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Liderança
Profa. Taciana Lucas de Afonseca Salles
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof . Taciana Lucas de Afonseca Salles
a
S168d
ISBN 978-65-5663-978-9
ISBN Digital 978-65-5663-979-6
CDD 658
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático da disciplina de
Desenvolvimento Liderança. Esta é a disciplina que aborda a liderança em
seus diferentes aspectos.
Bons estudos!
Profa. Taciana Lucas de Afonseca Salles
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 51
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 93
2 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS GERENCIAIS.................................................................. 93
3 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E LIDERANÇA......................................................................... 96
4 MODELOS DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL............................................................... 99
4.1 COACHING................................................................................................................................... 100
4.2 MENTORIA.................................................................................................................................. 101
LEITURA COMPLEMENTAR........................................................................................................... 104
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 107
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................. 108
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 111
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 171
UNIDADE 1 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
PRINCÍPIOS DE GESTÃO
1 INTRODUÇÃO
Gerir os mais diversos aspectos da vida pessoal e profissional é uma
necessidade que surgiu com a existência humana. O cenário instável e complexo
no qual estamos inseridos, porém, torna mais evidente a necessidade de gerir
profissionais e realça a importância da gestão no mundo corporativo.
2 O AMBIENTE COMPLEXO
A palavra “gestão” significa ato ou efeito de gerir, tendo como palavras
semelhantes: administração, condução, direção, entre outras. Podemos, assim,
fazer a gestão de qualquer processo, rotina ou sequência de ações, administrando
o tempo, os recursos e as pessoas envolvidas em certa atividade, dando uma
direção e conduzindo os elementos para que cheguemos ao objetivo esperado.
3
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
Percebemos, assim, que não só o ambiente que ficou mais complexo, mas
também as habilidades e competências dos profissionais também tiveram que ir
para um outro nível de complexidade.
4
TÓPICO 1 — PRINCÍPIOS DE GESTÃO
Sobre isso, Le Boterf (2003 apud DUTRA, 2013, p. 40) afirma que o
profissional é “aquele que sabe administrar a situação profissional complexa”,
entendendo complexidade como um conjunto de características objetivas de
uma situação que estão em transformação contínua. Em outras palavras, a
complexidade está ligada a elementos de uma situação e exige diferentes níveis
de articulação do repertório da pessoa.
Dessa forma, podemos dizer que, quanto mais o ambiente fica complexo,
mais as organizações precisam ser flexíveis e estarem prontas para tomarem
decisões rápidas e realizar mudanças a qualquer momento. Para tanto, as
organizações precisam de gestores e profissionais diferenciados e comprometidos
com os objetivos organizacionais.
5
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
6
TÓPICO 1 — PRINCÍPIOS DE GESTÃO
7
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
Baixo nível de
padronização, Decide/ Auto nível de
VI Estratégica Internacional Organização
estruturação responde autonomia
e rotina
Participa da
V Várias unidades
decisão
IV Nacional
Unidade de Analisa e
III Tática
negócio recomenda
Sistematiza/
II Regional
organiza
Alto nível de
padronização, Baixo nível de
I Operacional Local Atividades Coleta
estruturação autonomia
e rotina
3 LÍDER E GESTOR
A discussão sobre o papel da liderança é recente no Brasil e se tornou alvo do
interesse das organizações somente em 1990, após a globalização, quando o nível
de competitividade e de exigência do mercado aumentou extraordinariamente
(DUTRA; DUTRA; DUTRA, 2017).
8
TÓPICO 1 — PRINCÍPIOS DE GESTÃO
NTE
INTERESSA
Michael Useem (1999 e 2002) realizou estudos sobre liderança e percebeu que
os líderes que fizeram a diferença em várias situações. Os líderes eram pessoas comuns
que, a partir de várias pequenas ações, criaram resultados relevantes para as organizações
e para si próprios (DUTRA; DUTRA; DUTRA, 2017).
9
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
10
TÓPICO 1 — PRINCÍPIOS DE GESTÃO
11
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
NOTA
É por isso que, muitas vezes, temos um ótimo gestor, mas um péssimo
líder. Um profissional que articula bem na arena política, viabilizando projetos e
ganhando respeito dos pares e chefes, mas que, enquanto gestor, não apoia e não
valoriza, ao contrário, humilha e desrespeita sua equipe.
12
TÓPICO 1 — PRINCÍPIOS DE GESTÃO
FIGURA 6 – O GESTOR
4 RELAÇÕES DE PODER
Poder é uma palavra de amplo uso e que pode ter diferentes significados,
dependendo do contexto em que é usada. No âmbito organizacional, o termo
“poder”, geralmente, diz respeito à capacidade ou à autoridade que um colaborador
A, por exemplo, tem de influenciar o comportamento de um colaborador B, de
modo que B aja de acordo com o que A deseja. Nesse sentido, quanto mais B
depender de A para fazer cumprir as funções, mais A tem poder sobre B. Essa
dependência está vinculada à percepção de B sobre as opções existentes, e na
importância que dá às opções que A oferece (ROBBINS, 2009).
13
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
Basicamente, podemos dizer que uma pessoa tem poder sobre outra
quando esta quer algo que aquela possui. Nesse sentido, quando alguém tem
informações, conhecimentos, habilidades e recursos outros querem, mais poder
alguém tem.
14
TÓPICO 1 — PRINCÍPIOS DE GESTÃO
As pessoas, por sua vez, utilizam o poder funcional que está atrelado
às habilidades em realizar o trabalho necessário para que a empresa tenha um
produto ou serviço de qualidade para oferecer aos consumidores. Dessa forma,
diante de insatisfações e necessidades não atendidas, as pessoas podem fazer
algum tipo de retaliação, gerando desperdícios, retrabalhos, gastos desnecessários
com manutenção de máquinas utilizadas erradamente, ou, ainda, desperdiçando
os recursos como água e insumos de higiene, por exemplo.
15
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
O líder deve, assim, ter certo poder sobre os membros da equipe, sabendo
identificar as necessidades das pessoas e o que elas dão importância, bem como
quais são os recursos que são escassos e não substituíveis e que, portanto,
podem servir de elemento de troca para se obter das pessoas o engajamento e
comprometimento necessários ao alcance dos melhores resultados possíveis.
Por fim, podemos dizer que uma das características do líder eficaz é aceitar
e lidar habilmente com a política das organizações, sendo capaz de prever ações e
articular os recursos de modo a formular estratégias que tragam vantagens para
ele, para o grupo e para a empresa.
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
17
AUTOATIVIDADE
18
a) ( ) Recursos, competências e avaliações.
b) ( ) Habilidades, informações e recursos.
c) ( ) Salários, avaliações e experiência.
d) ( ) Cargo, conhecimentos e carreira.
19
20
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
COMPETÊNCIAS DE GESTÃO
1 INTRODUÇÃO
É possível distinguir uma pessoa competente por meio do seu
comportamento diferenciado dos outros. O líder, por si só, já deve possuir atitudes
e comportamentos que o destacam dos demais colaboradores, mas, dentro desse
papel de gestor, existem aqueles comportamentos, habilidades e atitudes que são
considerados mais adequados e assertivos, aos quais chamamos de competências.
