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Fixando Conceitos

1. Sobre os Juros sobre o Capital Próprio é incorreto afirmar que:


a. são formas de remuneração do sócio ou acionista que geram despesas dedutíveis para a
pessoa jurídica.
b. são tributados pelo Imposto de Renda Retido na Fonte à alíquota de 15% e recebem o
tratamento fiscal de receitas financeiras nas pessoas jurídicas que os recebem.
c. apenas são dedutíveis se a pessoa jurídica apurar lucros no exercício ou possua lucros
acumulados.
d. são incluídos na apuração do Imposto de Renda da Pessoa Física e estão sujeitos à tabela
progressiva.

2. Um empregado da empresa X recebe como remuneração mensal bruta a quantia de R$


10.000,00. Utilizando-se da tabela progressiva mensal e da contribuição previdenciária do
empregado (ambas as tabelas constam no item 3.2.2 da presente apostila), calcule o valor
líquido que este empregado receberá mensalmente.
a. R$ 8.208,95.
b. R$ 7,190,91.
c. R$ 7.678,24.
d. R$ 6.899,88.

3. Uma pessoa física recebeu durante o ano fiscal os seguintes rendimentos: (i) R$ 65.000,00
como pagamento de salário; (ii) R$ 20.000,00 a título de pró-labore; e (iii) R$ 10.000,00 de
JCP. Partindo das premissas de que os valores percebidos de salário compreendem o 13º
salário, enquanto o valor de pró-labore não inclui a 13ª parcela, e que o JCP já se encontra
deduzido do IRRF, pergunta-se qual o valor líquido auferido anual (INSS empregado teto:
R$ 608,44N ):
a. R$ 71.538,83.
b. R$ 73.608,53.
c. R$ 77.178,48.
d. R$ 79.953,06.

4. O prazo para que a União cobre administrativamente o Imposto de Renda é de:


a. Cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido formalizado.
b. Cinco anos contados da constituição definitiva do crédito tributário.
c. Dez anos contados do fato gerador.
d. Cinco anos contados do vencimento.

5. Acerca dos princípios da irretroatividade, da legalidade e da anterioridade, pode-se afirmar


que:
a. O princípio da irretroatividade é absoluto, mas os da legalidade e da anterioridade admitem
exceções nos casos dos impostos de exportação e importação, do IPI e do IOF.
b. Todos são de observância obrigatória para todos os tributos, sem exceções.
c. Os princípios da irretroatividade e da legalidade são absolutos, mas não é preciso observar
a anterioridade para a instituição dos impostos de exportação e importação, do IPI e do
IOF.
d. Todos esses princípios são de observância obrigatória para todos os tributos, exceto no que
se refere aos impostos de exportação e importação, ao IPI e ao IOF.

6. Sobre a criação de tributos, pode-se afirmar que:


a. As taxas e as contribuições dependem de lei complementar para serem cobradas.
b. Todos os tributos apenas podem ser cobrados por meio de lei, exceto os impostos de
exportação e importação, o IPI e o IOF, que podem ser cobrados com base em decreto.
c. Todos os tributos apenas podem ser cobrados por meio de lei, mas a autoridade fazendária
sempre pode editar regulamentos.
d. A cobrança de tributo decorre do texto constitucional ou de emenda à Constituição Federal.

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7. Um sócio de uma empresa recebe pró-labore e distribuição de lucros. Pode-se afirmar que
pagará IR:
a. retido na fonte apenas sobre o que receber de pró-labore.
b. retido na fonte sobre o que receber de pró-labore e dividendos.
c. mediante carnê-leão segundo a tabela progressiva apenas sobre o que receber de pró-
labore.
d. retido na fonte sobre o que receber de pró-labore e carnê-leão para os dividendos.

8. Sobre uma operação de importação de mercadoria não se incide:


a. PIS.
b. IRRF.
c. IPI.
d. ICMS.

