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PROJETO:

Algicultura na Baía da Ilha Grande

CURSO:
Algicultura e desenvolvimento
territorial sustentável
Coordenação geral: Profa. Ana Lúcia Vendramini

Apresentação: Mauricio Roque da Mata


Realização:
Histórico do Brasil na produção de macroalgas

A partir da década de 70.


Estados: nordeste, sudeste e sul
Gracilaria birdiae
Hypnea musciformis
Produção Mundial de Aquicultura no Mundo em 2018

Fonte: FAO 2020


Produção Mundial de Aquicultura no Mundo em 2018
(Valores)

Fonte: FAO 2020


Status e tendências da produção global de algas marinhas 1950 a 2019

Fonte: FAO 2021


Produção de Macroalgas no Mundo e Regiões
Produção de Macroalgas no Mundo e Regiões
Produção de Macroalgas no Mundo e Regiões
Colheita de Macroalgas no Mundo de 1950 – 2019
Colheita de Macroalgas no Mundo de 1950 – 2019

1.19
Colheita de Macroalgas no Mundo de 1950 – 2019

1.19 0,88
Cultivo de Macroalgas no Mundo de 1950 – 2019
Cultivo de Macroalgas no Mundo de 1950 – 2019

4.2
Cultivo de Macroalgas no Mundo de 1950 – 2019

34.7

8x

4.2

Kelp/Kombu, Wakame
Principais Gêneros Cultivados no Mundo
Como é realizado
tradicionalmente o
cultivo no mar da alga
Kappaphycus alvarezzi
Tecnologias de Cultivo
Tecnologias de Cultivo
Tecnologias de Cultivo
Tecnologias de Cultivo
Tecnologias de Cultivo
Tecnologias de Cultivo
Transição (Africa e Asia x America do Sul)
Brasil
 O Brasil importou de macroalgas secas e seu principal produto (carragena) na ordem de US$
158 milhões e US$ 136 milhões para os anos de 2018 e 2019, respectivamente em atendimento
apenas para a industria de alimentos.

Fonte: SISCOMEX

 Este valor sinaliza um grande mercado consumidor, além da vantagem de uma produção local,
que garanta o abastecimento constante nacional, da geração de emprego e renda.
Algas sequestram
mais CO2 que
florestas

Fonte: https://istoe.com.br/11327_FLORESTA+DE+ALGAS/
https://marsemfim.com.br/startup-cultiva-algas-marinhas-para-tirar-carbono-da-atmosfera/
Porque cultivar a alga K alvarezii ?

• Esgotamento de bancos naturais no Nordeste

• Ausência de grandes bancos de algas comerciais no Sudeste

• Cultivos de Hypnea musciformis - (problemas técnicos)

• Brasil importa grandes quantidades de macroalgas e derivados por ano

•Riscos ambientais muito baixos (mais de 20 países cultivam essa espécie)

• Geração de renda e inclusão social para comunidades tradicionais

• Grande utilidade comercial e industrial


Programa Experimental de Introdução de K. alvarezii
• Proveniente de um cultivo experimental japonês e originário de comerciais da
Filipinas – Professores Eurico Cabral de Oliveira e Edson José de Paula em 1995;

• Propagado durante 10 meses em laboratório - USP , antes da transferência para o


mar;

• Após 8 anos de experimentos continuos na região, não houve nenhum indício de


estabelecimento em populações naturais.
Instrução Normativa IBAMA nº 185, 22 de Julho de 2008
Principais Características

Clima;

Topografia;

Águas com condições


ambientais para a Algicultura;

Produção durante todo o ano


na região.
Cultivos Experimentais em SC
Principais Características

Temperatura entre 16° C a 30 ° C

Inverno bastante frio – limitando os cultivos na estação

Alta pluviosidade e umidade (limitando a secagem em ambiente natural).

Produção sazonal na região.


Licenciamento Ambiental: Estadual e Municipal

Links referente ao novo sistema de licenciamento (SELCA).

