Veterinário |
Aula 1 – Parvovirose
Etiologia:
Doença infecto-contagiosa, reconhecida inicialmente em 1978.
Família: Parvoviridae
Subfamília: Parvovirinae
Gênero: Parvovírus
Temos algumas cepas como o CPV 1 (diarreia branda, não tem muita importância clinica)
e CPV 2(2a, 2b, 2c)(mais envolvidos na clinica da doença)
É um vírus não envelopado, DNA pequeno (18-26 nm) fita simples. Precisam de células em
divisão rápida para sua replicação.
Aula 2 – Coronavirose
O coronavirus faz um quadro com vomito diarreia, mas brando, dificilmente faz uma
diarreia amarelada, pode evoluir para sangue mas geralmente ela é mais branda, mas
quando associada a outra doença como parvo faz quadro mais agudo.
A coronavirose que leva a quadro de enterite evoluindo para gastroenterite é uma
manifestação clinica mais branda e o tratamento é controlar vomito diarreia e antibiótico
de amplo espectro.
Etiologia:
Família: Coronaviridae
Subfamília: Nidovirales
Gênero: Coronavírus
Vírus RNA, envelopado. Inativado pela maioria dos desinfetantes comerciais.
Epidemiologia:
Hospedeiros: Canidae
Altamente contagioso, neonatos mais gravemente afetados como pela maioria das
doenças infectocontagiosas especialmente quando o título de anticorpos maternos vai
baixando e entra em contato com o agente e a doença se manifesta mais rapidamente
fazendo quadro mais severo do que num cão adulto. Eliminação nas fezes por semanas
ou meses e transmissão fecal-oral.
Temos o coronavirus felinos que pode sofrer uma mutação e ao envez de causar uma
enterite está relacionado
.... as vilosidades sofrem atrogia e infiltrado....de mononucleares.
Os sinais clínicos incluem diarreia súbita, alaranjada, fétida, raramente com sangue,
geralmente muito líquida. Presença de vômito ou não. Inapetência, letargia,
desidratação. Presença de febre ou não. Recuperação espontânea em 8 a 10 dias ou
complicações com bactérias, parasitas, vírus quando temos coinfecções ou acomete um
paciente que já tenha outra infecção concomitante ou verminose violenta.
O CCoV é considerado um agente pouco patogénico para o cão, originando infecções
subclínicas ou com sinais muito ligeiros. No entanto, têm sido detectadas estirpes
hipervirulentas que podem causar diarreia hemorrágica, ou exacerbar doenças causadas
por outros agentes, nomeadamente pelo CPV (Decaro et al., 2009). Sabe-se, através de
estudos experimentais, que a gravidade dos sinais clínicos é mais pronunciada em cães
com infecção simultânea de CPV e CCoV, quando comparado com infecção apenas
com CPV (Apple, 1988). A presença de CCoV pode exacerbar a apresentação clínica de
infecções concorrentes por CPV( parvovirus), ao provocar uma maior lesão nas vilosidades
intestinais e ao aumentar a atividade mitótica das células das criptas intestinais (Pratelli et
al. 1999; Decaro et al., 2006c).
O diagnóstico clínico é difícil diferenciar do parvovirus, o exame direto é feito por
microscopia eletrônica em fezes frescas, isolamento viral é difícil (cultura de células), o PCR
é sensível nas fezes e o ELISA através de anticorpos da doença ou exposição.
O tratamento inclui fluidoterapia, antiemético, antibioticoterapia de amplo espectro,
analgésicos, vitaminas, reposição de eletrólitos em filhotes.
O controle e profilaxia são a vacinação e revacinação anual, desinfecção do ambiente
e isolamento do animal doente.
Aula 3 – Panleucopenia
Aula 4 – Conceitos
O que é saúde? Segundo a OMS, saúde não é apenas a ausência de doença, mas a
situação de perfeito bem-estar físico, mental e social.
Os animais demonstram por gestos, sinais, posturas, que não estão saudáveis.
Mas o que é perfeito bem-estar? Isso é variável, é o animal estar se sentindo plenamente
bem, comendo, brincando, evacuando, etc.
O que é doença? São modificações anormais funcionais de determinados órgãos do
organismo como um todo, que se acompanham muitas vezes de alterações morfológicas
dos órgãos ou de alterações de suas células ou das substâncias intercelulares.
Relacionada a fatores extrínsecos e intrínsecos Doença.
Todos nós estamos sujeitos aos agressores do ambiente e internos, eles penetram ou não
no nosso corpo e meu corpo se adapta ou não, se adaptar a situação de agressão
mantemos a homeostasia, se não, o agente agressor foi maior do que o corpo tem de
defesa e vou desenvolver a doença.
O desajustamento ou uma falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou uma
ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposto leva à doença.
Doença infecciosa é a manifestação resultante de uma infecção, doenças contagiosas
são doenças infecciosas cujos agentes etiológicos atingem os sadios através do contato
direto desses com os indivíduos infectados. Doença não infecciosa é aquela que não
resulta de infecção como doença coronariana, diabetes e outras, chamadas de doenças
não transmissíveis.
