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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Projecto de D renagem
VIAS DE COM UN ICA ÇÃO II
GUIA DE ELAB O RAÇÃO
Curso: LECT Data: 21-Set-2021
Turmas: LECT31, LECT32 Prazo: 07-Set-2022
Nome do Docente: Prof. F. Leite/ Eng. B. Matsimbe Pontuação: 35

PARTE II – DIMENSIONAMENTO DE UM AQUEDUTO E CONCEPÇÃO DE UM


DRENO SUBTERÂNEO

2.1 DIMENSIONAMENTO DE UM AQUEDUTO


Passo 1: Caracterizar a bacia
Para dimensionar um aqueduto deverão ser conhecidas as características da bbacia
hidrográfica, mais concretamente:
• Os limites da bacia;
• A secção de vazão;
• As cotas do terreno;
• As extensões e inclinações do terreno;
• Os caminhos preferenciais da água ou cursos de água;
• A cobertura do solo na bacia.

Passo 2: Determinar a Área da Bacia – A


Apartir dos limites da bacia deverá ser determinada a área da bacia. Geralmente a
determinação da área da bacia é feita por medição no terreno, medição em mapas ou
cartas topográficas ou por aproximação da forma da bacia à figuras geométricas
regulares.

Figura 1 – Representação de bacia hidrográfica.

Na figura 1, as bacias representadas nas primeiras figurão terão a sua área calculada
pela aproximação da forma das bacias a um rectângulo e trapézio, respetivamente. A

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terceira bacia deverá ter a sua área determinada por medição e cálculo baseado na
escala apresentada no mapa.

No caso de a bacia ter características heterogéneas, como a variação do tipo e


cobertura do solo, da utilização do solo, de inclinações, entre outras, o mesmo
procedimento de cálculo da área da bacia poderá ser usado para as sub-bacias,
considerando que o somatório das áreas das sub-bacias deve corresponder à área total
da bacia.
A área da bacia é dada em metros quadrados ou em hectares.

Passo 3: Determinar a Coeficiente de Escoamento - C


O Coeficiente de Escoamento é a razão entre a água a drenar e a quantidade de água
que cai sobre a bacia. Bacias com solos mais permeáveis terão um coeficiente de
escoamento menor que bacias com solos menos permeáveis. Quanto maior a inclinação
do terreno maior é o coeficiente de escoamento.
O ceficiente de escoamento é adimensional.

O Coeficiente de escoamento é retirado de tabelas em função da cobertura do solo da


bacia (vide tabelas abaixo). No caso de bacias heterogéneas, o coeficiente é
determinado de forma ponderada, pela expressão que se segue.

C = (A1x C1+...+Na x Cn)/(A1+...+An)


Onde: Ai – é a área da sub-bacia, que varia de 1 a n;
Ci – é o coeficiente de escoamento da sub-bacia, que varia de 1 a n.

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Passo 4: Determinar o tempo de concentração - Tc


Chama-se tempo de concentração (Tc) ao tempo que uma partícula de água caída no
ponto mais afastado (cinematicamente) da boca de uma bacia leva a atingir esta última.
O tempo de concentração em bacias naturais pode ser calculado pela fórmula de
Kirpich. O tempo de escoamento em superfícies de diferente cobertura e em superfícies

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relativamente regulares (não muito grandes) pode ser feito com recurso a ábacos. O
tempo de concentração é medido em horas, minutos ou segundos.
No caso do percurso da gota cinematicamente mais afastada passar por superfícies
heterogéneas, com diferentes inclinações, usos e coberturas do solo, o trajecto deverá
ser repartido e cada um dos tempos determinado de acordo com o apresentado em
seguida.
• Bacias naturais: fórmula de Kirpich
Tc = 3,34.10-4. L1,15/ h0,38
Onde: L é o comprimento do curso de água principal; e
h é a diferença de cotas entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo da bacia.
• Bacias não naturais: ábacos e expressão da velocidade do Movimento Rectilíneo
Uniforme, retirando o valor da velocidade de tabelas (ver tabela abaixo).

Expressão da velocidade do MRU: V = L/ t


Onde: V – é a velocidade de escoamento supercial;
L – é a extensão percorrida pela gora cinematicamente mais afastada;
t – é o tempo de escoamento, que pode ser traduzido como tempo de
concentração.

