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Prof. Renildo Dorow
2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof. Renildo Dorow
342.06
D715d Dorow, Renildo
Direito empresarial e do consumidor / Renildo Dorow. Indaial :
Uniasselvi, 2013.
214 p. : il
ISBN 978-85-7830- 692-2
Impresso por:
Apresentação
Prezado(a) acadêmico(a)!
III
Por fim, a terceira unidade será reservada ao estudo das quatro
tutelas concedidas ao consumidor, nesta ordem: civil, administrativa, penal
e jurisdicional.
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – DIREITO EMPRESARIAL ....................................................................................... 1
VII
6.4SOCIEDADE EM NOME COLETIVO............................................................................36
6.5SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES...................................................................36
6.6SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES..............................................................37
6.7DA SOCIEDADE COOPERATIVA.................................................................................38
6.8DA SOCIEDADE LIMITADA.........................................................................................39
6.8.1 Constituição da sociedade . ................................................................................................ 40
6.8.2 Formação do seu nome social............................................................................................. 40
6.8.3 Da administração ................................................................................................................. 41
6.8.4 Das quotas e sua transferência............................................................................................ 41
6.8.5 Conselho fiscal ..................................................................................................................... 41
6.9 DA SOCIEDADE ANÔNIMA............................................................................................... 42
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 43
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 44
VIII
15 CONSELHO FISCAL....................................................................................................................... 60
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 61
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 62
IX
2 A LEGISLAÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ANTES E DEPOIS DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988............................................................................................ 111
2.1 O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.................................................................. 116
2.2 ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS DO CÓDIGO E DEFESA DO
CONSUMIDOR.................................................................................................................... 117
3 DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÕES DE CONSUMO................................................. 118
3.1 VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR...................................................................... 120
3.2 DEVER DO ESTADO........................................................................................................... 120
3.3 HARMONIZAÇÃO DE INTERESSES............................................................................... 121
3.4 INFORMAÇÃO................................................................................................................... 122
3.5 QUALIDADE....................................................................................................................... 122
3.6 COIBIÇÃO DE ABUSOS..................................................................................................... 122
3.7 SERVIÇO PÚBLICO............................................................................................................ 124
3.8 MERCADO........................................................................................................................... 124
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 126
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 127
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 128
X
3.1 DO PRAZO PARA REPARAÇÃO..................................................................................162
4 RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO.................................. 162
4.1 DA GARANTIA LEGAL E CONTRATUAL..................................................................165
4.1.1 Garantia do fornecedor........................................................................................................ 165
4.1.2 Dos prazos de reclamação................................................................................................... 166
4.1.3 Da prescrição e da decadência............................................................................................ 166
4.2 RECALL.......................................................................................................................................... 167
5 PRÁTICAS COMERCIAIS............................................................................................................... 168
5.1 DA OFERTA....................................................................................................................168
5.2 DA PUBLICIDADE.........................................................................................................169
5.2.1 Publicidade enganosa.......................................................................................................... 169
5.2.2 Publicidade abusiva............................................................................................................. 170
5.2.3 Responsabilidades em caso de publicidade enganosa ou abusiva................................ 170
5.3 DAS PRÁTICAS ABUSIVAS...........................................................................................170
5.3.1 Da cobrança de dívidas........................................................................................................ 174
5.3.2 Banco e cadastros de dados................................................................................................. 174
6 DA PROTEÇÃO CONTRATUAL.................................................................................................... 176
6.1 DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS.......................................................................................176
6.2 REVISÃO CONTRATUAL..............................................................................................178
6.3 DOS CONTRATOS DE ADESÃO...................................................................................178
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 180
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 181
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 211
XI
XII
UNIDADE 1
DIREITO EMPRESARIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em seis tópicos. Ao final de cada um deles você
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O comércio nasceu da própria necessidade dos seres humanos
conviverem harmoniosamente na sociedade. O seu desenvolvimento deveu-
se, inequivocamente, ao surgimento da moeda, pois, com seu uso, as riquezas
começaram a circular muito mais rapidamente, pois o seu transporte tornou-se
muito mais simples e prático do que transportar mercadorias para troca.
3
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
Era preciso, portanto, achar um meio que permitisse uma facilitação nas
trocas e simplificasse o cálculo das mercadorias a serem trocadas, ou seja, algo
que fosse tanto um instrumento de troca e medida comum de valor, além de ser
facilmente transportável.
Não demorou muito para que tal elemento, chamado moeda, surgisse.
E
IMPORTANT
4
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS DO DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
5
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
Desse modo, era necessário que uma das partes de determinada relação
fosse comerciante para que fosse a mesma disciplinada pelo Direito Comercial -
ius mercatorum -, em detrimento dos demais direitos.
DICAS
6
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Tal assim foi que, em 1804 e 1808, respectivamente, foram editados na França
o Código Civil e o Código Comercial, inaugurando assim a segunda fase do Direito
Comercial, marcado por um sistema jurídico estatal destinado a disciplinar as
relações jurídico-comerciais.
E
IMPORTANT
Prezado(a) acadêmico(a)!
Sobre este período da história do comércio, Galgano (1990, p. 43) relata que: “A classe
mercantil deixa de ser artífice do seu próprio direito. O Direito Comercial experimenta uma
dupla transformação: o que foi direito de classe transforma-se em direito do Estado; o que
foi direito universal converte-se em direito nacional”.
Por outro lado, não envolvendo a relação jurídica à prática destes atos,
seria ela regida então pelas normas do Código Civil.
7
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
DICAS
9
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
3 - Direito Empresarial: seu nome atual, que passou a ser empregado mediante
a publicação da Lei nº 10.406, em 10 de janeiro de 2002, o atual Código Civil,
que revogou a Primeira Parte (Arts. 1º a 456) do Código Comercial.
10
TÓPICO 1 | DADOS HISTÓRICOS DO DIREITO EMPRESARIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
DIREITO EMPRESARIAL
Pela primeira vez, de certa feita, dois seres humanos trocaram bens entre
si. Nessa primeira troca, observam-se claramente dois aspectos: um social e outro
econômico. O aspecto social decorre da utilização mútua dos objetos permutados,
e o econômico, o primeiro passo dado no sentido de fazer circular riquezas. Da
generalização desse hábito de permutar bens nasceu a economia de troca ou
escambo.
Com todo este lastro histórico, chegamos à Idade Média, quando, então, o
Direito Comercial floresce, notadamente na Itália. A maioria dos autores acorda
que nesta época se encontram os primórdios, as origens reais, dos títulos de
crédito, quando, em face dos riscos decorrentes dos roubos durante o transporte
de dinheiro e de outros valores, surge a necessidade da transferência desse
encargo a terceiros.
11
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
FONTE: MAZZAFERA, Luiz Braz. Notas introdutórias do Capítulo I. In: Curso Básico de Direito
Empresarial. Bauru: EDIPRO, 2003.
