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A

Civilização
Grega

Introdução

Os gregos (ou helenos) viveram na extremidade meridional da península balcânica e sua


cultura se desenvolveu a partir da mistura das diversas populações que lá se estabeleceram
nos últimos 8000 anos, no entanto, as mais antigas características culturais que se pode
chamar de "gregas"apareceram somente depois de 2000 a.C.
A Grécia Antiga abrangia os povos que habitavam a bacia do mar Egeu e as ilhas ao
redor, e durou desde o surgimento da civilização minoana, na Idade do Bronze, até a sua
tomada pelos romanos, em 146 a.C.
A partir de 500 a.C. a cultura grega influenciou de tal forma o mundo mediterrâneo que,
sem exagero, acabou por constituir um dos mais sólidos fundamentos de toda a Civilização
Ocidental.
As primeiras populações que falavam grego ocuparam, por volta de 2000 a.C., várias
regiões da península balcânica, território de topografia irregular localizado no sudeste da
Europa. Posteriormente, em sucessivas fases de expansão marítima, os gregos se
estabeleceram em outros locais, notadamente nas ilhas do Egeu e nas margens do Mar
Mediterrâneo e do Mar Negro.
Na Antigüidade, as mais importantes comunidades gregas se concentravam na própria
península balcânica, nas ilhas do Mar Egeu, na costa ocidental da península anatólica (Ásia
Menor), no sul da península italiana e nas grandes ilhas da Sicília, a oeste, e de Creta, ao sul.
Os gregos antigos constituíram a primeira civilização duradoura da Europa, que foi a
base da cultura ocidental de tempos posteriores. Deram importantes contribuições nos campos
das artes, literatura, filosofia e ciência, apesar de nunca terem conseguido a unificação
política.Enfim, as mais vastas experiências sociais ocorreram na Grécia, berço de filósofos,
sábios e literatos famosos.
Como Surgiram

A cerca de 2600 a.C., povos da Anatólia, que sabiam trabalhar o ferro e aperfeiçoaram a
navegação e a agricultura, invadiram o território grego. A partir de 2000 a.C., a região foi
novamente invadida, desta vez por povos indo-europeus (aqueus, eólios, dórios e jônios), que
destruíram a civilização existente, absorvendo seus hábitos e cultura.
Primeiro os aqueus invadiram (2000 a.C.). destruíram o Império de Creta, assimilaram
sua cultura e estabeleceram seu reino no Peloponeso, construíram as cidades de Micenas
Tirino.
Depois vieram os eólios que se fixaram em Tessália, Etólia e parte do Peloponeso. A
cidade mais importante criada por esse povo foi Tebas.
Mais tarde vieram os dórios, que atravessaram o istmo de Corinto, conquistaram,
obrigando os aqueus a procurarem refugio na Ásia Menor. Posteriormente conquistaram a
cidade de Esparta que mais tarde se distinguiria como potencia militar.
Os jônios, que vieram junto com os dórios, estabeleceram-se na região da Ática,
fundaram Atenas, criando uma forte civilização que iria influir fortemente nos destinos dos
homens.
Gradativamente, o povo grego começou a absorver a língua e a religião dóricas, e
tornou-se comum a todos os povos da região cultuar um conjunto de deuses antropomórficos,
(que pela forma se assemelhavam aos homens), chamados Olímpicos, pois habitavam o topo
do monte Olimpo. Em homenagem a esses deuses, eram realizados festivais e competições
atléticas, dentre as quais as mais famosas foram os Jogos Olímpicos, em homenagem a Zeus
e a Hera, que se iniciaram no ano 776 a.C. Esta foi a primeira data registrada na história da
Grécia Antiga, e o calendário grego foi feito a partir dela.

Período Arcaico séc. VIII a.C. a VI a.C.

