões de acidentes de trabalho de 2012 até 2018,
sendo que 15.768 resultaram em mortes, segundo o Observatório Digital de Saúde
e Segurança do Trabalho.

Em 2017, um total de 895.770 acidentes foram registrados no Brasil. Cortes,


laceração, ferida contusa e punctura (furo ou picada) responderam por cerca de 92
mil casos.

Ainda contabilizam nos dados 78.499 fraturas e 67.371 contusões/esmagamentos.


Segundo estimativas do Observatório, cerca de 28,7 bilhões de reais foram gastos
de 2012 até agora com benefícios acidentários, que incluem auxílio-doença,
aposentadoria por invalidez, pensão por mote e auxílio-acidente. Foram quase 334
milhões de dias de trabalho perdidos por causa dos acidentes de trabalho.
Em 2017, das 349.579 comunicações de acidentes de trabalho Somados os números de acidentes e óbitos causados
(CATs) feitas pelas empresas ao Instituto Nacional do Seguro por quedas entre serventes de obras e pedreiros,
Social (INSS), 37.057 se referiam a quedas – 10,6% dos trabalhadores da construção civil, foram 1.796 acidentes
registros. e 24 mortes em 2017.

Entre os acidentes fatais de trabalho no último ano, as quedas Entretanto, há regulamentação definida para evitar esse
representaram 14,49% do total. Das 1.111 mortes em tipo de acidente – que geralmente acontece quando as
ambiente de trabalho registradas em 2017, 161 foram normas de segurança são desrespeitadas. A norma 35
causadas por quedas. Esses acidentes geralmente têm relação trata do trabalho em altura e a norma 18 estabelece
com escadas, andaimes e estruturas e veículos motorizados. regras para trabalho na indústria da construção civil.
Arte: Acidente de trabalho
Principais danos causados ao trabalhador

1. Sofrimento físico e mental;


2. Cirurgias e remédios;
3. Próteses e assistência médica;
4. Fisioterapia e assistência psicológica;
5. Dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção;
6. Diminuição do poder aquisitivo;
7. Desamparo à família;
8. Estigmatização do acidentado;
9. Desemprego;
10. Marginalização;
11. Depressão e traumas.
Acidentes de trabalho mais comuns

Segundo o Ministério da Previdência Social, alguns acidentes são mais comum e atingem um maior número de trabalhadores.
Entre os acidentes mais comuns estão:

1. Quedas;
2. Choques contra objetos;
3. Choques elétricos;
4. Golpes provocados por ferramentas;
5. Fraturas;
6. Contusão e esmagamento;
7. Lesões por Esforços Repetitivos- LER;
8. DORT (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho);
9. Estresse;
10. Ansiedade.
Redução de acidentes em micro e pequenas empresas

As micro e pequenas empresas necessitam ser estudadas e orientadas, levando-se em conta suas principais características:

• Estão presentes na maioria dos setores da economia;


• Concentram a maioria dos trabalhadores formais e informais, especializados ou não;
• Têm maior capacidade de fixação da mão-de-obra local;
• Possuem tratamento jurídico diferenciado;
• Não pertencem a grandes grupos econômicos e financeiros;
• São resistentes à burocracia e ao cumprimento de normas ou regras;
• São fortemente impactadas por acidentes, danos patrimoniais ou outros tipos de prejuízos;
• São flexíveis, ágeis e adaptam-se rapidamente às mudanças e exigências do mercado;
• São avaliadas no preço, qualidade e reputação de seus produtos e serviços, e de forma ética pela proximidade com a comunidade;
• Assumem ações e posições no mercado que as grandes empresas não conseguem assumir;
• A comunicação é direta e a dinâmica interna é mais informal;
• O próprio dono é o responsável pela gestão de segurança no trabalho;
• Existe estreita relação pessoal do proprietário com os empregados, clientes e fornecedores;
• Necessitam do envolvimento, cooperação e participação de todos para identificar, eliminar ou neutralizar os riscos do local de trabalho.
Os custos não segurados impactam a empresa
Prejuízos à empresa principalmente nos seguintes itens:

As micro e pequenas empresas são fortemente atingidas pelas 1. Salário dos quinze primeiros dias após o acidente;
consequências dos acidentes e doenças, apesar de nem sempre 2. Transporte e assistência médica de urgência;
os seus dirigentes perceberem este fato. 3. Paralisação de setor, máquinas e equipamentos;
4. Interrupção da produção;
O custo total de um acidente é dado pela soma de duas parcelas: 5. Prejuízos ao conceito e à imagem da empresa;
uma refere-se ao custo direto (ou custo segurado), a exemplo do 6. Danificação de produtos, matéria-prima e outros insumos;
recolhimento mensal feito à Previdência Social, para pagamento 7. Embargo ou interdição fiscal;
do seguro contra acidentes do trabalho, visando a garantir uma 8. Investigação de causas e correção da situação;
das modalidades de benefícios estabelecidos na legislação 9. Pagamento de horas-extras;
previdenciária. 10. Atrasos no cronograma de produção e entrega;
11. Cobertura de licenças médicas;
A outra parcela refere-se ao custo indireto (custo não segurado). 12. Multas e encargos contratuais;
Estudos informam que a relação entre os custos segurados e os 13. Perícia trabalhista, civil ou criminal;
não segurados é de 1 para 4, ou seja, para cada real gasto com os 14. Indenizações e honorários legais; e
custos segurados, são gastos 4 com os custos não segurados. 15. Elevação de preços dos produtos e serviços.
Custos resultantes para a sociedade

As estatísticas informam que os acidentes atingem, Isso, consequentemente, prejudica o desenvolvimento do País, provocando:
principalmente, pessoas na faixa etária dos 20 aos 30
anos, justamente quando estão em plena condição • Redução da população economicamente ativa;
física. Muitas vezes, esses jovens trabalhadores, que • Aumento da taxação securitária; e
sustentam suas famílias com seu trabalho, desfalcam • Aumento de impostos e taxas.
as empresas e oneram a sociedade, pois passam a
necessitar de: É importante ressaltar que, apesar de todos os cálculos, o valor da vida
humana não pode ser matematizado, sendo o mais importante no estudo o
• Socorro e medicação de urgência; conjunto de benefícios que a micro ou pequena empresa consegue com a
• Intervenções cirúrgicas; adoção de boas práticas de Saúde e Segurança no Trabalho, pois, além de
• Mais leitos nos hospitais; prevenir acidentes e doenças, está vacinada contra os imprevistos
• Maior apoio da família e da comunidade; e acidentários, reduz os custos, otimiza conceito e imagem junto à clientela e
• Benefícios previdenciários. potencializa a sua competitividade.
A importância de conhecer os riscos

Os locais de trabalho, pela própria natureza da É importante salientar que a presença de produtos ou agentes nocivos nos
atividade desenvolvida e pelas características de locais de trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe perigo para a
organização, relações interpessoais, manipulação saúde. Isso vai depender da combinação ou inter-relação de diversos fatores,
ou exposição a agentes físicos, químicos, como a concentração e a forma do contaminante no ambiente de trabalho, o
biológicos, situações de deficiência ergonômica ou nível de toxicidade e o tempo de exposição da pessoa. Entretanto, na visão
riscos de acidentes, podem comprometer a saúde da prevenção, não existem micro ou pequenos riscos, o que existem são
e a segurança do trabalhador em curto, médio e micro ou pequenas empresas. Desta forma, em qualquer tipo de atividade
longo prazo, provocando lesões imediatas, laboral, torna-se imprescindível a necessidade de investigar o ambiente de
doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem trabalho para conhecer os riscos a que estão expostos os trabalhadores.
legal e patrimonial para a empresa.
Capítulo 3

Objetivo e campo de aplicação


Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o
planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos
direta ou indiretamente com esta atividade.

Trabalho em altura é, portanto, qualquer trabalho que requeira que o trabalhador esteja posicionado em um local
elevado, com diferença superior a 2,0 m (dois metros) da superfície de referência, e que ofereça risco de queda.