12
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
• A segunda fase, tendo como marco inicial os anos de 1804 e 1808, quando,
respectivamente, foram editados na França o Código Civil e o Código Comercial,
um sistema jurídico estatal destinado a disciplinar as relações jurídico-
comerciais.
13
AUTOATIVIDADE
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Com a publicação do Código Civil Brasileiro em 2002, não mais se utiliza
a denominação “Direito Comercial”, mas sim “Direito Empresarial”. Neste
tópico estudaremos o conceito deste importante ramo do Direito Civil e também
as condições necessárias para ser empresário.
• Atividade organizada.
• Profissionalismo
• A finalidade do lucro.
Vamos em frente?
3 O EMPRESÁRIO
Como o Direito Empresarial é relativo à pessoa do empresário,
abordaremos a seguir os principais aspectos a ela relacionados e relevantes para
melhor estudo do Direito Empresarial.
15
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
Vejamos o conceito dado pelo Artigo 966 do Código Civil Brasileiro: “Considera-
se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou circulação de bens ou de serviços”.
16
TÓPICO 2 | CONCEITO DE DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESÁRIO
Condições para
caracterização do
empresário
Exercício de
atividade Profissionalismo
econômica
Atividade Finalidade do
organizada lucro
17
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
3. o capital;
Por sua vez, o empresário individual que deseja abrir uma filial, sucursal
ou agência em outro Estado da Federação ou no Distrito Federal, deverá também,
primeiramente, providenciar a averbação no respectivo Registro Público de
Empresas Mercantis daquela jurisdição.
18
TÓPICO 2 | CONCEITO DE DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESÁRIO
UNI
O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro
Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da
inscrição originária.
Agora que você já entendeu as condições para que alguém seja considerado
empresário, vamos conhecer as espécies de empresário que existem em nosso
ordenamento: empresário individual e empresários reunidos na forma de
sociedade de pessoas, a qual denominamos de sociedade empresária.
1 Empresário Individual.
19
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
Por outro lado, “firma” é o nome que este empresário adota para ser
conhecido na sua atividade empresarial. Em consequência, a firma individual
utilizada pela pessoa física em seu estabelecimento empresarial não pode ser
diferente da forma de seu nome civil.
20
TÓPICO 2 | CONCEITO DE DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESÁRIO
E
IMPORTANT
O próprio parágrafo único do art. 1.163 do Código Civil determina que o nome
de empresário individual deve ser distinto de qualquer outro já inscrito no mesmo registro:
“Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação
que o distinga”. (BRASIL, 2013).
E
IMPORTANT
Assim dispõe o Art. 972 do C.C.: “Podem exercer atividade de empresário os que
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos”. (BRASIL,
2013).a
21
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
Por conseguinte, a lei civil não admite que o absolutamente incapaz exerça
atividade empresarial. Contudo, há exceções à regra dada pelo artigo 974 do
Código Civil:
22
TÓPICO 2 | CONCEITO DE DIREITO EMPRESARIAL E EMPRESÁRIO
Nos casos deste artigo, procederá autorização judicial após exame das
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em
continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os
pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem
prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. (BRASIL, 2013).
3.4.3.3 Emancipação
Antes de completar 18 anos de idade, pode o menor tornar-se plenamente
capaz. É o que se verifica por meio da emancipação, conforme determina o artigo
5º do Código Civil, em seu parágrafo único:
II – pelo casamento;
23
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
2 O Presidente da República.
3 O governador do Estado.
4 O prefeito.
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
25
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
Esse capital não poderá ser inferior a cem vezes o valor do maior salário
mínimo vigente no país, sendo que a quantia deve estar disponível em dinheiro,
bens ou direitos.
1 Pela morte.
3 Pela falência.
Por fim, a falência é uma das formas de extinção, a qual será objeto de
estudo no final desta unidade, precisamente no Tópico 6.
26
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, a respeito do Direito Empresarial, você viu que:
Como advento do Novo Código Civil brasileiro, não se fala mais em “Direito
Comercial”, mas, sim, em “Direito Empresarial”, sendo este um conjunto de
normas referentes à pessoa do empresário, seja ele individual ou coletivo.
Para que a pessoa possa ser empresário, deve possuir capacidade civil e não
estar legalmente impedida. Além do mais, a fim de caracterizar o empresário,
há a necessidade de preenchimento de quatro condições básicas, tais como: o
exercício de atividade econômica, atividade organizada, o profissionalismo e a
finalidade lucratividade.
27
AUTOATIVIDADE
28
UNIDADE 1
TÓPICO 3
DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
1 INTRODUÇÃO
Este tópico é dedicado às sociedades empresariais, que nascem do esforço
de várias pessoas em nome de um objetivo comum, o lucro. Iniciaremos pelo
conceito legal deste tipo de sociedade.
2 CONCEITO
Sobre as sociedades empresariais, determina o artigo 981 do Código Civil:
Celebram contrato de sociedade as pessoas que, reciprocamente, se
obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de atividade
econômica e a partilha, entre si, dos resultados. (BRASIL, 2013).
29
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
30
TÓPICO 3 | DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
E
IMPORTANT
Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não
econômicos. (BRASIL, 2013).
Mesmo não tendo finalidade lucrativa, nada impede que uma associação
de caráter cultural, ou altruísta, mantenha uma atividade econômica apenas para
sobreviver.
E
IMPORTANT
Por isso, o art. 987 do Código Civil determina: “Os sócios, nas relações entre
si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os
terceiros podem prová-la de qualquer modo”. (BRASIL, 2013).
31
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
32
TÓPICO 3 | DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
6 SOCIEDADES PERSONIFICADAS
O surgimento das primeiras sociedades foi em decorrência da evolução
histórica do empresário individual, tendo em vista a necessidade do agrupamento
de comerciantes com a finalidade de enfrentar a concorrência.
1 A sociedade simples.
2 A sociedade empresária.
33
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
3 Da sociedade limitada.
4 Da sociedade anônima.
34
TÓPICO 3 | DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Sociedade em
comandita por
ações
Sociedade
em nome Sociedade anônima
coletivo
Sociedades
empresárias
Sociedade em Sociedade
comandita limitada
simples
FONTE: O autor
• Sociedade mista: é aquela em que uma parte dos sócios tem responsabilidade
limitada e outra tem responsabilidade ilimitada.
35
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
UNI
É o que diz o art. 1.024 do Código Civil: “Os bens particulares dos sócios não
podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens
sociais”. (BRASIL, 2013).
UNI
b) Acionistas: que respondem apenas pelo valor das ações subscritas ou adquiridas.