9. Não é possível no sistema tributário brasileiro a incidência:


a. de PIS, COFINS, IPI e ICMS sobre uma operação de venda de mercadoria.
b. do ISS e da contribuição previdenciária ao INSS sobre uma prestação de serviços.
c. do IRRF sobre rendimentos auferidos no Brasil por residentes no exterior.
d. do ISS e do ICMS sobre uma mesma prestação de serviços.

10. Sobre o Imposto de Renda, analise as seguintes afirmativas:

I. Para a pessoa física, o Imposto de Renda recolhido durante o ano pode ter caráter
definitivo ou configurar mera antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual.
II. Para a pessoa jurídica, o Imposto de Renda Retido na Fonte é sempre uma antecipação
do devido, apurado no encerramento do respectivo período-base.
III. A pessoa jurídica que apura prejuízo fiscal no encerramento do período-base adquire o
direito de compensar a totalidade do Imposto de Renda antecipado durante o período
com quaisquer tributos federais administrados pela Receita Federal.
IV. A pessoa física pode fazer jus a uma redução ou mesmo à eliminação da retenção na
fonte do Imposto de Renda, se apresentar à fonte pagadora documentos que
comprovem dispor de certas despesas dedutíveis, como pensão alimentícia judicial.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I, II e III.
b. I e III.
c. II.
d. I, II, III e IV.

11. Não é uma despesa dedutível do Imposto de Renda da Pessoa Física para efeito de
apuração:
a. Pensão alimentícia homologada judicialmente.
b. Contribuições a entidades de previdência privada complementar, até o limite de 12% dos
rendimentos tributáveis no ano-base.
c. Despesas com filho(a) universitário ou cursando escola técnica de 2° grau até o limite de 24
anos, limitadas a R$ 296,79 por mês.
d. Doações efetuadas em favor de herdeiros a título de adiantamento de legítima.

12. Os regimes previstos em lei para o recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
são:
a. Lucro Real Anual, Lucro Real Mensal e Lucro Presumido.
b. Lucro Real Trimestral, Lucro Real Mensal e Lucro Presumido.
c. Lucro Real Trimestral, Lucro Real Anual e Lucro Presumido.
d. Lucro Real Mensal, Lucro Real Trimestral, Lucro Real Anual e Lucro Presumido.

13. Sobre Lucro Presumido, pode-se afirmar que:


a. No Lucro Presumido, as instituições financeiras podem suspender ou reduzir o valor de IRPJ
e CSLL a recolher trimestralmente, desde que o lucro líquido efetivo da pessoa jurídica seja
menor do que o lucro presumido pela legislação.
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b. No lucro presumido, há uma diferenciação das alíquotas de PIS e Cofins, frente ao
denominado “Lucro Real”.
c. As empresas de factoring poderão adotar o regime de “Lucro Presumido”, desde que
estejam submetidas ao REFIS.
d. Toda pessoa jurídica pode optar pelo Lucro Presumido, sendo irrelevante o seu faturamento
anual, a menos que a opção seja impedida pela atividade exercida pela empresa.

14. Por meio de lei ordinária, a União instituiu a incidência de um novo Imposto de Renda
Retido na Fonte (IRRF), o qual deverá ser cobrado sobre o lucro líquido contábil após o
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL). Segundo essa lei, o fato gerador deste IRRF correspondia à apuração de lucro
líquido pela pessoa jurídica no dia 31 de dezembro de cada ano. A alíquota do IRRF era 15%
e, após o pagamento do imposto, o lucro líquido da pessoa jurídica podia ser distribuído a
seus sócios pessoas físicas sem nenhuma tributação adicional. Acerca do referido IRRF:

I. O IRRF é ilegítimo, pois a instituição de um imposto sobre um novo fato gerador


depende de lei complementar.
II. O IRRF é ilegítimo, pois está havendo bitributação do lucro da pessoa jurídica, o que é
vedado pela Constituição Federal.
III. O IRRF é ilegítimo, pois incide sobre uma renda ainda não disponibilizada para o sócio
pessoa física.
IV. O IRRF é legítimo.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I, II e III.
b. IV.
c. II e III.
d. I e III.