Zoonoses são doenças que podem ser transmitidas do animal para o homem e do homem
para o animal. Segundo a OMS, doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre
animais vertebrados e seres humanos. Mais de 200 doenças transmissíveis enquadram-se
na definição de zoonose proposta pela OMS.
Antropozoonoses são doenças primárias entre ANIMAIS porém que podem
eventualmente acometer seres humanos. -P. ex. Brucelose, Raiva, Leishmaniose,
Leptospirose, etc.
Zooantroponoses são doenças primárias entre humanos que podem eventualmente
acometer animais como a tuberculose, esquistossomose.
Anfixenoses são doenças que circulam indiferentemente entre humanos e animais, isto é,
tanto os animais como os humanos funcionam como hospedeiros do agente como por
exemplo a doença de chagas.
Ciclozoonoses o agente passa obrigatoriamente por duas espécies distintas de animais
veterbrados para que seu ciclo se complete como na hidatidose.
Metazoonoses o agente precisa passar por um hospedeiro invertebrado para que seu
ciclo se complete como a leishmaniose, doença de chagas.
Saprozoonoses antes de causar infecção, o agente patológico precisa passar por
transformações que ocorrem no ambiente externo. - Ex. Toxoplasmose; Larva migrans
visceral (Toxocara canis).
Euzoonoses o homem é o hospedeiro cuja presença é obrigatória para o ciclo do agente.
- Ex: Complexo teníase-cisticercose.
Parazoonose o homem é hospedeiro acidental. A sua ausência não impede que o ciclo
se complete. Ex: Equinococose-hidatidose.
- Cão: hospedeiro verme adulto;
- Carneiro: hospedeiro com a forma larvar;
- O homem pode infectar-se com as fezes, mas não é essencial no ciclo.
Zoonoses diretas o contato direto com secreções ou excreções como a raiva, brucelose.
Zoonoses indiretas através de água, alimentos como a leptospirose, brucelose, botulismo.
Através de vetores como a dengue, febre maculosa, leishmaniose, etc.
Condicões ambientais:
- Frio, calor, ventos, pastagens ruins
- Tipo de solo
P. ex. Coccidioides immitis : só em solo arenoso
- Vetores e transmissores
P. ex. áreas de grutas, cavernas – morcegos hematófagos – raiva excrementos com fungo
Histoplasma capsulatum
- Instalações inadequadas
P. ex. pouca inclinação dos pisos - aumenta umidade – fungos
Prevenção- Conjunto de atividades e medidas que, feitas com antecipação, busca evitar
um dano.
Profilaxia - Conjunto de medidas utilizadas com a finalidade de impedir ou diminuir o risco
de transmissão de uma doença.
Aula 5 – Cinomose
Faz parte dos grupos das doenças respiratórias infecciosas caninas, causadas por agentes
virais, bacterianos que podem levar a ocorrência de infecções secundarias agravando as
manifestações clínicas da doença.
A doença respiratória infecciosa canina (DRIC) também é conhecida por:
Traqueobronquite infecciosa, ‘’tosse dos canis’, ‘`crupe canino``, doença respiratória
contagiosa aguda e complexo da doença respiratória contagiosa aguda pois ela pode
ser causada por um único agente etiológico e também pode estar associada a outro
agente.
A DRIC descreve qualquer infecção respiratória contagiosa de inicio agudo que envolva
tipicamente o trato respiratório superior. Etiologia da infecção é complexa envolvendo
patógenos virais e bacterianos que agem sozinhos ou de maneira sinérgica.
A Bordetella bronchiseptica e o vírus da parainfluenza canina são os agentes mais
comumente isolados de cães com Tosse dos canis. Entretanto, outros vírus e bactérias
podem influenciar no progresso clinico e resultado da infecção.
A B. bronchiseptica é de suma importância na etiologia pois normalmente é o agente
primário da tosse dos canis.
Etiologia:
Família: Alcaligenaceae
Gênero: Bordetella
Bactérias aeróbias Gram-negativas parasitas do epitélio respiratório ciliado
Os sinais clínicos em infecções naturais por B. bronchiseptica a tosse pode durar mais de
duas semanas e os sinais clínicos aparecem entre 4 e 7 dias após a exposição, em cães
infectados experimentalmente. Tosse de grau variado. Pode haver secreção nasal e
purulenta. Infeccao secundária leva a agravamento levando hipertermia, anorexia e
dispneia. A tosse paroxística, com frequência e intensidade variáveis.
A tosse é resultado da irritação da traqueia, dos brônquios e dos bronquíolos. Pode ser
produtiva ou improdutiva e frequentemente piora com o exercício físico. Pode haver
engasgo, ânsia de vomito e corrimento nasal.
O diagnóstico é fundamentado nos sinais clínicos de quem teve contato recente com
outros cães e se foi vacinado. Nos achados laboratoriais, hemograma de rotina e provas
bioquímicas são auxiliares para se estabelecer o estado geral do animal e monitorá-lo.
Os achados laboratoriais incluem em swabs nasais a rinite atrófica, em sedimentos de
lavados transtraqueal para a traqueobronquite canina e swabs traqueias a coriza dos
perus cultivados em ágar sangue. Ágar de MacConkey.