37
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
Desta feita, a Lei nº 5.764, de 16.11.1971, que é a lei federal que trata
especialmente das sociedades cooperativas, adotou os princípios doutrinários
do cooperativismo, aprovados em 1966, pelo Congresso de Viena. Ou seja,
adesão livre, gestão democrática, retorno dos excedentes aos associados
proporcionalmente às operações realizadas junto à cooperativa, juros limitados
sobre o capital e desenvolvimento da educação cooperativa.
38
TÓPICO 3 | DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
39
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
b) Denominação: pode ser composta por uma expressão fantasia, sendo permitido
nela figurar o nome de um ou mais sócios. Deve designar o objeto da sociedade.
Seu nome deve sempre ser acrescido da palavra limitada. Por exemplo: Anzóis
Oficina Mecânica Ltda.
40
TÓPICO 3 | DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA
6.8.3 Da administração
O contrato social deve determinar quem possui os poderes de
representação da sociedade, ou seja, o administrador. Terceiros, não sócios,
podem ser administradores da sociedade, como acontece nas sociedades
anônimas, desde que o contrato permita e haja a aprovação unânime dos sócios.
E
IMPORTANT
41
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
TUROS
ESTUDOS FU
42
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico apresentamos conceitos de sociedades não
personificadas e personificadas.
• Por sua vez, as sociedades personificadas são aquelas que estão legalmente
constituídas. São exemplos: a sociedade em nome coletivo, a sociedade em
comandita simples, a sociedade limitada, a sociedade anônima, a sociedade
em comandita por ações e as sociedades cooperativas.
43
AUTOATIVIDADE
Responda às questões:
44
c) ( ) Sociedade mista: é aquela em que parte dos sócios tem responsabilidade
limitada e outra tem responsabilidade ilimitada.
d) ( ) Sociedade limitada: todos os sócios têm responsabilidade limitada ao
capital social integralizado na sociedade, não respondendo com seus
patrimônios particulares pelas obrigações sociais.
45
46
UNIDADE 1
TÓPICO 4
DA SOCIEDADE ANÔNIMA
1 INTRODUÇÃO
A sociedade anônima ou companhia é uma sociedade de capitais, regida
por um “estatuto social”. É regulada por lei especial, qual seja, a Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976, com as alterações sofridas pela Lei nº 9.457, de 5 de maio
de 1997 e Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001.
2 CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS
A sociedade anônima caracteriza-se por:
47
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
UNI
Lembremos que:
- Subscrição é uma promessa de compra de ações.
- Integralização é o pagamento da subscrição.
3 OBJETO SOCIAL
A sociedade anônima tem o seu objeto social determinado no seu estatuto
social, sendo que este deve ter um fim lucrativo, desde que não seja contrário
à lei e à ordem pública. Por isso, a sociedade anônima é sempre empresária,
independentemente de seu objeto.
4 NOME EMPRESARIAL
Toda sociedade anônima deve adotar um nome sob o qual exerce
sua atividade comercial. A denominação pode conter nomes de pessoas, como o
do fundador, ou de quem tenha auxiliado para o êxito da sociedade.
UNI
48
TÓPICO 4 | DA SOCIEDADE ANÔNIMA
Por exemplo: Casa José dos Anzóis S/A, Anzóis Cia. de Seguros ou, ainda,
Cia. Rhodia do Brasil.
Por fim, a lei não permite usar ao mesmo tempo as expressões companhia e
sociedade anônima no seu nome social.
a) A companhia aberta.
b) A companhia fechada.
UNI
Diz a Lei nº 6.404/76, art. 4º: Para os efeitos desta lei, a companhia é aberta
ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à
negociação no mercado de valores mobiliários. (BRASIL, 2013).
Contudo, para que uma sociedade anônima tenha suas ações ou valores
mobiliários de sua emissão admitidos na Bolsa de Valores ou no mercado de
valores mobiliários, é necessário que ela obtenha do Governo Federal a devida
autorização, qual seja, da Comissão de Valores Mobiliários.
A fechada, por sua vez, não tem suas ações negociadas no referido mercado
de valores mobiliários, ou não as coloca à venda ao público.
49
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
6 OS VALORES MOBILIÁRIOS
Há, portanto, duas espécies de sociedade anônima: a companhia aberta e
a companhia fechada. Somente a aberta é que procura captar recursos financeiros
no mercado pela emissão de papéis. Estes representam valores mobiliários. São
eles: as ações, partes beneficiárias, debêntures, ou bônus de subscrição, e as notas
promissórias.
7 AÇÕES
O capital social de uma sociedade anônima é formado pelas ações. Quem
as adquire passa a ser sócio da sociedade. O preço de emissão das ações não se
confunde com o valor nominal ou de mercado.
8 ESPÉCIES DE AÇÕES
As ações se apresentam sob diversas categorias e, de acordo com a lei,
podem ser assim classificadas:
50
TÓPICO 4 | DA SOCIEDADE ANÔNIMA
51
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
8.3 DEBÊNTURES
Quando uma companhia necessita de empréstimo, talvez para
desenvolver-se, e não deseja um empréstimo bancário, pratica a emissão de
títulos negociáveis, as debêntures, colocando-as em circulação à disposição do
público. Quem as adquire passa a ser credor da sociedade. Caso esta deixe de
pagá-las, o credor poderá propor ação de execução com base nesse título.
52
TÓPICO 4 | DA SOCIEDADE ANÔNIMA
a) Pela subscrição do capital por pessoa que deseja constituí-la, dando-se a essa
espécie de constituição de simultânea ou por subscrição particular.
1 Subscrição, por pelo menos duas pessoas naturais e/ou jurídicas, de todo o
capital social fixado no estatuto da companhia.
53
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
10 ACIONISTAS
O acionista é sócio da sociedade anônima. Não o sócio que se associa a
outrem para constituir uma sociedade empresária de natureza contratual, mas
apenas o possuidor de ações integrantes do capital social da sociedade anônima.
• Votar nas deliberações sociais, desde que seja possuidor de ações que lhe
deem esse direito.
54
TÓPICO 4 | DA SOCIEDADE ANÔNIMA
55
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
11 ÓRGÃOS SOCIAIS
O funcionamento de uma sociedade anônima depende de sua
organização, que é composta por diversos órgãos sociais. Se for uma companhia
aberta terá:
• Assembleia geral.
• Conselho de Administração.
• Diretoria.
• Conselho Fiscal.
12 ASSEMBLEIA GERAL
A assembleia geral é a reunião dos acionistas que deliberam sobre matéria
de interesse geral da sociedade. É um órgão deliberativo.
56
TÓPICO 4 | DA SOCIEDADE ANÔNIMA
12.2 PROCEDIMENTO
A convocação da assembleia geral compete, em primeiro lugar, ao
conselho de administração, se houver. Não existindo esse órgão, caberá aos
diretores.
57
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
13 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
As companhias abertas terão, obrigatoriamente, conselho de administração,
conforme determina o art. 138 da Lei de Sociedade Anônima.