Durante esse período, o território grego se expandiu de maneira surpreendente,


principalmente devido ao aumento desenfreado da população das cidades-estados já
existentes e do surgimento da propriedade privada o que estimulou muitas pessoas a migrarem
em buscas de novas terras. Das mais de cem cidades-estados gregas, várias se mantiveram
oligárquicas, e muitas outras desfrutaram de uma democracia.
Na história Grega este período foi o mais longo e é dividido em três partes.
A primeira fase se tem notícia através dos poemas de Homero, a Ilíada e a Odisséia. É
conhecida como Tempos Heróicos ou Tempos Homéricos. Foi a fase anterior a ao século
VIII a.C.
A segunda fase é mais conhecida, começou a partir deste século. Nela se deram as
grandes invasões gregas e foram criadas colônias na Ásia Menor e na Magna Grécia (sul da
Itália e a Sicília). Esparta, Atenas, Corinto e outras cidades tiveram seu maior desenvolvimento.
Numa terceira fase que teve início no século VI a.C., a Pérsia conquista as colônias
gregas da Ásia menor, originando vários conflitos entre esses dois povos (guerras médicas do
século V a.C.). Nesta fase, Esparta torna-se poderosa e Atenas cria suas obras artísticas e
literárias.
Também neste período, surgiu a cunhagem de moedas, aprendida pelos jônios com o
povo lídio, um de seus vizinhos. Surgiram na mesma época a literatura, a filosofia e o alfabeto
gregos, também frutos de cidades jônicas.

Período Clássico 480 a 323 a.C.

Este período foi divididos em duas partes.


A primeira fase, durante os séculos V e IV a.C., foi marcada pelos seguintes
acontecimentos:
 Rivalidade entre as cidades gregas, levando-as a guerra, enfraquecendo-as;
 Dario I, rei dos persas e depois Xerxes, contando com o enfraquecimento das
cidades, tenta dominar a Grécia;
 Os persas foram vencidos pelos gregos, nas batalhas de Maratona, Salamina e
Platéia;
 Esparta, invejando o progresso de Atenas, depois das guerras medicas, aliada
com outras cidades gregas, vence sua rival (431 a 404 a.C.);
 Em 338 a.C. Filipe da Macedônia invade a Grécia.

Durante essa fase, mesmo com tantas guerras, os gregos conseguiram realizar suas
mais importantes obras de arte e literárias.
A segunda fase, século III a II a.C., deu-se então:
 A conquista dos persas, por Alexandre da Macedônia, que fundou um novo e
grande império, incluindo o da Índia, o Egito, e a Grécia;
 Um maior contato dos gregos com outros povos transformou a sua cultura;
 O domínio do Império Alexandrino pelos soldados de Roma, no século II a.C.,
ficando a Grécia submissa aos romanos.
Além do estabelecimento de um dos mais duradouros padrões de beleza artística, os
atenienses nos deram a tragédia, a comédia, a filosofia de Sócrates, a historiografia de
Heródoto e Tucídides e um sistema político original, a democracia (literalmente, "o poder do
povo"), talvez a maior de todas as contribuições.

Organização Política

As cidades evoluíram de acordo com os agrupamentos dos grupos abaixo citados:


 Os genos, agrupamentos de famílias chefiadas por um patriarca;
 As fatrias, conjunto de genos;
 Os demos, reunião de fatrias e, por último,
 A polis ou cidade¸ resultado da união de vários demos.

A autoridade era exercida somente pelos nobres. Posteriormente o rei (nobre) foi
substituído por um chefe que, em Atenas, recebeu o nome de Arconde. O povo reagia contra a
nobreza e alguns indivíduos tomavam o poder: os Tiranos (pessoas que tomavam o poder de
forma irregular). Como o povo queria continuar mandando, substituíam os tiranos por
Magistrados.
Essa organização não era a mesma em todas as cidades.

Cidades-Estado
As Cidades-Estados eram cidades que progrediam e ficavam mais independentes.
As principais cidades-estados foram:
 Esparta e Corinto, no Peloponeso;
 Atenas, na Ática;
 Tebas, na Beócia;
 Delfos, no Monte Parnaso;
 Mileto, Esmira e Éfeso, na Ásia Menor.
Durante o século V a.C. o poder político se polarizou entre atenienses e espartanos.
Atenas agregou diversas póleis a uma poderosa aliança política e econômica conhecida por
Liga de Delos; os espartanos, por sua vez, organizaram a igualmente poderosa Liga do
Peloponeso.