Todos os itens apontados isso serão abordados de modo que seja possível
entender o que envolve ser competente e de que maneira esses comportamentos
podem ser considerados um diferencial no perfil do líder.
2 SABER PLANEJAR
O surgimento de novas tecnologias tem gerado mudanças no trabalho,
de modo que os conhecimentos, as habilidades e as competências necessárias
para o profissional ter um desempenho satisfatório também estão passando por
atualizações (KANAANE, 2017).
21
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
FIGURA 9 – PLANEJANDO
22
TÓPICO 2 — COMPETÊNCIAS DE GESTÃO
Além disso, para que o planejamento seja adequado, é preciso que o líder
saiba responder apropriadamente aos desafios internos e externos da organização,
ou seja, o líder deve ter a atitude mais correta ao contexto, podendo esta ser uma
atitude proativa ou reativa (MAXIMIANO, 2000).
Proativa Reativa
• forças que impulsionam e desejam a mudança. • forças que desejam e preservam a estabilidade.
• espírito renovador. • apego as tradições.
• capacidade de adaptação a novas situações. • espírito conservador.
• antecipação de novas situações. • incapacidade de adaptação a novas situações.
Nesse sentido, muitas vezes, o líder passa a incluir como prática frequente a
autogestão das equipes, delegando aos grupos a autoridade para tomar certas decisões.
23
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
Por fim, perceba que planejar é uma competência que parece fácil e simples,
mas que requer do líder grande capacidade de análise, habilidade de articular as
informações que possui e atitude para saber se deve tomar uma postura mais
proativa ou reativa.
24
TÓPICO 2 — COMPETÊNCIAS DE GESTÃO
3 SABER CONDUZIR
Dentre as várias características essenciais em um líder, uma das mais
relevantes é saber conduzir as pessoas para que elas empreguem seus esforços na
direção dos objetivos organizacionais.
Vejamos, então, cada um dos objetivos e como eles podem contribuir para
compor a competência do líder em saber conduzir.
25
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
26
TÓPICO 2 — COMPETÊNCIAS DE GESTÃO
DICAS
27
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
28
TÓPICO 2 — COMPETÊNCIAS DE GESTÃO
Para ser seguido por seus subordinados e ter a confiança deles, o líder
deve, basicamente, demonstrar (ROBBINS, 2009):
29
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
O líder precisa conhecer sua equipe, deve conhecer cada membro em seus
aspectos profissionais, como: formação, experiências, habilidades e competências,
para que possa ter noção de suas potencialidades e limitações; e nos aspectos
pessoais, como: composição e condições familiares; breve histórico; anseios;
sonhos e necessidades individuais, para entender as motivações, comportamentos
e hábitos e saber oferecer recompensas que sejam de grande valor para a pessoa
(DUTRA, 2017).
30
TÓPICO 2 — COMPETÊNCIAS DE GESTÃO
4 SABER AVALIAR
Dentro de um processo de gestão, vimos que várias competências são
necessárias. As competências envolvem conhecimentos, habilidades e atitudes
específicas, que, juntas, formam um líder competente. No entanto, de nada
adianta saber planejar e conduzir as pessoas, se o líder não for capaz de medir os
resultados dessas ações.
31
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
DICAS
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
33
AUTOATIVIDADE
34
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença III está correta.
c) ( ) As sentenças II e III estão erradas.
d) ( ) Somente a sentença I está correta.
5 Um bom líder sempre sabe conduzir seus liderados ao ponto desejado. Para
conduzir os liderados com eficácia e eficiência, o líder deve possuir várias
habilidades, dentre as quais se destaca a capacidade de estabelecer bons
relacionamento interpessoais. Diante disso, cite alguns dos benefícios que o
líder obtém quando consegue fazer bons vínculos com seus liderados.
35
36
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
TOMADAS DE DECISÃO
1 INTRODUÇÃO
Decidir faz parte da rotina. Diariamente, no mundo corporativo, são
tomadas decisões que podem mudar o rumo de uma negociação, um serviço ou,
ainda, de uma equipe. Nesse sentido, é necessário que o líder de equipe considere
diversos fatores para tomar decisões que favoreçam a equipe e a organização.
2 ELEMENTOS DA DECISÃO
Decidir envolve a presença de alguns elementos. A tomada de decisão
sempre se dá com relação a algum problema ou conflito, ou seja, deve existir
uma situação que esteja incomodando as pessoas envolvidas e que requeira um
desenlace, um desfecho diferente daquele que aconteceria se ninguém fizesse
nada (ROBBINS, 2009).
37
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
Por exemplo, uma queda de 5% nas vendas pode ser interpretada por
um gestor como extremamente desastroso e digno de uma ação imediata, ou ser
avaliada como algo esperado e aceitável por outro líder.
• A situação-problema.
• As informações da situação-problema.
• As pessoas envolvidas.
38
TÓPICO 3 — TOMADAS DE DECISÃO
3 ETAPAS DA DECISÃO
O processo de tomada de decisão é um processo basicamente racional em
que a pessoa se utiliza da lógica e da razão para fazer uma escolha. Essas escolhas
são então feitas a partir de um modelo de tomada de decisão racional que possui
as seguintes etapas (ROBBINS, 2009):
Se decidir é algo tão simples e estruturado, por que vemos pessoas tomarem
decisões erradas a todo instante? Se uma decisão levou a uma consequência
indesejada, é preciso reavaliar os passos, pois, certamente, em algum deles houve
uma falha.
39
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
Uma outra possível causa pode estar na definição dos critérios de decisão
e na atribuição de pesos, pois, se o tomador de decisão estiver diante de um
problema corporativo e ele definir critérios baseados em seus interesses pessoais,
ele pode gerar várias consequências negativas para a empresa e outras pessoas.
40
TÓPICO 3 — TOMADAS DE DECISÃO
Tempo
Inteligência Ética
COMPORTAMENTO
Recursos TOMADOR DE Informação
DECISÕES
Percepção Percepção
ao risco
Competências
41
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
E
IMPORTANT
42
TÓPICO 3 — TOMADAS DE DECISÃO
O líder por sua vez, quando empodera sua equipe abandona a ideia de
que deve ser o responsável por dizer o que, como e quando as pessoas devem
fazer e passa a estimular as pessoas para que elas pensem, priorizem, analisem
e decidam o que fazer. Dessa forma, as perguntas do líder para as pessoas são:
“O que você acha que é mais importante e que precisa ser feito?”, “Quais devem
ser os objetivos na sua opinião?”, “Que caminho você escolheria para atingir
os objetivos?”.
43
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
44
TÓPICO 3 — TOMADAS DE DECISÃO
Por fim, podemos ficar esperando uma grande liderança surgir, nos guiar
e se responsabilizar por nós, ou, ainda, podemos assumir a liderança daquilo que
está em nós (recursos internos e potencialidades) e para nós (recursos externos e
físicos), participando e sendo protagonistas de nossas histórias.