14 DIRETORIA
A diretoria tem a função de representar a sociedade. É um órgão
executivo das deliberações da assembleia geral dos acionistas ou do conselho de
administração, conforme o caso.
59
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
15 CONSELHO FISCAL
Nas sociedades anônimas, a fiscalização dos negócios sociais é feita
através do Conselho Fiscal. É o órgão incumbido de examinar a marcha dos
negócios da companhia e de manifestar-se sobre os atos da administração. Assim,
ao menos um dos membros do conselho fiscal deverá comparecer às reuniões
da assembleia geral e responder aos pedidos de informações formulados pelos
acionistas.
60
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico apresentamos os seguintes conceitos inerentes às
sociedades anônimas:
• Identificamos que o capital social das companhias é constituído por ações que,
se forem de capital aberto, poderão ser negociadas no mercado mobiliário,
com a prévia autorização da Comissão de Valores Mobiliários.
• Verificamos que, para o seu funcionamento, existem vários órgãos sociais, como
a assembleia geral, conselho de administração, diretoria, conselho fiscal, todos
com responsabilidades e atribuições bem definidas por lei.
61
AUTOATIVIDADE
Responda às questões:
a) ( ) Toda sociedade anônima deve adotar um nome sob o qual exerce sua
atividade comercial.
b) ( ) A omissão do termo “limitada” na denominação social não implica
necessariamente a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores
da firma.
c) ( ) A utilização da expressão “sociedade anônima” pode indicar a firma de
sociedade por comandita ou empresária.
d) ( ) O registro do nome comercial na Junta Comercial de um estado garante
à sociedade constituída a exclusividade da utilização internacional da
denominação registrada.
62
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
( ) V – F – V – F.
( ) F – F – V – V.
( )V–V–F–F.
( ) V – F – F – V.
63
64
UNIDADE 1
TÓPICO 5
TÍTULOS DE CRÉDITO
1 INTRODUÇÃO
Você certamente já recebeu ou já assinou um cheque, uma nota promissória
ou outro documento que representa um crédito. Estes títulos de crédito são
bastante comuns em nosso dia a dia.
2 DO SURGIMENTO DO CRÉDITO
O crédito, inegavelmente, tem um papel muito importante na história do
homem. Para isso, basta uma rápida retrospectiva em suas relações econômicas.
Porém, a evolução dos instrumentos de troca não parou por aí, pois a
engenhosidade humana, frente às necessidades que surgiram, criou uma "nova
moeda", que permitiria trocar dinheiro presente por dinheiro futuro. De fato,
fruto do intelecto do homem, surgiu o crédito.
FONTE: Adaptado de: <utjurisnet.tripod.com/artigos/080.html>. Acesso em: 4 mar. 2013.
65
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E para que servia este crédito? Servia para suprir a falta de dinheiro das
pessoas que não dispunham do capital necessário no momento da conclusão do
negócio, mas que o teriam futuramente. Com base nisso, geralmente o outro
contratante dava-lhe um crédito. Isto é, acreditava em sua palavra e concluía o
negócio, tendo em vista o dinheiro futuro, ou lhe emprestava a quantia necessária
para depois recebê-la. O crédito era, como ainda o é, baseado na confiança, na
crença na palavra do outro (daí também a origem etimológica da palavra, que,
segundo Requião, vem de "credere", de "creditum", ato de confiança, fé, crença).
Por isso pode-se conceituar crédito como sendo "a confiança que uma
pessoa inspira à outra cumprir, no futuro, obrigação atualmente assumida”.
(REQUIÃO, 1995, p. 318).
Assim, o crédito não tinha grande função prática senão na relação em que
havia sido originado, na qual permitia, repita-se, a troca de dinheiro presente
por dinheiro futuro. Porém, não podia tal título ser transferido a outrem de
forma rápida, por estar vinculado à causa originária de sua existência. Não
servia, pois, como útil instrumento de troca, como forma de pagamento.
FONTE: Adaptado de: <utjurisnet.tripod.com/artigos/080.html>. Acesso em: 4 mar. 2013.
E complementa:
66
TÓPICO 5 | TÍTULOS DE CRÉDITO
3.1.1 Conceito
Cesare Vivante (1981, p. 1981) conceitua título de crédito:
E
IMPORTANT
O Código Civil Brasileiro (Lei no 10.406/2002), em seu art. 887, também conceitua
o título de crédito: Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito
literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da
lei. (BRASIL, 2013).
67
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
DICAS
Releia o conceito de título de crédito que vimos acima. Neste conceito você
pode reconhecer o princípio da cartularidade, quando se diz que ele é um documento
necessário para o exercício do direito nele contido.
E
IMPORTANT
68
TÓPICO 5 | TÍTULOS DE CRÉDITO
69
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
3.3.1 Endosso
Conforme Amador Paes de Almeida (2005, p. 23), “o endosso é o meio
pelo qual se transfere a propriedade de um título [...]”, sendo que, em havendo a
entrega do título transfere-se a posse deste, conforme dispõe o art. 893 do Código
Civil: a transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe
são inerentes. (BRASIL, 2013).
70
TÓPICO 5 | TÍTULOS DE CRÉDITO
FIGURA 4 - ENDOSSO
3.3.2 Aval
Da doutrina de Amador Paes de Almeida colhe-se que “Aval é garantia de
pagamento firmada por terceiro”. (ALMEIDA, 2005, p. 48).
ATENCAO
71
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
3.3.3 Protesto
O protesto é o “ato formal extrajudicial que objetiva conservar e ressalvar
direitos”, podendo assim ser caraterizado como uma providência que o credor
toma para tornar público que o título foi apresentado para aceite ou para
pagamento sem que o devedor ou o aceitante tenham tomado esta providência.
Com o protesto, o credor torna público, inclusive aos demais co-obrigados pelo
título, que nem uma nem outra providência foi tomada por parte do sacado ou
aceitante, respectivamente. Assim, com o protesto, o portador prova aos demais
co-obrigados que não recebeu a quantia representada no título, ou ainda, que o
título não foi aceito ou devolvido.
O protesto deve ser realizado no lugar onde a obrigação deve ser satisfeita
encaminhando-se o título a um cartório que se chama Tabelionato. É este que
encaminha ao devedor um aviso de que o título foi apontado para protesto.
3.3.4 Prescrição
Como mencionamos acima, o título cambial vincula o devedor e seus
obrigados à obrigação nele representada. Porém, esta vinculação não poderá ser
eterna. Em não havendo o adimplemento, o credor deverá ir a juízo para receber
o valor constante do título. O meio legal posto à sua disposição se chama “ação
executiva”. Porém, quando o credor fica inerte, ou seja, não toma as providências
72
TÓPICO 5 | TÍTULOS DE CRÉDITO
73
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
UNI
III. O nome da pessoa que deve pagá-la. Esta indicação pode ser
inserida abaixo do contexto.