15. Um cliente seu se aposentou e agora está iniciando a prestação de serviços de consultoria
para pessoas jurídicas do ramo de atividade em que atuou durante toda sua vida. Pretende
constituir pessoa jurídica para a prestação destes serviços, mas foi informado que a carga
tributária que terá de suportar pode chegar a 34%. Estuda atuar como autônomo e o
procura para ouvir seu aconselhamento. Analise as seguintes afirmações:

I. É possível reduzir a carga tributária da prestadora de serviços, bastando que ela opte
pelo Lucro Presumido.
II. A atuação como autônomo não será interessante para seu cliente, que sofrerá tributação
de até 27,5%, e tampouco para as empresas que serão por ele atendidas, que terão de
pagar contribuição previdenciária sobre sua remuneração.
III. A atuação como autônomo não é fiscalmente interessante para seu cliente, que sofrerá
tributação de até 27,5%, mas pode ser interessante para as empresas por ele
atendidas, pois a contratação de autônomo gera despesa dedutível para a contratante,
enquanto que a contratação de pessoa jurídica não gera efeito tributário algum.
IV. A atuação como pessoa jurídica prestadora de serviços é realmente mais onerosa em
termos tributários, mas as empresas atendidas por seu cliente poderão se beneficiar da
dedução da remuneração atribuída a essa pessoa jurídica e de créditos de PIS e COFINS.

Está correto o que se afirma apenas em:


a. I, II e IV.
b. I e II.
c. I, II e III.
d. I.

16. O seu cliente é sócio majoritário de uma pessoa jurídica que está atualmente no Lucro Real.
Ele lhe diz que está estudando a migração para o Lucro Presumido, mas que pelos cálculos
que fez, sua margem de lucro é muito similar à margem de lucro presumida pela legislação.
Ele lhe diz que consultou amigos e que lhe foram apresentados quatro motivos para migrar
para o Presumido. O único benefício que não depende da opção pelo Lucro Presumido é:

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a. Recolhimento do IRPJ e da CSLL em bases trimestrais, o que representa uma importante
vantagem financeira.
b. Permite tributar as receitas apenas quando recebidas, afastando a tributação sobre
atrasados e incobráveis.
c. Permite tributar as receitas da empresa pelo PIS e pela COFINS às alíquotas de 0,65% e
3% respectivamente.
d. Dispensa escrituração contábil, permitindo reduzir custos administrativos/contábeis.

17. O Sr. José é controlador de uma pessoa jurídica no exterior (XPTO Inc.) que concentra seus
investimentos pessoais no exterior. O Sr. José constituiu essa empresa mediante uma
transferência internacional de reais no valor de R$ 1.000.000,00 que, à época,
correspondiam a USD 750,000.00. Esses investimentos no exterior têm se mostrado
rentáveis, de forma que, hoje, o patrimônio da XPTO Inc. já atinge USD 1,500,000.00. O Sr.
José pretende resgatar parte de sua participação societária na XPTO Inc., no valor de USD
500,000.00. Qual é o único efeito tributário que o Sr. José não conseguirá afastar sobre
essa operação, pouco importando a forma como está estruturada sua participação na XPTO
Inc.?
a. Incidência do IRPF/carnê-leão sobre a parcela dos USD 500,000.00 que corresponda aos
lucros gerados entre o investimento e o resgate.
b. Incidência do IRPF/ganho de capital sobre a parcela dos USD 500,000.00 que corresponda à
valorização de sua participação societária entre o investimento e o resgate.
c. Incidência do IRPF/ganho de capital sobre a variação cambial dos USD 500,000.00 entre o
investimento e o resgate.
d. Incidência do IRPF/carnê-leão sobre a parcela dos USD 500,000.00 que corresponda aos
lucros gerados entre o investimento e o resgate e do IRPF/ganho de capital sobre a parcela
que corresponda à valorização de sua participação societária entre o investimento e o
resgate.