45
UNIDADE 1 — GESTÃO, AMBIENTE E DECISÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
COMPROMISSO E MUDANÇA
Jim Selman
46
TÓPICO 3 — TOMADAS DE DECISÃO
47
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• No mundo corporativo, tomamos decisões a todo momento e, para que ela seja
efetiva, deve possuir elementos específicos.
CHAMADA
48
AUTOATIVIDADE
49
I- Empoderar consiste em dar poder aos subordinados para que tomem
decisões e assumam os riscos.
II- Empoderar envolve dar autonomia para que as pessoas tomem decisões
operacionais enquanto o líder continua a tomar as decisões estratégicas.
III- Empoderar é liberar o poder que existe nas pessoas em termos de seus
conhecimentos, experiências e motivação.
4 Decidir é algo que temos prática diária, porém, nem por isso é algo fácil de se
fazer. O processo decisório feito a partir do modelo racional envolve várias
etapas que se cumpridas levam a pessoa a uma boa decisão. No entanto,
sabemos que existem muitas decisões acabam por ter uma consequência
indesejada. Nesse sentido, cite e explique dois motivos pelos quais uma
decisão pode vir a ter resultados negativos.
50
REFERÊNCIAS
51
52
UNIDADE 2 —
A CARREIRA DO GESTOR E AS
TEORIAS MOTIVACIONAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
53
54
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A presença de um líder sempre foi importante na história, especialmente
da humanidade. Tais pessoas tomam lugar de destaque nos grupos por possuírem
um perfil diferente dos demais, por exemplo, na condução e motivação do grupo,
fazendo-o comprometer-se com os objetivos.
2 CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
Todo comportamento consciente ou inconsciente é motivado por algo,
ou seja, tem uma causa. Conhecer essas causas e identificar o que move o
comportamento das pessoas é fundamental para o líder fazer bem o seu papel,
pois ajuda a compreender as atitudes de cada colaborador.
55
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
56
TÓPICO 1 — LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
Recompensas intrínsecas ou
Fator de motivação
extrínsecas - fator de satisfação
Necessidade
Comportamento
não satisfeita Satisfação Reputação
Tensão Impulso dirigido para
da necessidade da tensão
a meta
Carência
Retroação
FONTE: A autora
ATENCAO
57
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
Logo, o que nos faz ter motivação, vontade e ânimo para a acordar cedo
e ir trabalhar todos os dias é o quanto nós precisamos do resultado que essa ação
de ir trabalhar nos traz, ou seja, o quanto precisamos do dinheiro e dos benefícios
que a empresa oferece.
59
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
Nesse sentido, lembre-se sempre que os benefícios, por sua vez, não
aumentam necessariamente a motivação das pessoas, pois funcionam como
fatores higiênicos, ou seja, apenas evitam a desmotivação.
60
TÓPICO 1 — LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
3 TEORIAS DE CONTEÚDO
O estudo do comportamento humano, incluindo a motivação, é algo de
grande interesse das ciências que estudam o comportamento organizacional. O
que as empresas mais querem é ter trabalhadores motivados e empenhados a
realizarem seus trabalhos com perfeição. Nessa busca por entender o que faz as
pessoas terem vontade de fazer algo, surgiram duas abordagens sobre o tema,
que são as teorias de conteúdo e as teorias de processo.
61
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
AUTO
REALIZAÇÃO
(auto-desenvolvimento)
EGO OU ESTIMA
(reputação, autoconfiança)
SOCIAIS
(aceitação, amizade, pertencer ao grupo)
SEGURANÇA
(proteção sua e de sua família, estabilidade no lar e emprego)
FISIOLÓGICAS
(sobrevivência, alimentação, salário, roupa, teto, ...)
ATENCAO
62
TÓPICO 1 — LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
63
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
A Teoria X pressupõe que o ser humano sempre que puder evitará o trabalho
e, por isso, as pessoas devem ser dirigidas, controladas coagidas, ameaçadas de
punição para que se esforcem na realização dos objetivos organizacionais.
A Teoria Y, por sua vez, considera que as pessoas não são passivas, nem
resistem a necessidades organizacionais, ou seja, são dotadas de motivação,
capazes de assumir responsabilidades e dirigir o próprio comportamento para
as metas da empresa. Isto significa dizer que cabe à empresa criar um ambiente
que encoraje o comprometimento com os objetivos organizacionais e as pessoas
irão exercer autodireção e autocontrole (CARAVANTES; CARAVANTES;
KLOECKNER, 2008).
64
TÓPICO 1 — LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
TEORIA X TEORIA Y
• Os funcionários são preguiçosos,
• As pessoas são esforçadas e gostam
não gostam de trabalhar.
de ter responsabilidade.
• As pessoas tentam evitar o trabalho.
• O trabalho é algo tão natural quanto
• As pessoas são ingênuas e sem iniciativa.
brincar ou descansar.
• As pessoas precisam ser coagidas,
• As pessoas demonstrarão auto orientação
controladas, dirigidas e ameaçadas.
e autocontrole se estiverem comprometidas
• As pessoas evitam responsabilidades e
com os objetivos.
buscam orientação formal sempre.
• As pessoas procuram e aceitam
• A maioria dos trabalhadores coloca a
responsabilidades e desafios.
segurança acima de todos os fatores associados
• As pessoas são criativas e competentes.
ao trabalho e mostra pouca ambição.
65
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
Na prática, essa teoria nos dá indícios sobre como lidar com os diferentes
perfis profissionais e ainda nos permite perceber que para aumentar a motivação
de um grupo é mais indicado que os líderes busquem um processo decisório mais
participativo, proponham tarefas desafiadoras e criem um bom relacionamento
intergrupal.
66
TÓPICO 1 — LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
ATENCAO
67
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
FONTE: A autora
FONTE: A autora
• delegação de responsabilidade;
• liberdade de exercer discrição;
• promoção e oportunidades de futuro;
• uso pleno das habilidades e competências pessoais;
• estabelecimento de objetivos e avaliação relacionada com eles;
• simplificação do cargo (pelo próprio ocupante);
• ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal ou vertical).
68
TÓPICO 1 — LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
4 TEORIAS DE PROCESSO
Após as várias teorias de conteúdo e seus achados inconsistentes, os
estudiosos continuaram buscando respostas para os comportamentos humanos,
buscando entender por que alguns eram tão empenhados e dedicados e outros
tão apáticos e desengajados.
69
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
Na medida que se trata de uma comparação, aquilo com que se está sendo
comparado irá interferir na percepção do fato como justo ou injusto. Assim,
existem quatro pontos de referência que o colaborador pode usar na comparação
(ROBBINS, 2009):
70
TÓPICO 1 — LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
71
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
FONTE: A autora
Mesmo assim, pode-se dizer que é possível estimar, pelo menos em parte,
o impacto que o trabalho causa na percepção do esforço, do desempenho e da
recompensa, a partir do que se conhece sobre o comportamento humano, e assim
adequar a recompensa oferecida ao esforço exigido, por exemplo.
