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Na atualidade,
sabemos da importância dos clientes
para as empresas. Sem cliente, não há empresa.
Profissionais das diversas áreas organizacionais, em
especial os de marketing – os quais lidam com a compreensão
e o atendimento das necessidades dos mercados –, precisam
compreender como os clientes se comportam, fazem suas com-
pras, usufruem de serviços e consomem produtos.
9 788538 762102
Código Logístico
58296
Comportamento do
consumidor e marketing
de relacionamento
Fabiano Larentis
Apresentação 9
4.3 Percepções 73
4.5 Atitudes 76
4.6 Envolvimento 79
4.7 Aprendizagem 80
Gabarito 189
Apresentação
Bons estudos!
1
Premissas e perspectivas
a respeito do consumidor
Considerações finais
Neste capítulo proporcionamos noções introdutórias a respeito
do consumidor e do seu comportamento, associados a estratégias de
marketing. Fica evidente, primeiramente, a importância fundamen-
tal de termos o foco do cliente, não apenas o foco no cliente, o que
passa pela compreensão do seu comportamento. É quando resol-
vemos ter preferencialmente “janelas” (olhar de fora para dentro e
de dentro para fora) a “espelhos” nas empresas (acreditar que nosso
reflexo é representativo do que ocorre fora).
Outro ponto relevante é o quanto é interdependente o fato de
entender mercados e atender mercados, já que a área de m
arketing,
dentro das organizações, é a principal responsável por elaborar
e conduzir as promessas das empresas do mercado – que não
envolvem apenas propagandas ou ações de venda, mas também
quando a empresa apresenta seu posicionamento.
Atividades
1. Por que você é o que você consome?
Referências
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. Comportamento do con-
sumidor. Tradução de Eduardo Teixeira Ayrosa. 8. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2005.
BRASIL. Lei n. 8.078, de 11 set. 1990. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 12 set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm. Acesso em: 23 jan. 2019.
BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor.
Código de defesa do consumidor. Nova ed. rev., atual. com os Decretos nº
2.181, de 20 de março de 1997 e nº 7936, de 15 de março de 2013. Brasília, DF.
Disponível em: http://www.justica.gov.br/seus-direitos/consumidor/Anexos/
cdc-portugues-2013.pdf. Acesso em: 28 jan. 2019a.
28 Comportamento do consumidor e marketing de relacionamento
Perspectiva dos
Perspectiva do consumidor
profissionais de marketing
Considerações finais
Abordamos as etapas do processo de decisão do consumidor, des-
de o reconhecimento da necessidade até a avaliação pós-consumo e
o descarte. Ficou evidente a importância de conhecermos tais eta-
pas, envolvendo os estágios pré-compra, compra e pós-compra, tanto
como consumidores quanto como profissionais de marketing e outros
agentes interessados na compra e no consumo.
Marketing envolve entender e atender mercados, como declara-
do por Richers (2000). Tal definição ganha força com as evoluções
tecnológicas pelas quais temos passado. No entanto, entender os
consumidores não é apenas identificar o que eles preferem, o que
eles mais compram e como eles consomem determinado produto,
mas como eles lidam com suas necessidades, motivações, dúvidas,
anseios, conhecimentos, habilidades e atitudes.
Atividades
1. Apresente exemplos reais (podem ser os seus exemplos)
para cada etapa do processo de decisão do consumidor
(reconhecimento do problema, busca de informações,
avaliação das alternativas e decisão, ato de compra, ava-
liação pós-compra, consumo e descarte) considerando um
produto e um serviço específico.
Referências
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. Comportamento do con-
sumidor. Tradução de Eduardo Teixeira Ayrosa. 8. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2005.
RICHERS, R. Marketing: uma visão brasileira. São Paulo: Negócio Editora, 2000.