Em animais com tosse dos canis nao complicada, nao haverá nenhuma característica
notável em radiografias torácicas. Em cães com infeccao combinada de B.
bronchiseptica e CPIV haverá uma consolidação lobar aumentada.
Os casos de tosse dos canis que nao tiverem complicações se resolvem sem tratamento
dentro de 4 dias a 3 semanas, dependendo da severidade. Mas o desconforto que a
doença causa para os animais e para os proprietários justifica o tratamento. Os cães que
possuem sinais persistentes por mais de 2 semanas devem ser avaliados para
complicações secundárias ou para reavaliação do diagnóstico.
Antibióticos de amplo espectro estão indicados nas infecções bacterianas secundárias.
O suporte consiste na umidificação das vias aéreas, soluções eletrolíticas, vitaminas do
complexo B, antipiréticos, expectorantes, bronco dilatadores, antieméticos e
complementos nutricionais estão indicados para a terapia auxiliar.
Desta forma as drogas mais empregadas são amoxicilina, ampicilina, sulfa com
trimetoprim (via oral na dose de 15mg/Kg duas vezes ao dia por 7 a 14 dias), tetraciclina
é eficaz contra a B. bronchiseptica (baixo custo) cloridrato de tetraciclina (22mg/Kg a
cada 8 horas) por no mínimo de 7 dias.
Geralmente deve ser empregado o nível mais elevado de faixa de doses recomendadas
dos antibióticos administrados sistemicamente, para se atingir o epitélio brônquico e a
traqueia que é onde a B. bronchiseptica se localiza. Deve-se presenciar melhora clinica
dentro de 3 a 5 dias da antibioticoterapia, mas est deverá ser empregada por 10 a 14 dias,
ou então por 5 dias após a resolução dos sinais clínicos.
A imunidade materna para os agentes que causam a tosse dos canis oferece variáveis
graus de proteção. Mesmo baixos os níveis de anticorpos maternos podem reduzir a
severidade dos sinais clínicos da doença.
A imunidade que o cao adquire após a infeccao irá variar dependendo de cada animal,
do vírus ou da bactéria envolvida e da oportunidade de uma reexposição. Quanto a B.
bronchiseptica os cães estarão imunes por aproximadamente 1 ano após a infecção.
O controle envolve o isolamento dos animais doentes, ventilação adequada, desinfecção
do ambiente. Para desinfecção das instalações pode ser usado hipoclorito sódico,
clorexidine ou solução de benzalcônio.
As vacinas podem ser parenteral ou intranasal. As vacinas de uso intranasal tem melhor
efeito pois induzem uma imunidade local, protegem o animal contra uma infeccao e
contra a doença. Não estão sujeitas a interferência dos anticorpos maternos.
A vacina intranasal induz a imunidade local e sistêmica e nao se verifica interferência com
os anticorpos maternos, mas há ocorrência de reações adversas.
A parenteral apesar de só induzir imunidade sistêmica, nao causa reações adversas. Se o
animal for mais novo, é eficaz a vacinação intranasal devido a interferência dos
anticorpos maternos. Já se o animal tiver mais idade, a vacinação parenteral será mais
eficaz. Caso o animal necessite de uma resposta rápida a vacinação, o uso da vacinasal
intranasal é preferível pois induz a imunidade local.
A tosse dos canis não é apenas uma doença auto-limitante pois se o animal for infectado
por associações de agentes etiológicos, os sinais serão mais graves e a taxa de
mortalidade aumentará.
Aula 8 – Brucelose
A B. abortus tem relação antigênica com a suis e a leitensis, a B.canis com a B. ovis então
nas amostragens usamos a espécie abortus para triar suis e melitensis junto e a ovis para
fazer a triagem da canis.
Embora os bovinos e bubalinos sejam suscetíveis a B. suis e B. melitensis,
inequivocadamente a espécie mais importante é a B. abortus responsável pela grande
maioria das infecções.
Fonte de infecção - Hospedeiros vertebrados que albergam as brucelas e as eliminam no
ambiente: animais doentes ou portadores sãos. As diferentes espécies, apesar de ter
predileção por determinada espécie podem acometer diversas outras espécies.
Vias de eliminação – produtos do abortamento (feto, placenta, líquido amniótico),
corrimento vaginal e urina (por 15 a 30 dias após aborto ou parto normal), sêmen e leite.
A via de transmissão ocorre por contato direto por transmissão venérea (monta natural),
pessoas que lidam diretamente com os animais (doença ocupacional) ou por contato
indireto através da ingestão de pastagens, alimentos e/ou água contaminados por restos
de aborto, secreções vaginais que contenham brucela (30 dias após o parto).
Como portas de entrada temos a mucosa digestiva, conjuntiva, pele lesada e mucosa
genital.
Uma vez atravessando a porta de entrada, as brucelas serão drenadas para os gânglios
linfáticos regionais e a partir destes, via linfa ou sangue, disseminam-se por todo o
organismo, indo colonizar os órgãos ou tecidos ricos em células do sistema mononuclear
fagocitário, tais como gânglios linfáticos, medula óssea, fígado, baço e articulações
(imunocomplexos). Além destes, as brucelas se disseminam para órgão reprodutivos como
útero gravídico das fêmeas e os testículos, epidídimo e vesícula seminal dos machos.