18. Seu cliente controla a XPTO Informática, uma empresa brasileira que está firmando uma
joint-venture com um Grupo europeu. O Grupo europeu adquirirá inicialmente uma
participação societária minoritária (20%) na XPTO Informática e, conforme os resultados
obtidos nessa fase inicial de associação, poderá exercer opção de compra de outros 30% do
capital da empresa do seu cliente. O Grupo europeu aportará recursos na XPTO Informática
em valor proporcional aos 20% do capital que adquirirá e, concomitantemente, iniciará a
transferência de know-how para as atividades da empresa brasileira. Seu cliente tem
interesse em estruturar um planejamento fiscal que permita remunerar seu novo parceiro
com a menor carga tributária disponível. O patrimônio líquido da XPTO Informática, mesmo
após o aporte do Grupo europeu, ainda é bastante baixo (R$ 300.000,00). A melhor
recomendação ao seu cliente seria:
a. Remuneração do Grupo europeu mediante a distribuição de lucros.
b. Remuneração do Grupo europeu mediante o pagamento de juros sobre o capital próprio.
c. Remuneração do Grupo europeu mediante o pagamento de royalties pela transferência de
tecnologia.
d. Estruturação de uma subsidiária do Grupo europeu no Brasil e pagamento de royalties para
essa empresa pela transferência de tecnologia.

19. Uma pessoa física recebe a doação de um imóvel localizado no município de São Paulo, no
valor de R$ 200.000,00 em janeiro de 2010. No ano seguinte, vende o referido imóvel pelo
valor de R$ 300.000,00 sem utilizar o valor recebido na compra de outro imóvel em virtude
de já ter o outro imóvel como residência. Quais os impostos incidentes em cada uma das
operações descritas, informando qual o valor a ser recolhido de imposto.
a. ITBI de R$ 4.000,00; e IRRF de R$ 45.000,00.
b. ITCMD de R$ 8.000,00; e IRRF de R$ 45.000,00.
c. ITCMD de R$ 8.000,00; e IRRF de R$ 15.000,00.
d. ITBI de R$ 12.000,00; e IRRF de R$ 15.000,00.

20. Uma pessoa física pretende emprestar dinheiro para a empresa da qual ele é sócio. Quais
tributos incidem e quem paga?
a. IOF e IR, ambos são responsabilidade do mutuário.
b. A operação é isenta de tributação.
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c. IR no regime de tabela progressiva e a responsabilidade é da fonte pagadora dos juros.
d. IR no regime de tabela regressiva e a responsabilidade é da fonte pagadora dos juros.

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Respostas Comentadas

Questão 01 – Resposta D) são incluídos na apuração do Imposto de Renda da Pessoa


Física e estão sujeitos à tabela progressiva.
O pagamento dos JCP não onera excessivamente a pessoa física, pois estes rendimentos são
tributados pelo IRRF à alíquota de 15%, mas essa tributação é considerada definitiva para a
pessoa física. Assim, não há inclusão destes rendimentos na apuração do Imposto de Renda da
Pessoa Física, ficando afastada, portanto, a sujeição à tabela progressiva. Ademais, o
pagamento dos JCP também não é fato gerador de contribuição previdenciária.

Questão 02 – Resposta C) R$ 7.678,24.


Base de cálculo (rendimentos, menos INSS empregado, cujo teto é de R$ 608,44) = R$
9.391,56
Enquadramento na Tabela - 5ª faixa - alíquota de 27,5%
Cálculo do IRRF:
9.391,56 X 27,5% = R$ 2.582,68
2.582.68 – 869,36 (parcela a deduzir - 3ª coluna da Tabela) = 1.713,32
Valor líquido a receber = 9.391,56 – 1.713,32 = R$ 7.678,24

Questão 03 – Resposta C) R$ 77.178,48.