Avaliação de alternativas
Diferenças individuais
e decisão de compra
• Recursos do consumidor
Ato de compra • Motivação e envolvimento
• Conhecimento
• Atitudes
Consumo, avaliação • Personalidade, valores e
pós-compra e descarte estilo de vida
Posse de itens
Quantidade de itens
0 1 2 3 4 ou +
Banheiros 0 3 7 10 14
Empregados domésticos 0 3 7 10 13
Automóveis 0 3 5 8 11
(Continua)
Influências sociais no comportamento do consumidor 55
Microcomputador 0 3 6 8 11
Lava-louça 0 3 6 6 6
Geladeira 0 2 3 5 5
Lava-roupa 0 2 4 6 6
DVD 0 1 3 4 6
Micro-ondas 0 2 4 4 4
Motocicleta 0 1 3 3 3
Secadora de roupa 0 2 2 2 2
Superior completo 7
Serviços públicos
Não Sim
Água encanada 0 4
Rua pavimentada 0 2
Fonte: Abep, 2018, p. 2.
Considerações finais
Neste capítulo, compreendemos as variáveis ambientais que in-
fluenciam o comportamento do consumidor, especificamente aque-
las que envolvem as classes sociais, as pessoas e os grupos, assim
como os aspectos culturais e da situação que cerca a compra ou o
consumo. Fica clara e evidente a importância de compreendermos
como tais aspectos interferem desde o reconhecimento da necessi-
dade até a avaliação pós-consumo, passando pela busca de informa-
ções, escolha de alternativas, decisão e a compra propriamente dita.
Além disso, quando consideramos as organizações e os profissio-
nais, estar a par de tais influências e compreender suas implicações
em relação aos consumidores permite aprimorar produtos e serviços
e gerar inovações. Afinal, a compra e o consumo se alteram e se dife-
renciam quando ocorrem em determinados contextos.
Atividades
1. Considerando o critério brasileiro CCEB de classificação das
classes sociais, em que classe você se encontra? Com quais
partes, e respectivos critérios, do sistema de pontuação do
CCEB você concorda e com quais discorda?
Referências
ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas. Critério de
Classificação Econômica Brasil – CCEB. 2018. Disponível em: http://www.
abep.org/Servicos/Download.aspx?id=14. Acesso em: 21 jan. 2019.
Moção/Excitação
Feedback Cognitiva
Autônoma emocional
Resultado Identificação de
comportamentos orientados
Experiência de novo estado
para o objetivo
Satisfação
Comportamento
Aproximação ou
evitação
4.3 Percepções
Percepção é o processo pelo qual as sensações, ou seja, a rea-
ção imediata de nossos receptores sensoriais (olhos, ouvidos, nariz,
boca e dedos) a estímulos básicos (como luz, cor, som, odores e
texturas), são selecionadas, organizadas e interpretadas. O estudo da
percepção concentra-se no que acrescentamos a essas sensações, a
fim de lhes dar significado (SOLOMON, 2016).
Como apresenta Solomon (2016), diferentemente de computa-
dores, não interpretamos de modo passivo qualquer informação ou
estímulo do ambiente. Primeiramente, apenas um pequeno número
desses estímulos é notado. Desses, um número menor ainda recebe
nossa atenção. Em seguida, os estímulos que realmente entram na
consciência podem não ser processados objetivamente. Além disso,
o significado de um estímulo é interpretado pelo indivíduo, que é
influenciado por concepções, necessidades e experiências únicas.
Assim, o processo de percepção é formado por três estágios: ex-
posição, atenção e interpretação. Como exemplo, ocorre a exposi-
ção dos estímulos sensoriais (como uma imagem de um produto
na vitrine) por meio dos receptores sensoriais (os olhos), o que gera
atenção e, por fim, interpretação (o significado que damos aos es-
tímulos sensoriais – por exemplo, um produto de alta qualidade)
(SOLOMON, 2016).