A predileção para útero gravídico se deve à produção, pelo mesmo, do hormonio
chamado eritritol. O eritritol atrai as brucelas e funciona como fator estimulante para o seu
crescimento. Este hormonio só está presente em bovinos, caprinos, ovinos, suínos e cães e
está relacionado com a ocorrência do abortamento. Este hormonio nao é produzido pela
mulher ou pela égua que, por conseguinte, não apresentam abortamento em
consequência da brucelose. O eritritol também é encontrado na glandula mamária e
epidídimo.
A infecção do útero gestante ocorre por via hematógena. As brucelas multiplicam-se
inicialmente no trofoblasto do placentoma, infectando também as células adjacentes,
levando a uma reação inflamatória da placenta. Além disso, há infecção do feto, de igual
modo por via hematógena. As lesões placentárias raramente atingem todos os
placentomas, em geral, apenas parte deles é afetada. Tais lesões inflamatório-necróticas
de placentomas, que impedem a passagem de nutrientes e oxigênio da mãe para o feto,
provocam infecção maciça do feto, responsáveis pelo aborto (B. abortus).
Com o desenvolvimento de imunidade celular após o primeiro abordo, há uma
diminuição do número e do tamanho das lesões de placentomas nas gestações
subsequentes. Com isso, o aborto torna-se infrequente, aparecendo outras manifestações
da doença, como, por exemplo, a retenção da placenta, a natimortalidade ou o
nascimento de bezerros fracos.
Sintomas:
O período de incubação é extremamente variável podendo durar de semanas a cerca
de 7 meses.
• Infertilidade em fêmeas: decorrência de metrite, retenção de placenta.
• Infertilidade em machos: orquite e processos inflamatórios na vesícula seminal e
ampolas.
• Abortamento no terço final da gestação em bovinos: inflamação necrótica na
junção entre carúncula materna e cotilédone fetal.
• Abortamento precoce em suínos: aumento na taxa de repetição de cio ou maior
número de fetos mumificados ou mesmo feteriorados indicando morte fetal
precoce.
• Lesões articulares (em suínos, equinos e humanos)
• Lesões cutâneas (humanos e suínos)
Aula 8 – Tuberculose
Aula 9 – Malasseziose
Doenças associadas:
• Dermatites inflamatórias
• Alérgicas e parasitárias
• Seborreia primária
• Doenças endócrino – metabólicas
• Dermatopatias carenciais
• Infestações por ectoparasitas
A ocorrência de dermatite é mais observada nos meses muito úmidos ou no verão,
correspondendo também à estação onde ocorre a maioria dos casos alérgicos. A
predileção por certos sítios anatômicos como as dobras cutâneas, sugere que o aumento
da umidade cutânea favorece o crescimento da Malassezia. Adicionalmente, as
mudanças lipídicas na superfície cutânea resultam no aumento da fonte de nutrientes
para a Malassezia, promovendo a sua proliferação.
O frequente isolamento de numerosa quantidade de leveduras a partir das áreas
lesionadas confirma que as leveduras do gênero Malassezia podem adquirir poder
patogênico e figurar na numerosa lista dos fungos ditos oportunistas.
M. pachydermatis – comensal do cão, patógeno oportunista se prolifera de modo
secundário a outras doenças pruriginosas.
Patogenia: Alterações no mecanismo de defesa de microclima, produção excessiva de
sebo, umidade e ruptura da barreira cutânea. Os fatores predisponentes estão associados
à dermatite seborreica decorrente de distúrbios endócrinos e metabólicos, alterações
cutâneas por hipersensibilidade, defeitos de queratinização, tratamentos recentes com
antibióticos e determinadas características raciais.
A sintomatologia clínica associada à M. pachydermatis incluem lesões localizadas ou
generalizadas, eritrema, alopecia e graus variados de descamação ou exsudação
gordurosa, hiperpigmentação em casos crônicos pode ocorrer. Prurido de suave a
extremamente intenso e prurido facial intenso.
A hipersensibilidade às leveduras permite o desencadeamento de dermatite por
Malassezia. A diminuição das defesas cutâneas também pode favorecer a proliferação
das leveduras dermatites por Malassezia gatos FIV positivos. Os gatos Devon Rex e
sphynx apresentam predisposição a dermatite seborreica associada a alta propulacao
de Malassezia.
Regiões anatômicas mais frequentemente colonizadas são mentoniana, axilar, virilhas,
áreas intertriginosas que correspondem as áreas de dobras cutâneas. Localizando-se
predominantemente no conduto auditivo externo, face, região ventral do pescoço, axilas,
ventre, pele interdigital e áreas intertriginosas.
Além da pele de cães e gatos a M. pachydermatis, isolada de pelos, foi encontrada na
cavidade oral, reto e do ânus e em cães na mucosa genital e sacos anais.
M. pachydermatis cães
M. sympodialis, M. globosa e M. nana felinos
A dermatite por Malassezia ocorre mais frequentemente em cães adultos. Uma
predisposição genética é observada nas raças West Highland White terrier, basset hound,
Dachshund, Cocker spaniel, Shit tzu e English setter. Outros autores também descrevem
como raças predispostas o Chihuahua, poodle e pastor alemão.
