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Civilização
Grega
Introdução
A cerca de 2600 a.C., povos da Anatólia, que sabiam trabalhar o ferro e aperfeiçoaram a
navegação e a agricultura, invadiram o território grego. A partir de 2000 a.C., a região foi
novamente invadida, desta vez por povos indo-europeus (aqueus, eólios, dórios e jônios), que
destruíram a civilização existente, absorvendo seus hábitos e cultura.
Primeiro os aqueus invadiram (2000 a.C.). destruíram o Império de Creta, assimilaram
sua cultura e estabeleceram seu reino no Peloponeso, construíram as cidades de Micenas
Tirino.
Depois vieram os eólios que se fixaram em Tessália, Etólia e parte do Peloponeso. A
cidade mais importante criada por esse povo foi Tebas.
Mais tarde vieram os dórios, que atravessaram o istmo de Corinto, conquistaram,
obrigando os aqueus a procurarem refugio na Ásia Menor. Posteriormente conquistaram a
cidade de Esparta que mais tarde se distinguiria como potencia militar.
Os jônios, que vieram junto com os dórios, estabeleceram-se na região da Ática,
fundaram Atenas, criando uma forte civilização que iria influir fortemente nos destinos dos
homens.
Gradativamente, o povo grego começou a absorver a língua e a religião dóricas, e
tornou-se comum a todos os povos da região cultuar um conjunto de deuses antropomórficos,
(que pela forma se assemelhavam aos homens), chamados Olímpicos, pois habitavam o topo
do monte Olimpo. Em homenagem a esses deuses, eram realizados festivais e competições
atléticas, dentre as quais as mais famosas foram os Jogos Olímpicos, em homenagem a Zeus
e a Hera, que se iniciaram no ano 776 a.C. Esta foi a primeira data registrada na história da
Grécia Antiga, e o calendário grego foi feito a partir dela.
Durante essa fase, mesmo com tantas guerras, os gregos conseguiram realizar suas
mais importantes obras de arte e literárias.
A segunda fase, século III a II a.C., deu-se então:
A conquista dos persas, por Alexandre da Macedônia, que fundou um novo e
grande império, incluindo o da Índia, o Egito, e a Grécia;
Um maior contato dos gregos com outros povos transformou a sua cultura;
O domínio do Império Alexandrino pelos soldados de Roma, no século II a.C.,
ficando a Grécia submissa aos romanos.
Além do estabelecimento de um dos mais duradouros padrões de beleza artística, os
atenienses nos deram a tragédia, a comédia, a filosofia de Sócrates, a historiografia de
Heródoto e Tucídides e um sistema político original, a democracia (literalmente, "o poder do
povo"), talvez a maior de todas as contribuições.
Organização Política
A autoridade era exercida somente pelos nobres. Posteriormente o rei (nobre) foi
substituído por um chefe que, em Atenas, recebeu o nome de Arconde. O povo reagia contra a
nobreza e alguns indivíduos tomavam o poder: os Tiranos (pessoas que tomavam o poder de
forma irregular). Como o povo queria continuar mandando, substituíam os tiranos por
Magistrados.
Essa organização não era a mesma em todas as cidades.
Cidades-Estado
As Cidades-Estados eram cidades que progrediam e ficavam mais independentes.
As principais cidades-estados foram:
Esparta e Corinto, no Peloponeso;
Atenas, na Ática;
Tebas, na Beócia;
Delfos, no Monte Parnaso;
Mileto, Esmira e Éfeso, na Ásia Menor.
Durante o século V a.C. o poder político se polarizou entre atenienses e espartanos.
Atenas agregou diversas póleis a uma poderosa aliança política e econômica conhecida por
Liga de Delos; os espartanos, por sua vez, organizaram a igualmente poderosa Liga do
Peloponeso.
Esparta
Esparta era a capital da Lacônia e se distinguiu pelo seu espírito guerreiro. Foi
conquistada pelos aqueus, mas progrediu mesmo com a chegada dos dórios.
Sua organização social era dividida em três classes:
Espartanos: formada pelos descendentes dos dórios, era a classe dominante;
Periecos: formada por camponeses que apoiaram a dominação dórica, tinham
alguns privilégios, mas não podiam ocupar cargos políticos por serem considerados como
estrangeiros.