74 Comportamento do consumidor e marketing de relacionamento
4.5 Atitudes
As atitudes, conforme Blackwell, Miniard e Engel (2005), estão
ligadas aos gostos e às aversões dos consumidores, ou seja, ao que
eles gostam e não gostam. Em outras palavras, as atitudes funcionam
como uma avaliação geral duradoura do consumidor para determi-
nado produto, serviço ou marca. Ainda de acordo com esses autores,
atitudes são predisposições aprendidas para responder a um objeto
4.6 Envolvimento
Para Blackwell, Miniard e Engel (2005), o envolvimento é o nível
de importância percebida ou evocada por um estímulo. É determi-
nado, então, pelo grau de importância com que o consumidor perce-
be um objeto ou uma situação. Em outras palavras, é a percepção de
relevância pessoal em relação a um produto ou serviço.
Segundo esses autores, quanto mais relevante um produto ou
serviço para o consumidor, mais motivado ele fica para se envolver
na decisão. O envolvimento torna-se ativado e sentido quando ca-
racterísticas pessoais intrínsecas (como necessidades, valores e auto-
conceito) são confrontadas com estímulos de marketing adequados
dentro de determinada situação.
Ainda na visão dos autores, diversos elementos podem influen-
ciar o grau de envolvimento (de relevância pessoal). Entre eles,
existem os fatores pessoais (ligados às necessidades), os de produto
(considerando o risco percebido na compra – quanto maior o risco,
maior o envolvimento na compra) e os fatores situacionais (referen-
tes a manias e modas, pressão social ou a uma maneira diferente de
expor ou utilizar determinado produto, como um sabonete compra-
do para uso ou para presente).
Pode-se ter ainda, como indicam Blackwell, Miniard e Engel
(2005) e Sheth, Mittal e Newman (2001), o envolvimento duradou-
ro e o envolvimento situacional. O primeiro refere-se ao grau de
interesse que o consumidor sente por um produto e serviço conti-
nuamente/em base regular, como é o caso do cultivo de orquídeas.
O situacional, por outro lado, é o grau de interesse em uma situação
80 Comportamento do consumidor e marketing de relacionamento
4.7 Aprendizagem
Blackwell, Miniard e Engel (2005) definem aprendizagem como
o processo pelo qual a experiência leva a mudanças no conhecimen-
to, na atitude e/ou no comportamento. Pela abordagem cognitiva,
o foco é em mudanças no conhecimento e no entendimento dos
Influências pessoais no comportamento do consumidor 81
Considerações finais
O comportamento do consumidor é influenciado tanto por as-
pectos ambientais (cultura, grupos, classe social, situação) quanto
por características individuais (aspectos demográficos e psicográ-
ficos, motivação, percepções, emoções, atitudes, envolvimento e
aprendizagem). Neste capítulo, pudemos conhecer as principais
variáveis individuais, ou influências pessoais, que interferem no
processo de compra e de consumo.
Fica visível a multidimensionalidade do comportamento do con-
sumidor e o desafio de compreendê-lo. Há muitos elementos que
devem ser considerados, juntamente com as características ambien-
tais, para efetivamente entender as razões de comprar e de consumir
– e não somente as maneiras.
Atividades
1. Comente como funciona a visão contemporânea de forma-
ção de atitudes, com base nas crenças e nos sentimentos, e
apresente um exemplo.
Referências
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. Comportamento do con-
sumidor. Tradução de Eduardo Teixeira Ayrosa. 8. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2005.
ROKEACH, M. The Nature of Human Values. New York: The Free Press, 1973.
Influências pessoais no comportamento do consumidor 87
Várias marcas,
Internas e
vendedores/pontos
Limitada Moderado algumas Pouco
de venda de produ-
externas
tos avaliados
Muitas marcas,
Algumas
vendedores/pon-
internas e
Extensiva Alto tos de venda e Muito
muitas
características de
externas
produtos avaliados
Considerações finais
Quando se considera um processo de decisão de compra, não
são somente as influências externas e as características pessoais que
devem ser observadas pelos profissionais envolvidos com os consu-
midores. É necessário também levar em consideração que tipo de
tomada de decisão será desenvolvido.