Síndrome regional Tratamento
Síndrome generalizada Tratamento
Principais antimicóticos utilizados no tratamento tópico da otite externa em cães:
• Nistatina
• Tiabendazol
• Clotrimazol
• Miconazol
• Cetoconazol
• Itraconazol
• Fluconazol
• Terbinafina
Para o diagnóstico as leveduras do gênero Malassezia são isoladas principalmente a partir
da pele e das membranas mucosas de vários mamíferos e aves. Deve-se suspeitar da
infecção quando cães apresentarem doenças de pele gordurosas, malcheirosas e
inflamatórias.
Exame citológico método esfoliativo
Culturas fúngicas
Coleta:
• Swab da região auricular ou cutânea
• Por raspagem cutânea
• Por impressão cutânea da lesão em lamina de vidro desengordurada
• Utilizacao de tiras adesivas
Coloração: MGG ou Gram ou Kits de coloração rápida.
Aula 10 – Leptospirose
A parede celular:
• Membrana externa – lipídeos, proteínas e lipopolissacarideo -LPS
o LPS – fator de virulência, diversidade antigênica da leptospira
• Parede bacteriana é coberta pelo lipopolissacarídeo LPS
• Membrana externa:
o Possui também lipoproteína LipL32, LipL41, Lipl21
o Parede tipicamente gram negativa
• Membrana interna: ligações de peptideoglicano no periplasma – rigidez celular.
Classificação sorológica:
• Leptospira interrogans 300 sorovares/24 sorogrupos
• Leptospira biflexa 60 sorovares/28 sorogrupos
Classificação molecular:
Recentemente 64 espécies, 37 patogênicas e 27 saprófitas.
A unidade taxonômica das leptospiras é o sorotipo (sorovar). Tem elevado grau de
variação antigênica.
Histórico:
• 1886, Adolf Weil, Alemanha – sobre uma doença infecciosa característica que
provoca esplenomegalia, nefrite e icterícia – Doença de Weil.
• 1907, Stimson, USA – demonstraca de espiroquetas nos rins de paciente
diagnosticado com febre amarela, spirochaeta interrogans
• 1915-17, Inada e cols, japão – isolamento, infeccao experimental em coabios, papel
dos roedores como reservatórios – Spirochaeta icterohaemorrhagiae.
• Séculos XIX, XX, China – icterícia da cultura do arroz, japão febre outonal.
• Europa, Austrália: doença dos agricultores de cana, doença dos criadores de
porcos.
Epidemiologia:
• Doença ocupacional
• Doença infecciosa de distribuição mundial
• Determinada por leptospira sp. de diferentes sorogrupos
• Zoonose mais difundida do mundo e de grande importância na saúde publica
• Acomete humanos, animais silvestres, animais de companhia e de produção.
• Clima tropical e subtropical
• Sobrevivem por semanas a meses após a excreção
• 1 milhão de casos humanos em todo o mundo
• 60.000 mortes por ano
A transmissão urbana é muito comum principalmente na época de chuvas, enchentes
por causa do lixo, esgoto, etc.
A transmissão rural também ocorre pelas poças que se formam no campo, geralmente de
animal para animal atraves da urina.
Patogenia da leptospirose:
1ª fase:
• Entrada pela pele lesionada e mucosas
• Disseminação hematogênica rápida (4 a 7 dias)
• Leptospiremia seguida de resposta imune: 7 a 10 dias
2ª fase:
• Se instalam em rim, pulmão, fígado, aparelho reprodutor
• Musculatura esquelética
• Lesão celular capilar endotelial: vasculite e isquemia
• Hemorragias e petéquias
Achados hematológicos:
Leucocitose e trombocitopenia
Sorotipos incidentais:
• Associados à surtos
• Epidêmico
• Doença clínica aguda
• Riqueza de sintomas
• Aumento dos títulos de IgM (doença aguda)
• Grande influencia ambiental
Forma anictérica (70%):
• Forma branda ou subclínica
• Carreador crônico
• Não procura a atenção médica
• Resolução – aparecimento dos anticorpos (7-10) dias
• Mortalidade muito baixa
O cão é uma vítima tanto quanto o humano e não é vilão.
