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EXAME FINAL D E
VIAS DE COM UN ICAÇÃO II
ENUNCI ADO
Curso: LECT 2ª Época
Turma: LECT31 &32 Data: 23/26-Nov-2021
Ano Lectivo: 2021 – 2º Semestre Duração: 120 min.
Nome do Docente: F. Leite/B. Matsimbe Pontuação: 200
Importante:
1) A fraude no exame de uma disciplina tem como consequência a reprovação na disciplina, sem
possibilidade do infractor participar no exame de recorrência nem no exame especial (se existir) da
disciplina em causa (alínea b, artigo 1 da ADENDA AO RPL).
2) O aluno que se fizer à sala de exame ciente de problemas administrativos (dívidas), terá a nota anulada
sem possibilidade de negociação a posterior.
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PARTE TEÓRICA
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de cotas entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo da bacia. O tempo de
escoamento em superfícies de diferente cobertura e em superfícies
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relativamente regulares (não muito grandes) pode ser feito com recurso a
ábacos; (0.83 pts)
• Determinação da intensidade de precipitação crítica pelas curvas IDF, ou pela
forma analítica, conhencendo o período de retorno; (0.83 pts)
• Cálculo do caudal a drenar pelo método racional: Q= C.I.A/360 onde I é
intensidade de precipitação crítica, e A a área da bacia. (0.83 pts)
• Dimensionamento das secções de vazão usando os conceitos e as fórmulas da
“Hidráulica Geral e Aplicada”, nomeadamente as fórmulas de Bazin, Manning-
Strickler, entre outras. (0.83 pts)
10. Que dispositivos de drenagem superficial poderão ser necessários numa estrada
em escavação com transição para estrada em aterro, na aproximação a um
aqueduto? (5 pts)
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PARTE PRÁCTICA
A estrada situa-se nas terras altas da província do Niassa e tem um tráfego de cerca 800
veículos comerciais por dia em cada sentido.
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Peneiros Solos
(mm) 1 2 3 4 5
50,8 100
37,5 92 100
19,0 100 64 83 100
4,75 71 40 42 84
2,00 53 100 21 33 42
0,425 31 42 10 20 34
0,075 10 19 03 8 23
CBR 50 20 82 85 60
LL 28 30 24 27 30
IP 09 05 06 08 11
LS 07 07 03 07 06
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• GM ≥ 2
o Solo 3 → GM = [(100 – 21) + (100 - 10) + (100 – 3)]/ 100 = 2,66 > 2 →
satisfatório (1 pts)
o Solo 4 → GM = [(100 – 33) + (100 - 20) + (100 – 8)]/ 100 = 1,59 < 2 →
insatisfatório (1 pts)
• IP ≤ 6%
IP ≤ 15%
LL ≤ 40%
o Solo 4 → IP = 8< 15% → satisfatório (1 pts)
LL= 27 < 40% → satisfatório (1 pts)
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Para o exercício será usado o valor de 63 mm, mas caso se deseje usar 2/3 da espessura
da camada, adopta-se uma espessura padrão de 150 mm, sendo 2/3 desse valor
correspondente a 100 mm.
o Solo 1 → Dmax = 19,0 < 63 mm → satisfatório (1 pts)
o Solo 4 → Dmax = 37,5 < 63 mm → satisfatório (1 pts)
o Solo 5 → Dmax = 19,0 < 63 mm → satisfatório (1 pts)
• GM ≥ 1,5
o Solo 1 → GM = [(100 – 53) + (100 - 31) + (100 – 10)]/ 100 = 2,06 > 1,5 →
satisfatório (1 pts)
o Solo 4 → GM = [(100 – 33) + (100 - 20) + (100 – 8)]/ 100 = 1,59 > 1,5 →
satisfatório (1 pts)
o Solo 5 → GM = [(100 – 42) + (100 - 34) + (100 – 23)]/ 100 = 2,01 > 1,5 →
satisfatório (1 pts)
• IP ≤ 10%
• Conclusão
• IP ≤ IPmáx
IPmáx = 3 x GM + 10
o Solo 2 → GM = [(100 – 100) + (100 - 42) + (100 – 19)]/ 100 = 1,39 (1 pts)
IPmáx = 3 x GM +10 = 3 x 1,39 + 10 = 14,17 (1 pts)
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• Conclusão
O solo 2 pode ser usado para a camada superior do leito do pavimento e camadas
inferiores a esta, à luz das especificações da SATCC. (3 pts)
Solo 3 → Escolhido devido ao elevado valor de CBR e à sua granulometria extensa que
geralmente se traduz em bom desempenho rodoviário. Já satisfaz aos requisitos da base
da SATCC, excepto pelo encaixe no fuso da base. (1 pts)
Solo 2 → Escolhido por ser um material fino que complementa o solo 3, tornando a
granulometria da mistura extensa, regular e contínua, sem aumentar o seu índice de
plasticidade, que satisfaz os requisitos para IP da SATCC. (1 pts)
• Proporções de mistura
o Solo 3 → 70%
o Solo 2 → 30%
Nota: Qualquer proporção que encaixe no fuso da base em material natural da SATCC. (1
pts)
• Análise dos parâmetros da mistura
CBR: o CBR da mistura terá um valor maior o igual ao maior CBR das partes. Assim
sendo:
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CBR 2 = 20%
CBR 3 = 82%
CBR Mistura ≥ 82%
Este valor deverá ser confirmado pela realização do ensaio de CBR. (1 pts)
Limites de Atteberg: os limites de Atteberg são calculados a partir das médias ponderadas
do material ensaiado (material passado nos peneiros nº 200 e nº 40).