Por fim, esta teoria ainda é considerada como um tanto idealista, pois
não foi possível validar por completo suas premissas. Ao invés disso invalidar
a teoria, serve de apoio, pois ela explica por que boa parte dos trabalhadores
despende tão poucos esforços na realização de suas tarefas.
72
TÓPICO 1 — LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO
Com relação à origem das metas, estudos revelam que em alguns casos
quando os objetivos são estabelecidos de forma compartilhada, ou seja, com a
participação da própria pessoa, ela tende a ficar mais comprometida a alcançá-lo.
Em outros casos há evidências de que os funcionários desempenham melhor suas
tarefas quando esta é imposta por outras pessoas como o caso do chefe/líder.
73
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem várias teorias de motivação que buscam explicar o que e como nos
motivamos, que são as teorias de conteúdo e as de processo.
• As teorias de conteúdo buscam explicar o que nos motiva, estando entre elas as
teorias de Maslow, McGregor, McClelland e Herzberg.
74
AUTOATIVIDADE
75
I- A Teoria X afirma que os funcionários não gostam de trabalhar, fogem de
responsabilidades e precisam ser coagidos, controlados para atingirem as
metas.
II- A Teoria X é mais apropriada para ambientes dinâmicos, pouco
estruturados e com estilo de gestão participativo.
III- A Teoria Y afirma que as pessoas gostam de trabalhar, são capazes de
tomar decisões, se autogerenciarem e busca responsabilidades.
76
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
PLANO DE CARREIRA
1 INTRODUÇÃO
O mundo está em constante mudança, passando por diversas
transformações em seus paradigmas e conceitos. Nesse cenário, o conceito de
carreira também está se transformando, e a tendência é que ocorram mudanças
mais profundas nos próximos dez anos.
Para o senso comum, aquele que tem carreira é quem trabalham em uma
empresa por vários anos e é remunerado por isso, ou que carreira é uma evolução
do status da remuneração. Entretanto, não é bem assim.
77
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
78
TÓPICO 2 — PLANO DE CARREIRA
Isso acontece pois cada vez mais as pessoas estão tomando decisões de
carreira baseadas em seus valores, sonhos, conceito de família, compromissos
sociais e aspiração de estilo de vida, em detrimento de escolherem a partir de
salários e status profissional, o que significa que as pessoas pensam mais no que
elas querem para si, suas famílias, filhos e qualidade de vida futura, do que no
glamour, prestígio e salário de um cargo elevado.
79
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
• crie ações de desenvolvimento que permitam ampliar sua visão do negócio, bem
como aumentar sua exposição na empresa e diante de parceiros estratégicos;
• crie ações que ampliem sua rede de relacionamentos e permita sua multiplicação
para a equipe;
• busque orientação para trabalhar os pontos mais importantes que te farão
alcançar seus objetos de carreira;
• crie ações de desenvolvimento que incluam exposição a situações de trabalho
diferenciadas.
80
TÓPICO 2 — PLANO DE CARREIRA
De modo geral, saiba que toda trajetória de carreira tem três momentos: o
início, o crescimento e o final. O início é o momento em que a pessoa atendeu aos
requisitos da empresa e é contratada. O crescimento é a fase de desenvolvimento
do profissional, em que a empresa mantém registos sobre suas avaliações de
desempenho, treinamentos e cursos realizados. Por fim, o final é a fase na qual a
pessoa chega no teto de sua profissão e não tem mais perspectivas de crescimento.
Raramente as organizações e as pessoas sabem exatamente quando é o final de
uma carreira, dificultando, assim, o preparo para dar o próximo salto em direção
à outra carreira, ou outra empresa, se assim o quiser (DUTRA, 2017).
Por exemplo, podemos ter um profissional técnico sem perfil para carreira
gerencial, mas que pode ser preparado para a carreira acadêmica como professor,
para ter o próprio negócio, para torna-se um profissional liberal, freelancer etc.
Assim, é preciso entender que existem três categorias de trajetórias, que são
(DUTRA, 2017):
81
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
DICAS
82
TÓPICO 2 — PLANO DE CARREIRA
83
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
FIGURA 14 – CARREIRA EM Y
Especialista 3 Diretor
Especialista 2 Gerente
Especialista 1 Coordenador
Analista Sênior
Analista Pleno
Analista Júnior
Auxiliar
Estagiário
FONTE: A autora
84
TÓPICO 2 — PLANO DE CARREIRA
FONTE: A autora
Por fim, cabe destacar que, para que o profissional possa se movimentar
dentro da organização pelas trajetórias de carreira, ele deve atender aos critérios
e às exigências estipulados pela empresa no que diz respeito ao tempo, formação,
desempenho etc.
85
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
86
TÓPICO 2 — PLANO DE CARREIRA
Após os anos 2000, o aumento da longevidade das pessoas fez com que
elas percebessem que era importante se manterem úteis profissionalmente por
mais tempo, bem como se tornarem financeiramente independentes e terem mais
qualidade de vida (DUTRA, 2017).
87
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
NTE
INTERESSA
Por fim, quanto mais o ambiente for competitivo e incerto, mais será
necessário que as pessoas assumam o protagonismo de suas carreiras, e as
organizações precisarão dar ainda mais suporte necessário para que isso se
concretize. Ser protagonista de sua carreira certamente trará um diferencial no
mercado de trabalho, mas tenha em mente que nem sempre a organização e o
mercado irão estimular e ajudar nesse processo, sendo necessário um esforço da
parte do indivíduo.
88
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A empresa oferece condições básicas, mas não pode ser a única responsável
pela carreira das pessoas, pois são as pessoas que precisam ser os protagonistas de
suas histórias profissionais, analisando suas necessidades e fazendo as escolhas.
89
AUTOATIVIDADE
2 A carreira não deve ser entendida como um caminho rígido, mas como uma
sequência de posições e de trabalhos realizados pela pessoa dentro da área
profissional que escolheu. Nas organizações, existem várias possibilidades
de estruturas de carreira que podem ser adotadas. Uma delas é a estrutura
em múltiplos paralelos, que possui uma importante vantagem em relação
as outras. Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA:
90
( ) Nas carreias em Y e em X, a empresa permite que a pessoa se movimente
nas áreas, mas sem mudar de carreira.
( ) Na carreira em Y as pessoas só podem mudar de área a partir de um certo
cargo.
( ) Na carreia em X, o profissional pode ser oriundo de uma carreira técnica
e, a partir de certo ponto, mudar para a carreira gerencial.
91
92
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
DESENVOLVIMENTO GERENCIAL
1 INTRODUÇÃO
Desenvolver gestores não é tarefas fácil. É preciso entender muito
bem quais são as habilidades e as competências que fazem do líder-gestor
um profissional de excelência para que, então, possamos elaborar programas
eficientes de desenvolvimento.
93
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
Em marketing, em finanças, em
Competências
produção/operação, em gestão de
FUNCIONAIS
talentos, em tecnologia.