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Passo 5: Escolher o período de retorno – T


O período de retorno é o intervalo de tempo, geralmente em anos, que decorre em
média, para que um determinado evento aleatório seja igualado ou excedido. Diz-se que
o período de retorno de um caudal é T quando o valor desse caudal é igualado
ou excedido, em média, uma vez em cada intervalo de tempo T.
A opção quanto ao período de retorno condiciona o custo da obra e é o factor
determinante da escolha do nível de segurança e dos prejuízos aceitáveis face à
importância da via.
O período de retorno pode ser retirado de tabelas em função dos parâmetros referidos
no parágrafo anterior.

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O Manual de Drenagem Superficial em Vias de Comunicação (MDSVC), do Instituto de


Estradas de Portugal (IEP) propõe uma metodologia de determinação do tempo de
retorno de dispositivos de drenagem de vias de comunicação. Na drenagem
longitudinal o valor do período de retorno deve ser definido em função do tipo e
importância da via (ver quadro abaixo).

Na drenagem transversal o período de retorno é variável em função da importância da


infra-estrutura rodoviária e da magnitude dos prejuízos/danos na via. O MDSVC
recomenda que sejam considerados três parâmetros para determinar o período de
retorno no cálculo da drenagem transversal. O período de retorno a adoptar varia em
função do índice I (I=P1+P2+P3).

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O parâmetro P1 deve ser definido em função da importância da via.


Em Moçambique, estradas nacionais (EN’s) geralmente ligam os principais centros
urbanos como o caso das capitais provinciais, estradas regionais (ER’s) geralmente
ligam sedes distritais e localidades de import6ancia considável, estradas municipais são
as ruas e avenidas existentes dentro da área de municípios, Itinerários principais - IP(s)
são as estradas nacionais de EN1 a EN100, as restantes estradas nacionais (acima de
EN100) e as estradas regionais compreendem os itinerários complementares - IC(s).
O TMDA - tráfego médio diário anual, é uma unidade usada em engenharia de tráfego
para mensurar o volume de tráfego de uma determinada via.

O parâmentro P2 é definido de acordo com a tabela abaixo, buscando responder à


questão: Caso a via sofra danos devido à destruição da passagem hidráulica (aqueduto)
que se pretende dimensionar, qual é o risco da via ficar completamente intransitável ou
de não ser possível haver a ligação entre a origem e o destino da via.

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O parâmentro P3 é definido de acordo com a tabela abaixo, buscando responder à


questão: Caso a via sofra danos devido à destruição da passagem hidráulica (aqueduto)
que se pretende dimensionar, qual é o risco de haver perdas humanas e materiais nos
arredores? Geralmente zonas com pouca ocupação humana e poucas infraestruturas
são de baixo risco, e quanto maior a presença humana na bacia, maior é o risco de
prejuízos e danos.

Quando se consideram grandes períodos de retorno é comum fazer um ajustamento aos


coeficientes de escoamento de áreas permeáveis e semipermeáveis, por elas se
poderem comportar como áreas impermeabilizadas (perda por infiltração menor). Pode
ocorrer para chuvadas pouco frequentes (períodos de retorno elevados) ou quando
ocorrem chuvadas frequentes separadas por períodos secos curtos.

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Passo 6: Determinar a Intensidade de Precipitação – T


A intensidade de precipitação (medida em mm/h) é determinada através das curvas IDF
conhecendo o tempo de concentração (em minutos) e período de retorno (em anos).
Uma vez que apenas as curvas IDF de Maputo são aresentadas no Regulamento de
Drenagem vigente em Moçambique, deve-se corrigir o resultado por um coeficiente de
localização.

Passo 7: Determinar a caudal hidrológico – Q


O caudal hidrológico deve ser determinado através da fórmula racional.

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Q = CIA/360
Onde: Q – caudal (m3/s);
C- coeficiente de escoamento da bacia;
I – Intensidade de precipitação crítica (mm/h);
A – Área da bacia (ha).