Esparta

Esparta era a capital da Lacônia e se distinguiu pelo seu espírito guerreiro. Foi
conquistada pelos aqueus, mas progrediu mesmo com a chegada dos dórios.
Sua organização social era dividida em três classes:
 Espartanos: formada pelos descendentes dos dórios, era a classe dominante;
 Periecos: formada por camponeses que apoiaram a dominação dórica, tinham
alguns privilégios, mas não podiam ocupar cargos políticos por serem considerados como
estrangeiros.
 Ilotas: eram os escravos por no passado terem se revoltado contra os dórios,
não podiam se afastar das terras em que produziam.

Organização em Esparta
Esparta era governada por dois reis, em caso de guerra um ia para o combate enquanto
o outro ficava na cidade.
Mas os monarcas eram limitados por órgãos oficiais:
 Gerúsia: câmara formada por pessoas com mais de sessenta anos, que
legislavam para todo o povo, eram vinte e oito membros eleitos pelo povo.
 Apela: Assembléia do Povo, formada por cidadãos com mais de trinta anos, eles
aprovavam ou não as leis da Gerúsia.
 Conselho dos Éforos: formado por cinco magistrados eleitos pelo povo. Podia
fiscalizar os monarcas e expulsar estrangeiros, podia convocar a Gerúsia e a Apela, atuar junto
aos militares e administrar justiça.

Educação em Esparta
Os espartanos eram preparados acima de mais nada para a guerra, crianças que
nascessem com problemas físicos eram jogadas no desfiladeiro. As que nasciam bem, ficavam
com os pais até os sete anos, a partir daí o Estado tratava de educá-los.
As meninas eram ensinadas na arte domésticas e aos vinte anos eram obrigadas a
casarem-se, embora os homens só pudessem casar depois dos trinta anos.
Os meninos logo cedo faziam exercícios físicos, leitura e canto. Cuidavam
rigorosamente da perfeição do corpo. Entravam para o exército aos vinte e um anos, de onde
saiam aos sessenta.
Esparta representava o poder absoluto, ditatorial, onde os filhos eram educados dentro
de leis rígidas, que por severas demais, terminava por favorecer a corrupção.

Atenas

A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver militar dos espartanos.
Cidade formada por jônios, com sua localização próxima ao mar exerceu grande
influencia na sua formação, contato com outros povos de civilizações adiantadas aprenderam e
desenvolveram os elementos de uma vida espiritual e materialmente superior, votada para
ciências e artes.
Tinha sua população dividida em três classes:
 Cidadãos: eram os filhos de atenienses.
 Metecos: eram estrangeiros que se dedicavam ao comércio e a indústria. Não
tinham direitos públicos, eram livres e bem tratados.
 Escravos: classe menos numerosa, recebiam tratamento humano e podiam
conquistar a liberdade.
Organização em Atenas

No inicio Atena era governada por aristocratas que mais tarde escolheram governantes
que receberam o nome de Arcondes, eram magistrados, sendo uns vitalícios, outros não.
Depois, ao invés de 3 eles escolheram 9 magistrados, o arcontado, que governavam por um
ano.
Escolheram também membros da assembléia chamada Aerópago, semelhante a
Gerúsia de Esparta.
Como tinha pouca participação do povo nesse governo, os atenienses, em maioria
comerciantes e artesões, clamavam por leis escritas com melhores condições de vida e como
queriam atuar no governo, formaram uma nova classe social.
Atenas serviu de modelo a muitas cidades gregas e foi a grande exceção no mundo
antigo, quanto a forma de governo Foi considerada o berço da democracia, onde o povo
amava a liberdade e se dedicavam à cultura, às artes, à beleza.Foi desta cidade que saíram
grandes legisladores, filósofos e poetas.

As Leis

Com a pressão do povo, no século VII a.C., surgiram leis formando o Código atribuído a
Drácon. Que por serem leis muito severas, acabaram por descontentar o povo e os aristocratas
Em 594 a.C. os atenienses elegeram Sólon, um dos sete sábios gregos, para a
Arcontado, que realizou por sua vez, importantes reformas na democracia, favorecendo os
direitos de todos:
1.º. Liberou, em parte, os devedores que por isso eram, anteriormente,
escravizados.
2.º. Deu garantia a liberdade individual.
3.º. Estabeleceu o trabalho como dever, assim o pai tinha que ensinar um oficio ao
filho.
4.º. Dividiu o povo em quatro classes de acordo com seu rendimento. Conservou o
Aerópago e o Arcontado, criou o Bule, que era formado por cidadãos escolhidos entre os
membros das três primeiras classes sociais, e criou ainda a Eclésia que era composta por
vinte mil cidadãos, havendo entre eles pessoas sem posses.