Diagnóstico laboratorial:
• Métodos diretos – evidenciação do agente
• Métodos indiretos – sorologia
Diagnostico direto:
• Cultura
o Somente para pesquisa
Seis meses para liberar resultado negativo
Meios de cultivo de alto custo
Exige muita expertise do operador
o Material
Sangue – síndromes agudas
Urina
Fluido vaginal – problemas reprodutivos
Material de aborto
Métodos moleculares:
• PCR
o Primers (gene LipL32)
o Extração do DNA – kit comercial
o Técnica simples
o Diferentes alvos – detecção de patogenicas
Fluido vaginal – problemas reprodutivos
Material de aborto
Sangue – síndromes agudas
Urina
o Não identifica sorotipo
o Identificação de carreadores
Métodos indiretos:
• Sorologia
o Elisa
o RSAT
o MAT
Testes sorológicos:
• Soroaglutinação microscópica – MAT
o Avaliação da sororeatividade geral e para cada sorogrupo
o Reação Ac soro X Ag leptospira
o Realizado com antígenos de leptospiras vivas
o Bactéria com estirpes de referência e locais
o Técnica de referência pela OIE
o Técnica sensível
o Titulação e pareamento
o Ponto de corte: 100
o Laboriosa
o Custo – é caro e trabalhoso
o Reação cruzada
o Não identifica carreadores
o Triagem e identificação de sorogrupo
Desvantagens:
• Laboriosa – exige culturas vivas
• Custo mais alto de instalação
• Reações cruzadas
• Correlação com a doença incerta
Tratamento:
• Depende da gravidade
• Desidratação e choque – fluidoterapia
• Hemorragia grave – transfusão de sangue (atenção a CID)
• Reestabelecer oliguria ou anúria
• Drogas de escolha:
o Penincilina G procaína dose: 40.000 – 80.000 U/KG a cada 24 horas
o Diidroestreptomicina: 10 – 15 mg/Kg IM por 2 semanas. OBS: cuidar da injúria
renal
o Doxiciclina 5 mg/Kg VO ou IV a cada 12 horas (2 semanas)
Sempre usar Penincilina e Doxiciclina em associação. Quando o animal não tiver com
lesão renal associa a penincilina com a diidroestreptomicina que age mais rápido na
leptospirose.
A sorologia nem sempre dá positiva, mas na suspeita pode fazer um PCR, mas se esperar
os 5 dias o animal pode morrer, ai entra com a doxiciclina.
Aula 11 – Hemoparasitoses
Bactérias-gram negativas
Intracelulares obrigatórias
Forma cocobacilar
Divisão binária
Transmitidos por artrópodes vetores.
As inclusões das espécies do gênero Erlichia, podem ser de três formas: corpúsculos iniciais,
corpúsculos elementares e mórula.
Segundo Oliveira (2008), os organismos erlichiais encontram-se distribuídos mundialmente
e várias espécies do gênero erlichia estão relacionados a erlichioses em diversos animais
como cães, equinos, ruminantes, felinos e seres humanos.
Todas essas fases são infectantes
A fase aguda:
• Começa em torno de 8 a 21 dias após a infeccao
• Dura de 2 a 4 semanas
• Replicação do microrganismo nas células mononucleares e disseminação no SMF
levando a hiperplasia linforreticular (fígado, baço e linfonodos) aumento de volume.
• Febre, depressão, anorexia, linfoadenopatia, perda de peso
Após a fase aguda o animal pode apresentar cura espontânea ou entrar na fase
subclínica, onde os sinais clínicos desaparecem, mas a rickettsia se mantém no organismo,
podendo esta fase persistir por anos.
Cães imunocompetentes poderão eliminar o parasita enquanto cães com resposta
imunológica insuficiente entrarão na fase crônica da doença.
Fase crônica:
• Leve a moderada
• Sinais clínicos severos
• Acentuada anemia, trombocitopenia, petéquias, hemorragia, edema periférico,
emagrecimento.
• Anemia normocítica normocronica
Forma severa comprometimento da medula (pancitopenia)
Erlichiose:
• Hipoplasia medular óssea severa (não é comum)
• Trombocitopenia
• Anemia arregenerativa
• Com ou sem neutropenia
São infecções fúngicas que afetam a pele e os folículos pilosos de cães e gatos, sendo
causadas principalmente por dermatófitos dos gêneros Microsporum e Trichophyton e
menos comumente por leveduras dos gêneros Malassezia e Candida.
É uma infecção cutânea superficial dos tecidos queratinizados, como ele, unhas e pelos,
causada por fungos dos gêneros Microsporum spp., Trichophyton spp. e Epidermophyton
spp., denominados dermatófitos, capazes de invadir e sobreviver em estruturas
queratinizadas, utilizando a queratina coo nutriente.
Reservatório:
M. canis: é um fungo zoofílico, ou seja, encontrado na pele e pelos de cães e gatos.
M. gypseum: É um fungo geofílico, ou seja, habita os solos ricos em matéria orgânica.
T. mentagrophytes: É um fungo encontrado comumente na pele e pelos de roedores.
OS dermatófitos são fungos cosmopolitas, que chegam a afetar cerca de 40% da
população humana e estima-se que aproximadamente de 10% a 15% da população será
infectada por estes fungos pelo menos uma vez durante a vida, fazendo dessa uma
doença de grande importância para a saúde publica.
Resistência:
Dermatófitos são sensíveis a desinfetantes comuns como cresol, iodo e cloro, sobrevivem
anos em ambientes inanimados.
Transmissão:
Esporos originados de fragmentos de hifas são a forma infectante.
Contato direto com um animal infectado
Contato com um ambiente contaminado escovas, toalhas, tanques, caixas de
transporte, máquinas de tosa, gaiolas, etc.
Os esporos são altamente resistentes e podem persistir em um ambiente por anos.
Fatores predisponentes:
Animais muito jovens ou muito idosos, nutrição inadequada, imunossupressão (neoplasias,
endocrinopatias, terapias com corticoesteróides), presença de ectoparasitas facilitam
a instalação das dermatofitoses.
Aspectos clínicos:
Pleomórfica nas apresentações clinicas investigada em muitas condições cutâneas,
principalmente em felinos.