IV. O nome da pessoa a quem deve ser paga. A letra pode ser ao
portador e também pode ser emitida por ordem e conta de terceiro. O
sacador pode designar-se como tomador.
74
TÓPICO 5 | TÍTULOS DE CRÉDITO
O sacador cria a letra. Conhecido também como doador, ele saca o título
dando ordem ao sacado, na qual se consigna o valor a pagar e o dia do
vencimento. Este, o sacado, é o devedor, aquele que aceitando a letra
virá pagá-la na ocasião do vencimento. [...] o tomador é o beneficiário,
que poderá ser um terceiro ou confundir-se com o próprio sacador, o
que não é raro ocorrer.
75
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
76
TÓPICO 5 | TÍTULOS DE CRÉDITO
4.3 CHEQUE
Pode-se conceituar o cheque como sendo “o título revestido de
determinadas formalidades legais, contendo uma ordem de pagamento à vista,
passada em favor próprio ou de terceiro”. (ALMEIDA, 2005, p. 111).
77
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
c) Cheque cruzado: é aquele em que são colocadas duas linhas paralelas em seu
anverso, o que determina que o cheque só poderá ser depositado, não sendo
assim possível seu saque em dinheiro, mas apenas o depósito em banco. Se
houver o nome de um banco entre as duas linhas, somente no banco indicado
é que o cheque poderá ser depositado.
Para que seja liquidado, o cheque deverá ser apresentado ao banco, dentro
de um determinado prazo, de acordo com o tipo de cheque. Conforme o art. 11 da
Resolução nº 1.682 do Banco Central de 31 de janeiro de 1990, são os seguintes os
prazos, a contar do saque:
78
TÓPICO 5 | TÍTULOS DE CRÉDITO
E
IMPORTANT
Impedimento ao pagamento
79
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
Apresentação indevida
Após o prazo de seis meses, não será mais possível receber o cheque. Após
este prazo, o cheque perde sua força executiva, cabendo apenas ao beneficário
cobrá-lo judicialmente através de ação monitória ou de cobrança.
E
IMPORTANT
80
TÓPICO 5 | TÍTULOS DE CRÉDITO
4.4 DUPLICATA
A duplicata é um título de crédito emitido em razão de uma compra e
venda mercantil, representada em uma fatura. A fatura “é uma nota do vendedor,
descrevendo a mercadoria, discriminando a sua qualidade e quantidade, fixando-
lhe o preço. É, portanto, uma prova do contrato de compra e venda mercantil”.
(ALMEIDA, 2005, p. 183).
- A denominação “duplicata”.
- A data de emissão.
- O número de ordem.
- O número da fatura da qual foi extraída.
- Data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista.
- O nome e o domicílio do vendedor e do comprador.
- A importância a pagar, em algarismos e por extenso.
- A praça de pagamento.
- A cláusula à ordem (a cláusula “não à ordem” somente pode ser
inserida no título por endossante, e, como o vendedor saca a seu favor,
ele, necessariamente, é o primeiro endossante do título).
- A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação
de pagá-la. A ser assinada pelo comprador, como aceite cambial (o
comprador deve ser identificado com nome, domicílio e documento:
RG, CPF etc.) e a assinatura do emitente (seguindo, a indicação de seu
nome e domicílio). (BRASIL, 2013).
81
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
82
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico você viu que:
83
AUTOATIVIDADE
Para a fixação do conteúdo deste tópico, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Ordem de pagamento.
b) ( ) Promessa de pagamento.
c) ( ) Forma de pagamento.
3 O aval:
a) ( ) Não é válida.
b) ( ) Considera-se com vencimento à vista.
c) ( ) Considera-se com vencimento no exercício financeiro seguinte ao da sua
emissão.
a) ( ) Autonomia.
b) ( ) Literalidade.
c) ( ) Exigibilidade.
1 INTRODUÇÃO
Neste último tópico nos dedicaremos ao estudo da situação de insolvência
que pode acometer as sociedades empresárias quando estas deixam de cumprir
seus compromissos financeiros.
Não sendo possível obter esse benefício, prevê a lei a liquidação forcada
de seu patrimônio para que, com o saldo apurado, sejam pagos os credores. Essa
última denomina-se falência.
2 DA RECUPERAÇÃO DA EMPRESA
Como dissemos acima, trata-se de um instrumento legal que permite
à sociedade convocar seus credores, propondo-lhes um plano de recuperação.
Existem duas espécies de recuperação da empresa: a extrajudicial e a judicial.
85
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
E
IMPORTANT
FIGURA 9 – NOME
60 d. (máx)
1o – Requerimento 2o – Deferimento do 3o – Apresentação do
em juízo do processamento ou plano de recuperação
processamento da devolução. em juízo sob pena de
recuperação judicial. decretação de falência.
FONTE: O autor
86
TÓPICO 6 | RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIA
3 FALÊNCIA
3.1 CONCEITO
Falência é o processo judicial através do qual o empresário é obrigado a
liquidar o seu patrimônio em benefício dos credores, ocasião em que se arrecada
o patrimônio do falido e são verificados os créditos, apurando-se o ativo e
procurando solver o passivo, porque a situação de insolvência é irreversível. É o
que se chama popularmente de “bancarrota”.
87
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
88
TÓPICO 6 | RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIA
89
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
90
TÓPICO 6 | RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIA
UNI
Seção II
91
UNIDADE 1 | DIREITO EMPRESARIAL
VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais
ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
92
TÓPICO 6 | RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E FALÊNCIA
93
RESUMO DO TÓPICO 6
94
AUTOATIVIDADE
Responda às questões a seguir:
95
96
UNIDADE 2
DIREITO DO CONSUMIDOR
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada tópico, você
encontrará atividades que possibilitarão a apropriação de conhecimentos na
área.
97
98
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Ao longo da história humana são encontrados alguns dispositivos
que, direta ou indiretamente, objetivaram proteger o consumidor. Contudo,
foi somente com o surgimento dos mercados de massa que a consciência de
necessidade de proteção dos direitos do consumidor começou a se fortalecer. O
movimento consumerista iniciou nos Estados Unidos e depois pela Europa.
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Segundo renomados juristas, já no antigo Código de Hamurábi havia
certas regras que, mesmo indiretamente, visavam proteger o consumidor.
E
IMPORTANT
99
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
Temos como exemplos a Lei nº 233 e a Lei nº 235, que assim dispunham:
• Lei nº 233: se um arquiteto constrói para alguém uma casa e não leva ao fim, se as
paredes são viciosas, o arquiteto deverá, à sua custa, consolidar as paredes.
• Lei nº 235: se um bateleiro constrói para alguém um barco e não o faz solidamente,
se no mesmo ano o barco é expedido e sofre avaria, o bateleiro deverá desfazer
o barco e refazê-lo solidamente à sua custa, o barco sólido ele deverá dá-lo ao
proprietário.