Ilotas: eram os escravos por no passado terem se revoltado contra os dórios,
não podiam se afastar das terras em que produziam.
Organização em Esparta
Esparta era governada por dois reis, em caso de guerra um ia para o combate enquanto
o outro ficava na cidade.
Mas os monarcas eram limitados por órgãos oficiais:
Gerúsia: câmara formada por pessoas com mais de sessenta anos, que
legislavam para todo o povo, eram vinte e oito membros eleitos pelo povo.
Apela: Assembléia do Povo, formada por cidadãos com mais de trinta anos, eles
aprovavam ou não as leis da Gerúsia.
Conselho dos Éforos: formado por cinco magistrados eleitos pelo povo. Podia
fiscalizar os monarcas e expulsar estrangeiros, podia convocar a Gerúsia e a Apela, atuar junto
aos militares e administrar justiça.
Educação em Esparta
Os espartanos eram preparados acima de mais nada para a guerra, crianças que
nascessem com problemas físicos eram jogadas no desfiladeiro. As que nasciam bem, ficavam
com os pais até os sete anos, a partir daí o Estado tratava de educá-los.
As meninas eram ensinadas na arte domésticas e aos vinte anos eram obrigadas a
casarem-se, embora os homens só pudessem casar depois dos trinta anos.
Os meninos logo cedo faziam exercícios físicos, leitura e canto. Cuidavam
rigorosamente da perfeição do corpo. Entravam para o exército aos vinte e um anos, de onde
saiam aos sessenta.
Esparta representava o poder absoluto, ditatorial, onde os filhos eram educados dentro
de leis rígidas, que por severas demais, terminava por favorecer a corrupção.
Atenas
A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver militar dos espartanos.
Cidade formada por jônios, com sua localização próxima ao mar exerceu grande
influencia na sua formação, contato com outros povos de civilizações adiantadas aprenderam e
desenvolveram os elementos de uma vida espiritual e materialmente superior, votada para
ciências e artes.
Tinha sua população dividida em três classes:
Cidadãos: eram os filhos de atenienses.
Metecos: eram estrangeiros que se dedicavam ao comércio e a indústria. Não
tinham direitos públicos, eram livres e bem tratados.
Escravos: classe menos numerosa, recebiam tratamento humano e podiam
conquistar a liberdade.
Organização em Atenas
No inicio Atena era governada por aristocratas que mais tarde escolheram governantes
que receberam o nome de Arcondes, eram magistrados, sendo uns vitalícios, outros não.
Depois, ao invés de 3 eles escolheram 9 magistrados, o arcontado, que governavam por um
ano.
Escolheram também membros da assembléia chamada Aerópago, semelhante a
Gerúsia de Esparta.
Como tinha pouca participação do povo nesse governo, os atenienses, em maioria
comerciantes e artesões, clamavam por leis escritas com melhores condições de vida e como
queriam atuar no governo, formaram uma nova classe social.
Atenas serviu de modelo a muitas cidades gregas e foi a grande exceção no mundo
antigo, quanto a forma de governo Foi considerada o berço da democracia, onde o povo
amava a liberdade e se dedicavam à cultura, às artes, à beleza.Foi desta cidade que saíram
grandes legisladores, filósofos e poetas.
As Leis
Com a pressão do povo, no século VII a.C., surgiram leis formando o Código atribuído a
Drácon. Que por serem leis muito severas, acabaram por descontentar o povo e os aristocratas
Em 594 a.C. os atenienses elegeram Sólon, um dos sete sábios gregos, para a
Arcontado, que realizou por sua vez, importantes reformas na democracia, favorecendo os
direitos de todos:
1.º. Liberou, em parte, os devedores que por isso eram, anteriormente,
escravizados.
2.º. Deu garantia a liberdade individual.
3.º. Estabeleceu o trabalho como dever, assim o pai tinha que ensinar um oficio ao
filho.
4.º. Dividiu o povo em quatro classes de acordo com seu rendimento. Conservou o
Aerópago e o Arcontado, criou o Bule, que era formado por cidadãos escolhidos entre os
membros das três primeiras classes sociais, e criou ainda a Eclésia que era composta por
vinte mil cidadãos, havendo entre eles pessoas sem posses.