Com a divisão da tomada de decisão em rotineira, limitada e
extensiva, podemos perceber que as decisões de marketing devem
atender às peculiaridades de cada situação, mesmo que se esteja tra-
balhando com segmentos de mercado com um número expressivo
de consumidores. Isso evidencia fortemente que, sem a compreen-
são adequada dos mercados, o atendimento de suas necessidades
não será efetivo e as oportunidades não serão aproveitadas de ma-
neira satisfatória.
Tipos de tomada de decisão do consumidor 101
Atividades
1. Trace um comparativo entre a tomada de decisão rotineira,
limitada e extensiva.
Referências
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. Comportamento do con-
sumidor. Tradução de Eduardo Teixeira Ayrosa. 8. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2005.
Considerações finais
Neste capítulo, apresentamos as principais definições e dimen-
sões constituintes dos relacionamentos, os públicos de relacionamen-
to, os níveis e a sua relação com a tecnologia. Importa destacar que
o marketing de relacionamento deve ser considerado uma filosofia e
uma estratégia bastante efetiva para as organizações, pois dá o efetivo
valor à cooperação e gera lucratividade, sustentada no longo prazo.
No entanto, o marketing de relacionamento não pode ser visto
como uma cura para todos os males. Ele envolve valores baseados
na confiança, no comprometimento e na cooperação e exige engaja-
mento de todas as partes de uma empresa, levando ainda em consi-
deração os públicos envolvidos no relacionamento, principalmente
os clientes.
Atividades
1. Comente sobre a importância do marketing de relaciona-
mento para as organizações e os consumidores.
Referências
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. Comportamento do con-
sumidor. Tradução de Eduardo Teixeira Ayrosa. 8. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2005.
3 Marketing de banco de dados: definido por Kotler e Keller (2013) como o pro-
cesso de construir, manter e usar os bancos de dados de clientes e outros registros
(produtos, fornecedores, revendedores) para efetuar contatos e transações e cons-
truir relacionamentos.
Planejamento do relacionamento: aplicações estratégicas e táticas 127
Considerações finais
Manter consumidores é mais barato que atrair novos. Além dis-
so, consumidores que recomendam são um esforço de comunicação
importante, pois é uma das fontes mais confiáveis. Quando o boca
a boca acontece, não ocorre somente a presença da satisfação, mas
também há aspectos ligados à lealdade. Ou seja, há um relaciona-
mento positivo. No entanto, o que fazer quando uma empresa quer
se envolver em relacionamentos de longo prazo?
Neste capítulo, tratamos das estratégias de relacionamento, dos
programas de satisfação e de fidelização. Serve de alerta para as em-
presas que, por trás dessas ações, há a necessidade de uma filosofia
de relacionamento, calcada em valores que sustentem a cooperação
134 Comportamento do consumidor e marketing de relacionamento
Atividades
1. Indique implicações às organizações sobre o processo de
formação, gerenciamento e governança do relacionamento,
de avaliação de performance e de evolução relacional.
Referências
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. Comportamento do con-
sumidor. Tradução de Eduardo Teixeira Ayrosa. 8. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2005.
Considerações finais
Neste capítulo falamos da administração da fidelidade, levando
em consideração os benefícios ligados aos vínculos financeiros, so-
ciais e de customização e estruturais, bem como às ações de retenção
de clientes. Em relação a isso, perder clientes, assim como atraí-los,
faz parte da dinâmica dos negócios. No entanto, pode haver estru-
turas, estratégias, pessoas e processos internos de uma determinada
148 Comportamento do consumidor e marketing de relacionamento
Atividades
1. Quais são os programas de fidelidade atrelados aos benefí-
cios financeiros para o consumidor? Que cuidados devem
ser tomados?