94
TÓPICO 3 — DESENVOLVIMENTO GERENCIAL
• trabalho em equipe
• aprendizado contínuo
• facilidade de adaptação
• comunicação
• relacionamento
interpessoal
95
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
96
TÓPICO 3 — DESENVOLVIMENTO GERENCIAL
NTE
INTERESSA
97
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
FIGURA 21 – EMPATIA
98
TÓPICO 3 — DESENVOLVIMENTO GERENCIAL
No entanto, apenas saber o que se deve fazer não torna o líder inteligente
emocionalmente. A liderança é uma habilidade que deve ser aprendida,
desenvolvida e refinada continuamente. Isso significa que a prática constante é
essencial para o desenvolvimento da inteligência emocional.
99
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
4.1 COACHING
Pesquisas da American Management Association (AMA) realizadas em
2008 constataram que o coaching está associado ao desempenho de qualidade nas
organizações, pois permite o crescimento pessoal e profissional de tal maneira
que reflete positivamente na empresa (BLANCHARD, 2019).
Para tanto, o coach deve ter certas habilidades para que possa conduzir o
processo de forma adequada e com sucesso, que são (DUTRA, 2017):
100
TÓPICO 3 — DESENVOLVIMENTO GERENCIAL
Dessa forma, o coaching pode ser oferecido aos líderes, tendo cindo
aplicações (BLANCHARD, 2019):
4.2 MENTORIA
A mentoria consiste em uma pessoa mais experiente profissionalmente
orientar o desenvolvimento de outras pessoas menos experientes (DUTRA;
DUTRA; DUTRA, 2017), buscando ajudar a pessoa a compreender a si própria e
a relação que estabelece com seu meio a partir de uma análise comportamental.
101
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
FIGURA 25 – MENTORIA
• Escolha do mentor: deve ser uma pessoa com perfil definido, que personifique
os valores da empresa, que seja dois a três níveis acima do chefe da pessoa a ser
orientada para não gerar problemas de relacionamento devido ao fácil acesso
a informações específicas, e principalmente, que seja uma adesão voluntária.
• Preparação do mentor: deve ser orientado sobre seu papel, pois difere do papel
do gestor. O mentor se preocupa com a pessoa, buscando orientar e ajudar o
mentorado a se desenvolver a partir de si próprio. O gestor foca na organização,
buscando desenvolver as pessoas para que tragam resultados ao negócio.
102
TÓPICO 3 — DESENVOLVIMENTO GERENCIAL
• Estruturação do programa: não deve ser indefinido ou a longo prazo, para não
perder de vista os objetivos centrais, e não correr o risco de o mentor aliciar o
jovem para construir uma base de apoio político para seus projetos. O ideal é
que tenha duração de um a dois anos, com reuniões pré-determinadas (de seis
a oito reuniões) e com roteiro definido, visando resultados.
• Escolha do mentor e orientado: a formação da dupla deve ser feita de forma
deliberada em que o orientado escolhe três mentores de sua preferência,
desde que eles não tenham ascendência hierárquica sobre ele. Posteriormente, as
solicitações são enviadas aos mentores para verificar qual deles aceita a proposta.
Por fim, pode-se dizer que a mentoria foca em profissionais com muito
potencial, mas que precisam de ajuda para terem um desempenho de nível mais
elevado. Dessa forma, a mentoria enfatiza os valores e a estrutura política da
empresa.
103
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Eduardo Teles
Levar uma pessoa ao sucesso está cada vez mais difícil, devido ao amento
da concorrência tanto em quantidade como em qualidade, e em tempos assim,
ser proativo e ágil para se adaptar às mudanças é fundamental, e, para isso, os
gestores precisam estar mais preparados para conduzir os membros de suas
equipes da melhor maneira possível.
104
TÓPICO 3 — DESENVOLVIMENTO GERENCIAL
Conheça a si próprio
Sabia comunicar-se
Outra técnica importante e que deve ser bem desenvolvida pelo gestor é a
comunicação, que seja aplicada de forma clara e assertiva, evitando-se conflitos e
maus entendidos. Ainda nesse campo, deve utilizar o feedback, como ferramenta
de desenvolvimento da sua equipe, não confundindo com desabafo ou conselho,
tendo sempre com fim a melhoria do colaborador.
105
UNIDADE 2 — A CARREIRA DO GESTOR E AS TEORIAS MOTIVACIONAIS
106
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
107
AUTOATIVIDADE
3 Desenvolver pessoas no cenário atual é uma das poucas formas de lidar com
tantas incertezas e mudanças. O coaching é um processo muito utilizado nos
dias de hoje, sendo aplicável a qualquer situação em que existem barreiras
que impedem o indivíduo a ir para o próximo nível, desenvolvendo-se em
sua carreira. Sobre o exposto, analise as sentenças a seguir:
108
I- Conduz a pessoa de forma que ela separe as emoções das ações, agindo de
forma mais prática a objetiva.
II- O processo de coaching leva o profissional a se autoconhecer, estimulando
o que tem de melhor e o apoiando na definição de metas e ações.
III- Tem como objetivo central desenvolver pessoas, independentemente de
sua posição dentro da empresa ou de sua profissão.
109
110
REFERÊNCIAS
BANOV, M. R. Psicologia no Gerenciamento de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2008.
MASLOW, A. H. Motivation and personality. New York: Harper & Brothers, 1954.
111
112
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
113
114
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
O assunto liderança há tempos é foco do interesse dos estudiosos. Muitos
líderes surgiram ao longo da história da humanidade e se tornaram exemplos
a serem seguidos devido aos resultados que obtiveram. No contexto geral, a
liderança sempre esteve associada ao poder, à força e à dominação, visto que era
assim que os líderes conquistavam territórios e ganhavam as guerras.
2 ABORDAGENS DE LIDERANÇA
Falar em abordagens de liderança é o mesmo que falar em teorias da
liderança. Trata-se de compreendermos a forma como os estudiosos analisam e
interpretam o líder e o processo de liderança. Basicamente, podemos listar três
abordagens de liderança, que são: a teoria das características ou dos traços; a
teoria comportamental e a teoria das contingências situacionais (ROBBINS, 2009).
115
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Já Gardner (1990 apud GIL, 2013) lista 14 atributos, que são: inteligência
e capacidade de julgamento, vitalidade física e energia, disposição para aceitar
responsabilidades, aptidão para as tarefas, compreensão dos seguidores e de
suas necessidades, habilidade com pessoas, foco em conquista, capacidade de
motivar, coragem, resolução e perseverança, capacidade de conquistar e manter
confiança, capacidade de administrar, decidir e estabelecer prioridades, confiança,
ascendência, domínio e afirmação e adaptabilidade.
Embora essa visão seja pouco aceita, ela ainda é usada por empresas que
investem mais na contração de pessoas com certo perfil de liderança do que no
treinamento e desenvolvimento de líderes.
116
TÓPICO 1 — CONTEXTO ORGANIZACIONAL E O LÍDER
A D
u e
t m
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c c
r r
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t t
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c c
o o
117
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
118
TÓPICO 1 — CONTEXTO ORGANIZACIONAL E O LÍDER
119
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Cabe lembrar que tais dimensões variam suas graduações e podem ser
combinadas entre si de diferentes maneiras, gerando situações que favorecem
ou desfavorecem a atuação eficaz do líder. Além disso, perceba que, de acordo
com essa teoria, é necessário que o líder saiba diagnosticar a situação para então
escolher o comportamento mais adequado.