Pisístrato 
As reformas de Sólon originaram descontentamento: os eupatridas se viram
prejudicados e o povo achou que devia ter mais direitos. Das lutas aproveitou Pisístrato, jovem
endinheirado que, apoiado no partido popular, apoderou-se do governo.
Deu-se- o qualificativo de tirano, que, como sabemos, designava os que se elevavam ao
poder por meios irregulares.
Pisístrato administrou com justiça e acerto, respeitando as leis de Sólon e procurando
melhorar as condições dos menos favorecidos. A ele se atribui a iniciativa de determinar a
compilação das obras de Homero. Quando morreu, sucederam-lhe os filhos Hiparco e Hípias.
No entanto, estes não foram felizes:Hiparco foi assassinado numa rebelião e Hípias fugiu
perseguido pelos nobres de Atenas. (510 a.C.).
Educação em Atenas

Diferente de Esparta, as crianças ficavam em casa até os seis anos, e depois os


meninos iam à escola para aprender leitura, cálculo, escrita, poesia, canto e ginástica.
Cultivavam o amor a pátria, às letras e às artes.
Os rapazes, aos dezoito anos entrava no exercito. Freqüentavam o liceu ou a academia.
Tornavam-se cidadãos.
As meninas ficavam no lar, onde aprendiam a tecer, fiar, e bordar. Só poderiam
freqüentar festas religiosas e não poderiam comer à mesa na presença de pessoas estranhas.

As

Guerras
As Gueras Médicas ou Guerras Greco-Pérsicas

A primeira guerra começou quando Dario I mandou emissários render as cidades gregas
pacificamente. Várias cidades gregas cederam, menos Esparta e Atenas, que mataram os
emissários persas.
Dario então preparou um grande exército e desembarcou na planície de Maratona,
próximo a Atenas. Os Atenienses, com um exército bem menor, tiveram de lutar sozinhos, pois
os espartanos só poriam seus exércitos em marcha sob lua cheia, e na época era quarto
crescente. Mesmo assim os gregos lutaram com garra e venceram em 490 a.C.
Na segunda guerra, com a morte de Dario I, os persas passaram a serem governados
por Xerxes, Prepararam um poderoso exército que iria por terra. Uma esquadra saiu costeando
pelo mar Egeu, acompanhando a marcha dos soldados
Invadiram a Grécia pelo norte, renderam Tessália, que aliou-se a eles. Algumas cidades
uniram-se a Atenas. Quando eles conseguiram passar pelo desfiladeiro das Termópilas,
entraram em Atenas, saquearam, incendiaram a cidade. Mas os grego haviam construído uma
esquadra, que embora em menor numero era mais veloz e equipada que as embarcações
persas. Os gregos vencem mais uma vez, agora na Baía de Salamina. Mandam Xerxes de
volta para a Ásia.
Mas os persas continuavam querendo a Grécia. Eles estavam no Mar Egeu. Xantipo
comanda os gregos e vence a esquadra persa na batalha naval de Miracle. Finalmente as
guerras médicas chegaram ao fim quando Címon destrói a última esquadra persa em
Eurimedonte.
Com essas vitórias, Atenas consegue grande prestígio, provocando a inveja de Esparta.