Adotou-se esta altura como referência por ser a altura com 2,0 metros de desnível consagrada em várias normas,
inclusive internacionais. Facilita a compreensão, eliminando dúvidas de interpretação da Norma e as medidas de
proteção que deverão ser implantadas. As atividades de acesso e a saída do trabalhador deste local também
deverão respeitar e atender esta norma.
Esta norma foi elaborada para proteger os trabalhadores dos riscos dos trabalhos realizados em altura nos
aspectos da prevenção dos riscos de queda. Conforme a complexidade e riscos destas tarefas, o empregador
deverá adotar medidas complementares inerentes a estas atividades. Por isso, esta norma foca na gestão da
segurança e saúde dos trabalhos em altura de forma mais genérica e abrangente.

No termo “mínimos” denota-se a intenção de regulamentar o menor grau de exigibilidade, passível de auditoria e
punibilidade, no universo de medidas de controle e sistemas preventivos possíveis de aplicação, e que,
consequentemente, há muito mais a ser estudado e implantado. O conceito de garantia em segurança e saúde a
todos os trabalhadores envolvidos, assegurando-lhes o direito à segurança e saúde quando houver intervenções
do trabalhador com interferência direta ou indireta em serviços em altura.
Capítulo 4

Responsabilidades
do Empregador
O que cabe ao empregador para estabelecer a NR 35?

Esta Norma na sua inspiração não buscou elaborar receitas e, assim, priorizar a
análise de risco responsável, permitindo soluções particulares alternativas que
possam manter a garantia de segurança desejada. Vejamos a seguir quais as ações
necessárias de serem realizadas por parte das empresas empregadoras!
Responsabilidade do empregador

• garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;

• assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;

• desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;

• assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações;

• adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

• garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;

• garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;

• assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista;

• estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;

• assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;

• assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.


Arte: Trabalho em altura
Documentos previstos nesta Norma

Estes registros das inspeções devem ser os de “aquisição” e os de “recusa”. Estes documentos devem estar disponíveis
para a fiscalização, por pelo menos 25 anos, que são:

- Análise de Riscos (AR);


- Permissão de Trabalho (PT), se existentes;
- Certificados de Treinamento; - Procedimento Operacional (PO);
- Plano de Emergência da Empresa;
- Atestado de Saúde Ocupacional (ASO);
- Registro das inspeções de EPI/Acessórios/Ancoragens.
Capítulo 5

Responsabilidades dos
trabalhadores
Os trabalhadores também têm responsabilidade com a sua segurança.

É um compromisso legalmente obrigatório para os trabalhadores que tem que


cumprir as normas e regulamentos estabelecidas e demais medidas internas de
segurança e saúde. Vejamos as principais responsabilidades, a seguir.
Responsabilidade dos trabalhadores

• cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

• colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;

• interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança
e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

• zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

• Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e
iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas. Trata-se de uma ratificação do direito de recusa, previsto no artigo 13 da
Convenção 155 da OIT e promulgada pelo Decreto 1.254 de 29 de setembro de 1994, com indicações de que essa providência de recusar-se a
expor sua saúde e integridade física deva resultar em medidas corretivas, indicando a responsabilidade dos níveis hierárquicos superiores para
as providências necessárias.
Capítulo 6

Capacitação e treinamento
O empregador deve promover programa para capacitação
dos trabalhadores à realização de trabalho em altura.

Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas.
Treinamento capacitado

As necessidades de treinamento e o nível de treinamento


devem estar claramente definidos. O treinamento deve incluir
questões gerais de saúde e segurança específicas do trabalho,
o uso de equipamentos de proteção individual, de ferramentas
e outros equipamentos do trabalho e o manuseio de materiais.
O trabalhador recentemente treinado deve a princípio ficar sob
supervisão direta, por exemplo, do supervisor, ou de um
trabalhador mais experiente, a critério do supervisor.
O Conteúdo Programático deve incluir, no mínimo:

• normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

• análise de Risco e condições impeditivas;

• riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;

• sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

• equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;

• acidentes típicos em trabalhos em altura;

• condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.


Necessidade de Treinamento

O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:

a. mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;


b. evento que indique a necessidade de novo treinamento; Estes eventos poderão ser: acidentes ocorridos, inclusão de novos
riscos adicionais, novos equipamentos, troca de fornecedor de EPI, etc.
c. retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d. mudança de empresa. Na mudança de empresa o trabalhador deverá ser treinado para as novas condições de trabalho. Se na
nova empresa ele realizar atividades idênticas, com os mesmos equipamentos, às que realizava na empresa anterior e com os
mesmos riscos, este treinamento poderá ter carga horária reduzida. Isto só será permitido se o prazo de validade do curso
anterior não ultrapassou os 2 anos.