ATENCAO
Nesse sentido, Fiedler propõe que o líder, para ser eficaz, deve ajustar seu
estilo a essas dimensões situacionais. No entanto, quando isso não for possível, a
organização deve posicionar o líder em uma situação que seja mais apropriada ao
seu estilo pessoal (CHIAVENATO, 2013).
• Líder diretivo: faz com que os liderados saibam o que se espera deles, organiza o
trabalho e fornece instruções precisas sobre como as tarefas devem ser realizadas.
• Líder apoiador: é amigável e sensível às necessidades dos membros.
• Líder participativo: consulta os membros da equipe e utiliza as sugestões antes
das decisões.
• Líder orientado para conquista: cria metas desafiantes e espera que todos
ofereçam o seu melhor.
120
TÓPICO 1 — CONTEXTO ORGANIZACIONAL E O LÍDER
Note que essa teoria parte do princípio de que os líderes são dinâmicos
e flexíveis e podem adotar quaisquer desses comportamentos dependendo da
situação. Nesse sentido, há alguns aspectos situacionais ou contingenciais que
irão interferir no tipo de comportamento requerido pelo líder para que ele tenha
sucesso (ROBBINS, 2009):
• Fatores ambientais: são os que estão fora do controle dos colaboradores como
estrutura da tarefa, sistema de autoridade e grupo de trabalho, que irão definir
o comportamento do líder.
• Fatores do colaborador: são as características pessoais dos membros do grupo
como centro de controle, experiência e capacidade percebida, que irão definir a
interpretação que eles terão dos fatores ambientais.
3 ESTILOS DE LIDERANÇA
Os estilos de liderança surgem a partir das abordagens comportamentais e
situacionais de liderança. Cada abordagem entende a liderança por uma perspectiva,
definindo sua origem e seus influenciadores, e assim nascem os estilos.
121
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
TUROS
ESTUDOS FU
122
TÓPICO 1 — CONTEXTO ORGANIZACIONAL E O LÍDER
Por fim, pode-se dizer que a liderança liberal é uma tendência nos
dias de hoje, pois o contexto competitivo e incerto exige equipes autônomas,
autogerenciadas, capazes de tomarem decisões rápidas e resolver problemas de
forma dinâmica.
123
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Por fim, essa teoria pressupõe que não existe estilo ideal e que o sucesso
do líder está na junção de fatores pessoais e do ambiente (situação e grupo).
É a partir daí, dos valores e princípios dos primeiros líderes, que serão
criadas as formas de lidar com todo o tipo de situação que aparecer na empresa.
Com o tempo, os elementos centrais desse “jeito de ser” da empresa vão sendo
transferidos para os demais gestores-líderes.
124
TÓPICO 1 — CONTEXTO ORGANIZACIONAL E O LÍDER
Isso quer dizer que, na medida em que fundadores, líderes e gestores definem
os objetivos e a conduta adequada (normas, procedimentos etc.) para se chegar aos
objetivos, estão delineando o jeito de ser da organização, isto é, sua cultura.
Essa visão é coerente com a Teoria do Ciclo Vital de Hersey e Blanchard, que
considera que o estilo ideal de liderança está associado a um conjunto de fatores
e não apenas a certas características do líder. Baseada nos dois comportamentos
básicos do líder, voltado para o trabalho e para as pessoas. Essa teoria afirma que
diferentes estilos de liderança devem ser utilizados, dependendo da maturidade
do grupo, que consiste na capacidade e experiência no trabalho e disposição para
assumir a responsabilidade de dirigir o próprio comportamento. Existem, então,
níveis de maturidade, que são (KANAANE, 2017):
125
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
126
TÓPICO 1 — CONTEXTO ORGANIZACIONAL E O LÍDER
ESTÁGIO ESTILO DE
CARACTERÍSTICAS
ORGANIZACIONAL LIDERANÇA
Resultados: fracos, pois as metas são Diretivo: alto foco
novas e as pessoas nunca trabalharam no planejamento,
Estágio 1 - Início juntas. Relacionamentos: fortes, pois nas instruções e no
as pessoas tendem a se entusiasmarem acompanhamento
diante de um novo projeto. das tarefas.
Resultados: ascendentes, pois surgem as Coaching: alta ênfase
primeiras conquistas. Relacionamentos: no apoio às pessoas e
Estágio 2 - Melhoria
descendente, pois surgem dificuldades, alto grau de direção
longas jornadas de trabalho e pressão. nas tarefas.
Resultados: crescentes, pois as
habilidades estão se aprimorando e a Apoio: alta ênfase
Estágio 3 -
organização está mais criativa e eficaz. nas pessoas e baixa
Desenvolvimento
Relacionamentos: variáveis, pois surgem orientação nas tarefas.
novos desafios diariamente.
Delegação: baixo
Resultados: altos, pois as metas estão
foco nas tarefas e nos
Estágio 4 - Alto sendo cumpridas Relacionamentos: altos,
relacionamentos, dando
desempenho pois as pessoas sentem-se motivadas,
autonomia, confiança e
trabalham juntas com entusiasmo.
novos desafios.
127
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
128
AUTOATIVIDADE
129
( ) Os líderes podem dar ênfase nas tarefas, tornando extremamente práticos
e objetivos, sem se importarem com as necessidades das pessoas.
( ) Os comportamentos do líder podem ser treinados, mas seu desempenho
eficaz depende de características inatas.
( ) Vários comportamentos forma identificados, porém nenhum deles
apresentou-se como sendo realmente eficaz na maioria das situações.
130
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
LIDERANÇA DE EQUIPES
1 INTRODUÇÃO
O ser humano é um ser social, ou seja, tende a se organizar em grupos e
não individualmente, como fazem alguns animais como a águia por exemplo.
Os grupos estão presentes em nossas vidas desde a infância, quando iniciamos
os grupos escolares, os da rua, da igreja, do futebol, entre outros. Ao longo da
vida, participamos de diversos grupos e em todos eles podemos identificar certas
características comuns e específicas, bem como a presença de um líder.
131
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
NTE
INTERESSA
132
TÓPICO 2 — LIDERANÇA DE EQUIPES
• falta de responsabilidade;
• tomada de decisão sem clareza;
• má liderança;
• planejamento precário ou ausente;
• desorganização e papéis indefinidos;
• falta de propósito e objetivos claros.
133
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
3 ESTÁGIOS DA EQUIPE
Nas organizações, as pessoas se relacionam umas com as outras em
função das atividades e responsabilidades que assumem em seus trabalhos. Elas
precisam compartilhar informações, recursos, ideias e soluções para que toda a
engrenagem organizacional funcione.
Nesse sentido, interrelações são criadas a partir dos cargos e posições que
as pessoas ocupam, podendo formar grupos de trabalho, porém nem todos se
constituirão em equipes. É fundamental então que o líder conheça os vários tipos
de interdependência que há entre pessoas que trabalham juntas, para organizá-las
e direcioná-las de forma adequada.