Para resolver a questão é fundamental saber que alguns rendimentos estão sujeitos à
tributação exclusiva (separada, independente). Este é o caso do JCP e do 13º salário. Os
demais rendimentos estão sujeitos à tributação normal, de modo que eles podem ser somados
a fim de se calcular conjuntamente o imposto a eles correspondente.
O JCP, conforme a questão já disse, já está líquido de tributação (portanto, não é necessário
deduzir os 15% usuais de tributação neste caso).
O 13º salário deve ser tributado separadamente (com dedução do INSS sobre 13º). Assim:
5.000 – 608,44 = 4.391,56
4.391,56 x 22,5% = 988,10
IR = 988,10 – 636,13= 351,97
13º líquido de IR e INSS: 4.391,56 – 351,97 = 4.039,59

Outro detalhe importante é que o INSS do “empregado” tem um teto. Deste modo, assumindo-
se que os salários de R$ 60.000 já vão atingir o teto mensal, não deveria ser retido INSS sobre
o pró-labore. Quem recebe duas fontes de renda do trabalho (salário e pró-labore), acaba
tendo INSS retido apenas por uma das fontes pagadoras (especialmente se o valor pago por
esta fonte pagadora já atingir o limite máximo do INSS). Ou seja, o total de INSS a deduzir da
base é de 12 x 608,44 = 7.301,28.

Na prática, basta somar salários (sem o 13º) e pró-labore e fazer o cálculo do IR dessas duas
remunerações em conjunto:
60.000 + 20.000 = 80.000
80.000 – 7.301,28= 72.698,72
IR = 72.698,72 x 27,5% = 19.992,15
IR a pagar = 19.992,15 – 10.432,32 (parcela a deduzir – 4ª coluna da tabela) = 9.559,83
Enfim, rendimentos de salário e pró-labore líquidos de IR e INSS = 72.698,72 – 9.559,83 =
63.138,89.

Somando-se os líquidos:
- JCP = 10.000
- 13º salário = 4.039,59
- salário e pró-labore = 63.138,89
- total líquido = 77.178,48

Questão 04 – Resposta A) Cinco anos contados a partir do primeiro dia do exercício


seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido formalizado.
Como a questão se referiu à “cobrança administrativa”, o prazo que se procura saber é o da
decadência. Caso de tratasse de prazo de prescrição, a questão teria mencionado “cobrança

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judicial”. Trata-se de decadência. A decadência extingue o crédito tributário após o decurso do
prazo de cinco anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado (art. 173, I do CTN). A contagem do prazo decadencial
deve ser realizada do seguinte modo: um tributo cujo fato gerador ocorreu em 31 de março de
2005 poderia ter sido lançado a partir de então pelo Fisco; portanto, inicia-se a contagem do
prazo decadencial em 1° de janeiro de 2006; consequentemente, a decadência deste tributo
dar-se-á, se não interrompida pelo lançamento, em 1° de janeiro de 2011 (“cinco anos
contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado”).

Questão 05 – Resposta A) O princípio da irretroatividade é absoluto, mas os da


legalidade e da anterioridade admitem exceções nos casos dos impostos de
exportação e importação, do IPI e do IOF.
O Princípio da irretroatividade se aplica a todo e qualquer tributo. O princípio da anterioridade,
de exercício e nonagesimal, se aplica às taxas, às contribuições de melhoria e aos impostos. No
que se refere aos impostos, o constituinte autorizou ao Poder Executivo elevar suas alíquotas a
qualquer tempo, desde que respeitados os limites previamente fixados em lei.
Extrafiscalidade é uma característica de certo modo presente em todos os tributos. Assim, por
exemplo, a redução da alíquota do ICMS em determinado Estado é capaz de atrair novas
empresas para ali se instalarem. Esta é sua função extrafiscal. Há impostos, porém, em que
este traço é especialmente acentuado: o II, o IE, o IPI e o IOF. O constituinte, reconhecendo
tal fato, autorizou ao Poder Executivo aumentar alíquotas destes impostos, independentemente
de observância dos princípios da anterioridade de exercício e nonagesimal.