Pisístrato
As reformas de Sólon originaram descontentamento: os eupatridas se viram
prejudicados e o povo achou que devia ter mais direitos. Das lutas aproveitou Pisístrato, jovem
endinheirado que, apoiado no partido popular, apoderou-se do governo.
Deu-se- o qualificativo de tirano, que, como sabemos, designava os que se elevavam ao
poder por meios irregulares.
Pisístrato administrou com justiça e acerto, respeitando as leis de Sólon e procurando
melhorar as condições dos menos favorecidos. A ele se atribui a iniciativa de determinar a
compilação das obras de Homero. Quando morreu, sucederam-lhe os filhos Hiparco e Hípias.
No entanto, estes não foram felizes:Hiparco foi assassinado numa rebelião e Hípias fugiu
perseguido pelos nobres de Atenas. (510 a.C.).
Educação em Atenas
As
Guerras
As Gueras Médicas ou Guerras Greco-Pérsicas
A primeira guerra começou quando Dario I mandou emissários render as cidades gregas
pacificamente. Várias cidades gregas cederam, menos Esparta e Atenas, que mataram os
emissários persas.
Dario então preparou um grande exército e desembarcou na planície de Maratona,
próximo a Atenas. Os Atenienses, com um exército bem menor, tiveram de lutar sozinhos, pois
os espartanos só poriam seus exércitos em marcha sob lua cheia, e na época era quarto
crescente. Mesmo assim os gregos lutaram com garra e venceram em 490 a.C.
Na segunda guerra, com a morte de Dario I, os persas passaram a serem governados
por Xerxes, Prepararam um poderoso exército que iria por terra. Uma esquadra saiu costeando
pelo mar Egeu, acompanhando a marcha dos soldados
Invadiram a Grécia pelo norte, renderam Tessália, que aliou-se a eles. Algumas cidades
uniram-se a Atenas. Quando eles conseguiram passar pelo desfiladeiro das Termópilas,
entraram em Atenas, saquearam, incendiaram a cidade. Mas os grego haviam construído uma
esquadra, que embora em menor numero era mais veloz e equipada que as embarcações
persas. Os gregos vencem mais uma vez, agora na Baía de Salamina. Mandam Xerxes de
volta para a Ásia.
Mas os persas continuavam querendo a Grécia. Eles estavam no Mar Egeu. Xantipo
comanda os gregos e vence a esquadra persa na batalha naval de Miracle. Finalmente as
guerras médicas chegaram ao fim quando Címon destrói a última esquadra persa em
Eurimedonte.
Com essas vitórias, Atenas consegue grande prestígio, provocando a inveja de Esparta.
Guerras Internas
Os interesses dos dois grupos, Atenas e Esparta, logo entraram em choque, e os aliados
de Esparta e os aliados de Atenas enfrentaram-se numa longa e desgastante guerra,
conhecida por Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.).
Péricles agora governava Atenas, uniu várias cidades gregas formando a Confederação
de Delos, buscando manter a paz.
Esparta não participou desta confederação, e unida a outras cidades, atacou a Ática,
levando seus habitantes a refugiarem-se em Atenas.
Atenas mandou uma esquadra para devastar o Peloponeso, mas a peste atacou esta
cidade com mais força que seus navios, matando inclusive Péricles.
As duas cidades, já fracas de lutarem assinaram uma trégua que deveria durar 50 anos.
Porém isso não ocorreu pois Alcebíades aconselhou o governo a conquistar a Silícia (rica em
trigo), mas para isso os Atenienses teriam que atacar Siracusa, aliada de Esparta.
A campanha foi um desastre, já que por um incidente Alcebíase traiu Atenas e revelou
suas intenções à Esparta.
O fim das guerras finalmente chegou quando Lisandro venceu a esquadra ateniense,
que por sua vez, obrigou-se a assinar sua rendição a Liga do Peloponeso, ficando submissa a
Esparta, o que não durou muito, já que um ateniense,Trasíbulo, que havia se refugiado em
Tebas libertou Atenas. E ainda, dois tebanos , Pelópidas e Epaminondas, investiram contra
Esparta e venceram-na.
Com a disputa, finalmente vencida pelos espartanos, os atenienses perderam quase
todo o poderio político e financeiro adquirido nos anos anteriores.