134
TÓPICO 2 — LIDERANÇA DE EQUIPES
Agrupada Inclusiva
Sequencial Recíproca
135
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
O que irá fazer com que a equipe esteja em um ou outro estágio são duas
importantes variáveis: a produtividade e o moral. A produtividade é a quantidade
e a qualidade do trabalho com relação aos objetivos propostos; e o moral é o
sentimento de orgulho e satisfação por pertencer a uma equipe e concretizar seu
trabalho. Assim, de modo geral no início a produtividade é baixa, pois as pessoas
não se conhecem direito, e com o passar do tempo tende a aumentar conforme o
grupo vai se entrosando. De forma contrária, o moral começa alto, devido a euforia
gerada pelas novidades, cai repentinamente diante das primeiras dificuldades, e
depois se eleva novamente quando as diferenças são resolvidas.
136
TÓPICO 2 — LIDERANÇA DE EQUIPES
TEMPO NO
ESTÁGIO AÇÃO DO LÍDER DESAFIO
ESTÁGIO
Definir propósito,
1- ORIENTAÇÃO Fazer a equipe Curto: metas simples
metas, papéis
Moral alta se identificar e fáceis Longo: metas
e normas de
Produtividade baixa com o propósito complexas e difíceis
comportamento
Ajudar a equipe a
2- INSATISFAÇÃO Reafirmar as ações
lidar com problemas Depende a rapidez
Moral descendente do estágio anterior.
de poder, controle com que os problemas
Produtividade Manter comunicação e
e conflito, para forem resolvidos
ascendente melhorar as relações
trabalharem juntos
Tornar a equipe Depende da
3- INTEGRAÇÃO
Estimular a confiança, mais coesa e superar facilidade em
Moral variável
a coesão e o respeito a tendência de resolver insatisfações
Produtividade
às diferenças concordar para e incorporar novas
moderada/alta
evitar conflitos habilidades
Deve ser mantido
Focar no desempenho,
por toda a vida
4- PRODUÇÃO estimular orgulho, Manter desempenho
da equipe com
Moral alta comunicação e com novos desafios e
flutuações moderadas
Produtividade alta confiança nas crescimento constante
de sentimentos de
habilidades da equipe
satisfação
4 INSTRUMENTOS DE GESTÃO
A era da gestão de cima para baixo acabou. As empresas modernas
mudaram suas estruturas e estão mais horizontalizadas, de modo que a forma de
trabalhar, gerar resultados e resolver problemas mudou drasticamente.
137
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
ATENCAO
138
TÓPICO 2 — LIDERANÇA DE EQUIPES
Empresas que adotam uma cultura colaborativa para gerir seus processos
internos, beneficiam-se internamente do aumento das vendas, da maior inovação e
de negócios melhores, e externamente beneficiam-se de novos produtos e serviços e
de um negócio mais estável capaz de satisfazer o cliente e gerar maiores receitas. A
empresa também ganha com aumento no compartilhamento do conhecimento e
maior competência do seu capital humano (BLANCHARD, 2019).
FIGURA 12 – COLABORAÇÃO
139
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Fazer reuniões é uma prática constante dos líderes e cada vez mais frequente
nas organizações, pois é através dela que o líder comunica os propósitos e as
metas, deixa claro os papéis de cada um, transmite conhecimentos, compartilha
informações, toma decisões, dá feedback, reconhece e comemora os resultados.
140
TÓPICO 2 — LIDERANÇA DE EQUIPES
Já com relação aos fatores ligados aos participantes, podemos citar (GIL, 2013):
141
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Dessa forma, para conduzir reuniões com excelência o líder deve utilizar
várias habilidades, conhecimentos e atitudes como (GIL, 2013):
142
TÓPICO 2 — LIDERANÇA DE EQUIPES
143
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
144
AUTOATIVIDADE
145
( ) Quando o tema é muito complexo, não é aconselhado tratá-lo em reuniões,
pois dificilmente se chegará a um consenso.
( ) Quando algum participante da reunião sabe mais do assunto do que o
líder da reunião, isso pode se tornar um problema.
( ) Não é recomendado agendar reuniões como objetivo de obter a opinião
das pessoas e tomar uma decisão.
146
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
LIDERANÇA NA ATUALIDADE
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, o cenário que enfrentamos jamais teve precedentes, nem
tampouco foi imaginado ou projetado pelos especialistas. A interconexão que se
estabeleceu entre todas as coisas, por meio dos avanços tecnológicos, fez com
que nossas vidas pessoais e profissionais atingissem um nível de complexidade
incrível, e a perspectiva é de que isso fique cada vez mais complexo.
2 O LÍDER E A COMPLEXIDADE
As organizações são afetadas e afetam o ambiente em que estão inseridas,
consequentemente, as pessoas que estão nas organizações e no ambiente ao
mesmo tempo, também são afetadas e afetam o ambiente organizacional e o
mercado, mesmo que seja de forma indireta. Nesse sentido, podemos dizer que
ambiente, pessoas e organização são elementos mutuamente influenciados e se
interrelacionam, de modo que um gera o outro e o outro gera o um.
Nesse cenário, o líder é a figura que faz o intermédio entre tais elementos,
buscando entender e analisar o ambiente, as pessoas e as organizações para
de alguma forma articulá-los na tentativa de atender às expectativas tanto das
organizações quanto das pessoas, sem falar no ambiente que pode ser representado
pelo cliente.
147
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Diante desse cenário, podemos dizer que o líder tem dois grandes desafios
(DUTRA; DUTRA; DUTRA, 2017):
148
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
3 GERAÇÃO X, Y, Z E O LÍDER
O contexto organizacional configura-se por ser diverso em vários aspectos,
como cultura, gênero, experiência e idade. Dentre esses aspectos, um que merece
destaque é a questão da idade que nos remete às diferentes gerações existentes
dentro das empresas e que irão compor as equipes.
Nesse sentido, uma geração possui uma forte e visível identidade histórica,
ao mesmo tempo em que possui implícito os costumes e comportamentos que
caracterizam a experiência de cada um (KANAANE, 2017).
Antigamente uma geração era identificada a cada 25 anos, mas hoje uma
nova geração surge a cada 10 anos apenas. Por isso, é de grande importância
entender como essas gerações irão interagir no ambiente organizacional de modo
a encontrarem um ponto comum que os façam ter sinergia para promoverem o
sucesso organizacional.
149
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
150
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
151
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
FIGURA 15 – GERAÇÃO Z
Nesse sentido, podemos resumir dizendo que os babby boomers são mais
adeptos das lideranças diretivas, mais voltadas para o controle e o comando. A
geração X respeita hierarquias, mas gostam de ter um espaço para exporem suas
ideias. Já a geração Y é tida como insubordinada, indisciplinada e informal, mas
as empresas aprenderam a valorizar seu perfil, pois perceberem os resultados
que eram capazes de trazer quando se propunham a fazer algo. No entanto, para
ganhar sua atenção, o líder tem que ser mais participativo e flexível.