o Solo 2 = (42+19) x 0,3 / (19,6 + 7,8) = 0,67 (1 pts)
o Solo 3 = (10+3) x 0,7 / (19,6 + 7,8) = 0,33 (1 pts)
o Dmáx ≤ 53 mm
o GM ≥ 2,0
GM = [(100 – 44,7) +(100 – 19,6) +(100 – 7,8)]/100 = 2,28 > 2,0 → satisfatório (1
pts)
o IP ≤ 6%
o Conclusão
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b) Para o Dono da Obra poder optar pela utilização de uma base de agregado
britado de granulometria extensa, se assim o pretender, pede-se que discuta
essa possibilidade, com base nos materiais britados e na areia natural
existentes (Quadro II). (35 pts)
Quadro II
26,5 100
19 49
13,2 100 7
9,5 84 0
4,75 100 06
2 100 61 0
N.º 40 58 35
N.º 200 17 14
• Origem do material
• Proporções de mistura
• Granulometria da mistura
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• Resistência ao esmagamento
o 10% FACT seco ≥ 110 KN
• Limites de Atteberg
o LL ≤ 25%
o IP ≤ 6%
o LS ≤ 3%
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• Índice de Lamelação
o FI ≤ 35%
• Conclusão
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Taxa de aplica. ligante (valor do ábaco) = 0,97 kg/m2 = 0,97 l/m2 (peso específico = 1)
• Lama asfáltica
Quantidade de ligante = 0,55 l/m2 de emulsão para pulverização com 60% de betume
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o Ligante para a lama asfáltica (emulsão estável com 55% de betume) (4 pts)
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Taxa de aplicação de ligante em relação ao volume de lama asfáltica deve estar entre
280 e 330 l/m3
Considerando o valor médio do intervalo:
Taxa de aplicação de ligante em relação ao volume de lama asfáltica = 305 l/m3
Quantidade de ligante = 305 l/m3 x 0,0047 m3/ m2 = 1,42 l/ m2 de emulsão estável com
55% de betume para a lama asfáltica.
R: Análise da possibilidade de utilização dos solos conhecidos e de uma mistura dos solos
2 e 3, na construção das bermas do novo trecho de estrada.
Peneiros Solos
(mm) 1 2 3 4 5
50,8 100
37,5 92 100
19,0 100 64 83 100
4,75 71 40 42 84
2,00 53 100 21 33 42
0,425 31 42 10 20 34
0,075 10 19 03 8 23
CBR 50 20 82 85 60
LL 28 30 24 27 30
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IP 09 05 06 08 11
LS 07 07 03 07 06
• 16 ≤ GC ≤ 34 (5 pts)
GC = (% que passa no #26,5 mm - % que passa no #2,00 mm) x % que
passa no #4,75 mm / 100
o Solo 1 → GC = (100 – 53) x 71/ 100 = 33,37 → 16 ≤ GC = 33,37 ≤ 34 →
satisfatório
o Solo 2 → GC = (100 – 100) x 100/ 100 = 0 → GC = 0 < 16 → insatisfatório
o Solo 3 → GC = (75,35 - 21) x 40/ 100 = 20,94 → 16 ≤ GC = 20,94 ≤ 34 →
satisfatório
o Solo 4 → GC = (89,90 – 33) x 42/ 100 = 23,90 → 16 ≤ GC = 23,90 ≤ 34 →
satisfatório
o Solo 5 → GC = (100 – 42) x 84/ 100 = 48,72 → GC = 48,72 > 34 →
insatisfatório
Nota: A percentagem passada no peneiro 26,5 mm para cada um dos solos foi obtida
recorrendo às curvas granulométricas dos materiais, uma vez que este peneiro não foi
contemplado na tabela dos dados.
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Nota: Por uma questão de facilidade e economia de construção da estrada será proposta
a mesma mistura da base (alínea a do presente exame), mas pode-se recorrer aos fusos
A, B, C e D da experiência de Moçambique no Passado como referência de fuso
granulométrico no qual a mistura deve encaixar e assim determinar as proporções ideais
da mesma. De referir ainda, que existe um intervalo de valores proporções de mistura
válidas não apenas os valores indicados na resolução da presente guia de correcção.
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• CBR: o CBR da mistura terá um valor maior o igual ao maior CBR das partes.
Assim sendo:
CBR 2 = 20%
CBR 3 = 82%
CBR Mistura ≥ 82%
Este valor deverá ser confirmado pela realização do ensaio de CBR. (1 pts)
Análise da mistura
• 100 ≤ SP ≤ 365
SP = LS x %pass. #0,425 (2 pts)
o Mistura → SP = 6 x 19,6 = 117,6 → 100 ≤ SP = 117,6 ≤ 365 → satisfatório
• 16 ≤ GC ≤ 34 (2 pts)
GC = (% que passa no #26,5 mm - % que passa no #2,00 mm) x % que
passa no #4,75 mm / 100
o Mistura → GC = (82,75 – 44,7) x 58/ 100 = 22,07 → 16 ≤ GC = 22,07 ≤ 34
→ satisfatório
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FIM
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