Zoonose altamente contagiosa urgência diagnostica
Prurido variável muitas vezes ausente mas pode ser intenso
A lesão mais caracteristica alopecia circunscrita
- descamação, crosta, eritrema ou hiperpigmentação
- face e membros são geralmente as regiões mais afetadas
Formas clinicas menos comuns incluem:
- Disqueratinização, alopecia simétrica, onicomicose, paroníquia e dermatite miliar
(felinos) e nódulos (associados com inflamação e até mesmo piodermite bacteriana)
Diagnóstico:
Diagnóstico diferencial:
• Piodermite superficial
• Demodicose
• Disqueratinizações primárias
• Neoplasias cutâneas
Etiopatogenia:
Dermatófitos se alimentam de queratina
Folículos pilosos são infectados
Exposição à um dermatófito:
Ruptura mecânica do estrato córneo
Penetração e invasão do folículo piloso
Diagnostico:
Lampada de Wood trata-se de uma lâmpada ultravioleta que na presença de algumas
cepas de M canis torna o pêlo esverdeado. Pode ser considerado um exame de triagem,
pois nem todas as dermatofitoses serão evidenciadas por essa técnica. Excesso de
escamas e terapias trópicas prévias podem alterar o resultado.
Pelos que serão cultivados devem ser os da periferia lesional devido ao crescimento
centrífugo dos dermatófitos. Para animais portadores indica-se a colheita das amostras
por meio de escova dental ou carpete estéreis. Esta ultima técnica, portanto, seria a mais
indicada em gatis de Persas, a titulo de identificação dos animais que estão perpetuando
a doença na colônia.
As colônias de M. canis em Agar sabourad são de tonalidade amarelo claro com
pigmento alaranjado no verso da placa.
Tratamento sistêmico:
Griseofulvina é a droga de escolha no inicio do tratamento (50mg/Kg SID) durante no
mínimo de 6-8 semanas.
Gatos de pelame longo e em gatis tratamento deve ser suspenso após 2 ou 3 culturas
negativas.
Alimentos gordurosos facilitam a absorção deste fármaco.
Dentre os efeitos colaterais destacam-se teratogenia, gastroenterite, neutropenia e
hepatopatia.
Itraconazol pode ser administrada em cães e gatos. Dose 5-10mg/Kg. As doses mais
elevadas podem ser associadas com mais efeito colateral, como gastroenterite e
farmacodermias. Também não pode ser administrado em fêmeas prenhes.
O tratamento tópico limita a disseminação dos fungos para outros animais e para o
ambiente. Prefere-se o uso de formulações a base de xampus para aplicação em animais
previamente tosados (principalmente gatos de pelame longo). Os xampus mais efetivos
para esse proposito são à base de miconazol ou cetoconazol e devem ser aplicados duas
vezes por semana.
Ambiente:
Os desinfetantes mais efetivos contra fungos são hipoclorito de sódio, glutaraldeído e
enilconazol (não disponível no Brasil). Medidas gerais de limpeza como ventilação,
aspiração e remocao de toalhas, escovas e camas devem ser empregadas.
A desinfecção ambiental deve ser rigorosa e realizada com hipoclorito de sódio diluído
em água na proporção de 1:10, alvejante doméstico na proporção de 1:10 a 1:100 ou
amônia quaternária a 0,3%.
Coronavirus felino:
• Forma Entérica - Coronavírus felino
• Peritonite Infecciosa Felina
Histórico
• 1963 – primeira descrição
– Vasculite imunomediada e piogranuloma inflamatório em gatos
• 1978 - identificação
– Classificado como Coronavirus, RNA
Distribuição Mundial
– Mais comum em comunidades felinas.
• Gatil, Pet shop, Abrigos, etc
• Nos USA e Europa - 50% dos gatos com Ac
Entérico
Coronavírus Entérico Felino - Causa uma infecção intestinal leve
– SINAL CLÍNICO - diarréia.
Replica nas células intestinais - presente nas fezes
– O vírus permanece infectante por longos períodos no ambiente e em fômites.
– Os gatos se infectam por via oral-fecal.
• A doença está associada a uma falha na resposta imune celular do hospedeiros frente
à infecção, dessa forma gatos jovens ou com idade mais avançada são mais propensos
a desenvolvê-la devido a imaturidade e à deficiência do sistema imunológico.
• Superpopulação
• A falta de maturidade do sistema imune, permite que aconteça uma replicação viral
menos controlada,facilitando a ocorrência da mutação viral (HARTMANN, 2005).
• O reservatório primário do VPIF é o gato. Presume-se que a transmissão transplacentária
do vírus da mãe para o feto ocorra como resultado de imunossupressão induzida por
gestação com subsequente ativação do vírus latente.
• Infecção pós-natal de gatos por ingestão do vírus foi demonstrada experimentalmente
e é provavelmente a mais comum na natureza.
• Entrada
– Tratos gastrointestinal – Respiratório
• Eliminação
– Fezes/Saliva e Urina
Após a inoculação, que pode ser fecal-oral, oral-oral ou oral-nasal, o vírus da PIF replica-
se em macrófagos, e dissemina-se para os demais órgãos através da corrente sanguínea,
ocasionando infecção sistêmica e PIF (Coelho, 2016). A PIF apresenta-se em duas formas
a não efusiva ou seca, e a efusiva ou úmida, sendo essa a forma mais letal e responsável
por 60% dos casos de PIF. A forma úmida apresenta efusões no peritônio e/ou pleura,
presenta perda de peso, desidratação, febre, anorexia e apatia (Canuto et al., 2017).