Passo 7: Determinar a caudal de dimensionamento - Qdim


O caudal hidrológico deve ser afectado por um coeficiente de segurança para que se
obtenha o caudal a ser usado no dimensionamento da passagem hidráulica. Este
acréscimo do caudal na ordem dos 30 a 50% tem por objectivo salvaguardar erros de
precisão na recolha e tratamento dos dados hidrológicos.
Qdim = Q x (1,3 a 1,5)

Passo 8: Escolher o tipo de secção do aqueduto


Nesta fase, deve proceder-se à escolha do tipo de secção do aqueduto (circular,
quadrangula, etc…). Dela dependem as relações hidráulicas a ser usadas no cálculo
das dimensões do aqueduto (no caso de cálculo analítico).

Passo 8: Determinar a inclinação do aqueduto – i


A inclinação do aqueduto pode ser assumida como a inclinação do curso de água
natural/ principal obtido através da expressão:
i = (hmax – hmin)/ L
Onde: i – é a inclinação na forma decimal;

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hmax e hmin - são as cotas máxima e mínimo do curso de água principal ou do


caminho preferencial da água;
L – é o comprimento do curso de água principal ou do caminho preferencial da
água.
A inclinação recomendada pode ainda ser consultada ao fabricante da(s) manilha(s) a
ser(em) usada(s) no aqueduto. Ou ainda ao regulamento de drenagem vigente. Este
último recomenda inclinações superiores a 1%.

Passo 9: Determinar a secção do aqueduto – S


A secção do aqueduto pode ser determinada por meio de:
• Ábacos publicados no Manual de Hidráulica de Armando Lencastre em função do
tipo de secção adoptado, entrando com os valores de caudal de
dimensionamento e inclinação obtêm-se as dimensões do aqueduto e a
velocidade, podendo calcular a secção pela expressão de Manning.
• Fórmula de Manning-Strickler:
Qdim = S x Ks x Rh2/3 x i½
Onde: Qdim – é o caudal de dimensionamento (m3/s) já conhecido;
Ks – é o coeficiente de rugosidade do material de que é feito o aqueduto, geral
mente betão (Ks = 75 m1/3 s -1);
S – secção adoptada para o aqueduto (m2);
Rh – raio hidráulico em função da secção adoptada (m);
i – inclinação do aqueduto na forma decimal.

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O que se pretende determinar na expressão de Manning- Strickler é a secção do


aqueduto, mas para tal deve se apresentar a expressão do raio hidráulico e da secção
em função de uma dimensão, de forma a ter uma icógnita. Ex: na secção circular, é o
diâmetro, na secção quadrangular é a medida do lado, etc.
Nesta etapa deverá ser verificada a velocidade de escoamento, de forma a limitá-la
dentro dos intervalos recomendados pelos regulamentos de drenagem vigentes e pelos
manuais de hidráulica. Os ábacos de Lencastre já dão indicação das velocidades
admissíveis.
A velocidade máxima do escoamento admitida à saída dos aquedutos é de 4,5 m/s,
uma vez que na maioria dos casos para valores superiores será necessário recorrer a
bacias de dissipação de energia. No caso do dimensionamento resultar em velocidades
elevadas faz-se necessária a proteção da saída do aqueduto com enrrocamento de
pedra ou gabiões.

Passo 10: Verificação do espaço disponível para a instalação do aqueduto


Deverá ser verificado no perfil longitudinal a existência de espaço suficiente para a
instação do aqueduto, comparando a altura do aterro no qual será instalado o aqueduto
(onde corre o curso de água permanente ou temporário) à altura do aqueduto (diâmetro
no caso de um círculo). Nessa comparação é importante desconsiderar a distância
mínima entre o nível de água e a plataforma da estrada.
De forma a minimizar as interrupções da via, a distância mínima entre o nível de água
e a plataforma nos dispositivos de drenagem longitudinal e nas passagens hidráulicas é
de 0,05 e 0,80, respectivamente, de acordo com o MDSVC.

Caso o espaço disponível não seja suficiente, deve-se optar pela divisão da secção S,
obtida no ponto anterior em 2 ou mais bocas de mesma secção.

Passo 11: Representação do aqueduto


Deve-se proceder à representação esquemática do resultado do dimensionamento do
aqueduto, compreendido pela secção com todas as dimensões adoptadas.