100
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO CONSUMIDOR
101
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
E
IMPORTANT
Noronha (1994, p. 64) explica que “a mão invisível de Adam Smith era
P roclamada como a verdadeira mão da justiça”. Os ideais de liberdade foram
levados às suas últimas consequências e, na verdade, ao invés de conduzirem à
verdadeira justiça, o fizeram em sentido oposto.
E
IMPORTANT
103
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
104
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO CONSUMIDOR
105
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
LEITURA COMPLEMENTAR
106
TÓPICO 1 | EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DO CONSUMIDOR
E
IMPORTANT
107
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você:
108
AUTOATIVIDADE
109
110
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Como já foi visto, o Brasil, a partir das diretrizes estabelecidas pela
Organização das Nações Unidas, passou a adotar, a nível constitucional, a defesa do
consumidor. No Brasil, ao longo da história, são encontrados alguns dispositivos
legais que, direta ou indiretamente, objetivaram proteger o consumidor.
111
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
LEIS
QUADRO 3 - LEIS
112
TÓPICO 2 | O DIREITO DO CONSUMIDOR NO BRASIL
QUADRO 4 - DECRETOS
DECRETOS
113
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
114
TÓPICO 2 | O DIREITO DO CONSUMIDOR NO BRASIL
E
IMPORTANT
O art. 150, que trata das limitações de tributar por parte do poder público e
no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, estabelece em seu §5º
que: a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos
acerca dos impostos que incidem sobre mercadorias e serviços. (BRASIL, 2013).
E seu parágrafo único dispõe sobre “os direitos dos usuários”, no caso,
e à evidência, “usuários-consumidores”, dos mencionados serviços públicos
concedidos ou permitidos.
115
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
E
IMPORTANT
É também uma lei de caráter inter e multidisciplinar, uma vez que se relaciona
com outros ramos do direito, ao mesmo tempo em que atualiza e dá nova roupagem
a antigos institutos jurídicos.
116
TÓPICO 2 | O DIREITO DO CONSUMIDOR NO BRASIL
E
IMPORTANT
117
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
118
TÓPICO 2 | O DIREITO DO CONSUMIDOR NO BRASIL
119
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
E
IMPORTANT
• DECON - Polícia Civil (tem origem na Delegacia de Ordem Econômica, na Lei Delegada nº
4 - tem 30 anos).
• Ministério Público.
• Associações Comunitárias.
• IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.
Disponível em: <http://www.idec.org.br/>.
Para que isso aconteça é preciso que haja consciência da existência de uma
terceira força no mercado, além da indústria e do trabalho: o consumidor. Quando
este passar a interferir no mercado, com repercussões sobre a produção, seja sob
o ponto de vista da qualidade, da quantidade ou da necessidade, o mercado se
tornará mais eficiente, sem desperdício econômico. Dessa forma, a diminuição
das desigualdades é condição essencial para a harmonização e equiparação entre
consumidor e produtor.
121
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
3.4 INFORMAÇÃO
Na Resolução nº 39/248/85, de 16/04/1985, a ONU estabeleceu, entre os
princípios para que os governos membros desenvolvam ou reforcem políticas
firmes de proteção ao consumidor, o direito à informação.
3.5 QUALIDADE
É o princípio que manda incentivar o desenvolvimento de meios eficientes
de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços. O produtor deve
garantir que as mercadorias, além de uma performance adequada aos fins a que se
destinam, tenham duração e confiabilidade.
122
TÓPICO 2 | O DIREITO DO CONSUMIDOR NO BRASIL
123
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
3.8 MERCADO
Este princípio propõe o estudo constante das modificações do mercado de
consumo. Deve haver uma política que privilegie as necessidades de demanda
e não as conveniências da oferta. Produtores e consumidores devem adotar um
conjunto de decisões sobre o que produzir. A demanda deve ser privilegiada
ao se analisar a produção e não se avaliar a necessidade de produção pelas
conveniências da oferta.
124
TÓPICO 2 | O DIREITO DO CONSUMIDOR NO BRASIL
125
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
LEITURA COMPLEMENTAR
126
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico expomos a evolução histórica do direito do consumidor no
Brasil.
127
AUTOATIVIDADE
128
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O Código de Defesa do Consumidor foi elaborado em linguagem simples
e direta, direcionado para que todos os brasileiros, independentemente de sua
condição cultural, pudessem ter acesso ao seu conteúdo.
2 CONCEITO DE CONSUMIDOR
O artigo 2º do Código de Defesa do Consumidor conceitua o consumidor
da seguinte maneira:
Isto porque o mencionado artigo 2º traz uma redação que deixa a desejar
quanto à especificação e fixação de regras claras a respeito de conceituação da
figura do consumidor.
129
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
130
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE DIREITO DO CONSUMIDOR
131
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
132
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE DIREITO DO CONSUMIDOR
133
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
134
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE DIREITO DO CONSUMIDOR
135
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
136
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE DIREITO DO CONSUMIDOR
4.1 PRODUTO
Quando definiu produto, o legislador designou como sendo “qualquer
bem”, podendo este ser “móvel ou imóvel”, e ainda, “material ou imaterial”.
No sentido da lei, bens imóveis são aqueles que se aderem ao solo e tudo
aquilo que lhe for incorporado natural ou artificialmente. Temos como exemplo
de bem imóvel: um terreno ou até mesmo o conjunto do terreno mais uma casa
posta à venda ao consumidor por uma empresa incorporadora.
137
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
LEITURA COMPLEMENTAR
SEÇÃO I
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural
ou artificialmente.
Seção II
Seção III
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição
imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados
à alienação.
138
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE DIREITO DO CONSUMIDOR
Seção IV
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na
sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se
destinam.
Seção V
139
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
4.2 SERVIÇO
O Código de Defesa do Consumidor definiu serviço da forma mais
completa possível. Porém, é importante salientar que a lista apresentada pelo
código é meramente exemplificativa, uma vez que utilizou o pronome “qualquer”.
Assim sendo, serviço é qualquer atividade fornecida, ou melhor dizendo, prestada
no mercado de consumo.
140
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE DIREITO DO CONSUMIDOR
141
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
FONTE: Disponível em: <www.jurisway.org.br › ... › Leonardo Tadeu>. Acesso em: 7 mar. 2013.
142
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico expomos os conceitos básicos inerentes ao Direito do
Consumidor e aprendemos que:
143
AUTOATIVIDADE
144
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor estabeleceu os direitos
básicos do consumidor, quais sejam, o direito à segurança, à escolha, à informação,
de ser ouvido, à indenização, à educação para o consumo e um meio ambiente
saudável, direitos estes que são universalmente aceitos.