Questão 06 – Resposta C) Todos os tributos apenas podem ser cobrados por meio de
lei, mas a autoridade fazendária sempre pode editar regulamentos.
No Brasil, é na própria Constituição Federal que se encontram as bases para toda e qualquer
imposição de tributo pelos entes públicos sobre os patrimônios particulares. Esta noção é
fundamental e representa verdadeiro traço distintivo do sistema tributário nacional: as leis,
complementares ou ordinárias, os decretos, as medidas provisórias, as instruções normativas,
portarias etc. apenas podem portar comandos normativos complementares, confirmadores e
cumpridores das diretrizes constitucionais, sob pena de estarem maculados pela
inconstitucionalidade.

Questão 07 – Resposta A) retido na fonte apenas sobre o que receber de pró-labore.


Apenas o pró-labore está sujeito à tributação e o imposto já é calculado e retido pela própria
fonte pagadora dos rendimentos. Os dividendos não estão sujeitos à tributação, nem na fonte,
nem na pessoa física.

Questão 08 – Resposta B) IRRF.


Os impostos que incidem sobre a importação de mercadorias são o II, o IPI, o ICMS e, desde
2004, o PIS e a COFINS. Portanto a alternativa incorreta é o IRRF.

Questão 09 – Resposta D) do ISS e do ICMS sobre uma mesma prestação de serviços.


Isso não é possível pois haveria um conflito de competência. Não raro, dois ou mais entes
públicos julgam-se titulares da competência para cobrar tributo sobre um mesmo fato gerador.
Esta “concorrência” pode ocorrer na horizontal, entre entes de mesmo nível, e na vertical, entre
entes de níveis distintos. Um exemplo de conflito de competência vertical é o que se dá quando
uma atividade é objeto de cobrança simultânea de ISS pelo Município e de ICMS pelo Estado (é
o caso, por exemplo, dos serviços de acesso à internet).

Questão 10 – Resposta B) I e III.


As respostas corretas são as afirmações I e III. A alternativa II é incorreta, pois a pessoa
jurídica pode ter o IRRF aplicado de forma exclusiva em algumas poucas situações, embora a
regra geral seja que o imposto retido terá um caráter de antecipação. A alternativa IV é
incorreta, pois a pessoa física faz suas deduções na sua Declaração de Ajuste Anual e não no
momento do pagamento.

Questão 11 – Resposta D) Doações efetuadas em favor de herdeiros a título de


adiantamento de legítima.
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Enquanto no IRPJ a regra é que todas as despesas são dedutíveis, exceto as que a lei
expressamente classifica como indedutíveis, no IRPF apenas podem ser deduzidas as despesas
que a lei expressamente autoriza. São exemplos de despesas dedutíveis para a pessoa física:
despesas médicas, despesas de instrução, despesas com dependentes, pensões alimentícias e
contribuições a entidades de previdência complementar.

Questão 12 – Resposta C) Lucro Real Trimestral, Lucro Real Anual e Lucro Presumido.
Lucro Real Trimestral, Lucro Real Anual e Lucro Presumido são regimes previstos em lei para o
recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

Questão 13 – Resposta B) No lucro presumido, há uma diferenciação das alíquotas de


PIS e Cofins, frente ao denominado “Lucro Real”.
Realmente há uma diferença das alíquotas do PIS e Cofins no regime de Lucro Presumido, se
considerado que no Lucro Real há o sistema atual de não cumulatividade, onde a alíquota oscila
em determinadas situações.

Questão 14 – Resposta D) I e III.


O pagamento do imposto pela pessoa física antes de seu recebimento pela mesma é ilegítimo
pois ainda não houve o fato gerador (disponibilidade de renda).
O item I está correto, pois a instituição de imposto novo depende de lei complementar.
O item II está incorreto, pois não se trataria propriamente de “bitributação”, pois uma coisa é
tributar o lucro da pessoa jurídica (pelo IRPJ) e outra coisa seria tributar a distribuição de lucros
ao acionista. Esta segunda forma de tributação não é propriamente vedada pela Constituição
Federal.

