Justiça Restaurativa e a Cultura de Paz nas Escolas
Secretaria de Estado da Educação e Ministério Público do Estado de São Paulo
Uma Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de
vida baseados: No respeito à vida, no fim da violência e na promoção e prática da não-violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação(...)” Artigo 1º da Declaração da ONU sobre uma Cultura de Paz, 1999
Revela-se um modelo de resolução de conflitos baseado em uma cultura de
paz, que tem obtido excelentes resultados nas escolas da rede estadual paulista. Guia prático para educadores/psicólogos que contempla a utilização de práticas restaurativas nas escolas, priorizando a utilização do diálogo e da comunicação não violenta na resolução de eventuais conflitos ocorridos em âmbito escolar. As práticas restaurativas são ferramentas úteis que levam a mudanças direta no campo das inter-relações, mostram aos envolvidos uma abordagem inclusiva e colaborativa que resgata o diálogo, a conexão com o próximo, a comunicação entre os atores escolares, familiares, comunidade e redes de apoio. - Técnicas de comunicação não violenta; - Práticas restaurativas preventivas; - Práticas restaurativas reparadoras/responsabilizadoras; - Rodas de conversa; - Diálogo; - Perguntar restaurativo; - Mediação escolar; - Mediação de pares; - Encontros restaurativos; - Círculos de paz; - Círculos de diálogo; - Escuta ativa (vontade, atenção e intenção); - Técnica de reformulação (resumir com suas próprias palavras as falas do outro, enunciando-as novamente); - Comunicação assertiva; - Perguntar restaurativo; “O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro” (BOFF, 1999, p. 33). Cuidar de quem precisa de mais cuidado é um dever de todos nós e a escola é o local ideal para detectar todo tipo de violência contra a criança e adolescente, fazer a intervenção necessária e ajudar na política de atendimento.