145
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
146
TÓPICO 4 | DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
c) Proteção à vida e à saúde - Meio Ambiente saudável (art. 6º, Incso I, CDC)
147
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
g) Proteção contra publicidade enganosa e abusiva (art. 6º, Inciso IV, 36, 37, e 67,
CDC)
148
TÓPICO 4 | DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
i) Direito a indenização – Reparação dos danos (art. 6º, Inciso VI, CDC)
O CDC facilitou a prova dos direitos dos consumidores, por serem estes
as partes mais fracas da relação de consumo. Seja invertido, portanto, em certos
casos, o ônus de provar os fatos. Exemplo: se o fornecedor do produto diz que
determinada fatura não foi paga e colocou o nome do consumidor no SPC, é ele
quem tem que provar se a fatura não estava paga, e não o consumidor que pagou.
Outro exemplo: se o consumidor alegar que o produto contém defeito, cabe ao
fornecedor provar o contrário.
m) Direito de receber os serviços públicos com qualidade (art. 6º, Inciso X, CDC)
149
UNIDADE 2 | DIREITO DO CONSUMIDOR
E
IMPORTANT
150
TÓPICO 4 | DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
LEITURA COMPLEMENTAR
O CONSUMIDOR E O CONSUMO
1 Considerações psicossociais
O que nos leva a consumir tanto nos dias de hoje? Talvez possamos
considerar os apelos dos meios de comunicação, que nos bombardeiam
diariamente com propostas que podem ser consideradas indecentes.
2 O reconhecimento da vulnerabilidade
Com isso, a lei vem garantir instrumentos, meios, que tornem possível
atingir a igualdade real, uma vez que as diferenças sociais e de outras naturezas
por certo podem existir.
Assim, o tratamento desigual na medida da desigualdade permite o
atendimento da isonomia, já que, nas relações de consumo que comentamos, o
equilíbrio nos contratos de toda a natureza é o que se quer alcançar.
152
TÓPICO 4 | DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
3 Reflexões conclusivas
FONTE: CUNHA, Belinda Pereira da, WAGNER, Daniela Moraes. O Consumidor e o Consumo.
Revista Jurídica Eletrônica Última Instância. Disponível em: <http://ultimainstancia.uol.com.br/
colunas/ler_noticia.php?idNoticia=43055&kw=consumidor+e+o+consumo>. Acesso em: 5 out.
2012.
153
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico apresentamos os principais conceitos de direito
empresarial.
154
AUTOATIVIDADE
155
a) ( ) É considerado consumidor o microempresário que se utiliza do produto
ou serviço como insumo para o exercício de sua atividade.
b) ( ) Nas ações judiciais que envolvam a relação jurídica consumerista, será
obrigatória a inversão do ônus da prova em benefício do consumidor
c) ( ) Quando a ofensa aos direitos do consumidor tiver mais de um autor, cada
um deles responderá pela reparação, considerados os danos que causou.
d) ( ) É direito básico do consumidor a informação adequada e clara sobre
os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,
características, composição, qualidade e preço, bem como riscos que
apresentem.
a) ( ) Saúde.
b) ( ) Educação.
c) ( ) Reparação.
d) ( ) Contratação.
156
UNIDADE 3
TUTELAS JURÍDICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e ao final de cada um deles você
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
157
158
UNIDADE 3
TÓPICO 1
TUTELA CIVIL
1 INTRODUÇÃO
Conforme determinação do Código de Defesa do Consumidor, como
direito básico do consumidor temos: a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos. (BRASIL, 2013).
Com o objetivo de dar efetividade a esse direito, o Código traz três importantes
capítulos:
159
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
Por outro lado, para aqueles casos em que o uso do produto defeituoso ou,
em face da ausência de informações suficientes e adequadas sobre a utilização do
produto e riscos que ele oferece, vier a causar danos ao consumidor: o fabricante,
o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro e o importador são responsáveis
pela sua reparação, independentemente de terem culpa.
160
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
161
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
163
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
164
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
165
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
166
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
Tais regras são atinentes aos prazos mais dilatados ao termo inicial e ao
termo final, hipóteses de interrupção e suspensão etc. Todas elas partindo do
pressuposto fundamental da hipossuficiência do consumidor nesta classe de
relações.
4.2 RECALL
Recall é uma palavra inglesa que significa “recordar”. Trata-se de uma
chamada que um fornecedor faz aos consumidores que adquiriram determinado
produto com defeito de fabricação, para substituí-lo em parte ou no todo ou
corrigir o problema. Ao mesmo tempo em que chama os consumidores, também
recolhe produtos, esclarece fatos e apresenta soluções.
167
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
5 PRÁTICAS COMERCIAIS
A finalidade do Código de Defesa do Consumidor foi a de proteger
todas as pessoas envolvidas e eventualmente prejudicadas por prática comercial
ou contratual abusiva. Com isso, buscou-se abranger não só o adquirente do
produto ou serviço, mas todas as pessoas, determináveis ou não, expostas às
práticas nele previstas, como acontece nas publicidades enganosas e abusivas,
que ofendem a uma coletividade indeterminável de pessoas.
5.1 DA OFERTA
As ofertas de produtos e serviços podem ser feitas de qualquer modo. O
modo mais comum é através da publicidade em anúncios, cartazes e avisos. É
comum, no entanto, a oferta constante em cartões e talões de pedidos, os quais
são geralmente passados pelos vendedores ou representantes. Em qualquer dos
modos, o fornecedor fica obrigado a cumprir a oferta.
168
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
5.2 DA PUBLICIDADE
Publicidade é a divulgação de um produto ou serviço. Toda publicidade
deve ser fácil de entender, clara e adequada ao produto anunciado. O fornecedor
não pode se utilizar da publicidade como isca para atrair o consumidor. As ofertas
devem conter informações verdadeiras, reais e compatíveis com o produto ou
serviços anunciados, pois tudo que estiver na publicidade deverá ser cumprido e
fornecido ao consumidor.
169
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
que os telefones só serão instalados em seis meses se não ocorrer “motivo técnico
ou de outra espécie”. Ou seja, o anúncio omitiu a informação. É, então, enganosa
por omissão.
170
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
171
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
O caso previsto no inciso XII diz respeito ao fornecedor que deixa a seu
exclusivo arbítrio convencionar o preço de determinado produto ou serviço após
assinado o contrato pelo consumidor, sob a alegação da existência de eventuais
172
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
custos que poderão surgir. A mesma prática se observa quando o fornecedor não
determina o prazo de entrega de determinado produto, ou o início de execução
de um serviço.
Para finalizar, vejamos, por sua vez, o que está previsto nos arts. 40 e 41
do CDC:
173
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
São órgãos mantidos e usados pelos fornecedores para não correrem o risco
de vender seus produtos ou serviços a consumidores que denominam de “maus
pagadores”. São cadastros que todas as lojas, empresas, bancos, financiadoras,
seguradoras e o comércio em geral filiados ao serviço têm acesso.