Guerras Internas

Os interesses dos dois grupos, Atenas e Esparta, logo entraram em choque, e os aliados
de Esparta e os aliados de Atenas enfrentaram-se numa longa e desgastante guerra,
conhecida por Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.).
Péricles agora governava Atenas, uniu várias cidades gregas formando a Confederação
de Delos, buscando manter a paz.
Esparta não participou desta confederação, e unida a outras cidades, atacou a Ática,
levando seus habitantes a refugiarem-se em Atenas.
Atenas mandou uma esquadra para devastar o Peloponeso, mas a peste atacou esta
cidade com mais força que seus navios, matando inclusive Péricles.
As duas cidades, já fracas de lutarem assinaram uma trégua que deveria durar 50 anos.
Porém isso não ocorreu pois Alcebíades aconselhou o governo a conquistar a Silícia (rica em
trigo), mas para isso os Atenienses teriam que atacar Siracusa, aliada de Esparta.
A campanha foi um desastre, já que por um incidente Alcebíase traiu Atenas e revelou
suas intenções à Esparta.
O fim das guerras finalmente chegou quando Lisandro venceu a esquadra ateniense,
que por sua vez, obrigou-se a assinar sua rendição a Liga do Peloponeso, ficando submissa a
Esparta, o que não durou muito, já que um ateniense,Trasíbulo, que havia se refugiado em
Tebas libertou Atenas. E ainda, dois tebanos , Pelópidas e Epaminondas, investiram contra
Esparta e venceram-na.
Com a disputa, finalmente vencida pelos espartanos, os atenienses perderam quase
todo o poderio político e financeiro adquirido nos anos anteriores.
Com todas essas guerras entre as cidades, a Grécia ficou enfraquecida, sendo invadida
e dominada pela Macedônia, monarquia semi-bárbara, existente ao norte.
O século IV a.C. começou com um curto período de hegemonia espartana, concomitante
a um hesitante renascimento ateniense, a que se seguiu um período igualmente curto de
hegemonia tebana. Atenas, porém, manteve sua importância cultural: esse foi o século de
Platão, Aristóteles e Demóstenes.
Quando as póleis se deram conta, a partir de 350 a.C., da progressiva intromissão do rei
Felipe II da Macedônia nos assuntos gregos, era tarde demais: em 338 a.C. o exército
macedônico pôs fim à autonomia das póleis helênicas. Após a morte do rei, um ano depois, seu
filho Alexandre III ("O Grande") tomou o Egito, o Oriente Médio e o Império Persa em menos
de quinze anos, com um exército de macedônios.

Período
Helenístico 323 a 30
a.C.

Os povos Macedônicos (Felipe II e Alexandre) conquistaram o povo grego e misturaram


sua cultura com a cultura dos povos do Oriente, sendo que Alexandre, amante da cultura
grega, queria formar um Império Universal onde a cultura grega fosse o ponto unificador dos
povos conquistados, formando assim uma nova cultura, o Helenismo.
Do ponto de vista político o continente grego afastou-se do centro dos acontecimentos.
Com o estabelecimento do Império Romano em 27 a.C., a Macedônia e os territórios da Grécia
Continental tornaram-se simples províncias romanas.
As antigas póleis, agora meros centros municipais, beneficiaram-se da Pax Romana e
cessaram suas eternas disputas armadas. Os jogos continuaram sendo disputados e os
festivais celebrados; muitas instituições políticas tradicionais conservaram os nomes e a
influência local. Atenas manteve o status de cidade universitária
A cultura grega foi adotada pela elite romana e a cidade de Roma se tornou o mais novo
e mais importante centro de cultura helênica. Na cidade, a medicina e o ensino da filosofia e da
retórica, tão prezada pelos romanos, estava na mão de gregos (às vezes simples escravos);
escultores de origem grega trabalhavam para patronos romanos; e os intelectuais romanos
liam, falavam e escreviam fluentemente em grego.
Mas o Império Romano, no fim do século III, começou a se desagregar. em 395 d.C. os
bárbaros visigodos conseguiram saquear Atenas, Corinto e outras importantes cidades gregas.
Nesse mesmo ano, o imperador Teodósio I dividiu formalmente o Império em dois, e a Grécia
foi incorporada ao Império do Oriente. A sede era a cidade de Constantinopla, fundada em 330
d.C. pelo imperador Constantino ao lado da antiga cidade grega de Bizâncio
No Ocidente, a península italiana e as províncias romanas caíram gradualmente nas
mãos dos bárbaros. No Oriente, a cultura grega sobreviveria ainda durante muitos séculos (até
1453 d.C.); sua influência seria explícita a partir de 610 a 641 d.C., quando o grego se tornou a
língua oficial do Império Bizantino, embora a oposição dos cristãos, agora dominantes, contra
qualquer forma de paganismo.
A Igreja Cristã absorveu muitas coisas da antiga cultura grega; apesar disso, fez muita
pressão para acabar com o paganismo. O ano de 529 d.C. marcou, o fim do vigor criativo da
antiga cultura grega.