Fatores Predisponentes
– Faixa etária 6 meses a 2 anos e gatos idosos
– Predisposição racial ( persa, abssínio, bengal, birmanês, himalaio)
– Alta concentração de animais
– Má Alimentação
– Infecções por retrovirus
– Tratamento Imunossupressores
Fisiopatologia
É tipicamente caracterizada por graves danos inflamatórios e sistêmicos das membranas
serosas e lesões piogranulomatosas generalizadas.
Vírus + Ac – Formação de imunocomplexos levando a vasculite
Imunocomplexos + macrófagos/monócitos – Disseminação sistêmica
O envolvimento de muitos vasos sanguíneos resulta em aumento da permeabilidade
vascular e derrame de exsudato rico em proteínas para a cavidade, dando origem à
forma efusiva.
Diagnóstico
O diagnóstico ante-mortem de PIF constitui um desafio, especialmente para a forma não-
efusiva, cujos sinais clínicos são vagos (BARROS, 2014)
1. Base em observação clínica + sorologia + hematologia
2. Difícil, devido ao fato de que nenhum teste sorológico pode diferenciar entre
Coronavirus entérico e PIF.
3. PCR → identificação de sequências do VPIF em material clínico
4. Frequentemente diagnosticados em laparotomias e necropsia.
• A efusão é detectada através de palpação e percussão de onde fluida e confirmada
por meio de radiografia, ultrassonografia ou abdominocentese (SPADIN, 2008).
• O fluido da PIF efusiva é claro ou levemente opaco, sua coloração varia de amarelo-
pálido a dourado e apresenta consistência viscosa.
• É espumoso, devido a sua alta concentração protéica.
Diagnóstico
• Acúmulo de líquidos na cavidade pleural ou no peritônio (paracentese), → associação
com títulos de anticorpos positivos no soro ou líquidos → indicativo de PIF efusiva.
• PIF não efusiva → + difícil de ser diagnosticada, devendo ser diferenciada de outras
condições infecciosas, granulomatosas e neoplasias.
Tratamento / Controle
• Nenhum tratamento eficiente até o momento
• Uso de droga imunossupressoras (animais não debilitados)
• Sempre que o gato for tratado com imunossupressores, deve também receber
antibióticos para protegê-lo de infecções oportunistas. (ampicilina 50mg/kg, TID).
• PIF efusiva → abdominocentese ou toracocentese
CONTROLE
– descontaminação c/ compostos de amônio quartenário de locais infectados
– Isolamento de gatos sorologicamente positivos
– Avaliação de gatos recentemente adquirido em busca de anticorpos séricos
Não há vacinas disponíveis atualmente
Tratamento
• Tratamento paliativo
– Glicocorticóides (prednisolona via oral (2 – 4 mg/kg SID, com uma redução gradual
da dose a cada 10 – 14 semanas)
– ciclofsfamida (2mg/kg/dia em ciclos de quatro dias por semana.
• Produz imunossupressão
• Transfusão sanguínea se necessário
• Vitamina A, um antioxidante (200 UI/animal/dia.
• Vitamina B1 (tiamina) – 100ug/dia (estimulante do apetite).
Diagnóstico:
A associação americana indica que todos os gatos sejam testados e nenhum método
diagnóstico com resultado negativo deve ser considerado 100% confiável.
No estágio final da doença ou em paciente mais idoso por conta do sistema imune estar
mais comprometido o teste pode não ser capaz de captar os anticorpos.
Pinga 3 gotas de sangue e 4 gotas do reagente, mistura e coloca no círculo de ativação
e aperta o dispositivo.
O tratamento é multifatorial para FIV e FELV, depende sempre das manifestações clínicas
desencadeadas pela ação viral. Não tem cura.
O monitoramento e tratamento multifatorial de suporte as manifestações clinicas
causadas pela infecção.
Não é indicado leucogen, vacinas ainda não se tem consenso se deve vacinar ou não os
animais positivos.
Normalmente se o animal fizer exame de sangue, bioquímica e US e estiver tudo ok pode
vacinar e opta pela tríplice que tem menos cepa.
Vacinar mais com a quíntupla. Mesmo que não tenha dinheiro para o teste que é
obrigatório antes da vacina, vacina com a quíntupla que o desafio vai ser o mesmo.
Aula 14 – PIF
A dois anos se descobriu a cura da PIF, e hoje em dia não é mais letal. Ainda é letal pois a
medicação é caríssima e nem todo mundo tem acesso.
A PIF é um biótipo mutado do coronavirus entérico felino. De 5 a 10%, por qualquer gatilho
estressante pode sofrer a mutação e virar o vírus que desenvolve a PIF.
O coronavírus é transmissível entre gatos, atraves das caixas de areia é facilmente
disseminado, mas a PIF vai se desenvolver dependendo do gato, se ele vai desenvolver
aquela mutação.
Efusão e ascite principalmente.