OBSERVAÇÃO: O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático
definido pelo empregador. Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático devem
atender a situação que o motivou. A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.
Análise de Risco

Análise de risco é um método sistemático de exame e avaliação de todas as etapas e elementos de um determinado trabalho, para
desenvolver e racionalizar toda a sequência de operações que o trabalhador executa podemos citar:

a. identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e materiais;


b. identificar e corrigir problemas operacionais e implementar a maneira correta para execução de cada etapa do trabalho com segurança.

É, portanto, uma ferramenta de exame crítico da atividade ou situação, com grande utilidade para a identificação e antecipação dos eventos
indesejáveis e acidentes possíveis de ocorrência, possibilitando a adoção de medidas preventivas de segurança e de saúde do trabalhador, do
usuário e de terceiros, do meio ambiente e até mesmo evitar danos aos equipamentos e interrupção dos processos produtivos. A análise de
risco não pode prescindir de metodologia científica de avaliação e procedimentos conhecidos, divulgados e praticados na organização e,
principalmente, aceitos pelo poder público, órgãos e entidades técnicas.
As principais metodologias técnicas utilizadas no desenvolvimento de análise de risco são:

a. Análise Preliminar de Risco (APR);


b. Análise de Modos de Falha e Efeitos – FMEA (AMFE);
c. Análise Preliminar de Perigo (APP).
Etapas da APR:

1. Descrever e caracterizar os riscos: Nesta etapa, serão caracterizados e descritos


Análise Preliminar de Risco (APR) os agentes causadores e seus consequentes efeitos, possibilitando que medidas
preventivas e de correção sejam aplicadas imediatamente. Também serão
Conhecida pela sigla APR, a Análise Preliminar de identificados os riscos mais graves e os de menor potencial ofensivo, de maneira
Riscos é uma ferramenta eficaz para a escalonada, o que indicará quais as medidas são mais urgentes.
identificação de potenciais riscos no ambiente de
trabalho. Partindo da identificação antecipada de 2. Determinar ações de controle e prevenção: Nesta fase também serão definidos
elementos e fatores ambientais que representem os responsáveis pelo controle dos riscos. Dentre as principais ações estão:
perigo elevado, analisa, de maneira detalhada, Determinar os riscos por ordem de gravidade, Identificar a origem dos principais
cada uma das etapas do processo, possibilitando agentes de risco e os riscos associados a eles; Delegar e indicar em cada setor,
assim a escolha das ações mais adequadas para qual profissional será responsável pela execução prática das ações preventivas e
minimizar a possibilidade de acidentes. A APR é corretivas, e da mesma forma, quais as atividades estarão sob sua
uma das técnicas mais utilizadas atualmente, e responsabilidade, entre outros.
devido à sua alta eficácia e pelo envolvimento de
diversos profissionais, faz parte do cotidiano tanto 3. Analisar falhas humanas: É fundamental levar em conta a natureza dos
de profissionais, como de estudantes do setor de equipamentos e demais variáveis do ambiente de trabalho para a análise dos
segurança e saúde do trabalho. riscos, e garantir que o dimensionamento e instalação do projeto sejam
adequados à atividade humana.
Modelo de APR
Análise de Modos de Falha e Efeitos – FMEA (AMFE)