Ciência Grega
Considerando o povo grego em conjunto, notava-se nele uma curiosidade inventiva em
todos os aspectos:
Herdeiros dos cretenses e fenícios na arte de navegar, aperfeiçoaram e construíram
barcos, adaptando-os de acordo com seus objetivos, seja para transporte, comércio ou
competições.
Inventaram a âncora, aperfeiçoando-a de tal maneira que até hoje é utilizada, sem
grandes modificações.
Quanto a moeda, foi aperfeiçoada e transformada pelos gregos em instrumento normal
de troca expandindo-a por toda a parte.
Os gregos inventaram e construíram o relógio de sol. Foi um sábio grego (Arquimedes)
nascido em Siracusa, que estabeleceu o princípio geral da alavanca, inventou o parafuso e
porca, a roldana, as engrenagens, entre outras.
A ciência desenvolveu-se devido aos grandes filósofos gregos, homens que se
dedicavam ao estudo de vários ramos do conhecimento humano (Física, Matemática,
Astronomia, etc...) assim sendo, a filosofia (literalmente: amor a sabedoria) englobava todas
essas ciências.
Hipócrates de Cós, ( o Pai da Medicina), estabeleceu que as doenças tinham causas
naturais e por isso deveriam ser tratadas por processos também naturais e não através de
magias. Dessa maneira, os gregos dotaram as criações orientais de um novo espírito, o espírito
da ciência, ou seja, da explicação racional dos fatos.

Alguns Filósofos e Artistas Gregos


Tales de Mileto: admitia a existência de um elemento básico – a água – do qual derivam
todas as coisas do universo.
Anaximandro: desenvolveu a teoria de que os primeiros animais viveram na água.
Pitágoras: matemático, pioneiro das ciências naturais, astrônomo e reformador moral.
Ésquilo: primeiro dos grandes dramaturgos gregos.
Fídias: escultor, escultor da estatua de Atena, protetora de Atenas, do Partenon e da
estátua de Zeus Olimpo.
Heródoto: grande historiador considerado o “Pai da Historia”, viajava em busca de fatos.
Sócrates: grande filosofo, frase celebre: “Conhece-te a ti mesmo”.
Platão: discípulo de Sócrates
Aristóteles: discípulo de Platão, foi um dos criadores do método cientifico, valorizando a
experiência e comprovação.
Arte grega

Foi um povo onde a criatividade se fez presente, tanto na arte quanto na literatura. Na
arquitetura, as muitas construções públicas comprovam uma combinação de conhecimentos
arquitetônicos e gosto artísticos raras vezes igualadas (Partenon e Erecteu), nas letras os
poemas Ilíada e Odisséia, atribuídos a Homero, a poesia lírica de Píndaro, as tragédias de
Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, foram escritos com tanta perícia que serviram de modelo em
épocas posteriores. Até hoje os temas das tragédias gregas (vida, amor, liberdade, morte,
predestinação e religião) não perderam sua atualidade dramática nem seu valor poético.
Na arquitetura grega prevalecia a linha reta, eles não empregavam nem arcos nem
abóbodas como os egípcios e os povos mesopotâmicos.Utilizavam muitos as colunas, dando
aos templos um aspecto elegante e imponente. Destacam-se três estilos muito usados na
construção grega:
-o dórico, estilo mais antigo e simples;
Partenon
-o jônico, mais leve e flexível, representado por colunas finas e graciosas;

-o coríntio, o mais trabalhado e, sendo assim, o mais complexo.

Seus prédios públicos e templos


eram construídos empregando muito o
mármore, material fartamente encontrado na
Grécia.
Na escultura, destacou-se Fídias
com suas estátua de Atena, colocada no
Partenon, toda em marfim e ouro e a de Zeus,
no Templo de Olímpia.
A pintura acha-se ligada a
escultura, destacando-se Apolodoro e Apeles.
Criaram também, no teatro, junto
com as tragédias, as comédias, onde se
destacou Aristófane.
Os gregos cultivavam a oratória,
sendo que Demósteges e Péricles,
(governante de Atenas), empolgavam o povo
com seus discursos vibrantes. Herdamos,
também, dos gregos, a maneira de contar
estórias com um fundo moral.
Religião

Os gregos eram politeístas, cultuavam vários deuses e para cada um deles criaram
lendas explicando sua origem. É o que se conhece como Mitologia Grega.
Evoluindo de época para época, os deuses acabaram por constituírem formas, paixões e
aparências humanas. Embora inspirassem temor e respeito, não inspiravam horror aos mortais.
Construíram belos templos para os adorarem.
Os deuses:
 Zeus: rei dos deuses, morava no Olimpo.
 Atena: deusa das artes, ciências, razão e sabedoria.
 Hermes: deus do comercio.
 Ártemis: deusa da lua e da caça.
 Hefaisto: deus do fogo.
 Ares: deus da guerra.
 Afrodite: deusa do amor e da beleza.
 Hístia: deusa da família e do lar.
 Posseidon: deus do mar. Irmão de Zeus.
 Hades: deus do inferno. Irmão de Zeus.
 Hera: deusa do casamento.