174
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
E
IMPORTANT
175
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
6 DA PROTEÇÃO CONTRATUAL
O contrato é o acordo de vontades que tem o fim de adquirir, conservar,
resguardar, modificar e extinguir direitos, devendo as partes estar em pé de
igualdade. Cada uma ditará regras que poderão ser receptivas ou não.
176
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
177
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
178
TÓPICO 1 | TUTELA CIVIL
179
RESUMO DO TÓPICO 1
180
AUTOATIVIDADE
181
c) ( ) O consumidor tem direito ao acesso às informações existentes em cadastros,
fichas, registros com dados pessoais, com garantia de identificação da fonte da
informação, porém tal requisição somente poderá ser efetuada judicialmente.
d) ( ) No fornecimento de produtos ou serviços que envolvam outorga de
crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá
obrigatoriamente informar ao consumidor o preço final de venda. As
informações referentes ao montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual
de juros possuem caráter meramente informativo, não obrigando constar tal
informação no encarte/panfleto.
182
UNIDADE 3
TÓPICO 2
TUTELA ADMINISTRATIVA
1 INTRODUÇÃO
A tutela administrativa envolve a mais extensa e complexa rede de
mecanismos e órgãos de defesa do consumidor, seja em nível municipal, estadual
ou federal. Ocorre, especificamente, através de uma ampla legislação protetiva;
através do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e por meio da fiscalização,
do controle e da aplicação de sanções administrativas aos infratores.
183
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
184
TÓPICO 2 | TUTELA ADMINISTRATIVA
3 PRÁTICAS INFRATIVAS
A fiscalização das relações de consumo de que tratam a Lei nº 8078,
de 1990, será exercida em todo o território nacional pela Secretaria de Direito
Econômico do Ministério da Justiça, por meio do DPDC, pelos órgãos federais
integrantes do SNDC, pelos órgãos conveniados com a Secretaria e pelos órgãos
de proteção e defesa do consumidor.
186
TÓPICO 2 | TUTELA ADMINISTRATIVA
4 SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
O artigo 55 do Código de Defesa do Consumidor determina que é de
competência da União e dos Estados-membros, além do Distrito Federal, nas
respectivas áreas de atuação administrativa, editar, em caráter concorrente,
normas jurídicas relativas à produção, industrialização, distribuição e consumo
de produtos e serviços.
O §1º do referido artigo, por sua vez, atribui também aos municípios a
competência para fiscalizar e controlar o fornecimento de bens ou serviços, no
interesse da preservação da vida, saúde, segurança, informação e bem-estar do
consumidor, baixando as normas que se fizerem necessárias.
187
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
I. multa;
II. apreensão do produto;
III. inutilização do produto;
IV. cassação do registro do produto junto ao órgão competente;
V. proibição de fabricação do produto;
VI. suspensão de fornecimento de produtos ou serviços;
VII. suspensão temporária de atividade;
VIII. revogação de concessão ou permissão de uso;
IX. cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;
X. interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade;
XI. intervenção administrativa;
XII. imposição de contrapropaganda.(BRASIL, 2013).
188
TÓPICO 2 | TUTELA ADMINISTRATIVA
189
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
190
TÓPICO 2 | TUTELA ADMINISTRATIVA
LEITURA COMPLEMENTAR
17/12/2012
FONTE: Ministério da Justiça. Disponível em: <http://portal.mj.gov.br>. Acesso em: 5 fev. 2013
191
RESUMO DO TÓPICO 2
192
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Resposta.
b) ( ) Panfleto.
c) ( ) Nota.
d) ( ) Contrapropaganda.
193
194
UNIDADE 3
TÓPICO 3
TUTELA PENAL
1 INTRODUÇÃO
Além dos âmbitos administrativos e civis de defesa do consumidor, assume
relevante papel nas diretrizes traçadas pelo Código de Defesa do Consumidor
sua tutela no âmbito penal, até como forma de assegurar a efetividade das demais
normas insertas no referido Código.
195
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
196
TÓPICO 3 | TUTELA PENAL
197
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
• Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir
o consumidor e se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
ou segurança:
Pena - Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.
198
TÓPICO 3 | TUTELA PENAL
199
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
200
RESUMO DO TÓPICO 3
• A Tutela Penal consiste numa série de medidas adotadas pelo Estado para
combater as principais condutas criminosas adotadas pelos fornecedores no
mercado de consumo.
201
AUTOATIVIDADE
202
UNIDADE 3
TÓPICO 4
TUTELA JURISDICIONAL
1 INTRODUÇÃO
O consumidor deve utilizar-se de todos os meios para a sua defesa. O
primeiro passo é tentar resolver pela via extrajudicial, isto é, de forma amigável.
203
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
recursos, ou ainda, procurar uma entidade pública de defesa e proteção aos direitos
do consumidor.
O consumidor não pode esquecer que o direito não acolhe aqueles que
dormem. Todos sabem que o normal é a paz social e que os litígios não devem
protrair, procrastinar no tempo. Ou seja, não devem ser eternos. Para tanto, o
Estado estipulou prazos razoáveis para os titulares de direitos não atendidos na
sua pretensão amigável irem a juízo pedirem tutela jurisdicional. A inobservância
de tais prazos pode incorrer na decadência ou na prescrição, conforme a hipótese.
204
TÓPICO 4 | TUTELA JURISDICIONAL
A defesa dos interesses e direitos dos consumidores poderá ser feita pelas
entidades de consumidores, pelo Ministério Público, pelos Procons, entre outros.
Mas, para o movimento de defesa do consumidor, é fundamental a força que o
Código de Defesa do Consumidor atribuiu às associações civis.
205
UNIDADE 3 | TUTELAS JURÍDICAS
3 O ÔNUS DA PROVA
O ônus da prova, ou seja, o dever de provar, é daquele que alega a
existência de um fato constitutivo do direito ou da existência de um fato
impeditivo, modificativo ou extintivo de direito. Ou seja, o autor fará a prova
do fato constitutivo de seu direito. O réu, por sua vez, da existência de fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Nas relações de consumo, segundo a regra do art, 6º, VIII, da Lei Protetiva
do Consumo, constitui direito básico do consumidor a inversão da prova. Neste
caso, o consumidor apenas alega a existência do fato ou do direito. O produtor,
fabricante, construtor, importador, comerciante e/ou fornecedor de serviços terão
de fazer a prova contrária.
206
TÓPICO 4 | TUTELA JURISDICIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
207
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você:
208
AUTOATIVIDADE
209
210
REFERÊNCIAS
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impedir que os fornecedores veiculem publicidade ao consumidor que aguarda, na
linha telefônica, o atendimento de suas solicitações. Disponível em: < http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11800.htm>. Acesso em: 6 mar. 2013.
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1987/lei-7347-24-julho-1985-356939-norma-pl.html>. Acesso em: 6 mar. 2013.
212
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214