Link do Portal do Licenciamento


http://portallicenciamento.inea.rj.gov.br/requerente/login

Link da NOP-INEA-32 Aquicultura Marinha


http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mta4/~edisp
/inea0108530.pdf
Licenciamento Ambiental: Estadual e Municipal
Licenciamento Ambiental: Estadual e Municipal
Licenciamento Federal
Link da Instrução Normativa Interministerial nº 06/2004

https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/patrimonio-da-uniao/legislacao/instrucoes-normativas/instrucoes-
normativas-arquivos-pdf/in-interministerial-06-2004-aquicultura.pdf

Link da Resolução CONAMA 413/09

https://www.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/legislacao/Resolucao/2009/RES_CONAMA_N413_2009.pdf

Instrução Normativa IBAMA Nº 185

https://www.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/legislacao/Instrucao_normativa/2008/in_ibama_185_2008_p
ermitircultivokappaphycus_alvarezii_rs_sc_revoga_in_ibama_165_2007.pdf

Instrução Normativa IBAMA Nº 165

https://www.ibama.gov.br/component/legislacao/?view=legislacao&legislacao=113335
Cultivos de Kappaphycus alvarezii

Critérios p/ Seleção do local

 Acesso ao local
 Correntes marinhas
 Salinidade
 Temperatura

 Profundidade
 Tipo de substrato
 Ausência de conflitos de uso
Seleção do local

As áreas devem estar em baías ou enseadas;


Acesso ao local • A área não deve ser exposta a
grande arrebentação ou sofrer
intenso batimento durante as
ressacas.

• Estas turbulências, além de


X danificarem as estruturas e as algas,
tornam as condições de trabalho
mais difíceis, principalmente nos
momentos mais críticos do cultivo.
Seleção do local 20 s 5m
Correntes marinhas
Deve haver boa circulação de água do mar (correntes) 0,25 m / s
assegurando um bom nível de nutrientes;
Seleção do local
Salinidade
Não deve haver grandes misturas de águas continentais,
Ex: rios com grande aporte de água doce muito próximos
Valores acima de 30 partes por mil são ideais.
Seleção do local
Temperatura
A água do mar entre 20 e 32° C, para melhores desempenhos de crescimento;
Seleção do local
Profundidade

• A profundidade mínima deve ser igual a


Altura da estrutura de cultivo submersa
+ uma distancia mínima de 1,50 m
em subtratos de areia

Tipo de substrato
Seleção do local

Ausência de conflitos de uso

• As diferentes atividades de turismo, pesca, lazer, fundeio ou tráfego de embarcações,


devem ser realizadas harmonicamente.
Paraty Mirim / Zoneamento APA Cairuçu
Paraty Mirim / Zoneamento APA Cairuçu

ZCOL
ZPRT Zona de Uso Coletivo
Zona Populacional Residencial e Turística

ZCON ZUCO ZREC


Zona de Conservação Zona de Uso Comunitário Zona de Recuperação

ZURE
ZPCA Zona de Uso Restrito
Zona Populacional Caiçara

ZPRO
Zona de Produção Rural
Área Produtiva / Paraty. Estado: Rio de Janeiro
Área Produtiva / Paraty. Estado: Rio de Janeiro
Produção de biomassa algacea
Rendimento de uma Fazenda de Macroalgas

O rendimento final de uma fazenda de algas é variável e depende dos


seguintes parâmetros:

 Condições ambientais da região;

 Manejo aplicado;

 Sistema de cultivo utilizado;

 Capacitação técnica da equipe de trabalho.