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2.2 CONCEPÇÃO DO DRENO SUBTERRÂNEO


Passo 1: Representar a granulometria do solo a drenar e dos materiais comerciais
disponíveis
Neste passo deverão ser representadas as curvas granulométricas dos materiais e
retirados os valores de d15, d50 e d85. No caso de várias do solo a drenar, cada uma
das amostra deverá ter a sua granulometria estudada.

Passo 2: Determinar as características do material filtrante ideal


A partir das condições que relacionam o material filtrante e solo a drenar obtêm-se as
condições do solo a ser obedecidas pelo material filtrante, substituindo os dados do solo
a drenar e do diâmetro dos furos do colector.
• Condição de não colmatagem
d15 do mat filtrante ≤ 5 x d85 do solo a drenar
• Condição de permeabilidade
d15 do mat filtrante ≥ 5 x d15 do solo a drenar
• Condição de estabilidade
d50 do mat filtrante ≤ 25 x d50 do solo a drenar
• Condição de estabilidade em relação aos furos do colector
d5 do mat filtrante ≥ 2 x Ø furos do colector
Para colectores comerciais, Ø furos do colector = 8 mm

No caso de várias amostras do solo a drenar, nas 3 primeiras consições usa-se o valor
da amostra do solo que concorrerá para a situação mais desfavorável, pois estando a
amostra mais de desvaforável do solo satisfeita, todas estarão. Ex: Na verificação da
não colmatagem para um conjunto de amostras do solo a drenar, se verificar-se que
amostra com o solo mais fino não colmata o material filtrante, faz-se desnecessária a
verificação das outras amostras, pois de certeza serão satisfatórias. Portanto, as 3
condições podem ser substituídas por:
• Condição de não colmatagem
d15 do mat filtrante ≤ 5 x menor d85 do solo a drenar
• Condição de permeabilidade
d15 do mat filtrante ≥ 5 x maior d15 do solo a drenar
• Condição de estabilidade
d50 do mat filtrante ≤ 25 x menor d50 do solo a drenar

Passo 3: Escolha do(s) candidato(s) ideal(is) à material filtrante


O material filtrante ideal é escolhido dentre os materiais comerciais disponíveis pela
comparação das condições definidas no ponto anterior com as características
granulométricas dos materiais. Em função da verificação de uma ou mais condições
pode-se chegar às conclusões do quadro abaixo.

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Não- Estabil-
Permea- Estabili-
Condição colma- idade furos Conclusão
bilidade dade
tagem colector
Pode ser usado em um dreno contínuo
Sim Sim Sim Sim
sem necessidade de geotéxtil
Pode ser usado em um dreno contínuo
Não Sim Sim Sim
com geotéxtil à volta do dreno

Sim Não Sim Sim Não pode ser usado no dreno

Pode ser usado em um dreno contínuo


Sim Sim Não Sim
com geotéxtil à volta do dreno
Pode ser usado junto do solo em um
dreno descontínuo com um material
Sim Sim Sim Não drenante compatível ou pode ser usado
em um dreno contínuo com geotéxtil à
volta do colector
Não Não Sim Sim Não pode ser usado no dreno

Não Não Não Sim Não pode ser usado no dreno

Sim Não Não Sim Não pode ser usado no dreno


Material
filtrante Sim Não Não Não Não pode ser usado no dreno
satisfaz?
Pode ser usado em um dreno contínuo
com geotéxtil à volta do dreno e do
colector ou pode ser usado junto do solo
Sim Sim Não Não
em um dreno descontínuo com um
material drenante compatível, com
geotéxtil envolvendo o dreno
Pode ser usado em um dreno contínuo
com geotéxtil à volta do dreno e do
colector ou pode ser usado junto do solo
Não Sim Não Não
em um dreno descontínuo com um
material drenante compatível, com
geotéxtil envolvendo o dreno
Pode ser usado em um dreno contínuo
com geotéxtil à volta do dreno e do
colector ou pode ser usado junto do solo
Não Sim Sim Não
em um dreno descontínuo com um
material drenante compatível, com
geotéxtil envolvendo o dreno
Não Não Não Não Não pode ser usado no dreno

Passo 4: Decisão do dreno contínuo ou decontínuo


Em função da verificação da possibilidade de utilização dos materiais comerciais
disponíveis como filtrantes, toma-se a decisão do uso de um dreno contínuo ou
descontínuo. Determinante é a satisfação da condição de estabilidade em relação aos
furos do colector. No caso desta condição não estar satisfeita a única alternativa para
além do uso de geotéxtil envolvendo o colector, é tornar o dreno descontínuo.