A Análise de Modos de Falhas e Efeitos - FMEA (Failure Mode and Etapas da FMEA:
Effect Analysis) é um método utilizado para prevenir falhas e
analisar os riscos de um processo, através da identificação de 1. Definir o processo que será analisado;
causas e efeitos para identificar as ações que serão utilizadas para 2. Definir a equipe, priorizando os aspectos multidisciplinares;
inibir as falhas. Modo de falha está relacionado ao fato de como 3. Definir a não conformidade (modo da falha);
um processo pode ser levado a operar de maneira deficiente e é 4. Identificar seus efeitos;
composto por três elementos: efeito, causa e detecção. Efeito é a 5. Identificar sua causa principal e outras causas;
consequência que a falha pode causar ao cliente; causa é o que 6. Priorizar as falhas através do nível de risco;
indica a razão da falha ter ocorrido e detecção é a forma utilizada 7. Agir através de ações preventivas (detecção);
no controle do processo para evitar as falhas potenciais. O FMEA, 8. Definir o prazo e o responsável pela ação preventiva.
logo, tem por objetivo identificar, delimitar e descrever as não
conformidades (modo da falha) geradas pelo processo e seus
efeitos e causas, para através de ações de prevenção poder
diminuí-los ou eliminá-los.
Modelo de FMEA
Análise Preliminar do Perigo (APP)

Etapas da APP:
O escopo da APP abrange todos os eventos
perigosos, cujas causas tenham origem nas 1. Definição das fronteiras das instalações analisadas;
instalações analisadas, englobando tanto as falhas 2. Coleta de informações sobre as instalações e as características das
intrínsecas de componentes ou sistemas, como substâncias perigosas envolvidas;
eventuais erros operacionais (erros humanos), 3. Definição dos módulos de análise;
principalmente aqueles decorrentes de falhas nos 4. Realização da APP propriamente dita (preenchimento da planilha
procedimentos ou na execução. Deverão ser para cada módulo de análise);
consideradas unidades de processo, estocagem, 5. Elaboração das estatísticas dos cenários por categorias de frequência
dutos, terminais, subestações, utilidades entre e severidade, e da lista de sugestões gerados no estudo;
outras instalações que possam representar risco à 6. Análise dos resultados e preparação do relatório.
segurança e meio ambiente.
Exemplo de APP
To d o t ra b a l h o e m a l t u ra d ev e
ser planejado, organizado e
Capítulo 7 executado por trabalhador

Planejamento,
capacitado e autorizado.

organização e Determina a obrigatoriedade dos tomadores de


serviços de trabalho em altura garantir a

execução
segurança e a saúde de todos os trabalhadores
e usuários envolvidos. Veja a seguir outros
pontos da NR35.
1. Trabalhador autorizado 2. Avaliação do estado de saúde

Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores
altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi que exercem atividades em altura, garantindo que:
avaliado, tendo sido considerado apto para executar
essa atividade e que possua anuência formal da a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes
empresa. integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;
A autorização é um processo administrativo através do
qual a empresa declara formalmente sua anuência, b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os
autorizando a pessoa a trabalhar em altura. A riscos envolvidos em cada situação;
autorização está acompanhada da responsabilidade
em autorizar. c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão
originar mal súbito e queda de altura, considerando também os
fatores psicossociais.
3. Atestado de saúde 4. Cadastro e atualização

A aptidão para trabalho em altura deve ser A empresa deve manter cadastro atualizado que permita
consignada no atestado de saúde ocupacional do conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador
trabalhador. Além de constar apto para a função a para trabalho em altura. Este cadastro que poderá ser em
aptidão para o trabalho em altura também deverá formato de documento impresso, crachá, cartaz, ou registro
estar registrada no Atestado de Saúde Ocupacional. eletrônico que evidencie para quais atividades o trabalhador
tem autorização para trabalhar em função de sua capacitação e
estado de saúde.
5. Planejamentos conforme a hierarquia 6. Supervisão

No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão,
com a seguinte hierarquia: cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as
peculiaridades da atividade. No setor elétrico, por exemplo, o
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir responsável pelo cumprimento não é a chefia, mas sim o
meio alternativo de execução; supervisor da tarefa a quem caberá esta responsabilidade.