Rotina da Fazenda Marinha

Construção das Estruturas de Cultivo


Construção das Estruturas de Cultivo
Balsas de Produção

Balsas de Produção (Fundo de areia)


150 metros lineares

Item Quant. Unidade Produto


1 33 tubos Tubos de 3 metros 100 mm
2 66 unidade Capsulador para vedação
3 66 unidade Anéis de borracha
4 1,5 500 gr Tubolite (KIT S.OS)
5 250 metros Cabo 4mm
6 360 metros Cabo 10 mm
7 40 metros Cabo n° 19 mm
8 1650 metros Rede tubular
9 236 metros Rede de Proteção
10 6900 unidades mudas
11 2 kg Poitas
Construção das Estruturas de Cultivo

Comprimento: 2,09 m
Altura: 0,20 m
Largura: 030 m
Peso: 9 kg

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina / CCA


Rotina da Fazenda Marinha
Fixação das estruturas
Balsa de Trabalho
Canoa Canadense
Rotina da Fazenda Marinha

Obtenção das Matrizes

Macroalgas adultas que irão originar as mudas;

 Selecionar algas sadias, e livres de epífitas ou doenças;

 Manter as mudas na sombra e molhadas a cada 20 minutos


antes do plantio;

Preferencialmente não deixar água doce em contato com as matrizes;

 Não pisar, ou colocar muitas matrizes empilhadas em cima de outras.


Rotina da Fazenda Marinha
Técnicas de Manejo

 Tie tie

 Rede tubular
Fonte: Sea 6 Energy (bangalore, Indía)
Rotina da Fazenda Marinha
Técnicas de Manejo: Realizar Periodicamente

• Limpeza das estruturas e amarração de cabos soltos;

• Repor algas faltando, doentes ou pouca vitalidade;

• Verificar epífitas ou incrustantes;

• Verificar se existe herbívoria;

• Manutenção de boias de sinalização quebradas


ou soltas.
Protótipo de Colheita Mecânica

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina / CCA


Resultados Iniciais de Colheita (rede tubular)

Capacidade de Colheita
-1 -1
= 1,8 kg s ou 6.480 kg h
Índice de dano na alga = 0%

Fonte: Universidade Federal de Santa Catarina / CCA


Biomassa algacea Balsas de cultivo 450m2 (3 x 150 m)

Balsas de Produção
Balsas 450 m2
Biomassa Inicial (kg) 690

Biomassa final (kg) 4700 e 6800

Tempo de cultivo ≈ 55 dias

Biomassa Final retirando as mudas (kg) 4010 e 6110 (≈5060)

Alga fresca / 10 balsas / ciclo R$ Bruto 126.500,00 (Alga fresca cotação R$ = R$ 2,50)
Alga seca / 10 balsas / ciclo R$ Bruto 80.960,00 (US$ 1,6 / kg alga seca e cotação US$ = R$ 5,00)
Extrato de alga / 10 balsas / ciclo R$
Bruto 283.360,00 (extrato da alga a 8,00 / litro)
Barco de colheita

Colheitadeira:
Balsa + Maquina separadora
Barco de colheita e apoio
Colheita e Secagem

 As áreas de secagem devem conter estufas cobertas de estrutura simples, com cobertura
plástica translúcida, normalmente na parte seca da praia, fora da maré alta, próxima da área
marinha usada para o plantio.

 Em caso de chuva, as algas devem ser recolhidas ou cobertas com plástico.

 A água da chuva prejudica a qualidade final das algas.


Benefícios para a Sociedade

• Implantação de uma nova cadeia produtiva de negócios promovendo a preservação


ambiental, desenvolvimento da atividade da algicultura, integração com a indústria de
transformação baseada na economia azul;

• Diminuição da dependência da importação de matéria prima.

• O projeto promoverá a capacitação das comunidades costeiras em cultivadores de algas,


através de conhecimento técnico, oportunidades de trabalho e renda para ambos os
gêneros e idades para melhoraria das relações sociais e o desempenho tecnológico.
www.institutoterraviva.org

Meio Ambiente Economia


A alga é benéfica ao A alga é um produto
ambiente natural gerador de
Aquacultura empregos e renda
sustentável

Inclusão social
Famílias de comunidades tradicionais
costeiras envolvidas na atividade
Conecte-se conosco

@
E- MAIL
algicultura.ufrj@gmail.com
Mauricio Roque da Mata

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