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Passo 5: Determinar as características do material drenante ideal


A partir das condições que relacionam o material drenente e material filtrante obtêm-se
as condições do materail filtrante a ser obedecidas pelo material drenente, substituindo
os dados do material filtrarnte eleito e do diâmetro dos furos do colector.
• Condição de não colmatagem
d15 do mat drenante ≤ 5 x d85 mat filtrante
• Condição de permeabilidade
d15 do mat drenante ≥ 5 x d15 mat filtrante
• Condição de estabilidade
d50 do mat drenante ≤ 25 x d50 mat filtrante
• Condição de estabilidade em relação aos furos do colector
d5 do mat drenante ≥ 2 x Ø furos do colector
Para colectores comerciais, Ø furos do colector = 8 mm

Passo 6: Escolha do(s) candidato(s) ideal(is) à material drenante


O material drenante ideal é escolhido dentre os materiais comerciais disponíveis pela
comparação das condições definidas no ponto anterior com as características
granulométricas dos materiais. Em função da verificação de uma ou mais condições
pode-se chegar às conclusões do quadro abaixo.
No caso de um dreno descontinuo com mais de um material drenante, repete-se o
procedimento dos passos 5 e 6.

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Estabil-
Não-
Permea- Estabili- idade
Condição colma- Conclusão
bilidade dade furos
tagem
colector
Pode ser usado como drenante em dreno
Sim Sim Sim Sim descontínuo sem necessidade de geotéxtil,
com o material filtrante eleito anteriomente
Pode ser usado como drenante em dreno
Não Sim Sim Sim descontínuo com geotéxtil entre ele e o
material filtrante anteriomente eleito
Sim Não Sim Sim Não pode ser usado no dreno
Pode ser usado como drenante em dreno
Sim Sim Não Sim descontínuo com geotéxtil entre ele e o
material filtrante anteriomente eleito
Não pode ser usado junto do colector,
necessitando de outro material drenante (um
dreno descontínuo com o material filtrante
Sim Sim Sim Não eleito e mais de um material drenante) ou
pode ser usado como drenante em dreno
descontínuo com o material filtrante eleito e
geotéxtil entre ele e o colector
Não Não Sim Sim Não pode ser usado no dreno
Não Não Não Sim Não pode ser usado no dreno
Sim Não Não Sim Não pode ser usado no dreno
Sim Não Não Não Não pode ser usado no dreno
Não pode ser usado junto do colector,
necessitando de outro material dranente (um
Material
dreno descontínuo com o material filtrante
drenante
eleito e mais de um material drenante) e de
satisfaz?
Sim Sim Não Não geotêxtil entre ele e o material filtrante eleito
ou pode ser usado como drenante em dreno
descontínuo com geotéxtil entre ele e o
material filtrante eleito e mais geotéxtil entre
ele e o colector
Não pode ser usado junto do colector,
necessitando de outro material dranente (um
dreno descontínuo com o material filtrante
eleito e mais de um material drenante) e de
Não Sim Não Não geotêxtil entre ele e o material filtrante eleito
ou pode ser usado como drenante em dreno
descontínuo com geotéxtil entre ele e o
material filtrante eleito e mais geotéxtil entre
ele e o colector
Não pode ser usado junto do colector,
necessitando de outro material dranente (um
dreno descontínuo com o material filtrante
eleito e mais de um material drenante) e de
Não Sim Sim Não geotêxtil entre ele e o material filtrante eleito
ou pode ser usado como drenante em dreno
descontínuo com geotéxtil entre ele e o
material filtrante eleito e mais geotéxtil entre
ele e o colector
Não Não Não Não Não pode ser usado no dreno

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Passo 6: Apresentação da solução


A solução adoptada para o dreno deverá ser apresentada na forma textual e
esquemática.

FIM

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