152
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
Isso significa dizer que ser líder e exercer liderança não se resume a
conseguir resultados. Perceba que, a partir desse novo conceito, o objetivo da
liderança é o “bem maior”, ou seja, aquilo que é melhor e benéfico para o coletivo,
para todos os envolvidos. Nesse sentido, a liderança é um chamado e deve ser vista
como um propósito mais elevado para aqueles que já se livraram das necessidades
individuais e até egoístas de querem apenas o benefício próprio. Se não for para
todos terem vantagens não há motivos para guiar as pessoas por este caminho,
é assim que se pensa e deve pensar o líder da atualidade (BLANCHARD, 2019).
Alguns podem achar que isso não é possível, ou seja, que não podem
focar nos seus objetivos e no bem-estar coletivo ao mesmo tempo, mas estão
equivocados. Na liderança de alto nível, como é chamada por Blanchard (2019),
o foco é nos resultados e na satisfação humana, de modo que o desenvolvimento
das pessoas é tão importante quanto o desempenho do líder. Nesse conceito, a
liderança de alto nível busca alcançar resultados que valham a pena ao mesmo
tempo em que garante o respeito, consideração e justiça, para o bem-estar de
todos os envolvidos.
153
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
154
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
Ou seja, uma grande maioria das empresas ainda parece buscar soluções
e modelos baseados na visão científica do século XVII, que gerencia as coisas
separando-as em partes, buscando predizer e estabilizar um cenário factualmente
caótico. A ciência mudou há mais de um século, mas ficamos presos em paradigmas
que continuam a perceber e explicar o mundo objetivamente (NOBREGA, 1996).
155
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
156
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
DICAS
157
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
158
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
• a localidade, pois não existe mais um único local, e sim vários, onde o
funcionário poderia exercer a sua função.
• a flexibilização do horário de trabalho, ou do tempo que se dedica à tarefa;
• o meio de comunicação, pois os dados e informações podem transitar por
e-mails, internet, redes sociais, telefones, entre outros.
O home office é considerado uma das opções mais seguras para as empresas
continuarem competitivas no mercado, reduzirem custos e assim gerenciarem
seus negócios à distância, utilizando meios tecnológicos e maximizando os
recursos existentes. No entanto,, para que isso funcione bem e a produtividade
continue é necessário que seus colaboradores estejam comprometidos com essa
modalidade de trabalho (BARROS; SILVA, 2010).
Dessa forma, nota-se que a satisfação das pessoas em home office se altera
em relação à quantidade de horas trabalhadas, ao grau de autonomia sobre as
atividades e, também, ao nível de isolamento social sentido no contexto laboral.
A diminuição dos deslocamentos tem relação direta com a redução do estresse e
com a melhora da qualidade de vida no trabalho, o que reflete diretamente numa
maior satisfação com o trabalho à distância.
159
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
160
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
Aderaldo,
Amadurecimento profissional Precarização e descontrole da carga
Aderaldo e Lima
dos jovens. de trabalho.
(2017)
161
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
O líder encontra, então, vários desafios com relação ao trabalho home office
que pode ser resumido em continuar mantendo proximidade com os membros da
equipe, atender às necessidades individuais e ao mesmo tempo manter as pessoas
unidas sob o senso de equipe e com propósitos coletivos, apesar da distância.
Além disso, podemos listar alguns cuidados que o líder deve ter para não
desengajar a equipe que está em home office, que são:
Para tanto, o líder deverá assumir uma postura bem diferente da atual,
aderindo à moderna visão sistêmica e integradora, para que possa assim, conquistar
a atenção das pessoas para a importância da unificação e colaboração mútua.
162
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
163
UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
LEITURA COMPLEMENTAR
Rosângela Souza
Visão sistêmica. Você já deve ter ouvido alguém falar que tem, não tem ou
precisa ter. Parece ser uma habilidade muito desejada nas organizações e também
na vida pessoal. Mas será que sabemos mesmo o que é isso? E se sabemos o que
é mas não a temos, como fazemos para desenvolvê-la?
O fato:
O garçom caiu no meio do restaurante, com a bandeja cheia de copos na mão.
164
TÓPICO 3 — LIDERANÇA NA ATUALIDADE
A causa:
O médico diz que o garçom teve algum mal-estar. O sindicalista diz que o
garçom já estava trabalhando havia doze horas e isso não é correto. O técnico
em segurança do trabalho acha que a bandeja estava pesada demais. O psicólogo
diz que o garçom estava passando por uma fase bastante difícil. O fofoqueiro vai
dizer que este garçom é sempre distraído mesmo.
E por aí vai.
Qual a verdade? Qual a causa? A visão sistêmica faz com que analisemos
mais cuidadosamente os fatos, para não considerarmos a “verdade” mais próxima
da nossa realidade como a única existente.
Parece que temos certezas demais. Mas há outras razões para fazermos
isso.
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UNIDADE 3 — LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Talvez um bom treino de visão sistêmica seja ter menos certezas, olharmos
mais à volta, compreendermos mais as diversas razões para as pessoas serem
como são, para os fatos serem como são. Entender que fatos podem já ser a
consequência de algo que fizemos (intencionalmente ou não), algo não fizemos,
que não vimos. Talvez seja saudável ter um leve distanciamento emocional, pois
quando estamos imersos em afazeres e emoções não enxergamos quase nada.
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Dentro de uma visão sistêmica o líder tem o desafio de alinhar a visão de seus
liderados evitando a competição e estimulando a colaboração como o caminho
que poderá atender às necessidades de todos.
• O home office veio para ficar e nessa modalidade de trabalho o líder tem o
desafio de manter os membros engajados e unidos, além de garantir condições
adequadas de trabalho e justiça na avaliação de desempenho.
CHAMADA
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AUTOATIVIDADE
a) ( ) O líder deve ser capaz de dar respostas rápidas e efetivas, que atendam
às demandas sem abrir mão da ética e dos valores organizacionais.
b) ( ) O líder deve ser capaz de instigar a competição entre os membros de
modo que eles busquem ser cada vez melhores.
c) ( ) O líder deve ser capaz de assumir as responsabilidades das decisões da
equipe mesmo que esta tenha certa autonomia.
e) ( ) O líder deve ser capaz de aumentar a qualidade percebida pelo produto/
serviço, pois assim garantirá maior fatia no mercado.
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( ) Exercer liderança não é apenas alcançar os resultados propostos, mas
alcançar aquilo que é melhor e benéfico para o coletivo.
( ) O líder da atualidade deve pensar que se não for para ele ter vantagens
não há motivos para se esforçar a difícil tarefa de guiar as pessoas
( ) A liderança é um chamado para aqueles que já se livraram das necessidades
individuais e até egoístas de querem apenas o benefício próprio.
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REFERÊNCIAS
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KIEFER, C. F.; SENGE, P. Metanoic Organizations in the transition to a
sustainable Society. Reflections, vol. 1, n.1, 1982. Disponível em: https://pdfs.
semanticscholar.org/3edd/a6c433c9c5a5a4a03f2dac10c55d506d5c2d.pdf. Acesso
em 8 ago. 2021.
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