Com todas essas guerras entre as cidades, a Grécia ficou enfraquecida, sendo invadida
e dominada pela Macedônia, monarquia semi-bárbara, existente ao norte.
O século IV a.C. começou com um curto período de hegemonia espartana, concomitante
a um hesitante renascimento ateniense, a que se seguiu um período igualmente curto de
hegemonia tebana. Atenas, porém, manteve sua importância cultural: esse foi o século de
Platão, Aristóteles e Demóstenes.
Quando as póleis se deram conta, a partir de 350 a.C., da progressiva intromissão do rei
Felipe II da Macedônia nos assuntos gregos, era tarde demais: em 338 a.C. o exército
macedônico pôs fim à autonomia das póleis helênicas. Após a morte do rei, um ano depois, seu
filho Alexandre III ("O Grande") tomou o Egito, o Oriente Médio e o Império Persa em menos
de quinze anos, com um exército de macedônios.
Período
Helenístico 323 a 30
a.C.
Ciência Grega
Considerando o povo grego em conjunto, notava-se nele uma curiosidade inventiva em
todos os aspectos:
Herdeiros dos cretenses e fenícios na arte de navegar, aperfeiçoaram e construíram
barcos, adaptando-os de acordo com seus objetivos, seja para transporte, comércio ou
competições.
Inventaram a âncora, aperfeiçoando-a de tal maneira que até hoje é utilizada, sem
grandes modificações.
Quanto a moeda, foi aperfeiçoada e transformada pelos gregos em instrumento normal
de troca expandindo-a por toda a parte.
Os gregos inventaram e construíram o relógio de sol. Foi um sábio grego (Arquimedes)
nascido em Siracusa, que estabeleceu o princípio geral da alavanca, inventou o parafuso e
porca, a roldana, as engrenagens, entre outras.
A ciência desenvolveu-se devido aos grandes filósofos gregos, homens que se
dedicavam ao estudo de vários ramos do conhecimento humano (Física, Matemática,
Astronomia, etc...) assim sendo, a filosofia (literalmente: amor a sabedoria) englobava todas
essas ciências.
Hipócrates de Cós, ( o Pai da Medicina), estabeleceu que as doenças tinham causas
naturais e por isso deveriam ser tratadas por processos também naturais e não através de
magias. Dessa maneira, os gregos dotaram as criações orientais de um novo espírito, o espírito
da ciência, ou seja, da explicação racional dos fatos.
Foi um povo onde a criatividade se fez presente, tanto na arte quanto na literatura. Na
arquitetura, as muitas construções públicas comprovam uma combinação de conhecimentos
arquitetônicos e gosto artísticos raras vezes igualadas (Partenon e Erecteu), nas letras os
poemas Ilíada e Odisséia, atribuídos a Homero, a poesia lírica de Píndaro, as tragédias de
Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, foram escritos com tanta perícia que serviram de modelo em
épocas posteriores. Até hoje os temas das tragédias gregas (vida, amor, liberdade, morte,
predestinação e religião) não perderam sua atualidade dramática nem seu valor poético.
Na arquitetura grega prevalecia a linha reta, eles não empregavam nem arcos nem
abóbodas como os egípcios e os povos mesopotâmicos.Utilizavam muitos as colunas, dando
aos templos um aspecto elegante e imponente. Destacam-se três estilos muito usados na
construção grega:
-o dórico, estilo mais antigo e simples;
Partenon
-o jônico, mais leve e flexível, representado por colunas finas e graciosas;
Os gregos eram politeístas, cultuavam vários deuses e para cada um deles criaram
lendas explicando sua origem. É o que se conhece como Mitologia Grega.
Evoluindo de época para época, os deuses acabaram por constituírem formas, paixões e
aparências humanas. Embora inspirassem temor e respeito, não inspiravam horror aos mortais.
Construíram belos templos para os adorarem.
Os deuses:
Zeus: rei dos deuses, morava no Olimpo.
Atena: deusa das artes, ciências, razão e sabedoria.
Hermes: deus do comercio.
Ártemis: deusa da lua e da caça.
Hefaisto: deus do fogo.
Ares: deus da guerra.
Afrodite: deusa do amor e da beleza.
Hístia: deusa da família e do lar.
Posseidon: deus do mar. Irmão de Zeus.
Hades: deus do inferno. Irmão de Zeus.
Hera: deusa do casamento.