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores,


na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda,


quando o risco de queda não puder ser eliminado.
7. Influências externas 8. Análise de risco

A execução do serviço deve considerar as influências Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
externas que possam alterar as condições do local de
trabalho já previstas na análise de risco.
A análise de riscos deve considerar, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura:

a. o local em que os serviços serão executados e seu entorno;


b. o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c. estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d. as condições meteorológicas adversas, como ventos fortes, chuva, vendavais, umidade alta, sol e calor excessivos, etc.
e. a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual;
f. o risco de queda de materiais e ferramentas;
g. os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h. o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
i. os riscos adicionais;
j. as condições impeditivas;
k. as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l. a necessidade de sistema de comunicação;
m. a forma de supervisão.
9. Atividades rotineiras 10. Procedimento para atividades rotineiras

Para atividades rotineiras de trabalho em altura a Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de
análise de risco pode estar contemplada no respectivo trabalho em altura devem conter, no mínimo:
procedimento operacional.
a. as diretrizes e requisitos da tarefa;
Atividades rotineiras: Conjunto de ações que fazem b. as orientações administrativas;
parte do cotidiano de uma atribuição, função ou cargo c. o detalhamento da tarefa;
do trabalhador no processo do trabalho. d. as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e. as condições impeditivas;
Atividades não rotineiras: Conjunto de ações que f. os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
não fazem parte do cotidiano de uma atribuição, g. as competências e responsabilidades.
função ou cargo do trabalhador no processo do
trabalho.
11. Atividades não-rotineiras 12. Permissão de trabalho

Devem ter permissão de trabalho. Para as A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo
atividades não rotineiras as medidas de controle responsável pela autorização da permissão, disponibilizada no
devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na local de execução da atividade e, ao final, encerrada e
Permissão de Trabalho. arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.

Permissão de trabalho deverá ser o documento a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução
para formalizar à autorização para a execução da dos trabalhos;
atividade, ou seja, o local de trabalho, recursos e b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
pessoal se encontram em conformidade com a AR c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.
portanto é permitida a sua realização.
Deve ter validade limitada.
Capítulo 8

Equipamentos de Proteção
Individual, Acessórios e
Sistemas de Ancoragem
A NR 35 afirma que Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e
sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-
se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo
fator de segurança, em caso de eventual queda.
O fator de segurança estabelecido mínimo de 2,5:1, Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o
tendo como base de cálculo 6 kN, como força de trabalhador está exposto, os riscos adicionais. Em algumas
impacto máximo permitida a ser transmitida ao circunstâncias os EPI devem, além de garantir a eficácia na retenção
trabalhador. A norma de absorvedor de energia e as de da queda do trabalhador, garantir que estes sejam adequados aos
todos os modelos de trava-queda testam os produtos riscos adicionais que possam existir no local de trabalho.
dentro da pior situação possível e limitam a força de
impacto gerada em 6 kN (600 Kgf). Existe uma Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos
discussão dentro do CB-32 para que seja revista e EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de
colocada em consulta pública a permissão de talabartes queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou
de segurança sem absorvedor de energia com até 0,9m deformações. Antes do equipamento novo ou usado ser utilizado
para proteção de queda. Outro fator que deve ser pela primeira vez por um usuário específico, esse usuário deve
levado em conta na seleção do EPI é o propósito do assegurar que seja apropriado para a aplicação pretendida, que
uso. Por exemplo: nem todo trava-quedas pode ser funciona corretamente, e que está em boas condições.
utilizado como equipamento de posicionamento.
Antes do início dos trabalhos, deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas
de ancoragem. Estas inspeções devem fazer parte da rotina de toda a atividade realizada em altura.

Deve ser registrado o resultado das inspeções:


a) na aquisição;
b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.

Estes registros deverão existir obrigatoriamente nestas duas circunstâncias e estes registros deverão ser
arquivados para rastreá-los.
Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.
apresentarem defeitos, degradação, deformações ou O sistema de ancoragem são componentes definitivos ou temporários,
sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o
descartados, exceto quando sua restauração for prevista trabalhador possa conectar seu Equipamento de Proteção Individual. O
em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem
internacionais. durante todo o período de exposição ao risco de queda.

Quando apresentarem defeitos, degradação, deformações O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do
ou sofrerem impactos de queda nos pontos de ancoragem, nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura
cinturões de segurança, talabartes, absorvedores de de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances
energia, cabos, conectores e trava-quedas devem ser do trabalhador colidir com estrutura inferior.
descartados e inutilizados para evitar reuso.
É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:

a) fator de queda for maior que 1;


b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m. O absorvedor de
energia é o componente ou elemento de um sistema antiqueda
desenhado para dissipar a energia cinética desenvolvida durante
uma queda de uma determinada altura (força de pico). A
obrigatoriedade do uso do absorvedor de energia nestes casos é
reduzir o impacto no trabalhador caso ocorra a queda quando a
fator de queda for superior a 1.
Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;


b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
Capítulo 9

Emergência e salvamento
Boas práticas de atendimento de emergência e salvamento.