Questão 15 – Resposta B) I e II.


A prestação de serviços por profissional autônomo é fato gerador das contribuições
previdenciárias do segurado individual e da empresa.
A contribuição previdenciária do autônomo (segurado individual) incide sobre a remuneração
por ele auferida no mês, respeitados os limites mínimo (R$ 937,00) e máximo (R$ 5.531,31)
fixados em lei. A alíquota da contribuição previdenciária do autônomo é 20%. Desde junho de
2003, a contribuição previdenciária do autônomo que presta serviços a pessoas jurídicas passou
a ser objeto de retenção na fonte, à alíquota de 11%, mantido o limite máximo de contribuição
citado acima.
III) Incorreta. A contribuição previdenciária da empresa contratante de profissional autônomo é
calculada mediante a aplicação da alíquota de 20% sobre a remuneração atribuída ao
autônomo, sem limite máximo. A contratação de pessoa jurídica também gera despesa
dedutível.
IV) Incorreta. A atuação como pessoa jurídica não é mais onerosa que pessoa física
(possibilidade de enquadramento no Lucro Presumido).

Questão 16 – Resposta A) Recolhimento do IRPJ e da CSLL em bases trimestrais, o


que representa uma importante vantagem financeira.
Qualquer empresa, até abril de cada ano, pode migrar da apuração anual para a apuração
trimestral do IRPJ. Para empresas que exploram atividades que oferecem retorno relativamente
homogêneo durante o ano, a opção costuma ser interessante financeiramente, porque afasta a
incidência das antecipações mensais do IRPJ. O recolhimento do imposto passa a ser devido
apenas ao final de cada trimestre. O mesmo ocorre com o CSLL.

Questão 17 – Resposta C) Incidência do IRPF/ganho de capital sobre a variação


cambial dos USD 500,000.00 entre o investimento e o resgate.
Tanto no caso dos rendimentos como no caso dos ganhos de capital, a incidência do IRPF não
depende da transferência dos recursos financeiros para o Brasil. Basta, nos termos da
legislação em vigor, que tenha havido disponibilidade em favor da pessoa física, ainda que essa
disponibilidade tenha se materializado mediante depósito em conta corrente no exterior. Como
o investimento foi feito em reais, o IRPF vai incidir sobre a variação cambial.

Questão 18 – Resposta D) Estruturação de uma subsidiária do Grupo europeu no


Brasil e pagamento de royalties para essa empresa pela transferência de tecnologia.
a. Incorreta. Pagaria tributos de pessoa jurídica (mais onerosos).
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b. Incorreta. Patrimônio líquido muito pequeno.
c. Incorreta. Incidência de CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) de 10%
além do IRRF.
d. Seriam vários os benefícios: subsidiária não tem incidência de IRRF. Pode estar no lucro
presumido (carga tributária baixa). Os royalties podem ser lançados como despesa
dedutível no Brasil e os lucros pós- tributação podem ser distribuídos para os acionistas livre
de tributação.

Questão 19 – Resposta C) ITCMD no valor de R$ 8.000,00 e IRRF no valor de


15.000,00.
O imposto incidente sobre a doação é o ITCMD à alíquota de 4% a ser aplicada sobre a base de
cálculo que no caso em tela será de R$ 200.000,00 (valor do bem imóvel transmitido),
enquanto que o IRRF incidirá sobre o ganho de capital auferido com a venda do imóvel, que no
caso representou R$ 100.000,00.

Questão 20 – Resposta C) IR no regime de tabela progressiva e a responsabilidade é


da fonte pagadora dos juros.
Empréstimos concedidos por um sócio a uma empresa não são tributáveis pelo IO/Crédito (Ato
Declaratório SRF 030/1999, art. 1º) e submetem-se somente ao imposto de renda calculado
conforme tabela de alíquotas progressivas (RIR/99, art. 55, XVI).

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