Referências
GUMMESSON, E. Marketing de relacionamento total. Tradução de Heloísa
Fontoura. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Extremamente Sem
Satisfação com o atendimento insatisfeito / condições
extremamente satisfeito de opinar
1. Cortesia 1 2 3 4 5 6
3. Agilidade 1 2 3 4 5 6
4. Conhecimento técnico 1 2 3 4 5 6
É possível, com base nos resultados, efetuar médias para cada uma
das variáveis. Quanto mais próxima a média de 6, maior a satisfação;
quanto mais próxima de 1, maior a insatisfação. A média 3,5 indicaria
um valor intermediário, ou seja, acima dela haveria satisfação.
Outro cálculo que pode ser efetuado é a definição de clientes que
indicam insatisfação e satisfação. Os clientes que responderam 1, 2
e 3 podem ser definidos como insatisfeitos. Os clientes que respon-
deram 4, 5 e 6 podem ser definidos como satisfeitos. Nesses casos,
efetua-se a contagem, para cada variável (frequência), de quantos
responderam 1, 2 e 3 e de quantos responderam 4, 5 e 6. Há também
a alternativa de identificar o percentual de muito insatisfeitos (soma
de quem respondeu 1 e 2) e o de muito satisfeito (soma de quem
respondeu 5 e 6).
Também é possível apresentar o grau de intensidade % de satis-
fação, ou seja, o valor da média equivalente a uma escala percen-
tual de intensidade. Nesse caso, o ponto 1 da escala equivaleria a
0%, o ponto 2 a 20%, o ponto 3 a 40%, o ponto 4 a 60%, o ponto 5
a 80% e o ponto 6 a 100%. Para transformar a média (de 1 a 6) em
Requisitos de desempenho do relacionamento 157
(Média – 1 ) x 100
pontos da escala – 1
insatisfação satisfação
1 2
3,5
1 3,5 6
Média de satisfação
1. Comprará os produtos da
1 2 3 4 5 6 7
empresa X novamente?*
2. Recomendará a empresa X a
1 2 3 4 5 6 7
amigos, vizinhos e parentes?
(Média – 1 ) x 100
pontos da escala – 1
Além disso, essa escala de lealdade pode ser utilizada para ava-
liar as ações dos concorrentes. Nesse caso, pede-se para o entrevista-
do avaliar a empresa X e, em seguida, a empresa S.
Por fim, há o Net Promoter Score (NPS), em que são identifica-
dos os clientes promotores, os neutros e os detratores (KOTLER;
KELLER, 2013). Em uma escala de 0 a 10, com a afirmativa “De 0 a
10, qual a chance de você recomendar a empresa X a um amigo ou
colega?”, os que respondem de 0 a 6 são detratores, os que respon-
dem 7 e 8 são neutros e os que respondem 9 e 10 são promotores.
O NPS é obtido pela subtração entre o percentual de clientes pro-
motores e o de clientes detratores. Quanto mais alto o NPS, mais
qualificado é o relacionamento da empresa e maiores serão os lucros
oriundos dele. Empresas com NPS entre 76% e 100% estão na zona
de excelência, entre 51% e 75% na zona de qualidade e entre 1% e
50% na zona de aperfeiçoamento. Percentuais inferiores correspon-
dem à zona crítica.
Considerações finais
Neste capítulo, abordamos os requisitos de desempenho do rela-
cionamento, tendo em vista a importância de ouvir o cliente, realizar
a mensuração da satisfação e da fidelidade, identificar o valor do
cliente e os retornos do relacionamento. Tais aspectos estão associa-
dos à importância do controle dos resultados relativos aos relacio-
namentos, não considerando somente o que está associado ao fazer
com que os clientes continuem comprando – e gostem de fazer isso –,
mas também aos efeitos da deserção e do custo de clientes perdidos.