O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de Se a equipe de emergência e salvamento for própria ou
emergências para trabalho em altura e os trabalhadores devem estar formada pelos próprios trabalhadores as respostas
amplamente envolvidos no processo. Estas equipes deverão estar serão realizar o resgate e os primeiros socorros de
preparadas e aptas a realizar as condutas mais adequadas para os imediato com as técnicas aprendidas. Se a equipe for
possíveis cenários de situações de emergência em suas atividades. As externa, a resposta será chamar a equipe de
respostas serão proporcionais ao nível de treinamento e aptidão emergência com a maior brevidade e dar todo o suporte
necessárias em função da existência ou não de equipe própria, externa e retaguarda à(s) vítima(s) e a equipe de resgate.
ou composta pelos próprios trabalhadores.
A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em
altura, em função das características das atividades.

Equipe externa pode ser pública ou privada. A pública é formada pelo corpo de bombeiros da policia militar ou
por voluntários, defesa civil, resgate, SAMU, paramédicos, etc., em cidades, regiões ou logradouros que as
possuam. A equipe privada é formada por profissionais capacitados em emergência e salvamento como
bombeiros civis, médicos, enfermeiros e resgatistas treinados em fábricas, estabelecimentos, ou frentes de
serviço que tem função especifica dar suporte para seus próprios funcionários e de contratadas.

O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências.
Como exemplo de equipe própria podemos citar trabalhos realizados na montagem de torres de
telecomunicações em locais distantes ou de difícil acesso onde os trabalhadores deverão estar capacitados a
realizar salvamentos de emergência, resgate e inclusive o auto resgate, quando possível ou viável.
Plano de emergência nas empresas

As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho As pessoas responsáveis pela execução das medidas de
em altura devem constar do plano de emergência da empresa. salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate,
prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental
Trata-se de um documento contendo os procedimentos para compatível com a atividade a desempenhar.
contingências de ordem geral, que os trabalhadores autorizados
deverão conhecer e estar aptos adotá-los nas circunstâncias em Se a empresa, de acordo com o seu plano de emergência, tiver
que se fizerem necessários. ou necessitar equipe própria para executar o resgate e prestar
primeiros socorros os membros desta equipe devem possuir
Essas medidas são em função dos riscos e das condições do treinamento adequado.
trabalho em áreas externas e internas sujeitas a diversas variáveis
cujo controle não está totalmente nas mãos dos trabalhadores, A indefinição do fator de segurança e sua responsabilidade
como as interferências de veículos em vias públicas, intempéries, devem ficar a cargo do fabricante dos equipamentos o que
ações de pessoas negligentes, bem como os reflexos dessas poderá ser consignado no próprio CA do EPI, ou, no caso de
ocorrências nas áreas internas, que determinam a necessidade de equipamentos acessórios, em documento próprio do mesmo.
serem pré-estabelecidos procedimentos emergenciais.
Modelo de Plano de Emergência
Modelo de Plano de Emergência
Capítulo 10

Considerações Finais
A realização do Trabalho em Altura traz uma série de riscos, Conhecer a NR-35 e todas as suas diretrizes e informações é
responsabilidades, compromissos e obrigações para a essencial para a realização segura do Trabalho em Altura. Os
empresa, empregadores e o próprio trabalhador. Todas essas empregadores e trabalhadores precisam ter consciência de
responsabilidades devem ser assumidas e tratadas suas responsabilidades para que tudo corra perfeitamente e de
seriamente para que a realização do Trabalho em Altura possa forma segura. É sempre bom se manter atualizado em relação
ser segura e cumprida da melhor forma possível. Para garantir a essa norma, pois o mercado de segurança é muito dinâmico.
que todos estejam em sintonia durante essa execução, a NR-
35 estabelece as normas, deveres e parâmetros para um Desejamos a você muito sucesso!
trabalho seguro e feito com responsabilidade.
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NR 35 – Trabalho em Altura
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