Cultuavam também as musas que representavam as artes. Como Clio (musa da


história), Eutepe (musa da música) e Calíope (musa da poesia).
Criaram também heróis, aos quais atribuíam feitos foras do comum, ligados a realização
das cidades:
 Teseu: fundará Atenas e vencera o Minotauro de Creta.
 Édipo: construíra Tebas e levara a Esfinge a se atirar num precipício, após
decifrar-lhe o enigma: ‘Quem é que de manhã anda com quatro pés,ao meio dia com dois, e à
noite com três?”
 Hércules: filho de Zeus, o mais venerado pelos espartanos, realiza doze
trabalhos colossais que serviram de base para muitos filmes e livros.
 Orfeu: que dominava as feras com sua lira e desceu aos infernos para salvar
sua amada Eurídice.
Os gregos acreditavam que a Terra fosse chata e redonda e que seu país ocupava o
centro da Terra, sendo seu ponto central, por sua vez, o Monte Olimpo, residência dos deuses
ou Delfos, local famoso pelos oráculos ( pessoas que consultavam divindades ou espíritos,
que davam conselhos).
Cronograma 
1500 a.C. - A civilização minóica atinge seu apogeu.
1400 a.C. - A civilização micênica domina a Grécia; grandes palácios são construídos
nas regiões continentais.
1250 a.C. - Época provável das guerras entre os micenas e Tróia.
1000 a.C. - Os primeiros povos de língua grega se estabelece na área e fundam as
cidades-Estados.
776 a.C. - Realizam-se em Olímpia os primeiros jogos Olímpicos.
750 a.C. - Fundação das primeiras colônias gregas.
505 a.C. -  Atenas adota a democracia como forma de governo.
500-449 a.C. - As Guerras Médicas; as cidades gregas se unem para combater os
persas.
400 a.C. - Apogeu do teatro grego.
490 a.C. - Os gregos derrotam os persas na batalha de Maratona.
480 a.C. - Os gregos destroem a frota persa na batalha de Salamina.
479 a.C. - Derrota final persa na batalha de Platéia.
461-429 a.C. - Péricles governa Atenas; construção do Partenon.
431-404 a.C. - Guerra do Peloponeso, entre Esparta e Atenas; início da supremacia de
Esparta sobre a Grécia.
359 a.C. - Filipe torna-se rei da Macedônia.
338 a.C. - Filipe domina toda a Grécia.
336-323 a.C. - Alexandre o Grande, filho de Filipe, expande o império grego até o
Oriente Médio.
Conclusão

Conclui que o povo grego preocupava-se com a arte, a democracia, a ciência e a


filosofia, buscavam a perfeição das formas e conseguiram o que representou um grande
avanço na historia da arte, queriam também que os homens fossem perfeitos para serem
considerados como heróis, “os heróis gregos”.
Foi um povo que espalhou sua cultura pelas inúmeras civilizações existentes na época,
suavizando, por exemplo, a cultura romana e persa que eram mais guerreiros, esses povos
mesmos é que tratavam de expandir e levar a cultura grega aos mais diversos lugares.
A política grega chamou atenção pela imposição de democracia, o que é usado, com
ainda mais vigor, até hoje.
Bibliografia

Vicentino, Cláudio – Historia, Memória Viva – Vol. 8


Valuce, Ládmo – História Geral – Ensino de 1° Grau
Saroni, Fernando e Darós, Vital – Historia das Civilizações – Vol. 1
Paginas da Internet: http://www.winbr.com/hp/hpereira
http://www.vestigios.hpg.com.br/
http://www.geocities.com/jeramos.geo/grecia/
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http://www.tg3.com.br/grecia
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