O desempenho do relacionamento, ademais, apresenta-se no
que chamamos de valor do cliente ao longo do tempo. Nesse contexto,
consideramos efetivamente nossos clientes como ativos, em que uns
podem valer mais do que outros, e o quanto temos clareza e estamos
dispostos a investir em determinadas ações para fazer o relaciona-
mento – não necessariamente com todos os clientes – perdurar mais
para potencializar o que eles valem e valerão.
Atividades
1. Por que é importante avaliar a satisfação dos clientes? Dê exem-
plos do seu dia a dia.
Referências
ALBRECHT, K.; BRADFORD, L. Jr. Serviços com qualidade: a vantagem
competitiva. São Paulo: McGraw-Hill, 1992.
RICHERS, R. Marketing: uma visão brasileira. São Paulo: Negócio Editora, 2000.
Considerações finais
Este capítulo tratou da preparação e do desenvolvimento de
equipe e de processos no atendimento ao cliente. Cada vez mais a
tecnologia recebe atenção por parte dos discursos das empresas.
No entanto, mesmo com a evolução exponencial da tecnologia, o
elemento humano permanece fundamental para se atingir atendi-
mento de qualidade.
Por outro lado, apesar de toda essa evolução, ainda existem di-
ficuldades quanto ao atendimento que já eram discutidas em livros
publicados há mais de 30 anos. Ou seja, retrata-se claramente a
complexidade que envolve o atendimento e a qualidade do serviço.
Oferecer um aplicativo é importante, mas não suficiente para re-
solver e lidar com os problemas associados ao atendimento, o que
demanda pessoas, processos e tecnologia relacionados de maneira
conjunta e integrada.
Atividades
1. Quais são os problemas ligados ao atendimento ao cliente?
Referências
DOSSIÊ HSM. Suas reuniões têm cadeira vazia? HSM Management, v. 111,
p. 42-48, julho-agosto 2015.
1 Premissas e perspectivas a
respeito do consumidor
1. Porque a presença do consumo na atualidade faz com que
ele faça parte do dia a dia de todos; o que a pessoa compra
pode indicar seus valores, suas crenças e seus hábitos. Esses
hábitos incluem os alimentares (e toda a discussão a respeito
de alimentação saudável), a vida social e o trabalho.
2.
2.
7 Planejamento do relacionamento:
aplicações estratégicas e táticas
1. O relacionamento não é apenas a escolha do parceiro com os
melhores e maiores recursos financeiros e competências, mas
também abrange a gestão dessa parceria. As organizações de-
vem estar cientes dos elementos que envolvem os primeiros
momentos do relacionamento, a escolha do parceiro e suas
características necessárias para o relacionamento ter conti-
nuidade. O gerenciamento e a governança implicam em uma
estrutura necessária de planejamento, organização, direção e
controle das atividades das pessoas e das empresas envolvi-
das no relacionamento. Por fim, a avaliação de performance
implica nos controles que serão definidos e acordados sobre
a evolução do relacionamento no futuro e o que pode com-
plicar a execução desse futuro.
Gabarito 195
8 Administração da fidelidade
1. Programas de frequência de compras e de associações. É pre-
ciso ter cuidados relacionados ao excesso de recompensas
financeiras (para que o foco não deixe de ser a lealdade em
si) ou a dar menos atenção a clientes que compram com mais
frequência e em maior quantidade. Programas de fidelida-
de não são apenas programas de recompensas. Nesse caso, é
importante considerar outros elementos a esses programas,
como vínculos sociais e estruturais.
9 Requisitos de desempenho
do relacionamento
1. Sabendo que os clientes estão satisfeitos, a empresa entende
que está no caminho certo e que poderá ter maior fidelida-
de, assim como maiores lucros. O grau de satisfação indica
se as expectativas estão sendo alcançadas pela empresa. Isso
permite mudar ações que podem levar a maiores níveis de
insatisfação e, possivelmente, de deserção.
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Código Logístico
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